PASSAGEM DOS TRABALHADORES DA VINHA
Quando lemos esta passagem, a nossa tendência é
pensar que o dono da vinha era injusto. Afinal, por nossa lógica, que trabalha
mais merecem ganhar mais.
No entanto, a primeira coisa que precisamos
observar é que Jesus disse acerca desta passage:
·
Mt 20:1 -> “ Porque o *reino dos céus* é semelhante a um homem, pai de
família, que saiu de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha.”.
O padrão de justiça deste mundo é diferente do
padrão de justiça do Reino dos Céus. É suficiente pensar que, aqui, quem comete
um crime, deve pagar por seus próprios erros e delitos. No entanto,
espiritualmente, nós pecamos e, no entanto, foi Jesus quem pagou pelos nossos
crimes.
O que acontece é que:
· no Reino da Terra as pessoas ganham em conformidade com o que
fazem. O pagamento é uma dívida (como era no Antigo Testamento):
o
Rm 4:4 -> “Ora, àquele que
faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a
dívida.”.
· No Reino do Céu as pessoas ganham de acordo com a graça e
misericórdia de Jesus. As pessoas recebem de Jesus sem serem dignas disto, só
por acreditarem em Sua justiça perfeita e terem prazer em Sua salvação (Sl
13:5; 18:35; 20:5; 21:1; 40:16; 51:12; 70:4; 119:81,123,166,174) ao ponto de
manifestarem isto para a glória de Seu nome:
o
Rm 4:5 -> “Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o
ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça.”.
Em outras palavras, devemos receber com gratidão a bênção que Ele
preparou para nós em vez de esperar Nele a bênção que nossa alma deseja
ardentemente. O prazer não é apenas no resultado e recompensa, mas no processo,
em virtude de sabermos que estamos fazendo algo muito importante e pelo
privilégio de ficar perto do Dono da Vinha (ver João 3:29) e Seus outros
trabalhadores.
· No Reino do Criador, o que é importante são as pessoas que crêem
Nele e têm prazer em ouvir e servi-Lo com amor:
o Lc 17:20,21 -> “ E, interrogado
pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e
disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui,
ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós.”.
· No Reino dos homens, o que é importante são as obras (os
resultados) e a recompensa que vem com elas.
Baseado nisso, agora, é mais fácil entender esta
passagem. Um dos grandes problemas conosco é que estamos acostumados a julgar
as pessoas. Nós não nos preocupamos com suas motivações ou o que eles estão
passando, mas apenas em suas ações. Se tentarmos buscar em Cristo saber isto,
bem como o desejo de Jesus Cristo para eles, poderíamos encontrar o caminho
mais excelente (o amor - 1Co 12:31) para resolvermos os problemas.
Assim, vamos conhecer melhor este dono da vinha:
1 - Por que ele saiu para contratar trabalhadores
para a sua vinha?
Certamente, não foi porque ele precisava aumentar
seus ganhos. Caso contrário, por que ele contrataria trabalhadores na nona e undécima
hora? Que diferença isso faria?
A única explicação é que havia muitos
trabalhadores que precisavam deste trabalhoa fim de suprirem a casa deles e o
proprietário da vinha queria abençoar a maior quantidade de pessoas possível.
2 – Por que, então, ele não simplesmente dava dinheiro para eles?
Porque ele desejava abençoar apenas aqueles que
têm prazer em trabalhar. Quanto mais a pessoa deleita em ser útil, maior a
prioridade em ser abençoado. Daí Jesus dizer:
· Mt 20:16 -> “Assim os derradeiros serão primeiros, e os
primeiros derradeiros; porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.”.
3 – O que o proprietário fez para descobrir a
disposição deles no trabalho?
Primeiro, ele saiu para contratar trabalhadores em
momentos específicos, lidando com eles de uma forma peculiar.
Com os primeiros trabalhadores, ele
estabeleceu um contrato de emprego. Eles foram pensando apenas no salário:
·
Mt 20:2 -> “E, ajustando com os trabalhadores a um dinheiro por dia,
mandou-os para a sua vinha.”.
Com o segundo, terceiro e quarto trabalhadores,
ele prometeu dar o que era justo. Isso é dizer: o foi confiar na sua
justiça:
· Mt 20:3-5 -> “E, saindo perto da hora terceira, viu
outros que estavam ociosos na praça, e disse-lhes: Ide vós também para a vinha,
e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram. Saindo outra vez, perto da hora
sexta e nona, fez o mesmo.”.
Com os trabalhadores da última hora, o
proprietário não prometeu nada (embora existam versões que os igualam aos
trabalhadores anteriores). Eles foram principalmente pelo privilégio de
trabalhar:
· Mt 20:6,7 -> “E, saindo perto da hora undécima,
encontrou outros que estavam ociosos, e perguntou-lhes: Por que estais ociosos
todo o dia? Disseram-lhe eles: Porque ninguém nos assalariou. Diz-lhes ele: Ide
vós também para a vinha, e recebereis o que for justo.”.
Depois, ele foi pagar cada um, começando pelos
últimos.
· Mt 20:8 -> “E, aproximando-se a noite, diz o senhor da vinha ao seu mordomo:
Chama os trabalhadores, e paga-lhes o jornal, começando pelos derradeiros, até
aos primeiros.”.
Por que ele agiu assim?
Porque, como foi dito anteriormente, ele tinha
prazer em agraciar, primeiro, aqueles que têm mais prazer em fazer o que é bom.
Você pode perguntar: “Por que os últimos
trabalhadores tinham mais disposição em trabalhar?”.
Entenda! Quando o proprietário saiu para contratar
trabalhadores, por que ele encontrou apenas um pequeno grupo a princípio? Onde
estavam os outros?
Bem, certamente, eles não eram vagabundos. Caso
contrário, eles ficariam em casa ou em uma festa. É provável que eles tentaram
encontrar trabalho em outras fazendas enquanto a caminho do mercado. Afinal, a
distância do mercado até a casa de cada um variava. Era mais conveniente
encontrar o serviço perto de casa.
Os trabalhadores da última hora gastaram todo o
dia tentando encontrar um trabalho. Eles só foram para o mercado quando não
havia mais nenhuma opção restante. Eles poderiam ir para suas casas mais cedo depois
de um dia frustrante. Mas não! Eles ficaram cheios de expectativa de que, ainda
que por uma hora, eles poderiam ser úteis para alguém.
Note que o proprietário não fez nenhuma promessa
para eles. Além disso, o que eles poderiam esperar em receber por trabalharem
por tão pouco tempo? No entanto, para eles o que era importante é o privilégio
de irem para a casa deles sabendo que eles puderem ser uma bênção, ainda que
por alguns momentos.
Os outros trabalhadores, embora estivessem prontos
para trabalhar, desistiram de procurar um serviço mais cedo.
Para ser mais claro: quando cada trabalhador
chegou ao mercado e não encontrou ninguém para contratá-los, eles foram para as
fazendas mais próximas para encontrar serviço em vez de ficar parado no
mercado, esperando que alguém fosse lá para contratá-los.
Logo, o proprietário encontrou cada trabalhador
apenas quando eles desistiram de encontrar um serviço. Assim:
• Os trabalhadores da terceira hora desistiram mais cedo;
• Os trabalhadores da sexta hora demorarm um pouco mais até desistirem;
• Os trabalhadores da nona hora só desistiram após 9 horas de busca.
• Os trabalhadores da última hora, mesmo no último momento, não perderam
a esperança.
Daí o proprietário pagar começando do último para
o primeiro. Quanto mais tarde foi o tempo que o proprietário demorou para
encontrar estes trabalhadores no mercado, maior foi o esforço deles a fim
encontrar trabalho.
Tenha um bom dia sendo o primeiro a servir e o
último em esperar recompensa e, certamente, não só você será abençoado, mas
será uma bênção, enquanto esperando na justiça de Jesus Cristo.
Assim, não pense em julgar o Criador quando você
não compreende Sua bondade para com os pecadores:
· Mt 5:44,45 -> “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que
vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e
vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque
faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e
injustos.”.
Pelo contrário:
· Mt 5:48 -> “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que
está nos céus.”.
Portanto, se você for a vítima de alguma maldade, fique
em oração, recordando que:
· Lc 18:7,8 -> “E
Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite,
ainda que tardio para com eles? Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando
porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?”.
Pode ter certeza de que o Criador vai julgar a tua
causa na hora certa. No entanto, que tipo de fé o Criador encontrará em você?
Você acha que o Criador deve agir conforme teu padrão de justiça?
Infelizmente, no passado, Israel desejou isto:
· Ez 18:25 -> “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é direito. Ouvi agora, ó
casa de Israel: Porventura não é o meu caminho direito? Não são os vossos
caminhos tortuosos?”.
· Ez 18:29-32 -> “Contudo, diz a casa
de Israel: O caminho do Senhor não é direito. Porventura não são direitos os meus
caminhos, ó casa de Israel? E não são tortuosos os vossos caminhos? Portanto,
eu vos julgarei, cada um conforme os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o
Senhor DEUS. Tornai-vos, e convertei-vos de todas as vossas transgressões, e a
iniqüidade não vos servirá de tropeço. Lançai de vós todas as vossas
transgressões com que transgredistes, e fazei-vos um coração novo e um espírito
novo; pois, por que razão morreríeis, ó casa de Israel? Porque não tenho prazer
na morte do que morre, diz o Senhor DEUS; convertei-vos, pois, e vivei.”.
Talvez você esteja perguntando: mas, qual é o
problema com o nosso senso de justiça?
1 – Nossa equidade é emocional, baseado no que estamos
sentindo, em nossos conceitos e valores, e não nos princípios da Sagrada
Escritura.
2 – Nossa equidade é egoísta, com base no que
ganharemos.
Os primeiros trabalhadores pensaram que tinham o
direito de receber mais. Infelizmente, muitos crentes pensam isso em relação ao
Criador. No entanto, é impossível o Criador abençoar alguém mais do que Ele
abençoe. Afinal, Ele nos abençoa com abundância:
· Lc 6:38 -> “Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e
transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que
medirdes também vos medirão de novo.”.
· Jo 3:34 -> “Porque aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus; pois não
lhe dá Deus o Espírito por medida.”.
· Jo 10:10 -> “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e
a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.”.
O limite está apenas em nós:
· Jo 16:12 -> “ Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos
açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá,
e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.”.
· 2Co 6:11-13 -> “Ó coríntios, a nossa boca está aberta para vós, o nosso coração
está dilatado. Não estais estreitados em nós; mas estais estreitados nos
vossos próprios afetos. Ora, em recompensa disto, ( falo como a filhos )
dilatai-vos também vós.”.
Espiritualmente, a bênção de Jesus é como o maná,
que é dado em conformidade com o que cada um pode comer (2Co 8:14,15). Isto foi
o Criador prometeu nos dar. Não pense em receber mais, a menos que você esteje
disposto a usar tudo para ser uma bênção na vida de mais pessoas. Neste caso,
você irái transbordar rios de água viva provenientes de Sua graça e sabedoria
múltiplas (João 4:13,14; 7:37-39; Ef 3:10; 1Pedro 4:10).
Mas lembre-se:
· Lc 12:48 -> “Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com
poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe
pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.”.
3 – Nossa equidade é egocêntrica, baseada no que
merecemos (e o pior: comparando o nosso nível de aceitação e recompensa com o
recebido por outras pessoas). Neste caso, quando o Criador é gracioso, bondoso
para com nossos inimigos, nossa tendência é ficar espantado.
Não é em vão que o Criador fez do Reino do Céu uma
sociedade, de modo que possamos nos preocupar com os outros quando eles sofrem
(a idéia é que, se um membro sofre, todos sofram com eles - 1Co 12:21-26).
Sem isso, o sofrimento de uma pessoa não nos
machucaria, o que nos faria deleitar com a vingança daqueles que consideramos
dignos de sentir dor.
No entanto, devemos encontrar prazer na bondade do
Criador, independentemente se as pessoas merecem ou não.
A próposito: as últimas pessoas que imaginamos que
poderiam receber a salvação, podem ser as primeiras a serem salvas.
Então, tenha um bom dia almejando que o Senhor da
Vinha possa trazer mais trabalhadores para Sua grande colheita (Lucas 10:2).
Tenha em mente: o importante não é o tempo
trabalhado. O que importa é obedecer à vocação (Mt 24:13), cumprir a missão,
independentemente do tempo da missão (cumprindo a missão com fidelidade, vamos
receber a mesma recompensa, visto que todos fizemos a mesma coisa: fomos fiéis
ao Criador e Sua vontade para nós).
A verdade é que ninguém tem qualquer mérito:
· Rm 3:9 -> “Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já
dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do
pecado;”.
· Rm 11:32 -> “Porque Deus encerrou a todos debaixo da
desobediência, para com todos usar de misericórdia.”.
Logo, o Criador não tem obrigação de dar conta de
seus atos:
· Rm 11:34 -> “Porque, quem compreendeu a mente do Senhor?
ou quem foi seu conselheiro?”.
Mesmo porque não temos nada. Tudo
pertence a Ele (Sl 24:1):
·
Rm 11:36 -> “Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória,
pois, a ele eternamente. Amém.”.
Logo:
· 1Co 4:7 -> “Porque, quem te faz diferente? E que tens tu que não tenhas
recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não o houveras
recebido?”.
Recorde que os primeiros trabalhadores pensaram
que tinham algo. Todavia, todo o dom deles foi, em primeiro lugar, dado pelo
Criador. Todos nós viemos a este mundo sem nada (embora nasçamos com a mão
fechada, como se tivéssemos trazido conosco algo precioso, na verdade, a mão de
todo o bebê vem vazia).
Enquanto não acreditarmos que não somos dignos de
nada de bom, vamos sempre tentar ser melhores do que Jesus, buscando corrigir
tudo o que é, diante de nossos olhos, injusto. Neste caso, a mesma pergunta que
Jesus fez aos apóstolos cabe a nós:
· Jo 6:67 -> “Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos?”.
Vamos partir de Sua presença tentando resolver as
coisas por nós mesmos e do nosso jeito, ou nós realmente acreditaremos que ele
é o único Salvador?
· Jo 6:68,69 -> “Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós?
Tu tens as palavras da vida eterna. E nós temos crido e conhecido que tu és o
Cristo, o Filho do Deus vivente.”.
A pergunta de Pedro é muito pertinente: "para
quem iremos nós?" No caso dos primeiros trabalhadores: "Se soubessem,
previamente, que o proprietário lidaria com eles como ele fez, o que eles
fariam? Eles trabalhariam para quem? Ou ficariam sem provisão para sua família?
Lembre-se que os trabalhadores da última hora não encontraram nenhum serviço,
apesar de todo o esforço.
Enfim: somos recompensados, não de acordo com
nosso trabalho, mas de acordo com Sua generosidade. Jesus é o foco (Sua graça,
misericórdia, bondade) e louvado seja o Senhor Jesus para isso! Afinal de
contas, considerando que todos nós somos maus (Mat 19:17; Marcos 10:18; Lucas
18:19; 11:13) e nossas obras são trapos de imundície (Isa 64:6), se nós recebêssemos
de acordo com nossa capacidade, força, etc. , só receberíamos o mal.
Infelizmente, os primeiros trabalhadores não viram
o privilégio de serem usados (empregados) para algo bom. Do mesmo modo, muitas
pessoas não percebem que servir o Criador é muito melhor do que viver uma vida
sem sentido.
Portanto, só não trabalha para Jesus que não
deseja. O Senhor da vinha (Igreja) vai para a praça deste mundo várias vezes,
para que todos os desocupados possam ter a chance de trabalhar em sua vinha em
vez de servirem ao pecado:
· Rm 6:20-22 -> “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da
justiça. E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais?
Porque o fim delas é a morte. Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos
de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.”.
E, para nosso prazer, a Sagrada Escritura é clara:
· Mt 22:14 -> “Porque muitos são chamados, mas poucos
escolhidos.”.
Vem a pergunta: “Por que não chamar todos?”.
Bem, o Criador chama aqueles que não desejam ser desocupados:
·
Mt 11:28 -> “ Vinde a mim, todos os que estais cansados e
oprimidos, e eu vos aliviarei.”.
Lembre-se que os trabalhadores estavam na praça
esperando que alguém viesse contratá-los. Muitas pessoas não percebem Jesus
chamando porque se recusam a ir ao lugar certo.
Outros, embora sejam convidados, serão expulsos
porque não nutrem um bom coração:
· Mt 20:12-15 -> “Dizendo: Estes
derradeiros trabalharam só uma hora, e tu os igualaste conosco, que suportamos
a fadiga e a calma do dia. Mas ele, respondendo, disse a um deles: Amigo, não
te faço agravo; não ajustaste tu comigo um dinheiro? Toma o que é teu, e
retira-te; eu quero dar a este derradeiro tanto como a ti. Ou não me é lícito
fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?”.
Se não limparmos nosso coração e purificarmos
nossa mente ao ponto de vivermos a bondade do Criador em relação aos
malfeitores, não participaremos dos poucos escolhidos.
Convite, trabalho e recompensa estão ligados. Só
seremos aprovados se aceitarmos o convite, trabalharmos com fidelidade e
esperamos a recompensa certa (Ef 1:18; 4:4), mas, sobretudo, considerando a
importância do trabalho que estamos fazendo, o valor de servir o chefe como se
nós estivéssemos servindo o Criador (Cl 3:23) eo privilégio de ajudar os nossos
colegas de trabalho.
COMPARANDO ESTA PASSAGEM COM AS ÚLTIMAS 12 HORAS DE CRISTO
1 – A hora zero (6 da manhã, como no evangelho de
João):
Neste momento, o proprietário do vinhedo saiu para
contratar trabalhadores por um denário. Este é o momento em que os israelitas
rejeitaram Jesus como seu rei (Messias):
· Joh 19:14 -> “E era a preparação da páscoa, e quase à hora sexta; e
disse aos judeus: Eis aqui o vosso Rei.”.
2 – A terceira hora (9 da manhã):
Esta foi a primeira vez que o proprietário saiu
para contratar trabalhadores em troca do que é justo. Foi quando Jesus foi crucificado:
· Mc 15:25 -> “E era a hora terceira, e o crucificaram.”.
Neste momento, as pessoas costumavam sacrificar a
oferta queimada da manhã. Os israelitas costumavam orar três vezes por dia
(Daniel 6:10,13) e este é o primeiro período de oração:
· Êx 29:38,39 -> “Isto, pois, é o que oferecereis sobre o altar: dois cordeiros
de um ano, cada dia, continuamente. Um cordeiro oferecerás pela manhã, e o
outro cordeiro oferecerás à tarde.”.
3 – A sexta hora (meio-dia):
Esta foi a segunda vez que o proprietário saiu para contratar
trabalhadores em troca do que é justo. Foi quando o sol escureceu:
· Mc 15:33 -> “E, chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até a
hora nona.”.
· Lc 23:44 -> “E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até
à hora nona, escurecendo-se o sol;”.
Este era o segundo período de oração dos israelitas:
· Sl 55:17 -> “De tarde e de manhã e ao meio dia orarei; e clamarei, e ele
ouvirá a minha voz.”.
· At 10:9 -> “E no dia
seguinte, indo eles seu caminho, e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao
terraço para orar, quase à hora sexta.”.
4 – A nona hora (3 da tarde):
Esta foi a terceira vez que o proprietário saiu para contratar
trabalhadores em troca do que é justo. Esta foi a ocasião em que Jesus disse
Suas últimas quatro frases e morreu:
·
Mc 15:34 -> “E, à hora nona, Jesus
exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido,
é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”.
·
Lc 23:44-46 -> “E era já quase a hora
sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, escurecendo-se o sol; e
rasgou-se ao meio o véu do templo. E, clamando Jesus com grande voz, disse:
Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou.”.
Esta era a ocasião da oferta queimada do entardecer e o terceiro
período de oração dos israelitas:
·
Êx 29:38,39 -> “Isto,
pois, é o que oferecereis sobre o altar: dois cordeiros de um ano, cada dia,
continuamente. Um cordeiro oferecerás pela manhã, e o outro cordeiro oferecerás
à tarde.”.
·
At 3:1->
“ E PEDRO e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona.”.
5 – A décima primeira hora (5 da tarde):
Isto foi quando o proprietário do vinhedo saiu para contratar
trabalhadores sem qualquer promessa. Isto foi quando Jesus corpo foi removido
da cruz por José de Arimatéia:
·
Mc 15:42,43 -> “E, chegada a tarde, porquanto era o dia da preparação, isto é, a
véspera do sábado, chegou José de Arimatéia, senador honrado, que também
esperava o reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus”.
6 – A décima-hora (6 da noite):
Este era o momento de pagar os trabalhadores. Isto foi quando José de
Arimatéia, Nicodemos e outros terminaram de enterrar Jesus, aplicando em Seu
corpo uma mistura de mirra e aloés ( cerca de 75 libras em peso) e ligando-o com
panos de linho e com as especiarias (como é o costume de enterro dos judeus)
(João 19:39,40) e, então, fechou a tumba.