sexta-feira, 14 de junho de 2013

43 - Filhos: Bênção ou Problema?

FILHOS: BÊNÇÃO OU PROBLEMA?
                                                                   
É comum falar-se em controle da natalidade, como se ter filhos fosse o efeito colateral indesejado da relação sexual. Infelizmente o ser humano, em sua arrogância, acha que tem poder de controlar a quantidade de filhos que terá.
Isto não é verdade! Jesus foi claro:

*    “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (Jo 11.25);
*    “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (Jo 14.6).

Sendo Jesus a vida, isto quer dizer que, mesmo com toda a tecnologia a seu dispor, ninguém será capaz de gerar um novo ser humano. Mesmo usando técnicas como “bebê de proveta” ou “inseminação artificial” em um milhão de óvulos, nenhum deles irá dar origem a um novo ser vivo, a menos que Jesus lhe conceda o fôlego de vida:

*    “Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; e de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós; porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: pois somos também sua geração.” (At 19.25-28).

Tampouco alguém é capaz de evitar a gravidez. Estes métodos ditos ser “anticonceptivos”, na verdade, são micro-abortos disfarçados (veja o artigo: ). É bem verdade que poderia se pensar em retirar o útero, fazer vasectomia ou ligação de trompas, usar camisinha ou jogar fora o esperma ao invés de deixar o mesmo alcançar o útero da mulher. Entretanto, veja o que Deus fez quando alguém pensou em fazer isto:

*    “Então disse Judá a Onã: Toma a mulher do teu irmão, e casa-te com ela, e suscita descendência a teu irmão. Onã, porém, soube que esta descendência não havia de ser para ele; e aconteceu que, quando possuía a mulher de seu irmão, derramava o sêmen na terra, para não dar descendência a seu irmão. E o que fazia era mau aos olhos do SENHOR, pelo que também o matou.” (Gn 38.8-10).

Ora, Jesus não é Senhor (Rm 10.9,10) da tua vida? Se é assim, então deixe Ele decidir quantos filhos terás. Mesmo porque:

*    Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.” (Jo 1.4).

Note como a vida é a dádiva de Deus que dá luz aos homens. O amor que brota de Deus no coração dos pais após a concepção de um bebê é tão forte que, se a mulher se mantiver fiel a Jesus e se entregar por completo a este amor, herdará a salvação (1Tm 2.15). Ou seja, a mulher é salva por Jesus e Sua Palavra através da maternidade.
Se você acha que não, pense: que motivo que levou Eva a pecar, já que no Éden tinha tudo do bom e do melhor, incluindo a presença viva do próprio Deus? A negligência de Adão em obedecer ao mandamento:

*    “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” (Gn 1.28).

Se Adão tivesse se empenhado em cumprir esta ordenança (ele só foi ter relação com Eva após o pecado, em Gn 4.1), Eva teria tido filhos e o coração dela não teria ficado insatisfeito, buscando um conhecimento que não precisava (Gn 3.5,6). Tampouco teria tempo para ficar conversando fiado com quem não devia.
Além disto, que melhor forma de evangelizar, senão gerando filhos? Quer melhor forma de fazer a terra se encher da glória do Senhor (veja Is 11.9; Hc 2.14) do que frutificando, multiplicando e enchendo a terra (Gn 1.28) de filhos cheios do Espírito Santo? É claro que isto implica em grande responsabilidade, para que a glória de Deus não seja retirada dos filhos (Mq 2.9).
Lembre-se da exortação de provérbios:

*    “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.” (Pv 22.6)
Isto funciona! Basta pensar que os muçulmanos são capazes de matar e morrer por alá. Tudo isto porque, desde criança, eles enfiam alá, Maomé e alcorão na cabeça da criança. Com certeza eles devem ter lido, na Escritura Sagrada, a ordem dada por Moisés:

*    “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos.” (Dt 6.6-8)

É tão séria esta exortação que ela é repetida em (Dt 11.18-20). Em outras palavras, se houver um investimento PESSOAL e CONTÍNUO dos pais na vida dos filhos, não há o que temer. Até para os animais isto funciona:

*    “Vendo, pois, ela que havia esperado muito, e que a sua expectação era perdida, tomou outro dos seus filhotes, e fez dele um leãozinho. Este, pois, andando continuamente no meio dos leões, veio a ser leãozinho, e aprendeu a apanhar a presa, e devorou homens.” (Ez 19.5,6).

Como que o leãozinho aprende a ser leão se não existe escola para leões? Andando CONTINUAMENTE no meio dos leões. Se você cumprir teu papel na vida do teu filho, permanecendo junto dele 24 horas, não há o temer o versículo abaixo:

Ø “A coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são seus pais.” (Pv 17.6).

Filhos e netos podem ser coroa de bênção e glória ou de vergonha. Vai depender de você. Como? Veja, por exemplo, o caso da mulher?
? “O teu pescoço é como a torre de Davi, edificada para pendurar armas; mil escudos pendem dela, todos broquéis de poderosos.” (Ct 4.4).

Na época, Jerusalém (e muitas outras cidades) era rodeada por uma forte muralha. E, em determinados pontos do muro, havia uma torre de vigia, onde o atalaia (vigia) permanecia. A torre de Davi era a principal, onde as armas ficava. Quando o atalaia tocava a trombeta, o povo parava tudo que estava fazendo imediatamente, ia para a torre de Davi, pegava as armas e se preparava para lutar contra o inimigo.
A mulher, dotada com a visão de perto, é capaz de notar detalhes que o homem não é capaz de enxergar. Considerando que “Até a criança se dará a conhecer pelas suas ações, se a sua obra é pura e reta” (Pv 20.11), se a mulher permanecer em casa em contato CONTÍNUO com o filho, poderá ver os sinais dos primeiros desvios de caráter na vida dele já desde bebê, e, deste modo, corrigi-lo, a fim de que este seja mantido no Caminho (Jo 14.6).
É claro que terás que ir contra o curso deste mundo (Rm 12.2; Ef 2.1,2), que não aceita que os pais nem sequer deem uma palmada nos filhos, sob pena de chamar o conselho tutelar:

o   “O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga.” (Pv 13.24);
o   “Castiga o teu filho enquanto há esperança, mas não deixes que o teu ânimo se exalte até o matar.” (Pv 19.18);
o   “A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela.” (Pv 22.15);
o    “A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe.” (Pv 29.15);
o   “Castiga o teu filho, e te dará descanso; e dará delícias à tua alma.” (Pv 29.17);
o   “Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno.” (Pv 23.14).

Terás que ter bom ânimo para não te desviares, nem para direita, nem para a esquerda, de tudo que diz a Escritura Sagrada, a fim de que você possa tomar posse de tudo que Jesus conquistou na cruz para ti, teu cônjuge e filhos (Js 1.6-9; 1Co 2.9).
Contudo, se você assumir teus filhos e não recuar diante das tentativas do inimigo e seu sistema babilônico, você poderá ver teus filhos crescendo na Graça e no conhecimento de Deus (Lc 1.80; 2.52), já que é o sopro do Todo-Poderoso que nos faz entendidos (Jó 32.8) enquanto dormimos (Jó 33.16).
Daí Salomão dizer:

[ “Toda mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola a derruba com as próprias mãos.” (Pv 14.1).

Note como a mulher que é sábia edifica a sua casa (e não a casa dos outros). Ao trabalhar para estranhos, estás te fazendo escravos deles (desagradando a Deus - 1Co 7.23), visto que serás obrigado a dar teus talentos e dons (incluindo teus filhos) a alguém que só quer se enriquecer. Isto quando, tal pessoa, não usa de fraude e opressão para conseguir seus intentos (Pv 28.22). Imagine você abandonando teus filhos na creche, para dar as tuas pérolas e coisas santas (em troca de um salário ilusório que nenhuma satisfação traz) a quem, no final, só fará mal a ti e a outros (Mt 7.6). É isto que você quer?
A família é a maior bênção que Deus tem para o ser humano aqui neste mundo (depois do Espírito Santo, é claro).
Daí a Escritura Sagrada dizer:

*    “Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua porção nesta vida, e no teu trabalho, que tu fizeste debaixo do sol.” (Ec 9.9).
*    “Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao SENHOR.” (Sl 128.1-4) – note a vida e a unção de Deus brotando na vida do homem através da esposa e filhos, respectivamente;
*    “Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono. Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre o seu galardão. Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta.” (Sl 127.1-5) – Note que, de nada adianta trabalhar bastante para ganhar dinheiro, se, para conseguir isto, perder o amor do marido e dos filhos. Estes são “armas” para ajudar os pais a derrotar o inimigo. É claro que, para isto, deve-se ter o cuidado de encher a própria aljava com eles (ao invés de encher a aljava dos outros, entregando a educação de teus filhos nas mãos deles).

Além disto, de quê adianta trabalhar para adquirir coisas, se não houver alguém que se disponha a usá-las, como se fosse você? Ou seja, para que, mesmo depois de morto, você possa ser usado por Deus para fazer milagres (como se deu com Eliseu – 2Rs 13.20,21) através desta pessoa (Ec 2.18,19; 4.8)?
É claro que haverá lutas. Tanto que Paulo diz:

*    “Considero, por causa da angustiosa situação presente, ser bom para o homem permanecer assim como está. Estás casado? Não procures separar-te. Estás livre de mulher? Não procures casamento. Mas, se te casares, com isto não pecas; e também, se a virgem se casar, por isso não peca. Ainda assim, tais pessoas sofrerão angústia na carne, e eu quisera poupar-vos.” (1Co 7.26-28).

Tal como hoje, na época da igreja de Corinto, aqueles que se diziam seguidores de Jesus, estavam buscando em Jesus apenas nas coisas deste mundo (1Co 15.19). Logo, casar implicava (e implica) em ficar dividido entre servir a Deus e ao mundo:

·        “E bem quisera eu que estivésseis sem cuidado. O solteiro cuida das coisas do SENHOR, em como há de agradar ao Senhor; mas o que é casado cuida das coisas do mundo, em como há de agradar à mulher. Há diferença entre a mulher casada e a virgem. A solteira cuida das coisas do Senhor para ser santa, tanto no corpo como no espírito; porém, a casada cuida das coisas do mundo, em como há de agradar ao marido. E digo isto para proveito vosso; não para vos enlaçar, mas para o que é decente e conveniente, para vos unirdes ao Senhor sem distração alguma.” (1Co 7.32-35).

Uma coisa é certa: por estarmos no fim dos tempos, o mundo irá piorar cada vez mais:

§  “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.” (Mt 24.12);
§  “E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas. E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima.” (Lc 21.25-28);
§  “Isto, porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia; o que resta é que também os que têm mulheres sejam como se não as tivessem; e os que choram, como se não chorassem; e os que folgam, como se não folgassem; e os que compram, como se não possuíssem; e os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa.” (1Co 7.29-31);
§  “Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda; então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; e quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa; e quem estiver no campo não volte atrás a buscar as suas vestes. Mas ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias!” (Mt 24.15-19)

Na época de Jeremias, a angústia foi tão grande sobre Judá que, para Jeremias não esmorecer na fé, Deus ordenou que ele não casasse:

E “Não tomarás para ti mulher, nem terás filhos nem filhas neste lugar. Porque assim diz o SENHOR, acerca dos filhos e das filhas que nascerem neste lugar, acerca de suas mães, que os tiverem, e de seus pais que os gerarem nesta terra: morrerão de enfermidades dolorosas, e não serão pranteados nem sepultados; servirão de esterco sobre a face da terra; e pela espada e pela fome serão consumidos, e os seus cadáveres servirão de mantimento para as aves do céu e para os animais da terra.” (Jr 16.2-4).

Hoje, porém, entendendo que tudo que somos e temos (incluindo filhos e cônjuge) pertence ao Senhor (fomos comprados por bom preço – 1Co 6.19,20; Rm 7.4), a ordem é nos posicionarmos como soldados de Cristo a fim de resplandecer Sua luz neste mundo tenebroso:

*    “Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente.” (2Tm 2.3-5);
*    “Levanta-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do SENHOR vai nascendo sobre ti; porque eis que as trevas cobriram a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o SENHOR virá surgindo, e a sua glória se verá sobre ti.” (Is 60.1,2).

O soldado possui duas características importantes:

1º - Está sempre preparado para entrar em ação a qualquer hora do dia ou da noite;
2º - Não se apega a nada nesta vida (nem à família), para que ele não se distraia diante da missão dele e do inimigo que está a afrontar.

Soldado nunca foge de uma batalha legítima (contra alguém que está a afrontar o exército do Deus vivo – 1Sm 17.26), mas vai de encontro a ela (como fez Davi - 1Sm 17.48). O primeiro passo é ouvir a voz de Deus a fim de conhecer a vontade Dele para nós. Veja a importância disto em (Êx 15.26; Dt 8.20; 13.17,18; 15.5; 26.14; 27.10; 28.1,2,15,45,62; 30.8,10; Js 5.6; 1Sm 12.15; 15.19,20; 1Rs 20.36;  2Rs 18.12; Sl 29.3-9; 106.25; Is 30.31; 66.6; Jr 3.25; 7.28; 26.13; Dn 9.10; Mt 11.15; 13.9,43; 4.9; Lc 14.35; Ap 2.7,11,17,29; 3.6,13,20,22). Uma vez de posse daquilo que Deus quer de você e para você, não temas o que terás que sofrer para que a Palavra de Deus se cumpra na tua vida (ver Ap 2.10).
São 2 os erros que as pessoas cometem: o de procurar o mal com as próprias mãos (veja a advertência em - Pv 4.23,26,27; 14.12; Jr 17.9; Hb 12.13) e o de fugir das adversidades. Assim, ao invés de querer fugir dos problemas que vêm com o casamento e a maternidade, uma vez confirmada a vontade de Deus a este respeito, encare-os como desafios que farão de você alguém mais forte e madura espiritualmente a fim de que possas tomar posse da vida eterna (1Tm 6.12; Fp 3.13,14) com sua herança (ver Gl 4.1-3).
Ao invés de pensar só no resultado, concentre-se em tudo que podes adquirir, enquanto permaneces no Caminho rumo ao resultado e você verá que o mesmo naturalmente acontecerá quando estiveres interiormente preparada para fazer bom uso do mesmo. A meta serve apenas para te conservar no Caminho, mas o mais importante é O Caminho, já que é Nele que você permanece a maior parte do tempo. Sem contar que, se você não desistir (Gl 6.9), mesmo que você não veja a concretização da promessa (Hb 11.39-40; 1Pe 1.10-12), tua fé e intrepidez ajudarão os que vierem após ti a conquistarem a salvação de suas almas junto com você (1Pe 1.9).
Logo, ao casar e ter filhos, nunca pense em fazer isto pensando em proveito próprio. Mesmo porque, nunca foi intenção de Deus que o casamento, em si, fosse para suprir alguma carência afetiva. Apenas Jesus é O amor que preenche o coração do ser humano (1Jo 4.8,16). É a operação do Espírito Santo, cumprindo Sua vontade em nós, que traz refrigério à nossa alma (Êx 33.14; Is 55.1-3; Mt 11.28,29; At 4.19) e dá sentido à nossa vida.
Já pensou na finalidade de se ter filhos?

*    “Quando irmãos morarem juntos, e um deles morrer, e não tiver filho, então a mulher do falecido não se casará com homem estranho, de fora; seu cunhado estará com ela, e a receberá por mulher, e fará a obrigação de cunhado para com ela. E o primogênito que ela lhe der será sucessor do nome do seu irmão falecido, para que o seu nome não se apague em Israel.” (Dt 25.5,6).
*    “E, respondendo Jesus, disse-lhes: Os filhos deste mundo casam-se, e dão-se em casamento; mas os que forem havidos por dignos de alcançar o mundo vindouro, e a ressurreição dentre os mortos, nem hão de casar, nem ser dados em casamento; porque já não podem mais morrer; pois são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição.” (Lc 20.34-36).

Mas, que importância pode ter o nome de alguém, a ponto de Deus instituir algo, especialmente para que o nome de tal pessoa não se apague? Nome significa identidade, presença, caráter. Por exemplo, quando se fala em pedir algo em nome de Jesus, significa “pedir como se fosse Ele, em pessoa, que estivesse presente pedindo”.
Vem a questão: “que nome é este a quem os filhos devem honrar, a ponto de preservá-lo pelas gerações vindouras?”.

*    “Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.” (Ef 6.2,3).

A impressão que se tem é que este mandamento é apenas para os filhos. No entanto, entendendo que honrar significa dar continuidade a tudo aquilo que o pai é, já pensou que tragédia se o pai for um bandido? Ainda mais considerando que Deus visita a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração (Êx 20.5) daqueles que O odeiam, ou seja, que não amam e guardam os Seus mandamentos (Jo 14.15,21; 15.10).
Como você pode ver, o casamento tem por finalidade gerar filhos, a fim de que o ministério que Deus confiou ao marido possa ter continuidade após sua morte.
Isto não é tudo! Todo ser humano nasce preso ao pecado e, consequentemente, aos desejos egoístas da própria alma (daí dizer que a estultícia está ligada à criança – Pv 22.15). Ao colocar a mulher na vida do homem, a ideia é levá-lo a deixar de pensar em si para se ocupar com a pessoa mais próxima a ele, passando a buscar sua felicidade junto com a dela (ver Mt 18.19). Depois vêm os filhos para desviar ainda mais os olhos do homem de si, de modo a fazer da felicidade de toda a família, a sua. E isto é a semente para que, finalmente, ele possa fazer da felicidade de cada pessoa que se aproxima dele, a sua, de modo a serem um em Cristo.
É bom lembrar que Deus providenciou a família porque buscava, para Si, uma descendência de piedosos (Ml 2.15), ou seja, um grupo de pessoas que tivesse misericórdia do próximo, que estivesse disposto a entregar sua vida para que todos os relacionamentos que Deus lhe deu pudessem ser refeitos (é isto que significa perdoar).
O casamento não é o fim, mas o início! A ideia é que a família sirva para condicionar a pessoa a não pensar mais em si, mas a se entregar por completo nas mãos de Jesus por amor ao próximo e, assim, negue a si mesmo (Mt 16.24). Afinal, quem de fato crê em Jesus, confia toda sua vida a Ele, deixando que Ele revele Seus sonhos e desejos para sua vida e o conduza, neles com base na Sua forma de pensar e sentir.
De igual modo, o verdadeiro casamento não consiste de cada um tentando viver sua vida junto com o outro, mas em a mulher, certa de que o homem com quem está a casar é a pessoa que Deus preparou para si, decide entregar toda sua vida a ele, passando a fazer, da vida do marido, a sua (daí Pedro dizer que marido e mulher são herdeiros da mesma graça de vida - 1Pe 3.7). Se não for assim não existe casamento, mas apenas prostituição, onde um não tem compromisso com o outro, mas apenas consigo mesmo, vindo a usar o cônjuge apenas para ter seus desejos satisfeitos.
Quando, todavia, o homem decide dar toda sua vida (Jo 15.12,13) para a mulher que se entregou por completo a ele, ambos estão em condição de transmitirem esta graça comum de vida aos filhos até que, juntos, possam ir por todo o mundo (Gn 1.28; Mc 16.15) transmitindo-a a cada pessoa que se aproxima (Mt 22.39), até que todos venham a ser um só corpo (1Jo 1.3): o corpo de Jesus, que pensa e sente a mesma coisa (ver At 4.32; 1Co 1.10; 2.16; Fp 4.2).
Observe, assim, que teus filhos não são para você (nem são teus), mas sim para Jesus! Você como pai (ou mãe) foi eleito por Deus para prepará-los a fim de que, quando chegar o momento, eles estejam prontos para o ministério que Jesus os tem chamado (ver At 13.1,2; Ef 4.12,13). Como a ordem de Deus é para frutificar, multiplicar a fim de encher a terra (Gn 1.28) com Sua glória (Hc 2.14), eles não irão ficar para sempre com você (a prova disto está em Gn 2.24). Os filhos são apenas o ponto de partida usado por Deus para alargar o teu coração (ver 2Co 6.11-13; Is 54.1-3), de modo que você seja capaz de gestar, em teu interior, os milhares de filhos na fé (1Ts 2.7,8; Gl 4.19) que Deus trouxer até ti, através do corpo de Jesus (este é o significado de Ap 3.20).
É claro que, para isto, é preciso assumir a educação de teus filhos PESSOALMENTE! Nem pense em continuar trabalhando fora e colocar os filhos na creche! Nem mesmo em deixá-lo com tua mãe ou alguém próximo, já que, por melhores que estas pessoas possam ser, pai e mãe são insubstituíveis e, no final, quando eles crescerem, terão se acostumado a ficar longe de você e já não haverá mais nenhum vínculo afetivo sólido, mas apenas os remorsos pelos bons momentos que poderia ter tido com eles, mas que agora ficou apenas no esquecimento.
Com relação ao trabalho, a ordem de Deus é clara:

E “E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado; para que andeis honestamente para com os que estão de fora, e não necessiteis de coisa alguma.” (1Ts 4.11,12)

Na maioria dos lares, marido trabalha num emprego, mulher no outro e coloca-se os filhos na creche. E, quando chegam em casa, ainda vão ver televisão (algo que só serve para tornar a pessoa maldita aos olhos de Deus – ver Dt 7.25,26; Is 33.14,15). Que sentido tem a família neste caso? Os pais conhecem melhor seus colegas de trabalho do que um ao outro e a seus filhos. Isto não é família, é pensão!
Porém, se os pais tiverem seu próprio negócio, estarão provendo alimento para as 4 áreas que compõem o ser humano:

v Corpo " os recursos materiais vêm naturalmente quando se trabalha onde e naquilo que Deus estabeleceu;
v Sentimento " ao trabalharem juntos e na mesma coisa, o contato CONTÍNUO entre marido, mulher e filhos mantém seus corações aquecidos pelo amor de Jesus;
v Mente " juntos, pais e filhos vão aprender mais de Jesus uns com os outros através do agir de Deus no local de trabalho deles;
v Espírito " por estarem trabalhando, não para suprir as próprias necessidades (já que nosso sustento vem de Deus – Sl 127.1,2; Mt 6.25,26,33; Fp 4.19), mas para ter o que repartir com o que tiver necessidade (Ef 4.28), poderão conhecer e serem conhecidos por Deus (Gl 4.9) cada vez mais e, com isto, serem virgens prudentes (Mt 25.12).