sábado, 9 de julho de 2022

0205 - PASSAGEM DOS TRABALHADORES DA VINHA

 

PASSAGEM DOS TRABALHADORES DA VINHA

 

Quando lemos esta passagem, a nossa tendência é pensar que o dono da vinha era injusto. Afinal, por nossa lógica, que trabalha mais merecem ganhar mais.

 

No entanto, a primeira coisa que precisamos observar é que Jesus disse acerca desta passage:

 

·       Mt 20:1 -> Porque o *reino dos céus* é semelhante a um homem, pai de família, que saiu de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha.”. 

 

O padrão de justiça deste mundo é diferente do padrão de justiça do Reino dos Céus. É suficiente pensar que, aqui, quem comete um crime, deve pagar por seus próprios erros e delitos. No entanto, espiritualmente, nós pecamos e, no entanto, foi Jesus quem pagou pelos nossos crimes.

 

O que acontece é que:

 

·       no Reino da Terra as pessoas ganham em conformidade com o que fazem. O pagamento é uma dívida (como era no Antigo Testamento):

 

o   Rm 4:4 -> “Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida.”.

 

·       No Reino do Céu as pessoas ganham de acordo com a graça e misericórdia de Jesus. As pessoas recebem de Jesus sem serem dignas disto, só por acreditarem em Sua justiça perfeita e terem prazer em Sua salvação (Sl 13:5; 18:35; 20:5; 21:1; 40:16; 51:12; 70:4; 119:81,123,166,174) ao ponto de manifestarem isto para a glória de Seu nome:

 

o   Rm 4:5 -> “Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça.”.

 

Em outras palavras, devemos receber com gratidão a bênção que Ele preparou para nós em vez de esperar Nele a bênção que nossa alma deseja ardentemente. O prazer não é apenas no resultado e recompensa, mas no processo, em virtude de sabermos que estamos fazendo algo muito importante e pelo privilégio de ficar perto do Dono da Vinha (ver João 3:29) e Seus outros trabalhadores.

 

·       No Reino do Criador, o que é importante são as pessoas que crêem Nele e têm prazer em ouvir e servi-Lo com amor:

 

o   Lc 17:20,21 -> “ E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós.”.

 

·       No Reino dos homens, o que é importante são as obras (os resultados) e a recompensa que vem com elas.

 

 

Baseado nisso, agora, é mais fácil entender esta passagem. Um dos grandes problemas conosco é que estamos acostumados a julgar as pessoas. Nós não nos preocupamos com suas motivações ou o que eles estão passando, mas apenas em suas ações. Se tentarmos buscar em Cristo saber isto, bem como o desejo de Jesus Cristo para eles, poderíamos encontrar o caminho mais excelente (o amor - 1Co 12:31) para resolvermos os problemas.

 

Assim, vamos conhecer melhor este dono da vinha:

 

1 - Por que ele saiu para contratar trabalhadores para a sua vinha?

 

Certamente, não foi porque ele precisava aumentar seus ganhos. Caso contrário, por que ele contrataria trabalhadores na nona e undécima hora? Que diferença isso faria?

 

A única explicação é que havia muitos trabalhadores que precisavam deste trabalhoa fim de suprirem a casa deles e o proprietário da vinha queria abençoar a maior quantidade de pessoas possível.

 

2 – Por que, então, ele não simplesmente dava dinheiro para eles?

 

Porque ele desejava abençoar apenas aqueles que têm prazer em trabalhar. Quanto mais a pessoa deleita em ser útil, maior a prioridade em ser abençoado. Daí Jesus dizer:

 

·       Mt 20:16 -> “Assim os derradeiros serão primeiros, e os primeiros derradeiros; porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos..

 

3 – O que o proprietário fez para descobrir a disposição deles no trabalho?

 

Primeiro, ele saiu para contratar trabalhadores em momentos específicos, lidando com eles de uma forma peculiar.

 

Com os primeiros trabalhadores, ele estabeleceu um contrato de emprego. Eles foram pensando apenas no salário:

 

·       Mt 20:2 -> “E, ajustando com os trabalhadores a um dinheiro por dia, mandou-os para a sua vinha.”. 

 

Com o segundo, terceiro e quarto trabalhadores, ele prometeu dar o que era justo. Isso é dizer: o foi confiar na sua justiça:

 

·       Mt 20:3-5 -> “E, saindo perto da hora terceira, viu outros que estavam ociosos na praça, e disse-lhes: Ide vós também para a vinha, e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram. Saindo outra vez, perto da hora sexta e nona, fez o mesmo.”.

 

Com os trabalhadores da última hora, o proprietário não prometeu nada (embora existam versões que os igualam aos trabalhadores anteriores). Eles foram principalmente pelo privilégio de trabalhar:

 

·       Mt 20:6,7 -> “E, saindo perto da hora undécima, encontrou outros que estavam ociosos, e perguntou-lhes: Por que estais ociosos todo o dia? Disseram-lhe eles: Porque ninguém nos assalariou. Diz-lhes ele: Ide vós também para a vinha, e recebereis o que for justo.”.

 

Depois, ele foi pagar cada um, começando pelos últimos.

 

·       Mt 20:8 -> “E, aproximando-se a noite, diz o senhor da vinha ao seu mordomo: Chama os trabalhadores, e paga-lhes o jornal, começando pelos derradeiros, até aos primeiros.”.

 

Por que ele agiu assim?

 

Porque, como foi dito anteriormente, ele tinha prazer em agraciar, primeiro, aqueles que têm mais prazer em fazer o que é bom.

 

Você pode perguntar: “Por que os últimos trabalhadores tinham mais disposição em trabalhar?”.

 

Entenda! Quando o proprietário saiu para contratar trabalhadores, por que ele encontrou apenas um pequeno grupo a princípio? Onde estavam os outros?

 

Bem, certamente, eles não eram vagabundos. Caso contrário, eles ficariam em casa ou em uma festa. É provável que eles tentaram encontrar trabalho em outras fazendas enquanto a caminho do mercado. Afinal, a distância do mercado até a casa de cada um variava. Era mais conveniente encontrar o serviço perto de casa.

 

Os trabalhadores da última hora gastaram todo o dia tentando encontrar um trabalho. Eles só foram para o mercado quando não havia mais nenhuma opção restante. Eles poderiam ir para suas casas mais cedo depois de um dia frustrante. Mas não! Eles ficaram cheios de expectativa de que, ainda que por uma hora, eles poderiam ser úteis para alguém.

 

Note que o proprietário não fez nenhuma promessa para eles. Além disso, o que eles poderiam esperar em receber por trabalharem por tão pouco tempo? No entanto, para eles o que era importante é o privilégio de irem para a casa deles sabendo que eles puderem ser uma bênção, ainda que por alguns momentos.

 

Os outros trabalhadores, embora estivessem prontos para trabalhar, desistiram de procurar um serviço mais cedo.

 

Para ser mais claro: quando cada trabalhador chegou ao mercado e não encontrou ninguém para contratá-los, eles foram para as fazendas mais próximas para encontrar serviço em vez de ficar parado no mercado, esperando que alguém fosse lá para contratá-los.

 

Logo, o proprietário encontrou cada trabalhador apenas quando eles desistiram de encontrar um serviço. Assim:

 

     Os trabalhadores da terceira hora desistiram mais cedo;

     Os trabalhadores da sexta hora demorarm um pouco mais até desistirem;

     Os trabalhadores da nona hora só desistiram após 9 horas de busca.

     Os trabalhadores da última hora, mesmo no último momento, não perderam a esperança.

 

Daí o proprietário pagar começando do último para o primeiro. Quanto mais tarde foi o tempo que o proprietário demorou para encontrar estes trabalhadores no mercado, maior foi o esforço deles a fim encontrar trabalho.

 

Tenha um bom dia sendo o primeiro a servir e o último em esperar recompensa e, certamente, não só você será abençoado, mas será uma bênção, enquanto esperando na justiça de Jesus Cristo.

 

Assim, não pense em julgar o Criador quando você não compreende Sua bondade para com os pecadores:

 

·       Mt 5:44,45 -> “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.”.

 

Pelo contrário:

 

·       Mt 5:48 -> “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.”.

 

Portanto, se você for a vítima de alguma maldade, fique em oração, recordando que:

 

·       Lc 18:7,8 -> “E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?”.

 

Pode ter certeza de que o Criador vai julgar a tua causa na hora certa. No entanto, que tipo de fé o Criador encontrará em você? Você acha que o Criador deve agir conforme teu padrão de justiça?

 

Infelizmente, no passado, Israel desejou isto:

 

·       Ez 18:25 -> “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é direito. Ouvi agora, ó casa de Israel: Porventura não é o meu caminho direito? Não são os vossos caminhos tortuosos?”.

·       Ez 18:29-32 -> “Contudo, diz a casa de Israel: O caminho do Senhor não é direito. Porventura não são direitos os meus caminhos, ó casa de Israel? E não são tortuosos os vossos caminhos? Portanto, eu vos julgarei, cada um conforme os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor DEUS. Tornai-vos, e convertei-vos de todas as vossas transgressões, e a iniqüidade não vos servirá de tropeço. Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes, e fazei-vos um coração novo e um espírito novo; pois, por que razão morreríeis, ó casa de Israel? Porque não tenho prazer na morte do que morre, diz o Senhor DEUS; convertei-vos, pois, e vivei.”.

 

Talvez você esteja perguntando: mas, qual é o problema com o nosso senso de justiça?

 

1 – Nossa equidade é emocional, baseado no que estamos sentindo, em nossos conceitos e valores, e não nos princípios da Sagrada Escritura.

 

2 – Nossa equidade é egoísta, com base no que ganharemos.

 

Os primeiros trabalhadores pensaram que tinham o direito de receber mais. Infelizmente, muitos crentes pensam isso em relação ao Criador. No entanto, é impossível o Criador abençoar alguém mais do que Ele abençoe. Afinal, Ele nos abençoa com abundância:

 

·       Lc 6:38 -> “Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo..

·       Jo 3:34 -> “Porque aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus; pois não lhe dá Deus o Espírito por medida.”.

·       Jo 10:10 -> “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.”.

 

O limite está apenas em nós:

 

·       Jo 16:12 -> Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.”.

·       2Co 6:11-13 -> “Ó coríntios, a nossa boca está aberta para vós, o nosso coração está dilatado. Não estais estreitados em nós; mas estais estreitados nos vossos próprios afetos. Ora, em recompensa disto, ( falo como a filhos ) dilatai-vos também vós.”.

 

Espiritualmente, a bênção de Jesus é como o maná, que é dado em conformidade com o que cada um pode comer (2Co 8:14,15). Isto foi o Criador prometeu nos dar. Não pense em receber mais, a menos que você esteje disposto a usar tudo para ser uma bênção na vida de mais pessoas. Neste caso, você irái transbordar rios de água viva provenientes de Sua graça e sabedoria múltiplas (João 4:13,14; 7:37-39; Ef 3:10; 1Pedro 4:10).

 

Mas lembre-se:

 

·       Lc 12:48 -> “Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.”.

 

3 – Nossa equidade é egocêntrica, baseada no que merecemos (e o pior: comparando o nosso nível de aceitação e recompensa com o recebido por outras pessoas). Neste caso, quando o Criador é gracioso, bondoso para com nossos inimigos, nossa tendência é ficar espantado.

 

Não é em vão que o Criador fez do Reino do Céu uma sociedade, de modo que possamos nos preocupar com os outros quando eles sofrem (a idéia é que, se um membro sofre, todos sofram com eles - 1Co 12:21-26).

 

Sem isso, o sofrimento de uma pessoa não nos machucaria, o que nos faria deleitar com a vingança daqueles que consideramos dignos de sentir dor.

 

No entanto, devemos encontrar prazer na bondade do Criador, independentemente se as pessoas merecem ou não.

 

A próposito: as últimas pessoas que imaginamos que poderiam receber a salvação, podem ser as primeiras a serem salvas.

 

Então, tenha um bom dia almejando que o Senhor da Vinha possa trazer mais trabalhadores para Sua grande colheita (Lucas 10:2).

 

Tenha em mente: o importante não é o tempo trabalhado. O que importa é obedecer à vocação (Mt 24:13), cumprir a missão, independentemente do tempo da missão (cumprindo a missão com fidelidade, vamos receber a mesma recompensa, visto que todos fizemos a mesma coisa: fomos fiéis ao Criador e Sua vontade para nós).

 

A verdade é que ninguém tem qualquer mérito:

 

·       Rm 3:9 -> “Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado;”.

·       Rm 11:32 -> “Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia.”.

 

Logo, o Criador não tem obrigação de dar conta de seus atos:

 

·       Rm 11:34 -> “Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro?.

Mesmo porque não temos nada. Tudo pertence a Ele (Sl 24:1):

 

·       Rm 11:36 -> “Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.”.

 

Logo:

 

·       1Co 4:7 -> “Porque, quem te faz diferente? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não o houveras recebido?”.

 

Recorde que os primeiros trabalhadores pensaram que tinham algo. Todavia, todo o dom deles foi, em primeiro lugar, dado pelo Criador. Todos nós viemos a este mundo sem nada (embora nasçamos com a mão fechada, como se tivéssemos trazido conosco algo precioso, na verdade, a mão de todo o bebê vem vazia).

 

Enquanto não acreditarmos que não somos dignos de nada de bom, vamos sempre tentar ser melhores do que Jesus, buscando corrigir tudo o que é, diante de nossos olhos, injusto. Neste caso, a mesma pergunta que Jesus fez aos apóstolos cabe a nós:

 

·       Jo 6:67 -> “Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos?”.

 

Vamos partir de Sua presença tentando resolver as coisas por nós mesmos e do nosso jeito, ou nós realmente acreditaremos que ele é o único Salvador?

 

·       Jo 6:68,69 -> “Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho do Deus vivente.”. 

 

A pergunta de Pedro é muito pertinente: "para quem iremos nós?" No caso dos primeiros trabalhadores: "Se soubessem, previamente, que o proprietário lidaria com eles como ele fez, o que eles fariam? Eles trabalhariam para quem? Ou ficariam sem provisão para sua família? Lembre-se que os trabalhadores da última hora não encontraram nenhum serviço, apesar de todo o esforço.

 

Enfim: somos recompensados, não de acordo com nosso trabalho, mas de acordo com Sua generosidade. Jesus é o foco (Sua graça, misericórdia, bondade) e louvado seja o Senhor Jesus para isso! Afinal de contas, considerando que todos nós somos maus (Mat 19:17; Marcos 10:18; Lucas 18:19; 11:13) e nossas obras são trapos de imundície (Isa 64:6), se nós recebêssemos de acordo com nossa capacidade, força, etc. , só receberíamos o mal.

 

Infelizmente, os primeiros trabalhadores não viram o privilégio de serem usados (empregados) para algo bom. Do mesmo modo, muitas pessoas não percebem que servir o Criador é muito melhor do que viver uma vida sem sentido.

 

Portanto, só não trabalha para Jesus que não deseja. O Senhor da vinha (Igreja) vai para a praça deste mundo várias vezes, para que todos os desocupados possam ter a chance de trabalhar em sua vinha em vez de servirem ao pecado:

 

·       Rm 6:20-22 -> “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte. Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.”.

 

E, para nosso prazer, a Sagrada Escritura é clara:

 

·       Mt 22:14 -> “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.. 

 

Vem a pergunta: “Por que não chamar todos?”.

 

Bem, o Criador chama aqueles que não desejam ser desocupados:

 

·       Mt 11:28 -> “ Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.”.

 

Lembre-se que os trabalhadores estavam na praça esperando que alguém viesse contratá-los. Muitas pessoas não percebem Jesus chamando porque se recusam a ir ao lugar certo.

 

Outros, embora sejam convidados, serão expulsos porque não nutrem um bom coração:

 

·       Mt 20:12-15 -> “Dizendo: Estes derradeiros trabalharam só uma hora, e tu os igualaste conosco, que suportamos a fadiga e a calma do dia. Mas ele, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço agravo; não ajustaste tu comigo um dinheiro? Toma o que é teu, e retira-te; eu quero dar a este derradeiro tanto como a ti. Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?”.

 

Se não limparmos nosso coração e purificarmos nossa mente ao ponto de vivermos a bondade do Criador em relação aos malfeitores, não participaremos dos poucos escolhidos.

 

Convite, trabalho e recompensa estão ligados. Só seremos aprovados se aceitarmos o convite, trabalharmos com fidelidade e esperamos a recompensa certa (Ef 1:18; 4:4), mas, sobretudo, considerando a importância do trabalho que estamos fazendo, o valor de servir o chefe como se nós estivéssemos servindo o Criador (Cl 3:23) eo privilégio de ajudar os nossos colegas de trabalho.

 

COMPARANDO ESTA PASSAGEM COM AS ÚLTIMAS 12 HORAS DE CRISTO

 

1 – A hora zero (6 da manhã, como no evangelho de João):

 

Neste momento, o proprietário do vinhedo saiu para contratar trabalhadores por um denário. Este é o momento em que os israelitas rejeitaram Jesus como seu rei (Messias):

 

·       Joh 19:14 -> “E era a preparação da páscoa, e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso Rei.”.

 

2 – A terceira hora (9 da manhã):

 

Esta foi a primeira vez que o proprietário saiu para contratar trabalhadores em troca do que é justo. Foi quando Jesus foi crucificado:

 

·       Mc 15:25 -> “E era a hora terceira, e o crucificaram.”.

 

Neste momento, as pessoas costumavam sacrificar a oferta queimada da manhã. Os israelitas costumavam orar três vezes por dia (Daniel 6:10,13) e este é o primeiro período de oração:

 

·       Êx 29:38,39 -> “Isto, pois, é o que oferecereis sobre o altar: dois cordeiros de um ano, cada dia, continuamente. Um cordeiro oferecerás pela manhã, e o outro cordeiro oferecerás à tarde.”.

 

3 – A sexta hora (meio-dia):

 

Esta foi a segunda vez que o proprietário saiu para contratar trabalhadores em troca do que é justo. Foi quando o sol escureceu:

 

·       Mc 15:33 -> “E, chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até a hora nona.”.

·       Lc 23:44 -> “E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, escurecendo-se o sol;”.

 

Este era o segundo período de oração dos israelitas:

 

·       Sl 55:17 -> “De tarde e de manhã e ao meio dia orarei; e clamarei, e ele ouvirá a minha voz.”.

·       At 10:9 -> “E no dia seguinte, indo eles seu caminho, e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao terraço para orar, quase à hora sexta.”.

 

4 – A nona hora (3 da tarde):

 

Esta foi a terceira vez que o proprietário saiu para contratar trabalhadores em troca do que é justo. Esta foi a ocasião em que Jesus disse Suas últimas quatro frases e morreu:

 

·       Mc 15:34 -> “E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”.

·       Lc 23:44-46 -> “E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, escurecendo-se o sol; e rasgou-se ao meio o véu do templo. E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou.”.

 

Esta era a ocasião da oferta queimada do entardecer e o terceiro período de oração dos israelitas:

 

·       Êx 29:38,39 -> “Isto, pois, é o que oferecereis sobre o altar: dois cordeiros de um ano, cada dia, continuamente. Um cordeiro oferecerás pela manhã, e o outro cordeiro oferecerás à tarde.”.

·       At 3:1-> “ E PEDRO e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona.”.

 

5 – A décima primeira hora (5 da tarde):

 

Isto foi quando o proprietário do vinhedo saiu para contratar trabalhadores sem qualquer promessa. Isto foi quando Jesus corpo foi removido da cruz por José de Arimatéia:

 

·       Mc 15:42,43 -> “E, chegada a tarde, porquanto era o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado, chegou José de Arimatéia, senador honrado, que também esperava o reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus”.

 

6 – A décima-hora (6 da noite):

 

Este era o momento de pagar os trabalhadores. Isto foi quando José de Arimatéia, Nicodemos e outros terminaram de enterrar Jesus, aplicando em Seu corpo uma mistura de mirra e aloés ( cerca de 75 libras em peso) e ligando-o com panos de linho e com as especiarias (como é o costume de enterro dos judeus) (João 19:39,40) e, então, fechou a tumba.