terça-feira, 25 de dezembro de 2012

34 - ESTUDO DO LIVRO DE 1TESSALONICENSES



ESTUDO DO LIVRO DE 1 TESSALONICENSES

            Tema: A IMPORTÂNCIA DE SERMOS O EXEMPLO DE CRISTO EM MEIO AOS DESAFIOS E SOFRIMENTOS DA VIDA A FIM DE QUE OS FRACOS NA FÉ SE SINTAM ESTIMULADOS A SE PREPARAREM PARA A VINDA DE CRISTO

Propósito da Carta: Em meio a muita tribulação, os irmãos de Tessalônica receberam a Palavra de Deus (1Ts 1.6; 2Co 8.1-5) com alegria do Espírito Santo, esperando com veemência que Jesus viesse (1Ts 1.16; 2.19; 3.13; 4.16-18; 5.23). Como a luta era muito grande, e Jesus, aparentemente, não vinha eles começaram a ficar desanimados, ainda mais com a morte de muitos dos seus (1Ts 4.13).
Paulo escreve com o objetivo de mostrar o que acontecerá com os que morreram em Cristo quando Ele vier (1Ts 4.13-18) a fim de que eles viesse que, não importa o que aconteça, quem busca a Jesus nunca fica no prejuízo.
E quanto à vinda de Cristo, Paulo esclarece que o objetivo da espera não é para ficar livre dos problemas, mas para estar preparado como uma virgem pura (Ef 5.25-27; 2Co 11.2) para quando o Senhor Jesus vier nos chamar para junto Dele.
Daí as instruções com relação ao amor fraternal (1Ts 4.9,10), à forma correta de trabalhar (1Ts 4.11,12), ao modo correto de lidar com cada irmão da Igreja (1Ts 5.12-15) e ao zelo e santidade que todos devemos ter par com o nosso corpo, alma e espírito (1Ts 5.23).
O fato de Jesus vir logo, em momento alguém deveria servir como desculpa para eles ficarem negligentes quanto ao bom testemunho que todos devemos dar (1Ts 5.16-22).
A Igreja de Jesus teve início em Tessalônica na segunda viagem apostólica de Paulo, quando ele passou por ali brevemente (visto a enorme perseguição que sofreu (At 17.13-15)). Todavia, temendo que eles viessem a se desviar, Paulo deixa Timóteo (1Ts 3.1,2) em Beréia, enquanto partia para Atenas. Embora, no início, Paulo desejasse que ambos se encontrasse com ele o mais rápido possível (At 17.15), ele teve por bem enviar Timóteo a Tessalônica. É bem provável que Silas tenha ficado em Beréia até Timóteo voltar para, depois, irem os dois juntos a encontrar Paulo em Atenas (At 18.5).
É bem provável que Paulo tenha escrito esta carte em Corinto, após o regresso de Timóteo e Silas (1Tm 3.6,7), já que os dois ajudaram Paulo a escrever a carte. Eles informaram Paulo acerca das dificuldades enfrentadas por eles, bem como das dúvidas que havia em seus corações.
Muitos questionavam a autenticidade do ministério de Paulo (1Ts 2.1-6), provavelmente por causa das perseguições que eles estavam sofrendo por causa da Palavra de Deus e da perseguição dos judeus contra ele (At 17.6-8,13,14). Contudo, as lutas eram o resultado da separação que Deus estava operando em seus corações (1Ts 4.1-5), a fim de que todos pudessem ver claramente o juízo de Deus que paira sobre todos que buscam acabar com os desconfortos da carne através do uso dos bens materiais. O desconforto visa a busca de algo espiritual para suprir a necessidade a fim de que, quando Jesus vier, estejamos livres para Ele.

1 TESSALONICENSES 1

Subtema:

Versículos 1 – Saudação: o Real Significado de Ser Chamado Por Jesus

Por aqui fica manifesto que:
a)    Eles compunham a Igreja de Jesus. As lutas e perseguições não eram resultado da era de Deus, mas da sua aceitação como filhos (Hb 12.5-11);
b)    Sendo Deus o Pai, temos que nos parecer com Ele em tudo (1Ts4.1-5);
c)    Sendo Jesus o Senhor, isto significa que ninguém que quer seguir a Deus pode ser maior do que Ele . Uma vez que Ele não teve posses neste mundo (Mt 8.20), foi perseguido (Jo 15.19,20) e dedicou Sua vida a servir (Mt 20.28; Jo 13.13,14), logo é este o estilo de vida que devemos estar dispostos a receber se queremos servir a Jesus;
d)    A graça e a paz devem vir de Deus e têm o propósito de:
a.    Fazer de nós a conti9nuação do nome do Pai (Dt 25.5,6);
b.    Nos capacitar para viver em humildade, buscando no amor de Jesus por Sua Igreja a solução dos problemas. Ou seja, Deus nos abençoa para sermos bênção na vida da Igreja. Deus nos ajuda de mod que nos tornemos úteis apenas nas mãos Dele para fazer a vontade Dele na vida daqueles em quem Ele deseja operar.




Versículos 2 a 3 – Vida Agradável a Deus é Aquela em que a Pessoa Faz a Vontade de Deus sem Abandonar Seu Estilo de Vida ou Seu Caráter

A gratidão de Paulo pela vida dos colossenses era tema constante das suas orações (vs 2). Afinal, é um privilégio estar a serviço de pessoas que são de Jesus, caracterizado por:
a)     Obra da fé de Jesus (Gl 2.20) na vida deles (fé viva – Tg 2.17);
b)    Trabalho do amor, ou seja, o esforço de todo o corpo de Jesus no sentido de fazer a obra que Deus deseja que seja feita, a saber, aquela cuja confiança repousa, não na obra em si, mas em Jesus que justifica o ímpio (Rm 4.5).
c)     Paciência que vem da esperança, ou seja, capacidade de descansar durante todo o processo de tratamento de Deus por enxergar em cada dia que nos separa da vitória, um detalhe a mais a ser descoberto acerca de Deus (Pv 25.2). Embora Deus seja grande e faça coisas grandes, Ele faz questão de se mostrar em coisas pequenas a fim de nos estimular a buscar algo fora de nós mesmos. Além do mais, se algo nos parece pequeno é porque nossos olhos ainda não estão treinados para enxergar o que realmente tem valor.
d)    E tudo isto tem que ser feito em Jesus, ou seja, sem abandonar o estilo de vida Dele e sempre diante Daquele a quem temos de seguir as pesadas (ver 2Co 12.18), ou seja, sempre olhando para Ele a fim de verificar se estamos sendo ou não bons embaixadores (2Co 5.18-20).

Versículos 4 e 5 – A Eficácia do Ministério Consiste em Ministrar na Vida Daqueles Que Deus Elegeu (Jo 17.9-12)

Quando uma pessoa é eleita por Deus, o evangelho não chega a ela somente em palavras. Há também:
1)     Manifestação do poder de Deus fazer milagres no corpo, alma e espírito (2Co 2.4,5; 4.19,20).;
2)     Manifestação do Espírito Santo, ou seja, transformação de caráter e usando os dons celestiais para soluçcionar questões terrenas;
3)     Plena certeza de fé, ou seja, há uma convicção viva daquilo que Deus quer de e para nós, como se dá com alguém que tem autoridade (Mt 7.28,29).

Ou seja, a forma de Deus nos usar está condicionada àquilo que ele deseja operar na vida das pessoas (ver Js 7.8-11; 2Sm 24.1). Daí a intercessão de Moisés por Israel (Êx 32.9-14; Nm 14.11-20) e do viticultor (Lc 13.6-9). Sem contar o conselho dado para sair da Grande Babilônia (Ap 18.4).

Versículos 6 a 10 – Os Recursos do Mundo se Tornam Incompatíveis com Quem Crê. Daí a Guerra que se Instaura Dentro e Fora da Pessoa (Gl 5.16,17)

Ser imitador do Senhor implica em passar por muitas tribulações, sem, com isto, perder a alegria do Espírito Santo, a saber, a disposição de receber a Palavra de Deus como parte integrante da sua vida (vs 6). O objetivo é se tornar um exemplo vivo de Jesus e do verdadeiro caminhar com Ele (1Co 11.1). A Palavra do Senhor e a fé dos Tessalonicenses para com Deus repercutiu por todos os lugares (fvs 8), mostrando o quanto eles estavam dispostos a sofrer para que a verdade fosse bem conhecida e sustentado diante de todos (1Tm 3.15), até mesmo de anjos (1Co 11.10; Mt 1-0.32,33; Lc 12.8,9; Ef 3.10; 1Pe 1.12).
Note o impacto que a verdade é capaz de ter quando esta se torna uma das características da alma da pessoa, tal como se dá com a fisionomia da pessoa que, por métodos naturais, não se pode mudar.
Por aqui se vê o motivo de as pessoas a quem ministramos ser a nossa glória (vs 9): por aqueles que contemplam a graça de Jesus neles (At 11.23). Acabam anunciando como conseguimos entrar na vida deles, como eles deixaram de buscar solução em pessoas e coisas a fim de poderem servir a Deus, que é vivo e a verdadeira verdade. Quem faz uso de ídolos, acaba se deixando consumir por eles, tanto fisicamente, quanto no caráter (que se torna egoísta), ficando completamente inútil nas mãos de Deus (vs 9).
Muito menos é capaz de esperar a vinda Daquele que é a perfeita imagem de Deus (vs 10; Hb 1.3) e foi tirado de entre os mortos (em outras palavras, o pecado leva a pessoa a se conformar com o pecado e a buscar boa convivência com aqueles que vivem para si mesmos (mercantilizando seus talentos até obter o ponto exato onde a maldade da pessoa possa ser usada para suprir a sua maldade.
Agora pense: você acha que uma pessoa desta quer ficar livre da ira que está por vir? Como, se é isto que a faz se sentir tão bem, se é isto que a alimenta?


1 TESSALONICENSES 2

Subtema: O MELHOR MODO DE SE PREPARAR PARA A VINDA DE JESUS: IDENTIFICAND-SE EM TUDO, EM CRISTO, COM O PRÓXIMO

1 – 12 -> As Provas de que o Ministério de Paulo Era de Deus

Quando Paulo chega a Tessalônica os judeus incrédulos, movidos de inveja pelo sucesso dele (At 17.4), passam a perseguir Paulo de cidade em cidade (At 17.13) e também em palavras, ou seja, começaram a difamar Paulo.
Ele, então, os faz lembrar que a entrada dele no meio deles não foi vã (1Ts 1.9; 2.1), mas repleta de manifestações naturais e sobrenaturais (1Ts 1.5) que se espalharam por todo o mundo afora (1Ts 1.6-10). Além disso, Paulo mostra que fisicamente falando, ele não teve nada a lucrar. Pelo contrário, sofreu muito (1Ts 2.2). E ninguém é capaz de sofrer para defender o que sabe ser mentira. Mas quando a pessoa crê de verdade em Jesus, o sofrimento serve de estímulo para ela lutas ainda mais em prol do evangelho (vs 2):
Paulo, sem se preocupar em agradar homens, não usava de:
·         Fraudulência – ele não acrescenta (Ap 22.18), nem tirava (Ap 22.19), nem modificava a Palavra de Deus (1Co 2.13), mas interpretava explicava sob o ponto de vista espiritual;
·         Engano – ele não usava a Palavra de Deus para se autopromover ou esconder seus defeitos.
·         Imundícia – ele não utilizava a Palavra de Deus para manipular as pessoas a fim de usar o corpo delas.

Ou seja, Paulo não exortava para tirar algum proveito das pessoas, mas para agradar a Deus. Eles foram aprovados, não por homens, mas diretamente de Deus: a fim de que pudessem receber o evangelho (vs 3 e 4). O problema em receber o evangelho por meio de homens é que, por melhor que sejam as explicações, a pessoa irá entender e fixar a mensagem com base nos conceitos e valores que ela tem guardado no seu coração. Apenas quando o vemos é que enxergamos o real significado do evangelho de Cristo.
                Mas para isto primeiro precisamos ser aprovados, ou seja, vencer as provas que Deus nos dá, pois são elas que vão nos modificar a fim de que tenhamos condições de reter o evangelho. Deus prova, não o corpo, mas o coração, onde a situação na qual estamos é o laboratório da nossa fé a fim de mudar os sentimentos.
                E, na tentativa de ser livre dos problemas, Paulo nunca faz uso de palavras para seduzir as pessoas a favorecê-lo (Pv 26.28; 29.5) e ele ficar livre da luta, tal como Jesus não aceitou beber vinho com fel (Mt 27.34). Tampouco buscava, no evangelho, o poder material (vs 5). A prova disto é que Deus estava testemunhando de si mesmo através dele (Mc 16.20; Hb 2.5).
                Detalhe: alguém só pode exercer uma profissão após ser aprovado para que fique manifesto a todos a competência de Deus em fazer Sua obra, já que foi Ele quem transforma a pessoa.
                E o objetivo não é buscar glória de homens. Por isto Paulo não queria ser pesado. Afina., se eles sustentassem a Paulo, todo aquele dinheiro seria uma expressão da “boa vontade dos homens” (vs 6; ver Gn 14.22,23), como se alguém, além de Deus, pudesse ser bom.
                Além disto, se Paulo não trabalhasse, ele seria como um ídolo que necessita do cuidado de outros, algo morto que lhe serviria de canseira (Is 46.1). Antes, ele preferiu fazer como Jesus: servir de alívio na vida deles (Mt 11.28; vs 7).
                A afeição que Paulo tinha era tão grande que ele adotou os Tessalonicenses como seus filhos a fim de poder comunicar, não apenas o evangelho, mas a própria vida (vs 8). Por isto é que faz questão de trabalhar: a fim de que eles pudessem ser livres para ser seus filhos. Quando uma pessoa trabalha, ela está pagando pelos seus pecados. Deus primeiro alivia a pessoa do jugo do pecado para, depois, a receber como filho (Rm 6.17-22).
                De igual modo, Paulo não queria ser um peso na vida deles, mas servir como instrumento para os libertar do peso espiritual a fim de que eles pudessem se comportar como filhos. A diferença do escravo para o filho é que este é livre para servir e aquele serve pensando em ser livre.
                É essa liberdade que nos faz livres para sermos santos, justo e irrepreensíveis, como Paulo, o que comprova que é possível ser perfeito (Mt 5.48) e santo (1Pe 1.16), de modo que, quem peca, ainda não nasceu de novo (ver Rm 8.9; 1Jo 3.5-9; 5.18).
Quando um relacionamento vai mal, o problema, antes de tudo, está na forma de relacionar com Deus (Cl 1.10). Ao invés de tentarmos consertar com a pessoa, temos que consertar com Deus (vs 11,12).
Paulo os exortava como a filhos a fim de que eles pudessem aprender o que significa ter Deus como Pai, a fim de que eles pudessem receber o chamado para participar do Seu:
·         Reinado – o privilégio de sempre saber fazer a coisa certa;
·         Glória – o privilégio de sempre ser quem realmente devemos ser, de ser a pessoa certa.


13 – 16 -  Ou Aceitamos a Palavra de Deus Operar (“soprar”) em nós a Semelhança de Imagem de Deus ou Lutaremos Contra Isto, ao Longo dos Nossos Dias, Conservando a Distorção que Concebemos da Palavra de Deus.

Mais uma prova de que a pregação de Paulo era de Deus era a forma de eles aceitarem a Palavra de Deus e o trabalhar dela no coração de cada um deles. Ou seja, quando a Palavra vem de Deus, ela faz algo no interior da pessoa. Deus não apenas ordena, mas capacita a pessoa à obediência, contanto que ela confie em Jesus a ponto de não tomar nenhuma decisão foram da palavra. Daí ser sossego e na confiança, a nossa força (Is 30.15; Sl 37.7).
Infelizmente muitos têm tanto medo de sofrer que, para fugir do sofrimento, se dispõe a agradar homens. Deste modo, renunciam a imagem e semelhança de Deus em suas vidas (vs 14 – Gn 1.26,27). E o pior de tudo é que, quando a pessoa não recebe Jesus e Sua Palavra, ela acaba se tornando perseguidora daqueles que a pregam (vivem), sendo contrário a tudo que é bom e às pessoas (querendo sempre força-las a algo que nunca as satisfazem).
Tais pessoas não querem a salvação seja anunciada porque eles querem que seus pecados sejam alimentados cada vez mais (vs 16). Sobre tais pessoas a ira de Deus permanece até que o pecado na nossa vida tenha fim, seja morrendo neste mundo ou para o mundo.
Ou seja, a não aceitação da Palavra de Deus é uma prova de que o juízo de Deus ainda continua na vida da pessoa, pois ela continua a lutar contra aquilo que é bom para os outros, para que seja só seu.

17 – 20 – A Importância, a Forma e o Motivo de nos Identificarmos Com as Pessoas que Deus Coloca na Nossa Vida

Embora Paulo tenha ficado cerca de 3 semanas em Tessalônica (At 17.2), ele desenvolver um vínculo afetivo tão grande que, para ele, os Tessalonicenses eram seus filhos. Ele desejava tanto ver os Tessalonicenses de novo que isto despertou nos seus companheiro s de ministério o mesmo desejo (vs 17 e 18), de modo que, embora Timóteo e Silas tivessem chegando a pouco, desejaram vê-los novamente.
Satanás, contudo, impe3diu, mostrando que, apesar de tanto esforço, Paulo0, Silas e Timóteo não estavam no mesmo ânimo (em concordância plena – Mt 18.19; 1Co 1.10; Fp 2.2; 4.2). Paulo, em particular, conseguia enxerga-los como sendo sua:
1)      Esperança – aquilo que devemos esperar;
2)      Alegria – aquilo que deve nos fazer felizes;
3)      Glória – aquilo que nos identifica.

E isto, não só de imediato, mas até na vinda de Jesus (vs 19,20). Isto porque, é através das pessoas que Deus coloca na nossa vida, que fica evidente a eficácia do nosso ministério. O destaque para a vinda de Cristo é que, nesta ocasião, todos poderão evidenciar isto, enquanto que, agora, só poucos poderão ter acesso a tudo que Deus é em nós.
Detalhe: as pessoas só serão tudo isto em nossa vidas, na verdade, ou seja, em Cristo. Logo, de nada adianta evangelizar sem a perfeita unidade que só o Amor é capaz de promover (Jo 17.11,21-23).
Outro detalhe: se Deus, sendo maior, se identificou com o ser humano tão cheio de falhas, quem somos nós para não nos identificarmos com alguém que aceite a transformação de Cristo.
 Se Deus se identificou até com Jacó, Ele pode se identificar com qualquer um que se entregue 100% com Ele (Êx 3.14,15).

1 TESSALONICENSES 3

Subtema: BUSCANDO O NECESSÁRIO A FIM DE QUE NÃO DESISTAMOS DE PERMANECERMOS JUNTOS DOS ATRIBULADOS EM SUAS TRIBULAÇÕES A FIM DE QUE, QUANDO JESUS VIER A ELES COM OS SEUS, ESTEJAM PRONTOS PARA RECEBER A SUA GLÓRIA

1 – 5 – Deus coloca em ordem a nossa vida a fim de que possamos encontrar, na tribulação, motivo de alegria e, com isso, não fiquemos abalados ao ajudar os atribulados

Timóteo e Silas foram deixando em Beréita (At 17.134) e só forma encontrar com Paulo em Corinto (At 18.5). Entretanto, apenas Timóteo é enviado de volta a Tessalônica (vs 1). O motivo era o medo de Paulo que o tentador tentasse eles, de modo que viessem a naufragar na fé (1Tm 12.19; vs 5). O objetivo de Paulo era saber do estado da fé deles (vs 5), bem como exortá-los e confortá-los acerca desta fé (vs 2)., a fim de que ninguém se abalasse por causa das perseguições que vieram a eles (vs 3; At 17.5-13).
Ao invés de temer as lutas, eles deveriam ter prazer nelas por saber que tudo isto faz parte da ordenação de Deus (vs 3), sendo algo indispensável para que outros pudessem conhecer o evangelho. Inclusive, o fato de eles saberem de antemão tudo que teriam de passar por causa do evangelho mostra o quanto as recompensas e prazer de seguir a Jesus eram maior que qualquer sofrimento que pudesse lhes sobrevir (vs 3.4). E a razão do sofrimento é simples: as ovelhas a serem resgatadas estavam na região da sombra da morte (Is 9.1,2; Mt 4.15,16; Sl 23.4), sendo necessário ir até elas para resgatá-las.
Deus nos ordena (coloca nossa vida em ordem – 1TGs 3.3) a fim de que sejamos capazes de passar por estas tribulações sem cairmos na fé (1Co 10.12,13). A desordem fazer parecer que precisamos de muitas coisas, já que há muitas coisas que, por não estarem no lugar designado por Deus na nossa vida, ficam só entulhando.
Timóteo, por exemplo, foi enviado porque:
1.       Era irmão – tinha como Pai o mesmo Deus, ou, se preferir, ela via Deus do mesmo jeito que eles;
2.       Ministro de Deus – porque ele estava próximo de Deus ouvindo-O e “auxiliando-O” (em outras palavras, deixando que Deus o usasse para ajudar a Si mesmo).
3.       Cooperador no evangelho de Cristo – porque ele permitia que Deus usasse sua vida para que todos pudesse ver o que é o corpo de Cristo. Isso ele conseguia permitindo que as pessoas que Deus trazia até ele fossem seus membros (Rm 12.5) e sendo membros deles. Ou seja, o corpo de Cristo somos nós resolvendo as coisas, não sozinhos ou apenas com a ajuda de Deus, mas com a ajuda do próximo que Deus faz chegar até nós.

6 – 10 – A importância de alimentarmos a fé e o amor em Cristo nas pessoas através da nossa permanência junto a elas em meio à luta na qual ela se encontra

Apesar de Paulo ter ficado apenas 3 semanas, ainda assim os Tessalo0nicenses também ficaram bastante marcados pela vida de Paulo (vs 6), além de a fé em Jesus ter produzido furto na vida deles (vs 6), o que mostra que o importante não é o tempo que ficaram juntos, mas a atuação do Espírito Santo. Isto destrói a ideia de que é preciso manter uma unidade carnal com a presença de pessoas capazes a fim de manter a Igreja no caminho de Jesus (vs 7).
Isto trouxe muito consolo a Paulo, pois ele pôde testemunhar que as limitações dele não haber5iam de impedir o crescimento da Igreja. Ou seja, quando ministramos a Palavra de Deus pura e sem distorções, ela própria se responsabiliza de produzir, no ambiente onde a pessoa está o seu próprio fruto (Mc 4.26-29). Nunca perderemos nosso trabalho (Hb 6.20), pois a Palavra de Deus não volta fazia (Is 55.10,11). Não importa o quão pobres e sem amparo estejam os no mundo, não precisamos dos recursos deste para que a obra de Deus seja feita.
A vida de Paulo era baseada na firmeza das pessoa no Senhor (vs 8), ou seja, ele só recebia algo de alguém quando isto descia do Pai da Luzes (Tg 1.16,17). Assim, a alegria que ele tinha em ver as pessoas sendo usados por Deus era tal que ele nem sabia como ser grato a Deus (fvs 9).
Por que isto? Por que gratidão significa usar o que3 a pessoa nos deu na presença dela e por amor a ela. Por isto só podia habitar com Deus quem sacode das mãos todo presente (Is 33.14,15). Porque, como usar o presente dado pelo ímpio na presença dele, se seu caminho é mau diante do Senhor (ver Gn 38.7,10; Jz 2.11; 3.7,12; 4.1; 6.1; 10.6; 13.1; 1Rs 14.22; 15.26,34; 16.19,25,30; 21.25; 22.53; 2Rs 3.2; 13.2; 14.24; 15.9,18,24,28; 17.2,17; 21.2,6,15,16,20; 23.32,37; 24.9,19; 2Cr 19.1,2; Is 65.12; 66.4).
Logo, a única forma de Paulo mostrar sua gratidão a Deus por toda a alegria que sentiu ao saber da fé e do amor dele (vs 6,9) era indo até eles. Por isso ele orava noite e dia para poder ver o rosto deles e suprir o que faltava à fé deles (vs 10). Considerando que Paulo havia sido expulso, era um desafio voltar lá. Porém sua ida até lá mais uma vez comprovaria que a alegria do Espírito Santo é amor que qualquer sofrimento que o mundo tente impor sobre nós. Além de mostrar qual á a verdadeira alegria daqueles que cr4ê em Cristo. A ida dele em tais circunstâncias também comprovava o quão valiosa era tal fé.

11 – 13 – Permanecendo em ser usado apenas pelo Senhor a fim de que a fidelidade Dele seja vista por todos e, deste modo, estes possam amar e receber amor constantemente em nossa presença

Paulo mostra que o Deus que ele servia era sempre o mesmo (vs 11) nunca mudava (Ml 3.6; Hb 13.8) e que a tribulações que eles passavam não era sinal da desaprovação de Deus, mas isto era necessário para que eles pudessem entrar no Reino de Deus (At 14.22). Afinal, a tribulação é um tentativa do diabo em usar o mundo para nos derrubar, mas Deus usa isto para remover tudo que é possível ser abalado na nossa vida a (Hb 12.25-27).
E Deus não vai se modificar para agradar a nós. Glória de Deus por isto, já que isto significa que Ele também não vai se modificar para agradar os outros e nos prejudicar. Em outras palavras, as tribulações que eles estavam passando não era Deus favorecendo os outros, mas Deus lhes dando a oportunidade de receber o que foi reservado apenas àqueles que estão ligados a Ele (1Co 2.9). Sempre que Deus deseja abençoar a todos. Infelizmente, a maioria dos opressos se recusam a receber o que Deus tem para eles, pois não traz benefícios carnais, mas “apenas” para a alma e o espírito (os quais, muitas vezes, só conseguem crescer quando a carne é privada de algum benefício).
Mesmo porque o tempo e a oportunidade ocorrem a todos (Ex 9.11). Se os oprimidos aceitassem de bom grado o que Deus quer dar ao coração deles, ficariam em melhor situação do que os que agora estão na abastança, muito mais do que se as coisas tivessem acontecido do jeito que eles esperavam (Pv 3.11,12; Lv 26.43).
Tanto é assim que Paulo, mesmo correndo risco de vida pede a Deus que o encaminhe até eles, confiando que isto serviria para que eles se multiplicassem e, deste modo, pudessem crescer no amor:
No amor uns para com os outros;
No amor para com todos;
No amor dentro do coração deles.

Ou seja, nossa presença deve estimular na vida das pessoas próximas a nós que elas sejam capazes de:
1.       Se amarem
2.       Amar os inimigos (Mt 5.44) de Deus;
3.       Despertar a capacidade de amar no coração das pessoas, de modo que elas passem a dar apenas aquilo que é nascido de Deus.

E é esta a verdadeira forma de consolarmos as pessoas (vs 13) e garantirmos que elas serão conservadas na presença de Deus sendo usadas por Ele, sem necessidade de serem repreendidas (vs 13).
Por 3 vezes aparece a expressão “Deus e Pai” e “ Senhor Jesus Cristo” (1Ts 1.1; 3.11,13), indicando que nossa vida sempre deve ser um continuação de quem  Deus é (Deus e Pai) e foi (Senhor Jesus Cristo) porque, a final, Jesus é, era e há de vir (começando através de nós, como sendo nossa vida o “futuro” de Jesus no que somos usados pelo Espírito Santo (Ap 1.8).
Quando Jesus vier com todos os Seus (vs 13), devemos estar sendo usados apenas por Ele a fim de que haja em nós espaço para a Sua glória (2Ts 1.10) infinita e a terra, deste modo, tenha condições de ser cheio da glória do Senhor (Hb 2.14; Is 11.9) (e não apenas ter um rápido vislumbre dela). Afinal, a vinda de Cristo é Ele vindo recolher os seus frutos (Mt 21.33,34).

1 TESSALONICENSES 4.1-12

Subtema: SE QUERES FICAR PREPARADO PARA A VINDA DE CRISTO, INVISTA NO AMOR FRATERNAL, OU SEJA, DE SE ENVOLVER APENAS COM O0S IRMÃOS, NÃO IMPORTA QUAL O PROBLEMA QUE SURGE

1 – 8 -> A Questão Não é Apenas o Que, Mas Com Quem Faz. O Objetivo de Tudo é Ser Usado Por Deus Para Exaltar as Coisas Espirituais, Sem Nos Contaminarmos Com os Conceitos e Valores Deste Mundo.

A forma correta de andar e agradar a Deus é aquela que nos leva a progredir  cada vez mais, na intimidade com Deus (vs 1). Daí o destaque para a expressão “como recebestes de nós”. Ou seja, não é para inventarmos soluções, mas para seguirmos o exemplo deixado por Cristo (1Pe 2.2,24). Objetivo não é simplesmente resolver problemas, mas permanecer em Cristo em novidade de vida. (Rm 7.6; 2Co 5.17). Diferentemente dos métodos do diabo, que implica em uma repetição de sensações, o método de Deus não visa repetição, mas contínuo crescimento em todas as áreas (vs 1). Sempre novas emoções e sensações, embora os elementos básicos nunca mudem.
Assim se dá com os mandamentos: embora sejam sempre os mesmos, sempre há novas formas de coloca-los em prático (vs 2). Os princípios básicos que devem constituir cada atitude nossa são sempre os mesmos. Apenas devem ser aperfeiçoados, a saber , combinados com outros elementos a fim de nos santificar ainda mais. A santidade é construída nos relacionamentos vivos. Ou seja, considerando que santificação é ser usado exclusivamente por Deus e que Jesus usa apenas o Seu corpo, logo apenas aqueles que concordam que seja construído dentro de si relacionam ligados uns aos outros pela Palavra de Deus e que também concordam em fazer parte da o histórico da Palavra de Deus na vida de cada um e que, de fato, farão parte do corpo de Jesus.
Uma vez que Deus quer santificação, a única coisa a que devemos nos abster é da prostituição (vs 3). Afinal, a pessoa que quer relacionamento sem compromisso com a Palavra de Deus, irá nos manter ocupados com os desejos delas. Deus nunca projetou que as pessoas conduzissem seus relacionamentos tão somente com base em leis e desejos.
Cada um deve possuir o seu corpo (que sofre com o descontrole da alma chamado prazer) dentro da santificação e da honra que consiste em se propor em ser a continuação de cada um que Deus levanta para fazer parte de nós) (vs 4). Nada de sofrer por causa de desejos não satisfeitos (vs 5). Apenas quem não conhecer Jesus vive em função dos seus desejos – a menção da palavra gentios mostra que esta palavra está relacionada com aqueles que seguem a um deus desconhecido (ídolos mudos) (At 17.23; 1Co 12.2).
Que ninguém oprima ou engane àquele que compartilha da mesma fé (vs 6). A verdade é que, quando estamos envolvidos com aquilo que desejamos, com certeza faremos uso de uma destas coisas. Que fique claro: a partir do momento que não estamos nos empenhando em fazer a vontade de Deus, já estamos defraudando os irmãos, pois nossa ocupação conosco mesmos impede a Palavra de Deus nos usar. É importante esclarecer que não se trata meramente de obedecer a regras, mas de unir pessoas no caráter de Deus. Não deveríamos ter negócios com as pessoas do mundo (vs 3). Estamos prejudicando os irmãos (tirando-lhes o sustento, bem como a oportunidade de crescerem com a nossa presença). Se relacionar com alguém por mero desejo, por isto, atrai a vingança de Deus.
VINGAR significa dar-se por contente por finalmente ter vencido, ou seja, conseguido reparar o erro. Deus não erra, mas se compraz em usar Sua Palavra para corrigir as besteiras que fazemos. Deus não nos chamou para nos alimentarmos (corpo, alma e espírito) de algo impuro (vs 7)., mas apenas Dele, e isto através do exercício dos poderes e dons do mundo vindouro (Hb 6.5).
Quem rejeito isto, está desprezando o próprio Deus (vs 8), a saber, Aquele que nos concede o Seu Espírito, o qual faz de nós pessoas santas.

9 – 12 -> Nunca Venda o Corpo Só Para Comprar os Favores de Alguém. Seja Honesto e Só Tenha Contato Com Aqueles Que Têm Algo em Comum Com Você


Deus o s havia instruído pessoalmente acerca do amor uns aos outros (instrução que se dava de modo prático – 2Co 8.1-5); vs 10). Inclusive, é justamente esta a fé deles se espalhassem por toda a parte (1Ts 1.8,9), bem como serviu de testemunho da eficácia do ministério de Paulo (1Ts 1.9).
Mas, se assim é, por que é necessário progredir cada vez mais (vs 10)?
O problema é que, quando a pessoa para de se esforçar par progredir, ela começa a definhar. Não basta tentar manter, pois ninguém gosta da rotina enfadonha. A pessoa precisa sempre estar crescer, ainda mais se tratando do amor. Sempre há formas mais eficazes de aperfeiçoar a ligação das pessoas. Três coisas são necessárias para isto (vs 11):
1.       Viver quietos (acomodado às coisas humildes – Rm 1.16);
2.       Tratar dos próprios negócios – trabalho naquilo que é seu, ou seja, naquilo que o fará crescer em vida e amor. Nada de ser empregado dos outros (1Co 7.23), pois serás obrigado a dar tua força, tempo e energia para alimentar a ganância do patrão e fazer coisas que, de um modo geral, nenhum proveito trazer. Além de ser obrigado, muitas vezes, a deixar de servir a Deus na vida de muitas pessoas por estar ocupado. Daí a ordem para se abster da prostituição (vs 3) (Grande Babilônia – Ap 17.5): chega de se degenerar pelo contato contínuo com pessoas que nenhum aceitação têm diante de Deus;
3.       Trabalhar com as próprias mãos – ao invés de queremos que as pessoas mudem, nós é que temos de buscar em Jesus novas formas de lidarmos com elas. O trabalho de transformação do caráter das pessoas é tarefa nossa, à qual devemos nos dedicar apenas com relação àquelas pessoas que Deus nos deu (nossos próprios negócios).
4.       Nosso negócio não deve crescer tanto a ponto de precisarmos de empregados, pois ninguém levará nosso trabalho tão a sério quanto nós e, com isto, nosso nome e o de Deus ficarão envergonhados.
5.       A verdade é que cada um deve levar a sua própria (Gl 6.5), sem, com isto, eximir os outros de qualquer participação (Gl 6.2). Note que o objetivo não é agradar o próximo, mas buscar que haja em nós algo que seja agradável a ele, que tem há haver consigo mesmo (Jr 15.19). Fazer coisas para agradar alguém é querer afastá-la de nós. Temos que ir ao ponto chave: quem somos e quem devemos ser. A ideia é prepararmos nosso coração enchendo-o com aquilo que é do Espírito Santo a fim de que as pessoas possam encontrar dentro de nós aquilo que elas tanto necessitam.

Esta é a única forma de andarmos honestamente para com os que estão de fora, a saber: conservarmos-nos longe delas. Afinal, porque ir em direção em alguém se nenhum interesse temos pela pessoa ou por aquilo que lhe diz respeito? Não devemos continuar necessitando de coisa alguma das pessoas que estão fora da Igreja. Mesmo porque, quando buscamos algo deles, estamos afirmando que eles possuem algo bom para oferecer e que estamos dispostos a ajudá-los (afinal, compramos algo de alguém para ajudar tal pessoa).
Não podemos nos conformar com este sistema babilônico, onde cada um abre mão dos princípios de Deus para a sua vida a fim de obter do outro aquilo que lhe interessa.

1 TESSALONICENSES 4.13-5.10

Subtema: nada de dormir na fé. Devemos conservar a pureza e santidade nos relacionamentos, pois Jesus pode voltar a qualquer momento e, se não estivermos preparados, nunca encontraremos com os irmãos que morreram

13 – 18 ->  A Morte de Algum Irmão é Para Ser Motivo de Alegria por Sagber Que Tal Pessoa Finalmente Venceu, Está Com Jesus (1Ts 4.15) e Virá Com Na Ocasião da Sua Volta

                Os que creem em Jesus não deveriam ficar tristes com a morte de um irmão, já que sua morte é preciosa aos olhos do Senhor (Sl 116.15). Não podemos nos comportar com ímpios que não veem a morte como uma viagem aonde em breve iremos nos encontrar. A verdade é que a quase totalidade dos crentes estão presos a este mundo e, por isto, não se conformam com a perda de algo que lhes privará de momentos felizes neste. Sua capacidade de amar, por ser tão pequena (pois a sua ocupação consigo mesmo é muito grande), acaba se restringindo a uns poucos relacionamentos de sorte que, quando um deles vem a faltar, parece o fim do mundo. Se, contudo, dilatássemos o nosso coração (2Co 6.11-13) e considerássemos a morte como a pessoa voltando para o lar, ficaríamos alegres pela morte dela e ansiosos para irmos ao céu a fim de encontrarmos com ela (ainda mais se a nossa alegria fosse a companhia do Senhor). Estaríamos tão envolvidos com a Palavra de Deus e o céu que pouco tempo teríamos para a saudade, a não ser para nos deixar ansiosos em ir ao céu.
Jesus trará em Sua companhia aqueles cujo espírito está descansando Nele em plenitude (sem fazer nada de si mesmo).


1 – 11 -> A prosperidade dada por Deus não é material. As tribulações são a prova de que a Palavra de Deus é verdade. Assim, ao invés de buscar em Cristo nesta vida (1Co 15.19), devemos buscar que Ele nos conserve na vida uns dos outros

                O dia do Senhor vem como o ladrão, ou seja, de uma vez, para retirar da nossa vida, repentinamente, aquilo que se tornou útil para nós. E Jesus vem de noite, ou seja, no auge da apostasia. Quando a igreja estiver repleta de conceitos e valores errados, confundindo o real significado de paz e segurança, Jesus virá. As pessoas ficarão surpresas pensando que estão agradando a Deus quando, na verdade, estão se distanciando Dele.
                O arrebatamento será uma surpresa para muitos que esperam em Jesus Cristo apenas nas coisas desta vida (1Co 15.19). A impressão que as pessoas vão ter de Jesus é que Ele é um juiz injusto (Lc 18.6) e um maldito (Ap 9.20,21; 16.9,21). E isto acontecerá quando as dores de parto vierem a Israel, que estará prestes a dar à luz.
                Leis existem quando os interesses das pessoas são diferentes. Quando os interesses são os mesmos, não há necessidade de regra, pois uma pessoa coopera com a outra. Nenhuma tem interesse em prejudicar a outra porque sabe que isto lhe trará prejuízos. A verdade é que, a menos que Jesus seja a alegria de todos, sempre haverá choque entre as pessoas, mesmo que estejam unidas em torno da mesma causa. Pois, neste caso, o que aconteceu foi que as necessidades de cada uma só têm condições de serem supridas através de uma mesma coisa. Mas não há um interesse legítimo pelas vidas, nem pela causa em si.
                Assim acontece em quase todas as igrejas. As pessoas alegam amar Jesus, mas estão ali por causa daquilo que esperam obter Dele. Quando Israel está prestes a dar à luz ao cristo que eles tanto queriam (a saber, o anticristo de Dn 9.24-27), quando todas as promessas materiais do antigo testamento (por exemplo, Is 60) para eles parecem se cumprir, então vem o aviso das 7 trombetas e o arrebatamento daqueles que eles consideravam um grande problema: os que são de Cristo. Finalmente o mundo, bem como aquelas pessoas que estavam mornas na igreja, conseguem o que tanto queriam.
                Apenas quando a destruição vem é que muitos percebem o erro que cometeram.
                O detalhe é que é impossível ficar livre da destruição que virá (vs 3).
                Entretanto, o dia da vinda de Cristo não era para nos surpreender. Deveríamos estar preparados, atentos a todos os sinais, bem como ao real significado do que significa pertencer a Cristo. Somos filhos:
1.      Da luz -> do verdadeiro conhecimento (Sl 119.105), da direção de Deus (1Jo 1.5,6), do amor ao próximo (1Jo 2.9-11).
2.      Do dia -> das 12 horas na qual todos devemos trabalhar (Jo 9.4; 11.9,10).

Ajuntando (1Ts 4.9) com (1Ts 5.1,2), vemos a ligação entre o Dia do Senhor e o amor fraternal. Eles estavam muito bem instruídos por Deus acerca destes dois assuntos. Afinal, Deus nos chamou para descansarmos das nossas obras (Hb 3.) e sermos usados por Ele o tempo todo para aperfeiçoar o conhecimento de Deus na vida um do outro, e não para ficarmos fazendo a nossa vontade, vivendo de modo irresponsável.
Não há motivo para que a vinda de Cristo nos surpreenda, como se este dia fosse um ladrão (vs 4). Afinal, não estamos mais entenebrecidos no entendimento (Ef 4. 17-19), entregues aos nossos desejos (Lm 2.9; Sl 81.11,12; Rm 1.28) e separados da vida e do amor de Deus (Ef 2.12).
Noite e trevas estão relacionados com relaxamento de virtudes (vs 6). Aqueles que têm prazer nas suas más obras (Jo 3.19-21) odeiam a luz a fim de que ninguém enxergue quem eles realmente são e o que estão fazendo. Tais pessoas não estão interessadas em vigiar, ou seja, descansar e esperar (Sl 37.7) por aquilo que é bom, a saber:
1.       O momento certo de dar o sustento aos servos de Deus (Mt 24.42) ou, se preferir, que Jesus irá enviar Seus servos a fim de que lhes demos o fruto do Espírito Santo (Mt 21.33,34);
2.       O momento em que Jesus virá dar a cada um o que lhe é devido (Lc 12.36,37; Mt 25.20,23; Rm 2.6; Ap 22.12).
              
Alguém do mundo só pensa em vigiar sobre o mal, ou seja:
1.       Sobre a possibilidade de que alguém venha lhe trazer algum dano;
2.       Sobre a hipótese de poder vir a fazer o dano a outrem, ainda que sobre o pretexto de que não tem interesse em prejudicar alguém, mas apenas obter lucro. A verdade, porém, é que, quando estamos tirando vantagem, alguém está perdendo. Não tem como duas pessoas ganharem ao mesmo tempo sendo os seus interesses diferentes.

Aquelas pessoas que querem dormir (fechar os olhos para todo o sofrimento que as pessoas estão experimentando), fazem isto durante a noite, quando estão ociosas (Os 9.17; Mt 20.6,7). Aqueles que querem se embebedar (fugir da realidade deste mundo através de prazeres carnais que lhes permitem ver este mundo do jeito que lhes convém), também fazem isto quando não estão envolvidas com aquilo que é frutífero (ver 2Pe 1.5-8).
Nós, contudo, que somos do trabalho do amor (1Ts 1.3), devemos ser sóbrios, ou seja:
1.      Simples -> puro, não misturado, não composto, sem ornamentos, natural, espontâneo;
2.      Parco -> econômico;
3.      Frugal -> frutífero, ou seja, que faz tudo pensando no fruto do Espírito Santo (Gl 5.22).

Porém, a sobriedade vem à medida que (vs 8):
1.      Vestimo-nos da couraça da fé e do amor, os quais correspondem à justiça de Deus (Ef 6.14). Trata-se de, como eleitos de Deus, nos revestimos de entranhas de misericórdia (Cl 3.12), do Senhor Jesus (Rm 13.14), do novo homem (Ef 2.15; 4.24; Cl 3.10).
2.      Temos como capacete a esperança da salvação. Ou seja, devemos amar a salvação de Deus, de modo a esperarmos por ela 24 horas (Sl 20.5; 35.9; 40.16; 70.4).

Logo, se queremos ser sóbrios, devemos estar constantemente ocupados com aquilo que é bom para edificação (Ef 4.29). Lembre-se que a boca fala do que há em abundância no coração (Mt 12.34,35) e que a língua governa todo o corpo (Tg 3.2; Fp 4.8). Ou seja, devemos estar tão cheios do Espírito Santo (Ef 5.18) a ponto de sermos capazes de fazer da Palavra de Deus a nossa canção (Ef 5.19), aquilo que enche o nosso coração de alegria.
Só é capaz de ser sóbrio quem, a cada momento, mostra fé em Jesus, amor e misericórdia em tudo que faz, de modo que todos enxerguem apenas o Senhor Jesus na sua vida. Como tal pessoa sempre mostra a todos algo inédito vindo de Deus, a cada dia, como seu interior vai sendo feito novo constantemente (2Co 4.16), ela é vista como novo homem.
Deus não nos destinou para a ira, ou seja, para viver odiando e sendo odiado (Tt 3.3), sendo irado com alguém ou alguma coisa. Se pensarmos que a ira de Deus vem sobre os filhos da desobediência, os quais vivem pensando apenas no seu próprio prazer (Ef 5.3-6), logo a forma de escapar da ira é se vestindo da justiça de Deus (Ef 6.14), mesmo porque, é quando a buscamos junto com o reino de Deus, que as coisas nos são acrescentadas (Mt 6.33).
Deus nos destinou para adquirirmos a salvação (vs 9), não apenas para nós, mas para todos quantos nos deu. Logo, ficar irritado não é algo normal (ver 1Co 13.5). É sinal de carnalidade.
Entretanto, vale salientar que só se partilha deste destino por meio de Jesus (vs 9, 10), e este crucificado (1Co 2.1,2). Ou seja, não é possível alcançar a salvação sem passar por esta porta (Jo 10.1,9) estreita (Mt 7.13,14). São muitos os que serão enganados pensando que podem chegar ao céu seguindo Jesus Cristo à distância, no caminho espaçoso dos seus desejos, na porta larga do amor àqueles que os amam (Mt 5.44-48; 7.21-23; Lc 13.23-28).
É bem verdade que o vs 10 parece sugerir que não importa dormir ou vigiar, contanto que vivamos juntamente com Cristo. Todavia, o que este trecho está dizendo é que a salvação não depende dos nossos méritos (daquilo que fazemos por amor a Deus), mas sim da aceitação daquilo que Jesus fez por nós. Ainda que as 5 virgens prudentes também tenham adormecido (deixado de orar quando Jesus estava prestes a vir – Mt 25.5; Ap 8.1; 17.12), elas não abandonaram a princípio da confiança delas (Hb 10.35 - nenhuma delas voltou para casa). E todas tinham plena convicção que o noivo viria. Do contrário, teriam voltado (seja pelo prazer carnal ou por achar que seria mais tarde).
Mas a verdade é: voltar para onde, se apenas Jesus tem as palavras da vida eterna (Jo 6.68)? Embora tenham deixado de orar por achar que a prosperidade material de 1Ts 5.1-3 tornava a oração desnecessária, ainda assim nenhuma delas quis se afastar do lugar onde haveria de ocorrer o encontro com o noivo.
Entretanto, uma coisa fica manifesto aqui: se a obra da salvação dependesse do zelo delas, todas teriam ficado de fora, já que dormiram. Todavia, isto é para nos ensinar que ninguém, por mais bem esforçado ou intencionado que esteja pode se salvar. É a obra que Deus faz na vida de cada um que promove a salvação. É o Espírito Santo que faz despertar, mesmo na hora mais escura da noite (Mt 25.6), é Ele quem enche as nossas vasilhas.
É bom notar que o importante não é levar apenas as vasilhas. Quem não ajunta com Jesus, já está espalhando (Mt 12.30). Ou seja, temos que encher de modo recalcado, sacudido e transbordante (Lc 6.38) cada vasilha que Deus traz até nós (2Rs 4.1-7).
O azeite na lâmpada representa o nosso esforço em crescermos no reino de Deus. Jesus, às vezes, parece tardar (Lc 18.7,8) a fim de acabar com todo o poder que possamos adquirir (Is 18.4; 30.18; Dn 12.7) e possa ficar em nós apenas aquilo que é Dele (Hb 12.27-29), o que nos é dado apenas por intermédio dos demais membros do corpo de Jesus Cristo (Ef 4.15,16).

Entendendo o princípio da salvação: nosso corpo é um produtor constante de toxinas e consumidor compulsivo de nutrientes. As células do sangue acabam vivendo pouco porque fica constantemente doando vida e sendo bombardeado de substâncias tóxicas. De igual modo, o sangue de Cristo (a Palavra Dele) é para nos dar vida e retirar de nós o pecado que com tanta abundância produzimos a fim de que o nosso organismo se conserve puro e sadio.
Detalhe: no corpo morto, o sangue não circula, fica cheio de toxinas e sem nutrientes e a pessoa morre. De igual modo, o coração de pedra (a lei) ele não pode bombear o sangue de Cristo, pois a lei foi dada para que a pessoa tentasse agradar a Ele por suas forças, o que é impossível. Por isto Deus nos deu o Espírito Santo que é a lei de Deus viva, de modo que, através de Sua união com o nosso espírito (1Co 6.17), ficamos saudáveis e prontos para uso exclusivo de Deus (2Tm 2.19-21).
Assim como a pedra, a lei é fria. O coração de carne (o Espírito Santo) é quente por ser vivo.

Devemos exortar e edificar uns aos outros (vs 11), não apenas com palavras, mas com a própria vida. Ao invés de ficarmos lamentando pelas pessoas que morreram ou ficarmos olhando apenas para as injustiças e maldades, a ideia é que permaneçamos olhando para o Amor (Hb 12.1,2) e continuemos juntos das pessoas que ainda estão vivas em Cristo.
Os tessalonicenses estavam ficando desanimados porque algumas pessoas estavam dizendo que era perda de tempo servir a Cristo, já que muitos estavam morrendo e, até então, nada de Jesus vir.  Tudo porque estavam vendo as coisas do modo errado. Não estavam tendo bons olhos (Mt 6.19,20). Estava faltando simplicidade (Lc 11.33-36). Eles não estavam entendendo que o objetivo de Cristo não era impedir os crentes de morrerem aqui, já que a morte dos santos é preciosa aos olhos de Deus (Sl 116.15). O objetivo de Cristo era conservá-los Consigo agora e sempre.
Ficava parecendo que era tudo mentira. Infelizmente eles não estavam compreendendo que as tribulações eram uma boa notícia, a prova de que, não só tudo era verdade (afinal, todos eles permaneceram em Cristo apesar das ameaças de morte), mas também pelo fato de que eles estavam, agora, com Cristo e que depois iriam voltar com Ele na ocasião da sua vinda (1Ts 4.13-18).

1 TESSALONICENSES 5.12-28

Subtema: COMO APROVEITAR CADA RELACIONAMENTO A FIM DE QUE A BELEZA DA SANTIDADE DE DEUS CRESÇA EM NÓS, ATÉ ALCANÇAR O DIA EM QUE CRISTO VIRÁ, PREPARANDO TODOS PARA ESTE DIA

12 – 13 -> Avaliando constantemente os seus a fim de reconhecer o propósito de Cristo e descobrir a verdadeira paz

Infelizmente, por causa das tribulações, os tessalonicenses não estavam valorizando (vs 12):
1.       Aqueles que trabalhavam entre eles -> porque estavam começando a achar que tal esforço era desperdício de tempo e que eles deveriam se concentrar em servir a Cristo através dos recursos deste mundo, crescendo em posses para ganhar o mundo para Cristo (ao invés de confiar no poder de Deus);
2.       Aqueles que presidiam sobre eles -> porque achavam que os ensinamentos não passavam de utopia, já que nenhuma das promessas da bíblia pareciam se cumprir;
3.       Aqueles que lhes avisavam -> porque achavam que era impossível viver de modo puro e santo neste mundo. Estavam começando a se conformar com o pecado.

Paulo então os exorta a tê-los em grande estima, ou seja, avaliação. A ideia é que eles permanecessem ligados a estas pessoas (amor) avaliando-as, de modo que, não só pudessem enxergar as deficiências delas, mas reconhecer a obra que Cristo estava fazendo nelas e por meio delas (vs 12). O objetivo era a paz, ou seja, pensarem e sentirem a mesma coisa (1Co 1.10; Fp 4.2) e, não há forma melhor para isto acontecer que permanecendo junto e bem perto.

14 – 15 -> Seguindo o bem junto com aquelas pessoas que mais precisam de nós, a saber, aquelas que possuem alguma deficiência

A princípio, todos queremos pessoas perfeitas, boazinhas, etc. Mas já parou para pensar que, talvez, elas são fracas e enfermas na fé (Rm 14.1; 15.1) justamente porque não estávamos na vida delas? É bem provável que Jesus tenha nos colocado na vida dela a fim de que sejamos aquele órgão que faltava para que ela “funcionasse” sem deficiências.
Ao invés de afastar dos problemáticos, a ordem é:
1.       Admoestar os desordeiros -> avisar de que, viver desprezando autoridades e leis significa rejeitar o próprio Jesus, já que Ele é o Verbo de Deus (Jo 1.1), ou seja, a Lei de Deus viva. No que alguém rejeita o papel que Deus lhe deu ou abre mão do caráter de Cristo na sua vida, ele perde a sua própria identidade;
2.       Consolar os de pouco ânimo -> o consolo de Deus implica em entregarmos nossa vida a fim de que possamos experimentar as aflições de Cristo e o consolo vindo Dele (2Co 1.3-6). Inclusive, isto confirma que não devemos nos inquietar com as tribulações, mas considerarmos elas como um laboratório da fé, onde as pessoas poderão ver, através de nós, a eficácia da Palavra de Deus, bem como a vitória de Cristo na nossa vida. Em outras palavras, estamos cedendo nossa vida para que as pessoas possam ver ao vivo que a bíblia realmente funciona e que Deus não desampara os que nele confiam. Ou seja, a luta é a prova de que estamos sendo aceitos por Deus para provar a todos que Sua Palavra funciona. Por isto a fé provada é preciosa (1Pe 1.6,7).
Deus nos criou para sermos Seus modelos (1Co 11.1; Fp 3.17; 1Ts 1.7; 2Ts 3.9; 1Pe 5.3; 1Tm 1.16; 4.12; Tt 2.7), aqueles que serão vestidos com o Seu caráter (Rm 13.14; Gl 3.27; Cl 3.12,14).
3.       Sustentar os fracos -> temos que servir de alimento na vida daquelas pessoas que, a princípio, parecem ser de pouco valor. Afinal, Deus concede muito mais honra àquelas pessoas que são débeis, justamente para que não haja divisão no corpo (1Co 12.22-26), mas haja igual cuidado uns aos outros, mesmo porque, quanto mais fraco o membro, mais ele tem condição de se mostrar forte na vida da pessoa (2Co 12.9,10);
4.       Ser paciente para com todos -> devemos ser capazes de descansar em Deus na vida de qualquer que seja a pessoa que estiver na nossa presença (Sl 37.7). Ou seja, não devemos ficar ansiosos para que a pessoa saia da nossa presença. Ao invés de considerar a pessoa como um incômodo, devemos aproveitar o desconforto para servirmos de modelo nas mãos de Cristo a fim de que Ele possa nos vestir com Seu caráter e presença, servindo como testemunho do modo pelo qual devemos tratar a cada um.

                Jamais devemos dar ao outro o mal pelo mal que ele nos fez (vs 15). Devemos ter diante dos nossos olhos apenas o bem. Para que tirar os olhos de Jesus Cristo? Para que insistir em viver inspirando e expirando maldade? Aliás, quem absorve maldade fatalmente irá expeli-la. Em função disto, devemos sempre enxergar o bem que existe em cada situação, tanto no que se refere ao nosso trato para com os irmãos, como para com os ímpios. A questão não é o que a pessoa merece, mas sim o que queremos ver diante de nós, bem como as marcas que queremos deixar onde quer que passemos. Queremos ter uma existência inútil, vivendo uma vidinha pacata e sem problemas (e sem objetivo também), só para desfrutarmos de alguns momentos de prazer? Ou queremos que a nossa vida sirva de modelo para alguém?
               
16 – 22 -> Mas afinal, o que fazer para mantermos o tipo de relacionamento correto com as pessoas e, deste modo, a nossa interação com elas sirva para nos preparar para a vinda de Cristo ao invés de nos separar Dele?

1.       Regozijarmos sempre (vs 16). Temos que nos alegrar sempre, e não apenas quando as situações estão como gostaríamos. Temos que encontrar deleite na vida de cada pessoa que Deus traz até nós ou, se preferir, procurar enxergar em cada uma motivo de alegria. Em outras palavras, cada uma tem algo para acrescentar à nossa vida quando estamos em Cristo;
2.       Orarmos sem cessar (vs 17). Devemos estar constantemente conversando com Deus acerca de cada pessoa que Ele colocou na nossa vida. É um grave erro tentar relacionar com cada pessoa a sós com ela. Interceda pela pessoa, ou seja, busque o que Deus tem para cada uma delas e como Ele quer nos usar (Mt 24.45).
3.       Em tudo darmos graças (vs 18). Certos de que tudo que acontece na nossa vida é visando o nosso bem (Rm 8.28), temos que ser gratos a Deus por cada coisa que acontece na nossa vida. Talvez você questione: mas isto é o melhor que Deus tem para mim? Considerando nossa condição espiritual, sim. Lembre-se que tudo coopera segundo a vontade Dele, e isto em Cristo Jesus. Deus sempre age em nosso favor. É só não resistirmos às situações (fugindo delas, seja nos afastando da mesma ou tentando resolvê-la com base nos métodos e recursos deste mundo) e, com certeza, seremos levados à gratidão, ou seja, à capacidade de usar cada coisa que se nos dá com a pessoa que nos deu.
4.       Não extinguirmos o Espírito Santo (vs 19). Jamais devemos lutar para manter uma amizade a ponto de desistir do Espírito Santo. Não importa o que sintamos por alguém, jamais devemos permitir que este sentimento nos separe de Deus. Pelo contrário: as pessoas nos foram dadas justamente para que estivéssemos preparados para a vinda de Cristo (veja Lc 11.5-8). Jamais devemos nos conformar em nos distanciarmos de Deus.
5.       Não desprezarmos as profecias (vs 20). Jamais devemos ignorar a voz de Deus (ver Mt 11.15; 13.9,43; Mc 4.9,23; 7.16; Lc 8.8; 14.35; Ap 2.7,11,17,29; 3.6,13,22; 13.9), nem  o que a bíblia diz. Não importa o que aconteça, o quão difícil seja a situação, quem observa cada mandamento de Deus não experimenta nenhum mal (Ec 8.5). Não há relacionamento que funcione sem a Palavra de Deus. Só podemos viver daquilo que sai da boca de Deus (Dt 8.3; Lc 4.4). Ou seja, uma amizade só satisfaz quando trabalha a vontade de Deus na nossa vida.
6.       Examinar todas as coisas e reter aquilo que é bom (vs 21). Entretanto, para isto, é preciso ter bons olhos (Mt 6.22,23) para discernir entre o que deve ser retido e aquilo a ser descartado. É claro que, por causa do pecado, qualquer relacionamento se tornou difícil. Mas a grande arte da vida consiste em reter as qualidades de Cristo na vida dela e descartar todo o lixo. Por isto em Jo 20.22,23 diz que, quando retemos os pecados das pessoas, eles acabam retidos na vida dela. Afinal, no que tratamos as pessoas consoante aquilo que vemos nelas, é isto que irá marcar a vida dela. Precisamos examinar as pessoas nos mínimos detalhes, bem como o que Deus tem para cada uma delas, a fim de que possamos enxergar as qualidades de Deus na vida delas, bem como o real propósito para suas vidas.
Quando deixamos Cristo tomar conta do nosso coração e trazer as pessoas que Ele deseja para dentro de nos, retermos a bondade e misericórdia que nos seguem (Sl 23.6) só irá confirmá-la no coração de cada uma. Ou seja, pregamos as boas novas através da prática contínua das mesmas na nossa vida (Ez 19.5,6). Por isto Paulo diz que a salvação consiste em permanecer na bondade de Deus (Rm 11.22).
7.       Abstermos de toda forma de mal (vs 22) ou, se preferir, fugirmos de toda a aparência do mal. Quanto mais o dia da vinda de Cristo se aproxima (Hb 10.25), mais despertos devemos ficar (1Ts 5.4-8; Rm 13.11-13), ou seja, mais atentos àquilo que Deus quer fazer na vida de cada pessoa. Não é hora de nos acomodarmos à maldade que existe na vida de cada um. Antes, o momento é de buscarmos em Deus as armas espirituais que irão combater o mal presente na vida de cada um.
A única forma de fugirmos ou nos abstermos do mal e fazendo aquilo que é bom. Daí Fp 4.7,8 que ordena:
·          E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus. Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” (Fp 4.7,8)

Uma prova disto está no Éden. Deus, em momento algum, fala com Adão a respeito do diabo ou impõe grandes restrições no que diz respeito à árvore da vida (por exemplo, não se aproximar, tocar ou ver). Isto porque o fundamental era Adão ter tido relação com Eva e gerado filhos (ver Gn 1.28). Se isto tivesse acontecido, Eva não teria tempo e nem motivo para conversar com a serpente.
Também é importante destacar que não podemos nos conformar em ter contato com as pessoas em circunstâncias ou lugares malignos (Rm 16.17,18; 1Co 5.9-11; 1Tm 6.3-5; 2Tm 3.1,5; 2Jo 10,11). Pelo contrário, mesmo que alguma coisa tenha muitas coisas boas para oferecer, como em Jesus não há trevas nenhumas (1Jo 1.5), então temos que descartar tal coisa sem dó, tal como pode ser visto em (Mc 9.43-48):
·          “E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga, onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga. E, se o teu pé te escandalizar, corta-o; melhor é para ti entrares coxo na vida do que, tendo dois pés, seres lançado no inferno, no fogo que nunca se apaga, Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga. E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno, onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.”.
O motivo é simples: um pouco de fermento pode levedar a massa toda (1Co 5.6; Gl 5.9) e uma mosca morta que cai no perfume do perfumista é o suficiente para estragá-lo (Ec 10.1).

23 – 24 -> A importância da plenitude da santidade a fim de que, no dia da vinda de Cristo, ninguém seja capaz de dizer nada contra nós (Mt 22.12). Antes, toda boca se cale perante o Senhor Jesus (Sl 8.2; 1Pe 2.15)

Por que Deus de paz? Porque é através da paz que Deus opera a santificação (vs 23). Ou seja, se uma pessoa está ligada a Cristo (como membro Dele), por ser Jesus 100% santo, a pessoa, automaticamente, passa a ser santa, já que Jesus só faz, fala e permanece onde é santo. Por outro lado, se alguém se liga a esta pessoa, ela também passa a ser santa, já que tudo que ela faz e para glória de Deus.
O detalhe é que é Deus que nos santifica, e não nós mesmos. Mesmo porque, se eu estiver fazendo algo para agradar a Deus pelas minhas forças, automaticamente eu já não estou sendo usado por Deus. E a santificação é em TUDO, nos mínimos detalhes, e não apenas em algumas áreas. Alguém pode pensar: mas isto é difícil. Entretanto, o negócio é muito simples: ou é Jesus quem está operando ou não. Não existe meio termo. Logo:
·         Se é Jesus quem está operando, como Nele não há treva alguma (1Jo 1.7) e Ele não ministra pecado (Gl 2.17), não há como não haver perfeição (daí Mt 5.48 e 1Pe 1.16);
·         Se não é Jesus quem está operando, então não tem sentido em se falar em obra de Deus e, obviamente, santidade.

Quanto ao fato de Paulo destacar o “mesmo” Deus, ele está mostrando pros tessalonicenses que Deus não muda. Ou seja, as lutas que eles estavam passando não eram sinal do afastamento de Deus da vida deles. Pelo contrário, era sinal de que Deus estava dando a eles a oportunidade de serem usados para propagarem a fidelidade de Deus e da Sua Palavra por todas as nações (1Ts 1.7,8).
Em outras palavras, Deus continuava amando eles.
Assim, eles deveriam continuar progredindo em santificar, não apenas o corpo, mas alma e o espírito em tudo. Ou seja:
1.       O corpo precisa estar fazendo apenas aquilo que é reto aos olhos de Deus;
2.       A alma deve estar pensando como Deus pensa (Is 55.8,9; 1Co 2.16) e sentido como Ele sente;
3.       O espírito tem que estar sendo um com o Espírito Santo (1Co 6.17) sendo guiado por Ele (Rm 8.14).

Falando de outro modo, não adiantaria a pessoa estar fazendo a coisa certa, com a motivação correta (sentimento), do modo correto (mente), mas sem consultar a Deus, movido apenas pela sua “boa” vontade.
A conservação da santidade tem que ser plena, ou seja, não basta ser suficiente para nós. Veja o caso das 5 virgens néscias: a consagração para esperar a vinda de Cristo foi impecável. Porém, não conseguiu transmitir esta unção para as vasilhas vazias que Deus colocou na sua vida (Mt 25.3,4). Ou seja, a plenitude é necessária para que toda a terra se encha da glória do Senhor (Is 11.9; Hc 2.14).
Em outras palavras, a plenitude da santificação é necessária para que todos possam ver claramente, sem que haja qualquer dúvida, de que a Palavra de Deus realmente é prazerosa e eficaz (daí 1Pe 2.12). Afinal, Deus não é Deus de dúvida (1Co 14.33). Ele faz algo de modo que, mesmo que a pessoa queira, ela não é capaz de contestar (At 4.16).
Além disto, a ideia é que a santificação tenha como objetivo a preparação da pessoa para a vinda de Cristo. Se pensarmos que Cristo até hoje não veio, isto mostra que a obra de santificação deve confirmar a Palavra de Deus, não só no presente, mas nas gerações por vir.
E Deus, o qual nos chama, é fiel para nos conservar irrepreensíveis (Jd 24), e com alegria (de nada adiantaria permanecermos santos, mas com pesar de termos que nos abster das coisas do mundo). Agora é importante ser chamado por Cristo. Não adianta pensarmos que Deus irá nos conservar irrepreensíveis sem esperar Ele chamar.
Ele é fiel, ou seja, não falha. Contudo, a fidelidade de Deus só irá nos conservar quando estivermos em total conformidade com Sua Palavra e vontade.

25 – 28 -> Esforçando para que cada pessoa tenha alegria em pertencer a Deus e ser conservada em Sua Palavra a todo instante, sem qualquer possibilidade de ser atraída de volta para o mundo

A importância da oração é para que mantenha em vista o propósito de Deus pela vida da pessoa por quem estamos a orar. Considerando que os apóstolos são considerados os fundamentos da Cidade Santa (Ap 21.14), logo, no que os tessalonicenses se dispusessem a orar pela vida de Paulo (vs 25), eles iriam se identificar com a verdadeira Palavra de Deus e Seu propósito para a Igreja.
A saudação com ósculo santo aponta para uma seriedade mais profunda, já que só é possível manter um elevado padrão de santidade e pureza através de um gesto tão sensual se as pessoas envolvidas estiverem em total consagração a Deus. Em outras palavras, o compromisso com Deus na irmandade deve ser tal que o contato físico seja totalmente possível, sem produzir qualquer malícia. A santidade tem que ser plena, ou seja, inabalável, bem sólida, uma profunda convicção na vida de cada pessoa envolvida.
Quanto a pedir que a epístola fosse lida a todos os irmãos (vs 27), é bom lembrar que muitos estavam desanimando (1Ts 5.14). Eles, porém, deveriam fazer força para que ninguém ficasse sem ouvir a Palavra de Deus (ver Lc 14.24), não a força carnal (Zc 4.6). Na verdade, Paulo estava exortando os tessalonicenses a permanecerem firmes na tribulação a fim de que os desanimados tivessem mais confirmações de que a Palavra de Deus é verdade e, com isto, desejassem ardentemente ler o conteúdo desta carta.
Daí Paulo desejar que a graça do Senhor Jesus fosse com todos eles (vs 28). A palavra “nosso” Senhor indica que o Senhor dele e dos tessalonicenses era o mesmo. Já a palavra Senhor indica que Deus é o nosso dono. Cristo significa “ungido”. Ou seja, Paulo estava desejando que todos pudessem receber de Deus a vida daquele que Ele capacitou para nos possuir e não ficarmos mais sem donos, como ovelhas sem pastor (Mc 6.34; 1Pe 2.25), ou seja, como pessoas que não encontram um real sentido para suas vidas. Antes, vivem uma vida que não vale a pena ser vivida.

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