domingo, 25 de junho de 2017

146 - Não se conquista o cônjuge só no namoro, mas ao longo de toda a vida

Não se conquista o cônjuge só no namoro, mas ao longo de toda a vida

 

Lembras de como se deu a conquista da terra prometida por Israel?

A conquista da terra prometida começou quando o Eterno deu Sua promessa a Abrão:

 

·       “E disse o SENHOR a Abrão, depois que Ló se apartou dele: Levanta agora os teus olhos, e olha desde o lugar onde estás, para o lado do norte, e do sul, e do oriente, e do ocidente; porque toda esta terra que vês, te hei de dar a ti, e à tua descendência, para sempre.” (Gn 13.14.15).

 

Desde este instante a terra já pertencia ao povo de Israel. Todavia, apesar disto, a terra precisava ser conquistada:

 

·         Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés. Desde o deserto e do Líbano, até ao grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus, e até o grande mar para o poente do sol, será o vosso termo. Ninguém te poderá resistir, todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem te desampararei. Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares. Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares.” (Js 1.3-9)

 

Veja como era a estratégia de guerra:

 

1.    O Eterno lhes mostrava onde ir.

2.    Josué e o povo de Israel colocavam a planta do pé deles em um pedaço de terra da terra prometida.

3.    O Eterno lhes mostrava como proceder a fim de que Ele pudesse operar Suas maravilhas e derrotar os inimigos diante deles.

4.    O povo de Israel, então, tomava posse daquele pedaço de terra.

 

Este processo era para ser repetido com cada pedaço de terra existente na terra de Canaã até toda ela vir a ser propriedade de Israel.

De igual modo, isto também deveria acontecer na vida do casal. Infelizmente, os indivíduos acham que, após casarem, já conquistaram a pessoa amada e, por isto, agora podem relaxar. Ignoram a orientação de Pedro:

 

·         “Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações.” (1Pedro 3.7).

 

Note que não é para coabitar apenas com emoção, mas sobretudo com entendimento. Ou seja, a relação íntima não é apenas para satisfazer os desejos da carne. Antes de tudo, é para que marido e mulher possam conhecer o verdadeiro ego um do outro. A ideia é que, a cada relação sexual, o marido, por exemplo, conheça um pedacinho a mais daquilo que o Eterno colocou no coração da sua mulher.

No que o marido entra em contato com algo novo que há no coração da mulher, ele descobre os inimigos que existem naquela porção da alma e do espírito dela. Ele, então, ora a respeito disto e se coloca nas mãos do Eterno para expulsar os inimigos espirituais que ali se acham alojados. Após isto ter sido feito, o marido, finalmente, marca aquela porção da alma e do espírito da mulher com Jesus e Sua Palavra, bem como consigo mesmo:

 

·         Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, com veementes labaredas.” (Ct 8.6)

 

Com esta porção da alma e do espírito da mulher conquistada, o marido se deixa guiar novamente pelo Espírito do Eterno rumo à próxima porção da alma e do espírito da mulher a ser conquistada (o mesmo vale para a esposa com relação ao marido).

Se este procedimento for repetido ao longo da vida do casal, o lar nunca tornar-se-á em uma rotina morta e sem sentido. Pelo contrário: sempre marido e mulher encontrarão na vida um do outro uma oportunidade a mais para conhecerem algo novo do Eterno e vê-Lo agir. Cada dia será uma conquista nova, uma marca a mais a ser deixada no coração do cônjuge, até não haver mais espaço na vida do cônjuge para nada que não tenha haver com Jesus e Sua vontade para o lar.

Você pode se perguntar: “mas como um cônjuge marcará o outro com Jesus, Sua Palavra e consigo próprio?

 

·        E não fez ele somente um, ainda que lhe sobrava o espírito? E por que somente um? Ele buscava uma semente de piedosos. Portanto guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade.” (Ml 2.15 – ARC1995).

 

Um dos erros que os indivíduos cometem é o de acharem que o relacionamento tem em vista sugar as qualidades do outro. Há quem diga que não se deve olhar para os defeitos do outro, mas tão somente para suas qualidades, O QUE É UM ERRO!

Note como o Eterno quis estabelecer uma semente de piedosos. Logo, o relacionamento deve ser construído em cima dos defeitos do cônjuge.

 

·       “Olhai por vós mesmos. E, se teu irmão pecar contra ti, repreende-o e, se ele se arrepender, perdoa-lhe. E, se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me; perdoa-lhe.” (Lucas 17.3,4).

 

Veja como funciona: quando, por exemplo, a esposa peca contra o marido, ao invés de o marido seguir o conselho do mundo e querer obrigar a esposa a pagar pelo erro dela, ele segue o exemplo deixado por Cristo (1Pe 2.21): dá sua vida por amor à esposa (ver João 15.12,13; Ef 5.25-27), ou seja, entrega sua vida para que sua esposa possa alcançar toda a vitória sobre o pecado que Jesus conquistou para ela na cruz do Calvário.

Em outras palavras, ao invés de o marido cobrar da esposa sua mudança, ele paga o preço pela vida da sua esposa.

 

·         “E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; porém a ninguém achei.” (Ezequiel 22.30).

 

Para que fique mais claro: suponhamos que a esposa peque contra o marido. O marido buscará, no perdão de Cristo, fortalecer o relacionamento com sua esposa justamente naquela área em que ela pecou, criando então uma ligação entre ele e ela neste ponto.

Quando ela volta a pecar naquela área, novamente o marido busca no perdão de Cristo a restauração do relacionamento, criando, assim, uma nova ligação (um segundo fio). Ao pecar novamente, ele busca de Cristo o terceiro fio, o quarto, o quinto, e assim sucessivamente. Vai chegar uma hora que este cordão irá ter tantos fios que acabará tapando toda aquela brecha existente no coração da esposa (tal como se dá com a cicatrização de uma ferida).

Se isto for feito para cada brecha que existir no coração da esposa, chegará uma hora em que todas as brechas no coração da esposa estarão tapadas e não haverá mais espaço para o pecado se manifestar na vida dela (o mesmo a esposa deve fazer pelo marido).

É preciso crer que hoje é o dia que o Eterno fez para nós (Sl 118.24) e que nosso grande desafio é nos regozijarmos e alegrarmos neste dia. Se ficarmos alegres apenas quando tudo está favorável, se formos amar o cônjuge apenas quando este agir em conformidade com o que esperamos dele, que diferença temos em relação aos ímpios?

Temos que ser perfeitos como o Pai, o que é conseguido quando deixamos Jesus usar nossa vida para fazer Sua vontade.

Neste caso, se ao invés de o indivíduo se abater pelos pecados do cônjuge, ele for capaz de conservar a alegria de Cristo junto a este, o Eterno terá oportunidade de tratar o coração do cônjuge e livrá-lo do pecado.

O problema é que, muitas vezes, o casal supõe que pode conduzir seu lar apenas com base na mútua cooperação. Todavia, o lar é algo muito mais profundo do que isto:

 

·         “Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá.” (Mateus 12.25).

 

Quando a Escritura Sagrada diz que em Jesus marido e mulher não são nada separados um do outro (Gn 2.24; 1Co 11.11), isto é literal! Ambos precisam estar sempre juntos e na mesma coisa (como deve ser também com a Igreja - 1Co 1.10; At 4.32; Fp 4.2).

O pecado impede marido e mulher de se ligarem um ao outro com profundidade tal que um não consegue mais viver sem o outro, em virtude de um viver no outro. Sem esta conquista de um na vida do outro, não existe lar, mas apenas um ajuntamento de indivíduos debaixo de um mesmo teto. E tal divisão fará o lar vir abaixo cedo ou tarde.

O importante não são as coisas em si que fazemos, nem a quantidade delas, mas sim o fato de fazermos algo junto aos indivíduos que o Eterno nos deu e com o Espírito Santo, no sentido de confirmar a Palavra de Cristo.

O objetivo não é atender as expectativas dos outros, mas fazer o que elas não estão esperando (ver 1Co 2.9; Ef 3.20), visto que suas expectativas são más.

Enfim, que jamais marido e mulher percam o interesse de conquistarem um ao outro, mas busquem em Cristo ir por todo este mundo que o Eterno colocou no coração do cônjuge, pregando o evangelho a toda criatura que se acha alojado nele (Marcos 16.15).

Quem fica brigando com o cônjuge é porque não sabe a grandeza daquilo que o Eterno lhe deu. É triste como o pecado impede o indivíduo de ver o quão belo e excelente é o amor do Eterno por ele, expresso através de outro ser humano. Daí a razão pela qual o divórcio entristece tão profundamente o coração do Eterno (Ml 2.16). Afinal, isto implica em rejeitar Seu maravilhoso presente.

Esta dádiva de um ser humano gostar de outro não é algo banal para ser jogado na lata do lixo; antes, é tão maravilhosa, fantástica, sobrenatural (o maior milagre que existe), que jamais o fim de um relacionamento deveria ser visto com tanta naturalidade.

O amor é um presente maravilhoso que Jesus preparou com tanto carinho especialmente para quem o recebe. Quem ignora, despreza ou rejeita um relacionamento está simplesmente menosprezando as riquezas da bondade, paciência e longanimidade do Eterno (Rm 2.4), as quais têm o poder de conduzir alguém ao arrependimento. Jogar tudo isto fora como se fosse nada é um crime espiritual extremamente hediondo. Afinal, pense em quão grande tristeza (também chamada de abominação) toma conta do coração do Eterno quando alguém rompe um relacionamento (por exemplo: se divorcia).

Em particular, com relação ao casamento, o que o homem está recebendo do Eterno é alguém especialmente preparado com tanto carinho para ajudá-lo com precisão em todas as áreas da sua vida.

A mulher, por sua vez, está recebendo do Eterno o privilégio de ver seus dons e talentos serem usados por alguém que lhe permitirá trazer alguém especial ao mundo, o qual irá revelar algo único acerca Dele (que até hoje não foi revelado e que tampouco depois será revelado - Salmos 25.14).

A mulher recebeu o privilégio de ser salva por Jesus através da maternidade (1Tm 2.15).

 

145 - Jesus levou cativo o cativeiro. O que isto significa?

Jesus levou cativo o cativeiro. O que isto significa?

 

·        “Os carros de Deus são vinte milhares, milhares de milhares. O Senhor está entre eles, como em Sinai, no lugar santo. Tu subiste ao alto, levaste cativo o cativeiro, recebeste dons para os homens, e até para os rebeldes, para que o SENHOR Deus habitasse entre eles.” (Sl 68.17,18).

·        “Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo. Por isso diz: subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens.” (Ef 4.7,8).

·        “Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos. Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições o príncipe da salvação deles. Porque, assim o que santifica, como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos, dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, Cantar-te-ei louvores no meio da congregação. E outra vez: Porei nele a minha confiança. E outra vez: Eis-me aqui a mim, e aos filhos que Deus me deu. E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.” (Hb 2.9-15).

 

É de acordo com a medida do dom de Cristo, o qual foi dado à Igreja quando Ele levou cativo o cativeiro da lei do pecado e da morte (estabelecida pelo sistema religioso), que cada um recebe o Favor do Eterno. E o objetivo do Eterno, com isto, é habitar entre os Seus.

A Graça nos foi dada para nos livrar do cativeiro da lei.

 

·        “Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra.” (Romanos 7.6).

 

Nós fomos libertos da lei quando aceitamos morrer para a lei que nos retinha (quando renunciamos nosso ego). No que Jesus provou a morte por todos (abriu mão de sua vida aqui neste mundo e até mesmo no paraíso, já que Ele concordou em ser maldito do Eterno – Dt 21.23; Gl 3.13), Ele derrotou Ha-Satan que tinha o império da morte.

Como Ele fez isto? Ele concordou em descer até ao mais profundo do inferno. No entanto, o inferno não pode suportar tamanha bondade e justiça em seu interior e, assim, vomitou Jesus de lá (tal como se deu com Jesus ao ser expulso pelos habitantes de Decápolis – Mt 8.34).

O cativeiro da lei acabou (foi levado) quando Jesus ascendeu aos céus e concedeu Seus dons aos homens para, por meio deles, poder habitar entre eles.

Os indivíduos estavam condenados a servir à morte, a saber, ao império de Ha-Satan (à lei – 2Co 3.7,9), em virtude do medo que eles tinham dela. Eles serviam a este império, o fortaleciam e tornavam a muitos, vítimas dele, na esperança de que eles mesmos escapassem deste império. Serviam àquilo que temiam que lhes sobreviesse. Todavia, desde que eles não fossem a vítima, eles tinham prazer em servir a este império do qual eles tinham medo.