quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

163 - Casamento - Como proceder para restaurar o lar

CASAMENTO: COMO PROCEDER PARA RESTAURAR O LAR?

 

Um dos grandes erros que os casais cometem é o de tentarem consertar o lar buscando uma compreensão mútua e uma simples mudança de atitudes, como se bastasse um tentar paparicar o outro para que o problema seja resolvido.

Infelizmente os indivíduos se recusam a ir no ponto fundamental da questão: qual a finalidade do casamento?

Como foi que tudo começou? De onde surgiu a ideia do casamento?

 

·        “E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.” (Gn 2.18).

 

Ao contrário do que muitos pensam, o casamento jamais foi ideia do homem. Tudo começou no próprio Eterno. Não existe nada mais sobrenatural do que o casamento. Ninguém, de si mesmo, pensa em casar. Trata-se de o presente do Eterno para o homem (Pv 19.14), algo que Jesus preparou com todo carinho e amor especialmente para Ele, fazendo sair de dentro dele alguém que iria auxiliá-lo em todas as áreas e que lhe daria condições de continuar seu trabalho após a morte.

Agora pense: como você se sentiria se alguém que você tanto ama simplesmente jogasse na lata do lixo o presente que você preparou com todo carinho e amor, como um verdadeira obra de arte nos seus mínimos detalhes? Agora já dá para você imaginar como Jesus se sente quando alguém pensa em se separar.

Agora raciocine: se alguém não consegue dar certo na companhia de alguém que foi criado especialmente para si, como espera dar certo com alguém estranho que nada tem a ver consigo (ver Pv 2.16; 5.13; 20.16; 27.13)?

Infelizmente os indivíduos não estão entendendo que a mulher foi criada para ser auxiliadora idônea do homem.

Ora, quem auxilia, auxilia alguém em alguma coisa.

Auxiliar em quê e, principalmente, para quê?

A primeira pergunta pode ser respondida em Gênesis 1.28.

Já a segunda, para ser respondida, é necessário, analisarmos o papel dos anjos:

 

·        “Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” (Hb 1.14).

·        “E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.” (Ap 19.10).

·        “E disse-me: Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.” (Ap 22.9).

 

Você pode estar se perguntando: mas o que tem haver os anjos com as mulheres. Em primeiro lugar, note como o papel dos anjos é auxiliar a Igreja. E não é segredo que há uma identidade entre o relacionamento de Cristo com Sua Noiva e a intimidade que deve haver entre marido e mulher:

 

·        “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.” (Ef 5.25-27).

 

Vem a questão: por que você acha que os anjos têm tanto prazer em se acampar ao redor da Igreja?

 

·        “O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra.” (Sl 34.7).

 

Eis o motivo disto:

 

·        “Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir. Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho; para as quais coisas os anjos desejam bem atentar.” (1Pe 1.10-12).

 

Assim como os anjos querer ver Jesus se manifestando através da Igreja, o que as mulheres realmente querem é servir de suporte na vida de alguém que possa transmitir-lhes a vida de Cristo e, concomitantemente, mostrar-lhes o que a glória e a Palavra Dele são capazes de fazer em meio aos acontecimentos que surgem. Elas querem ver o poder da piedade (2Tm 3.5).

Logo, o que o homem deve buscar não é paparicar sua esposa. Aliás, esta é a receita para o lar dar errado, visto que quem semeia na carne colhe corrupção (Gl 6.7,8) e que os olhos de qualquer ser humano nunca se satisfazem (Pv 27.20). O que o homem precisa fazer é estar reto aos olhos do Eterno a fim de que seja capaz de encontrar repouso no apoio da mulher e, com isto, poder transmitir-lhe exatamente aquilo que ela precisa receber.

Só assim ela será capaz de encontrar descanso na autoridade do marido a ponto de se submeter à direção dada por ele (aos pensamentos e sentimentos de Cristo em sua vida).

E ao contrário do que muitos pensam, o papel de amar não é da mulher, mas sim do homem.

Sei que isto soa esquisito, já que as mulheres são consideradas mais românticas e sentimentais. Isto, todavia, foi implantado na nossa cabeça pelo romantismo, que vem então tentando endeusar as mulheres e que ganhou força com o movimento feminista.

Todavia, jamais a referência de amor deveria ser a mulher. Lembre-se que o homem é que é a glória de Cristo (1Co 11.7). Tanto que o Eterno se intitula Pai (e não mãe). Logo, se no lar a mulher está expressando melhor o amor do que o homem, isto é um grave sinal de que as coisas vão péssimo no lar.

Lembre-se da exortação dada por Paulo:

 

·        “Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o marido.” (Ef 5.33).

 

Jamais o homem de esperar que sua mulher o ame.

Entenda: só existe uma fonte de amor: Jesus (1Jo 4.8,16). E este amor Ele concedeu especialmente ao homem. Cabe a este transmiti-lo, através do relacionamento íntimo (1Pe 3.7), ao ventre da mulher (analise Gn 1.28) a qual, então, terá condições de permitir Jesus trabalhá-lo em seu interior até o dia em que ela poderá dar à luz este amor em forma de respeito, filhos e fruto do Espírito Santo.

O que Jesus concede à mulher é respeito pelo marido.

Todavia, enquanto este dia não chega, o marido deve permanecer trazendo a esposa para junto de si, deixando que a esposa faça parte da vida que Jesus lhe deu.

De igual modo, a mulher deve permanecer respeitando o marido, mesmo enquanto este permanece distante. Com a graça de Cristo, há de chegar o dia em que o marido irá ver o resultado de seus pensamentos, sentimentos e atitudes através de todo o respeito dela para com seu marido e, então, ficará enojado de si.

Entenda: se a mulher tentar combater os erros do marido, dificilmente ele enxergará a malignidade das suas ações. Todavia, se ela frutificar e multiplicar em meio a tudo que o marido colocar em seu interior, além de ele enxergar toda sua maldade ampliada (cada um colhe o que semeou – Gl 6.7-9), ele também verá a expressão da Graça de Cristo através da mulher (ver 1Pe 3.1-3).

Lembre-se que a ordem é descermos o vale da sombra da morte junto com os inimigos, ao invés de querer fugir dele ou de querer consertar o vale e os que nele moram por força ou violência. Lembre-se que toda colheita na carne traz a colheita da corrupção.

A mulher deve permanecer ao lado do marido onde e na situação na qual ele se encontra, mas sempre buscando o escape de Cristo em meio às tentações que vêm. Sempre haverá um escape para a mulher, de modo que ela possa permaner em Cristo sem mentir (ver At 5.1-11), deixar de orar (ver Dn 6.12,13), idolatrar (ver Dn 3.14-16) e se conformar a frieza espiritual em meio a tudo que acontece à volta (ver Lucas 19.45,46; João 2.15,16).

O homem não deve renunciar sua liderança (ou seja, entregar a vida que seu lar deve viver) para agradar a mulher e esta não deve renunciar a pureza de Cristo para agradar o homem, mas também não deve abandoná-lo nem mesmo quando ele está errado.

A prova disto pode ser vista no Salmo 23:

 

·        “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.” (Sl 23.4).

 

Pense: o que um seguidor de Cristo estaria fazendo no vale da sombra da morte e permanecendo andando por lá? Só existe uma explicação: ele foi obrigado a ir para este lugar por causa de alguém que o rodeia (por exemplo, seu cônjuge).

Ainda que o marido, por ser inimigo de Cristo, acaba sendo inimigo também da sua esposa, ainda assim ela deve permanecer mansa e quieta, confiando que Jesus ira prover Sua mesa para ambos e que nada irá lhes faltar (ver 1Pe 3.4-6).

Se for o contrário, o homem deve permanecer onde está pronto para dar sua vida à sua esposa e só descer ao vale da sombra da morte quando Jesus ordenar a fim de chamá-la para fora deste aprisco.

Que fique claro: submissão é diferente obediência. A mulher deve ser submissa vivendo a vida do marido junto dele, mas sem abrir mão dos princípios da Escritura Sagrada e do caráter de Cristo.

É bom lembrar que o pastor saiu para resgatar a ovelha perdida, mas o pai não saiu atrás do filho pródigo. Isto porque, no primeiro caso, a ovelha perdeu o caminho de volta para o lar; já o filho pródigo, estava tentando achar um lugar melhor.

Também é bom lembrar que gostar é diferente de amar. O mal com as pessoas é casarem com o indivíduo de quem gosta. O problema com isto é que, como o indivíduo muda com o passar do tempo (por causa da corrupção do pecado), o que levou o indivíduo a gostar do cônjuge pode amanhã não existir mais.

Por exemplo: se um gostou do outro por causa da aparência física, e daqui dez anos quando parte desta aparência se perder?

Por outro lado, se cada um se deixou unir pelo amor, a fim de alcançar a verdadeira sabedoria, (a qual está oculta em mistério – ver Pv 18.1; 1Co 2.), um veria no outro a oportunidade de se ver livre do ego corrompido que insiste em se manifestar e daria glórias ao Eterno pelo fato de Jesus usar um na vida do outro para que não haja mais lugar para a carne se manifestar (Gl 5.16,17), mas apenas Cristo (Gl 2.20: 2Co 4.10,11).

 

 

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