APOCALIPSE 06 (ARA2)
INTRODUÇÃO
Selo = segredo, garantia de
imutabilidade. O abrir dos selos representa a visão do Eterno sendo revelada
para os que creem.
Os selos garantem que o conteúdo do
apocalipse foi projetado pelo Eterno (não é algo que vai acontecer por acaso ou
por vontade de alguma criatura) e não sofreu qualquer alteração. As propostas
sagradas e decretos do Eterno também são selados para mostrar imutabilidade e
confiabilidade. Por exemplo:
·
Seus
tesouros estão selados (Dt 32.34);
·
O
Eterno sela as estrelas (Jó 9.7);
·
Jó
acreditava que sua iniquidade estava selada em um saco (Jó 14.17);
·
Para
Abraão, a circuncisão era considerada o selo da justiça da fé (Rm 4.11), ou seja, a confirmação em sua carne ele
pertenceria para sempre ao Eterno. Para os demais israelitas, a circuncisão era
um ritual que recebiam na sua carne sem qualquer expressão de fé e
consentimento, com base unicamente na crendice dos pais (como se isto fosse um
amuleto mágico). Embora tal ritual tivesse que ser executado, mas não necessariamente
expressava o comprometimento dos pais, muito menos do filho. Mas era um selo
porque não havia como ser mudado pela vontade humana.
·
A
presença do Espírito Santo é um selo (2Co 5.5; Ef
1.13; 4.30) que garante que seremos redimidos. Quem é selado com o Espírito
Santo, a saber, com a identidade do Pai e do Filho (Ap
14.1), não pode ser arrebatado da mão do Pai (Jo
10.28,29).
·
O
conhecimento do Eterno do interior do Seu povo é selo que garante que o fundamento Dele fica firme no interior de quem crê (2Tm
2.19). Isto marca o interior do indivíduo de um modo que fica gravado na mente
e no coração de cada um (Hb 8.8-12), e nada nem
ninguém neste mundo pode desfazer. Esta experiência fica marcada (selada) na
vida de cada um.
Não é em vão que quem recebe a marca da
besta jamais poderá ser salvo (Ap 14.10,11). Tal
indivíduo não tem como desfazer tudo que aconteceu no seu interior (tal como,
uma vez perdida a inocência, Adão e Eva não podiam esquecer o que aprenderam.
De igual modo, a mulher, após ter relação sexual, não pode voltar a ser
virgem).
De igual modo, quem está sempre sendo
visitando interiormente pelo Eterno, está sendo marcado pelo cumprimento vivo
do evangelho (Mc 16.15) enquanto em comunhão com a Igreja (2Co 3.1-3). Tudo que
Jesus é e faz vai marcando o interior do indivíduo e pregando firmemente Seu
fundamento: Sua Palavra e identidade (Mt 16.18).
Este livro selado, de igual modo, é um
livro marcado com tudo que o Eterno vivenciou antes da fundação do mundo. E
ninguém pode entender o significado real de todos os acontecimentos que o
Eterno projetou, a menos que aceite tudo que Jesus é na qualidade de Cordeiro
do Eterno.
Assim sendo, ao abrir o livro, a palavra
se torna viva e se cumpre.
Que fique claro: o que João teve foi uma
visão do que vai acontecer quando os selos forem abertos.
Considerando que o livro estava escrito
por dentro e por fora, o conteúdo escrito do lado de fora do livro é exatamente
aquilo que João vê quando cada selo é aberto.
Em outras palavras, os selos não estavam
todos um ao lado do outro, mas sim ao longo do lado externo do livro.
Para ser mais exato: ao abrir um selo, a
parte do conteúdo externo do livro que foi descoberta (até alcançar o selo
seguinte) é exibida como um filme aos olhos de João. Quando os sete selos acabam
de ser rompidos, todo o conteúdo externo do livro foi exibido e o rolo foi
totalmente aberto.
Sei disto porque tudo que é descrito em Ap 6 faz parte deste livro (não é algo separado deste).
Logo, nada disto poderia ser visto se os sete selos estivessem em paralelo.
Quanto ao cavalo, no Testamento da Lei este é emblema de guerra (Jó 29.25; 39:25; Sl 76:6; Pv 21:31; Jr 8.6; Ez 26:10):
·
Cavalo
branco = guerra espiritual;
·
Cavalo
vermelho = guerra sentimental;
·
Cavalo
preto = guerra mental;
·
Cavalo
amarelo = guerra física.
Quatro cavalos também são encontrados em
Zacarias 1:7-11 e Zacarias 6:1-8.
Também é possível ver o julgamento de:
·
ser
consumido pela espada, fome e peste (Jr 14:12; Jr 24:10; Jr 42:17);
·
ser
consumido pela espada, fome, peste e feras da terra (Ez
14.21).
Uma das coisas que se destaca no
Apocalipse é a expressão: “Olhei, e...”:
1)
“Depois destas coisas, olhei, e eis que estava
uma porta aberta no céu; e a primeira voz que, como de trombeta, ouvira falar
comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem
acontecer.” (Apocalipse 4.1).
2)
“E olhei, e eis que estava
no meio do trono e dos qu\atro
animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e
tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a
toda a terra.” (Apocalipse 5.6).
3)
“E olhei, e ouvi a voz de
muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número
deles milhões de milhões, e milhares de milhares,” (Apocalipse 5.11).
4)
“E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia como em voz de trovão:
Vem, e vê.” (Apocalipse 6.1)
5)
“E olhei, e eis um cavalo
branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma
coroa, e saiu vitorioso, e para vencer.” (Apocalipse 6.2).
6)
“E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi dizer ao terceiro
animal: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo
preto e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão.” (Apocalipse
6.5).
7)
“E olhei, e eis um cavalo
amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o
seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e
com fome, e com peste, e com as feras da terra.” (Apocalipse 6.8)
8)
“E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve
um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a
lua tornou-se como sangue;” (Apocalipse 6.12).
9)
“Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma
multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e
línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes
brancas e com palmas nas suas mãos;” (Apocalipse 7.9).
10) “E olhei, e ouvi um anjo voar pelo meio do céu, dizendo com grande voz:
Ai! ai! ai! dos que habitam sobre a terra! por causa das outras vozes das
trombetas dos três anjos que hão de ainda tocar.” (Apocalipse 8.13).
11)
“E olhei, e eis que estava
o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em
suas testas tinham escrito o nome de seu Pai.” (Apocalipse 14.1).
12) “E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um
semelhante ao Filho do homem, que tinha sobre a sua cabeça uma coroa de ouro, e
na sua mão uma foice aguda.” (Apocalipse 14.14).
13) “E depois disto olhei, e eis que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no
céu.” (Apocalipse 15.5).
14) “E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado
sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça.”
(Apocalipse 19.11).
Também é importante destacar que os
quatro seres viventes estão chamando cada um dos quatro cavaleiros. Eles não
estão chamando Jesus ou João, já que ambos estavam ali o tempo todo.
Cada cavaleiro surge em atenção ao
chamado de um dos quatro seres viventes, ou seja, é uma resposta ao evangelho.
Não é segredo para ninguém que Ha-Satan gosta de dissimular as coisas do Eterno. Os quatro
primeiros selos representam as quatro faces do anticristo (uma imitação das
quatro faces de Cristo).
Os três primeiros cavaleiros representam
o homem anticristo liderando com três particularidades (coroa e arco, espada,
balança). O quarto, é o anticristo após ser possuído pelo anjo do abismo vindo
do mundo dos mortos liderado pelo próprio Ha-Satan,
já que é ele quem detém o império da morte (Hb
2.14,15).
PRIMEIRO SELO
·
“Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos e ouvi um dos quatro
seres viventes dizendo, como se fosse voz de trovão: Vem! Vi, então, e eis um
cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele
saiu vencendo e para vencer.” (Ap 6.1,2).
·
1º
animal:
semelhante a leão.
O leão é o rei das criaturas selvagens.
Jesus é o Rei dos reis que abomina o mal e estabelece a justiça e a verdadeira
prosperidade (narrado no evangelho de Mateus e simbolizado pela cor púrpura).
Aqui Jesus
mostra como sujeitar toda a terra, dominar sobre toda a criação e reinar
soberanamente sobre o pecado.
O fato de o primeiro ser vivente
(semelhante a leão) chamar o primeiro cavalo indica a correspondência entre a
primeira faceta do anticristo e a primeira face de Cristo, a qual ele tenta
simular. Vale destacar que este é o único ser vivente cuja voz é dita ser como
a de um trovão.
Em contraste com Jesus, o Rei dos reis,
o anticristo se apresenta como rei dos conceitos e valores deste mundo, os
quais são contrários à justiça do Reino do Eterno. Basta pensa que ele se
empenha, com êxito, em mudar os tempos e a lei (Dn
7.25).
Seu papel é transformar o amargo em doce e
vice-versa (como aconteceu em Isaías 5.20), ou seja, a incentivarem os crentes a
orarem pensando em obrigar jesus a mudar a mente das pessoas a seu favor. O
anticristo induz os crentes a serem miseráveis, ou seja, a orarem pensando
apenas nos valores deste mundo (1Co 15.19).
Ele se apresenta como o rei da paz e da
prosperidade (1Ts 5.3). Isto agrada a todos que querem alimentar a ambição em
seus corações (como em Am 6.1,3-6; Ez 16.49), cujo desejo é viver despreocupadamente (analise Dn 8.25; Sf 2.15; Zc 1.14,15; Lc 17.26-31).
Para tanto, ele fará uso da implacável
vigilância e punição para fazer valer tudo que ele considera bom e aceitável.
Contudo, todos estes conceitos e visões são injustiça aos olhos do Eterno (ver Tg 4.4; 1Jo 4.4,5).
E para que ninguém se sinta culpado por
viver de modo extravagante, ele irá flechar o veneno da apostasia nos corações (falando
das coisas do mundo – Jo 15.18,19; 1Jo 4.4,5), até que
os tempos e a lei estejam completamente mudados (Dn
7.25), levando todos a considerar o amargo, doce, e
vice-versa (Is 5.20).
Quer forma melhor para convencer cada um
a dar vazão aos seus maus desejos e, além de não ser recriminado por isto, vir até
ser exaltado por este comportamento dissoluto (1Pe 4.3,4)? É o caso
principalmente dos pecados relacionados com idolatria e imoralidade sexual, os
quais, por não aparentarem maldade, é praticado livremente por milhões.
Não é à toa
que eleger um líder para nos ajudar a entender os
conceitos e valores, bem como a receber revelação espiritual por nós, constitui um selo que nos impede de ter acesso à
revelação do Eterno.
Por mais consagrado e fiel que o líder
religioso possa ser, ninguém pode revelar o que precisamos saber (nem mesmo os
anjos). Só Jesus sabe o que Ele tem para nós (veja Salmo 25.14).
Agora você entende o motivo da cor
branca? Ela indica triunfo (ele saiu vencendo e para vencer) e luz (este branco
é diferente do branco de Cristo). Ele se mostra como o portador da luz, capaz
de reinar sobre tudo e todos, resolvendo todos os problemas.
Todavia, o anticristo não tem qualquer
dignidade real (Dn 11.21). Não se trata de um dom do
Eterno na vida dele. É a elite global que lhe dá esta coroa. Agora fica fácil
entender porque ele chega ao ponto de querer ser adorado como deus (2Ts 2.4):
como os olhos do homem nunca se satisfazem e ele, durante toda sua vida, será um
homem vil (Dn 11.21), ele não consegue se contentar
com a glória que receberá.
E o triste de tudo é que a missão
deste cavaleiro é sair vencendo e para vencer. Seu papel é dar àqueles que
querem ser enganados todo o engano que desejam:
·
“Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que
agora resiste até que do meio seja tirado; e então será revelado o iníquo, a
quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da
sua vinda; a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder,
e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que
perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso
Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam
julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade.” (2Ts 2.7-12).
E o arco? O que significa? Ele era a
arma mais sofisticada da época para matar à distância. A espada matava de
perto.
·
“O meu arco tenho posto nas nuvens; este será por sinal
da aliança entre mim e a terra. E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens
sobre a terra, aparecerá o arco nas nuvens. Então me lembrarei da minha
aliança, que está entre mim e vós, e entre toda a alma vivente de toda a carne;
e as águas não se tornarão mais em dilúvio para destruir toda a carne. E estará o arco nas
nuvens, e eu o verei, para me lembrar da aliança eterna
entre Deus e toda a alma vivente de toda a carne, que está sobre a terra.” (Gn 9.13-16).
·
“Porque curvei Judá para mim, enchi com Efraim o arco; suscitarei a teus
filhos, ó Sião, contra os teus filhos, ó Grécia! E pôr-te-ei, ó Sião, como a
espada de um poderoso.” (Zc 9.13).
·
“Acaso é contra os rios, SENHOR, que estás irado? É contra os
ribeiros a tua ira, ou contra o mar o teu furor, visto que andas montado sobre
os teus cavalos, e nos teus carros de salvação? Descoberto se movimentou o
teu arco; os juramentos feitos às tribos foram uma palavra segura. ( Selá. ) Tu fendeste a terra com
rios.” (Hc 3.8,9).
·
“As tuas flechas são agudas no coração dos inimigos do rei,
e por elas os povos caíram debaixo de ti.” (Sl 45.5).
·
“Se o homem não se converter, Deus afiará a sua espada; já
tem armado o seu arco, e está aparelhado.” (Salmos 7.12).
·
“E encurvam a língua como se fosse o seu arco, para a mentira;
fortalecem-se na terra, mas não para a verdade; porque avançam de malícia em
malícia, e a mim não me conhecem, diz o SENHOR.” (Jeremias 9.3).
Assim como o Eterno tem o arco Dele (o instrumento da Sua lembrança, que no início foi
o arco-íris e depois, o povo de Judá), o anticristo também fará o mesmo para
trazer à lembrança a sua palavra.
Ele também irá usar Israel para lançar
longe as flechas da apostasia, mudar os tempos e a lei (Dn
7.25) e difundir sua adoração a Cristo direcionada para ele mesmo (o que,
aliás, é o que faz a maioria dos líderes religiosos). Através da enganação
religiosa, ele irá atingir os corações malignos nos lugares mais longínquos da
terra.
Mas por aqui é possível ver como toda
conquista sem a graça de Cristo é, com certeza, dolorosa. Note que, no que o anticristo
vem vencendo e saindo para vencer (Ap 6.2), ele traz
grandes calamidades à população (vistas nos três selos seguintes). E não é para
menos, já que, sem Cristo, para alguém vencer, alguém tem que perder.
Além disto, já observaste o que
acontecerá quando Cristo vier? Note como a inauguração do milênio é precedida
pela morte de milhões que irão para o inferno:
·
“E vi um anjo que estava no sol, e clamou com grande voz,
dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, e ajuntai-vos à
ceia do grande Deus; para que comais a carne dos reis, e a carne dos tribunos,
e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e dos que sobre eles se assentam; e
a carne de todos os homens, livres e servos, pequenos e grandes. E vi a besta,
e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele
que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército. E a besta foi presa, e
com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os
que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram
lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. E os demais foram mortos
com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas
as aves se fartaram das suas carnes.” (Ap 19.17-21).
Assim, ao invés de ficarmos ansiosos
pela conquista dos nossos direitos ou de desejarmos que todo o prejuízo que nos
foi imposto seja restituído, que possamos buscar em Cristo exatamente o que Ele
tem para nós em meio àquilo que Ele quer de nós. Com Cristo nem sempre é preciso
que a dor que acompanha o juízo divino caia sobre os familiares de quem nos
trouxe prejuízo. Afinal, estes têm filhos, pais, cônjuge, etc., os quais, nem
sempre, são cúmplices nos erros deles.
Repare que este cavaleiro não recebe um
arco. Ele já o possui. Afinal, se tem uma coisa em que Ha-Satan
e seus servos é especialista é em promover intrigas (Dn
8.23-25) e forjar o mal por meio da lei (Sl 94.20). Ele
já tem esta boca maldita que dispara flechas de mundanismo para levar as
pessoas a interpretarem a Escritura Sagrada de modo mundano.
Você pode questionar: “mas em Apocalipse
13.5 diz que “foi-lhe dada uma boca”. O que esta expressão quer dizer é que lhe
foi dado o conteúdo a ser proferido. O que o Eterno quis fazer com Moisés é o
que o Ha-Satan irá fazer com o anticristo (Êx 4.12). Todavia, como todo indivíduo maligno, o
anticristo já possui uma língua bem articulada para receber todo o veneno que
Ha-Satan tiver para lhe oferecer e manter isto bem
vivo na memória de todos.
O primeiro cavaleiro é a resposta a
todos os seguidores de Cristo que insistem em querer que outros reinem sobre
suas vidas no lugar de Jesus. Assim como os mundanos têm grande expectativa esperando
por um super-herói (super-político) que resolva todos
os seus problemas, os religiosos esperam pelo super-crente
(super-pastor), sendo que a ordem é clara:
·
“Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos
homens.” (1Co 7.23).
Não é em vão que Jesus alerta:
·
“E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém
vos engane; porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e
enganarão a muitos.” (Mt 24.4,5)
Só isto já é uma prova evidente que este
cavaleiro não pode ser Jesus. Eis aqui outras:
1.
Jesus
não recebeu nenhuma coroa quando veio para proclamar o evangelho;
2.
Se
este cavaleiro fosse Jesus, as orações dos mártires não faria sentido (Ap 6.9-11), já que Jesus já estaria julgando e vingando o
sangue deles.
3.
Em
Ap 19.11,12, Jesus aparece com muitos diademas, e não
apenas uma coroa.
É bem verdade que, no Sl 45.4,5, é mencionado Jesus como um cavaleiro cavalgando
prosperamente em prol da verdade, mansidão e justiça, com Suas flechas
penetrando profundamente no coração dos inimigos do Eterno. Contudo, é bom
lembrar que o Ha-Satan é capaz de se transformar em
anjo de luz (2Co 11.13-15) e de fazer o anticristo se parecer com um ministro
da justiça.
SEGUNDO SELO
·
“Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizendo:
Vem! E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a
paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada
uma grande espada.” (Ap 6.3,4).
O segundo ser vivente, semelhante ao boi,
chama o cavalo vermelho.
O boi é caracterizado por ser o único
dos quatro animais que era usado nos sacrifícios. Ele, em particular, é
destacado na Escritura Sagrada por sua força servil, em particular relacionado
à agricultura (Pv 14.4; Dt
25.4; 1Co 9.9), já que naquela época não existia máquinas agrícolas. Ele era o
rei dos animais domesticáveis que possuía utilidade para o homem.
Pensando pelo lado espiritual, neste
grupo estão também os anjos. Por isto é que, comparando Ezequiel 1.10 com
Ezequiel 10.14,15, vê-se o querubim no lugar do rosto do boi. E não é para
menos, já que o anjo diz a João que ele é conservo de todos que têm o
testemunho de Jesus (Ap 19.10; 22.9). Além disto, em
momento algum anjo é chamado de filho do Eterno (Hb
1.5,14), enquanto que o ser humano sim (Jo 1.12),
sendo feito à imagem e semelhança Dele (Gn 1.26,27).
O segundo ser vivente retrata Jesus como
o Servo perfeito que trabalha com afinco na missão que o Pai lhe deu (narrado
no evangelho de Marcos e a cor que representa isto é o carmesim). Trata-se de
diligência laboriosa em cada obrigação. Jesus chegou ao ponto de dar o seu
sangue para que fôssemos remidos e alcançássemos a verdadeira paz (Fp 2.5-8).
Aqui Jesus
mostra o que realmente significa servir ao próximo na presença do Pai.
O anticristo também tenta se mostrar a serviço
do povo (como todo astuto político faz), adotando também o vermelho como cor.
Contudo, o vermelho aqui é o escarlate que, normalmente, retrata o pecado.
Aqui o anticristo irá usar o culto a Jesus para
estimular os crentes a orarem em prol de violentar o próximo, ou seja,
obrigá-los a fazer o que consideram certo.
Note que o anticristo, embora terá uma boca
repleta de sujeira, ainda assim não nascerá com o poder para tirar a paz da
terra (ele necessita da boca de Ha-Satan, bem como da
mídia (a grande espada) para conseguir perturbar a mente de todo mundo).
Como mestre de intrigas, o anticristo vai
“matar” os indivíduos de pertinho (com espada), a saber, “invadindo” suas casas
(através, por exemplo, da TV) com toda sorte de intrigas e de conceitos
malignos.
Se apresentando como servo do povo, o anticristo
irá usar a mídia para convencer a grande maioria da importância de vigiar o
comportamento uns dos outros em prol da paz e da segurança (ver 1Ts 5.3). Sob o
pretexto de que para promover a paz e a segurança é preciso eliminar quem não
aceita o sistema vigente, todos serão convencidos da necessidade de eliminar
tais indivíduos, vindo a considerar isto normal. Ainda mais considerando que,
supostamente, há muita gente no planeta e que o ser humano é o maior
responsável pela destruição do mundo.
Embora não seja neste momento que a destruição
em massa ocorre, é aqui que os indivíduos ficam completamente separados para
aceitar o holocausto que será empreendido no quarto selo.
Repare como a mídia, através de
programas populares que tentam desmascarar as falcatruas do governo, lojistas,
empresários (e até do próprio povo), se apresenta a serviço do cidadão. Contudo,
eles manipulam as informações para levar o povão a ver e entender as coisas do
jeito que convém aos planos macabros da elite global no sentido de promover a
Nova Ordem Mundial.
Daí o vermelho do anticristo ser
diferente do carmesim porque ele não veio para se sacrificar em favor dos
outros, mas para estimular que cada um exija que o outro se sacrifique em prol
do bem geral da nação (por exemplo, através de denúncias), quando na verdade, é
em prol do bem geral deles (da elite global).
A grande espada da mídia corporativa,
nas mãos do anticristo, já tem levado uns a se voltarem contra os outros e, até
mesmo, a matarem uns aos outros. Mas isto irá se agravar ainda mais.
Vem a questão: o que leva os indivíduos
a brigarem e discutirem?
·
“De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm
disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?
Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar;
combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis.” (Tg
4.1,2).
Em outras palavras, no que a ambição e a
luta pelos seus direitos é despertada no primeiro
selo, os desejos (deleites) da carne aguçam aqui no segundo selo, deixando os
indivíduos cegos (sem amor ao próximo – 1Jo 2.9-11).
É bem verdade que Jesus disse que veio
trazer espada (Mt 10.24-36). No entanto, este
cavaleiro não pode ser Jesus, pois a Ele não foi dada uma grande espada; antes,
a única espada que Jesus possui é aquela que sai da sua boca (Ap 1.16; 19.15).
Enfim, o anticristo, com a desculpa de
que quer ajudar o povo a conquistar suas ambições, convence cada um a passar
por cima do seu próximo para que ele possa lhes conceder seus desejos
(lembrando, de modo distorcido, a ocasião de Êxodo 32.26-28) e a denunciar quem
não coopera para “o bem comum da sociedade”.
O segundo cavaleiro é a resposta àqueles
que insistem em querer ser servidos por alguém além de Cristo, os quais ignoram
que a única boa dádiva vem de Jesus (Tg 1.16,17).
Veja a problemática: quem quer buscar as
coisas deste mundo e por elas ser servido, tem que sujeitar às autoridades
deste (Rm 13.1-3). O problema é que este mundo jaz no
maligno (1Jo 5.19). Assim sendo, se o indivíduo não obedecer ao governante,
este irá trazer sua espada contra o tal (Rm 13.4);
se, por outro lado, obedecer, será punido pela espada do anticristo, a qual é,
na verdade, a espada do Eterno para punir aqueles que são fiéis ao sistema
injusto e corrupto deste mundo.
Jamais devemos esperar que os outros
sejam do jeito que achamos que eles devem ser na esperança de receber deles o
que julgamos merecer. Estamos aqui tão somente para receber do Eterno aquilo
que tem a ver com a nossa missão para com o próximo. Cada coisa que acontece
constitui o cenário em que devemos atuar com aquilo que o Eterno nos deu a fim
de que Ele possa se revelar ao mundo.
Daí Jesus nos alertar:
·
“E ouvireis de guerras e de rumores de guerras” (Mt 24.6).
TERCEIRO SELO
·
“Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizendo:
Vem! Então, vi, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão.
E ouvi uma como que voz no meio dos
quatro seres viventes dizendo: Uma medida de trigo por um denário; três medidas
de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho.” (Ap 6.5,6).
·
O homem é a primazia da criação do
Eterno (feito à sua imagem e semelhança – Gn 1.26,27).
Daí o terceiro ser vivente ter rosto de homem, o qual é caracterizado pela
inteligência, sendo aquele a quem foi concedido o domínio sobre todos os
animais (Gn 1.28). E Jesus resgatou este domínio de
volta para a Igreja (Ap 5.8-10; 20.4).
Jesus se fez ser humano justamente para mostrar
o valor que o homem tem, bem com a importância de nos identificarmos com o
próximo e buscarmos, juntos, viver a pureza e santidade de Cristo mesmo em um
corpo tão frágil, cujos desejos foram despertados pelo pecado. Jesus é retratado
como homem no evangelho de Lucas e simbolizado pela cor branca em virtude da
Sua justiça pura e celestial.
Aqui Jesus
mostra o que é ser homem de verdade (Mc 12.14), o que é ser filho do eterno em
carne humana, bem como o modo correto de relacionar com o próximo.
O anticristo, por outro lado, montado
num cavalo preto se apresenta como o homem da economia que se sensibiliza com
as mazelas do ser humano, ou seja, como aquele que irá satisfazer todos os seus
desejos (embora o verdadeiro motivo seja o fato de ele viver às custas dos
pecados dos outros, como se dava em Os 4.8).
O anticristo, aqui, incentiva os indivíduos a
orarem pedindo a Jesus que Ele mude as circunstâncias em favor deles, de modo
que possam prestar culto aos seus pecados e a buscar, seja física ou espiritualmente, uma cura
para as consequências dos mesmos.
Trata-se de usar o pecado para combater
o mal e, ao mesmo tempo, tentar combater as consequências do pecado para que
todos possam extravasar todos os seus desejos.
Daí a cor preta, a qual representa lamento,
temor, fome e ódio contra os irmãos:
·
“Nossa pele se queimou como um forno, por causa do ardor da fome.”
(Lm 5.10).
·
“Diante dele temerão os povos; todos os rostos se
tornarão enegrecidos.” (Jl 2.6).
·
“Vazia, esgotada e devastada está; derrete-se o seu coração,
e tremem os joelhos, e em todos os lombos há dor, derrete-se o seu coração,
e tremem os joelhos, e os rostos de todos eles enegrecem.” (Na 2.10).
·
“Aquele que diz que está na luz, e odeia a seu irmão, até agora está
em trevas. Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo. Mas
aquele que odeia a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para
onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos.” (1João 2.9-11).
Em outras palavras, a cor preta representa
a escuridão na qual se encontra a justiça deste mundo (ver Is
5.30; 8.22; 9.1,2), uma justiça que considera o lamento, o medo, a fome e o
ódio como coisas normais. De fato, parece justo cada um receber de acordo com
aquilo que trabalha (ou por aquilo pelo qual se esforçou).
Todavia, não deveríamos estar nos
conformando em ver milhares de indivíduos desperdiçando seus dons e talentos. A
falta de amor levou cada um a abandonar o próximo, deixá-lo à mercê dos seus
desvarios.
·
“Fazei justiça ao pobre e ao órfão; justificai o aflito e o
necessitado. Livrai o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios. Eles
não conhecem, nem entendem; andam em trevas; todos os fundamentos da terra
vacilam.” (Sl 82.3-5).
·
“Estando as nuvens
cheias, derramam a chuva sobre a terra, e caindo a árvore para o sul, ou
para o norte, no lugar em que a árvore cair ali ficará.” (Ec 11.3).
É claro que eles nunca, por eles mesmos,
sairão da vida miserável na qual estão inseridos. Daí a advertência:
·
“Abre a tua boca a favor do mudo, pela causa de todos que são
designados à destruição. Abre a tua boca; julga retamente; e faze justiça aos
pobres e aos necessitados.” (Pv 31.8,9)
Repare como o sistema mercantil da besta
nos induz a considerar como justiça o auto-investimento,
cada um correndo atrás dos seus interesses. É claro que, a princípio, pode
parecer mais fácil, mais rápido, buscar o crescimento individual.
Todavia, eu te pergunto: vale a pena
esta conquista firmada nas trevas do aborrecimento (ver 1Jo 2.9-11)? O que
realmente ganhamos enquanto milhões seguem esta tenebrosa sabedoria do
anticristo?
Muitas vezes associamos “aborrecer o
irmão” com raiva ou ações malignas.
Não necessariamente! A partir do momento
que não estamos amando, já estamos desprezando o irmão e deixando-o no aborrecimento.
Que Jesus nos livre da injustiça, a
saber, de querermos crescer separado dos irmãos, daqueles que Ele colocou e
ainda há de colocar na nossa vida.
Cabe aqui fazermos a seguinte distinção:
·
Ódio
é o sentimento que leva alguém a desejar que o outro sofra até que se
arrependa, se humilhe, converta, e peça perdão;
·
Desprezo
é a atitude de alguém que, movido pelo ódio, decide excluir o indivíduo
permanentemente dos seus relacionamentos.
·
Aborrecimento
é a atitude de alguém que, movido pelo ódio, decide irritar, prejudicar e até
aniquilar de vez o indivíduo.
A atitude correta é deixar que Jesus use
este ódio para nos levar a orar e buscar Nele tudo o que é necessário para que
o indivíduo que nos ofendeu venha a conhecê-Lo e ter condições de se arrepender
e converter.
Infelizmente, ao invés do povo se unir
para buscar algo que é bom uns para aos outros, ao
invés de investir em viver pela fé (Hc 2.4; Rm 1.17; Gl 3.11; Hb 10.38) dando e recebendo (e, deste modo, ficar livre da
marca da besta que é baseada na compra e venda), cada um continuará a se
comportar de modo mecânico, só pensando em adquirir direitos diante da elite
global.
Infelizmente, os que dizem crer em Jesus
não estão com uma fé tão viva. Afinal, por que seguir o caminho ditado pela
elite global (comércio), sendo Jesus prometeu suprir nossas necessidades se
buscarmos Seu reino e justiça (Mt 6.33)? Por que
mendigar para conseguir direitos que já nos foram concedidos pelo Criador?
A única coisa que a constituição federal
faz é nos iludir, nos fazer pensar que a elite global é boazinha e interessada
no nosso bem estar. Contudo, tudo que o governo promete
para nós é aquilo que Jesus já nos deu. Esta maquinação apenas acabará
facilitando a elite global de manter todos sob sua escravidão.
Resultado: este ódio acabou com qualquer
possibilidade de amizade no campo profissional. Ninguém mais vê o íntimo de
ninguém, mas apenas o lado mecânico. Por causa da desconfiança semeada no
segundo selo, ninguém confia mais em ninguém. Tudo que existe é temor, lamento
(por causa da solidão e falta de qualidade nos poucos relacionamentos, já que ninguém
consegue mais se entregar completamente a ninguém) e fome (já que ninguém vê
motivo para o outro ser abençoado).
Que a balança simboliza a justiça, isto
pode ser visto nos versículos abaixo:
·
“( Pese-me em balanças fiéis, e saberá Deus a
minha sinceridade ),” (Jó 31.6).
·
“Certamente que os homens de classe baixa são vaidade, e os
homens de ordem elevada são mentira; pesados em balanças, eles juntos são mais
leves do que a vaidade.” (Sl 62.9).
·
“Balança enganosa é abominação para o SENHOR, mas o peso justo é
o seu prazer.” (Pv 11.1).
·
“O peso e a balança justos são do SENHOR; obra sua são os pesos
da bolsa.” (Pv 16.11).
·
“Por isto lamentará a terra, e os céus em cima se enegrecerão;
porquanto assim o disse, assim o propus, e não me arrependi nem me desviarei
disso.” (Jr 4.28).
·
“Estou quebrantado pela ferida da filha do meu povo; ando de
luto; o espanto se apoderou de mim.” (Jr 8.21).
·
“Anda chorando Judá, e as suas portas estão enfraquecidas; andam
de luto até ao chão, e o clamor de Jerusalém vai subindo.” (Jr 14.2).
·
“Vós tendes dito: Inútil é servir a Deus; que nos aproveita
termos cuidado em guardar os seus preceitos, e em andar de luto diante do
SENHOR dos Exércitos?” (Ml 3.14)
·
“E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um
grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua
tornou-se como sangue;” (Ap 6.12).
Note que este cavaleiro não recebe uma
balança. Ele já a tem. Uma vez que Ha-Satan era o
aferidor de medida (Zc 28.12), esta foi a primeira
coisa que ele passou para o ser humano (lá no Éden, através da Árvore do
Conhecimento do Bem e do Mal). É bom lembrar que um dos pilares da justiça
mundana é justamente dar a cada um o que este fez por merecer.
É a corrida rumo ao topo (ver Gn 11.4) para ver quem cresce mais e supera o outro (ver
1Pe 4.3,4). Ninguém quer esperar pelo crescimento do outro. Isto parece perda
de tempo, já que ninguém consegue mais ver o valor do próximo, muito menos tem
esperança que Jesus possa mudá-lo.
O que ninguém percebe é que, no final, o
povo não lucra explorando uns aos outros. O que um ganha aqui, perde ali e, no
final, apenas a elite global (e seu anticristo) lucra sugando todos.
Mas a ilusão de uns acharem que estão
tirando vantagem dos outros, os deixarão felizes. Ainda mais ao conseguirem ter
seus vícios satisfeitos:
·
“O Senhor, o Deus dos Exércitos, o Senhor é o seu nome;
converte-te a teu Deus, guarda o amor e o juízo e no teu Deus espera sempre.
Efraim, mercador, tem nas mãos balança enganosa e ama a opressão; mas diz:
Contudo, me tenho enriquecido e adquirido grandes bens; em todos esses meus
esforços, não acharão em mim iniqüidade alguma, nada
que seja pecado.” (Os 12.6-8 – ARA2).
·
“Porventura correrão cavalos sobre rocha? Lavrar-se-á nela com
bois? Mas vós haveis tornado o juízo em fel, e o fruto da justiça em alosna; vós que vos alegrais do nada, vós que dizeis: Não é
assim que por nossa própria força nos temos tornado poderosos?” (Am 6.12,13).
A cor preta também tem haver com o lamento do povo que geme por causa do alto
preço dos alimentos. Todavia, em virtude de não conseguirem enxergar a
verdadeira fonte de prazer (amar o próximo – ver 1Jo 2.9-11), todos acabam se conformando,
ainda mais com os discursos bem elaborados do anticristo:
Primeiro discurso: o dinheiro arrecadado:
·
com
os impostos é para a realização de obras sociais;
·
através
dos dízimos e ofertas é necessário para difundir o evangelho do anticristo.
É bom lembrar que a Grande
Babilônia leva os mercadores se enriquecerem à custa da luxúria das
instituições religiosas (Ap 18.3,19).
Segundo discurso: a necessidade de frear o
consumo para proteger o meio ambiente (com a desculpa de que não existe
alimento para todos.
É bem verdade que azeite e vinho faziam
parte da alimentação básica dos judeus naquela época (Dt
7.13; 11.14; Jl 2.19). Todavia, considere que o
alimento que pode ser usado na fabricação de bebida alcoólica (cevada) é mais
barato que o nutritivo (trigo), o que denota uma distinção: quem tem dinheiro
fica bem nutrido e quem não tem, simplesmente vai passando pela vida sendo
alimentado como mão de obra escrava (a antiga política romana do circo e pão).
Além disto, perceba que o azeite (usado
na fabricação de perfume) e o vinho (bebida embriagante) não são atingidos. Fisicamente,
a explicação poderia estar no fato de que o azeite e o vinho são provenientes de
árvores que não precisam ser replantadas. Além disto, trigo e cevada são
facilmente pisados pelos exércitos inimigos.
Contudo, repare como as coisas vitais
para a sobrevivência do ser humano são comercializados pela quantia do salário
de um dia do trabalhador.
Enquanto Jesus se relaciona por amor,
aqui o relacionamento é estritamente comercial e alucinógeno.
Desde já esta
preta realidade pode ser vista: o que é necessário para deixar o povão alienado
e alheio ao que é importante não será atingido. Note quanto dinheiro o governo
investe em carnaval, semana santa, futebol, novela, etc. Bilhões de dólares são
gastos para atividades festivas como copa do mundo e olimpíadas, mas nunca há
dinheiro para investir na saúde do povo.
Perceba como as profissões importantes
(como enfermeiro, agricultor, lixeiro, etc.) são mal remuneradas, enquanto que
as profissões que só servem para entulhar a mente do povo com lixo (cantor,
artista de TV, jogador de futebol) são exaltadas tanto em fama, quanto
financeiramente.
Porém, todos são seduzidos com a
possibilidade (ilusória, é claro) de ver todos os seus desejos satisfeitos e suas
ambições conquistadas.
Em outras palavras:
·
O
vinho não é destruído para manter o povo alucinado.
·
O
azeite não é destruído para manter a vaidade das mulheres com perfume e
cosmético.
Enfim, a justiça preta do anticristo,
baseada no ódio de uns contra os outros, leva cada um a obrigar o próximo a
trabalhar duro para obter apenas o que é necessário para se manter vivo. Cada
um é estimulado a despertar a vaidade e o vício, mas reter a fonte de sustento.
Vem a questão: como eles vão conseguir
isto? Eis as políticas que podem ser adotadas:
·
toneladas
de alimentos podem ser queimadas para elevar o preço (mas convencendo que isto
está sendo feito porque foi encontrada alguma espécie de contaminação);
·
aumento
os impostos sobre produtos alimentícios e concessão de incentivo fiscal para a
produção de bebidas alcoólicas e dos cosméticos;
·
com
a desculpa que é para proteger o meio ambiente, lança-se mão do “Codex alimentarius”, levando o povão a desconfiar uns dos
outros no que tange ao uso “sustentável” dos recursos naturais. Com isto, todos
passam a considerar justo que apenas as empresas internacionais possam ter
permissão gerenciar o uso da água, a produção mundial de alimentos, fabricação
de remédios e a concessão para o acesso aos mesmos.
Seja qual for a medida adotada, será
feito com toda a eficácia que Ha-Satan é capaz de
produzir (2Ts 2.7-12), de modo que o povo não venha a amaldiçoar a elite global
por reter o alimento:
- “Ao
que retém o trigo o povo amaldiçoa, mas bênção haverá sobre a cabeça do
que o vende.” (Pv 11.26).
Felizmente a ação do anticristo é
limitada por uma voz vinda do meio dos quatro seres viventes (provavelmente a
voz de Jesus, já que Ele é o centro do evangelho). Ou seja, embora o anticristo
seja caracterizado pelo mistério da injustiça, todavia a medida que cada um vai
receber é consoante a medida dos seus pecados (os quais se acumularam até o céu
– 1Ts 2.16; Ap 18.5). .
No mais, o 3º cavaleiro é a resposta
àqueles que insistem em buscar na justiça deste mundo a provisão das suas
necessidades e a conquista dos seus direitos. Mas esta escuridão toda no mundo
(Is 5.30; 8.22) não é para atemorizar os que creem em
Jesus.
·
“...olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo
aconteça, mas ainda não é o fim.” (Mt 24.6).
Pelo contrário: eles deverão erguer suas
cabeças, certos de que a redenção deles se aproxima (Lc
21.25-28). Antes, a postura que cada um deve assumir é a de viver pela em fé em
Cristo (Hc 2.4; Rm 1.17; Gl 3.11; Hb 10.38), crendo nas
Suas promessas, em especial naquele registrada em Mateus 6.33.
Quanto à missão deste
cavaleiro, embora não seja tão explícita quanto a dos três outros, a ordem que
o Eterno lhe dá aponta para esta: sua missão é aferir a medida.
QUARTO SELO
·
“Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser
vivente dizendo: Vem! E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo
este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade
sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade
e por meio das feras da terra.” (Ap 6.7,8).
·
O quarto selo é a ocasião em que o
anticristo é ferido de morte, mas esta ferida mortal é curada com a subida do Anjo
do Abismo possuindo o corpo dele.
Entenda: Ha-Satan
e seus demônios se acham presos no abismo existente no mundo dos mortos (Sheol, Hades) separando o Seio de
Abraão do inferno (Lc 16.26; 2Pe 2.4; Jd 6). Contudo, sempre que o Eterno precisa de um vaso de
ira para disciplinar o justo (Rm 9.22,23), ele
convoca Ha-Satan e seus demônios para ver quem irá
realizar o serviço (veja em 1Rs 22.19-22) e depois este volta
para o abismo (ver Lc 8.30,31).
Durante a 70ª semana, como o aparecimento
do anticristo é segundo a eficácia de Ha-Satan,
muitos dos seus demônios estarão perambulando por aí e o próprio Ha-Satan comandando tudo nas regiões celestiais.
Todavia, quando o quarto selo for
aberto, a quinta trombeta é tocada e Ha-Satan cai por
terra (Ap 9.1). Neste momento ele abre o poço do
abismo e todos os demônios que ainda estão por lá saem sob o comando do Anjo do
Abismo (Ap 9.11), o qual, por sua vez, está sob o
comando de Ha-Satan.
Este Anjo do Abismo, então, possui o
corpo da besta e personifica a virtude e o poder de cada um dos sete reis
proeminentes que governou parcialmente este mundo. Daí dizer que a besta é o 8º
rei e é dos sete (Ap 17.8,11).
Ou seja, este quarto cavaleiro, embora
seja o anticristo, é diferente dos três primeiros em virtude de não ser mais a
pessoa original do anticristo, mas sim este demônio se passando pelos sete e
ajuntando as qualidades de todos eles. É o anticristo se apresentando como o super-guerreiro, um deus.
Note que, no caso dos três primeiros
cavaleiros, nenhum morticínio efetivo ocorre, aqui, cerca de metade da
população mundial é aniquilada (Ap 6.8; 9.18). Ele se
considera no direito de promover a redução populacional com a desculpa de que
haja recurso na terra para sustentar todos.
Daí o quarto cavaleiro ser chamado pelo
quarto ser vivente, o qual é semelhante à águia
voando. A águia é a rainha de todos os animais feitos a partir da água (aves e
animais marinhos - Gn 1.20,21). É o animal que voa
mais alto (acima das nuvens) e desce com uma velocidade terrível para pegar sua
presa, o que retrata a contemplação celestial que deve haver em todo ser
humano. Ela simboliza Jesus em Sua divindade (retratado no evangelho de João e
simbolizado pela cor azul), que agirá de modo inesperado e repentino (ver Rm 9.28).
Aqui Jesus
mostra o que significa ser posto por deus:
·
“Então disse o SENHOR a Moisés: Eis que te tenho posto por deus
sobre Faraó, e Arão, teu irmão, será o teu profeta.” (Êx
7.1).
Quem crê em Jesus, embora seja um
simples homem, deve ser visto pelos incrédulos como se fosse o próprio Deus
(mesmo porque a ideia é sermos templo Dele – 1Co 3.16; 6.19; 2Co 6.16).
O anticristo, dissimulando o Eterno,
prefere adotar como símbolo o amarelo (do sol), ao invés do azul do céu como um
todo.
O anticristo, aqui, incentiva os indivíduos a
orarem a Jesus pedindo a morte de milhões de pessoas, a saber, todos que se consideram
dignos de perderem suas vidas aqui.
Assim como toda a criação, direta ou
indiretamente, depende do sol para viver e baseia suas atividades (plantar,
medir o tempo e o clima, etc.) com base no sol, o anticristo quer que a atenção
de todos esteja voltada para ele (como se ele tivesse o olho que tudo vê).
Contudo, ao invés de trazer a Vida e o Céu (como fez Jesus), traz a Morte e o
Inferno. Ele efetua grande destruição na terra por meio guerras provocadas,
fome arquitetada por meio de tecnologias como HAARP e Armamento Escalar, peste
fabricada (note como os cientistas estão sempre trabalhando para “descobrir”
novos vírus) e controle de animais mutantes.
Como uma águia, o anticristo irá pegar
de surpresa todos os que vivem despreocupadamente (Ez
38.8; Sf 2.15; Zc 1.15),
promovendo a redução populacional. Nesta altura, todos estarão mais do que
convictos de que há muitas pessoas no planeta e que o ser humano é o
responsável pela destruição do mesmo, sendo, deste modo, indispensável este
genocídio. Afinal, é necessário que haja recursos naturais suficientes para os
que a elite global achar que são dignos de permanecerem vivos (Dn 11.39).
Entenda: aqueles que conseguirem
riquezas para satisfazerem seus desejos e conquistar suas ambições, precisarão
de recursos naturais para poderem usufruir de tudo. Tendo, supostamente, tanta
gente no planeta, não há recursos para tamanha cobiça e ambição. Assim sendo, a
erradicação da pobreza (ou, para ser mais exato, dos pobres) será vista por
todos como um alívio.
Em outras palavras, o anticristo irá
despertar nos indivíduos preocupação com os cuidados desta vida e com a
qualidade de vida.
E considerando que o inferno estava
seguindo a morte, logo os indivíduos que serão atacados são os que não seguem
Jesus. Mesmo porque os quatro seres angélicos (os quatro seres viventes de Ap 4.6) permaneceram segurando os quatro ventos do céu (os
quatro demônios que irão incitar o anticristo para que este desempenhe o papel
dos quatro cavaleiros – Ap 7.2.3) até que todos os
servos do Eterno tenham sido selados.
Atente bem para a ordem das pragas (tal
como em Ez 14.21): a guerra gera fome, já que devasta
tudo que há de bom. Esta, por sua vez, facilita a propagação da peste, visto
que o organismo fica enfraquecido. Com consequência desta mortandade, as feras
da terra se multiplicam:
·
“E o SENHOR teu Deus lançará fora estas nações pouco a pouco de
diante de ti; não poderás destruí-las todas de pronto, para que as feras do
campo não se multipliquem contra ti.” (Deuteronômio 7.22).
Note que o quarto cavaleiro, que é uma
personificação daquilo que é invisível, é o único que tem nome e o único que não
tem emblema (o arco do primeiro, a espada do segundo ou a balança do terceiro).
Além disto, este cavaleiro não tinha
este poder. Foi lhe dado. Com a tecnologia, o anticristo passou a ter poder
para matar pela:
·
Espada: como mestre de intrigas (Dn 8.23 – ARA2), o anticristo irá colocar nação contra
nação e reino contra reino (Mt 24.7). Afinal, a
guerra é um excelente negócio para os banqueiros internacionais. Além de
promover a redução populacional, prende economicamente os países envolvidos a
eles, além de lhes permitir imputar em ambos os países as normas que lhes
convém para sugá-los até não restar nada.
·
Fome: através da tecnologia HAARP
(E.U.A) e Armamento Escalar (Rússia), o anticristo irá controlar o clima
promovendo terremotos, tsunamis, furacões, secas, etc. que deixarão os países
que se opõem devastados.
·
Peste: quando mídia diz que um
novo vírus foi descoberto, na verdade o que aconteceu é que eles criaram um
novo vírus. Afinal, a doença, além de promover a redução populacional, é muito
lucrativo para as indústrias farmacêuticas da elite global que poderão ganhar vendendo
remédios e vacinas.
·
Feras
da Terra:
através da genética, da robótica e da nanotecnologia, o anticristo irá criar super-animais e controlá-los por microchip.
O uso de feras, ao invés de robôs, é uma
boa ideia, já que, com tantas pessoas mortas, haverá muita comida para
alimentar estas feras, diminuindo o gasto deles com combustível que seria
necessário para fazer robôs funcionarem.
Note como o anticristo, querendo ser
como Jesus, o Autor da Vida (Jo 10.10), acaba sendo a
Morte personificada.
JESUS |
ANTICRISTO |
MÉTODOS USADOS |
O QUE É DESPERTADO |
Rei
de Justiça. |
rei
da iniquidade (apostasia) |
Religião. |
Ambição. |
Servo
piedoso. |
servo
do pecado. |
Comunicação. |
Deleites. |
Filho
do Homem. |
filho
da perdição (trevas espirituais) |
Justiça
e economia. |
Riqueza. |
Deus
da Vida. |
deus
da morte. |
Tecnologia,
armas e recursos naturais. |
Cuidados
da vida. |
Creio que
agora fica fácil entender porque o egoísmo (querer ter
o controle de tudo e todos) constitui um selo que impede o indivíduo de
ter acesso à revelação do Eterno.
Além disto, veja a ligação com Mateus
24.
·
“Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra
reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares.” (Mt 24.7).
A diferença é que, enquanto no
Apocalipse menciona as feras da terra, aqui menciona terremotos. O 4º cavaleiro é a
resposta àqueles que insistem em querer ter o controle de tudo e todos em suas
mãos, a saber, o mesmo desejo que brotou no coração de Eva: ser como Deus (Gn 3.5).
QUINTO SELO
·
“Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas
daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do
testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó
Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos
que habitam sobre a terra? Então, a cada um deles foi dada uma vestidura
branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também
se completasse o número dos seus conservos e seus
irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram.” (Ap
6.9-11).
Que a cena do quinto selo é no céu basta
ver a referência deles aos que habitam sobre a terra.
No
finalzinho dos três anos e meio é aberto o quinto selo e os mártires rompem o
silêncio que se fez no céu (Ap 8.1) em virtude de as
orações feitas ao longo de todo este período serem agradáveis a Jesus (Lc 18.8).
Entenda:
·
O
capítulo 7 é um parênteses para responder ao clamor
dos ímpios (Ap 6.17);
·
O
sétimo selo é a resposta da oração dos mártires. Este selo revela para os mártires
o porquê, muitas vezes, eles não viram livramento enquanto estavam vivos. Eles
e os demais crentes não estavam orando do modo correto.
Embora
eles achavam que Jesus não estava respondendo às orações, o Eterno mostra em
Apocalipse 8 que as orações de todos os santos bem motivados não estavam sendo
perdidas. Serão armazenadas para, no momento certo, serem usadas por Jesus
para:
· Levantar
as duas testemunhas;
· Selar os
144.000;
· Enviar
vozes, trovões, relâmpagos e terremotos;
· Enviar
as sete trombetas.
As
orações bem motivadas não podiam ser ouvidas de imediato em virtude da
necessidade de a Escritura Sagrada precisar ser cumprida.
As
orações dos justos serão oferecidas no início da 70ª semana. Enquanto as
orações dos santos estão sendo oferecidas, as 2 testemunhas são levantadas, os
144.000 serão selados e, após isto concluído, vozes, trovões, relâmpagos e
terremotos surgem para anunciar que os 144.000 já foram selados e que irá
começar os avisos das trombetas.
É
claro que muitas orações estarão sendo feitas. Todavia, a maioria visará
violentar o Cordeiro e induzi-lo a dar o que cada um deseja. Como é bem sabido,
este é um tempo de grande sofrimento (em virtude das sete trombetas e das
perseguições promovidas pelo anticristo). Inclusive, é por isto que estes
mártires clamam.
Infelizmente,
ao invés de os crentes estarem clamando pela salvação dos indivíduos, estavam
todos clamando por suas próprias necessidades imediatas.
Inclusive,
por aqui podemos aprender que o período em que há paz e segurança (1Ts 5.3) é
apenas nos três dias e meio, imediatamente após a morte das 2 testemunhas (Ap 11.10).
Que
fique claro: o clamor dos mártires por vingança não reflete o pesar deles de
verem os ímpios se divertindo (mesmo porque os mártires não estavam orando com
relação aos acontecimentos aqui na terra – eles estavam inconscientes disto –
ver Ec 9.5). Ao invés disto, a tristeza deles era por
verem tantos outros chegando ali no seio de Abraão, vítimas de tão grande
tortura por crerem em Jesus. A a perplexidade deles
era em virtude da enorme paciência do Eterno (Sua capacidade de permanecer
vendo o mal sem nada fazer até que toda a Sua boa, agradável e perfeita vontade
esteja cumprida).
É
com esta finalidade que as vestes brancas lhes são concedidas, a saber, para
confirmar que a missão deles estava completa, bem como o impacto que o
ministério e morte deles teve na vida dos demais crentes (lembre-se que somos
vestidos com os atos de justiça dos santos – Ap
19.8).
O
fato de cada um receber sua veste mostra que a bênção do Eterno é pessoal, e
não coletiva.
Que
fique claro: estas vestes não são literais; antes, trata-se de o consolo do
Eterno em testificar que tudo o que eles e os demais sofreram era necessário
para que o propósito Dele se cumprisse e que, mais
tarde, por ocasião das bodas (arrebatamento), tudo seria perfeitamente
esclarecido.
Mas,
que altar é este em que estavam as almas dos mártires?
O
fato de as almas serem vistas debaixo do altar lembra o derramar do sangue no
pé do altar do holocausto. O clamor deles, como o de Abel, é endereçado a Jesus
para servir de testemunho aos anjos. Inclusive, isto mostra que estes mártires
não estão no céu (do contrário, não seria possível todos eles estarem debaixo
do altar).
Eles
estão no Hades, mas João tem uma visão do Seio de Abraão
quando ele olha para debaixo do altar do holocausto. É como se a base do altar
passasse a ser uma espécie de tela transmitindo ao vivo o que estava
acontecendo no seio de Abraão.
João
vê os mártires clamando e sendo “vestidos de branco” lá no Seio de Abraão.
Por
aqui podemos ver que há dois tipos de altar no céu: “o altar do incenso” (Ap 8.5; 9.13; 14.18; 16.7) e o altar do holocausto (Ap 6.9), que é através do qual os mártires são vistos.
Isto
mostra que o sacrifício de Jesus não substituiu o nosso sacrifício (como se não
tivéssemos que sacrificar – ver Hb 13.14; Rm 12.1). Ao invés disto, o que o sacrifício de Jesus fez
foi abrir caminho para que o nosso sacrifício se tornasse aceitável (ver Ml
3.4,5).
No
Testamento da Lei os indivíduos não eram obrigados a sacrificarem seus desejos
ou planos, mas buscar a concretização dos mesmos no Eterno. Eles deveriam
glorificar o Eterno buscando paz, harmonia e prosperidade neste mundo. Cada um
deveria buscar seu jardim do Éden no Eterno sem, contudo, jamais se esquecer de
amar o próximo.
Cada
um deveria amar o Eterno com seu coração, alma, força e entendimento que, mesmo
em sua plenitude, são extremamente limitados e, então, amar o próximo no mesmo
jeito que amava a si mesmo (ver Pv 14.12).
Hoje,
todavia, cada um, tal como Cristo, deve renunciar sua própria vida para que o
Espírito do Eterno viva em si. O altar do holocausto, que os sacerdotes
consideravam como uma profissão e o povo de Israel ia só quando era necessário
para obter o perdão dos pecados, agora ele é o refúgio de quem entrega sua vida
a Jesus (é onde conseguem as respostas para suas dúvidas).
Nosso
altar, para quem não sabe, é a cruz de Cristo. Devemos oferecer nossas almas a
Jesus (vivendo por Ele – 1João 4.9) a fim de sermos livres do pecado.
Mas
afinal, quem são estas almas?
Primeiro
analisemos o clamor de Zacarias e Abel:
·
“E o Espírito de Deus revestiu a Zacarias, filho do sacerdote Joiada, o qual se pôs em pé acima do povo, e lhes disse:
Assim diz Deus: Por que transgredis os mandamentos do SENHOR, de modo que não
possais prosperar? Porque deixastes ao SENHOR, também ele vos deixará. E eles
conspiraram contra ele, e o apedrejaram por mandado do rei, no pátio da casa do
SENHOR. Assim o rei Joás não se lembrou da
beneficência que Joiada, pai de Zacarias, lhe fizera;
porém matou-lhe o filho, o qual, morrendo, disse: O
SENHOR o verá, e o requererá.” (2Cr 24.20-22).
·
“E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a
mim desde a terra.” (Gn 4.10).
Aparentemente
parece bem diferente da oração de Jesus e de Estêvão:
·
“E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.
E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.” (Lucas 23.34).
·
“E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus,
recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor,
não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.” (Atos 7.59,60).
Contudo,
a Escritura Sagrada não menciona o motivo do clamor de Abel. E quanto ao clamor
de Zacarias, não se trata de um desejo de vingança, mas sim um aviso profético.
A verdade é que um real servo do Eterno não pode ter sentimentos ruins no
coração.
É
bem verdade que o justo, em Cristo, ficará feliz com o fim da maldade. No
entanto, jamais será alegria para ele a destruição do ímpio. Este tipo de
alegria é só para quem não conhece Jesus e Sua obra.
Lembra
da pergunta que Jesus faz: “Quando porém vier o Filho
do homem, porventura achará fé na terra?” (Lc 18.8).
Por que Ele pergunta isto? Porque Ele nunca quis uma oração que buscasse punir
os maus aqui para se ter uma vida boa, mas fé que deseja ser amigo do Eterno
para transbordar o amor de Jesus (Sl 23.5) na vida dos
inimigos que quiserem recebê-Lo (Mt 5.44,45). Nosso
prazer deve ser a companhia do Eterno (Sl 37.4) e o
desejo de fazer Sua vontade (Mt 7.21) a fim de que as
riquezas da Sua graça o
Elias,
por exemplo, achava que destruir os inimigos era o modo de o Eterno livrar os
Seus (2Rs 1.9-15).
O
que os santos do Testamento da Lei entendiam como sendo a verdadeira justiça do
Eterno era a destruição dos perversos e recompensa material dos justos. Este
tipo de oração era muito comum no Testamento da Lei (veja Sl
58.10,11; 74; 79.5-10; 83; 91.8).
Jesus
ilustra isto através da parábola do juiz iníquo. Nesta parábola, a viúva
representa Israel (que havia de viver deste modo por ter sido repudiado pelo
Eterno – Is 50.1; Jr 3.8). Sem o Eterno e sem ser
capaz de correr atrás de outros amantes (Os 2.6,7), Israel viveu como viúva
(sem revelação do Eterno).
Embora
cressem no Eterno, a visão deles era a mesma da do anjo do Eterno (Zc 1.12): que o modo de o Eterno manifestar Sua justiça era
punindo os maus e recompensando os perversos. Note como a teologia da
prosperidade e a legalidade deixavam os indivíduos perturbados (e o pior que
muitos, até hoje, continuam presos nesta maldição).
Perceba
que nem mesmo os anjos compreendiam.
Inclusive,
é para que os anjos possam conhecer melhor o Eterno e Seu amor e justiça que
Jesus constituiu a Igreja:
·
“Porque tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por
últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos
anjos, e aos homens.” (1Co 4.9).
·
“A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de
anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis
de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde
os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; para
que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos
principados e potestades nos céus,” (Ef 3.8-10).
·
“Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os
profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, indagando que tempo ou que
ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava,
anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam
de vir, e a glória que se lhes havia de seguir. Aos quais foi revelado que, não
para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que agora vos foram
anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o
evangelho; para as quais coisas os anjos desejam bem atentar.” (1Pe 1.10-12).
No
entanto, quando Tiago e João quiseram fazer a mesma coisa, Jesus os repreendeu:
·
“E mandou mensageiros adiante de si; e, indo eles, entraram numa
aldeia de samaritanos, para lhe prepararem pousada, mas não o receberam, porque
o seu aspecto era como de quem ia a Jerusalém. E os seus discípulos, Tiago e
João, vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e
os consuma, como Elias também fez? Voltando-se, porém, repreendeu-os,
e disse: Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem
não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. E foram para
outra aldeia.” (Lc 9.52-56).
Veja
quão imensa é a diferença entre os santos que viveram antes do sacrifício de
Cristo e os que vieram depois. Ainda que a perseguição por causa do evangelho
seja real (ver Ap 12.17; 2Tm 1.8; Fp
2.17; 2Tm 4.6; Ap 7.13,14; 13.15; 18.24; 20.4) e o
Eterno prometeu vingar o sangue dos Seus (Dt 32.43),
nossa bênção especial (1Co 2.9) é conseguir ser feliz vendo as imensas riquezas
da graça de Jesus superando as maiores crueldades que as calamidades que é
possível cair sobre um ser humano.
A
felicidade está em experimentar dentro de si a plenitude do Espírito Santo
mesmo estando a ser submetido aos maiores agravos. E quanto maior o agravo,
mais intensa e marcante é a experiência com Jesus.
Contudo,
não podemos pensar que os mártires eram aqueles que morreram por amor ao
Criador antes da vinda de Cristo, ou mesmo aqueles que morreram ou morrerão por
Cristo até o início da 70ª semana. Ainda mais se considerarmos o clamor dos
mártires como vingança. Ou seremos obrigados a admitir que o consolo de Cristo
no Hades é sem valor. Afinal, depois de tanto tempo
ali sendo consolado, eles ainda estão inquietos (Lucas 16.25).
Isto
é inadmissível!
Mesmo
admitindo que o clamor dos mártires não é vingança contra os maus, mas um
clamor em busca de entender o motivo pelo qual o Eterno continua permitindo que
mais indivíduos morram por sua fé em Jesus, ainda assim não tem lógica. Afinal,
tem sentido querer ver o Eterno exercendo Seu juízo contra uma geração que nada
tem a ver com o que aconteceu com eles? Por exemplo: o que a geração de hoje
tem a ver com a morte de Abel, Zacarias, Estêvão, etc.?
Logo,
o mais razoável de pensar é que isto está se referindo aos irmãos que morrerão
em Cristo durante a primeira metade da grande tribulação. Note que eles são
vestidos de branco, algo que é concedido à Igreja:
·
“E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e
resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.” (Ap 19.8).
Perceba
como estes mártires não compreendiam a obra do Eterno. E o motivo é simples:
eles chegaram no Hades há pouco e, vendo tantos
chegando lá brutalmente assassinados pelo anticristo, eles estavam perplexos a
respeito disto, vindo então a clamar ao Eterno.
É
justamente neste momento, em meio a todo este clamor, que a noiva começa a ser
vestida com linho fino, resplandecente e puro (Ap
19.8), a saber, no momento em que os justos começam a ser aperfeiçoados juntos
(Hb 11.40).
Note
como não é dito quem deu a estas almas as vestes brancas, tampouco quem ordenou
o repouso para eles (é bom lembrar que apenas a voz do Eterno tem poder de
fato, não sendo mero conselho ou conforto, mas uma palavra viva que opera algo
na vida de quem a recebe).
No
entanto, os mártires deverão repousar até que o número dos seus conservos e irmãos que vão morrer do mesmo jeito que eles esteja completo. Isto parece um contrassenso. O normal
seria dizer: repousar até que o dia da vingança chegasse.
Todavia,
era para eles repousarem numa coisa que, normalmente, ninguém quer repousar: o
de ver outros indivíduos passando pelas mesmas aflições que eles e pelo mesmo
motivo (ver 1Pe 5.8,9).
Todavia,
o consolo oferecido pelo Eterno (as vestes brancas) consistia em uma mudança de
paradigma, começar a enxergar as coisas de modo do Eterno.
Entende,
agora, o significado das vestes brancas? Ou você pensou que era literal? Ora,
como estas almas (vidas) seriam vestidas de vestes brancas se possuíam apenas
espírito? Trata-se de vestes simbólicas, a saber, os atos de justiça dos santos
(Ap 19.8). Em outras palavras, a estes irmãos
foi-lhes concedido que pudessem receber, em si, neste momento, a verdadeira
justiça do Eterno em Cristo Jesus, de modo que eles, então, pudessem repousar (receberem
o definitivo consolo – Lc 16.25). Era o momento de
eles começarem a conhecer a obra do Eterno em toda a sua profundidade.
Vem a questão: a quem estes mártires
estavam clamando? Ao:
·
Soberano: Aquele que está acima de
tudo e todos, que tem tudo sob controle (Jó 42.2);
·
Senhor: Aquele que é dono de tudo e
de todos, ou seja, que tem autoridade para fazer tudo o que deseja;
·
Santo: Aquele que é tão puro de olhos
que não pode contemplar o mal (Hc 1.13), muito menos
ser tentado por ele (Tg 1.13).
·
Verdadeiro: Aquele que não falha em
nenhuma de Suas promessas (Js 23.14; 1Rs 8.56) e que
faz tudo ter real sentido na nossa vida.
Vem a questão: como pode um Deus que tem
todo o poder e autoridade, é dono de tudo e todos (Sl
24.1), não tem prazer no mal (Hb 1.13; Ez 33.11; Mq 7.18) e é fiel em
tudo que promete (por exemplo, Dt 32.43), permitir
que o mal continue agindo “impunemente” na terra?
Entendendo que estes mártires não
estavam sendo irônicos, logo o que eles desejarão é entender o sentido de tudo
aquilo e as vestes brancas é o resultado de tudo que eles passaram aqui por
amor ao evangelho na vida dos santos que tiveram contato com eles.
Afinal, o que eles desejarão não é entender
a justiça de Cristo, bem como ver isto tendo real efeito sobre os indivíduos?
Quanto à semelhança com Mateus 24,
note tanto a perseguição física quanto espiritual:
·
“Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e
matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse
tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos
outros se odiarão. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E,
por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos
esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo. E este evangelho do
reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então
virá o fim. Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o
profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda; então, os que estiverem
na Judéia, fujam para os montes; e quem estiver sobre o telhado não desça a
tirar alguma coisa de sua casa; e quem estiver no campo não volte atrás a
buscar as suas vestes. Mas ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias!
E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado; porque
haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até
agora, nem tampouco há de haver. E, se aqueles dias não fossem abreviados,
nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados
aqueles dias. Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali,
não lhe deis crédito; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão
tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os
escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito. Portanto,
se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no
interior da casa; não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente
e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem. Pois
onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias.” (Mateus 24.9-28).
E
aí? De que lado quer ficar? Do lado dos crentes perturbados que dedicam sua
vida a ficar clamando pela punição dos ímpios ou a dos crentes bem-aventurados
que dedicam sua vida a clamar pela salvação dos ímpios, cuja oração sobe desde
a mão do anjo até as “narinas” do Eterno como cheiro suave (Ap
8.4)?
Enfim, o quinto selo representa a
justificação pela lei que nos distancia do Favor do Eterno (Gl
5.4), nos destrói (Ec 7.16) e nos impede de enxergarmos
e nos sujeitarmos a verdadeira justiça do Eterno (Rm
10.3). Este selo é dedicado aos irmãos em Cristo que insistem ainda em viver
debaixo da lei e da teologia da prosperidade.
SEXTO SELO
·
“E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande
tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua
tornou-se como sangue; as estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira,
quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes” (Ap 6.12-13 - ACF).
O sexto selo, em particular, coincide
com a sétima trombeta. É o momento em que Jesus vem, a saber, três dias e meio
após a primeira metade da 70ª semana. Este grande terremoto é também visto em Ap 11.13 e já é uma “amostra grátis” para o maior terremoto
de todos os tempos (Ap 16.18). Assim como todas as
trombetas eram repreensões parciais e preparadoras para as pragas das taças,
este grande terremoto do 6º selo (7º trombeta) é uma preparação para o maior de
todos os terremotos.
O saco de cilício (ou pano de saco) era
um instrumento usado para expressar lamento por alguma tragédia acontecida ou
que estava para acontecer (ver 2Rs 6.30; Jó 16.15; Is
22.12; Et 4.4; Sl 30.11; Is
3.24; Am 8.10). O sol se tornar como saco de silêncio
implicava num escurecimento temporário para expressar a tristeza do Eterno pelo
terrível julgamento que teria de vir sobre terra e mar por causa de
desobediência do povo.
O escurecimento do sol, lua e estrelas era
muito profetizado na Escritura Sagrada quando um mal terrível estava para vir (Is 13.10 – Is 9.19 a terra se
escurece pela ira do Eterno).
·
“Por causa da ira do SENHOR dos Exércitos a terra se escurecerá,
e será o povo como combustível para o fogo; ninguém poupará ao seu irmão.” (Is 9.19).
·
Porque as estrelas dos céus e as suas constelações não darão a
sua luz; o sol se escurecerá ao nascer, e a lua não resplandecerá com a sua
luz.” (Is 13.10 – concernente a Babilônia).
·
“E todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se
enrolarão como um livro; e todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide
e como cai o figo da figueira.” (Is 34.4 –
concernente a Babilônia).
·
“E, apagando-te eu, cobrirei os céus, e enegrecerei as suas
estrelas; ao sol encobrirei com uma nuvem, e a lua não fará resplandecer a sua
luz. Todas as brilhantes luzes do céu enegrecerei sobre ti, e trarei trevas
sobre a tua terra, diz o Senhor DEUS.” (Ez 32.7,8 –
concernente a Babilônia).
·
“Diante dele tremerá a terra, abalar-se-ão os céus; o sol e a
lua se enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor.” (Jl 2.10 – concernente a Babilônia).
·
“O sol e a lua enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu
resplendor. E o SENHOR bramará de Sião, e de Jerusalém fará ouvir a sua voz; e
os céus e a terra tremerão, mas o SENHOR será o refúgio do seu povo, e a fortaleza
dos filhos de Israel.” (Jl 3.15,16).
·
“E sucederá que, naquele dia, diz o Senhor DEUS, farei que o sol
se ponha ao meio dia, e a terra se entenebreça no dia claro. E tornarei as
vossas festas em luto, e todos os vossos cânticos em lamentações; e porei pano
de saco sobre todos os lombos, e calva sobre toda cabeça; e farei que isso seja
como luto por um filho único, e o seu fim como dia de amarguras.” (Am 8.9,10).
A lua se tornando em sangue era o
indicativo do sangue que ia ser derramado em virtude das taças, da destruição
da Grande Meretriz e da Batalha do Armagedom por
terem rejeitado o sangue de Cristo.
Além disto, você se lembra do que disse
o anjo quando Jesus subiu aos céus?
·
“Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando
para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de
vir assim como para o céu o vistes ir.” (At 1.11)
Assim como, quando Jesus estava para
partir (na cruz), houve trevas desde o meio-dia até às três da tarde (Mt 27.45; Lc 23.44), quando Jesus
vier haverá trevas.
Vem a questão: como é possível que as
estrelas caiam na terra, sendo que muitas delas, segundo a ciência, é várias
vezes maior do que a terra?
Se analisarmos o significado de estrela
ao longo da Escritura Sagrada, veremos que esta palavra assume quatro
significados. O mais adequado, aqui, é o significado que esta palavra assume no
livro de Daniel:
·
“E se engrandeceu até contra o exército do céu; e a alguns do
exército, e das estrelas, lançou por terra, e os pisou.” (Daniel 8.10).
·
“Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do
firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e
eternamente.” (Daniel 12.3)
Note como as estrelas, aqui, representam
indivíduos que resplandecem a luz de Cristo (ver Fp 2.14,15).
De fato, assim como as estrelas resplandecem luz, aqueles que estão em Cristo
brilham a verdade e a sabedoria verdadeira do Eterno.
Infelizmente, também é verdade que,
através dos satélites artificiais lançados pelo homem, a sabedoria deste mundo
é disseminada na mente dos indivíduos.
Agora, tente visualizar o que João viu.
É bom lembrar que o trecho de Joel também está relacionado com a vinda de
Cristo no final da 70ª semana:
·
“O sol e a lua enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu
resplendor.” (Joel 3.15)
Considerando que em todas predições de
juízo é mencionado o escurecimento das estrelas, eu creio que quando Jesus vier
para arrebatar a Igreja não será diferente. João não mencionou isto porque, ao
ver os satélites caiando na terra numa velocidade espantosa, ele pensou que
eram estrelas (uma vez que, quando um corpo estranho entra na superfície da
terra, ele se incendeia).
Entenda: quando Jesus vier ao soar da
sétima trombeta, as estrelas se escurecerão e todos os satélites artificiais
cairão na terra; quando Jesus vier após o derramamento da sétima taça, todas as
estrelas irão se fundir e cair em algum lugar longe da terra (só o Eterno para
saber onde).
·
“E todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se
enrolarão como um livro; e todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide
e como cai o figo da figueira.” (Is 34.4 –
concernente a Babilônia).
Todos os que virem a cena verão elas
caiando do alto do céu rumo ao horizonte.
·
“e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então,
todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar.” (Ap
6.14).
·
Pense: quando olhamos pela janela, vemos
o sol girando em sentido anti-horário. No entanto, a verdade é que é a terra
quem está girando em sentido horário.
De igual modo, imagine um indivíduo
morando no polo sul. Quando a terra for “esticada” por Jesus (deixando de ser
esférica para ser perfeitamente plana) a sensação que este indivíduo terá é que
o céu está se recolhendo como um pergaminho quando, na verdade, é o polo sul
(ou o polo norte) que estará se desdobrando uma parte para a esquerda e outra
para a direita.
Não é em vão que Jeremias viu todos os
montes tremendo:
·
“Observei os montes, e eis que estavam tremendo; e todos os
outeiros estremeciam.” (Jeremias 4.24).
E completa dizendo que nem as montanhas
são confiáveis (ver também Sl 121.1,2):
·
“Certamente, em vão se confia nos outeiros e na multidão das
montanhas; deveras, no SENHOR, nosso Deus, está a salvação de Israel.”
(Jeremias 3.23).
Com o sexto selo, a terra voltará à
forma que tinha antes da rebelião de Ha-Satan: plana.
Lucas confirma a profecia de Isaías com
relação à vinda de Cristo:
·
“Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR;
endireitai no ermo vereda a nosso Deus. Todo o vale será exaltado, e todo o
monte e todo o outeiro será abatido; e o que é torcido se endireitará, e o que
é áspero se aplainará.” (Is 40.3,4)
· “Segundo o que está
escrito no livro das palavras do profeta Isaías, que diz: Voz do que clama no
deserto: Preparai o caminho do Senhor; Endireitai as suas veredas. Todo o vale
se encherá, E se abaixará todo o monte e outeiro; E o que é tortuoso se
endireitará, E os caminhos escabrosos se aplanarão; e toda a carne verá a
salvação de Deus.” (Lc 3.4-6).
Quando Jesus esticar a terra em sua
vinda para arrebatar a Igreja, todos os vales que tiveram que ser formados para
que a terra plana se tornasse esférica serão esticados, as ilhas serão movidas
do seu lugar (mesmo porque, pedaços de terra que estavam próximos um do outro
no círculo, agora estarão em lados opostos).
Quando Jesus vier para inaugurar o
milênio, todos, os montes, então, serão aplainados, ficando apenas o monte
Sião:
·
“E acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do
SENHOR no cume dos montes, e se elevará por cima dos outeiros; e concorrerão a
ele todas as nações.” (Is 2.2).
·
“Mas nos últimos dias acontecerá que o monte da casa do SENHOR
será estabelecido no cume dos montes, e se elevará sobre os outeiros, e a ele
afluirão os povos.” (Mq 4.1).
·
“Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os
poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos
penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e
escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, porque
chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?” (Ap 6.15-17).
Este aqui é o maior clamor idólatra
mundial. Todos estarão, ao mesmo tempo, adorando as pedras.
A elite global (reis da terra, as
pessoas ilustres aos olhos do mundo, os comandantes dos exércitos, os ricos, os
que são bons em manipular a opinião pública) se esconderão nas cidades
subterrâneas (cavernas). Já os pobres (sejam escravos ou livres) se esconderão
como puderem nos penhascos dos montes (Is 2.19,21).
Lamentavelmente, os ímpios preferirão
orar aos montes e aos rochedos (Lc 23.30). E isto
também foi previsto anteriormente:
·
“E os altos de Áven, pecado de Israel,
serão destruídos; espinhos e cardos crescerão sobre os seus altares; e dirão
aos montes: Cobri-nos! E aos outeiros: Caí sobre nós!” (Os 10.8).
·
“Porque eis que hão de vir dias em que dirão: Bem-aventuradas as
estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram! Então
começarão a dizer aos montes: Caí sobre nós, e aos outeiros: Cobri-nos.” (Lc 23.29,30).
Por aqui pode-se ver o motivo pelo qual
muitos buscam a intercessão dos santos: porque, no fundo, têm medo de Jesus e
de Sua ira.
Vem a questão: o que exatamente eles
estarão esperando que os montes e rochedos fizessem por eles?
Em primeiro lugar, montes e rochedos não
podem ver, ouvir, ou fazer qualquer coisa. E, mesmo que eles pudessem ouvir, o
que os montes fariam por eles? Esmagá-los? Mas a alma não pode ser extinguida,
é uma fagulha inextinguível.
Infelizmente, montes e rochedos estavam
sendo o deus deles (o deus das fortalezas). Eles, que já estavam acostumados a
adorarem ídolos de pedra, agora oram às pedras contra o próprio Deus vivo.
Por isto a idolatria é algo tão
terrível. Trata-se de inventar (ou buscar inventar) um deus que seja mais forte
do que o Deus verdadeiro e que possa subjugá-Lo. Ao invés de reconciliar e
fazer paz com Jesus (Is 27.5), eles querem derrotá-Lo
e, se possível, aniquilá-Lo.
Perceba como os ímpios sabem que quem
está vindo é o Cordeiro e conhecem bem a Sua natureza. Contudo, eles tentaram
violentar o Cordeiro, mudar Sua natureza. Pode parecer incrível, mas todos os
ímpios, na primeira metade da 70ª semana estarão, no fundo, adorando ao
Cordeiro. Todavia, irão adorá-Lo do modo errado, seguindo o estilo de adoração
ensinado pela besta e o falso profeta.
Todas as vezes que uma destruição em
massa ocorreu foi por causa deste tipo de coisa (Gn
6.13; 11.5; 18.20,21).
Entenda: Cordeiro e ira não combinam. Irritar
um cordeiro implica em numa tentativa extrema de tentar violentá-lo e mudar sua
natureza, tal como fazem os crentes quando oram para a ira do Eterno cair sobre
quem lhes fez mal.
Este Cordeiro irado foi forjado pela ira
que os crentes depositaram Nele com suas orações
malignas. Agora os pecadores preferem a aniquilação a verem a face do Cordeiro.
Afinal, todos estão vendo Nele a quantidade de orações
feitas a Ele contra si.
A face Dele,
que é o principal entre dez mil (ver Ct 5.10), é para
o perverso uma deprimente visão, despertando horror e aprofundando o gemido. A
ira do Amor é a ira mais terrível, pois em Sua face está estampado o amor em
favor de todos aqueles que cada um agrediu.
A ira de natureza maligna raramente toca
a consciência de sua vítima; ao invés disto, frequentemente desperta desprezo e
ira. O Amor, no entanto, quando fica indignado, Sua
indignação esmaga o interior (2Co 5.14).
Veja a dureza de coração! Mesmo
plenamente convictos do juízo que pairava sobre eles, ainda assim preferiam a
morte (Ap 9.6) a se arrepender e converter ao Eterno.
Tal como Caim, eles queriam ficar
escondidos da face do Eterno (pois sabem que Sua face é contra os que fazem o
mal, visto estarem eles contra os que fazem o bem – Sl
34.16) e da ira do Cordeiro (Gn 4.13-16). Eles sabem
que o Cordeiro abomina toda impiedade e injustiça (Rm
1.18; Hb 1.9) e, como eles não querem ficar livre das
mesmas, preferem se esconder.
O que os indivíduos não percebem é que:
·
“E disse-lhes: Atendei ao que ides ouvir. Com a medida com
que medirdes vos medirão a vós, e ser-vos-á ainda acrescentada a vós que ouvis.”
(Mc 4.24).
Infelizmente, nenhum ser humano,
naturalmente, quer justiça. Todo mundo quer a punição do outro quando tem seus
direitos violados, mas querem sempre ser alvos de misericórdia quando erram.
Se não houvesse corrupção e todos
reconhecessem suas falhas, todos buscariam leis que visassem ligar uns aos
outros. Deste modo, o prejuízo de um seria o prejuízo de todos, o que levaria
todos a tentarem achar um modo de, juntos, superarem
as falhas.
Ninguém iria querer punição grave, pois
saberia que o mesmo lhe sucederia quando errasse, sem contar que isto implica
em consumir o irmão de excessiva tristeza (2Co 2.7-11):
·
“Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que
sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu,
que julgas, fazes o mesmo.” (Rm 2.1).
Mas também não iria querer punição leve,
pois isto não seria suficiente para tratar o pecado em sua vida (o qual faz de
si alguém inútil) e na vida do próximo (o qual lhe é de extrema utilidade).
Resumindo: querer a punição do outro é sintoma
grave de isolamento. É sinal de que não estamos cultivando um relacionamento
orgânico, mas simplesmente nos ajuntando de um modo que não reflete a sabedoria
do Eterno (Pv 18.1), nem preenche verdadeiramente o
vazio do nosso coração.
Mas isto não é tudo! Quem quer se
esconder de Jesus (que é amor, paz, felicidade), por consequência tem prazer no
medo, desprezo (o qual traz perturbação) e angústia.
·
“Tu, tu és terrível! E quem subsistirá à tua vista, se te
irares? Desde os céus fizeste ouvir o teu juízo; a terra tremeu e se aquietou.”
(Salmo 76.7,8).
Agora consegues entender o clamor do
salmista?
Compreendes por que o dia da ira do
Eterno sempre é retratado como algo terrível:
·
“Uivai, porque o dia do SENHOR está perto; vem do Todo-poderoso
como assolação.” (Isaías 13.6).
·
“O grande dia do SENHOR está perto, sim, está perto, e se
apressa muito; amarga é a voz do dia do SENHOR; clamará ali o poderoso. Aquele
dia será um dia de indignação, dia de tribulação e de angústia, dia de alvoroço
e de assolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas,
dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortificadas e contra as torres
altas. E angustiarei os homens, que andarão como cegos, porque pecaram contra o
SENHOR; e o seu sangue se derramará como pó, e a sua carne será como esterco.
Nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia da indignação do SENHOR,
mas pelo fogo do seu zelo toda esta terra será consumida, porque certamente
fará de todos os moradores da terra uma destruição total e apressada.”
(Sofonias 1.14-18).
·
“Filho do homem, profetiza, e dize:
Assim diz o Senhor DEUS: Gemei: Ah! Aquele dia! Porque está perto o dia, sim,
está perto o dia do SENHOR; dia nublado; será o tempo dos gentios.” (Ez 30.2,3).
·
“Ai do dia! Porque o dia do SENHOR está perto, e virá como uma
assolação do Todo-Poderoso.” (Jl 1.15).
·
“E o SENHOR levantará a sua voz diante do seu exército; porque
muitíssimo grande é o seu arraial; porque poderoso é, executando a sua palavra;
porque o dia do SENHOR é grande e mui terrível, e quem o poderá suportar?” (Jl 2.11).
·
“Ai daqueles que desejam o dia do SENHOR! Para que quereis vós
este dia do SENHOR? Será de trevas e não de luz. É como se um homem fugisse de
diante do leão, e se encontrasse com ele o urso; ou como se entrando numa casa,
a sua mão encostasse à parede, e fosse mordido por uma cobra. Não será, pois, o
dia do SENHOR trevas e não luz, e escuridão, sem que haja resplendor?” (Am 5.18-20)
·
“E sucederá que, naquele dia, diz o Senhor DEUS, farei que o sol
se ponha ao meio dia, e a terra se entenebreça no dia claro.” (Am 8.9).
·
“Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem
subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como
o sabão dos lavandeiros.” (Ml 3.2).
Mas afinal: quem suportará o dia da
vinda de Cristo? Esta pergunta feita por Malaquias também será feita pelos
ímpios debaixo do sexto selo: quem pode permanecer de pé?
A resposta é: ninguém, já que cada um
está:
·
a
ser acusado diante de um Deus onisciente;
·
diante
de um público de anjos que testemunhou nossos pecados;
·
diante
do testemunho da própria consciência.
Assim:
·
Ninguém
pode alegar que não pecou;
·
Ninguém
pode alegar que não há provas suficientes;
·
Ninguém
pode se desculpar que o pecado não é importante;
·
Ninguém
pode dizer que pecou por acidente (por exemplo, por não ter como evitar);
·
Não
adianta alegar que você estava a serviço de alguém (muito menos do Reino do
Eterno).
·
Ninguém
pode contar com a simpatia da corte, pois o Juiz é o próprio amor em pessoa
(1Jo 4.8,16), sendo esta a base do julgamento. Além disto, a quem recorrer se
Jesus é a única de fonte de amor existente?
Entenda: embora o julgamento seja baseado na lei para
condenar os que insistem em estar debaixo da lei, contudo o que leva o indivíduo
a pecar é a falta de amor pelo próximo.
Não há desculpa para o pecado, pois a
graça sempre esteve disponível.
Além disto, ninguém vai a um tribunal
movido de amor:
·
O
acusador quer fazer cair sobre o acusado todo mal que é legalmente possível;
·
O
acusado quer se ver livre de qualquer coisa que possa fazer dele alguém útil
para o acusador;
·
O
promotor, junto com o advogado de acusação quer trazer à tona toda a maldade
que existe no coração do acusado;
·
O
advogado de defesa quer arrumar justificativa para toda a maldade do seu
cliente.
·
O
júri analisa toda a maldade e decide, segundo a vista dos olhos e o ouvir dos
ouvidos, se o indivíduo é culpado ou não;
·
O
juiz determina a natureza e intensidade da maldade que deve cair sobre o
acusado.
A única exceção é com relação àqueles
que comparecem perante o tribunal de Cristo (destinado aos justos). Estes, sim,
irão lá para conhecer melhor o amor e sabedoria de Jesus em meio a tudo que
experimentaram aqui na terra.
No tribunal de Cristo, cada um será
acusado pela própria consciência ao se deparar com o Amor em pessoa (que agora
não é mais nosso advogado, mas juiz). O promotor é a lei do Antigo Testamento (Jo 5.45). A Igreja é a testemunha e, ao mesmo tempo, o júri,
já que é nela que Cristo fez Sua obra, deixando todo mundo condenável debaixo
da lei e, assim, completamente aberto à Graça (Rm 3.19,20;
11.32).
E
quem são os que vão clamar aos montes e rochedos?
·
Reis
da terra – Autoridades;
·
Os
grandes – Famosos;
·
Ricos
– Que controlam os bens deste mundo;
·
Tribunos
– Estrategistas militares;
·
Poderosos
– Que detém o controle das armas;
·
Servo
– Os que esperam receber do ser humano aquilo que desejam;
·
Livre
– Os que trabalham para si mesmos, que lutam por um país e vida melhores.
Por aqui fica claro
como a idolatria, ou seja, querer adorar outros deuses
na presença do eterno (ou, se preferir, querer moldá-lo consoante seus
interesses) constitui um selo que impede o indivíduo de ter acesso à
revelação Dele.
Felizmente, os eleitos serão livres
desta época de ira que há de vir (1Ts 1.10; 5.9; Ap
3.10).
O sexto selo é dedicado àqueles que
insistem em violentar o Eterno, ao invés de orarem com o intuito de conhecê-Lo
melhor e descobrir Sua vontade.
Tudo isto também nos mostra que, por
mais severamente que alguém seja ameaçado (ou castigado, como no caso das sete
taças), o tal jamais irá se arrepender e converter. Depois que Jesus esgota
todas as suas pragas contra a humanidade (espada, fome, peste e feras da terra),
Ele finalmente vem para arrebatar Sua Igreja.
Quanto à ligação com Mateus 24, há uma
diferença: o versículo 29 retrata a vinda de Cristo para julgar o mundo,
enquanto que aqui é a vinda de Cristo para arrebatar a Igreja. Mas não deixa de
ser uma semelhança:
·
“E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua
não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão
abaladas.” (Mt 24.29).
Todavia, é importante enxergarmos a diferença entre Mateus
24.29 e o sexto selo:
Ao abrir o SEXTO
SELO: |
MATEUS
24.29 - No fim da 70ª semana: |
(sétima
trombeta, quando Jesus vem para arrebatar a Igreja), a lua se torna como
sangue (Jl 2.30; At 2.20). |
dar-se-á
a Batalha do Armagedom: a lua se escurecerá por
completo (Jl 2.10,31; 3.15; Mt
24.29; Mc 13.24); |
as
estrelas do céu (neste caso, os satélites artificiais) caem pela terra (Is 34.4; Ap 6.13). |
as
estrelas do céu caem, mas não na terra (mesmo porque não teria jeito, já que
tem estrela bem maior que a terra - Mt 24.29). |
Os
reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo
e todo livre (Ap 6.15) se escondem nas cavernas e
nos penhascos dos montes |
a
besta e seus seguidores vão ao encontro de Jesus para pelejar contra Ele na
Batalha do Armagedom. É claro que, quando eles vêm
o sinal do Filho do homem no céu, eles lamentam, mas ainda assim vão para a
batalha (ao invés de temer e se esconder como antes – Mt
24.30). |
Nós
seremos arrebatados juntamente com os que morreram em Cristo para ir de
encontro a Jesus (1Ts 4.16,17). |
É
Jesus quem vem nas nuvens para a Batalha do Armagedom
(Mt 24.30). |
os
vivos serão arrebatados juntamente com os mortos em Cristo (1Ts 4.16,17). |
Jesus
ajuntará Seus escolhidos desde os quatro ventos (Mt
24.31), ou seja, os anjos irão conduzir os eleitos que estarão a ser
perseguidos pelas forças malignas do anticristo rumo ao Vale do Armagedom. A jornada das forças do anticristo movida
pelos demônios (Ap 16.13,14) serão usadas para
empurrar os eleitos para perto do Cordeiro, os quais serão protegidos pelos
anjos até chegarem a Jesus. |
os
montes e ilhas são movidos do seu lugar. |
(na
sétima taça), as ilhas vão deixar de existir (irão se ajuntar novamente e
constituírem a porção seca, voltando a ser um único continente – Gn 1.9 – Ap 16.20) e os montes
não serão achados, pois todos os montes serão rebaixados e os vales
aplainados (Is 40.4; Lc
3.5; Ap 16.20). |
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