quinta-feira, 7 de junho de 2018

170 - Salmo 90

SALMO 90: NÃO TE DESGASTES TENTANDO SAIR DA DIFICULDADE. MANTENHA FOCADO NA VIDA ETERNA E APROVEITE A LUTA PARA ENXERGAR TODA BELEZA QUE HÁ EM CRISTO.

 

O que significa este salmo? O que o Eterno queria comunicar-nos através de Moisés?

O versículo que mais me chama atenção é:

 

·        Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.” (Sl 90.12).

 

Estamos sabemos interpretar nossa vida neste mundo a ponto de saber contar nossos dias para os indivíduos ouvirem, ou ainda não achamos o sentido real da nossa vida? Quem é de Cristo precisa estar pronto para ser uma resposta a esta geração corrompida e perversa:

 

·       “Levanta-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do SENHOR vai nascendo sobre ti; porque eis que as trevas cobriram a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o SENHOR virá surgindo, e a sua glória se verá sobre ti. E os gentios caminharão à tua luz, e os reis ao resplendor que te nasceu.” (Is 60.1-3).

·       “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é o mensageiro do SENHOR dos Exércitos.” (Ml 2.7).

·        “Antes, santificai ao SENHOR Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,” (1Pe 3.15).

 

Estamos simplesmente passando pela vida ou estamos fazendo história, marcando de modo positivo cada um com quem temos contato?

Não estamos aqui só para “vermos a banda passar” ou para sofrermos as consequências dos pecados dos outros. Estamos aqui para revelarmos algo único acerca do Eterno.

 

·       “Pois todos os nossos dias vão passando na tua indignação; passamos os nossos anos como um conto que se conta.” (Sl 90.9).

 

Sendo a vida tão breve, vale a pena viver indignado?

A maioria está deste jeito: recebendo apenas a indignação do Eterno por viver em função dos pecados alheios, contrariando Lv 19.17:

 

·       “Não odiarás a teu irmão no teu coração; não deixarás de repreender o teu próximo, e por causa dele não sofrerás pecado.”

 

Embora não devamos nos calar vendo o próximo sendo alimentado com falsos testemunhos (Êx 20.16) ou ser cúmplices nas obras das trevas que eles praticam (Ef 5.11), nem por isto cabe a nós querer convencê-los de algo: isto é tarefa do Espírito do Eterno (Jo 16.8).

Por que você acha que o Eterno coloca nossas iniquidades e pecados ocultos diante de Seu rosto?

 

·       “ Diante de ti puseste as nossas iniqüidades, os nossos pecados ocultos, à luz do teu rosto.” (Sl 90.8)

 

Para que, quando orarmos a Ele, vejamos o que há em nós:

 

·       “E nisto conhecemos que somos da verdade, e diante dele asseguraremos nossos corações; sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas. Amados, se o nosso coração não nos condena, temos confiança para com Deus; e qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos o que é agradável à sua vista.” (1Jo 3.19-22).

 

É claro que, muitas vezes, como não queremos encarar a verdade, culpamos ao Eterno quando os problemas surgem e por não resolvê-los por nós imediatamente.

Entretanto, nós é colocamos o pecado diante de nós e dos indivíduos. O Eterno é tão puro de olhos que não tem prazer em ver o mal, tampouco contemplar a opressão (Habacuque 1.13). Nós é que, infelizmente, gostamos de ficar vendo e ouvido as desgraças alheias (daí o sucesso dos telejornais).

Se parássemos de ficar alimentando nosso coração com a maldade que pode haver nos corações dos outros e nos concentrássemos no que a graça de Jesus pode fazer em meio a esta (Rm 5.20), teríamos olhos bons o suficiente (Tt 1.15; Mt 6.22,23; Lc 11.33-36) para sermos luz no meio das trevas (Is 60.1; Mt 5.14-16).

Pense: por que perder tempo odiando ou intentando o mal contra os indivíduos? O que é nossa vida aqui?

 

·       “Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite.” (Sl 90.4).

 

Mesmo que vivêssemos mil anos, diante do Eterno, isto é como o dia de ontem que passou.

 

·       “Tu os levas como uma corrente de água; são como um sono; de manhã são como a erva que cresce. De madrugada floresce e cresce; à tarde corta-se e seca.” (Sl 90.5,6).

 

Afinal, o que é mil anos comparado com a eternidade?

 

·       “SENHOR, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração. Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, mesmo de eternidade a eternidade, tu és Deus.” (Sl 90.1,2).

 

Mordemos e devoramos a nós e aos outros (Gl 5.15) para desfrutarmos dos prazeres transitórios de pecado e, no final, não levamos para o outro mundo nem mesmo o nosso corpo. Logo, de que adiantaria ganhar o mundo inteiro para dele desfrutar intensamente por mil anos e depois ser condenado a passar a eternidade separado da paz, da felicidade e do amor?

Ao invés de ficarmos insistindo na nossa vontade, é mais conveniente nos refugiarmos em Jesus. Mesmo porque Ele é um refúgio que nunca envelhece ou acaba. Logo, podemos nos refugiar em Jesus na certeza de que Ele sempre estará disponível para nos dar exatamente o que precisamos.

Se no Rio de Vida tem o que precisamos, então por que querer sair Dele para conseguir algo? Por que desejarmos algo que, embora esteja na presença de Cristo, nada tem haver com Ele? O que pode haver de bom fora de Cristo ou que nada tenha a ver com ele?

Considere, ainda, que nossa vida é bem menos significante que mil anos:

 

·       “Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando” (Sl 90.10).

·       O homem, nascido da mulher, é de poucos dias e farto de inquietação. Sai como a flor, e murcha; foge também como a sombra, e não permanece.” (Jó 14.1,2).

·       “Uma voz diz: Clama; e alguém disse: Que hei de clamar? Toda a carne é erva e toda a sua beleza como a flor do campo. Seca-se a erva, e cai a flor, soprando nela o Espírito do SENHOR. Na verdade o povo é erva. Seca-se a erva, e cai a flor, porém a palavra de nosso Deus subsiste eternamente.” (Is 40.6-8).

·       “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre. Porque Toda a carne é como a erva, E toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor; mas a palavra do SENHOR permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada.” (1Pe 1.23-25).

 

Logo, não há tempo para “tentativas e erros” (ainda mais considerando que cada erro traumatiza o coração nosso e dos indivíduos à nossa volta).

Vem então a pergunta: vale a pena ser vaso da ira do Eterno? Vale a pena ser consumido pela ira Dele?

 

·       “Pois somos consumidos pela tua ira, e pelo teu furor somos angustiados.” (Sl 90.7);

·       “E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição; para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?” (Rm 9.22-24).

 

Acaso queremos ser conduzidos pelo Eterno em meio às tentações da nossa carne (contrariando a oração de Jesus – Mateus 6.13)?

Muitas vezes culpamos Jesus por endurecer nosso coração. Contudo, Jesus nunca força ninguém a nada (muito menos a pecar contra Ele). O que Ele faz é usar a Seu favor toda a disposição mental reprovável (Rm 1.28) de quem se recusa a segui-Lo para tratar os corações dos Seus filhos e, principalmente, para mostrar como Sua graça é muito mais abundante do que qualquer mal que alguém pode intentar contra nós (Rm 5.20).

Enfim, porque ter que sofrer primeiro para depois buscar Jesus, sendo que podemos fazer isto desde já? Mesmo porque, o contato prolongado com o pecado deixe alguém tão endurecido que, por fim, nem toda a abundância do Rio de Vida conseguirá penetrar toda a aridez do solo impermeável no qual o coração se transformou.

E o pior é que, muitas vezes culpamos o Eterno pelas desventuras que nos sucedem:

 

·       “Tu reduzes o homem à destruição; e dizes: Tornai-vos, filhos dos homens.” (Sl 90.3).

 

Embora o Eterno permita certas coisas na nossa vida a fim de nos apartar do caminho mau, o objetivo Dele não é nos reduzir à destruição. É a impiedade do homem que acaba fazendo mal ao próprio indivíduo:

 

·       “O homem bom cuida bem de si mesmo, mas o cruel prejudica o seu corpo.” (Pv 11.17).

 

O Eterno tão somente entrega quem se deixa tomar pela cobiça (Pv 1.19) à sua própria disposição mental reprovável (Rm 1.28).

Muitas vezes clamamos:

 

·       “Volta-te para nós, SENHOR; até quando? Aplaca-te para com os teus servos.” (Sl 90.13).

 

Mas não é Jesus quem se afasta. Veja o caso de Adão: ao pecar, o Eterno foi até ele; ele é que fugiu e se escondeu (Gn 3.8).

Muitas vezes achamos que o Eterno é severo:

 

·       “Quem conhece o poder da tua ira? Segundo és tremendo, assim é o teu furor.” (Sl 90.11)

 

Contudo, Ele não aflige, nem entristece de bom grado os filhos dos homens (Mq 7.18). E nós não somos consumidos porque Sua misericórdia se renova a cada dia (Lm 3.21,22) e Ele não muda (Ml 3.6). O ser humano é que faz questão de ver toda a Sua ira sendo derramada (seja diretamente ou por meio da ira dos outros, como por exemplo, das autoridades) sobre todos aqueles que ele considera merecedor de sofrimento.

Vale a pena se desgastar tanto, ficar intentando o mal ao invés de dormir tranquilamente (Mq 2.1)? Vale a pena usar o tempo que deveria nos servir de descanso para pensar em modos mais eficazes de tirar proveito do próximo? Só iremos descansar quando não houver mais forças em nós ou quando tudo que podíamos pensar ou fazer contra o próximo já tiver sido concluído?

 

Ao invés de ficarmos remoendo o mal que nos foi feito, procuremos conhecer, através da oração e meditando na Escritura Sagrada, qual a aliança de Jesus conosco (Sl 25.14). A partir do momento que soubermos quem somos e qual a nossa missão neste mundo, veremos que tudo que nos acontece é, na verdade, sinal que visa apontar para nós o caminho a ser seguido.

Com base nisto, entregue todos os teus caminhos a Jesus, confia Nele e Ele proverá para ti tudo o que você precisa para o dia seguinte enquanto você dorme (Salmo 37.5-6; 127.1,2). Descansa no Senhor Jesus, espere Nele (Sl 37.7), sem jamais esquecer de buscar Seu Reino e Justiça (Mt 6.33). Ele já sabe de antemão tudo que precisas e prometeu prover isto com Sua glória agindo em ti (Ef 3.20,21; Fp 4.19).

 

·       “Farta-nos de madrugada com a tua benignidade, para que nos regozijemos, e nos alegremos todos os nossos dias.” (Sl 90.14).

 

Ao invés de ficarmos com os nossos olhos fixos nas perdas, vamos nos concentrar nas riquezas que Jesus tem para nós. Ao invés de nos desgastarmos e nos fatigarmos tentando ajuntar riquezas, achemos o nosso contentamento na presença de Jesus e naquilo que Ele tem para nós:

 

·       “Não te fatigues para enriqueceres; e não apliques nisso a tua sabedoria. Porventura fixarás os teus olhos naquilo que não é nada? porque certamente criará asas e voará ao céu como a águia.” (Pv 23.4,5).

 

Descansa no Senhor Jesus e espera Nele e, verdadeiramente, serás alimentado (Sl 37.3):

 

·       “Alegra-nos pelos dias em que nos afligiste, e pelos anos em que vimos o mal.” (Sl 90.15).

 

Ao invés de ficarmos revoltados com o mal que nos foi feito, com as coisas ruins que estão acontecendo conosco, busquemos nossa alegria unicamente na companhia de Jesus (em ouvir Sua voz – Jo 3.29) a fim de que possamos ter nossos desejos satisfeitos pela Sua presença em nós (Sl 37.4).

Mais ainda: procuremos sempre achar a alegria sobrenatural do Eterno em meio aos dias em que somos afligidos. A verdadeira graça do Eterno está em regozijarmos sempre, orarmos sem cessar e em tudo dar graças (1Ts 5.16-18).

Sobretudo, tenhamos cuidado para que, tal como Jó e seus servos, não confundamos a ação de Ha-Satan com a do Eterno (Jó 1.16). Muitas vezes não é o Eterno que está nos afligindo: nós é que estamos colhendo o que semeamos.

Ainda assim, o Eterno quer mostrar a força Dele e nos dar vitória sobre nós mesmos e sobre os erros que cometemos:

 

·       “Apareça a tua obra aos teus servos, e a tua glória sobre seus filhos.” (Sl 90.16).

 

O que precisamos é ter bons olhos (Mt 6.22,23; Lc 11.33-36) para sabermos enxergar a bênção do Eterno que está bem na nossa frente.

Muitas vezes estamos querendo que a obra do Eterno apareça, sendo que, na verdade, ela já foi feita e está bem pertinho de nós (medite em Mateus 13.44-46, onde a riqueza foi achava exatamente onde estava aquele que estava buscando).

 

·       “E seja sobre nós a formosura do SENHOR nosso Deus, e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos.” (Sl 90.17).

 

Todavia, é preciso que tenhamos consciência de que o principal é enxergarmos a formosura do Eterno, visto que a beleza da Sua santidade é o lugar onde devemos adorar (Sl 29.2; 96.9). Em outras palavras, apenas devemos desejar que obra das nossas mãos seja confirmada sobre nós (ou seja, como algo a direcionar a nossa vida). Mas isto só acontecerá se estivermos no lugar onde tudo aquilo que o Eterno é se manifesta continuamente.

Repito: a obra das nossas mãos só merecem ser confirmadas se são, na verdade, uma expressão da obra do Eterno. Do contrário, nossas obras não passam de trapos de imundície e merecem, por isto, serem aniquiladas.

Com base nisto, desejo que você passe tua vida onde você possa enxergar toda a beleza de Cristo que é possível ser vista por um ser humano.

 

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