Graça
e paz no Senhor Jesus Cristo.
Louvo
a Deus pelo privilégio de poder compartilhar mais este estudo com vocês que
envolve um tema muito mal compreendido: o jejum e a fé.
Espero
que este sirva para ajudar-te a enxergar, com mais precisão, o que vem a ser o
jejum e a fé, bem como as maravilhas a eles intrínseca.
Que
Jesus possa falar-lhes profundamente aos corações.
Leonardo.
Ps:
Caso esta mensagem lhe edifique, compartilhe-a com os outros e acesse o blog: www.batalha-da-fe.blogspot.com
POR QUE OS DISCÍPULOS NÃO CONSEGUIRAM EXPULSAR O DEMÔNIO EM (Mt 17.19-21)?
“Então os discípulos, aproximando-se de Jesus em
particular, disseram: Por que não pudemos nós expulsá-lo? E Jesus lhes disse:
Por causa de vossa pouca fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé
como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de
passar; e nada vos será impossível. Mas esta casta de demônios não se expulsa
senão pela oração e pelo jejum.” (Mateus 17.19-21).
Muita
confusão há em cima deste trecho. Afinal, por que os discípulos não conseguiram
expulsar o demônio? Por causa da pequenez da fé deles (Mt 17.20).
Vem
a questão: o que é fé?
“Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam,
a convicção de fatos que se não vêem.” (Hebreus
11.1).
Surge
outra questão: o que é fato? No dicionário, trata-se de algum acontecimento
incontestável. Entretanto, espiritualmente, há algo mais a ser explorado:
“Apresentai a vossa demanda, diz o SENHOR;
trazei as vossas firmes razões, diz o Rei de Jacó. Tragam e anunciem-nos as
coisas que hão de acontecer; anunciai-nos as coisas passadas, para que
atentemos para elas, e saibamos o fim delas; ou fazei-nos ouvir as coisas
futuras. Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que
sois deuses; ou fazei bem, ou fazei mal, para que nos assombremos, e juntamente
o vejamos.” (Isaías 41.21-23).
Primeiramente,
o profeta diz aos falsos deuses para que eles anunciassem as coisas passadas, a
fim de que ficasse comprovado que eles eram deuses. Ora, o que há de tão
especial em anunciar o que se passou?
Há
duas coisas que nos impede de aproveitar a oportunidade que Deus nos dá (Ec 9.11):
1 - Não
estar preparado para a oportunidade por não enxergar o que é importante;
2 - Não
enxergar a oportunidade que Deus nos dá.
Note
como o objetivo do anúncio das coisas passadas é atentarmos para elas. No
primeiro caso, a pessoa até consegue enxergar a importância de um dado fato, mas
não consegue enxergar o que realmente é importante em virtude da mente estar
cauterizada pelo sistema religioso em conchavo com a mídia corporativa. Como
disse Jesus:
“E, pela manhã: Hoje haverá tempestade, porque o
céu está de um vermelho sombrio. Hipócritas, sabeis discernir a face do céu, e
não conheceis os sinais dos tempos?” (Mateus 16.3)
Tal
pessoa não consegue reconhecer Deus em todos os seus caminhos (Pv 3.5,6), muito menos perceber que todos os sinais da
vinda de Cristo (por exemplo, o
esfriamento do amor – Mt 24.12) já estão se cumprindo e, embora tudo
pareça estar calmo e quieto, logo virá repentina destruição (1Ts 5.1-3) anunciando a volta do Messias para arrebatar
Sua Noiva (1Ts 4.15-18).
No
segundo caso, a pessoa enxerga ou ouve falar de um fato, mas o mesmo não parece
ter importância. Considerando que Jesus é a luz do mundo (Jo 8.12) que faz com que tenhamos bons olhos (Mt 6.22,23) e consciência limpa (Tt 1.15), apenas Deus é capaz de acabar com toda a
cegueira espiritual (2Co 4.3-4), de
modo que passemos a enxergar os acontecimentos dentro do ponto de vista
celestial (lembre-se que já ressuscitamos com Cristo (Cl
3.1,2) e já assentamos
com Ele nos lugares celestiais (Ef 2.6)).
Daí este destaque para os fatos passados.
Levando
em conta que a fé em convicção de fatos que não vimos e que, se não quisermos
nos tornar objeto de maldição, não podemos confiar no homem (Jr 17.5), então precisamos ouvir a voz de Deus para
realmente saber a verdade que está oculta por trás de cada acontecimento, principalmente
aqueles que não vimos. Mesmo porque, por estar a mídia debaixo do controle de
pessoas que, literalmente, assumiram compromisso com o diabo, logo não têm
nenhum interesse em te informar aquilo que realmente você precisa saber (por isto Deus nos instruiu a meditar em Dt 7.25,26 e Is 33.14,15).
Mas
também o profeta diz para os falsos deuses anunciarem o que há de vir.
Todavia,
fé é apenas a convicção dos fatos, mas a certeza daquilo que se espera. E não
te esqueças que nosso Salvador disse que um dos problemas era o tamanho da fé.
Mas,
o que seria uma grande fé?
“Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a
antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será
firme, e farei toda a minha vontade.” (Isaías 46.10).
A fé
pequena é acreditar que Deus VAI fazer o que Ele prometeu; a fé grande é crer
que Ele JÁ FEZ (passado) o que
prometeu:
Ele JÁ CONSUMOU nossa salvação (Jo 19.30);
Ele JÁ NOS FEZ assentar nos lugares celestiais (Ef 2.6) e JÁ NOS DEU todas
as bênçãos espirituais (Ef
1.3);
Ele JÁ ORDENOU a nossa força (Sl 68.28);
JÁ FOMOS ressuscitados com Cristo (Cl 3.1,2).
O príncipe deste mundo JÁ FOI expulso (Jo 14.30) e derrotado na
cruz (Cl 3.15; Hb 2.14,15).
Mas
será que uma fé grande resolve o problema? Com certeza não. Veja o que Jesus diz em outra
passagem:
“E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda
não tendes fé?” (Marcos 4.40).
Mas,
o que a timidez tem haver com a fé? Muitos pensam que incredulidade é falta de
fé, quando, na verdade, é fé na coisa errada. Em outras palavras, o incrédulo
não retira fé à fé existente, mas sim acrescenta mais fé à fé existente, tal
como fez a mulher que escondeu fermento em 3 medidas de farinha até ficar tudo
levedado (Mt 13.33). Só que, como
tal confiança está baseada em fatos ou coisas erradas, a pessoa fica com uma fé
impura.
Neste
caso, se a fé da pessoa crescer, também irá crescer os desvios de caráter e de
sabedoria. É preciso então purificar a fé. Vem a questão: como conseguir isto.
“Mas quando apareceu a benignidade e amor de
Deus, nosso Salvador, para com os homens, não pelas obras de justiça que
houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da
regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente ele derramou
sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador;” (Tt
3.4-6).
Repare
que é pela lavagem do Espírito Santo. O detalhe é que lavagem não é acrescentar
limpeza a um dado objeto, mas sim remover as impurezas deste. E como Deus opera
este milagre? Através da Sua benignidade para com os homens:
“Antes dai esmola do que tiverdes, e eis que
tudo vos será limpo.” (Lucas 11.41)
Por
causa do mau uso desta palavra, muitos entendem esmola como algo ruim.
Entretanto, esmola significa dar à pessoa aquilo que ela realmente precisa. É
relativamente fácil dar a alguém, algo a mais ou a menos do que ela realmente
precisa. Entretanto, dar exatamente o que a pessoa precisa, exige esforço, já
que, na maioria das vezes, nem mesmo a própria pessoa sabe o que precisa.
É
preciso investir tempo com Deus junto à pessoa a fim de conhecer o que
realmente Ele tem para ela, de modo que ela receba o que é justo, ou seja, nem
mais, nem menos. Em Mt 20.7, o que é justo não está relacionado com o esforço
da pessoa (merecimento dela), mas sim
com o que ela necessitaria para cumprir a missão aqui na terra.
Quando
temos, no coração, o desejo de abençoar alguém, não pensamos em prejudicar-lhe,
mesmo que ela faça algum mal contra nós, já que o importante é a vida dela, e
não os bens do qual fomos privados por causa da ação dela contra nós. Aliás,
tais adversidades passam a ser vistas como mais oportunidades para que a pessoa
possa enxergar o que vem a ser o verdadeiro caráter de Cristo. Agora entende
porque tudo passa a ser puro aos olhos desta pessoa?
Além
disto, quando amamos o próximo, pregando-lhe o evangelho (Mt 28.19,20; Mc 16.15), a fim de que possamos amar a nós
mesmos (Mt 22.39), sem incorrer em
condenação, passamos a enxergar as consequências do pecado na vida deste.
Quando vemos o estado miserável em que a pessoa cai quando se deixa seduzir
pelo pecado, cumpre-se em nós que está escrito em Tg 4.8,9:
“Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós.
Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações. Senti
as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e
o vosso gozo em tristeza.”.
Ou
seja, o pecado, que antes era motivo de alegria para nós, passa a ser motivo de
tristeza, não só pela vergonha e malignidade dele (Rm
6.21), mas pela separação que Ele promove entre nós e Aquele que
verdadeiramente nos ama (Is 59.1,2).
Você
pode se perguntar: “mas o que isto tem haver com jejum?”. Jejum tem haver com
tristeza (Mt 9.14,15). Só se é
permitido jejuar quando Jesus, nosso Noivo, não está conosco, o que ocorre
quando estamos em pecado, já que é apenas isto que nos separa de Jesus (Is 59.1,2).
Entendendo
que o jejum foi instituído no dia da Expiação a fim de que a pessoa pudesse se
concentrar em buscar para si um coração contrito e quebrantado (Sl 34.18; 51.17; Is 57.15), que teme e treme da Sua
Palavra (Is 66.2; Fp 2.12,13), logo
o verdadeiro jejum consiste em quando:
Soltamos as ligaduras da impiedade (Is 58.6) -> quando percebemos o quanto a pessoa ficou
presa nos laços do diabo, seja pelo desejo de enriquecer (1Tm 6.9-11) ou pela rebeldia (2Tm 2.25,26), percebemos o quanto é bom dar à pessoa a
esmola, a saber, exatamente o que ela precisa. Jamais perderemos uma
oportunidade para ser bom (Pv 3.27);
Desfazemos as ataduras do jugo (Is 58.6) -> quando libertamos alguém das cordas que
prenderam a pessoa naquilo que ela mesma estabeleceu para si, vemos a
importância de fugir de toda a aparência do mal (1Ts
5.22);
Despedaçamos todo o jugo (Is 58.6) -> quando destruímos toda a carga que as
pessoas que não têm piedade colocaram sobre alguém, percebemos o mal que
fazemos quando nos tornamos pesados a alguém (1Ts
2.6,9; 2Ts 3.8);
Tiramos o jugo do nosso meio (Is 58.9) -> não desejaremos mais usar pessoas para
satisfazerem desejos que não são bons para elas também;
Deixamos livres os oprimidos (Is 58.6) -> quando nos entregamos nas mãos de Deus
para tratar o interior de alguém, percebemos o quanto as pessoas se deixam
apertar (oprimir) por situações ou
coisas banais, só porque não aceitam o modo com que foram tratadas pelas
pessoas.
Repartas o teu pão com o faminto (Is 58.7) -> quando vamos compartilhar o que Deus nos
deu com aqueles que disto têm necessidade, descobrimos como o pecado leva as
pessoas à miséria;
Cobrimos o nu (Is
58.7) -> No que cobrimos a nudez de alguém, nos é revelado o que cada
um de nós realmente somos sem Cristo e, deste modo, nosso maior medo passa a
ser o de ficar longe Dele, já que, agora, ficou evidente nossa insignificância;
Não nos escondemos do próximo (Is 58.7) -> Quando encaramos o próximo, mesmo quando
este se mostra prejudicial ou sem proveito a nós, percebemos o quão valiosa é a
sabedoria, o favor e as pessoas que Deus nos dá (principalmente
quando estão na presença de Cristo) e, deste modo, além de nos sentirmos
estimulados à oração e meditação na bíblia, passamos a valorizar nossos irmãos
em Cristo, mesmo os mais fracos (Rm 14.1; 15.1),
sem jamais pensarmos em murmurar, difamar, criticar ou ofender algum deles (ver Rm 14.1; 15.1; Tg 4.11,12);
Tiramos do nosso meio o estender do dedo (Is 58.9) -> Quando não aceitamos nenhum opróbrio
contra o próximo (Sl 15.3),
vemos o quão horrível a pessoa se torna quando seu desejo é para o mal, bem
como o quão ruim é a solidão que toma conta dos que se acham debaixo de
acusação e, deste modo, passamos a valorizar a vida irrepreensível que Deus
quer para nós (1Co 1.8; Ef 1.4; Ef
5.27; Fp 2.15; 3.6; Cl 1.22; 1Ts 2.10; 3.13; 5.23; 1Tm 3.2,10; 5.7; Tt 1.6,7;
2.8; Hb 8.7; 2Pe 3.14; Jd 24; Ap 14.5).
Tiramos do nosso meio o falar iniquamente (Is 58.9) -> Quando afastamos de nós toda conversa
inútil é que vemos quanto tempo perdemos ouvindo, falando e fazendo coisas que
intentam denegrir a imagem de alguém. E tudo para quê? Para que possamos rir
por alguns instantes. Daí dizer que o riso é algo doido para doidos (Ec 2.2);
Abrimos a alma ao faminto (Is 58.10) -> Quando abrimos nossa alma para aquele
que tem fome do Pão da Vida, vemos o quanto a presença de Cristo dá sentido à
vida de alguém;
Fartamos a alma aflita (Is 58.10) -> Quando fartamos uma alma em que
predomina um sentimento persistente de dor física ou moral, vemos a total
incapacidade do ser humano de se ver livre do tormento interior que tomou conta
do seu ser no que decidiu se rebelar contra a Palavra de Deus (Sl 107.17) e passamos a considerar a obediência como um
privilégio, já que, agora, não corremos o risco de errar, causando grande dano
à nossa alma e à dos outros.
Valorizando o tempo que Deus nos dá para nos
concentrarmos Nele -> Quando vivemos descansando e esperando em Deus (Sl 37.7), pelo prazer que temos na Sua companhia (Sl 37.4) e em ouvir, direto da Sua boca, Sua preciosa
mensagem e vontade (Jr 23.18,22) (Is 58.10), passamos a valorizar o descanso que a
presença de Deus nos proporciona (Êx 33.14; At
4.19) e não correremos o risco de não perceber a diferença que a
presença de Deus faz (como se deu com
Sansão (Jz 16.20), o povo na época de Malaquias (Ml 3.14,15) e a igreja de Laodicéia (Ap 3.16,20).
Quando assim procedemos,
passamos a considerar a presença de cada pessoa, por pior que ela possa parecer
aos nossos olhos, algo precioso, já que se trata da oportunidade Dele para termos
nossos corações purificados, bem como o poder que fará de nós filhos de Deus (Jo 1.12,13). Afinal, a salvação não é recebida de fora
para dentro, mas sim operada de dentro para fora (Fp
2.12,13) a fim de que possamos resplandecer a luz do evangelho (Mt 5.14-16; Jo 8.12) como astros no mundo (Fp 2.14,15).
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