quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

189 - Apocalipse 20

APOCALIPSE 20

 

 

INTRODUÇÃO

 

 

·        “Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente.” (Ap 20.1).

·

Abismo é a prisão para certos demônios (Lc 8:31; 2Pe 2:4; Jd 1:6).

O anjo desceu do céu (como em Ap 10.1; 18.1) com a chave, ou seja, ele tem autoridade. Quando Jesus deu a chave do reino dos céus a Pedro, ele estava concedendo a Pedro a autoridade para abrir o reino da verdade pela pregação da verdade a judeus e não-judeus.

A grandeza do tamanho da corrente mostra que o culpado não foi impedido por causa de ordinários crimes. Também mostra a grandeza do poder do Ha-Satan. Mas não bastava Ha-Satan ser lançado no abismo e este ser fechado? Por que tanta coisa, a saber: grande corrente, lançar no abismo, fechar o abismo, por selo sobre o abismo?

Antes de Apocalipse 9.1, em nenhum momento o poço do abismo necessitou ser guardado tão grandemente? O que mudou?

Muitos acham que o anjo é Jesus baseado em Ap 1.17,18. Afinal, Cristo fecha pelo Seu poder e sela por Sua autoridade. Contudo, é bom lembrar que inicialmente a chave do abismo (inferno) estava nas mãos de Jesus:

 

·        “e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do inferno.” (Apocalipse 1.18).

 

Depois esta chave foi entregue a Ha-Satan:

 

·        “E o quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo.” (Apocalipse 9.1).

 

Após Ha-Satan ter usado esta chave para infligir pragas sobre a terra (por exemplo a quinta trombeta) e para trazer o anjo do abismo para ocupar o lugar da besta do mar (Ap 11.7), esta chave é tomada dele de novo e entregue ao anjo que foi designado para prender Ha-Satan.

Chave é símbolo de autoridade. Apenas Jesus tem autoridade para tirar a vida de alguém, bem como para lançar no inferno tanto o corpo quanto a alma (Lc 12.5). No entanto, para que todos pudessem ver que, mesmo que alguém pudesse ser tirado do inferno (seja anjo caído ou ser humano) e ter uma segunda chance, ainda assim tal indivíduo não se regeneraria, será permitido a Ha-Satan ter autoridade para tirar alguém do inferno. Afinal, a menos que a pessoa seja real seguidor do Eterno, o tal não deseja mudança em si mesmo, mas apenas nas circunstâncias.

 

·        “Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos;” (Ap 20.2).

·

O milênio é profetizado em vários lugares (no Testamento da Lei – Sl 72; Is 2.2-4; Is 11.4-9; Jr 23.5-6; no Testamento do Favor do Eterno – Lc 1.32,33; Mt 5.18; Lc 19.12-27).

Algumas características do milênio:

 

·        Os Israelitas abraçarão Jesus como seu Messias (Zc 12.10; 13.10; Rm 11.26-29);

·        Jerusalém será a capital mundial. Todos terão que ir lá em ocasiões específicas (Is 2:1-3, Ez 17:22-24);

·        A verdade será difundida. Toda a terra se encherá do conhecimento da glória do Eterno (Is 11.9; 25.7; Hc 2.14);

·        Todos se submeterão a Jesus. Será um tempo em que a retidão será administrada de modo perfeitamente (Sl 2:7; Sl 22:27-29; Is 2:2-3; Is 66:23; Zc 9:10; Zc 14:9; Mt 13:31-32; Ap 11:15);

o   “Todos os reis da terra te louvarão, ó SENHOR, quando ouvirem as palavras da tua boca; e cantarão os caminhos do SENHOR; pois grande é a glória do SENHOR.” (Sl 138.4,5)

·        Não haverá guerra. Embora haverá conflitos, todos serão resolvidos de modo justo e decisivo por Jesus e Seus ministros (Is 2.1-5). Não é o reinado físico do Messias que transformará o coração do homem, mas sim a confiança plena Nele e em Sua obra de salvação pessoal.

·        O relacionamento entre humanos e animais será transformado, bem como o relacionamento dos animais uns com os outros (Is 2.4; 11.6-9; Mq 4.3). Em Gn 9.2,3 o ser humano recebeu permissão para comer carne e os animais passaram a temer o ser humano. Com certeza toda a criação será vegetariana;

·        É bem provável que Davi será o príncipe regente sobre Israel (Is 55:3-5; Jr 30:4-11; Ez 34:23-31; Ez 37:21-28; Os 3:5);

·        No monte Sião não haverá nenhuma espécie de mal (Hc 2.13; Am 9.11-15);

·        Haverá tempo de pureza e devoção ao Eterno (Zc 13.1-9);

·        O templo será reconstruído e serviço no templo restaurado como um memorial de tudo que o Eterno fez por Israel no passado (Ezequiel 40-48; Ez 37:26-28; Am 9:11; Ez 20:39-44). A Festa dos Tabernáculos voltará a ser comemorada, embora a Festa dos Pães Asmos e de Pentecostes não;

·        Alguns dos que crerão em Jesus no período da Grande Tribulação irão julgar Israel (Lc 19:11-27, Ap 20:4-6, Ap 2:26-28; Ap 3:12; Ap 3:22, 1Co 6:2-3);

·        Com o fim das guerras, da intemperança, do cativeiro e das inúmeras paixões que agora encurtam a vida, certamente o número de indivíduos no milênio irá crescer bastante (ver Sl 72.16; Is 60.22):

o   “Haverá um punhado de trigo na terra sobre as cabeças dos montes; o seu fruto se moverá como o Líbano, e os da cidade florescerão como a erva da terra.” (Sl 72.16)

o   “E todos os do teu povo serão justos, para sempre herdarão a terra; serão renovos por mim plantados, obra das minhas mãos, para que eu seja glorificado. O menor virá a ser mil, e o mínimo uma nação forte; eu, o SENHOR, ao seu tempo o farei prontamente.” (Is 60.21,22).

 

Muitos pensam que o ser humano nasce inocente, vindo a ser corrompido pelo mau ambiente. O milênio, entre outras coisas, serve para confirmar o que está escrito em (Gn 8.21; Sl 58.3): que bom só existe um, que é Jesus (Mt 19.17; Mc 10.18; Lc 18.19).

O fato de abismo ser fechado e selado lembra o que foi feito com Jesus por ocasião da Sua morte (Mt 27.26).

Note a força que este anjo tinha, ao ponto de ser capaz de segurar Ha-Satan e o prender.

Considerando que, para o Eterno, um dia é como mil anos (Sl 90.4; 2Pe 3.8), logo o milênio é o dia do descanso do Eterno, ou seja, o dia em que é Ele quem, de fato, vai estar trabalhando. Tudo estará na ordem estabelecida por Ele, não havendo ninguém para perturbar esta ordem, a saber, levando os indivíduos a verem o que não é para ser visto.

Que fique claro: toda inspiração para o que é bom vem do Eterno (ver Jó 32.8), enquanto que a inspiração para o mal vem de Ha-Satan. Sem a atuação celestial, o ser humano não tem inspiração. Haja visto que, durante séculos, a sociedade não evoluiu tecnologicamente. Só quando o Eterno permitiu.

Detalhe: só é mencionada a prisão de Ha-Satan (nada é falado acerca dos demônios)?

Aqui, diferente de Ap 12.9, Ha-Satan não é chamado, mas sim é diabo e satanás.

 

·        “lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo.” (Ap 20.3).

·

O fato de selar a porta do abismo é para que ninguém pensasse em mudar a realidade do Ha-Satan (tal como se deu com Daniel (Dn 6.17) e Jesus (Mt 27.66)).

O soltar de Ha-Satan por pouco tempo mostra que toda ação maligna neste mundo está sob o controle do Eterno, sendo por um tempo bem menor do que imaginamos, bem menor do que toda a glória Dele a ser revelada (Rm 8.18-22). Assim, com paciência, vamos possuir nossas almas.

Este tempo é pouco se comparado com o mil anos precedentes e a eternidade que vem a seguir. É bom notar que, em alguns lugares, vê-se Jesus mencionando acerca de “pouco tempo” – Ap 20:3 (Ap 1:3; Ap 2:16; Ap 22:20; 1Co 7:29; Hb 10:37).

Ha-Satan foi lançado no mesmo lugar que, outrora, anjos que não guardaram o seu principado foram lançados (2 Pedro 2.4; Judas 1.6).

Primeiro Ha-Satan é atirado dos céus para que não mais acusasse os irmãos em Cristo diante dos anjos. Agora ele é também tirado da terra para que não mais enganasse as nações.

Note como o abismo precisou ser fechado e lacrado com selo (tal como se deu acerca de Daniel (Dn 6.17) e Jesus (Mt 27.66)). Vem a questão: por que o abismo precisava ser selado? Com certeza este selo não era para os homens, já que os mesmos não podem ver o abismo, muito menos a sua porta. Provavelmente é para que anjos não tenham dúvida de que Ha-Satan está realmente preso e qualquer demônio não pense em tentar mudar a sentença de Ha-Satan (pensando até em agir por ele), mas sirva para confirmar que a maldade é intrínseca a todo ser humano, independente de Ha-Satan.

A ideia é que todos percebam que o mal, embora diminua de intensidade, não cessa por completo com a prisão de Ha-Satan. Ou seja, a ideia é que todos percebam como que o arbítrio conquistado no Éden é mal, mesmo sem ter alguém para enganar o ser humano. Ou seja, qualquer pecado que for cometido no milênio será proposital mesmo. Não há desculpa.

Depois dos mil anos, Ha-Satan será solto por um pouco de tempo.

 

·        “Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.” (Ap 20.4).

 

Desde o princípio o Eterno escolheu Israel para ser o alvo de Seus milagres. A divisão das nações, por exemplo, foi feita com relação a Israel (Gn 9:25-27; Gn 10:1,5,18,25,32; Dt 32:8).

O milênio, por exemplo, foi profetizado em favor de Israel:

 

·        “Portanto profetiza, e dize-lhes: Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu abrirei os vossos sepulcros, e vos farei subir das vossas sepulturas, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel. E sabereis que eu sou o SENHOR, quando eu abrir os vossos sepulcros, e vos fizer subir das vossas sepulturas, ó povo meu. E porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa terra; e sabereis que eu, o SENHOR, disse isto, e o fiz, diz o SENHOR.” (Ez 37.12-14).

·        “Vinde, e tornemos ao SENHOR, porque ele despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida. Depois de dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante dele.” (Os 6.1,2).

·        “Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.” (Lc 15.32).

 

Todos os que creen em Jesus são reis e sacerdotes (Ap 1.6; 5.10). O título de rei no Reino do Eterno não implica em mera honraria, mas em identidade de caráter e serviço. Este grupo de degolados se assentará com Cristo no trono (Ap 3.21) para governar sobre a terra (Sl 37:10,11; Ap 5:9-10; Mt 19:28; 1Co 6.2-3; Ap 2.26-28; 3.12,22).

O fato de ser sacerdote implica em ser posto à parte para ter condições, então, de oferecer sacrifício pelos outros. Contudo, o verdadeiro sacerdócio implica, antes de tudo em se oferecer a si mesmo em sacrifício (Rm 12.1) e estar disposto a interceder pelos outros. Do contrário, tudo que se oferece ao Criador será maligno.

Embora os decapitados por amor a Jesus viveram e reinaram com Cristo, não são eles que se assentam no trono, mas sim aqueles que receberam autoridade para julgar (por exemplo, os doze apóstolos - Mt 19.28; Lc 22.30). O trono é para julgar, e não para reinar.

São vistas as almas dos decapitados. Vem a questão: por que apenas deles? E quanto aos que morreram em Cristo de outro modo (por exemplo, Tiago – At 12.2)? E por que a Igreja não é vista? Analise os que são vistos:

 

·        Os Israelitas santos que foram martirizados na Grande Tribulação (Ap 6.9-11);

·        Os santos não-judeus que morreram por causa das taças que sobrevieram durante a Grande Tribulação (Ap 7.14);

·        As virgens néscias (israelitas que se convertem depois da vinda de Jesus), os quais saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem e do número do seu nome (Ap 15.2), e que foram mortos em virtude das sete taças do juízo;

·        Os decapitados aqui, que são os não-judeus santos que foram martirizados na Grande Tribulação pela besta.

 

Este último grupo são os que foram perseguidos:

 

·        Por causa da Palavra do Eterno, ou seja, da Sua verdade que desafia a marca da besta;

·        Por causa do testemunho de Jesus, ou seja, pela manifestação Dele neste mundo, o qual faz de nós um verdadeiro combate à besta e à sua imagem.

 

Mas afinal, quem é que se assenta no trono e para quê?

Vamos analisar alguns versículos de Daniel 7:

 

·        “Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a pura lã; e seu trono era de chamas de fogo, e as suas rodas de fogo ardente.” (Dn 7.9).

·        “Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões assistiam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros.” (Dn 7.10).

·        “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele.” (Dn 7.13).

·        “Até que veio o ancião de dias, e fez justiça aos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino.” (Dn 7.22).

·        “Mas o juízo será estabelecido, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir e para o desfazer até ao fim.” (Dn 7.26).

·        “E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão.” (Dn 7.27).

 

Este julgamento é diferente do de Ap 20.11:

 

Daniel 7

Apocalipse 20.11

O trono é de chama de fogo.

O trono é grande e branco.

Os livros são abertos para julgar os quatro animais

Os livros são abertos para julgar todos os mortos.

Jesus é conduzido até o Ancião de dias para reinar.

Jesus entrega o reino ao Pai (1Co 15.28).

Os santos possuem o reino no milênio.

O Eterno é tudo em todos (1Co 15.28).

 

Em Daniel 7.9 os tronos foram postos. Contudo, ninguém estava assentado sobre eles. Somente o trono que pertenceu ao Criador estava ocupado por Ele. Neste momento os quatro animais são julgados de acordo com os livros.

Isto aconteceu em 70 D.C. quando Roma destruiu Jerusalém (o quarto animal) e os Israelitas são espalhados por todo o mundo.

Após o julgamento dos quatro animais, Jesus é visto vindo nas nuvens (Daniel 7.13) e obtendo controle de todos os reinos. É o começo do milênio.

Em Apocalipse 20.4 os tronos já estão postos e, então, as almas dos decapitados são vistas reinando com Cristo.

Apocalipse 20.11 ilustra o julgamento final que acontecerá no milênio.

Enfim, aqui em Ap 20.4, tem-se os vinte e quatro anciãos sentados em vinte e quatro tronos com a finalidade de julgar: os doze apóstolos julgam Israel (Mt 19.28; Lc 22.30) e os outros doze anciãos julgam o restante das nações (é a promessa de Rm 8.17; 1Co 6.2; 2Tm 2.12; Ap 3.21; Ap 5.10).

No entanto, os doze apóstolos, como representante de todos os israelitas que compõem a Igreja do Eterno, irão julgar as doze tribos de Israel. Os outros doze anciãos, como representante dos não-israelitas que compõem a Igreja do Eterno, indicam que estes irão julgar os não israelitas.

Os decapitados na Grande Tribulação irão reinar, ou seja, conduzir as nações com vara de ferro (é a promessa de Ap 2.26,27).

As nações serão quebradas como vaso de oleiro porque a finalidade do milênio é destruir toda dúvida que alguém (incluindo anjos) possa ter acerca da eficácia do reino do quarto animal (Dn 7.26), o qual está presente nos dez chifres da besta do mar.

Ou seja, o impacto do império do antimessias é tão grande que serão necessário um pouco mais de mil anos para acabar de vez com a ideia de que algo de bom é possível vir deste reino.

Vem a questão: o que estarão fazendo os convertidos de Ap 7.15 e Ap 15.1-3 e os de Ap 6.9-11?

 

·        “Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição.” (Ap 20.5).

 

Antes de tudo, é bom notar que João em nenhum lugar menciona a expressão “segunda ressurreição”. Contudo, ele faz menção da “segunda morte”.

Muitos pensam que João aquí retrata a regeneração de (Mt 19.28) e a restauração (At 3.21).

Considerando que os mortos citados acima são os que vieram da Grande Tribulação, é bem provável que o modo pelo qual os indivíduos serão martirizados na Grande Tribulação é através da guilhotina (ou algo do gênero).

Os restantes dos mortos, a saber, os ímpios, não ressuscitam aqui. Eles não tem mais nada a fazer neste mundo ou por ele.

 

·        “Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos.” (Ap 20.6).

·

Feliz e separado para uso exclusivo do Eterno é aquele que participa da primeira ressurreição, a saber, da ressurreição dos justos (a qual é dividida em quatro etapas). Esta foi profetizada várias vezes na Escritura Sagrada (por exemplo: Is 26.19-21; Jo 11.25,26; 1Co 15.20,52).

Estes que têm parte na primeira ressurreição não sofrerão o dano da segunda morte (Ap 2.11), a saber, o lago de fogo e enxofre (Ap 20.14). Mesmo que à semelhança do inferno o lago de fogo e enxofre possa abrir sua boca (Is 5.14) (eu creio que este vai sugar os ímpios para dentro de si), ainda assim não poderá engolir quem é do Eterno.

Mais ainda: os tais serão sacerdotes e reis (Ap 1.6; 5.10; Is 61.6; 1Pe 2.9) do Eterno, tanto em Seu atributo divino como com base em tudo aquilo que Ele foi em carne quando esteve aqui:

 

·        Como reis eles irão mostrar a sabedoria do Eterno resolvendo tudo em meio às circunstâncias do dia a dia.

·        Como sacerdotes eles vão mostrar as virtudes que acompanham aqueles que servem intimamente ao Eterno, de modo a despertar neles o desejo por uma transformação interior.

 

A importância da condição real de quem serve ao Eterno hoje é tão primordial que:

 

·        Foi a primeira coisa ordenada pelo Eterno ao homem (Gn 1.28);

·        O reinado sobre o pecado é para começar em vida (Rm 5.17);

·        Devemos guardar o que o Eterno nos deu para que ninguém tome a nossa coroa (Ap 3.11).

 

·        “Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a areia do mar.” (Ap 20.7,8).

 

·        “E depois destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma.” (Ap 7.1).

 

Note em Apocalipse 7.1 que os quatro anjos estavam retendo os “quatro ventos da terra”, e não os quatro ventos dos “quatro cantos da terra”. Aqui, quando as nações vierem dos quatro cantos da terra, elas cobrirão toda a largura da terra.

Por que, após mil anos, importa que Ha-Satan seja solto?

Após Jesus reinar tão maravilhosamente por mil anos, porque alguém pensaria em se rebelar? Isto servirá para mostrar a total rebelião e depravação do homem que, mesmo tendo tudo do bom e do melhor, ainda assim prefere se rebelar contra o Criador. Basta pensar que Adão e Eva só não pecaram enquanto não viram oportunidade para isto. Contudo, tão logo viram, não hesitaram em pecar.

Isto mostra que o problema não está nas pessoas que nos redeiam ou nas circunstâncias adversas, mas em nós mesmos. Veja como a raça humana se deixa perverter tão rápido.

Além disto, observe que, mesmo após ficar preso e acorrentado num lugar que nenhum demônio gostava de ir por 1000 anos, Ha-Satan não mudará.

Após terminar o milênio, Ha-Satan será solto do abismo e saírá para seduzir os não-israelitas que estão nos quatro cantos da terra. Nesta época, acontecerá o mesmo que se deu por ocasião da Batalha do Armagedom quando a besta do abismo junto com Ha-Satan e o falso profeta, reuniram os exércitos do mundo inteiro para pelejar contra o Cordeiro (Ap 16.14).

O fato de citar Gog quer dizer que será levantado pessoas tão influentes quanto foi Gog no passado e o fato de ser citado Magogue quer dizer que irá abranger todo o mundo. Este Gog (o líder local das nações), movido por Ha-Satan, irá fazer um arrastão pela terra:

 

·        “Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu.” (Ap 20.9).

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Fogo cai do céu – (aqui estão alguns lugares onde isto pode ser visto - Gn 19:24; Lv 9.24; Ez 38:22; 2Rs 1:10,12; Lc 9:54; Sl 11:6; Is 29:6);

 

·        “Do SENHOR dos Exércitos serás visitada com trovões, e com terremotos, e grande ruído com tufão de vento, e tempestade, e labareda de fogo consumidor.” (Is 29.6).

 

A cidade amada é Jerusalém (Sl 78.68):

 

·        “Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos?” (Rm 11.15).

 

O acampamento dos santos pode estar se referindo ao povo de Israel habitando ao redor de Jerusalém defendendo-a (Sl 34.7).

A expressão “marchar sobre a superfície da terra” implica em “subir” para pelejar contra o inimigo (ver Jz 1.1).

Perceba que, em Daniel 8.8, nós temos quatro chifres crescendo em direção aos quatro ventos do céu (saindo do centro do império mundial para a periferia). Agora we temos povo dos quatro cantos da terra (periferia) marchando contra a cidade que estará no centro do milênio: Jerusalém.

Elas irão ocupar toda a largura da terra de Israel (tal como se deu no passado - Is 8.8; Ez 38.9-10) e deixar os israelitas e toda a Igreja cercada. Jerusalém é chamada de cidade querida (Sl 78.68; 87.2).

O fato de descer fogo do céu sobre os inimigos lembra o que o Eterno fez por meio de Elias (2Rs 1.9-12). Enquanto na Batalha do Armagedom os indivíduos são mortos pela Palavra que sai da boca do Cordeiro (Ap 19.21), aqui os inimigos são mortos com fogo.

Note como o milênio é precedido e seguido por uma guerra e um julgamento:

 

·        Antes, pela Batalha do Armagedom, onde os ímpios morrem pela Palavra de amor do Eterno (eles não suportam a imensa agonia de ver tanta gente ser abençoada pelo Eterno e eles de fora e, com isto, acabam morrendo) e os cordeiros são separados dos bodes (estes vão para o lago de fogo e enxofre, que é o fogo eterno preparado para Ha-Satan e Seus anjos – Mt 25.41-46).

O trono é de fogo porque o objetivo deste é queimar as obras malignas da terra (Mt 13.41,42). Note como o Eterno várias vezes é visto vindo em chama de fogo (Is 29.6; 30.30; Lm 2.3; Mt 3.12; 2Ts 1.7,8). Inclusive, note como o ministro do Eterno é posto como labareda de fogo (Hb 1.7).

·        Depois, pela Batalha de Gog e Magog, quando, após o fogo do céu consumir a todos, é instalado o tribunal do Grande Trono Branco, no qual todos os mortos ressuscitam (primeiro os que são de Jesus e depois todos os ímpios de todos os tempos, incluindo os que participaram da Batalha do Armagedom).

O trono aqui é branco porque o objetivo, agora, é esclarecer por completo tudo acerca da justiça do Eterno. O branco lembra a luz do amor (1Jo 1.7; 2.9-11), ou seja, é o fim absoluto de toda raiz de amargura contra os irmãos, já que agora não há mais dúvidas acerca do motivo por trás dos males que sucederam a cada um.

 

Esta não deve ser chamada a batalha final, pois não há batalha. A luta está vencida antes mesmo de começar.

 

·        “O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos.” (Ap 20.10).

·

Ha-Satan finalmente vai para o lago de fogo e enxofre e, considerando que ali estão ainda a besta e o falso profeta (que para lá foram antes do milênio – Ap 19.20), logo, para quem acha que este lago é um tormento temporário, não há como negar que ele dura, no mínimo, mil anos.

A presença da besta que sobe do abismo e do falso profeta no lago de fogo e enxofre combate a teologia do aniquilacionismo.

Serão atormentados de dia e de noite. Isto quer dizer que lá continuará a existir dia e noite: de dia eles sofrerão ante a face de Jesus e a glória do Seu poder e por estarem banidos de tudo que Jesus é (paz, felicidade e amor); de noite eles sofrerão pela ausência absoluta da presença do Eterno.

Baseado nisto, devemos pensar: por que queremos ser bem-sucedidos neste mundo? Por que almejar um reino onde Ha-Satan é príncipe (João 12.31; 14.30; 16.11) e deus (2Co 4.4)? Como príncipe das potestades do ar (Ef 2.2) Ha-Satan é a cabeça de uma vasta hoste de demônios. Como esperar coisas boas dentro de nós num mundo organizado sobre o princípio da força, ambição, egoísmo, ganância e prazer no pecado. Foi justamente em cima disto que Ha-Satan tentou subornar Cristo (Mt 4.8,9).

Por um certo período é permitido a Ha-Satan peneirar e testar os que creem em Jesus no que se refere à sua auto-confiança e prazer carnal (ver Jó 1.6-11; 1Co 5.5; 1Tm 1.20). Contudo isto é temporário. limitado pelo poder de Cristo. Sem contar que nós somos preservados na fé através da advocacia de Cristo (Lc 22.31,32). Jesus é nosso advogado (1Jo 2.1) no sentido de nos revelar e conceder tudo que Ele conquistou para nós a fim de que possamos vencer as provações e, concomitantemente, termos nossa fé desenvolvida.

Fogo é emblema de sofrimento (Zc 13:9; 1Co 3:13-15; 1Pe 1:7); enxofre é emblema de desolação (Jó 18:15). Isto lembra o destino que caiu sobre Sodoma e Gomorra (Gn 19.24-28).

Ser atormentado dia e noite: contínuo;

Ser atormentado para sempre: eternamente.

Em outras palavras, no lago de fogo e enxofre:

 

1.     Não haverá repouso para quem estiver debaixo da ira do Eterno.

2.     Haverá senso de derrota, perda, exclusão, remorso, desespero, falta de esperança (Jo 3:36; 1Co 15:25; Mt 25:28; Lc 13:28; Mt 27:4; Mt 25:10; Lc 13:24; 2Ts 1:8,9; Mt 7:23; Hb 10:26,27).

 

No lago de fogo e enxofre, todos irão atormentar uns aos outros pelos séculos dos séculos com base em tudo que experimentaram neste mundo.

O motivo de ser chamado lago de fogo e enxofre é porque a Escritura Sagrada, para quem não gosta de Jesus, é cheiro de morte para morte (enxofre - 2Co 2.14-16), o qual mantém o amor (fogo – ver Ct 8.6,7) que age como um fogo inflamando os corações que não tem prazer na bondade e benignidade (ver Mt 12.24).

O amor provido pelo Espírito Santo deixa Ha-Satan e todos seus seguidores em um eterno tormento. Isto porque não existe nada que atormenta mais um perverso que ver alguém que lhe causou dor e perdas ser abençoado. Na mente deles, quem lhe feriu é culpado por seu tormento. Contudo, é o desejo dele de ver o outro atormentado que o atormenta.

Mesmo na atual dispensação, a maioria prefere manter os olhos fixos no mal até se sentir consolado e alegre pela dor do outro, do que receber o presente gratuito de Jesus e viver para fazer o bem, independente do merecimento dos indivíduos.

Note também a expressão “séculos dos séculos”, ou seja, cém séculos contidos dentro de cada século, numa sucessão interminável de tormentos, cada um explorando ao máximo cada tormento que existe dentro do seu coração, atuando em extremo contra cada um que lhe ofendeu em cada uma das áreas, buscando se sentir completamente vingado por cada uma das agressões que sofreu.

Contudo, como ninguém mais morre, ninguém nunca jamais se sentirá completamente vingado, daí este tormento sem fim.

A ameaça mencionada neste capítulo será útil aos que creem em Jesus, pois, não apenas revela a majestade do Eterno em defender Sua própria causa, mas também revela a queda definitiva de Ha-Satan em três estágios:

 

·        Em Apocalipse 12.9 Ha-Satan caiu do céu para a terra;

·        em Apocalipse 20.3 ele cai da terra para o abismo;

·        em Apocalipse 20.10 ele cai de vez para o lago de fogo e enxofre.

 

Pela ordem os inimigos caem:

 

1)     Grande Babilônia;

2)     A besta do abismo e o falso profeta;

3)     O dragão – Ha-Satan.

 

Só restou um inimigo para ser vencido: a morte.

 

Note o uso da expressão “dia e noite” aqui e em (Ap 4.8). Isto quer dizer que no céu ou no lago de fogo e enxofre há separação entre dia e noite?

Sim. Somente na Nova Jerusalém não haverá dia e noite (Ap 21.25). A única luz será o próprio Eterno (Ap 21.23).

 

·        “Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.” (Ap 20.11).

 

Comparando Salmos 18:7-15 com Salmos 77:16-19, nós podemos ver esta figura de linguagem:

 

·        Então a terra se abalou e tremeu; e os fundamentos dos montes também se moveram e se abalaram, porquanto se indignou. Das suas narinas subiu fumaça, e da sua boca saiu fogo que consumia; carvões se acenderam dele. Abaixou os céus, e desceu, e a escuridão estava debaixo de seus pés. E montou num querubim, e voou; sim, voou sobre as asas do vento. Fez das trevas o seu lugar oculto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das águas e as nuvens dos céus. Ao resplendor da sua presença as nuvens se espalharam, e a saraiva e as brasas de fogo. E o SENHOR trovejou nos céus, o Altíssimo levantou a sua voz; e houve saraiva e brasas de fogo. Mandou as suas setas, e as espalhou; multiplicou raios, e os desbaratou. Então foram vistas as profundezas das águas, e foram descobertos os fundamentos do mundo, pela tua repreensão, SENHOR, ao sopro das tuas narinas.” (Sl 18.7-15).

·        As águas te viram, ó Deus, as águas te viram, e tremeram; os abismos também se abalaram. As nuvens lançaram água, os céus deram um som; as tuas flechas correram duma para outra parte. A voz do teu trovão estava no céu; os relâmpagos iluminaram o mundo; a terra se abalou e tremeu. O teu caminho é no mar, e as tuas veredas nas águas grandes, e os teus passos não são conhecidos.” (Sl 77.16-19).

 

Nós podemos ver a mesma ideia nos versículos abaixo:

 

·        “Parou, e mediu a terra; olhou, e separou as nações; e os montes perpétuos foram esmiuçados; ou outeiros eternos se abateram, porque os caminhos eternos lhe pertencem.” (Hc 3.6).

·        “Os montes te viram, e tremeram; a inundação das águas passou; o abismo deu a sua voz, levantou ao alto as suas mãos. O sol e a lua pararam nas suas moradas; andaram à luz das tuas flechas, ao resplendor do relâmpago da tua lança” (Hc 3.10,11).

·        “O mar viu isto, e fugiu; o Jordão voltou para trás. Os montes saltaram como carneiros, e os outeiros como cordeiros. Que tiveste tu, ó mar, que fugiste, e tu, ó Jordão, que voltaste para trás?” (Sl 114.3-5).

 

O trono foi posto na época de Daniel:

 

·        “Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a pura lã; e seu trono era de chamas de fogo, e as suas rodas de fogo ardente.” (Dn 7.9).

 

O nome do Eterno não é mencionado, mas Ele é visto sentado no trono (Ap 4.2,9; 5.1,7,13; 6.16; 7.10,15; 19.4; 21.5) e o Filho senta com Ele (Hb 1.3) e trabalha com Ele (Jo 5.19-21; 10.30; Mt 25.31; At 17.31; 2Co 5.10; 2Ts 4.1).

Para ser mais exato: quem estava sentado no trono, a princípio, era o Criador. Na hora do julgamento a administração inteira do juízo estará nas mãos do Senhor Jesus Cristo (At 10.42; 17.31; Rm 14.10; 2Co 5.10; Fp 2.11).

 

·        “No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo.” (Is 6.1).

·        “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo;” (Jo 5.22).

·        “E deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem.” (Jo 5.27).

·        “No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.” (Rm 2.16).

 

E motivo disto é mostrado abaixo:

 

·        “Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles se envelhecerão como um vestido; como roupa os mudarás, e ficarão mudados. Porém tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim.” (Sl 102.26,27).

·        “E como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, E os teus anos não acabarão. E a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha destra, Até que ponha a teus inimigos por escabelo de teus pés? Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” (Hb 1.12-14).

·        “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.” (Mt 24.35);

·        “E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” (1João 2.17).

 

É neste momento que a cada ímpio será dado segundo as suas obras (Sl 62.11-12; Pv 24.12; Jr 17.10; Mt 16.27; Rm 2.5-6). Afinal, os justos são justificados pelo Favor do Eterno e o qualquer recompensa que vierem a receber será tão somente para terem o privilégio de ofertarem algo ao Eterno (visto ser Ele o único que é digno de possuir algo – Ap 4.11; 5.9,12).

É possível que este trono seja chamado de “grande” se comparado com os tronos de Apocalipse 4.4 e 20.4. Isto, todavia, não quer dizer que o trono ficou maior Apocalipse 20.11, mas sim que seriedade e severidade do julgamento aumentou.

 

·        “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” (At 17.31).

·        “Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo.” (Ap 14.10).

 

O trono é emblema de glória. O que Salomão construiu, por exemplo, era notável (2Cr 9.17). Mas muitos dos tronos são manchados com sensualidade, injustiça e tirania.

O fato de ser branco indica que trata-se de um julgamento onde toda a justiça será revelada (note como a cor branca é associada à justiça – Ap 19.8). O branco, também revela a pureza e santidade do juízo final. Em contraste com as nuvens e escuridão que encobrem o trono daqueles que não se comprazem em Jesus e em tudo que Ele é:

 

·        “Nuvens e escuridão estão ao redor dele; justiça e juízo são a base do seu trono.” (Sl 97.2).

 

Homens serão julgados consoante a luz que eles tiveram, ou seja, baseado no modo como eles usaram a luz que o Eterno lhes deu (Rm 2:11-15; Mt 10:15; 11:21-24; Lc 11:31,32; Lc 12:47,48; Ac 10:34,35).

 

1.     Que cada crente em Jesus espere ansiosamente ser aprovado pelo Juiz (1Jo 2.28);

2.     Que nos esforcemos para jamais nos esquecermos de que o olhar de Jesus está sempre nos sondando;

3.     Cada ação está entesourando bênçãos ou ira contra nós para o grande e revelador dia (Rm 2.5; 1Tm 6.19).

 

Na eternidade cada um será uma continuação daquilo que foi quando esteve aqui.

Comparemos os diversos termos que são postos contra a palavra “vida”:

 

1. Vida e punição (Mt 25:46).

2. Vida e julgamento (Jo 5:29).

3. Vida e ira (Jo 3:36).

4. Vida e a segunda morte (Ap 20:14,15).

5. Vida e destruição (2Co 7:13,14).

6. Vida e lago de fogo (Ap 20:15).

7. Vida e inferno de fogo (Mt 18:9).

8. Vida e fogo eterno (Mt 25:41).

9. Vida e fogo inesgotável (Mc 9:48).

10. Vida e desprezo eterno (Dn 12:2).

 

Veja o que a Escritura Sagrada diz sobre o Juízo Final:

 

1.     Após o juízo final, o tempo de provação da raça humana terá acabado.

2.     Tudo estará pronto para a administração da reta justiça;

3.     Todos aparecerão diante do tribunal de Cristo (Rm 14.10; 2Co 5.10);

4.     Todos saberão como realmente estão em sua relação pessoal com Jesus e serão obrigados a se dobrar perante Ele e confessar Seu nome;

5.     O estado final de cada um depende da sua atitude com relação a Jesus;

6.     O julgamento será:

o   De acordo com a verdade que cada um recebeu e com o compromisso que teve com esta verdade;

o   O resultado do trabalho das leis morais que estão em exercício desde agora;

7.     A medida da punição será conforme a medida do pecado;

8.     O justo terá alegria e honra indizível (Jesus não concede o Espírito Santo por medida – Jo 3.34);

9.     O ímpio terá perda irremediável perda, maldição e dor indizível, remorso que nenhuma língua ou caneta pode expressar;

10.  Para quem rejeita Cristo não há como recuperar o tempo perdido.

 

E pelo que nós seremos julgados?

 

1.     Feitos (2Co 5.10);

2.     Palavras (Mt 12.36,37);

3.     Pensamentos (1Co 4.3-5);

4.     Coisas secretas (Rm 2.16);

5.     Cada coisa secreta (Ec 12.14).

 

Detail: apenas em 2Pedro 3.10-12 e 2Tessalonicenses 1.7-8 é dito sobre a destruição. Em Pedro, tal destruição é comparada com a enchente nos tempos de Noé.

Nenhum lugar mais se achou para eles (Ap 20.11). Vem a questão: quem procurou lugar para eles? Eles não foram desintegrados, pois, do contrário, não seria possível a terra dar os mortos que nela estava (Ap 20.13).

Diante de Jesus céus e terra fogem (logo o julgamento se dá no espaço). Aqui cabe uma diferença a ser feita:

Quando Jesus vai para a Batalha do Armagedom, Jesus dará Seu sinal (Mt 24.29). Nesta ocasião, se cumprirá o que está escrito abaixo:

 

·        “Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias. E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.” (Mt 24.28-30).

·        “Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão.” (Is 65.17);

·        “Porque, como os novos céus, e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante da minha face, diz o SENHOR, assim também há de estar a vossa posteridade e o vosso nome.” (Is 66.22).

 

Vem a questão: para quê mais de um céu, já que no milênio, supostamente, o Eterno estará aqui na terra? Em primeiro lugar, é bem provável que o segundo céu será refeito para manter os demônios presos ali (hoje eles podem sair do segundo céu para atuar aqui no primeiro céu (Ef 2.1,2) ou subir até ao terceiro céu para acusar os santos (Ap 12.10)).

Além disto, o Eterno estará no terceiro céu com a Igreja e aqueles que crerão em Jesus na Grande Tribulação, mas que morrerão de morte natural.

Após a Batalha de Gogue e Magogue, fogo consumirá tudo nesta terra e não se achará mais lugar para céu e terra.

 

·        “Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?” (2Pe 3.10-12).

 

A terra será refeita, vindo a ser algo completamente inédito (Ap 21.1). Quanto ao céu, haverá apenas um (e não mais céus, como no milênio).

Após o milênio, este segundo céu simplesmente deixa de existir, pois os anjos maus serão julgados pela Igreja (1Co 6.3) e condenados ao lugar que lhes pertence. Já a terra, enquanto some (sabe-se lá para onde) ela é completamente restaurada e então, após o julgamento do trono branco, a Nova Jerusalém desce em direção à terra completamente nova.

 

·        “Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.” (Ap 20.12,13).

·

Algumas coisas nós devemos considerar:

Primeiro: características da ressurreição (1Co 15.35-44):

 

·        “Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão? 36 Insensato! o que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer. E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo, ou de outra qualquer semente. Mas Deus dá-lhe o corpo como quer, e a cada semente o seu próprio corpo. Nem toda a carne é uma mesma carne, mas uma é a carne dos homens, e outra a carne dos animais, e outra a dos peixes e outra a das aves. E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres. Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela. Assim também a ressurreição dentre os mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.”

 

(1)   O fato de permanecer diante do Eterno não significa que há um julgamento para determinar a veracidade dos fatos, mas sim testificar a todos o motivo pelo qual cada um passou pelo que passou.

Eles permanecem diante de Jesus ajoelhados e orando, não para serem convertidos, mas sim sentenciados. É hoje, e não no futuro, o dia da salvação.

(2)   O jugamento não é uma imposição aflitiva aplicada por um poder sem resistência. O julgamento é cada um recebendo o que buscou com tanto ardor.

(3)   Não haverá ressurreição sem, antes de tudo, haver semeadura e morte;

(4)   O corpo que é semeado não é o corpo que será.

(5)   Tal como cada semente possui um corpo, cada indivíduo ressuscitará num corpo diferente.

(6)   O corpo dos ímpios irá ressuscitar conforme o mau caráter deles. Dentro do corpo deles haverá provisão para a maldição eterna:

·        “Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.” (Mc 9.44,46,48).

 

Segundo: Como a ressurreição será executada?

 

1.     Pelo poder do Criador (Mt 22.29);

2.     Pela autoridade do Senhor Jesus (Jo 5.28,29; Fp 3.21);

3.     Pela energia do Espírito Santo (Rm 8.11).

 

Jesus, cujos olhos penetram os lugares mais secretos do nosso coração, é o único digno de julgar:

 

·        Ele esteve na mesma posição que nós;

·        Ele lutou as mesmas batalhas que enfrentamos;

·        Suportou as mesmas tentações a que somos expostos.

 

As obras dos homens serão determinadas, reconhecidas e avaliadas por Jesus que usará seres que têm autoridade para confirmar Sua justiça (observe que os livros foram abertos).

 

Terceiro: Por que a ressurreição é certa?

 

1.     Porque Jesus nos assegura disto (Jo 11:23);

2.     Os apóstolos nos asseguram isto também:

“Os pecados de alguns homens são manifestos, precedendo o juízo; e em alguns manifestam-se depois. Assim mesmo também as boas obras são manifestas, e as que são de outra maneira não podem ocultar-se.” (1Tm 5.24,25).

3.     Jesus considera isto como parte daquilo que lhe foi confiado:

o   “E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia. Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.” (Jo 6.39-40).

4.     Jesus fez da Sua ressurreição aquilo que deve balizar nossa fé;

o   “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.” (1Co 15.17).

5.     A grande vontade de Jesus é que nós o sigamos para a glória (Jo 17.24).

6.     Seu trabalho meditatorial estará completo quando ressuscitarmos (1Co 15.29; 1Sm 2.19; Cl 1.28; Jd 1.24).

 

Quarto: sete modos dos indivíduos tratarem a ressurreição:

 

1.     Alguns a negam completamente (1Co 15.12);

2.     Alguns declaram que ela já passou (2Ts 2.18);

3.     Alguns zombam disto (At 17.32);

4.     Alguns tentam especular isto (Mt 22.28);

5.     Alguns deixam para pensar sobre isto depois (At 17.32);

6.     Alguns creem, mas de um modo apático, anestesiado, uma mistura de fé e medo da morte (Jo 11.26,27);

7.     Alguns acreditam (1Pe 1.3-5);

 

Após o Grande Trono Branco ser instalado, Jesus dará Sua Palavra de ordem e cumprir-se-á João 5.28,29. Note a ordem: primeiro os mortos em Cristo ressuscitarão; depois, os vivos que permaneceram fiéis a Jesus serão transformados (estes são os grandes).

E que haverá julgamento daqueles que foram justos no milênio, isto é comprovado pelo fato de o livro da vida ser citado aqui (Êx 32.32,33; Sl 69.28; Fp 4.3; Dn 12.1; Ap 3.5; 13.8; 19.5; 21.27). É bom lembrar que, cada um que Jesus usou e não perseverou até o fim terá seu nome riscado do livro da vida (Mt 24.13; Êx 32.33; Ap 3.5). Isto significa que a única razão para o livro da vida ser aberto é porque há convertidos a Cristo no Juízo Final.

Depois, todos os que morreram sem Cristo ressuscitarão (os pequenos mortos).

Primeiro temos o julgamento dos justos e depois, o dos ímpios.

Quais são os livros (ver Sl 56.8; Ml 3.16):

 

·        Livro da vida (Êx 32.32,33; Sl 69.28; Dn 12.1; Ap 3.5; 13.8; 17.8; 21.27; Fp 4.3). Livro da vida, no qual estão todos os salvos (Is 4:3; Lc 10:20; Fp 4:3; Hb 12:23; Fp 3:20), através dos quais Jesus operou Suas maravilhas;

·        Livro da lembrança (Sl 56.8; 139.4; Ml 3.16) -> onde estão registrados cada vez que os servos de Jesus O buscam;

·        Livro das lembranças de cada um:

·        “O pecado de Judá está escrito com um ponteiro de ferro, com ponta de diamante, gravado na tábua do seu coração e nas pontas dos vossos altares;” (Jeremias 17.1). este livro contém todas as ações dos perversos. Tudo que eles tentaram encobrir agora será revelado. Uma das razões pelas quais o lago de fogo e enxofre será tão terrível é porque então todos saberão a verdade a respeito de todos e, sem a vida de Jesus para cobrir tudo, não há esperança

de melhora;

·        Livro da consciência de cada um (Lc 12.48; Sl 139.16): aquilo que cada um recebeu de verdade:

“Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados.” (Rm 2.12);

“Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os;” (Rm 2.14-15);

·        Livro das criaturas: as quais tem sido abusadas pelos ímpios (Gn 4.10; Ap 6.9-11);

·        Livro da providência: os ricos ignoram a vontade do Criador quanto ao uso das riquezas:

“Eis, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai, por vossas misérias, que sobre vós hão de vir. As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas de traça. O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias.” (Tg 5.1-3).

·        Livro da lei (Gl 3:10; Lv 18.5; Ez 20.11,13,21; 33.19; Rm 10.5) -> Aqui é revelado o rigor da pureza e santidade que há em Jesus, bem como as leis segundo as quais os homens são provados;

·        Livro da Nova Aliança (Sl 139:16; Jo 12:48) -> Neste livro está tudo Jesus fez pela humanidade, ou seja, todas as Suas manifestações de amor. É um contraste com o Livro da lei. Aqui é possível ver as inúmeras vezes que Jesus contendeu com nosso espírito e suportou com paciência nossa rebeldia. Também é possível ver os inúmeros milagres que Ele operou para conosco;

·        Livro da natureza:

“Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” (Rm 1.19,20).

 

Há diversos graus de punição (Lc 12.27,48) de acordo com as obras praticadas; podemos ver isto nos evangelhos (Mt 16:17), nas cartas de Paulo (Rm 14:10,12; 1Co 4:5; 2Co 5:10; Gl 6:7) e de João (Jo 5:29; Ap 20:12-13).

A base do julgamento para eles não é aquilo que os outros fizeram, mas sim o que cada um fez com a verdade que recebeu (ver Ap 20.13; Jr 17.10; 32.19; Mt 16.27; Rm 2.6).

Ainda há outro ponto a ser considerado: por que é dito que o mar deu os mortos que nele havia? Por que não a terra?

Em primeiro lugar, observe que, na ressurreição, haverá conexão entre o corpo do homem mortal e o corpo do homem ressurreto. Isto combate espiritismo.

Além disto, quando o jugamento do Grande Trono Branco começar, a terra com todos os elementos se derreterão com fervente calor e a terra com seu céu tentarão fugir disto, mas não haverá lugar para eles irem onde Jesus não este presente.

Após tudo isto, tudo que restará é uma sólida e uniforme massa nas profundezas do mar. Como a água do mar não retém os feitos humanos, ela não será queimada.

Enfim: tudo que restará da terra estará debaixo d’água. Daí a razão pela qual o mar dará seus feitos. Isto confirma que terra e céu não serão destruídos, mas somente purificados e refeitos.

 

·        “Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.” (Ap 20.14).

 

Aqui o Hades é o inferno, já que os justos todos ressuscitaram. Aqui a morte, o último inimigo, é derrotado de vez, sendo esta tratada como um ser vivo.

A Morte é personificada (aqui e em Ap 6.8) e exposta como o último inimigo a ser vencido (1Co 15.26). Em Ap 6.8 a morte monta o cavalo amarelo e é seguida pelo inferno. Ambos são personificados como inimigos dos homens, sendo um dos julgamentos sobre o mundo.

Morte e Inferno não são poderes neutros, mas poderes balançando os perversos e mantendo-os sob controle. Repare que ambos são lançados, no versículo seguinte, no lago de fogo e enxofre, onde estarão a besta do abismo, o falso profeta e Ha-Satan. Ou seja, Morte e Inferno recebe a mesma punição. Isto quer dizer que Morte e Inferno ganharão vida própria na medida que cada um irá interpretar o papel deles.

Paulo menciona o hino de vitória sobre a morte (1Co 15.54), tirado de (Os 13.14). Acabou, para os que creem em Jesus, o medo da morte (Hb 2.15). Ela já não existe mais para eles (Ap 21.4).

Todavia, no lago de fogo e enxofre haverá Morte (separação) e Inferno (tormento interno).

Primeiramente é preciso esclarecer os conceitos:

 

·        Lago de Fogo. Visto que quem nele está será atormentado ante a face do Eterno e da glória do Seu poder (2Ts 1.9; Ap 14.10,11), logo o fogo aqui representa o amor (Ct 8.6,7).

·        Lago de Enxofre. Representa a Escritura Sagrada a qual é cheiro de morte para os ímpios (2Co 2.14-16).

·        Morte. Significa separação.

·        Inferno. Embora ele seja um lugar propriamente dito, ele implica num tormento interno devido ao pecado.

 

Em Ap 6.8 vemos o cavaleiro chamado de Morte sendo seguido pelo Inferno. Isto porque sua missão é isolar de vez os indivíduos a fim de poder mandar o maior número possível de indivíduos para o inferno definitivo. Veja que o inferno segue a morte, ou seja, primeiro o indivíduo é isolado do Eterno e dos demais para, então, ser tomado de toda sorte de sentimento que queima o indivíduo por dentro (Ef 4.17-19).

No início, apenas a besta e o falso profeta são lançados no lago de fogo e enxofre (Ap 19.20). Depois são lançados os bodes (Mt 25.41,46). Durante o milênio, sem a Morte e o Inferno dentro do lago de fogo e enxofre, os que aí estão são atormentados por não poderem gozar os benefícios da Escritura Sagrada e do amor do Eterno. O pecado os deixou deformados, de modo que, aquilo que deveria alegrá-los, é o que de fato os atormenta.

Por outro lado, os que estão no inferno são atormentados pela solidão e pela profundeza dos seus desejos não atendidos. Eles não são atormentados pelo amor do Eterno porque, neste estado, eles não têm conhecimento deste amor e estão separados do seio de Abraão por um grande abismo (Lc 16.26).

Só tem sentido falar em separação quando existe conhecimento. Não é possível, por exemplo, sentir-se saudade de alguém que não se conhece.

Quando, porém, a Morte e o Inferno forem lançados no lago de fogo e enxofre, cada um que ali estiver será atormentado com duas mortes (daí o termo segunda morte – Ap 2.11; 20.6; 21.8) (aliás, é neste momento que Jesus lança alma e corpo no inferno – Mt 10.28):

 

·        A separação de si mesmo e do próximo;

·        A separação do Eterno.

 

Entenda: no inferno, o indivíduo está separado dos demais, preso tão somente no seu próprio tormento (atormentado pelas lembranças passadas e pela sua cobiça insatisfeita). No lago de fogo e enxofre, embora os indivíduos tenham contato uns com os outros, são atormentados por não conseguirem fazer parte da vida de ninguém. Infelizmente, ninguém encontrará satisfação através da vida de ninguém. São atormentados pelo amor que não querem ofertar, mas que também não quer que os outros recebam.

Quando ajunta os dois, temos os indivíduos atormentados em si mesmos e infernizando uns aos outros pelas lembranças do passado e pela impossibilidade do futuro.

E tudo isto por que? Por estarem diante da perfeita referência de amor, bondade e justiça.

Para que você possa entender isto: quando alguém não tem uma referência daquilo que é bom e justo, ele consegue se adaptar ao mal facilmente. No entanto, quando alguém tem contato profundo com aquilo que é excelente, ele nunca mais consegue ser feliz na escassez.

É por isto que os indivíduos, enquanto estão neste mundo, conseguem encontrar momentos de prazer: porque eles não conhecem a verdadeira alegria. E é por isto também que o mundo odeia os seguidores do Eterno: porque a presença deles os faz enxergar o quão miseráveis são.

Que fique claro: para quem ama a separação e a injustiça (ou seja, quer usar os outros apenas para se promover e ter seus desejos satisfeitos), o amor e a Escritura Sagrada são um verdadeiro tormento.

Quando a morte for lançada no lago de fogo e enxofre, ela então terá sido efetivamente vencida (1Co 15.26,54-56), já que nada mais poderá separar aqueles que são do Eterno.

Vem a questão: qual é o poder da morte que Ha-Satan tinha? Com certeza não é o poder de determinar quem morre e quando.

 

·        “Eu os remirei da mão do inferno, e os resgatarei da morte. Onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua perdição? O arrependimento está escondido de meus olhos.” (Oséias 13.14).

 

·        “E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.” (Ap 20.15).

 

E todo aquele cuja vida não foi uma continuação da vida de Cristo aqui irá para o lago de fogo e enxofre.

 

 

ADDENDUM

 

1 – AS TRÊS VINDAS DE CRISTO

 

A – SUA VINDA PARA ARREBATAR A IGREJA

·        “E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele.” (Judas 1.14,15).

·        “E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue; e as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte. E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; e diziam aos montes e aos rochedos: caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?” (Ap 6.12-17)

·        “Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.” (1Ts 4.13-18).

·        “Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras. Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino.” (Mat 16.27,28).

·        "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.” (1John 3.2).

 

In the rapture the heaven will be rolled as a scroll, the star of the heaven (Ha-Satan and his demons), Jesus will appear and will catch His Church up and pour down His vials.

Jesus will take the Church for Himself in order to protect her of the seven vials.

After this, the heaven will be spread again.

B – A VINDA DE CRISTO PARA ESTABELECER O MILÊNIO

·        “E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.” (Mt 24.29-31).

·        “Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.” (Ap 1.7).

·      “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele.” (Daniel 7.13-14).

 

When Jesus come to establish the millennium, the stars (physical stars) will fall from heaven. See the difference:

 

  • Matthew 24.29 mentions simply “stars”, while in Revelation 6.13 quotes “stars of the heaven”;
  • Matthew 24.29 says that stars fall from the heaven; Revelation 6.13 relates that it is necessary a “strong wind” so that the stars fall unto the Earth.

C – A VINDA DE CRISTO PARA ESTABELECER A ETERNIDADE

·        “Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão.” (Isaías 65.17)

·        “Porque, como os novos céus, e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante da minha face, diz o SENHOR, assim também há de estar a vossa posteridade e o vosso nome.” (Isaías 66.22).

·        “E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.” (Ap 20.11);

·        “De maneira que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus por causa da vossa paciência e fé, e em todas as vossas perseguições e aflições que suportais; prova clara do justo juízo de Deus, para que sejais havidos por dignos do reino de Deus, pelo qual também padeceis; se de fato é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam, e a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que crêem ( porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós ).” (2Ts 1.4-10).

·        “Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.” (II Pedro 3.10-13).

·        “Então, tendo despedido a multidão, foi Jesus para casa. E chegaram ao pé dele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo.

·        “E ele, respondendo, disse-lhes: O que semeia a boa semente, é o Filho do homem; o campo é o mundo; e a boa semente são os filhos do reino; e o joio são os filhos do maligno; o inimigo, que o semeou, é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos. Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo. Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa escândalo, e os que cometem iniqüidade. E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes. Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.” (Mt 13.36-43).

·        “Pois que muito desejamos também ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes. Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal. Assim que, sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens à fé, mas somos manifestos a Deus; e espero que nas vossas consciências sejamos também manifestos.” (2Cor 5.9-11).

Após o milênio, Ha-Satan guiará a rebelião e Jesus virá dos céus com Sua Igreja e anjos em chama de fogo para destruir todos os rebeldes.

Neste momento Ele será glorificado na Igreja e será admirado pro todos que estarão vivendo no milênio.

Após isto, todos os céus serão dissolvidos, mas apenas o primeiro céu que está conectado diretamente à terra é que tentará fugir da destruição, como se eles fossem um organismo vivo. Contudo, para onde fugir da presença de alguém que é onisciente (Sl 139.7-12).

A seguir, o julgamento final acontecerá e, finalmente, virá o eterno destanco. Até então, o repouso dos santos será parcial.

D – PASSAGEM CONTENDO AS TRÊS VINDAS DE CRISTO

·        “Chegai-vos, nações, para ouvir, e vós povos, escutai; ouça a terra, e a sua plenitude, o mundo, e tudo quanto produz. Porque a indignação do SENHOR está sobre todas as nações, e o seu furor sobre todo o exército delas; ele as destruiu totalmente, entregou-as à matança. E os seus mortos serão arremessados e dos seus cadáveres subirá o seu mau cheiro; e os montes se derreterão com o seu sangue. E todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um livro; e todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide e como cai o figo da figueira. Porque a minha espada se embriagou nos céus; eis que sobre Edom descerá, e sobre o povo do meu anátema para exercer juízo. A espada do SENHOR está cheia de sangue, está engordurada da gordura do sangue de cordeiros e de bodes, da gordura dos rins de carneiros; porque o SENHOR tem sacrifício em Bozra, e grande matança na terra de Edom. E os bois selvagens cairão com eles, e os bezerros com os touros; e a sua terra embriagar-se-á de sangue até se fartar, e o seu pó se engrossará com a gordura. Porque será o dia da vingança do SENHOR, ano de retribuições pela contenda de Sião. E os seus ribeiros se tornarão em pez, e o seu pó em enxofre, e a sua terra em pez ardente.” (Is 34:1-9).

 

2 - AS DUAS RESSURREIÇÕES

INTRODUÇÃO

·        “Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.” (Apocalipse 20.5,6).

 

Este trecho tem intrigado a muitos. No entanto, quando analisado corretamente, é um trecho bastante fácil de entender. Quando a Escritura Sagrada fala que há duas ressurreições, está dizendo no sentido qualitativo da coisa, a saber: a ressurreição dos salvos e a ressurreição dos ímpios.

Versicles related with the resurrection of righteous:

 

·        righteous (Heb 9:28; 1Jn 2:28.29; Phil 1:10). The bodies of the righteous will rise (Phil 3:21; 1Co 15:43; Romans 8:11; Rom 8:23);

·        both (2Thess 1.10; 1 Jn 4:17; Dan 12.2; Matt 10:32,33; Mt 13:30; Mt 13:42,43; Mt 16:27; Jn 5.28,29; Acts 17:31; 24.15; Romans 2:5, Romans 2:16; Rom 14:10; 2 Thess 1:6-10).

Passages don’t related directly with the coming of Christ:

1 - These passages and Romans 14.10 say that everyone with be present in Final Judgement.

 

·        Wherefore we labour, that, whether present or absent, we may be accepted of him. For we must all appear before the judgment seat of Christ; that every one may receive the things done in his body, according to that he hath done, whether it be good or badKnowing therefore the terror of the Lord, we persuade men; but we are made manifest unto God; and I trust also are made manifest in your consciences.” (2Cor 5.9-11).

·        but after thy hardness and impenitent heart treasurest up for thyself wrath in the day of wrath and revelation of the righteous judgment of God;” (Rom 2:5).

·        “in the day when God shall judge the secrets of men, according to my gospel, by Jesus Christ.” (Rom 2:16).

 

2 - This passages and Mt 25.34-46 are related with those who profess the name of Jesus Christ, in order to decide who will enter in the millennium and who not.

 

·        Not every one that saith unto me, Lord, Lord, shall enter into the kingdom of heaven; but he that doeth the will of my Father which is in heavenMany will say to me in that day, Lord, Lord, have we not prophesied in thy name? and in thy name have cast out devils? and in thy name done many wonderful worksAnd then will I profess unto them, I never knew you: depart from me, ye that work iniquity.” (Matthew 7.21-23)

·        Whosoever therefore shall confess me before men, him will I confess also before my Father which is in heavenBut whosoever shall deny me before men, him will I also deny before my Father which is in heaven.” (Matthew 10.32-33).

 

3 - This is relationed with 1Cor 14.24.25, which speaks about the gift of prophecy when Jesus will reveal the secrets of the hearts.

 

·        Therefore judge nothing before the time, until the Lord come, who both will bring to light the hidden things of darkness, and will make manifest the counsels of the hearts: and then shall every man have praise of God.” (1Cor 4.5).

 

4 - Who blushes of Jesus now will be a shame to Jesus when He comes (this will happen in the rapture):

 

·        Whosoever therefore shall be ashamed of me and of my words in this adulterous and sinful generation; of him also shall the Son of man be ashamed, when he cometh in the glory of his Father with the holy angels.” (Mark 8.38)

·        And now, little children, abide in him; that, when he shall appear, we may have confidence, and not be ashamed before him at his coming.” (1John 2:28)

·        “He that overcometh, the same shall be clothed in white raiment; and I will not blot out his name out of the book of life, but I will confess his name before my Father, and before his angels.” (Rev 3.5).

 

5 - This passage is related with the people that believes in Jesus, but that allowed wrong people work wrong things in their hearts. They were saved, but it was necessary terrible and difficult situations in order to remove all wrong people that came into our hearts.

 

·        Now if any man build upon this foundation gold, silver, precious stones, wood, hay, stubbleevery man's work shall be made manifest: for the day shall declare it, because it shall be revealed by fire; and the fire shall try every man's work of what sort it isIf any man's work abide which he hath built thereupon, he shall receive a rewardIf any man's work shall be burned, he shall suffer loss: but he himself shall be saved; yet so as by fire” (1Cor 3.12-15).

PRIMEIRA RESSURREIÇÃO

O que poucos sabem é que a ressurreição dos justos se dará em quatro etapas:

 

1ª – A ressurreição de Cristo

 

·        “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.” (I Coríntios 15.20).

 

2ª – A ressurreição que ocorrerá no arrebatamento

 

É oportuno lembrar que o arrebatamento ocorrerá três dias e meio após a primeira metade da grande tribulação. Isto pode ser provado ajuntando 1Ts 4.16 com Ap 11.12. Após o soar da sexta trombeta, termina o tempo para as duas testemunhas cumprirem todo o propósito que o Eterno designou para elas. As duas testemunhas serão mortas, então, pela besta do abismo e, após três dias e meio, elas ressuscitarão na presença de todos os presentes, os quais ouvirão uma grande voz do céu, que dirá as duas testemunhas: “subi para aqui” (Ap 11.12).

Elas, então, subirão ao céu em uma nuvem e os seus inimigos verão. Naquela mesma hora haverá um grande terremoto que fará cair a décima parte da cidade, e no terremoto serão mortos sete mil homens; e os demais ficarão muito atemorizados, e darão glória ao Deus do céu (Ap 11.12,13). Haverá, então, um abrir e fechar de olhos (1Co 15.52), ou seja, haverá em repentino e momentâneo despertamento de fé.

Neste momento, enquanto os olhos de todos se abrem e fecham, soará a sétima trombeta (Ap 11.15). Em meio a este alarido de trombeta (1Ts 4.16), Jesus virá, descendo com voz de arcanjo (1Ts 4.16) (o qual dirá: “eis o Noivo! Saí ao seu encontro!”). Os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Em seguida, os vivos em Cristo serão arrebatados e transformados para o encontro do Eterno nos ares.

Por fim, as virgens prudentes de Israel se prepararão para se encontrar com Jesus (sendo santificada e justificada cada vez mais) e as virgens néscias de Israel, procurando buscar e estabelecer sua própria justiça, acabam se tornando mais e mais injustas e sujas (Ap 22.11).

Ou seja, nesta ocasião:

Primeiro ressuscitam as testemunhas:

 

·        “E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e os vencerá, e os matará. E jazerão os seus corpos mortos na praça da grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado. E homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seus corpos mortos por três dias e meio, e não permitirão que os seus corpos mortos sejam postos em sepulcros. E os que habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra. E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que os viram. E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para aqui. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram. E naquela mesma hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terremoto foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram muito atemorizados, e deram glória ao Deus do céu.” (Ap 11.7-13).

 

Depois ressuscitam os que são de Cristo:

 

·        “Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.” (I Coríntios 15.23).

·        “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” (1Ts 4.16,17).

 

Depois os vivos em Cristo serão arrebatados.

 

·        “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.” (1Co 15.51-52).

 

Ainda há outro ponto a ser considerado. Note a conexão entre a parábola do amigo oportuno, a parábola das dez virgens e a ocasião da volta de Cristo:

 

·        “Disse-lhes também: Qual de vós terá um amigo, e, se for procurá-lo à meia-noite, e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois que um amigo meu chegou a minha casa, vindo de caminho, e não tenho que apresentar-lhe; se ele, respondendo de dentro, disser: não me importunes; já está a porta fechada, e os meus filhos estão comigo na cama; não posso levantar-me para tos dar; digo-vos que, ainda que não se levante a dar-lhos, por ser seu amigo, levantar-se-á, todavia, por causa da sua importunação, e lhe dará tudo o que houver mister.” (Lc 11.5-8).

·        “Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.” (Mt 25.6).

 

Ou seja, por ocasião da vinda de Cristo, o arcanjo (1Ts 4.16) dirá para as duas testemunhas: “subi para aqui”. Para os que são de Cristo e para as dez virgens de Israel, o arcanjo clamará: “eis o noivo. Saí ao Seu encontro”.

Após este chamado, a situação do povo de Israel está definida.

 

·        “Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.” (Ap 22.11).

 

Ou seja, as cinco virgens prudentes irão acender suas lâmpadas, ou seja, irão se santificar cada vez mais. Já as cinco virgens néscias irão se sujar cada vez mais. Vão procurar entrar no Reino do Eterno, mas não poderão (Lc 13.23-28). Serão rejeitados por Ele, vindo a perecer durante a Grande Tribulação ou na Batalha do Armagedom, de modo que apenas o remanescente de Israel (as cinco virgens prudentes – Rm 9.27) será salvo.

 

·        “E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro.” (Dn 12.1).

 

Eles entrarão no milênio com corpo natural.

 

3ª – A ressurreição que acorrerá após o Armagedom

 

·        “E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.” (Ap 20.4).

 

Note como estes indivíduos converteram e foram mortos no período da Grande Tribulação (quando todos os que não estão escritos no livro da vida irão adorar a besta, a sua imagem e receber o sinal do seu nome) e serão vistos reinando com Cristo durante o milênio. Logo, serão ressuscitados.

 

4ª – A ressurreição do Juízo Final

 

·        “E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” (Ap 20.11-15).

 

Durante o milênio, embora haverá longevidade, muitos justos irão morrer. Note que apenas os que não foram achados inscritos no livro da vida é que irão ser lançados no lago de fogo e enxofre. Logo, isto significa que os que estavam mortos não eram apenas ímpios.

SEGUNDA RESSURREIÇÃO

Depois que os justos ressuscitarem no juízo final, é a vez de todos os ímpios ressuscitarem.

Logo, é nesta ocasião que se cumpre as seguintes profecias:

 

·        “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno.” (Dn 12.4).

·        “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.” (Jo 5.28,29).

·        “Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos.” (At 24.15).

 

Aqui surge uma dúvida: porque é dito que “muitos (e não “todos”), dos que dormem no pó da terra ressuscitarão? Porque a maioria dos justos, nesta ocasião, já ressuscitaram anteriormente.

APARENTES OBJEÇÕES

E todo olho O verá

 

Vem a questão: quando e como se cumprirá a seguinte profecia:

 

·        “Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.” (Ap 1.7).

 

Há duas formas de interpretar este trecho, cada uma com sua mensagem.

Primeira forma: sequencial. Neste caso, quando Jesus vier para arrebatar Sua Igreja, todos verão o arrebatamento, inclusive os judeus e romanos que são o povo responsável pelo fato de Jesus ter sido transpassado. Isto nos ensina que o Eterno não rejeita eternamente nem mesmo aqueles que O rejeitaram quando Ele veio em carne. Considerando que muitos acreditam que os israelitas foram descartados do plano do Eterno, isto confirma que o Eterno continua amando os judeus:

 

·        “Digo, pois: porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu.” (Rm 11.1,2).

 

Vem a questão: neste caso, como todos poderão ver Jesus vindo, já que a terra é redonda? A explicação pode ser vista neste trecho:

 

·        “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem.” (Mt 24.27).

 

Quando jesus vier, Ele aparecerá no meio do céu do leste para o oeste, como se fosse uma procissão (ver Salmos 113.3).

 

Segunda forma: não sequencial. Neste caso, a parte A diz que Jesus vem com as nuvens para arrebatar a Igreja e, no juízo final, todo olho o verá, incluindo o soldado que traspassou Jesus, Pôncio Pilatos, Herodes, Caifás, Anás, etc. Neste caso o que o Eterno está dizendo é:

 

·        “Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus.” (Rm 14.11).

 

Afinal, no Juízo Final, todos serão ressuscitados.

Em ambos os casos, uma coisa fica evidente: NÃO EXISTE ARREBATAMENTO SECRETO!!! Afinal, como pode ser secreto se todo olho vai ver?

 

O último dia

 

·        “E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia. Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.” (João 6.39,40).

·        “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.” (João 6.44).

·        “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.” (João 6.54).

·        “Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia.” (João 11.24).

·        “Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” (João 12.48).

 

Há três últimos dias:

 

                   1º -           O último dia do tempo dos gentios (quando ocorrerá o arrebatamento);

                   2º -           O último dia dispensação do Favor do Eterno (depois da Grande tribulação, quando Jesus vier para separar ovelhas de bodes).

                   3º -           O último dia do ser humano neste mundo (no juízo final, quando todos os justos que não ressuscitaram e todos os ímpios ressuscitarão).

 

Em relação a este último caso, é bom lembrar que, para Jesus, um dia é “como” mil anos (veja que é dito que um dia é “como”, isto é, não é exatamente mil anos, mas “como” mil anos).

Em outras palavras, o ultimo dia começará com o arrebatamento da Igreja (quando Jesus começa a reinar – Ap 11.15) e terminará com o Juízo Final.