Fp 4.6,7 – O que fazer para que nossa mente e
coração sejam guardados na paz de Cristo?
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“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os
vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.” (Fp 4.7).
Com base neste trecho, como conservar a paz em meio a tantos problemas?
Muitas pessoas lutam para acabar com o estresse, ansiedade, desespero,
medo, aflição, etc. Em particular, muitos que creem em Cristo ficam sempre
pensando: “eu preciso conseguir isto”.
Muitos chegam a consultar filósofos, psicólogos, psiquiatras, psicanalistas,
etc., tomam remédios terríveis, repletos de efeitos colaterais. Todavia, vão de
mal a pior.
Vem então a questão: em meio a tanta correria, agitação, medo, etc.,
como ter a mente e o coração guardados pela paz do Eterno?
A receita para conseguir isto se acha registrado no versículo anterior:
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“Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições
sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de
graças.” (Fp 4.6).
Não devemos ter cuidado sobre coisa alguma, ou seja, tentar manter algo
ou alguém sob nosso controle. Isto, além de revelar maior confiança em si do
que em Jesus, revela apego, como se tal objeto fosse nossa razão de ser.
O problema onde muitos indivíduos se recusam a se submeter ao Eterno é
porque são inimigos da cruz de Cristo. Embora professem crer em Jesus, O buscam
por conveniência, pensando naquilo que desejam deste mundo. Acabam se tornando
mais miseráveis que os ímpios (1Co 15.19).
Isto, todavia, só nos enche de ansiedade, medo, etc.
Se nossa felicidade for a companhia de Jesus e o motivo do nosso
regozijo, ver Ele operar, não nos preocuparíamos com o ir e vir das coisas,
pois teríamos certeza de que, em nossas mãos, sempre haverá o necessário para ver
Jesus operar em nossas vidas.
Neste caso, seríamos livres para deixar Jesus nos encher com
misericórdia, benignidade, humildade, mansidão e longanimidade, o que nos
tornaria capazes de servir de suporte na vida do próximo, bem como de obter a
restauração e fortalecimento de nossas ligações com eles.
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“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de
entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade;
suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver
queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E,
sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição. E a paz de Deus, para a
qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos.”
(Colossenses 3.12-15).
Obviamente, a obediência deste mandamento trará o domínio da paz de
Cristo (João 14.27) sobre os nossos corações.
Mas, em que consiste a paz de Cristo?
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“E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por
Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em
Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs
em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de
Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que
vos reconcilieis com Deus.” (2Co 5.18-20).
Note que o Eterno esteve, em Cristo, reconciliando o mundo consigo sem
imputar o pecado. E Jesus quer nos usar para isto.
O problema é que, ao invés de deixarmos a paz de Cristo (este
ministério) decidir sempre o modo de nós lidarmos com aqueles que Jesus traz
até nós, insistimos em conservar o máximo de coisas sob o nosso domínio. Embora
estejamos cientes de que do Eterno é a terra e a Sua plenitude, o mundo e
aqueles que nele habitam (Salmo 24.1), ainda assim teimamos em querer instaurar
nosso principado dentro do reino Dele, a saber, um reino à parte de Jesus
Cristo, onde as coisas funcionam do nosso jeito.
E o nosso objetivo é nos apoderarmos do maior número de coisas e pessoas
que pudermos no reino do Eterno e trazermos isto para o nosso reino, onde temos
a esperança de viver regalada e esplendidamente.
Como, infelizmente, a maioria não consegue enxergar o Eterno dominando, estes
acabam aceitando o nosso domínio (para ruína deles e nossa – Ec 8.9).
Precisamos dar um basta nisto. Para que a paz de Cristo nos guarde, precisamos
renunciar todo domínio sobre qualquer indivíduo com quem temos contato (analise
Dt 32.36; Daniel 12.7). Ao invés de forçarmos os indivíduos a nos favorecer, o
correto é aceitarmos Jesus nos harmonizar com o próximo por meio de Sua
Palavra.
De mais a mais, o que devemos fazer é conversar com o Criador, com
gratidão e perseverança, acerca de cada acontecimento que envolve nós e aqueles
que Ele nos deu a fim de sabermos como devemos nos portar para que Ele possa
manifestar toda Sua vontade e poder na vida deles através de nós.
Afinal, que é a nossa vontade para que venhamos a insistir nela?
Além disto, considerando que nenhum dos planos do Eterno podem ser
frustrados (e glórias ao Eterno por isto - Jó 42.2; Is 43.13), nada mais
sensato que aceitarmos Sua boa, agradável e perfeita vontade (Romanos 12.2). Isto,
além de nos livrar da ansiedade, desespero, etc., nos confere aquilo que
realmente tem haver conosco (nunca esqueça que nossos caminhos são de morte – Provérbios
14.12; 16.25; Isaías 59.7,8).