quinta-feira, 29 de novembro de 2018

178 - Apocalipse 13

APOCALIPSE 13

Introdução

Se unirmos Daniel 2, Daniel 7, Apocalipse 13 e Apocalipse 17, chegaremos à conclusão abaixo.

 

A besta que surge da terra = é composta de:

·       falso profeta (cabeça romana que faz acordo com muitos por uma semana e na metade da semana rompe o acordo (Dn 9.27), matando a mulher (Israel));

o   “E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações. E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.” (Dn 9.26,27).

·       chifres = Israel e Judá que constituem para si uma só cabeça e têm aparência de cordeiro.

o   “E os filhos de Judá e os filhos de Israel juntos se congregarão, e constituirão sobre si uma só cabeça, e subirão da terra; porque grande será o dia de Jizreel.” (Os 1.11);

·       corpo = reis de Israel;

* A terra da qual a besta sobe é o povo de Israel.

 

A besta que surge do mar = é composta de:

·       7ª cabeça – anticristo;

·       dez chifres – dez das treze famílias de banqueiros internacionais (serão o resultado do casamento entre israelitas e romanos – Dn 2.41-43). Quando o falso profeta for levantado, ele abaterá três destas dez famílias e irá tomar consigo as outras três famílias que ficaram fora do conselho;

·       boca (Ap 13.5) = falso profeta (chifre pequeno - Dn 7.8);

·       corpo (todos os demais reis da terra com quem Israel se prostituiu – Ap 18). Ela tem a velocidade do leopardo, o poder devorador do leão (Jl 1.6; Os 13.8) e os pés firmes e bons para despedaçar do urso (Pv 17.18; Os 13.8; Dn 7.23);

* mar = povão do mundo inteiro (conduzido pelos seus líderes).

 

Mulher montada na besta (Ap 17.3) = Israel. Em virtude de Israel ser a sétima cabeça, bem como o corpo da besta que emerge da terra (logo ela é esposa do falso profeta), os israelitas se acharão poderosos o suficiente para montarem na besta que sobe do mar, ou seja, para expandirem seus negócios (como fez Nínive – Na 3.16) em busca de viverem regaladamente (ver Apocalipse 18).

Jerusalém será a grande cidade que, neste período da história (70ª semana), dominará (através da sedução comercial – Ap 18.3) os reis da terra (Ap 17.18). Pela grande matança que Israel irá efetuar na terra (julgando estar prestando um serviço ao Eterno – ver João 16.2) durante a primeira metade da 70ª semana, em Jerusalém será achado o sangue, não só de todos os justos (santos e profetas - Mt 23.35), mas de todos os que moram na terra.

 

Sete pontos de diferença:

 

Besta do Mar

Besta da Terra

Recebe seu poder do dragão (Ap 13.2).

Recebe seu poder da besta do mar (Ap 13.12)

Blasfema através da sua inteligência (Ap 13.1)

Blasfema abertamente com sua boca (Ap 13.5).

Faz guerras aos santos (Ap 13.7).

Engana quem habita na terra (Ap 13.14).

É bem sucedida pela força (Ap 13.7)

É bem sucedida na persuasão (Ap 13.14).

Reina através do temor

Reina através da astúcia

Leva todos a adorarem o dragão (Ap 13.4)

Leva todos a adorarem a besta do mar (Ap 13.12)

Mata sem dó nem piedade.

Exclui socialmente os dissidentes (Ap 13.16,17).

Israel é a cabeça ativa (antes de ser morta).

Israel é o corpo.

 

Seis pontos de similaridade:

 

o   Ambos se opõem, em espírito, ao Eterno, à Sua Igreja e ao céu;

o   Eles são arrogantes, soberbos e dominadores;

o   Eles causam grande sofrimentos em todos que se lhes opõem;

o   Experimentam a paciência e fé dos santos;

o   Eles têm grande poder;

o   Lamentavelmente eles têm sucesso.

 

A sétima cabeça (o anticristo) será um Israelita:

 

o   “Levanta-te e trilha, ó filha de Sião; porque eu farei de ferro o teu chifre, e de bronze as tuas unhas; e esmiuçarás a muitos povos, e o seu ganho será consagrado ao SENHOR, e os seus bens ao Senhor de toda a terra.” (Miquéias 4.13)

o   “Depois disto eu continuei olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres. Estando eu a considerar os chifres, eis que, entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas.” (Dn 7.7,8).

o   “Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a pura lã; e seu trono era de chamas de fogo, e as suas rodas de fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões assistiam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros. Então estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que o chifre proferia; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo desfeito, e entregue para ser queimado pelo fogo;” (Dn 7.9-11).

o   “E, quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia foi-lhes prolongada a vida até certo espaço de tempo. Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído.” (Dn 7.12-14).

o   “Disse assim: O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços. E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo. Mas o juízo será estabelecido, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir e para o desfazer até ao fim.” (Dn 7.23-26).

 

Observe que o Eterno declarou que irá fazer os chifres de Israel de ferro. É o que irá acontecer quando israelitas e romanos se misturarem em casamento (Dn 2.41-43), vindo a constituírem, a princípio, treze banqueiros poderosos. Contudo, três serão mortos pelo falso profeta, vindo a ficar somente dez.

Também repare que as unhas de Israel serão feitas de bronze justamente para esmiuçar muitos povos (exatamente o que fará o quarto animal de Daniel).

O mar de indivíduos estará tão empanturrado de desejos que fará surgir no seu seio uma besta voraz que é capaz de devorar e fazer tudo em pedaços só para satisfazer o seu apetite. É bom lembrar que o governo é o reflexo do povo.

Detalhe: o anticristo mais o falso profeta tentarão imitar Jesus mantendo sob controle tanto o ofício de rei quanto o de sacerdote (Zc 6.13).

As quatro bestas de Daniel 7.17 sobem do mar, mas seus reis se levantam da terra:

 

·        “E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar.” (Dn 7.3).

·        “Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da terra.” (Dn 7.17).

 

Eis o currículo da besta:

 

·       Nome: Gog (Ez 38.2; 39.1);

·       Número do seu nome: 666 (Ap 13.18);

·       Sua nacionalidade: da terra de Magogue (Ez 38.2);

·       Início da sua carreira: príncipe e chefe de Meseque e Tubal (Ez 38.2; 39.1). Inicialmente, Meseque e Tubal eram filhos de Jafé (Gn 10.2; 1Cr 1.5). Depois se tornaram nomes de terras:

o   “Javã, Tubal e Meseque eram teus mercadores; em troca das tuas mercadorias davam pessoas de homens e objetos de bronze.” (Ezequiel 27.13)

o   “Ali estão Meseque, Tubal e toda a sua multidão; ao redor deles estão os seus sepulcros; todos eles são incircuncisos, e mortos à espada, porquanto causaram terror na terra dos viventes.” (Ezequiel 32.26);

Note que Meseque e Tubal eram extremamente cruéis e comercializadores de almas humanas, tal como a Grande Babilônia (Ap 18.13). Considerando que em Ezequiel 32.26 é profetizada a destruição destas duas terras, logo o mais razoável é que, Em Ezequiel 38 e 39 estes dois nomes sejam simbólicos, para indicar que o anticristo será um homem vil e sem dignidade real. Ele é príncipe e chefe de duas gangues terríveis e cruéis, um monstro de indivíduo.

·       Sua raça: israelita (Dn 11.38);

·       Sua aparência: de feroz semblante (Dn 8.23);

·       Sua especialidade: mestre de intrigas (Dn 11.21) e entendido em adivinhações e enigmas (Dn 8.23);

·       Como chegará ao poder: E se fortalecerá o seu poder, mas não pela sua própria força (Dn 8.24). Usará de engano; e subirá, e se tornará forte com pouca gente (Dn 11.23);

·       Sua eficácia: destruirá maravilhosamente, e prosperará, e fará o que lhe aprouver; e destruirá os poderosos e o povo santo. E pelo seu entendimento também fará prosperar o engano na sua mão; e no seu coração se engrandecerá, e destruirá a muitos que vivem em segurança (Dn 8.24,25);

·       Seu fim: sem mão será quebrado (Dn 8.25). Jesus o prende junto com o falso profeta e os lança vivos no lago de fogo e enxofre (Ap 19.20).

·       Características do seu reinado:

o   E este rei fará conforme a sua vontade (Dn 11.36);

o   e levantar-se-á, e engrandecer-se-á sobre todo deus (Dn 11.36);

o   contra o Deus dos deuses falará coisas espantosas, e será próspero, até que a ira se complete; porque aquilo que está determinado será feito (Dn 11.36);

o   não terá respeito ao Deus de seus pais (Dn 11.37); Mas em seu lugar honrará a um deus das forças; e a um deus a quem seus pais não conheceram honrará com ouro, e com prata, e com pedras preciosas, e com coisas agradáveis (Dn 11.38);

o   nem terá respeito ao amor das mulheres, nem a deus algum, porque sobre tudo se engrandecerá (Dn 11.37) – o anticristo não terá respeito ao amor das denominações religiosas (seus templos, rituais, etc – ver Jr 7.4);

o   com o auxílio de um deus estranho agirá contra as poderosas fortalezas (Dn 11.39);

o   aos que o reconhecerem multiplicará a honra, e os fará reinar sobre muitos, e repartirá a terra por preço (Dn 11.39);

o   e apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata e de todas as coisas preciosas do Egito; e os líbios e os etíopes o seguirão (Dn 11.43);

o   sairá com grande furor, para destruir e extirpar a muitos (Dn 11.44);

 

O anticristo (7ª cabeça) dura por pouco tempo (Ap 17.10). Após ser ferido de morte, o anjo do abismo possuirá seu corpo e agregará em si todas as características dos sete impérios acima, mais os dez chifres (que são uma mistura de Roma com Israel). É a partir daí que começa, então, o reinado da besta que subiu do abismo (a besta do mar após ser possuído pelo anjo do abismo – Ap 11.7; 17.8).

Entenda: o anticristo não é a besta do mar, mas tão somente a 7ª cabeça desta besta. A besta do mar é o 8º rei, o qual procede dos sete (Ap 17.11, ou seja, agrega em si as características das sete cabeças). Como este oitavo rei é a cabeça ferida de morte do 7º rei possuído pelo espírito maligno que subiu do abismo, esta besta que subiu do mar passa a ser conhecido como a besta que subiu do abismo (Ap 17.8; 11.7).

Ela carrega sobre si a mulher (Israel) por toda a metade da 70ª semana.

No que a mulher (Israel) decide se apoiar na besta e se prostituir com todos os reinos da terra (Ap 18.3), o mundo inteiro passa a estar literalmente jazendo sobre o maligno (1Jo 5.19) e Israel passa a ser conhecida como Grande Babilônia.

Contudo, na metade da 70ª semana, o falso profeta (apoiado pela besta que sobe do abismo e os dez chifres) rompe o acordo com Israel (Dn 9.27). Eles ficam com tanto ódio de Israel que destroem a mulher (Israel).

 

·        “Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia.” (Ap 13.1 – ARA2).

 

Mar (muitas águas) representam multidões, povos, nações e línguas:

 

o   “Portanto assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu estou contra ti, ó Tiro, e farei subir contra ti muitas nações, como o mar faz subir as suas ondas,” (Ez 26.3).

o   “Ai do bramido dos grandes povos que bramam como bramam os mares, e do rugido das nações que rugem como rugem as impetuosas águas.” (Is 17.12).

o   “Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando na minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o mar grande.” (Dn 7.2)

o   “E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas.” (Ap 17.15).

 

Do meio do povão (Ap 17.15) irá surgir um império mundial gentílico encabeçado por Israel. Ele é alguém vil (príncipe de uma gangue cruel), que não tinha recebido dignidade real e que irá se fortalecer com pouca gente (Dn 11.21-23), a saber, pelo poder dos dez chifres e do chifre pequeno (que é o falso profeta), e não por seu próprio poder (Dn 8.23,24).

Cabeça implica em domínio e instrução, já que é ela que controla e instrui todo o restante do corpo. Em contraste com a lâmina de ouro sobre a qual estava escrito “santidade ao SENHOR”, nas cabeças da besta estão escritos nomes de blasfêmias.

 

o   “Também farás uma lâmina de ouro puro, e nela gravarás como as gravuras de selos: SANTIDADE AO SENHOR.” (Êx 28.36).

 

Chifre é símbolo de força, embora seja um chifre em parte frágil (barro) e em parte forte (ferro) (Dn 2.42). Trata-se da união entre israelitas (barro) e igreja católica (ferro) (que nada mais é do que o império romano transvestido de religião).

Note que aqui as coroas estão sobre os dez reis. Isto é para indicar que são eles quem de fato estão reinando. As sete cabeças, embora representem reis, os seis primeiros terão passado quando o anticristo assumir. São lembrados como reis, mas não têm mais o poder.

Por outro lado, as coroas são vistas, no dragão, em suas cabeças. Isto porque elas representam o real domínio de Ha-Satan que é, a saber, nas mentes e corações (2Co 10.3-6).

Note que em cada cabeça da besta havia um nome de blasfêmia. Ou seja, cada cabeça era uma afronta ao Eterno, uma tentativa de ocupar o lugar que cabe a Ele. Trata-se de sete coisas que só o Eterno é digno de receber: louvor, glória, sabedoria, honra, poder, onipotência, riqueza (Ap 5.12; 7.12). Cada império exigia estas coisas dos seus cidadãos e reis derrotados.

E o pior é que uma criatura com sete cabeças é difícil de matar porque, se você ferir uma cabeça, ele ainda possui outras seis intactas.

Resumindo:

O anticristo é conhecido como:

 

o   Rei de feroz semblante (Dn 8.23).

o   Aquele que fará aliança com os judeus por uma semana (Dn 9.27);

o   O rei cruel de Daniel 11.36-45;

o   Aquele que vem em seu próprio nome (Jo 5.43) e que será recebido como Messias por Israel;

o   O filho da perdição, homem do pecado, o “sem-lei” (2Ts 2.3).

 

Ele possui:

 

o   Grande poder – dez chifres;

o   Grande inteligência – sete cabeças;

o   Grande influência – dez coroas. Sua esfera de ação é o mundo inteiro (Dn 13.15).

 

Ele vai após o engano moral. Ele promove:

 

o   blasfêmias (Ap 13.1);

o   destruição (Ap 13.7)

 

Apesar de a besta possuir grande influência, ela está debaixo de restrições severas:

 

o   Ela é limitada em termos de tempo: tem somente quarenta e dois meses para agir (Ap 13.5);

o   Ela é limitada quanto ao grupo de indivíduos que ela irá governar: apenas aqueles cujos nomes não estão escritos no livro da vida (Ap 13.8);

o   Ele pode destruir a vida física de quem crê, mas nada pode fazer contra suas almas (Lc 12.4).

 

Sua missão conduz à auto-ruína:

 

o   “Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a paciência e a fé dos santos.” (Ap 13.10).

 

Quanto ao número dez, ele pode ser visto em:

 

o   Sodoma e Gomorra não seriam destruídos se fossem achados ali dez justos (Gn 18.32);

o   As colunas do tabernáculo eram dez (Êxodo 27.12);

o   Dez mandamentos;

o   Dízimo;

o   Dez virgens.

 

Ou seja, “dez” mostra o domínio através da lei, em contraste com doze que é o domínio através da família.

Vem a questão: por que mostrar cinco cabeças que caíram (Ap 17.9,10)? Porque o espírito imundo que subirá do abismo, ao possuir o corpo da besta do mar ferida de morte, vindo assim a constituir o oitavo rei, irá agregar a esta todas as estratégias e poderes de todos os sete impérios.

 

·        “A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade.” (Ap 13.2).

·

O leão é conhecido por sua voracidade (daí ele ter sido usado como símbolo da Babilônia):

 

o   “Por isso um leão do bosque os feriu, um lobo dos desertos os assolará; um leopardo vigia contra as suas cidades; qualquer que sair delas será despedaçado; porque as suas transgressões se avolumam, multiplicaram-se as suas apostasias.” (Jr 5.6).

o   “Este, pois, andando continuamente no meio dos leões, veio a ser leãozinho, e aprendeu a apanhar a presa, e devorou homens.” (Ezequiel 19.6).

o   “Porque para Efraim serei como um leão, e como um leãozinho à casa de Judá: eu, eu o despedaçarei, e ir-me-ei embora; arrebatarei, e não haverá quem livre.” (Oséias 5.14).

o   “Rugirá o leão no bosque, sem que tenha presa? Levantará o leãozinho no seu covil a sua voz, se nada tiver apanhado?” (Amós 3.4).

 

O urso é conhecido por sua ferocidade (brutalidade e severidade) e tenacidade de propósito, aquele que sai arrombando e despedaçando (tal como foi o império Medo-Persa):

 

o   “ASSIM diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão. Eu irei adiante de ti, e endireitarei os caminhos tortuosos; quebrarei as portas de bronze, e despedaçarei os ferrolhos de ferro.” (Is 45.1,2).

 

A força do urso está em suas patas e garras:

 

o   Como ursa roubada dos seus filhos, os encontrarei, e lhes romperei as teias do seu coração, e como leão ali os devorarei; as feras do campo os despedaçarão.” (Os 13.8).

o   “Disse mais Husai: Bem conheces tu a teu pai, e a seus homens, que são valorosos, e que estão com o espírito amargurado, como a ursa no campo, roubada dos cachorros; e também teu pai é homem de guerra, e não passará a noite com o povo.” (2Sm 17.8).

 

O leopardo é conhecido por ser ligeiro e de pulo cruel (tal como se deu com o império grego):

 

o   “E os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos, e mais espertos do que os lobos à tarde; os seus cavaleiros espalham-se por toda parte; os seus cavaleiros virão de longe; voarão como águias q ue se apressam a devorar.” (Hab 1.8).

 

A besta do mar carrega as características dos quatro impérios de Daniel 2 e 7, bem como a característica de Ha-Satan:

 

·       Boca de leão – Babilônia;

·       Pés de urso – Média-Pérsia;

·       Corpo de leopardo – Grécia;

·       10 chifres – Roma + Israel;

·       7 cabeças e cor escarlate (Ap 17.3) – Ha-Satan.

 

7 cabeças:

 

·       Egito;

·       Assíria;

·       Babilônia;

·       Média-Pérsia;

·       Grécia;

·       Roma;

·       Israel. Anticristo. Este é golpeado de morte. Dura pouco tempo.

 

Quatro coisas foram mencionadas:

 

  1º -      O poder da besta: “...e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio.” (Ap 13.2);

2º -      A posição a partir da qual este poder é exercido: “e toda a terra se maravilhou após a besta.” (Ap 13.3).

3º -      Direito de exercer o poder: “...e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses.” (Ap 13.5).

4º -      A eficácia que é permitida ter este poder: “E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação.” (Ap 13.7).

 

O mesmo se deu com Jesus no deserto ao ser tentado por Ha-Satan:

 

  1º -      O poder de Jesus: “se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.” (Mt 4.3);

2º -      A posição a partir da qual Jesus deveria exercer o poder: “Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; (Mt 4.6)”;

3º -      Direito de exercer o poder: “Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.” (Mt 4.8,9).

4º -      A eficácia que é permitida ter este poder: “Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam.” (Mt 4.11).

 

Ha-Satan transfere seu poder, trono e autoridade para a besta, de modo que o mundo se torna o instrumento para propósito dele:

 

·       Seu poder – capacidade de enganar e matar, física e espiritualmente, as vidas. O poderio físico é concedido por meio dos dez chifres (Jo 8.44); o espiritual, através do falso profeta;

·       Seu trono – seu domínio (Lc 4.6), ou seja, os indivíduos que, por terem se apegado ao mundo, estão à sua mercê;

·       Grande autoridade – a besta recebe o respeito e admiração do mundo e, assim, passa a controlar mental e sentimentalmente as massas.

 

·        “Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta;” (Ap 13.3).

 

A besta do mar vai receber uma ferida mortal, mas aparentemente irá ressuscitar, como se fosse o Messias (note como em Ap 5.6 é visto um Cordeiro como que havendo sido morto), a ponto de todos acharem que é impossível pelejar contra a besta, já que ela, supostamente, não pode morrer (Jo 12.34). Trata-se de uma imitação grosseira da ressurreição de Jesus segundo a eficácia de Ha-Satan (2Ts 2.9-12).

No entanto, tal indivíduo não é mais o mesmo indivíduo que subiu do mar, mas um espírito imundo que subirá do abismo e fará o anticristo ser sete vezes pior (ver Mt 12.43-45): a condensação de toda a maldade existente em cada um dos sete impérios anteriores.

Não é em vão que os nomes de blasfêmia se multiplicam em Ap 17.3. Afinal, com tamanho apoio e arrogância infernal, não é de se admirar que sua pretensão de se achar tão boa quanto o Eterno tenha aumentado.

 

·        “e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?” (Ap 13.4).

 

O que é idolatria? É querer ser alguém inquestionável, incomparável, digno de obediência cega. É oportuno esclarecer que os homens não querem a eliminação da religião. Eles desejam sua própria religião com o nome do Eterno atrelado a ela, mas sem Ele estar presente:

 

o   “E sete mulheres naquele dia lançarão mão de um homem, dizendo: Nós comeremos do nosso pão, e nos vestiremos do que é nosso; tão-somente queremos ser chamadas pelo teu nome; tira o nosso opróbrio.” (Is 4.1).

 

Tanto é assim que, normalmente, os ídolos são cultuados após a morte do indivíduo. Por exemplo, quando Moisés era vivo, direto Israel se rebelava contra ele. Após sua morte, vê-se ele sendo cultuado, conforme pode ser visto abaixo:

 

o   “Então o injuriaram, e disseram: Discípulo dele sejas tu; nós, porém, somos discípulos de Moisés.” (Jo 9.28)

 

Perceba o modo como o povo irá adorar a Ha-Satan: como dragão, ou seja, como um ser que tem poder de controlar as massas através das sete forças que há no mundo (as quais os líderes tentam usar para manter o mundo sob controle sem precisar do Eterno).

Na septuagésima semana, o dragão fará da besta do mar uma perfeita imagem sua, com todo o seu poder (dez chifres) e autoridade mundana (sete cabeças, e não mais apenas uma). Contudo, enquanto cada rei dos seis impérios anteriores tinha sua força, o anticristo, em si, não terá, por ele mesmo, poder.

Sua habilidade está no misticismo (Dn 8.23) e na capacidade de articular palavras a ponto de promover intrigas. Entretanto, por contar com toda a autoridade de Ha-Satan (sete cabeças) e todo poder dos dez reis do mundo, ninguém jamais será forte do que ele.

Tanto é assim que o povão, maravilhado, irá adorar a besta da mesma forma que o Eterno era adorado:

 

·        “Ó SENHOR, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu glorificado em santidade, admirável em louvores, realizando maravilhas?” (Êxodo 15.11).

·        “Todos os meus ossos dirão: SENHOR, quem é como tu, que livras o pobre daquele que é mais forte do que ele? Sim, o pobre e o necessitado daquele que o rouba.” (Salmos 35.10).

·        “Também a tua justiça, ó Deus, está muito alta, pois fizeste grandes coisas. Ó Deus, quem é semelhante a ti?” (Sl 71.19).

·        “Ó SENHOR Deus dos Exércitos, quem é poderoso como tu, SENHOR, com a tua fidelidade ao redor de ti?” (Sl 89.8).

·        “Quem é como o SENHOR nosso Deus, que habita nas alturas?” (Sl 113.5).

·        “A quem, pois, fareis semelhante a Deus, ou com que o comparareis?” (Isa_40:18).

·        “A quem, pois, me fareis semelhante, para que eu lhe seja igual? diz o Santo.” (Is 40.25).

·        “Ouvi-me, ó casa de Jacó, e todo o restante da casa de Israel; vós a quem trouxe nos braços desde o ventre, e sois levados desde a madre.” (Is 46.3).

·        “A quem me assemelhareis, e com quem me igualareis, e me comparareis, para que sejamos semelhantes?” (Is 46.5).

·        “Eis que ele como leão subirá da enchente do Jordão contra a morada do forte; porque num momento o farei correr dali; e quem é o escolhido que porei sobre ela? Pois quem é semelhante a mim? e quem me fixará o tempo? e quem é o pastor que subsistirá perante mim?” (Jr 49.19).

·        “Eis que ele como leão subirá da enchente do Jordão, contra a morada forte, porque num momento o farei correr dali; e quem é o escolhido que porei sobre ela? porque quem é semelhante a mim, e quem me fixará o tempo? E quem é o pastor que poderá permanecer perante mim?” (Jr 50.44).

·        “Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniqüidade, e que passa por cima da rebelião do restante da sua herança? Ele não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na sua benignidade.” (Mq 7.18).

·        “E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu.” (Ap 13.6)

·        “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1.14).

 

Aparentemente, com a falsa ressurreição, é impossível ela ser vencida. Ela fica parecida com um dos super-heróis tão exaltados pela mídia.

E como o dragão se deu por completo à besta, ele também será adorado. Afinal, a besta é a imagem do dragão e a comunidade satânica, teoricamente, será sua semelhança (não será, na prática porque só existe perfeita unidade em Cristo e Sua palavra. Assim, tal comunidade tão somente será a imagem da imagem do dragão). Jerusalém, a mulher montada na besta, também recebe tal adoração por seu esplendor físico, repleta de riquezas (Ap 18.18).

 

·       “Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses;” (Ap 13.5).

·

Note que a besta do mar recebe autoridade para reinar por quarenta e dois meses, ou seja, ela irá fazer tudo com a permissão do Eterno.

Também devemos observar que a besta do mar já possuía uma boca semelhante à de leão. Como, então, dizer, que lhe foi dada uma boca?

A boca da besta era destinada a devorar. A boca adicional (Dn 7.8,20,25; 11.36), que a besta do mar recebe, é o falso profeta, cuja especialidade é proferir:

 

·       Arrogâncias – Sua suposta superioridade a ponto de não precisar de Jesus (ou, até mesmo, ser melhor que Ele). Observe que a besta consegue convencer as massas a se acharem fortes (Jl 3.10) o suficiente para vencerem Cristo (Ap 19.19);

·       Blasfêmias – Sua tentativa de ocupar o lugar de Jesus na vida dos indivíduos.

 

Enfim, o anticristo não tem, a princípio, capacidade oratória. Ele é visto como um deus (como Ha-Satan) e o falso profeta é sua boca (imitando o que se deu com Moisés – Êxodo 7.1).

 

·       “e abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu.” (Ap 13.6).

·

A besta do mar abre a boca em blasfêmia contra o Eterno de duas formas:

 

·       Para Lhe difamar o nome -> para mudar Sua identidade aos olhos de todos;

·       Para Lhe difamar o tabernáculo -> para levar todos a terem uma ideia errada acerca daqueles que servem de habitação do Espírito do Eterno. A ideia é levar todos a acreditarem que o Eterno pode muito bem habitar em qualquer indivíduo, mesmo que este não possua o caráter Dele, de modo a induzir todos a acharem que não há necessidade de nascer de novo para serem cheios do Espírito Santo.

Deste modo, fica fácil todos a acreditarem que os dons do Ha-Satan são operações do Espírito Santo.

 

Detalhe: só é tabernáculo do Eterno quem habita no céu, ou seja, busca e pensa nas coisas do alto (Ef 1.3; 2.6; Cl 3.1,2).

 

·        “Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação;” (Ap 13.7).

 

Como é que se vence o anticristo? Com certeza não é lutando contra o seu reino físico. Entendendo que a Igreja é coluna e baluarte da verdade (1Tm 3.15), nosso papel é permanecermos firmes em Cristo e Sua Palavra a cada investida de Ha-Satan contra nós:

 

·        “Porque, eis que hoje te ponho por cidade forte, e por coluna de ferro, e por muros de bronze, contra toda a terra, contra os reis de Judá, contra os seus príncipes, contra os seus sacerdotes, e contra o povo da terra.” (Jr 1.18).

 

Ainda que ele venha sete vezes contra nós por um caminho, todas as sete vezes ele terá que fugir (Dt 28.7), de modo que fique em nós confirmada que a verdade, bondade e fidelidade de Cristo subsistem para sempre (Sl 117.2).

Contudo, até que a ira do Eterno se complete, a besta do mar irá fazer guerra contra aqueles que são separados para uso exclusivo de Jesus e vencê-los (Dn 7.21; 11.36; Ap 11.7,18; 12.17; 17.5), ou seja, estes não conseguirão promover nenhuma mudança no mundo, mesmo revelando quem é o Eterno.

Mesmo com o Espírito Santo a operar na Igreja, não haverá conversão no meio gentílico durante a primeira metade da 70ª semana (afinal, o Espírito Santo será tirado do meio - 2Ts 2.7). Apenas os 144.000 judeus irão se converter pela pregação das duas testemunhas (daí eles serem primícias de Israel para o Eterno e para o Cordeiro – Ap 14.4). A porta da graça se fechará. Só haverá conversões depois do arrebatamento da Igreja, e não mais para pertencer à Igreja (não podemos nos esquecer que Jesus tem mais de um rebanho – ver João 10.16).

Afinal, a besta do mar recebe, dos dez chifres, autoridade sobre cada tribo, povo língua e nação, além de governar por completo a economia, armas, política, religião, recursos naturais, comunicação e tecnologia de cada país.

Sei que isto é difícil de engolir. Como pode o Eterno conceder à besta o direito de pelejar contra os santos e, ainda por cima, vencê-los? Muitos membros da Igreja serão mortos!

Todavia, tudo isto é para purificá-la (Dn 11.32-35), tal como se deu na primeira vinda de Jesus:

 

·        “Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros. E assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata; então ao SENHOR trarão oferta em justiça.” (Ml 3.2,3).

 

Contudo, não importa o quanto Ha-Satan esforce: as portas do inferno jamais poderão prevalecer contra a Igreja (Mt 16.18).

 

·       “e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.” (Ap 13.8).

·

Todos os que habitam sobre a terra está em contraste com aqueles que habitam no céu (Ap 13.6). Eles irão adorar a besta do mar. Isto mostra que, se quisermos ser livres da possibilidade de adorar e servir a criatura em lugar do criador (Rm 1.25), teremos que habitar apenas nos tabernáculos eternos (Lc 16.9).

Estes que habitam sobre a terra não tiveram seus nomes escritos no livro da vida (ver Êx 32.32,33; Ap 3.5; Sl 69.28; Dn 12.1; Fp 4.3) desde a fundação do mundo (ver Ap 17.8; Mt 25.34; Ef 1.4; 1Pe 1.18-20), o que mostra que a vida de cada um foi projetada bem antes mesmo deste mundo vir a existir (inclusive a morte sacrificial do Cordeiro).

No entanto, o Eterno fez cada um reto (Ec 7.29), mas deixou o indivíduo livre para gostar do Amor ou preferir ser guiado pelo seu arbítrio. A maioria prefere a religião do anticristo, a qual promete transformar o homem em um deus (Gn 3.5), ao invés de aceitar Cristo e Seu sacrifício de se esvaziar a Si mesmo (Fp 1.5-8). Note como a ideia é nós nos diminuirmos para que Cristo possa viver Sua divindade em nós, ao invés de nós crescermos até alcançarmos a divindade (que é o que os religiosos desejam).

 

·        “Se alguém tem ouvidos, ouça.” (Ap 13.9).

 

A questão de ouvir a voz do Eterno é de tal importância que, por doze vezes, Jesus ordena que assim façamos (Mt 11.15; 13.9,43; Mc 4.23; Lc 14.35; Ap 2.7,11,17,29; 3.6,13,22). Sem contar outras passagens que aponta para a importância de ouvirmos a voz do Eterno (por exemplo, Dt 28.1,2; 30.20; Jr 18.10). Logo, não podemos nos conformar com menos do que ouvir a voz de Jesus. Sem isto, estaremos, na verdade, andando segundo o curso deste mundo (Ef 2.1,2) ao invés de seguir Jesus (Mt 16.24).

Lembremo-nos que só não peca quem está em Cristo (2Co 5.17; 1Jo 3.5,6). Só consegue ter comunhão uns com os outros e ser purificado da maldade quem anda na luz (1João 1.7). Quem fica parado na luz, parado nas trevas ou andando nas trevas só vai se enchendo de contaminação.

Caminhemos de tal modo que todos possam ver quem de fato somos, ao invés de ficarmos nos escondendo nas sombras daquilo que o mundo que jaz no maligno espera que sejamos (1João 5.19).

Em particular, o que é para ser ouvido?

 

·        “Se alguém leva para cativeiro, para cativeiro vai. Se alguém matar à espada, necessário é que seja morto à espada. Aqui está a perseverança e a fidelidade dos santos.” (Ap 13.10).

 

·       Se alguém é para ir para cativeiro (Jr 15.2; 43.11), ele levará outros para cativeiro e irá para cativeiro (Is 33.1; Gn 9.6; Mt 26.52);

·       Se alguém é para ser morto à espada (Jr 15.2; 43.11), ele irá matar à espada e acabará morrendo pela espada (Is 33.1; Gn 9.6; Mt 26.52);

 

Este tipo de mensagem é visto também em outros trechos da Escritura Sagrada:

 

·        “E virá, e ferirá a terra do Egito; entregando para a morte, quem é para a morte; e quem é para o cativeiro, para o cativeiro; e quem é para a espada, para a espada.” (Jr 43.11).

·        “E será que, quando te disserem: Para onde iremos? Dir-lhes-ás: Assim diz o SENHOR: Os que para a morte, para a morte, e os que para a espada, para a espada; e os que para a fome, para a fome; e os que para o cativeiro, para o cativeiro.” (Jr 15.2).

 

Jesus disse isto também:

 

·        “Então Jesus disse-lhe: Embainha a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão.” (Mt 26.52).

 

A besta do mar é para ser vencida através da paciência e fidelidade. A besta da terra, por outro lado, é para ser vencida por meio da sabedoria e entendimento (Ap 13.18), a saber, seguindo e temendo o Eterno (Pv 9.10).

As vezes que aparece a expressão “aqui está” (Ap 13.18; 14.12; 17,9), também significa “aqui se verá” e “aqui se requer”.

A perseverança e fidelidade daqueles que são separados para uso exclusivo do Eterno só poderá ser vista quando eles conseguirem permanecer firmes em Jesus e Sua Palavra, mesmo quando todos os demais indivíduos à volta estiverem todos voltados para a besta (a “vida” dela), sua imagem (comunidade satânica, “seus caminhos”) e marca (suas “verdades”).

Quem é santo deve permanecer fiel até o fim para obter a finalização da sua salvação (Mt 24.13). Afinal, o indivíduo acabará sofrendo o mal que praticou.

 

·        “Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão.” (Ap 13.11).

 

O mar representa as nações que se opuseram ao Eterno, o mundo apóstata, a anti-cristandade que quer ocupar o lugar de Cristo na vida dos indivíduos.

A terra representa os israelitas, como povo profético e sacerdotal do Eterno, mas que se apostatou da fé. Eles são a igreja apóstata, a falsa cristandade, que tenta aliviar a consciência dos pecadores com rituais vazios (Lm 2.14; Is 28.10; Mt 15.3,6-9).

Temos aqui a trindade satânica:

 

o   O dragão, que é o anti-Pai;

o   O oitavo rei que se apossará da besta do mar, vindo a ser o anti-Messias;

o   O falso profeta que se acha na besta da terra, se comportando como o anti-Espírito Santo.

 

A primeira besta é conhecida pela sua força e inteligência, enquanto que a segunda é conhecida por ser frágil como um cordeiro, mas com uma fala parecida com a do dragão. Contudo, apesar da aparência de cordeiro, ainda assim é chamada de besta. Vem a questão: por que?

Esta besta parecerá um cordeiro (se apresentará mansa, amorosa e solícita), mas terá força (chifres) e falará como um adepto da teologia da prosperidade (ver Mt 16.23), que acredita que quem é de Jesus tem que ser grande no mundo e controlar as massas (ser cabeça e não cauda, no sentido carnal da coisa).

Como um cordeiro natural não tem chifre, os chifres semelhantes aos de cordeiro aqui só podem ser uma alusão aos sete chifres do Cordeiro do Eterno (Ap 5.6). Trata-se de uma besta espiritual, que lança mão de toda a eficácia de Ha-Satan para fazer, sinais e prodígios (2Ts 2.10,11) a fim de esmagar toda e qualquer consciência dos incautos, ou seja, para convencer todos “na marra” (tal como Ha-Satan tentou fazer com Jesus em Mt 4.5-7).

A besta que emerge da terra é o casamento entre o falso profeta e a Grande Prostituta de Apocalipse 17. Ela sobe da terra de Israel (Os 1.11), onde os dois chifres representam Israel (as dez tribos do reino do norte) e Judá (reino do sul).

Esta besta tenta seduzir a Igreja e o mundo com seus sinais e prodígios, de modo a incentivá-la a buscar no messias do dragão (a besta do mar, que muitos julgarão ser o verdadeiro Cristo) apenas manifestações sobrenaturais vazias, conforme aquilo que cada um deseja que o Eterno seja.

Esta besta da terra é precisamente o pequeno chifre de Daniel que tinha olhos como de homem (Dn 7.8 – ou seja, vê as coisas como vê o homem) e tinha boca que falava de coisas que são grandes aos olhos do homem (ver 1Jo 4.5,6). Trata-se do império dos judeus, liderado pelo falso profeta.

O dragão concede poder físico à besta do mar (Ap 13.2) e o poder da alma e do espírito à besta da terra, a qual é capaz de ser a boca do dragão (alma) e de conceder vida à imagem da besta (espírito - Ap 13.11).

A besta da terra também é a religião judaica, a qual tenta adequar a Jesus e a Escritura Sagrada à falsa ciência, bem como aos interesses da elite global que compõe os dez chifres.

Entre outras coisas, por que você acha que Jesus deu a visão do Apocalipse a João? Para mostrar a ele e às sete igrejas o que realmente procede do sistema religioso. A ideia era servir de consolo a ele aos seus irmãos na fé que estavam em grande tribulação. Afinal, parecia não ser justo Jerusalém ser destruída por um povo pagão. Contudo, no que João vê em que Jerusalém se tornaria no futuro (Ap 17.7), ele fica consolado por toda a destruição ocorrida e percebe que, não importa o esforço do sistema religioso para conservar a fé das pessoas, sem Cristo em pessoa é tudo inútil. Mesmo que a religião tenha sua origem em Israel.

A verdade é que, até os tempos do apocalipse, os israelitas ainda estavam muito apegados ao judaísmo. Para mostrar a João que a adoração de Israel estava corrompida, Jesus mostra a besta que surge a partir da sua terra (falso profeta + a mulher montada na besta).

E o pior é que, hoje, muitos pensam em promover uma revolução, supondo, com isto, que os problemas do mundo serão resolvidos. Entretanto, nenhuma solução que provenha da “boa” vontade do povo pode libertar (ver Jo 8.36).

Pensam em conquistar o mundo inteiro para Jesus, como se fosse a solução do problema. Mas foi exatamente isto que Constantino fez em 325 D.C. no concílio de Nicéia. Ficou mais que comprovado o que Jesus já dissera para Pilatos: “meu reino não é deste mundo” (Jo 18.36).

Não adianta tentar empregar técnicas de evangelismo para tentar converter o mundo, pois o problema não está só sistema, nem apenas no governo, mas sim no interior de cada cidadão.

Muito menos resolve apenas divulgar os princípios da Escritura Sagrada, achando que isto fará o mundo mudar ou melhorar. Primeiro: é inútil tentar curar o sistema que rege este mundo (Jr 51.9), já que o mundo jaz no maligno (1Jo 5.19), o qual é o príncipe deste mundo (Jo 12.31; 14.30; 16.11).

Assim, um dos objetivos do Apocalipse é mostrar como as pessoas estão equivocadas quanto ao sentido da vida. Basta pensar que o povo elege o anticristo como seu messias justamente porque ele promete melhorar o mundo (ver 1Jo 4.5,6).

Características da besta da terra:

 

·       leva todos a adorarem a besta do mar;

·       leva todos a fazerem uma imagem da besta do mar e cultuá-la, sob pena de morte a quem assim não proceder;

·       exclui da vida comercial quem não se deixar marcar pela besta do mar;

·       é poderosa: capaz de faz cair fogo do céu;

·       Vai após o engano: abre sua boca em blasfêmias (Ap 13.6);

·       Promove o engano (Ap 13.14).

 

·        “Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada.” (Ap 13.12).

·

A besta da terra exerce a autoridade da besta do mar, mas na presença dela. Isto é um verdadeiro tapa na cara da maioria dos cristãos que querem exercer toda a autoridade de Cristo, mas longe Dele. Aqui temos uma deturpação dos três ministérios exercidos por Israel no Antigo Testamento:

 

·       A besta do mar ocupa o lugar do rei, o qual era usado pelo Eterno para conduzir política e juridicamente Israel (isto, é claro, após Israel pedir um rei – 1Sm 8.5,19,20);

·       O falso profeta ocupa o lugar do verdadeiro profeta, o qual era usado pelo Eterno para falar ao povo de Israel (isto, é claro, após Israel não querer mais ouvir diretamente a voz do Eterno – Êx 20.19);

·       A grande meretriz ocupa o lugar da tribo de Levi que era responsável por servir ao Eterno, ofertar os serviços sagrados (isto, é claro, após Israel rejeitar a proposta do Eterno de ser um reino de sacerdotes – Êx 19.6 – para, tão somente, se restringir a obedecer às leis estabelecidas pelo Eterno).

 

E não é para menos: já que a 70ª semana é a semana dos israelitas e de Jerusalém (Dn 9.24), os quais são escravos do mundo com seus filhos (Gl 4.25), nada mais indicado do que conceder a Israel estas três aberrações em forma de culto, visto que eles rejeitaram ao Messias e Seu modo de cultuar ao Eterno.

 

·        “Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens.” (Ap 13.13).

 

O fato de citar o milagre de fazer descer fogo do céu é porque tal milagre era bem conhecido dos israelitas:

 

·        “E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão, e eis um forno de fumaça, e uma tocha de fogo, que passou por aquelas metades.” (Gn 15.17).

·        “Porque o fogo saiu de diante do SENHOR, e consumiu o holocausto e a gordura, sobre o altar; o que vendo todo o povo, jubilaram e caíram sobre as suas faces.” (Lv 9.24);

·        “Então saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR.” (Lv 10.2).

·        “Então saiu fogo do SENHOR, e consumiu os duzentos e cinqüenta homens que ofereciam o incenso.” (Nm 16.35);

·        “Então Manoá tomou um cabrito e uma oferta de alimentos, e os ofereceu sobre uma penha ao SENHOR: e houve-se o anjo maravilhosamente, observando-o Manoá e sua mulher. E sucedeu que, subindo a chama do altar para o céu, o anjo do SENHOR subiu na chama do altar; o que vendo Manoá e sua mulher, caíram em terra sobre seus rostos.” (Jz 13.19.20).

·        “Então caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.” (1Rs 18.38);

·        “E respondeu Elias: Se eu sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinqüenta. Então o fogo de Deus desceu do céu, e o consumiu a ele e aos seus cinqüenta.” (2Rs 1.12).

·        “E acabando Salomão de orar, desceu o fogo do céu, e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do SENHOR encheu a casa.” (2Cr 7.1).

 

Conforme Jesus e Paulo alertaram, muitos sinais e prodígios seriam feitos para enganar até mesmo os escolhidos (Mt 24.24; 1Ts 2.9; 2Ts 2.7-12). E o pior é que, hoje, a instituições religiosas evangélicas estão repletas de indivíduos que ficam fascinados com tais manifestações (mesmo sabendo, por exemplo, do que acontecerá em - Ap 16.14). Apesar do alerta do Eterno (Dt 13.1-3), tais indivíduos seguem cegamente líderes religiosos só porque viram sinais e prodígios.

O detalhe é que até mesmo prodígios grandiosos como fazer descer fogo do céu irão acontecer para levá-los a desacreditar das duas testemunhas, já que uma virá no espírito e poder de Elias (Ml 4.5,6; Mt 17.10-13; Lc 1.17).

 

·       “Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu;” (Ap 13.14).

·

Para que imagem, se a besta estará já sendo idolatrada por todos? Uma das razões é porque a besta não é onipresente como o Eterno. Assim, a imagem é uma forma de um dos demônios de Ha-Satan operar prodígios a fim de enganar milhares:

 

·        “Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios.” (1Co 10.19,20)

 

Para entendermos qual é a imagem da besta, primeiro precisamos entender qual é a imagem do Eterno.

 

·        “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gn 1.26,27).

·        “Este é o livro das gerações de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez. Homem e mulher os criou; e os abençoou e chamou o seu nome Adão, no dia em que foram criados.” (Gn 5.1,2).

 

Note quando o Eterno criou a homem, ele criou também a mulher e chamou o nome de ambos, Adão. Se fossem dois seres, teria que haver dois nomes. Logo, o Eterno tinha criado apenas um ser, estando a mulher dentro dele na forma de uma costela.

Assim sendo, a imagem e semelhança do Eterno é a união do homem com a mulher no Eterno, ou seja, a Igreja:

 

·        Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” (Rm 8.29);

·        “O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem.” (1Co 11.7);

·        “E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial.” (1Co 15.49);

·        “O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;” (Cl 1.15);

·        “E vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;” (Cl 3.10);

·        “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;” (Hb 1.3).

 

Por aqui podemos ver que o Eterno não é contra imagens, mas sim contra tudo aquilo que não é nascido Dele (que não provém Dele). Afinal, uma vez que imagem e semelhança do Eterno é a Igreja, logo qualquer outra forma de tentar expressar quem é o Eterno é, tão somente, animal, terrena e demoníaca.

Uma vez entendido isto e considerando que Ha-Satan dissimula as coisas do Eterno, logo a imagem da besta é a “comunidade satânica”, cuja cabeça é o próprio anticristo. É a besta do mar criando um ser à sua imagem e semelhança.

Trata-se da religião global onde todos que não estão escritos no livro da vida adoram o dragão e a besta do mar (Rev 13.4).

Vem a questão: como dar-se-á a formação desta religião? Inicialmente, todos os que estavam buscando o Eterno com base na teologia da prosperidade (independente da religião frequentada), irão adorar a besta e o dragão.

Por causa dos sinais que foi dado ao falso profeta para executar diante da besta do mar, ela consegue seduzir os que habitam na terra (ou seja, que não habitam no céu). Perceba que foi permitido à besta da terra fazer tais sinais.

 

·        “e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta.” (Ap 13.15).

·

Que fique claro: foi dado ao falso profeta tal capacidade (ele não a tinha). Vem a questão: quem lhe deu esta habilidade?

Certamente o Eterno permitiu os demônios atenderem o pedido da besta da terra e, assim, se apossarem do corpo e mente de cada um daqueles cujo nome não está escrito no livro da vida.

Sempre foi intuito do Ha-Satan tirar do homem a imagem e semelhança do Eterno e implantar nele sua própria imagem e semelhança. Para isto, ele faz levantar do meio do povão uma besta semelhante a si. Mas ele não quer que apenas o anticristo seja sua imagem. Ele quer que todo o povão seja a imagem da besta do mar (que por sua vez é uma imagem sua). Ele, então, induz cada cidadão a fazer uma imagem da besta do mar.

Considerando que:

 

·        “Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não vêem. Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes têm, mas não cheiram. Têm mãos, mas não apalpam; pés têm, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. A eles se tornem semelhantes os que os fazem, assim como todos os que neles confiam.” (Sl 115.4-8).

·        “Os ídolos dos gentios são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; têm olhos, e não vêem, têm ouvidos, mas não ouvem, nem há respiro algum nas suas bocas. Semelhantes a eles se tornem os que os fazem, e todos os que confiam neles.” (Sl 135.15-18).

 

E que:

 

·        “O meu povo consulta a sua madeira, e a sua vara lhe responde, porque o espírito da luxúria os engana, e prostituem-se, apartando-se da sujeição do seu Deus.” (Oséias 4.12).

·        “Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios.” (1Co 10.19,20).

 

Logo, ao construírem uma imagem da besta, é concedido ao falso profeta o poder de enviar demônios para possuir a vida de cada um que tem uma imagem da besta em sua casa. A partir disto, cada um irá pensar, sentir, planejar, desejar e agir conforme a besta. Ou seja, ao contrário dos ídolos mortos das religiões pagãs, cada um será uma imagem viva da besta que tem boca e fala, tem olho e vê, tem ouvido e ouve, tem nariz e cheira e tem mãos que, não só apalpam, mas que são capazes de matar qualquer um que não adore a besta e à sua imagem.

Eles juntos formam uma comunidade satânica do mal e, para ter certeza que nenhum dos que se opõem à besta escape, eles pedem às duas bestas que seja instituída uma marca que lhes permita identificar claramente quem é dos deles e quem não.

Mas por que tanto ódio contra Cristo e Sua Igreja? No momento mais difícil (escuro) de toda a história da humanidade, Jesus vem como um ladrão para arrebatar Sua Igreja (na qual estão milhões dos parentes que pertencem a esta comunidade do mal).

É daí que surge a marca da besta:

 

·        “A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome.” (Ap 13.16,17).

 

Primeira coisa a ser observada é que, mesmo os pequenos, pobres e escravos sendo tão maltratados, eles preferem a marca de Ha-Satan ao invés do selo do Eterno.

Esta besta, ao contrário das demais, tem marca, nome e número. O detalhe é que:

 

o   Animal só tem nome quando é o animal de estimação de alguém;

o   Animal não marca ninguém; pelo contrário, ele é que é marcado pelo dono;

o   Animal não tem número; ao invés disto, ele faz parte do número de animais de carga do dono.

 

Assim, há cinco frentes de ataque a serem vencidas:

 

·       A besta do mar (com seu exército, no qual está a besta da terra). Vence-se não sucumbindo na fé e perseverança diante das perseguições;

·       O nome da besta. Vence-se não amando o mundo, nem o que no mundo há (Mt 16.23; 1Jo 2.15; 4.5,6).

·       A marca da besta. Vence-se carregando as marcas de Cristo (Gl 6.17). Não façamos de nós mesmos escravos de homens (1Co 7.23). Lembre-se que marca é coisa de escravo:

o   “Pelos mortos não dareis golpes na vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o SENHOR.” (Lv 19.28).

·       A imagem da besta (a comunidade satânica, a qual será idolatrada pelos seguidores da besta). Vence-se adorando apenas ao Eterno (Mt 4.10). Nenhum homem ou instituição religiosa por ele criada é digno da nossa devoção ou temor:

o   “Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei. E assim com confiança ousemos dizer: o SENHOR é o meu ajudador, e não temerei O que me possa fazer o homem.” (Hb 13.5,6).

o   “Não chameis conjuração, a tudo quanto este povo chama conjuração; e não temais o que ele teme, nem tampouco vos assombreis. Ao SENHOR dos Exércitos, a ele santificai; e seja ele o vosso temor e seja ele o vosso assombro.” (Isaías 8.12,13).

·        O número daquilo que identifica a besta (o império financeiro da besta, já que ela só fala do mundo Mt 16.23; 1Jo 4.5,6):

o   “Então Satanás se levantou contra Israel, e incitou Davi a numerar a Israel.” (1Cr 21.1).

Vence-se crendo que nossa prosperidade não deve ser medida com base naquilo que temos:

o   “Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos;” (1Tm 6.17).

Detalhe: o povo de Israel era conhecido como um povo dedicado à agricultura (à produção de bens), e não ao comércio (exploração dos bens). Lembre-se que:

o   “O ímpio deseja a rede dos maus, mas a raiz dos justos produz o seu fruto.” (Provérbios 12.12).

 

Eis um quadro comparativo:

 

SEGUIDORES DE JESUS

SEGUIDORES DA BESTA

SIGNIFICADO

Selados com o nome do Pai e do Filho

Marcados com o nome da besta do mar (sua identidade)

Caminho

Marcados pela Escritura Sagrada

Marcados pela Escritura Sagrada distorcida (ensinos da besta da terra)

Verdade

Selados com o Espírito Santo

Possuídos por Ha-Satan e demônios

Vida

 

Os seguidores de Jesus são selados com o nome do Pai e do Filho, ou seja, com a identidade do Eterno (Seu caráter) na testa (Ap 7.3). Eles são um sinal a esta geração corrompida e perversa (Fp 2.14,15) acerca de quem é o Eterno e qual é Sua vontade boa, perfeita e agradável (Rm 12.2). E este sinal não tem a ver com número, mas tão somente com o nome do Pai e do Filho ou com um nome o qual ninguém conhece, senão aquele que recebe este nome (Ap 3.12).

Já os seguidores da besta serão “selados” com a identidade da besta, a qual estará na sua marca, mas principalmente na sua imagem (a comunidade satânica). A finalidade da marca é a exclusão social dos que não aderem às ideias da besta.

Veja a diferença: os seguidores da besta do mar excluem todos que não são dela. Os seguidores de Cristo não excluem ninguém; antes, eles se excluem do mundo a fim de estimularem outros a enxergarem Cristo e saírem de onde estão.

É inútil pensarmos que podemos mudar este mundo por meio da religião. Por mais bem intencionados que sejam os líderes religiosos, apenas Jesus pode instituir qualquer mudança.

Entre a principal das investidas do sistema religioso, está a instituição da marca da besta como meio de controle para determinar quem pode comprar e vender. Note que isto não é obra do sistema político, mas do religioso.

A verdade é que não tem ninguém não miserável quanto aquele que em busca em Cristo apenas nas coisas desta vida (1Co 15.19). O tal não aceita que ninguém fora do seu ciclo de relacionamento receba algum benefício.

A marca da besta é o auge da idolatria. Qual a melhor forma de exaltar alguém? Não é fazendo que o mesmo esteja presente em cada momento da nossa vida? Diante disto eu te pergunto: quer forma melhor do que fazendo do anticristo e de tudo aquilo que representa ele a nossa identidade, aquilo que nos permite comercializar e ter relacionamento com outros seres humanos?

Assim fazendo, o caráter da besta poderá ser visto e confirmado a cada vez que dois ou três indivíduos se encontrarem (em contraposição a Mt 18.20). O contato com o próximo, que deveria servir para manifestar o real conceito do amor (a saber, do próprio Eterno – 1Jo 4.8,16), foi reduzido a meras tarefas que, embora tenham a sua utilidade neste mundo, por não carregarem dentro de si a semente da vida, perdem toda a razão de ser.

Não podemos permitir que a maldade dos homens nos deixem cansados o suficiente para abandonarmos a doçura do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22). O Favor do Eterno é visto a cada vez que, por exemplo, um pé de manga produz seu doce fruto, mesmo que seja para ser comido pela mais amarga das criaturas.

Enquanto este pé não se cansar de produzir seu fruto, todos poderão ver que o Favor do Eterno é maior do que o pecado e dureza de coração do ser humano (Rm 5.20).

Entenda: Cristo é o único caminho que o Eterno proveu para chegarmos a Ele (Hb 10.19,20). Se não quisermos trilhar este caminho, qualquer outro caminho que decidirmos trilhar com certeza não nos levará ao Amor (1Jo 4.8,16). Sem este caminho, seremos obrigados a nos sujeitar a um dos caminhos oferecidos pelo mundo, os quais nos levarão para a perdição (Mt 7.13,14).

Embora caminho muitas vezes esteja relacionado com estrada, antes de tudo está relacionado com indivíduos, visto que, para conseguirmos algo, direta ou indiretamente iremos precisar de alguém. Ainda mais considerando João 14.6:

 

·        “Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho. Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto. Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.” (Jo 14.4-10).

 

Observe que, quando Jesus disse que Ele é o caminho, Ele estava associando isto com o lugar para onde Ele ia. E para onde é? Muitos dirão: para junto do Pai (João 7.33; 14.12,28; 16.5,10,16,17, 28; 17.13). Mas se Jesus e o Pai são um (tal como Ele censurou Filipe ao pedir “mostra-nos o Pai”), o que Jesus quis dizer com isto? Além disto, entendendo que o Pai é onipresente, logo em qualquer lugar que se está, o indivíduo está junto do Pai.

A chave é sabermos onde o Pai está:

 

·        “Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos.” (Is 57.15).

 

Isto condiz com João 14.1-3:

 

·        “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.” (Jo 14.1-3).

Logo, caminho não está associado com uma localidade (seja céu, terra ou mundo dos mortos). Jesus estava falando do Caminho para se chegar ao coração dos indivíduos. Se não deixarmos que Jesus nos guie rumo ao coração da Sua Igreja, deixando que Ele nos conduza para Si mesmo rumo a tudo que o Eterno é (caráter) na vida de cada um, seremos obrigados a nos tornar escravo de homens (1Co 7.23) que nenhuma aceitação têm diante Dele (1Co 6.4) e que, deste modo, nunca nos levará aonde temos que chegar.

A prova disto é que os seguidores da besta irão fazer da comunidade satânica o caminho para conseguirem o que querem. Esta será uma expressão exata da imagem, ou seja, do caráter da besta. Ao olharem para esta comunidade, ninguém terá dúvida que eles pertencem à besta.

Jesus também é a verdade. Ou seja, Ele é quem realmente nos revela quais são os conceitos e valores corretos que devemos adotar ao olharmos e ouvirmos o que está à nossa volta. Para os seguidores do Eterno, isto é conseguido através da Escritura Sagrada pronunciada pelo Espírito do Eterno diretamente aos nossos corações (ver Rm 10.17; 2Co 3.6).

Se não ouvirmos esta palavra diretamente pela boca do Espírito do Eterno, seremos condenados a seguir o mundo usando os princípios da Escritura Sagrada. Pior ainda são que resolvem seguir o mundo com seus conceitos e valores e até mesmo seguir a Ha-Satan e sua besta.

O primeiro caso pode até parecer espiritual. Afinal, imagine alguém andando segundo o curso deste mundo (Ef 2.1,2) que jaz no maligno (1Jo 5.19), mas vivendo os princípios da Escritura Sagrada, procurando ser luz neste mundo (Mt 5.14-16)? Até parece altamente espiritual.

No entanto, Jesus disse para O seguirmos (Mt 16.24) vivendo a Vida Dele com base na Sua Verdade e Direção (Caminho). Seria ainda mais terrível seguir a Jesus, mas usando o “caminho” ou a “verdade” do mundo (Dt 12.30,31). Aqueles que tentaram fazer isto morreram tragicamente (Lv 10.1,2; 2Sm 6.6,7; 2Cr 26.16-21; At 5.1-11).

Enfim, o correto é seguir Jesus do jeito Dele, tal como mostrado abaixo:

 

·        “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos.” (Dt 6.6-8).

 

Os adoradores da besta irão desejar também um código de leis sagrado que os faça terem um comportamento diferenciado, de modo que no dia a dia deles, em seus negócios, todos possam ver os conceitos e valores da besta em todas as transações comerciais, bem como naquilo que comercializam. E para tanto eles vão usar a Escritura Sagrada, só que de modo distorcido.

A marca da besta, entre outras coisas, é um código de leis (conceitos e valores) que os torna facilmente diferenciáveis daqueles que creem em Jesus.

Entenda: o Eterno tinha:

 

·       Seu sinal (a Escritura Sagrada – Êx 13.9,16);

·       Seu selo (o Espírito Santo (Ef 1.13; 4.30));

·       Seu outro sinal (o nome Seu e de Seu Filho (Ap 7.2,3; 14.1; 22.4). Não é marca porque não é físico, embora os três marquem efetivamente a vida de quem segue Jesus).

 

De igual modo, os adoradores da besta farão questão de terem:

 

·       seu código que os faça tão parecidos com a besta (sua vida, caminhos e verdades), tirando qualquer possibilidade de seres confundidos com os que são de Jesus;

·       seu “selo”: a possessão demoníaca de todos que compõem a imagem da besta;

·       sua marca: o nome da besta e número do seu nome.

 

Há, no entanto, uma diferença entre o sinal do Eterno e a marca da besta. O sinal do Eterno é na fronte E na mão, de modo que o indivíduo, ao cumprir a vontade do Eterno, esteja manipulando (fazendo, agindo) e vendo a Palavra do Eterno sendo praticada em sua vida. Já a marca da besta é na fronte OU na mão. Ou seja, os pequenos, pobres e escravos são colocados para fazer (marca na mão), enquanto que os grandes, ricos e livres se dispõem simplesmente a vê-los trabalhando (marca na fronte). É bem provável que o número do nome da besta seja dado aos pequenos, pobres e escravos e nome da besta, aos grandes e ricos.

No entanto, apesar da desigualdade social, fique claro que a marca da besta não será imposta. Após os vários sinais da mentira feitos pela besta e o arrebatamento dos parentes queridos, os que ficarem cujos nomes não estão escritos no livro da vida irão pedir (e até exigir) da besta algo que possa diferenciá-los a fim de poderem descarregar toda sua revolta contra os seguidores de Jesus. Mesmo na condição de escravos, por terem a cobiça deles atendida, eles estarão satisfeitos (tal como se deu no Egito (Êx 14.12; Nm 11.5) e na Babilônia, quando Ciro, mesmo dando permissão para os judeus partirem, ainda assim a grande maioria preferiu continuar escravo na Babilônia – ver Ed 1.2-4).

Mas, o que é a marca da besta? Entendendo que Ha-Satan dissimula as coisas do Eterno, primeiro precisamos entender quais os sinais que o Eterno usou (ou ainda usa) para marcar os Seus:

 

a) Seu nome e o nome de Seu Filho (Ap 14.1);

b) Sua Palavra (Êx 13.9,16; Dt 6.6-8; 11.18-20);

c) O Espírito Santo (Ef 1.13; 4.30);

d) Circuncisão (Gn 17.10-14);

e) Sábado (Êx 31.13);

 

Em Ap 13.16-18 são mencionados três itens:

 

a) Nome da besta -> em contraposição ao nome do Pai e do Filho;

b) Marca da besta -> assim como a Palavra do Eterno marcava a mente e a mão das pessoas que a colocava em prática, a prática contínua e ERRÔNEA da Escritura Sagrada, também consolida maus hábitos e crenças (ver 1Co 15.33);

c) Número do seu nome. Entendendo que os números são usados para contabilizar lucros e prejuízos e, com isto, avaliar se algo deve ou não ser feito, ele está em contraposição ao Espírito Santo, já que ser filho do Eterno implica em ser guiado por Ele em cada circunstância do dia a dia (Rm 8.14).

 

Mas qual a relação disto com os três dígitos “6” em “666”?

 

·        “E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso.” (Ap 16.13,14).

 

a) 6 -> Besta -> Aquele que surge dizendo que veio para servir a todos e lutar por eles (1Sm 8.19,20), mas que, na verdade, vai sutilmente transformando-os em robôs, até escravizá-los por completo;

b) 6 -> Falso profeta -> Aquele que veio para distorcer a Escritura Sagrada, de modo a incitar os que creem a correr após a vontade deles, mas achando que estão servindo ao Eterno (Ap 13.12-15).

c) 6 -> Dragão -> Ha-Satan, aquele vem para consumar o mistério da iniquidade através da possessão demoníaca;

 

Note a correspondência entre as letras “a)” “b)” e “c)” dos três itens acima.

Ajuntando tudo, fica assim: o mistério da iniquidade já vem operando (2Ts 2.7), no sentido de cada vez mais distorcer os conceitos e valores da Escritura Sagrada, de modo a ficar mais fácil manipular o povão. Afinal, quando se constrói na mente das pessoas uma série de conceitos e valores distorcidos, mas aparentemente bem articulados entre si, todos passam a acreditar que os mesmos são legítimos (ainda mais se tudo isto for repetido várias vezes. A partir de então, passam a viver isto como se tudo fosse verdade, já que, aparentemente, as coisas parecem funcionar (tal como se deu com os obreiros da iniquidade – Mt 7.21-23; Lc 13.23-28). Ainda mais considerando os sinais e prodígios da mentira (2Ts 2.9-12) operados por estes espíritos de demônios que saíram da trindade maligna (Ap 16.14) por meio de seus falsos ministros (2Co 11.13-15), onde o falso profeta é o principal (Ap 13.12-15).

Se, em particular, estes conceitos e valores aparentemente estiverem embasados na Escritura Sagrada, as pessoas terão mais entusiasmo em colocá-los em prática (ainda mais com sinais tão bem elaborados, a ponto de poder enganar até os eleitos (Mt 24.24)).

Eis aí a marca da besta sobre a testa da pessoa. Uma vez que a pessoa, pelo prazer na iniquidade, aceitou alegremente receber a marca da besta da sua mente, ela age como robô programado, o qual, não importa o que a pessoa faça, sempre irá terminar onde a besta deseje. E o pior: não conseguem perceber que são escravos.

Somado isto à possessão demoníaca (lembre-se que foi o dragão quem deu sua autoridade à besta (Ap 13.4). Todos os prodígios são segundo a eficácia de Ha-Satan (2Ts 2.9)), as pessoas estarão tão apegadas à promessa de paz e segurança da besta (1Ts 5.3), aos conceitos e valores errados do falso profeta e completamente possuídos por Ha-Satan e seus demônios em virtude dos milagres operados, que não suportarão mais a verdade (2Tm 4.3,4). Não verão mais possibilidade de viver sem a compra e venda, fora de todo o esquema arrojado da Grande Babilônia. Serão perfeitos filhos da besta (daí terem em si o nome da besta, ou seja, sua identidade). Em outras palavras, milhões desejarão colocar o sobrenome “Gog” em seus nomes.

Vem a questão: por que marca, nome e número? Uma vez que a marca é o nome da besta e o número do seu nome, então porque dizer “Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.”? (Ap 13.17).

A primeira coisa que precisamos saber é que o nome da besta é Gog (em inglês e espanhol – Ez 38.2; 39.1). O que acontece é que cada um irá preferir um tipo de marca (de acordo com aquilo que acha mais importante ressaltar na besta):

 

·       Marca da besta: uns julgam mais importante destacar a confiança cega que se deve ter na besta, já que ela é, aparentemente, insuperável em todos os sentidos.

·       Nome da besta: uns preferem destacar o caráter agressivo e sagaz da besta para prosperarem no mundo;

·       Número da besta: uns acham mais importante testemunhar acerca daquilo que conseguiram materialmente através da besta;

 

Entendido isto, veja a relação entre Gog e 666:

 

MARCA DA BESTA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


NOME DA BESTA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


NÚMERO DA BESTA

 

666

Os seguidores fanáticos da besta desejarão ser marcados por ela, tal como Paulo trazia em seu corpo as marcas de Cristo (Gl 6.17). Ou seja, a marca física daquele que é de Jesus são as cicatrizes resultantes das torturas sofridas por amor ao evangelho.

Finalmente, Jesus é a vida. Ou seja, sem Cristo não seremos capazes de vivificar nada que está morto (ver Jo 5.24,25). Teremos que nos conformar com os indivíduos que estão à nossa volta do jeito que eles são. Teremos que conviver com suas maldades, limitações, mantendo com elas um relacionamento inseguro, de prazeres momentâneos e parciais.

Os seguidores da besta desejarão viver como a besta, buscando manter tudo e todos debaixo do seu controle, do jeito que acham que as coisas devem ser e, quem não concordar, deve morrer.

Ou seja, enquanto os seguidores do mundo se sujeitam às circunstâncias (sem mudar nada), os seguidores da besta vão além, buscando no espírito de morte da besta (esta é a essência daquele que sobe do abismo – Ap 11.7) a conversão ou eliminação dos dissidentes; por outro lado, os seguidores do Cordeiro buscam no Espírito do Eterno a transformação dos corações.

Enfim, sem Cristo:

 

·       Temos que caminhar segundo o curso deste mundo;

·       Temos que ver e ouvir as coisas do jeito que o mundo nos instrui e programa;

·       Temos que ver os indivíduos contaminando e sendo contaminados pelo pecado que habita nos seus corações.

 

Resumindo: a marca da besta tem haver com a identidade da besta, com o número que expressa esta identidade e com as leis que têm tudo a ver com isto.

Mas afinal, que mal há na compra e venda? Note como o objetivo de assinalar as pessoas (semelhante ao que se fazia na circuncisão) será identificá-las, a fim de que ninguém possa ter acesso aos recursos do mundo, a menos que se identifique com quem a besta é (seus desejos e pensamento - seu nome), com seus métodos de agir (sua marca) ou com seus valores (seu número). Além disto, lembre-se que este foi um dos principais males nos dias de Ló (Lc 17.28,29).

O problema é que a compra e venda vai contra os três fundamentos da Igreja (1Co 13.13):

 

·       Fé -> quem se envolve em comércio, o faz pelo poder que, supostamente, ele garante aos que a ele se entregam. Mesmo sofrendo horrores, o indivíduo se sujeita à escravidão moderna por achar que mamom (dinheiro – Mt 6.24) lhe dá o controle de tudo em suas mãos.

Foi assim desde Eva (Gn 3.5,6). Ao invés de confiar no Eterno como uma criança confia na mãe (Mc 10.14,15), ela queria ser independente Dele decidindo (julgando) e resolvendo tudo por ela mesma. Muitos, para se justificarem, fazem questão de deixar claro que tudo que conseguiram foi com a permissão e bênção do Eterno e que tudo que fazem é para glória do nome Dele.

E o pior é que muitos enganam a si mesmos alimentando este tipo de fé. Testemunham que oraram ao Eterno e Ele lhes abençoou com um serviço melhor. No entanto, no final das contas, a confiança está na possibilidade de poder manipular os indivíduos através dos seus dons, talentos e recursos deste mundo.

·       Esperança -> tal indivíduo não espera pelo Eterno. Antes, com sua própria força e sabedoria, vai atrás do que deseja. Para enganar a si mesmo, o indivíduo diz que vai na esperança de que o Eterno vai lhe dar vitória. É sabendo disto que Davi deixou claro que não era apenas para esperar no Eterno, mas também descansar (Sl 37.7).

Para exemplificar: imagine você esperando por alguém, mas fazendo de tudo para apressar a vinda deste indivíduo. Você não está confiando que ele vai chegar na hora certa.

·       Amor -> Compra e venda existe justamente porque ninguém mais é capaz de acreditar que o Eterno é poderoso para colocar no coração do indivíduo uma disposição, bem maior do que sua tendência pecaminosa, em prol de fazer algo de bom pelo próximo, pelo simples fato de valorizá-lo.

 

No entanto, mesmo sabendo disto, ninguém consegue (nem quer) ver qualquer possibilidade de a sociedade funcionar sem a necessidade de dinheiro e, com ele, a compra e venda. Os indivíduos estão tão programados pelo Sistema Babilônico que praticamente ninguém consegue se imaginar fora dele (daí a ordem expressa de Ap 18.4 que tem a ver também com isto).

Sei que parece radical, mas não foi Jesus mesmo quem disse?

 

·        “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.” (Mt 7.13,14).

Não é que a porta seja difícil de achar (ver At 17.25-28), muito menos de a vivermos (como alegavam em At 16.20,21). O problema é que quase ninguém está disposto a ser justo. Afinal, isto significa perder todo e qualquer acesso ao mundo (Jo 15.18,19). Por que você acha que Ha-Satan tem armado todo este estratagema através da besta, que é sua imagem? Para que ninguém possa usufruir de nada neste mundo, a menos que renuncie sua consciência em Jesus e Sua Palavra.

Ha-Satan tentará fazer o mesmo que fez com Jó (tirando-lhe todos os bens – Jó 1.11,12), só que de um modo diferente. Ou seja, o desejo de Ha-Satan é que as pessoas se revoltem contra o Eterno, blasfemando contra Ele (Jó 1.11) colocando mamom em Seu lugar. Em outras palavras, com a desculpa que o Eterno não faz nada, nem lhes deu opção (fazendo do Eterno um mentiroso, negando Na 1.3 e 1Co 10.13), o desejo de Ha-Satan é que todos (principalmente os eleitos) aceitem o sistema babilônico, como se o mesmo fosse normal.

Mas o Eterno permitirá que todas as portas que ainda havia no mundo para a bondade, justiça, honestidade e verdade se fechem, justamente para que o justo pudesse viver unicamente pela fé (Hc 2.4; Rm 1.17; Gl 3.11; Hb 10.38) para que Ha-Satan e todos os seus arrogantes adeptos vejam que, mesmo privados até das mínimas coisas que este mundo tem para oferecer (pois até os indivíduos, incluindo parentes, irão se fechar para os tais – Mt 24.9; Mc 13.13; Lc 21.16,17), ainda assim as Suas ovelhas jamais irão negá-Lo.

 

·        Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis.” (Ap 13.18).

 

Mas afinal, por que o número seis para designar a besta, e não cinco, oito ou qualquer outro número?

Uma das razões disto pode ser vista em Êxodo:

 

·        “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou;” (Êx 20.8-11).

 

Como você pode ver, seis lembra a obra do homem em contraposição aos sete dias em que o Eterno criou tudo que existe nos céus, na terra e debaixo da terra. Ou seja, enquanto os fiéis em Cristo entram no descanso do Eterno (Hb 3.18,19; 4.1,9-11), confiando Nele para tudo, o homem sem o Eterno tem como objetivo fazer toda a sua obra, manter o controle de tudo nas suas mãos, sem qualquer possibilidade de descanso.

Enfim, o número seis implica em obras em cima de obras (correndo desenfreadamente após seus desejos – 1Pe 4.2-4), a busca do homem em tornar este mundo um paraíso e, ao mesmo tempo, fechando, de todas as formas, o acesso àqueles que perseveram em seguir Cristo e Seus ensinamentos. Têm tanto ódio de tudo que Jesus é e diz, que dizem: “já que o teu Deus é tão bom assim, Ele então que sustente. Vamos ver se Ele é capaz de te dar algo melhor”.

Também considere que sete é o número da perfeição (algo completo). O fato de o nome da besta ser constituído por três seis significa que ele é imperfeito nas três dimensões (sempre falta o que realmente precisamos):

 

·       Corpo -> Ele não consegue suprir tudo o que o corpo realmente precisa. A prosperidade concedida acaba sendo usada contra o corpo para tentar aplacar os vícios da alma;

·       Alma -> Ele não consegue estabelecer a paz e segurança prometida, muito menos conceder a paz verdadeira que sacia a alma;

·       Espírito -> Ele não é capaz de conceder o poder que realmente faz nossa vida ter sentido.

 

Também é bom lembrar que doze é o número do relacionamento perfeito que deve haver entre o povo do Eterno (por exemplo, na Igreja). Logo, seis é o relacionamento quebrado e imperfeito de qualquer comunidade, sociedade, etc. que se tente estabelecer no mundo.

A instrução para calcular o número da besta lembra a instrução que Jesus disse quanto ao custo do discipulado:

 

·        “Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo. Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar. Ou qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil? De outra maneira, estando o outro ainda longe, manda embaixadores, e pede condições de paz. Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo. Bom é o sal; mas, se o sal degenerar, com que se há de salgar? Nem presta para a terra, nem para o monturo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.” (Lc 14.26-35).

Quem tem sabedoria e entendimento deve calcular o preço a ser pago para pertencer a Cristo e ser guiado por Ele a fim de, ao tropeçar na fé, não venha a ser envergonhado e servir de escândalo à Igreja e ao nome de Cristo.

Semelhantemente, calcule o quanto a identidade da besta custará àqueles que o seguem. Como o número da besta é número de homem (tal como a medida mencionada em Ap 21.17 era medida de homem), logo o cálculo deve ser feito tal como o faz um homem sem Cristo.

Também não podemos nos esquecer que:

 

·        “Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não se pode calcular.” (Eclesiastes 1.15).

 

Como a besta é três vezes imperfeita (uma vez para cada “seis”), é três vezes impossível de se calcular o que falta para a besta ser bem sucedida.

Ainda quanto a calcular o número da besta, é bom lembrarmos que o cálculo visa obter um resultado. Contudo, aqui já temos o resultado (o fim): 666. Temos também o início (o nome da besta do mar: Gog). O que precisamos é descobrir os passos que conduzem o início ao fim.

Isto é bastante curioso. Afinal, em nossa sociedade, o importante é o resultado. Ninguém tem tido paciência para se submeter ao processo que conduz à meta. Todos no início ficam estimulados ao ouvirem as novas, mas querem alcançar o alvo, de preferência, instantaneamente.

Não é em vão que Habacuque orou:

 

·        “...aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida...” (Hc 3.2).

 

Lembre-se que a primeira besta é vencida com paciência e fé; a segunda besta, com sabedoria e entendimento.

 

Algo para pensar: é bem provável que o início dos últimos 2000 anos da humanidade começa com a morte de Cristo.