sexta-feira, 30 de agosto de 2019

182 - A INFLUÊNCIA DO CASAMENTO NOS QUE TANGE À PUREZA OU IMUNDÍCIE DOS CORAÇÕES e A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DA MULHER NISTO

A INFLUÊNCIA DO CASAMENTO NOS QUE TANGE À PUREZA OU IMUNDÍCIE DOS CORAÇÕES e A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DA MULHER NISTO

 

·        “E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas; com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição.” (Ap 17.1,2).

·        “E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra.” (Ap 17.5)

·        “E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração.” (Ap 17.6).

·        Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias.” (Ap 18.3).

 

Este é um trecho bem conhecido do Apocalipse e que gera muita polêmica acerca da identidade da Grande Babilônia. Contudo, há coisas aqui que podemos aprender acerca de casamento. Note, primeiramente, que estamos tratando de uma mulher que fora casada (ela tem filhas). E, como a identidade da mulher é um “mistério”, logo o casamento da mulher inicialmente fora feito em Cristo (ver Cl 1.26,27).

Contudo, a Grande Babilônia se aperfeiçoará tanto na arte da prostituição que convencerá os reis da terra a se prostituírem com ela e seduzirá todos os povos a se embriagarem com seu vinho (prazeres carnais) da prostituição. Perceba que os povos não apenas beberão, mas se embebedarão, ou seja, isto tomará conta da consciência e do coração deles (ver Os 4.11). Isto lhes contagiará de tal modo que simplesmente fará com que eles aceitem o caráter deles ser transformado. Isto os enlouquecerá e os levará a pensarem e sentirem exatamente do jeito que melhor lhe convenha.

Não se trata de um mero acordo comercial, mas de algo que fez dos reis da terra uma só carne a Grande Meretriz:

 

·        “Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo, e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo. Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne.” (1Co 6.15-16).

 

Pense: o que é prostituir?

De acordo com o dicionário, prostituir é “colocar diante, expor, apresentar à vista; divulgar, publicar; por à venda, mercadejando com eloquência”.

Por aqui podemos ver que um dos objetivos da prostituição é despertar desejos, levar os indivíduos a sentirem e pensarem em algo que eles não estavam interessados ou sequer queriam. Isto vai contra o desejo da mulher virtuosa:

 

·        “Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis nem desperteis o meu amor, até que queira.” (Cantares 2.7)

·        “Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis, nem desperteis o meu amor, até que queira.” (Cantares 3.5)

·        “Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, que não acordeis nem desperteis o meu amor, até que queira.” (Cantares 8.4)

 

A prostituição vem para despertar desejos antes do momento determinado pelo Criador. E considerando que quem faz isto está repleto de desejos impuros, isto acaba por contaminar as vítimas (Pv 2.16-20; 5.3-5).

Não é em vão que a mulher montada na besta é reconhecida como Grande Babilônia. Babilônia foi o primeiro sistema organizado pelo homem que surgiu na terra, cujo objetivo era atrair a atenção de todos os homens para si a fim de, juntos, alcançarem o céu pelos seus esforços (Gn 11.4). Tratava-se de uma perversão direta do mandamento do Eterno descrito em Gênesis 1.28.

A verdade é que nenhuma unidade fora de Cristo é benéfica. Pelo contrário: trata-se de contravenção penal: crime de formação de quadrilha. É daí que surgem as guerras, por exemplo, entre as seitas cristãs.

E é exatamente isto que a Grande Babilônia fará: ela irá se embriagar do sangue dos santos e das testemunhas de Jesus, ou seja, ela fará da vida deles a sua fonte de prazer e meio de alcançar o paraíso deles aqui na terra. O prazer dela em se alegrar por meio da vida daqueles que pertencem a Jesus será tão intenso que chegará a tirar-lhe a consciência.

E ela não ficará com isto só para si. Ela conseguirá contagiar toda a terra (ver Ap 9.21) com suas abominações, prostituições e feitiçarias (Ap 18.23). E tão intenso será o vinho dela que, não importará a intensidade dos flagelos que o Eterno permitirá, todos cujos nomes não estão inscritos no livro da vida se relacionarão cegamente com ela e se recusarão veementemente a abandonar as práticas por ela ensinadas.

Por aqui podemos confirmar o que foi dito pelo autor de Provérbios:

 

·        “Toda a mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola a derruba com as próprias mãos.” (Provérbios 14.1).

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Repare como a mulher consegue influenciar seu lar de um modo fantástico (o versículo nada fala acerca do marido). Cabe a ela decidir se vai aceitar o marido ser sua cabeça ou se vai derrubar sua casa com suas próprias mãos. É verdade que a aliança do homem para com a mulher é unilateral (tal como o é a aliança de Cristo com a Igreja), ou seja, a mulher (e a Igreja) não têm o direito de reivindicar nada, mas tão somente aceitar os termos da aliança. Todavia, cabe à mulher (e à Igreja) decidir se recebe a aliança que lhe foi proposta ou se rejeita.

É a mulher quem decide se quer esposar a sabedoria de Cristo através do marido ou se quer se isolar da verdadeira sabedoria (Pv 18.1,2), tentando manter o marido junto apenas pela força da sua sedução. Se ela cultivar os prazeres do marido, a única coisa que conseguirá colher para seu lar é corrupção (Gl 6.7-9) e traição (uma vez que, quando surgir uma mulher mais prazerosa, ele se deixará atrair por ela).

E que a influência da mulher no lar é extremamente forte, basta ver o que o apóstolo Paulo disse:

 

·        “Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.” (Rm 1.25-27).

 

Quando os indivíduos leem esta passagem, se atém apenas ao homossexualismo. Contudo, o que foi que levou os homens ao homossexualismo? O fato de suas mulheres mudarem o uso natural no contrário à natureza.

Eu já vi vários pregadores dizendo que “entre quatro paredes, entre marido e mulher, tudo é permitido”.

ISSO NÃO É VERDADE!!! Veja o que diz o autor de Hebreus:

 

·        “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará.” (Hb 13.4).

 

A Escritura Sagrada é clara acerca da diferença entre o relacionamento puro que deve haver entre marido e mulher, e a relação imunda entre um homem e uma prostituta.

 

·        “E entraram a ela, como quem entra a uma prostituta; assim entraram a Aolá e a Aolibá, mulheres infames.” (Ez 23.44).

 

A pureza no lar (tanto espiritual quanto sexual) é algo imprescindível:

 

·        “Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.” (Rm 1.9,10).

 

Perceba que entre os injustos que não herdarão o reino do Eterno estão os sodomitas. Muitos pensam que trata-se apenas de homossexuais. Contudo, consulte o dicionário e verás que trata-se de uma relação extremamente imunda. E lamentavelmente, muitas mulheres incentivam seus maridos a se relacionarem com elas deste modo.

Considerando que, na Escritura Sagrada, há uma ordem para o homem de se deixar atrair pelas carícias da sua mulher, esta ideia é extremamente perigosa:

 

·        “Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade. Como cerva amorosa, e gazela graciosa, os seus seios te saciem todo o tempo; e pelo seu amor sejas atraído perpetuamente.” (Pv 5.18,19).

 

Quão terrível é quando as carícias da esposa induzem o marido a se distanciar do plano do Eterno. E não é de admirar: lamentavelmente, muitos pregadores dizem que a mulher tem que ser “companheira, sócia, cúmplice, amante, etc.”

ISSO É UM ABSURDO!!! Uma das razões para muitos casamentos darem errado é o fato de o marido relacionar com sua esposa como se ela fosse uma prostituta (amante). Neste caso, nem há necessidade de temer o adultério. Afinal, pense: o que é o adultério? No que se refere ao casamento, adultério é a mudança do plano original do Eterno. A partir do momento que o casal não conhece o projeto do Eterno para seu lar ou conhece, mas não o segue, este lar já está adulterado.

Veja o caso da Grande Babilônia: ela não é chamada de adúltera, mas de prostituta (embora ela tivesse sido casada). Por que? Simples: ela não se portará como esposa. Na teoria, ela será casada. Na prática, ela verá seu marido apenas uma máquina de prazer.

E o pior é que os mercadores e os reis da terra gostarão loucamente deste tipo de relacionamento sem compromisso, mas que traz muitos lucros e controle sobre a população.

Não é em vão que muitos buscam o Criador como amantes: pensando apenas em bênçãos e no prazer que a presença do Espírito Santo pode lhes dar (o que o povo quer é um culto extasiante). Afinal, embora a Grande Babilônia não atingiu seu ápice, o mistério da iniquidade já vem operando desde a época de Paulo (2Ts 2.7).

A Grande Babilônia é uma mulher casada que tem sido falsa ao leito do seu marido, tem abandonado o guia da sua mocidade e quebrado a aliança do Eterno. Ela, ao permitir que a semente de todos os reis da terra entre dentro dela, acabará gerando filhos mistos (misturando a semente do Criador com a semente dos conceitos e valores deste mundo).

Resultado: todos os indivíduos que por ela forem seduzidos cultuarão ao Eterno de modo mundano.

Enfim, por meio desta passagem podemos aprender o quão sério é o papel da mulher no lar e o quanto este pode perder seu real significado se a mulher não receber em si a sabedoria do Eterno. Daí a ordem dada por Paulo:

 

·        “Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações.” (1Pe 3.7).

 

Observe como é ordenado aos homens coabitar com as esposas com entendimento (e não com emoção). Como, todavia, os homens poderão cumprir isto, se as mulheres perverterem a forma e o sentido da relação sexual? Uma vez que é a mulher quem desperta o desejo no homem, cabe a ela despertar os desejos certos.

Talvez você ache isto exagero. Contudo, analise estes trechos:

 

·        “Para te afastar da mulher estranha, sim da estranha que lisonjeia com suas palavras; que deixa o guia da sua mocidade e se esquece da aliança do seu Deus; porque a sua casa se inclina para a morte, e as suas veredas para os mortos. Todos os que se dirigem a ela não voltarão e não atinarão com as veredas da vida.” (Pv 2.16-19).

·        “Vi entre os simples, descobri entre os moços, um moço falto de juízo, e eis que uma mulher lhe saiu ao encontro com enfeites de prostituta, e astúcia de coração. Assim, o seduziu com palavras muito suaves e o persuadiu com as lisonjas dos seus lábios. E ele logo a segue, como o boi que vai para o matadouro, e como vai o insensato para o castigo das prisões; até que a flecha lhe atravesse o fígado; ou como a ave que se apressa para o laço, e não sabe que está armado contra a sua vida.” (Provébios 7.7,10,21-23).

·        “A luxúria, e o vinho, e o mosto tiram o coração.” (Oséias 4.11).

 

Veja quão grande influência tem a mulher sobre o coração do homem? Ela é capaz de fazer com que ele perca todo o sentimento (Os 4.11; veja também Ef 4.17-19), de modo que ele não venha mais a atinar com as veredas da vida (Pv 2.19).

Por outro lado, o lar no qual a mulher é virtuosa, o marido encontra o favor (graça) do Eterno:

 

·        “Aquele que encontra uma esposa, acha o bem, e alcança a benevolência do SENHOR.” (Provérbios 18.22).

 

Para você entender como isto funciona, pensemos: quem era o pai e a mãe de Adão? Isto pode parecer uma pergunta boba. Contudo, você se lembra qual foi a ordem do Eterno?

 

·        “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” (Gn 2.24).

 

Esta ordem é de extrema importância, já que:

 

·        “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,” (1Pe 1.18,19).

 

Em outras palavras, o que o Eterno ordenou ao casal em Gênesis 2.24 (e em Salmo 45.10) é que eles abandonassem a herança de pecado que eles herdaram dos pais e recebessem em si a herança de pureza e santidade de Cristo.

Contudo, o pai de Adão era o Eterno (Lc 3.38). Então quer dizer que Ele tinha que deixar o Eterno?

Isto explica porque o Eterno deixou Adão sozinho, de modo que ele tivesse ocasião para pecar: ao casar, ele deveria deixar sua herança carnal, bem como as coisas de menino (1Co 13.11) e viver como alguém maduro, a saber, como alguém que sabe buscar o Eterno, ouvir Sua voz, discernir Sua vontade e cumpri-la.

E, ao casar Adão e Eva, o Eterno estava confirmando que ambos já estavam maduros o suficiente para caminharem em justiça e verdade, mesmo sem ouvir a voz Dele por alguns momentos.

Você pode questionar: “mas Adão foi criado puro, sem meninice ou herança pecaminosa (ele não foi gerado a partir de pai e mãe carnais)”. Todavia, isto serve para nos ensinar que, se até Adão e Eva, que não tinham pecado, tiveram que abandonar o conhecimento carnal que eles tinham do Criador, o que sobra para nós?

 

·        “Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne, e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos deste modo. Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (2Co 5.16,17).

 

Considerando que é no casamento que a semelhança do Eterno é manifestada, é nele que a sabedoria do Eterno oculta em mistério se revela (1Co 2.7). Afinal, lembre-se que o lar é a célula da Igreja (a qual é o mistério de Cristo - Cl 1.26,27).

Não é em vão que o Eterno, no que se refere ao ser humano, preferiu dividir Seu papel de educar filhos em dois: a fim de que ninguém fosse capaz de servir como instrumento do Eterno para trazer uma nova vida ao mundo, a menos que se submetesse a uma aliança de sangue.

Ao se relacionar com uma virgem, o homem está como que oferecendo sua esposa em sacrifício e ela, aceitando ser sacrificada. Ao relacionarem pela primeira vez, a mulher consente que saia dela sua vida de solteira (seu sangue); o homem, por sua vez, oferece ao Eterno este sangue como que em memorial ao sangue que Cristo derramou por ele na cruz.

Eis o motivo pelo qual apenas Adão e Eva não tiveram mãe. Embora o Eterno não precise de ninguém que O auxilie, sendo capaz de exercer perfeitamente o papel de pai e mãe (tal como fez com Adão, Eva e todos os anjos), ele preferiu criar e educar filhos através da união de dois pecadores (repartindo Seus atributos entre homem e mulher) a fim de mostrar a todos as imensas riquezas da Sua graça (Rm 5.17-20), principalmente quando atuando por meio da família.

Inclusive, note que, embora o Eterno tenha criado pessoalmente Adão e Eva (e isto sem pecado), ainda assim eles caíram na fé. Mas como, se o Eterno os casou em pureza e santidade? Infelizmente eles, assim como milhões, não entenderam o real propósito do casamento. A prova disto é que Adão não pensou em momento algum em defender sua esposa e suavizar a pena dela. Ele não enxergava a importância dela em sua vida. Mesmo antes do pecado, não havia o amor.

E que a finalidade do casamento está distorcida, veja o que muitos pregadores afirmam: “a mulher não foi tirada da cabeça de Adão para não dominar sobre ele; não foi tirada do pé, para não ser pisada por ele; mas foi tirada da costela para andar lado a lado com ele”. Se marido e mulher andarem lado a lado, fica fácil para o Ha-Satan vir por trás e passar uma rasteira nos dois. Lembre-se que o homem é cabeça da mulher (1Co 11.3) e que o corpo não está do lado da cabeça, mas embaixo servindo-lhe de suporte.

Ao invés de Eva permanecer defronte de Adão (tal como os querubins na arca da aliança) como adjutora para o impedir de fazer o que não é bom, ela própria foi em rumo ao que não presta:

 

·        “Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.” (Gl 5.16,17).

 

É bem verdade que, é nesta posição (o homem diante (defronte) da mulher) que ambos se beijam, abraçam e se relacionam intimamente do modo correto. Todavia, é nesta posição que um se opõe ao outro para impedi-lo de fazer o que quer, de modo que só seja feito aquilo que Jesus quer (analise Mt 18.18-20).

Muitos entendem errado qual vem a ser o papel de submissão da mulher. Não se trata de acatar todas as ordens e desejos do marido. Pelo contrário: trata-se de se submeter aos maus tratos do marido enquanto ela aguarda pacientemente em Cristo que Ele transforme o coração dele (1Pe 3.3-6). Sei que isto pode parecer muito duro, mas não é a assim que a Igreja deve permanecer diante do Eterno: padecendo por Cristo (Fp 1.29; 1Pe 2.18-24; 4.12-19) com temor, paciência, fé e amor junto aos inimigos enquanto Ele trabalha o coração deles (Sl 23.5; Mt 5.44,45)? E a mulher deve se sujeitar em tudo ao marido tal como a Igreja a Cristo (Ef 5.24)?

Infelizmente, a crença que vem sendo divulgada é que o casamento foi feito para trazer felicidade. Isto não procede por duas razões:

 

1.      Como algo ou alguém pode trazer felicidade, se apenas Jesus é a felicidade?

2.      Como é possível que algo bom surja na nossa vida sem que, antes de tudo, isto seja manifestado por Jesus através de nós (medite em Ez 28.13)?

 

Mesmo que alguém queira nos fazer feliz, não conseguirá, pois alguém só pode dar aquilo que tem. Se alguém espera ser feliz através do casamento, é sinal que o mesmo não é feliz e está confiando que o outro é que faça sua vida ter sentido. Apenas quando nosso cálice estiver transbordando da bondade e misericórdia do Eterno em favor de nossos inimigos no vale da sombra da morte (Sl 23.4-6) é que teremos condições de ser bênção na vida de alguém e, com isto, colher toda a bondade e misericórdia de Cristo que vem nos seguindo (Gl 6.7-9; Sl 23.6).

O casamento em si não traz paz, mas sim espada (dupla luta – Mt 10.34): paciência para permanecer junto ao cônjuge enquanto Jesus o usa para tratar o coração dele e humildade para aceitar ser tratado por Jesus através do cônjuge. Todavia, se o casal não desistir um do outro, o coração de ambos será tratado e, aí sim, livre da tirania do pecado, ambos poderão experimentar Jesus dentro de Si e, com ele, a real paz, felicidade e amor.

A bênção final para a Igreja é encontrada em uma indissolúvel união com Cristo. É uma união que jamais nos afasta de quem é Jesus, do que Ele fez por nós, bem como do amor ao próximo que todos devemos colocar em prática. A verdadeira unidade em Cristo é para nos capacitar a sermos indivíduos melhores (e não para nos manter escravos dos desejos do cônjuge, o que acaba minando as forças, tempo e recursos que Jesus nos deu para cumprirmos com êxito sua missão).

A verdadeira unidade não exige de nós esforço para mantê-la. Afinal, o que o Eterno uniu, só é possível ser separado em meio a muita rebeldia e esforço maligno:

 

·        “Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez, e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.” (Mt 19.4-6).

 

De modo que, a luta para manter o casamento é sintoma de um mal muito maior: falta de comunhão e sujeição a Cristo e Sua vontade:

 

·        “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.” (1João 1.7).

 

Quando andamos na Luz do Mundo (João 8.12; 9.5), a vida de Cristo em nós nos conserva nossa mente e coração puros, o que torna a comunhão algo natural.

E aí, qual você escolherá: o caminho largo e espaçoso de paparicar e ser paparicado pelo cônjuge na esperança de ser favorecido aos olhos carnais dele (e com isto colher corrupção - ver Gl 6.7-9) ou o caminho estreito e apertado de receber no teu corpo as marcas de Cristo (Gl 6.17) e de não reter a espada do espírito de derramar a sangue carnal que ainda insiste em correr na vida do teu cônjuge (Jeremias 48.10 – e com isto colher vida eterna em meio aos mortos em seus delitos e pecados que perambulam sem esperança por este mundo)?

 

 

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