SALMO 90: NÃO TE
DESGASTES TENTANDO SAIR DA DIFICULDADE. MANTENHA FOCADO NA VIDA ETERNA E
APROVEITE A LUTA PARA ENXERGAR TODA BELEZA QUE HÁ EM CRISTO.
O que significa este salmo? O que o Eterno queria
comunicar-nos através de Moisés?
O versículo que mais me chama atenção é:
·
Ensina-nos a contar
os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.” (Sl 90.12).
Estamos sabemos interpretar nossa vida neste
mundo a ponto de saber contar nossos dias para os indivíduos ouvirem, ou ainda
não achamos o sentido real da nossa vida? Quem é de Cristo precisa estar pronto
para ser uma resposta a esta geração corrompida e perversa:
·
“Levanta-te, resplandece, porque vem a
tua luz, e a glória do SENHOR vai nascendo sobre ti; porque eis que as trevas
cobriram a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o SENHOR virá surgindo,
e a sua glória se verá sobre ti. E os gentios caminharão à tua luz, e os reis
ao resplendor que te nasceu.” (Is 60.1-3).
·
“Porque os lábios do sacerdote devem
guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é
o mensageiro do SENHOR dos Exércitos.” (Ml 2.7).
·
“Antes, santificai ao SENHOR Deus em
vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor
a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,” (1Pe 3.15).
Estamos simplesmente passando pela vida ou
estamos fazendo história, marcando de modo positivo cada um com quem temos
contato?
Não estamos aqui só para “vermos a banda passar”
ou para sofrermos as consequências dos pecados dos outros. Estamos aqui para
revelarmos algo único acerca do Eterno.
·
“Pois todos os nossos dias vão passando na
tua indignação; passamos os nossos anos como um conto que se conta.” (Sl 90.9).
Sendo a vida tão breve, vale a pena viver
indignado?
A maioria está deste jeito: recebendo apenas a
indignação do Eterno por viver em função dos pecados alheios, contrariando Lv 19.17:
·
“Não odiarás a teu irmão no teu coração;
não deixarás de repreender o teu próximo, e por causa dele não sofrerás
pecado.”
Embora não devamos nos calar vendo o próximo
sendo alimentado com falsos testemunhos (Êx 20.16) ou ser cúmplices nas obras das trevas que eles praticam (Ef 5.11), nem por isto cabe a nós
querer convencê-los de algo: isto é tarefa do Espírito do Eterno (Jo 16.8).
Por que você acha que o Eterno coloca nossas
iniquidades e pecados ocultos diante de Seu rosto?
·
“ Diante de ti puseste as
nossas iniqüidades, os nossos pecados ocultos, à luz
do teu rosto.” (Sl 90.8)
Para que, quando orarmos a Ele, vejamos o que há
em nós:
·
“E nisto conhecemos que somos da
verdade, e diante dele asseguraremos nossos corações; sabendo que, se o nosso
coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as
coisas. Amados, se o nosso coração não nos condena, temos confiança para com
Deus; e qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos
os seus mandamentos, e fazemos o que é agradável à sua vista.” (1Jo 3.19-22).
É claro que, muitas vezes, como não queremos
encarar a verdade, culpamos ao Eterno quando os problemas surgem e por não resolvê-los por nós imediatamente.
Entretanto, nós é colocamos o pecado diante de
nós e dos indivíduos. O Eterno é tão puro de olhos que não tem prazer em ver o
mal, tampouco contemplar a opressão (Habacuque
1.13). Nós é
que, infelizmente, gostamos de ficar vendo e ouvido as desgraças alheias (daí o sucesso dos telejornais).
Se parássemos de ficar alimentando nosso coração
com a maldade que pode haver nos corações dos outros e nos concentrássemos no
que a graça de Jesus pode fazer em meio a esta (Rm 5.20), teríamos olhos bons o suficiente (Tt 1.15; Mt
6.22,23; Lc 11.33-36) para sermos luz no meio das trevas (Is 60.1; Mt
5.14-16).
Pense: por que perder tempo odiando ou intentando
o mal contra os indivíduos? O que é nossa vida aqui?
·
“Porque mil anos são aos teus olhos como o
dia de ontem que passou, e como a vigília da noite.” (Sl 90.4).
Mesmo que vivêssemos mil anos, diante do Eterno, isto é como o dia de ontem que passou.
·
“Tu os levas como uma corrente de água; são
como um sono; de manhã são como a erva que cresce. De madrugada floresce e
cresce; à tarde corta-se e seca.” (Sl 90.5,6).
Afinal, o que é mil anos comparado com a eternidade?
·
“SENHOR, tu tens sido o nosso refúgio, de
geração em geração. Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra
e o mundo, mesmo de eternidade a eternidade, tu és Deus.” (Sl 90.1,2).
Mordemos e devoramos a nós e aos outros (Gl 5.15) para desfrutarmos dos
prazeres transitórios de pecado e, no final, não levamos para o outro mundo nem
mesmo o nosso corpo. Logo, de que adiantaria ganhar o mundo inteiro para dele
desfrutar intensamente por mil anos e depois ser condenado a passar a eternidade
separado da paz, da felicidade e do amor?
Ao invés de ficarmos insistindo na nossa vontade,
é mais conveniente nos refugiarmos em Jesus. Mesmo porque Ele é um refúgio que
nunca envelhece ou acaba. Logo, podemos nos refugiar em Jesus na certeza de que
Ele sempre estará disponível para nos dar exatamente o que precisamos.
Se no Rio de Vida tem o que precisamos, então por
que querer sair Dele para conseguir algo? Por que
desejarmos algo que, embora esteja na presença de Cristo, nada tem haver com Ele? O que pode haver de bom fora de Cristo ou
que nada tenha a ver com ele?
Considere, ainda, que nossa vida é bem menos
significante que mil anos:
·
“Os dias da nossa vida chegam a setenta
anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é
canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando” (Sl 90.10).
·
O homem, nascido da mulher, é de poucos
dias e farto de inquietação. Sai como a flor, e murcha; foge também como a
sombra, e não permanece.” (Jó 14.1,2).
·
“Uma voz diz: Clama; e alguém disse: Que
hei de clamar? Toda a carne é erva e toda a sua beleza como a flor do campo.
Seca-se a erva, e cai a flor, soprando nela o Espírito do SENHOR. Na verdade o povo é erva. Seca-se a erva, e cai a flor,
porém a palavra de nosso Deus subsiste eternamente.” (Is 40.6-8).
·
“Sendo de novo gerados, não de semente
corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece
para sempre. Porque Toda a carne é como a erva, E toda a glória do homem como a
flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor; mas a palavra do SENHOR
permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada.” (1Pe 1.23-25).
Logo, não há tempo para “tentativas e erros” (ainda mais considerando que cada erro traumatiza o coração
nosso e dos indivíduos à nossa volta).
Vem então a pergunta: vale a pena ser vaso da ira
do Eterno? Vale a pena ser consumido pela ira Dele?
·
“Pois somos consumidos pela tua ira, e pelo
teu furor somos angustiados.” (Sl 90.7);
·
“E que direis se Deus, querendo mostrar
a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos
da ira, preparados para a perdição; para que também desse a conhecer as
riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes
preparou, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus,
mas também dentre os gentios?” (Rm 9.22-24).
Acaso queremos ser conduzidos pelo Eterno em meio
às tentações da nossa carne (contrariando a oração de Jesus –
Mateus 6.13)?
Muitas vezes culpamos Jesus por endurecer nosso
coração. Contudo, Jesus nunca força ninguém a nada (muito menos a pecar contra Ele). O que Ele faz é usar a Seu favor toda a
disposição mental reprovável (Rm
1.28) de
quem se recusa a segui-Lo para tratar os corações dos Seus filhos e,
principalmente, para mostrar como Sua graça é muito mais abundante do que
qualquer mal que alguém pode intentar contra nós (Rm 5.20).
Enfim, porque ter que sofrer primeiro para depois
buscar Jesus, sendo que podemos fazer isto desde já? Mesmo porque, o contato
prolongado com o pecado deixe alguém tão endurecido que, por fim, nem toda a abundância
do Rio de Vida conseguirá penetrar toda a aridez do solo impermeável no qual o
coração se transformou.
E o pior é que, muitas vezes culpamos o Eterno
pelas desventuras que nos sucedem:
·
“Tu reduzes o homem à destruição; e dizes:
Tornai-vos, filhos dos homens.” (Sl 90.3).
Embora o Eterno permita certas coisas na nossa
vida a fim de nos apartar do caminho mau, o objetivo Dele
não é nos reduzir à destruição. É a impiedade do homem que acaba fazendo mal ao
próprio indivíduo:
·
“O homem bom cuida bem de si mesmo, mas
o cruel prejudica o seu corpo.” (Pv 11.17).
O Eterno tão somente entrega quem se deixa tomar
pela cobiça (Pv
1.19) à sua
própria disposição mental reprovável (Rm 1.28).
Muitas vezes clamamos:
·
“Volta-te para nós, SENHOR; até quando?
Aplaca-te para com os teus servos.” (Sl 90.13).
Mas não é Jesus quem se afasta. Veja o caso de
Adão: ao pecar, o Eterno foi até ele; ele é que fugiu e se escondeu (Gn 3.8).
Muitas vezes achamos que o Eterno é severo:
·
“Quem conhece o poder da tua ira? Segundo
és tremendo, assim é o teu furor.” (Sl 90.11)
Contudo, Ele não aflige, nem entristece de bom
grado os filhos dos homens (Mq
7.18). E nós
não somos consumidos porque Sua misericórdia se renova a cada dia (Lm 3.21,22) e Ele não muda (Ml 3.6).
O ser humano é que faz questão de ver toda a Sua ira sendo derramada (seja diretamente ou por meio da ira dos outros, como por
exemplo, das autoridades)
sobre todos aqueles que ele considera merecedor de sofrimento.
Vale a pena se desgastar tanto, ficar intentando
o mal ao invés de dormir tranquilamente (Mq 2.1)? Vale a pena usar o tempo que deveria nos servir de descanso
para pensar em modos mais eficazes de tirar proveito do próximo? Só iremos
descansar quando não houver mais forças em nós ou quando tudo que podíamos
pensar ou fazer contra o próximo já tiver sido concluído?
Ao invés de ficarmos remoendo o mal que nos foi
feito, procuremos conhecer, através da oração e meditando na Escritura Sagrada,
qual a aliança de Jesus conosco (Sl 25.14). A partir do momento que soubermos quem somos e qual a nossa
missão neste mundo, veremos que tudo que nos acontece é, na verdade, sinal que
visa apontar para nós o caminho a ser seguido.
Com base nisto, entregue todos os teus caminhos a
Jesus, confia Nele e Ele proverá para ti tudo o que você precisa para o dia
seguinte enquanto você dorme (Salmo 37.5-6; 127.1,2). Descansa no Senhor
Jesus, espere Nele (Sl 37.7), sem jamais esquecer de buscar Seu Reino e Justiça (Mt 6.33). Ele já sabe de antemão
tudo que precisas e prometeu prover isto com Sua glória agindo em ti (Ef 3.20,21; Fp
4.19).
·
“Farta-nos de madrugada com a tua
benignidade, para que nos regozijemos, e nos alegremos todos os nossos dias.” (Sl 90.14).
Ao invés de ficarmos com os nossos olhos fixos
nas perdas, vamos nos concentrar nas riquezas que Jesus tem para nós. Ao invés
de nos desgastarmos e nos fatigarmos tentando ajuntar riquezas, achemos o nosso
contentamento na presença de Jesus e naquilo que Ele tem para nós:
·
“Não te fatigues para enriqueceres; e
não apliques nisso a tua sabedoria. Porventura fixarás os teus olhos naquilo
que não é nada? porque certamente criará asas e voará ao céu como a águia.” (Pv 23.4,5).
Descansa no Senhor Jesus e espera
Nele e, verdadeiramente, serás alimentado (Sl 37.3):
·
“Alegra-nos pelos dias em que nos
afligiste, e pelos anos em que vimos o mal.” (Sl 90.15).
Ao invés de ficarmos revoltados com o mal que nos
foi feito, com as coisas ruins que estão acontecendo
conosco, busquemos nossa alegria unicamente na companhia de Jesus (em ouvir Sua voz – Jo 3.29) a fim de que possamos
ter nossos desejos satisfeitos pela Sua presença em nós (Sl 37.4).
Mais ainda: procuremos sempre achar a alegria
sobrenatural do Eterno em meio aos dias em que somos afligidos. A verdadeira
graça do Eterno está em regozijarmos sempre, orarmos sem cessar e em tudo dar
graças (1Ts 5.16-18).
Sobretudo, tenhamos cuidado para que, tal como Jó
e seus servos, não confundamos a ação de Ha-Satan com
a do Eterno (Jó 1.16). Muitas vezes não é o
Eterno que está nos afligindo: nós é que estamos colhendo o que semeamos.
Ainda assim, o Eterno quer mostrar a força Dele e nos dar vitória sobre nós mesmos e sobre os
erros que cometemos:
·
“Apareça a tua obra aos teus servos, e a
tua glória sobre seus filhos.” (Sl 90.16).
O que precisamos é ter bons olhos (Mt 6.22,23; Lc
11.33-36)
para sabermos enxergar a bênção do Eterno que está bem na nossa frente.
Muitas vezes estamos querendo que a obra do
Eterno apareça, sendo que, na verdade, ela já foi feita e está bem pertinho de
nós (medite em Mateus 13.44-46, onde a riqueza foi achava
exatamente onde estava aquele que estava buscando).
·
“E seja sobre nós a formosura do SENHOR
nosso Deus, e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra
das nossas mãos.” (Sl 90.17).
Todavia, é preciso que tenhamos consciência de
que o principal é enxergarmos a formosura do Eterno, visto que a beleza da Sua
santidade é o lugar onde devemos adorar (Sl 29.2; 96.9). Em outras palavras, apenas devemos desejar que
obra das nossas mãos seja confirmada sobre nós (ou seja, como
algo a direcionar a nossa vida). Mas isto só acontecerá se estivermos no lugar onde tudo
aquilo que o Eterno é se manifesta continuamente.
Repito: a obra das nossas mãos
só merecem ser confirmadas se são, na verdade, uma expressão da obra do
Eterno. Do contrário, nossas obras não passam de trapos de imundície e merecem,
por isto, serem aniquiladas.
Com base nisto, desejo que você passe tua vida
onde você possa enxergar toda a beleza de Cristo que é possível ser vista por
um ser humano.
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