sábado, 9 de fevereiro de 2013

37 - VOCÊ TEM OBRIGAÇÃO DE SER FELIZ



VOCÊ TEM OBRIGAÇÃO DE SER FELIZ EM CRISTO JESUS!

1 – INTRODUÇÃO


O medo da morte tem mantido as pessoas presas a uma rotina de autotortura (Hb 2.14,15). Muitos, por exemplo, se conformam em trabalhar em algo que não gostam, que traz problemas de saúde e os mantém longe daqueles que os ama, só porque temem passar fome. Com isto, a Palavra de Deus vai ficando infrutífera na vida deles (Mc 4.18,19), impedindo-os de enxergar que, a qualquer momento, Jesus pode vir buscá-los (Lc 21.34).
            Que sentido há em trabalhar para não morrer, quando não se vê motivo algum para viver? Justifica trabalhar 8 horas por dia, 5 dias por semana, durante 30 anos pelo menos, em algo que não traz satisfação? (ver Is 55.2). A desculpa que as pessoas normalmente dão é que elas têm uma família para alimentar.
            Entretanto, uma vez que a boca fala do que há em abundância no coração (Mt 12.34,35; Lc 6.45), quando se está a trabalhar em algo que não se gosta, a tendência é o estresse tomar conta da pessoa e ela passar a maltratar os clientes, a sobrecarregar os colegas e defraudar o patrão.
            Ninguém tem o direito de trabalhar naquilo que não gosta! Todos têm obrigação de serem felizes.
            Você pode questionar: “mas como vou ser feliz? Se eu não trabalhar, vou passar fome e este é o único emprego disponível para mim!”. Ora, lute por aquilo que você gosta! Busque de Deus a tua real vocação! Não seja comodista! Do contrário, você será infeliz e o pior: fará tudo mundo à tua volta infeliz (e, obviamente, colherá isto de volta! (Gl 6.7,8). Vá em busca da tua felicidade ou senão, caso não queiras, pelo menos não atrapalhe os outros de serem felizes e de cumprir com o papel que Deus lhes deu. Faça o teu serviço direito e trate todos com respeito e dedicação.
            Pense: o que é feito da vida abundante que Deus prometeu aos que creem em Jesus (Jo 10.10)? Não é o reino de Deus justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17)? Não é a alegria uma das características do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22) e o resultado de se estar na presença Dele (Sl 16.11; 21.6)? O próprio Jesus não quer que a nossa alegria seja completa (Sl 19.8; Jo 15.11; 1Jo 1.4; Jo 17.13)? Uma vez que Jesus não é homem para que minta ou se arrependa (Nm 23.19; Tt 1.2), não podemos correr o risco de morrermos no deserto por desprezarmos a única coisa que realmente importa na vida (o presente de Deus para nós – Nm 14.21-23).
            Além disto, se tudo que Jesus disse não é verdade, então por que você insiste em dizer que O segue?

2 – A ALEGRIA NA ÉPOCA DA LEI


Se até na era da lei, Deus colocava alegria nos corações, o que dizer das melhores coisas que Deus proveu a nosso respeito?

Ø  “Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados.” (Hb 11.40).

As festas sagradas, por exemplo, deveriam ser celebradas com alegria:

Ø  “E no primeiro dia tomareis para vós ramos de formosas árvores, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas, e salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis perante o SENHOR vosso Deus por sete dias.” (Lv 23.40);
Ø  “E, na tua festa, alegrar-te-ás, tu, e teu filho, e tua filha, e o teu servo, e a tua serva, e o levita, e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas.” (Dt 16.14);
Ø  “E te alegrarás por todo o bem que o SENHOR teu Deus te tem dado a ti e à tua casa, tu e o levita, e o estrangeiro que está no meio de ti.” (Dt 26.11);
Ø  “Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se lhes multiplicaram o trigo e o vinho.” (Sl 4.7).

A prova disto está em Ne 8.1-22. Quando isto não ocorreu, veja a repreensão de Neemias:

Ø  “E Neemias, que era o governador, e o sacerdote Esdras, o escriba, e os levitas que ensinavam ao povo, disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao SENHOR vosso Deus, então não vos lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei. Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do SENHOR é a vossa força. E os levitas fizeram calar a todo o povo, dizendo: Calai-vos; porque este dia é santo; por isso não vos entristeçais.” (Ne 8.9-11). (Repreensão pela tristeza).


E não é para menos. Veja o significado das festas sagradas:
a)    A festa dos pães ázimos lembrava Israel da libertação que eles experimentaram ao serem conduzidos para longe da imundície idólatra de um povo insensato (Êx 23.15; Rm 10;19; Dt 32.11) a fim de serem eternamente livres para adorar a Deus (2Co 3.17) através da Sua bondade, compaixão e misericórdia para com os irmãos que haveriam de segui-los (Sl 23.6);
b)    A festa das primícias (primeiros frutos) era uma “pequena” amostra da qualidade da colheita que estava por vir.
c)    A festa dos tabernáculos mostrava a bênção de Deus como sendo recalcada, sacudida e transbordante (Lc 6.38), a fim de fazer abundar neles toda a graça, de modo que, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundassem em toda a boa obra. Ou seja, para que em tudo enriquecessem para toda a beneficência e, com isto, muitos fossem estimulados a darem graças a Deus (2Co 9.8,11).

3 – MAS POR QUE A ORDEM DE PRESTAR CULTO A DEUS COM ALEGRIA DE CORAÇÃO?

Ø  “Porquanto não serviste ao SENHOR teu Deus com alegria e bondade de coração, pela abundância de tudo, assim servirás aos teus inimigos, que o SENHOR enviará contra ti, com fome e com sede, e com nudez, e com falta de tudo; e sobre o teu pescoço porá um jugo de ferro, até que te tenha destruído.” (Dt 28.47-48);
Ø  “Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.” (Sl 51.12);
Ø  “Vinde, cantemos ao SENHOR; jubilemos à rocha da nossa salvação.” (Sl 95.1);
Ø  “Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras. Servi ao SENHOR com alegria; e entrai diante dele com canto.” (Sl 100.1,2);

As festas sagradas apontavam para a libertação de Deus em favor do Seu povo, o que revelava a alegria de Deus em servir a Israel de modo especial. Em outras palavras, o que Deus chama de festa é o prazer de servirmos em Suas mãos a fim de que a Sua salvação seja usufruída por todos quantos Ele morreu. Ou seja, a festa era uma ocasião para ser usado como Seu instrumento.
Quando as pessoas não têm alegria em servi-lO (Hb 6.10) é porque ainda não enxergam o valor de uma alma. Ora, o que pensas ser o galardão que os crentes receberão? Trata-se de pessoas para amar (veja Lc 19.17,19). Porém, por não enxergarem o amor como recompensa, muitos não conseguem ver proveito algum em servir nas mãos de Deus para confirmar Sua Palavra (Is 49.4; Sl 73.2,3,12-14; Ml 3.13-15). Antes, agem por obrigação, movidos por tristeza ou necessidade (ignorando 2Co 9.7).
Com isto, vivem uma vida miserável e acabam limitando a bênção de Deus sobre o Seu povo (Sl 78.40,41) aos poucos trapos de justiça (Is 64.6) que decidem fazer para tentar aquietar a consciência perturbada, em meio a tanto sentimento de culpa. Por isto os céus, muitas vezes, se fecham para nós (Ml 3.10): pensamos apenas em edificar a própria casa (Ag 1.9), sem nos preocuparmos com a ruína da casa de Deus (a saber, o coração dos irmãos – Am 6.1-6) que, muitas vezes, está fraca (Rm 14.1; 15.1) e necessitada (Ez 16.49).
As bênçãos de Deus nos são dadas para termos condições de servir ao Senhor em toda boa obra com contentamento:

Ø  “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra; conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre. Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça; para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus.” (2Co 9.7-11);
Ø  “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! E por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada.” (1Co 9.16,17);
Ø  “Mas é grande ganho a piedade com contentamento.” (1Tm 6.6).

Quando uma bênção chega a nós pode estar certo de que alguém dela irá necessitar a fim de que possa levar a cabo a boa obra para a qual Deus a chamou (At 13.2):

Ø  “Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.” (Lc 12.48);
Ø  “Ouvi, ainda, outra parábola: Houve um homem, pai de família, que plantou uma vinha, e circundou-a de um valado, e construiu nela um lagar, e edificou uma torre, e arrendou-a a uns lavradores, e ausentou-se para longe. E, chegando o tempo dos frutos, enviou os seus servos aos lavradores, para receber os seus frutos.” (Lc 21.33,34).

Nenhuma bênção nos é dada para usarmos de forma egoísta:

Ø  “De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis. Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.” (Tiago 4.1-3)

Mesmo porque, se não nos folgamos com a justiça (1Co 13.7) e nos regozijarmos com o bem, então qual é o motivo da nossa alegria? Aquilo que podemos tirar dos outros?

Ø  “Levanta-te, pois, agora, SENHOR Deus, para o teu repouso, tu e a arca da tua fortaleza; os teus sacerdotes, ó SENHOR Deus, sejam vestidos de salvação, e os teus santos se alegrem do bem.” (2Cr 6.41).
Ø  “Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois consideraste a minha aflição; conheceste a minha alma nas angústias.” (Sl 31.7).

Entenda: quem não ajunta com Jesus, já está espalhando. Quem não está com Ele, já está contra Ele (Mt 12.30). Quem não se empenha em ver o bem do próximo, é porque está tendo prazer no sofrimento dele. Tal pessoa ignora que sua passividade dá lugar para que o mal entre e permaneça alojado no coração dele. Com isto, a salvação não alcança a vida dele, o pecado torna seus passos impregnados do inferno (como em Pv 5.5; Ap 6.8, resultando em Dt 28.16,19) e da morte (Rm 6.23), o que acaba por induzi-la a ir após o príncipe deste mundo (Jo 14.30; Ef 2.2) que veio para roubar, matar e destruir (Jo 10.10).
Agora você entende por que é importante nos regozijarmos (Sl 20.5; 35.9; 40.16; 60.4; 70.4) com a salvação que vem do Criador?

Ø  “ENTÃO orou Ana, e disse: O meu coração exulta ao SENHOR, o meu poder está exaltado no SENHOR; a minha boca se dilatou sobre os meus inimigos, porquanto me alegro na tua salvação.” (1Sm 2.1).
Ø  “O rei se alegra em tua força, SENHOR; e na tua salvação grandemente se regozija.” (Sl 21.1).

Inclusive, é está a prova de que o Senhor, de fato, reina em nós:

Ø  Jubilai, ó nações, o seu povo, porque ele vingará o sangue dos seus servos, e sobre os seus adversários retribuirá a vingança, e terá misericórdia da sua terra e do seu povo.” (Dt 32.43).
Ø  “Louvor e majestade há diante dele, força e alegria no seu lugar. Alegrem-se os céus, e regozije-se a terra; e diga-se entre as nações: O SENHOR reina.” (1Cr 16.27,31).

Afinal, uma das coisas que rouba nossa paz e felicidade é a angústia de termos que pagar pelos pecados das pessoas, ou seja, termos que resolver os problemas com nossas limitações. Quando, todavia, temos certeza que Deus reina, confiamos que Ele retribuirá a vingança, terá misericórdia da sua terra e povo e, assim, nos limitamos a permanecer na presença Dele nos alegrando, mesmo porque a felicidade não é constituída daquilo que podemos adquirir do mundo (visto que nada há de fora que possa entrar no nosso coração – Mc 7.18,19), mas sim do mover de Deus no nosso interior em favor do próximo para confirmar Sua Palavra.

4 – A RELAÇÃO ENTRE A SALVAÇÃO E A FELICIDADE

Você já pensou no que consiste a salvação de Deus?
Eva pecou simplesmente porque decidiu ir em busca de algo que não precisava, que nem sabia ao certo que era e para que servia. Quantas vezes também desprezamos e desperdiçamos as riquezas que Deus nos deu (saúde, família, etc.) só para conseguir coisas que não satisfazem. Muitos procedem de modo contrário ao especificado na parábola (lançando fora os peixes bons e mantendo no barco os maus – Mt 13.47,48) por não ser capaz de enxergar corretamente (os maus olhos comprometeram sua visão – Mt 6.22,23. Daí o conselho de Jesus em Ap 3.18).
Após este episódio, Deus deixou o ser humano livre para fazer o que quisesse daquilo que Ele colocou em suas mãos. O homem passou a supor que, se tivesse toda a sabedoria de Deus, seria capaz de governar este mundo tão bem ou até melhor do que Ele. O que ele até hoje não percebeu é que, sem o amor de Deus a guardar seu coração, ele fica à mercê dos seus desejos. Os apelos da nossa alma por aquilo que é mal, fala mais alto do que aquilo que sabemos ser bom e certo.
Com isto, a terra se tornou maldita (Gn 3.17). Afinal, o homem que deveria ser o instrumento de Deus para manter todas as coisas sujeitas a Jesus (Gn 1.29), ao pecar, abdicou do seu domínio (responsabilidade de dar à Palavra de Deus ocasião para manter tudo em ordem) sobre a criação. Ela não consegue mais se concentrar naquilo que é bom. Este domínio, que deveria ser considerado dádiva, privilégio, passou a ser chamado de serviço, algo enfadonho. O pecado se torna um verdadeiro espinho na carne (ver 2Co 12.7) que gera insatisfação e desespero, em busca de alívio.
 Agora, o conceito de liberdade da pessoa passa a ser a possibilidade se entregar, sem reservas, aos prazeres da carne e à glória dos homens, mesmo que isto signifique ver a criação ditar suas próprias leis. Percebe como é impossível ser salvo ser a verdadeira paz e felicidade de Cristo tomando conta (preenchendo e governando – uma coisa implica na outra – Mt 12.34) dos nossos corações?

5 – FALTA DE ALEGRIA, NO QUE DEUS NOS DÁ, CONDUZ À IDOLATRIA

Se pensarmos que adorar é sujeitar-se às ordens e influência de algo ou alguém, ao pecar, o homem passou a idolatrar a criação (Rm 1.23,25). Aceitou depender dela para ser, superficial e temporariamente, feliz e satisfeito. Sem contar que passou a ter que trabalhar para obter as coisas, mantê-las em ordem e conservá-las em seu poder.
Enquanto o ser humano estava em Jesus, a força Dele renovava e mantinha cada coisa no seu devido lugar. Nada se perdia (Js 23.14). Mas agora, tudo caminha para o caos e o homem precisa sair correndo atrás de cada coisa para não deixar que nada escape de si, o que é impossível. Com isto ele acaba crescendo numa área e perdendo em outra.
Resultado: ele é “obrigado” a permanecer, o tempo todo, pensando e se especializando no mundo e naquilo que ele coloca à disposição dos seus cidadãos. Isto é amar o mundo (estar o tempo todo ligado nele, o que resulta em inimizade contra Deus – Tg 4.4).

6 – MAS COMO DEUS PODE PERMITIR QUE ALGO TOME CONTA DOS PENSAMENTOS E SENTIMENTOS DO SER HUMANO?

Uma vez que o homem se tornou egoísta, o domínio absoluto sobre a criação contribuiria para que ele a oprimisse ainda mais e usasse tudo contra o seu próximo.
No entanto, Deus reconciliou todas as coisas Consigo mesmo por meio de Jesus (Cl 1.17,20; 2Co 5.18-20). Isto significa que, uma vez Nele, acabou-se a guerra. Tudo aquilo que diz respeito à vida e piedade (2Pe 1.3) é dado quando recebemos Jesus (Rm 8.31,32). Contudo, isto só acontece, quando deixamos Sua glória (Fp 4.19) e poder (Ef 3.20) operarem em nós. Inclusive, a salvação de Cristo consiste em fazer de nós um membro do corpo Dele (colocando-a a serviço do amor), já que é isto que acaba com toda desculpa que poderia haver para nos manter separados uns dos outros.
Deus não salva membros isolados. E o motivo é simples: não tem como uma pessoa ser feliz de verdade em si mesma, independente das circunstâncias nas quais se encontram aqueles que estão ao redor dela. Na verdade, as afrontas que sofremos das pessoas (bem como o fato de dependermos delas) é uma das formas que Deus usa para mostrar que não é possível sermos felizes, enquanto existir alguém infeliz à nossa volta. Inclusive, assim como os animais honram o Criador quando Ele dá de beber ao Seu povo (Is 43.20,21), de modo que eles tenham condições de lhes revelar a Glória que os libertará do cativeiro da corrupção (Rm 8.18-22), todos deveríamos orar e nos regozijar (a ponto de orar) em ver Deus trabalhando na vida do próximo.
Infelizmente, o pecado causou uma mutação genética em nosso espírito, de modo que, como Adão, não somos mais capazes de encontrar felicidade na felicidade de Cristo, a saber, em tudo que Ele e quer ser na vida das pessoas.
 Entende, agora, o que vem a ser a salvação conquistada por Jesus na cruz? Salvação é a alegria por estar 24 horas em Jesus, sendo guardado por Ele em Sua Palavra e sempre disposto a servir para que a mesma seja confirmada no Seu corpo. Trata-se do prazer em ser a conservação desta alegria no coração de cada membro da Igreja (único ânimo - Rm 12.16; 1Pe 3.8; Fp 2.2; 4.2).

7 – MAS QUE O EVANGELHO PROPORCIONA NA NOSSA VIDA PARA QUE NOS ALEGREMOS COM A PALAVRA DE DEUS?

1º:  a Palavra de Deus com Suas promessas é a garantia de que Ele está no controle de cada situação da nossa vida e que, portanto, não precisamos nos preocupar com nada, nem abrir mão da comunhão direta com Jesus, muito menos de algum preceito da bíblia ou do amor ao próximo para conseguirmos algo;
2º:  a confirmação de que Deus nos ama é o fato de Ele nos revelar Seus mandamentos (1Jo 4.9) e nos capacitar para guardá-los (1Jo 5.3);
3º:  Sem contar que filho de Deus é aquele que recebeu, em suas entranhas, a Palavra de Deus em ação (Jo 1.1,14), ou seja, acolheu com mansidão o amor que vem Dele, que é a única verdade (2Ts 2.10; Tg 1.21), a  ponto de se permitir ser guiado por ela (Rm 8.14). Lembre-se que o evangelho de Jesus é o poder de Deus para salvar aquele que crê (Rm 1.16), começando por nós;
4º:  O conhecimento da verdade é que liberta (Jo 8.32).
5º:  o evangelho é anunciado para que possamos abrir espaço no nosso coração e, com isto, mais pessoas possam nele habitar (Is 54.2; 2Co 6.11-13; 1Jo 1.3; Ap 3.20).

Sua Palavra foi dada justamente para nos encher de alegria e, consequentemente, nos fazer abundar em esperança:

Ø  E disse Davi a Salomão seu filho: Esforça-te e tem bom ânimo, e faze a obra; não temas, nem te apavores; porque o SENHOR Deus, meu Deus, há de ser contigo; não te deixará, nem te desamparará, até que acabes toda a obra do serviço da casa do SENHOR.” (I Crônicas 28.20);
Ø  “Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro, e ilumina os olhos.” (Salmos 19.8);
Ø  “Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR Deus dos Exércitos.” (Jr 15.16);
Ø  “E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?” (Lc 24.32);
Ø  “Ora o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo.” (Jr 15.13);

O salmista, por exemplo, tinha tanto prazer na Palavra de Deus que dedicou o maior salmo da bíblia para louvá-la (veja, por exemplo, os versículos Sl 119.14,16,24,47,92,162).
Tudo isto não é motivo de alegria? Daí a ordem para termos bom ânimo em guardá-la e cumpri-la:

Ø  “Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares. Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares.” (Josué 1.6,7,9);
Ø  “Todo o homem, que for rebelde às tuas ordens, e não ouvir as tuas palavras em tudo quanto lhe mandares, morrerá. Tão-somente esforça-te, e tem bom ânimo.” (Josué 1.18);
Ø  “Então prosperarás, se tiveres cuidado de cumprir os estatutos e os juízos, que o SENHOR mandou a Moisés acerca de Israel; esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem tenhas pavor.” (I Crônicas 22.13);

8 – A ALEGRIA POR TERMOS A QUEM AMAR E POR QUEM LUTAR É QUE NOS CONSERVA SANTOS E PUROS

Tal como a mulher é salva por Jesus através da sua missão de mãe (1Tm 2.15), é quando nos levantamos como mãe na Igreja de Jesus (Jz 5.7) que, de fato, a fonte de Água Viva, que conduz à vida eterna, brota do nosso interior (Jo 4.14) e mata toda a sede da nossa alma. Tanto é assim que Deus não tira os Seus do deserto, mas faz rios brotarem nele a fim de que um memorial Seu possa ali ser conhecido e visto por todos (Is 41.17-20). Afinal, é quando o zelo de Deus pela Sua Igreja preenche o nosso coração, que nosso coração é purificado e conservado limpo (Lc 11.41; Tt 3.4-6) através das boas obras (Tt 2.14).
Assim sendo:

Ø  “... Alegra-te, estéril, que não dás à luz; Esforça-te e clama, tu que não estás de parto; Porque os filhos da solitária são mais do que os da que tem marido.” (Gl 4.27). “”

Veja que o objetivo não é apenas o nascimento de alguém na fé, mas a alegria de tê-lo aos nossos cuidados. Daí a alegria que se deve ter na Sua casa de oração (a saber, em cada pessoa que se aproxima de nós (1Co 3.16; 6.19; 2Co 6.16)):

Ø  “Também os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos.” (Is 56.7);
Ø  “E outra vez diz: Alegrai-vos, gentios, com o seu povo.” (Rm 15.10);
Ø  “Porque, qual é a nossa esperança, ou gozo, ou coroa de glória? Porventura não o sois vós também diante de nosso Senhor Jesus Cristo em sua vinda? Na verdade vós sois a nossa glória e gozo.” (1Ts 2.19,20).
Ø  “Dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, Cantar-te-ei louvores no meio da congregação.” (Hb 2.12).

É a alegria de estarmos presente no coração daqueles que Deus traz até nós e de termos, dentro de nós, as pessoas que Deus quer que façam parte da nossa vida, que manterá nossos olhos fixos na expectativa da volta de Jesus (já que é, a partir de então, que não haverá mais nada, nem ninguém, que atrapalhe a plena comunhão do corpo de Jesus).

9 – ONDE AS AFLIÇÕES DE JESUS SE ENCAIXAM NA ALEGRIA QUE DEVE TOMAR NOSSOS CORAÇÕES?

Mas então, porque a bíblia menciona as aflições de Jesus por Seu corpo, bem como os sofrimentos que haveriam de vir sobre a Igreja (Mt 7.25,27; 10.16-25; 13.20,21; Jo 1.6; 2.33; 15.19-21; 16.33; At 14.22; 1Co 3.12-25; Fp 1.29; Cl 1.24; 2Tm 1.8; 2Tm 2.3; 3.12; Hb 10.32-34; 11.25-28; 1Pe 2.19-21; 4.12-19)?
Sim, haverá lutas, perseguições e aflições por amor a Jesus e ao evangelho. Porém, isto de modo algum é para nos separar do amor de Deus (Rm 8.31-39) ou limitar a abundância da Sua graça e do dom da justiça na nossa vida (Rm 5.17,20), como é possível ver em:
·         (At 5.40,41)        alegria por padecer afrontas pelo nome de Jesus;
·         (At 7.56,59,60)       alegria em perdoar e contemplar Jesus à destra de Deus mesmo sendo apedrejado;
·         (At 14.19,20)        alegria em anunciar a Palavra de Deus mesmo após ter sido apedrejado;
·         (At 16.22-25)        alegria em orar e louvar a Deus à meia noite, mesmo cheio de hematomas e presos;
·         (2Co 8.1,2)        alegria em ofertar, mesmo na pobreza;
·         (1Ts 1.6)        alegria em receber a Palavra de Deus mesmo em meio a muita tribulação;
·         (Hb 10.34)        alegria, mesmo sendo espoliado;
·         (2Co 12.9,10)    alegria pelas fraquezas, injúrias, necessidades e perseguições e angústias por amor de Jesus por saber que é assim que a vida de Jesus se menifesta na nossa carne (2Co 4.10,11) e o poder de Deus se aperfeiçoa em nós.

Além disto, embora Jesus tenha padecido tanto a fim de aprender a obediência (Is 53.3; Hb 5.8) e, deste modo, nos salvar (Is 53.4-6), ainda assim, ninguém foi tão feliz como Ele (Hb 1.8,9; Sl 45.6,7).

10 – MAS POR QUE A NECESSIDADE DE TANTO SOFRIMENTO PARA PODERMOS EXPERIMENTAR A VIDA DE JESUS EM NÓS (Rm 8.18; 2Co 4.8-11,17,18)?

Toda a criação ficou sujeita à vaidade (àquilo que não traz proveito algum – Rm 8.19-22) e, por isto, acabou parando em regiões inóspitas, sem nenhuma força para sair (Lv 26.17,32,37; Dt 28.25; Js 7.12-13). E o pior: considerando que são os indivíduos que fazem o lugar e que é este quem determina o caráter deles, logo, tais pessoas se tornaram incapazes de ver algo bom, quão dirá fazê-lo:
Ø   “Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria; e não conheceram o caminho da paz.” (Rm 3.15-17);
Ø  “Porque será como a tamargueira no deserto, e não verá quando vem o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável.” (Jr “17.6);
Ø  “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.” (Sl 23.4);
Ø  “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” (Pv 14.12);
Ø  “O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz.” (*Is 9.2).
Ø  “Porquanto dizeis: Fizemos aliança com a morte, e com o inferno fizemos acordo; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque pusemos a mentira por nosso refúgio, e debaixo da falsidade nos escondemos.” (Is 28.15).
Ø  Veja também (Sl 18.4; 116.8; Pv 2.18; 5.5).

Levando em conta que a vida corrompida traz morte (Rm 6.23), logo a aflição torna-se algo inevitável (Jo 16.33).

11 – A SALVAÇÃO SÓ ACONTECE ONDE O PECADO ABUNDA (Rm 5.20)

Porém, ao invés de murmurarmos ou fugirmos (Êx 9.10; Fp 2.14,15), Deus nos convoca a irmos de encontro a estas pessoas e as acolhermos (Rm 14.1; 15.1) a fim de que elas experimentem a salvação de Jesus em nós. Como Jesus venceu o mundo, nós também venceremos (1Jo 5.4) e ceifaremos o que semeamos (Gl 6.9) se não desfalecermos.
É bem verdade que, ao entrarmos em contato com pessoas ímpias (conduzidas pelo Espírito Santo a fim de anunciar-lhes a salvação), “levaremos” os pecados delas contra nós (maus tratos, invejas, amargura, etc). Aliás, este é o único motivo para uma pessoa que nasceu de novo ainda continuar tendo pecado, mesmo após Cristo tê-los levado (1Jo 3.5; Ap 1.5):

Ø  “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.  Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” (1Jo 1.8,10).

Porém, se estivermos em Jesus, conseguiremos sofrer (levar) os pecados de todas estas pessoas sem pecarmos. Como? Através da confirmação da Palavra de Deus pela nossa obediência à verdade, até que o livramento seja trazido à terra (Sl 82.4; Pv 24.11,12; Isaías 26.18; Jr 21.12; 22.3) e o amor fraternal não fingido, promovido (1Pe1.22). É para estas pessoas que as promessas do Salmo 91 valem, sendo esta a salvação que vem com o evangelho.
Que sentido haveria tais versículos para pessoas que se acomodaram a uma vidinha medíocre, pacata, despreocupada, longe do perigo? Inclusive, este e o Salmo 23 são provas de que é possível ser alegre mesmo em meio a tanta adversidade.

Ø  “Como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo.” (2Co 6.10);
Ø  “Agora folgo, não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus; de maneira que por nós não padecestes dano em coisa alguma. Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte.” (2Co 7.9,10);

Do contrário, seria muita injustiça da parte de Deus ordenar:

Ø  “Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.” (Rm 12.8).
Ø  Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;” (Rm 12.12);
Ø  Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram;” (Rm 12.15);
Ø   “E, ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós. E vós também regozijai-vos e alegrai-vos comigo por isto mesmo.” (Fp 2.17,18);
Ø   Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” (1Ts 5.16-18)
Ø  “Meus irmãos, tende por motivo de toda a alegria o passardes por várias provações” (Tg 1.2 - ARA).
Ø  “Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis.” (1Pe 4.13).
Ø  “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.” (Hb 12.2)

Se a paz e o amor de Jesus não fossem capazes de exceder todo entendimento que possamos ter acerca de qualquer situação (Jo 14.27; Fp 4.7; Ef 3.19-20), seria muito sarcasmo tais ordenanças.

12 – A ALEGRIA QUE A PRESENÇA DO SENHOR NOS PROPORCIONA É MAIOR DO QUE QUALQUER SOFRIMENTO QUE ALGUÉM POSSA NOS IMPOR

Vem então a questão: como esperar que o coração do justo se alegre em tais circunstâncias, conforme ordena abaixo?

Ø  “Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração dos que buscam ao SENHOR.” (1Cr 16.10).
Ø  “Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração daqueles que buscam ao SENHOR.” (Sl 105.3).

Até os inimigos de Israel queriam que eles se alegrassem:

Ø  “Pois lá aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma canção; e os que nos destruíram, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos uma das canções de Sião.” (Sl 137.3).

Mas eles mesmos se perguntavam:

Ø  “Como cantaremos a canção do SENHOR em terra estranha?” (Sl 137.4).

O segredo está em ter prazer na companhia do Senhor. Jesus, em pessoa, é que deve ser o motivo da nossa alegria:

Ø  “Esforçai-vos, e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis, por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele, porque há um maior conosco do que com ele.” (II Crônicas 32.7)
Ø  “Servi ao Senhor com temor e alegrai-vos nele com tremor” (Sl 2.11 (ARA)).
Ø  Alegrai-vos no SENHOR, e regozijai-vos, vós os justos; e cantai alegremente, todos vós que sois retos de coração.” (Sl 32.11).
Ø  Regozijai-vos no SENHOR, vós justos, pois aos retos convém o louvor.” (Sl 33.1).
Ø  Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração.” (Sl 37.4).
Ø  Folguem e alegrem-se em ti os que te buscam; digam constantemente os que amam a tua salvação: Magnificado seja o SENHOR.” (Sl 40.16);
Ø  “Então irei ao altar de Deus, a Deus, que é a minha grande alegria, e com harpa te louvarei, ó Deus, Deus meu.” (Sl 43.4).
Ø  “O justo se alegrará no SENHOR, e confiará nele, e todos os retos de coração se gloriarão.” (Sl 64.10).
Ø  “A luz semeia-se para o justo, e a alegria para os retos de coração. Alegrai-vos, ó justos, no SENHOR, e dai louvores à memória da sua santidade.” (Sl 97.11,12).
Ø  “A minha meditação acerca dele será suave; eu me alegrarei no SENHOR.” (Sl 104.34).
Ø  “E os mansos terão gozo sobre gozo no SENHOR; e os necessitados entre os homens se alegrarão no Santo de Israel.” (Is 29.19).
Ø  “Tu os padejarás e o vento os levará, e o redemoinho os espalhará; mas tu te alegrarás no SENHOR e te gloriarás no Santo de Israel.” (Is 41.16).
Ø  Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu de roupas de salvação, cobriu-me com o manto de justiça, como um noivo se adorna com turbante sacerdotal, e como a noiva que se enfeita com as suas jóias.” (Is 61.10).
Ø  “Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação.” (Hc 3.18).
Ø  “E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador;” (Lc 1.47).
Ø   “Resta, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor. Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança para vós.” (Fp 3.1).
Ø  Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos.” (Fp 4.4).
Ø  “Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso;” (1Pe 1.8).

Na presença Dele há plenitude de alegria:

Ø  “Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há fartura de alegrias; à tua mão direita há delícias perpetuamente.” (Sl 16.11);
Ø  “Mas alegrem-se os justos, e se regozijem na presença de Deus, e folguem de alegria. Cantai a Deus, cantai louvores ao seu nome; louvai aquele que vai montado sobre os céus, pois o seu nome é SENHOR, e exultai diante dele.” (Sl 68.3,4);
Ø  “Tu multiplicaste a nação, a alegria lhe aumentaste; todos se alegrarão perante ti, como se alegram na ceifa, e como exultam quando se repartem os despojos.” (Is 9.3).
Ø  “Louvor e majestade há diante dele, força e alegria no seu lugar.” (1Cr 16.27).
Ø  “Oh! se já de Sião viesse a salvação de Israel! Quando Deus fizer voltar os cativos do seu povo, então se regozijará Jacó e se alegrará Israel.” (Salmos 53.6);
Ø  “A minha alma se fartará, como de tutano e de gordura; e a minha boca te louvará com alegres lábios, quando me lembrar de ti na minha cama, e meditar em ti nas vigílias da noite.” (Salmos 63.5,6);
Ø   “Porque o SENHOR consolará a Sião; consolará a todos os seus lugares assolados, e fará o seu deserto como o Éden, e a sua solidão como o jardim do SENHOR; gozo e alegria se achará nela, ação de graças, e voz de melodia.” (Isaías 51.3);

Ele mesmo ilumina as nossas trevas:

Ø  “Porque tu acenderás a minha candeia; o SENHOR meu Deus iluminará as minhas trevas.” (Salmos 18.28);

13 – VEM A QUESTÃO: VOCÊ REALMENTE TEM PRAZER NA COMPANHIA DE JESUS?

Logo, independente das circunstâncias, não há motivos para não termos prazer com o que temos (Hb 13.5,6; 1Tm 6.8). Que boa notícia, não acha? Afinal, o coração alegre é fonte de bênçãos para nós e para todos que estão próximos a nós:

Ø  “O coração alegre aformoseia o rosto, mas pela dor do coração o espírito se abate.” (Pv 15.13).
Ø  “Todos os dias do oprimido são maus, mas o coração alegre é um banquete contínuo.” (Pv 15.15).
Ø  “O coração alegre é como o bom remédio, mas o espírito abatido seca até os ossos.” (Pv 17.22).

Portanto, não perca mais tempo. Vá a Jesus, mas vá com júbilo:

Ø  “E os resgatados do SENHOR voltarão; e virão a Sião com júbilo, e alegria eterna haverá sobre as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido.” (Is 35.10).

Talvez você diga: “mas eu já sou de Jesus”. Sim, mas Ele é o teu tesouro? (afinal, o teu coração estará onde está o teu tesouro – Lc 6.45). Você tem tido prazer em ir a Ele?
Fique claro: não se trata de se alegrar apenas com as bênçãos de Deus (dons, talentos, ministérios, pessoas, etc.), mas sim com o próprio Deus em pessoa, com a presença viva Dele (Sl 37.4).
Porventura tiveste a oportunidade de ver as várias passagens em que Deus nos instrui a nos aproximarmos Dele com amor e permanecermos Nele por amor? (Jo 15.9; Rm 11.22). Atente para as expressões:
a)    Andar com Deus (Gn 5.22-24; 6.9; 17.1; 24.40; Gl 5.16,25);
b)    Vinde a mim (Is 55.1-3; Mt 11.28; 19.14; Mc 8.34; 10.14; Jo 5.40; 6.35,37,44,45; 7.37; Ap 22.17);
c)    Achegarmos ou apegarmos a Ele (Dt 11.22; 13.4; Js 22.5; 23.8; Sl 37.4; Hb 4.16);
d)    Viver em Deus (Dt 6.6,7; 11.18,19; 1Pe 4.6).

Isto, sem contar que o mandamento mor diz para amar a Deus, e não apenas invocá-lO, louvá-lO, ouvi-lO, segui-lO, obedecê-lO e servi-lO.
Repare a expressão “ter bom ânimo” nos evangelhos? Já pensou no por quê deste mandamento?

Ø  “E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados.” (Mateus 9.2) – o bom ânimo que resulta da fé em jesus é que acaba com o pecado, a saber, com aquilo que nos separa de Deus (Is 59.1,2);
Ø  “E Jesus, parando, disse que o chamassem; e chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, que ele te chama.” (Marcos 10.49) – é o bom ânimo que nos leva a ouvir e obedecer o chamado de Jesus;
Ø  “E ele lhe disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz.” (Lucas 8.48) – é o bom ânimo que nos capacita a andar por este mundo em paz com Jesus;
Ø  “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” (João 16.33) – é o bom ânimo que nos leva a vencer o mundo (1Jo 5.4,5).
Ø  “Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. Tão-somente esforça-te e tem bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares. Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares. Todo o homem, que for rebelde às tuas ordens, e não ouvir as tuas palavras em tudo quanto lhe mandares, morrerá. Tão-somente esforça-te, e tem bom ânimo.” (Js 1.6,7,9,18) – é o bom ânimo que faz com que tenhamos cuidado em guardar cada preceito bíblico.

Resumindo: não é para irmos a Jesus de qualquer jeito!
Quantos são os que cantam “eu quero é Deus”. Mas a questão é: por que queres Deus? Só para ficares livre dos problemas e teres teus desejos satisfeitos? Ou por que todo o teu desejo é para o teu “Marido” (Jesus – Is 54.5; Gn 3.16)? Você pode estar se perguntando:

14 – “MAS QUE IMPORTÂNCIA HÁ EM TERMOS JESUS COMO NOSSO TESOURO” (Pv 2.4,5; 3.13-15; 23.23; Mt 13.44)?

Enquanto não encontrarmos deleite na companhia Dele, sempre iremos atrás de falsos deuses para preencher o vazio do coração. Os “amantes” sempre acharão espaço na nossa vida para nos conduzir ao matadouro (cuidado com a prostituição espiritual! – Pv 2.16,17; 5.3-6; 6.26; 7.24-27; 9.13-18; Ef 4.14). Qualquer coisa servirá de distração para retardar nossa corrida cristã (1Co 9.24,25; 2Tm 4.7; Fp 3.13,14) e colocar em risco a coroa que Jesus tem para nós (Ap 3.11).
Por isto não podemos nos aproximar de Jesus de qualquer jeito, como que correndo atrás de algo incerto (1Co 9.26,27). Antes, devemos estar convictos de que somos e seremos abençoados (Hb 11.6) além da nossa imaginação (1Co 2.9; Ef 3.19,20).
Já pensou no motivo de Deus instruir o povo a aproximar-se Dele com as mãos cheias (Êx 23.15; 34.20; Dt 16.16)? Para que eles tenham sempre em mente e em mãos as incontáveis bênçãos que Deus já lhes deu (Sl 40.5; 68.19; 71.14-16; 78.6,7; 103.2; 105.2; 106.2). Para você ter uma ideia da importância disto, os rituais ordenados por Deus tinham por finalidade colocar Sua Palavra, caráter e poder constantemente em suas mentes e ações (ver Êx 13.13-16), de modo que eles não tivessem dúvidas do que Deus pode realizar através delas, com vistas a transformar as pessoas próximas em novas criaturas (2Co 5.17). Lembre-se que as pessoas erram por não conhecerem as escrituras, o poder (Mc 12.24) e o dom de Deus (Jo 4.10). E o pior é que entram numa rotina viciosa de errar e continuar errando.
Quem busca em Jesus só nas coisas desta vida, é miserável (1Co 15.19). Está em busca de algo perecível (2Co 4.18) e, portanto, desprovido da glória de Deus (Rm 3.23), que é o que nos faz úteis (Rm 3.12). Isto porque a expectativa carnal leva a pessoa a limitar Deus e, deste modo, a voltar atrás (Sl 78.41). Isto porque, diante dos desafios, ela começa a pensar que não vale a pena receber o que espera se, para isto, for necessário sofrer por um pouco de tempo (1Pe 1.6).
Porém, quando a pessoa toma conhecimento da imensa riqueza que a Graça nos dá, ela enxerga que a vida sobre-excelente de Deus (Rm 5.17) é infinitamente maior que tudo que tinha imaginado para si. Aí sim, ela concorda em se entregar 100% a Jesus.
Assim, sendo, minha oração por mim e por ti é que possamos contemplar os lugares celestiais e neles permanecer a fim de termos acesso a tudo que Deus já no deu (hoje, agora!) gratuitamente em Cristo (1Co 2.12), ao invés de desperdiçar tempo correndo atrás do que não presta, do que não precisamos ou do que Deus já nos deu há muito.
Também urge ressaltar a ligação entre o louvor e a alegria em vários dos versículos mostrados. Isto nos ensina que o verdadeiro louvor surge dos lábios daqueles que, como bebês, se alegram com o “simples” leite racional não falsificado (1Pe 2.2; Sl 8.2; Mt 21.16; Sl 73.25,26; Fp 1.21). Tal pessoa não tem pressa em sair da presença de Deus (aliás, nem quer sair da presença Dele). Cada situação que os outros chamam de problema, para ela é uma oportunidade de poder ainda mais descansar em Deus, a fim de permanecer mais tempo juntinho Dele até que o dia da vitória chegue. Ela não tem pressa de vencer o desafio, pois quanto maior a demora, maior o aprendizado e o tempo de convivência com Deus (Sl 27.4).
Ela confia tanto no amor de Deus que não tem dúvidas de que Jesus virá trazendo a salvação nas Suas asas (Ml 4.2) quando, dentro de si, tudo estiver preparado para recebê-la. Ou seja, o problema é visto como o trabalhar de Deus em seu coração com vistas a prepará-lo para algo inédito e muito maior. Embora o desconforto seja enorme (em virtude de Deus não fazer reforma, mas destruir o velho e construir algo novo no lugar), todavia, ela não desiste daquilo que Deus tem para ela, se conformando a uma vidinha medíocre, sem graça, sem vida, sem qualquer proveito às pessoas que lhe rodeiam.
Tal pessoa, sim, é uma real expressão de elogio e gratidão a Deus por tudo que Ele é. Quer melhor forma de declarar a todos o quão prazerosa é a presença de Jesus do que estando sempre junto a Ele? Mesmo porque, se Jesus não é a nossa alegria, então o que é? Acaso há algo além de Cristo para nos encher de felicidade? Cristo não é suficiente?
A verdade é que aquele que se deixa prender naquilo que o mundo chama de riqueza jamais conseguirá ser alegre, pois tais coisas servem apenas para seduzir e manipular pessoas, incluindo a nós mesmos (que nos induz a nos alegrarmos do nada – Am 6.13). Contudo, Jesus deixou claro que nada que vem de fora pode entrar no coração da pessoa. (Mc 7.18,19), preenchendo-o.
Muitos, por exemplo, acham que o verdadeiro amor vem na forma de uma pessoa carinhosa, respeitadora, compreensiva, etc. Daí os jovens se enamorarem. Todavia, o que lhes dá a sensação prazerosa é a possibilidade de ter encontrado a pessoa certa a quem se entregar e dedicar. Entretanto, se a pessoa deixasse Cristo lhe usar para servir em amor a cada um que se aproxima, conservando sua expectativa nos dons celestiais, ela sempre experimentaria a mesma sensação.
Desprendas-te de tudo que tens e é e, com certeza, conseguirás encontrar felicidade nas coisas mais simples da vida que Deus, há muito, colocara à tua disposição (o Espírito Santo - ver Lc 11.13; 1Co 2.12):

Ø  “Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo.” (Mt 13.44).

Já parou para pensar no motivo pelo qual dificilmente um adulto tem a alegria e sorriso de uma criança? Porque ele se tranca e se fecha em medos, traumas e desilusões. A criança, por ser livre de preocupações e más lembranças, se sente livre para amar e ser feliz.
Por isto Jesus disse:

Ø  “E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus.” (Mateus 18.3).

Você pode questionar: “mas isto é por que ela tem um pai que a sustenta e zela dela”. Ora, se um pai mau (veja MT 7.11) é suficiente para lhe dar paz, quão dirá nós que temos um pai que, de tanto que nos amou enviou Seu Filho só para que, por meio Dele, pudéssemos ter todas as coisas que dizem respeito à vida e piedade (Rm 8.31,32; 2Pe 1.3).
E aí, que tal nos esvaziarmos de nós mesmos para que a felicidade de Cristo tenha lugar na nossa vida?
Não podemos desistir de ser feliz, de amar e ser amado, tampouco da paz de espírito (porém, não confunda paz com tranquilidade, felicidade com euforia, amor com lascívia ou perversão sexual), pois isto significa desistir da própria vida.

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