VOCÊ TEM OBRIGAÇÃO DE SER FELIZ EM
CRISTO JESUS!
1 – INTRODUÇÃO
O
medo da morte tem mantido as pessoas presas a uma rotina de autotortura (Hb 2.14,15). Muitos, por exemplo, se conformam em
trabalhar em algo que não gostam, que traz problemas de saúde e os mantém longe
daqueles que os ama, só porque temem passar fome. Com isto, a Palavra de Deus
vai ficando infrutífera na vida deles (Mc 4.18,19), impedindo-os de enxergar que, a
qualquer momento, Jesus pode vir buscá-los (Lc 21.34).
Que sentido há em trabalhar para não
morrer, quando não se vê motivo algum para viver? Justifica trabalhar 8 horas
por dia, 5 dias por semana, durante 30 anos pelo menos, em algo que não traz
satisfação? (ver Is 55.2).
A desculpa que as pessoas normalmente dão é que elas têm uma família para
alimentar.
Entretanto, uma vez que a boca fala
do que há em abundância no coração (Mt 12.34,35; Lc 6.45),
quando se está a trabalhar em algo que não se gosta, a tendência é o estresse
tomar conta da pessoa e ela passar a maltratar os clientes, a sobrecarregar os
colegas e defraudar o patrão.
Ninguém tem o direito de trabalhar
naquilo que não gosta! Todos têm obrigação de serem felizes.
Você pode questionar: “mas como vou
ser feliz? Se eu não trabalhar, vou passar fome e este é o único emprego
disponível para mim!”. Ora, lute por aquilo que você gosta! Busque de Deus a tua
real vocação! Não seja comodista! Do contrário, você será infeliz e o pior:
fará tudo mundo à tua volta infeliz (e, obviamente, colherá isto de volta! (Gl 6.7,8). Vá em busca da tua felicidade ou
senão, caso não queiras, pelo menos não atrapalhe os outros de serem felizes e
de cumprir com o papel que Deus lhes deu. Faça o teu serviço direito e trate
todos com respeito e dedicação.
Pense: o que é feito da vida
abundante que Deus prometeu aos que creem em Jesus (Jo 10.10)? Não é o reino de Deus justiça, paz e
alegria no Espírito Santo (Rm 14.17)? Não é a alegria
uma das características do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22) e o resultado de se estar na presença Dele (Sl 16.11; 21.6)? O próprio Jesus não quer que a nossa
alegria seja completa (Sl 19.8; Jo 15.11; 1Jo
1.4; Jo 17.13)? Uma
vez que Jesus não é homem para que minta ou se arrependa (Nm 23.19; Tt 1.2), não podemos correr o risco de
morrermos no deserto por desprezarmos a única coisa que realmente importa na
vida (o
presente de Deus para nós – Nm 14.21-23).
Além disto, se tudo que Jesus disse
não é verdade, então por que você insiste em dizer que O segue?
2 – A ALEGRIA NA ÉPOCA DA LEI
Se
até na era da lei, Deus colocava alegria nos corações, o que dizer das melhores
coisas que Deus proveu a nosso respeito?
Ø “Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito,
para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados.” (Hb 11.40).
As festas sagradas, por exemplo, deveriam
ser celebradas com alegria:
Ø
“E no primeiro dia tomareis para vós
ramos de formosas árvores, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas, e
salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis perante o SENHOR vosso Deus por
sete dias.” (Lv 23.40);
Ø “E,
na tua festa, alegrar-te-ás, tu, e teu filho, e tua filha, e o teu
servo, e a tua serva, e o levita, e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que
estão dentro das tuas portas.” (Dt
16.14);
Ø
“E te alegrarás por todo o bem
que o SENHOR teu Deus te tem dado a ti e à tua casa, tu e o levita, e o
estrangeiro que está no meio de ti.” (Dt
26.11);
Ø
“Puseste alegria no meu coração,
mais do que no tempo em que se lhes multiplicaram o trigo e o vinho.” (Sl 4.7).
A
prova disto está em Ne 8.1-22. Quando isto não ocorreu, veja a repreensão de
Neemias:
Ø “E
Neemias, que era o governador, e o sacerdote Esdras, o escriba, e os levitas
que ensinavam ao povo, disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao
SENHOR vosso Deus, então não vos lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo
chorava, ouvindo as palavras da lei. Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e
bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si;
porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais;
porque a alegria do SENHOR é a vossa força. E os levitas fizeram calar a
todo o povo, dizendo: Calai-vos; porque este dia é santo; por isso não vos
entristeçais.” (Ne 8.9-11). (Repreensão pela tristeza).
E não é para menos. Veja o significado
das festas sagradas:
a) A festa dos pães ázimos
lembrava Israel da libertação que eles experimentaram ao serem conduzidos para
longe da imundície idólatra de um povo insensato (Êx 23.15; Rm 10;19; Dt 32.11) a fim de serem eternamente livres
para adorar a Deus (2Co 3.17)
através da Sua bondade, compaixão e misericórdia para com os irmãos que haveriam
de segui-los (Sl 23.6);
b) A festa das primícias (primeiros frutos) era uma “pequena” amostra da
qualidade da colheita que estava por vir.
c) A festa dos tabernáculos mostrava
a bênção de Deus como sendo recalcada, sacudida e transbordante (Lc 6.38), a fim de fazer abundar neles toda a
graça, de modo que, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundassem em
toda a boa obra. Ou seja, para que em tudo enriquecessem para toda a
beneficência e, com isto, muitos fossem estimulados a darem graças a Deus (2Co 9.8,11).
3 – MAS POR QUE A ORDEM DE PRESTAR CULTO A DEUS COM ALEGRIA DE CORAÇÃO?
Ø “Porquanto
não serviste ao SENHOR teu Deus com alegria e bondade de coração, pela
abundância de tudo, assim servirás aos teus inimigos, que o SENHOR enviará
contra ti, com fome e com sede, e com nudez, e com falta de tudo; e sobre o teu
pescoço porá um jugo de ferro, até que te tenha destruído.” (Dt 28.47-48);
Ø “Torna
a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito
voluntário.” (Sl 51.12);
Ø
“Vinde, cantemos ao SENHOR; jubilemos
à rocha da nossa salvação.” (Sl 95.1);
Ø “Celebrai
com júbilo ao SENHOR, todas as terras. Servi ao SENHOR com alegria;
e entrai diante dele com canto.” (Sl
100.1,2);
As festas
sagradas apontavam para a libertação de Deus em favor do Seu povo, o que
revelava a alegria de Deus em servir a Israel de modo especial. Em outras
palavras, o que Deus chama de festa é o prazer de servirmos em Suas mãos a fim
de que a Sua salvação seja usufruída por todos quantos Ele morreu. Ou seja, a
festa era uma ocasião para ser usado como Seu instrumento.
Quando as
pessoas não têm alegria em servi-lO (Hb 6.10)
é porque ainda não enxergam o valor de uma alma. Ora, o que pensas ser o
galardão que os crentes receberão? Trata-se de pessoas para amar (veja Lc 19.17,19). Porém, por não enxergarem o amor
como recompensa, muitos não conseguem ver proveito algum em servir nas mãos de
Deus para confirmar Sua Palavra (Is 49.4; Sl 73.2,3,12-14; Ml 3.13-15). Antes, agem por obrigação, movidos
por tristeza ou necessidade (ignorando 2Co 9.7).
Com isto, vivem
uma vida miserável e acabam limitando a bênção de Deus sobre o Seu povo (Sl 78.40,41) aos poucos trapos de justiça (Is 64.6) que decidem fazer para tentar
aquietar a consciência perturbada, em meio a tanto sentimento de culpa. Por
isto os céus, muitas vezes, se fecham para nós (Ml 3.10): pensamos apenas em edificar a própria casa (Ag 1.9), sem nos preocuparmos com a ruína da
casa de Deus (a saber, o coração dos irmãos – Am 6.1-6) que, muitas vezes, está fraca (Rm 14.1; 15.1) e necessitada (Ez 16.49).
As
bênçãos de Deus nos são dadas para termos condições de servir ao Senhor em toda
boa obra com contentamento:
Ø “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com
tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E
Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a
graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a
suficiência, abundeis em toda a boa obra; conforme está escrito: Espalhou, deu
aos pobres; a sua justiça permanece para sempre. Ora, aquele que dá a semente
ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira,
e aumente os frutos da vossa justiça; para que em tudo enriqueçais para toda a
beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus.” (2Co 9.7-11);
Ø
“Porque, se anuncio o evangelho, não
tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não
anunciar o evangelho! E por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas
uma dispensação me é confiada.” (1Co
9.16,17);
Ø “Mas é grande ganho a piedade com contentamento.” (1Tm 6.6).
Quando
uma bênção chega a nós pode estar certo de que alguém dela irá necessitar a fim
de que possa levar a cabo a boa obra para a qual Deus a chamou (At 13.2):
Ø “Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com
poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe
confiou, muito mais se lhe pedirá.” (Lc 12.48);
Ø “Ouvi, ainda, outra parábola: Houve um homem, pai de família,
que plantou uma vinha, e circundou-a de um valado, e construiu nela um lagar, e
edificou uma torre, e arrendou-a a uns lavradores, e ausentou-se para longe. E,
chegando o tempo dos frutos, enviou os seus servos aos lavradores, para receber os seus frutos.” (Lc 21.33,34).
Nenhuma
bênção nos é dada para usarmos de forma egoísta:
Ø “De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não
vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?
Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar;
combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis. Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.” (Tiago 4.1-3)
Mesmo
porque, se não nos folgamos com a justiça (1Co 13.7) e nos regozijarmos com o bem, então qual é o motivo da
nossa alegria? Aquilo que podemos tirar dos outros?
Ø “Levanta-te,
pois, agora, SENHOR Deus, para o teu repouso, tu e a arca da tua fortaleza; os
teus sacerdotes, ó SENHOR Deus, sejam vestidos de salvação, e os teus santos se
alegrem do bem.” (2Cr 6.41).
Ø
“Eu me alegrarei e regozijarei
na tua benignidade, pois consideraste a minha aflição; conheceste a minha alma
nas angústias.” (Sl 31.7).
Entenda: quem
não ajunta com Jesus, já está espalhando. Quem não está com Ele, já está contra
Ele (Mt
12.30). Quem não se
empenha em ver o bem do próximo, é porque está tendo prazer no sofrimento dele.
Tal pessoa ignora que sua passividade dá lugar para que o mal entre e permaneça
alojado no coração dele. Com isto, a salvação não alcança a vida dele, o pecado
torna seus passos impregnados do inferno (como em Pv 5.5; Ap 6.8, resultando em Dt
28.16,19) e da morte (Rm 6.23), o que acaba por induzi-la a ir após
o príncipe deste mundo (Jo 14.30; Ef 2.2)
que veio para roubar, matar e destruir (Jo 10.10).
Agora você
entende por que é importante nos regozijarmos (Sl 20.5; 35.9; 40.16; 60.4; 70.4) com a salvação que vem do Criador?
Ø “ENTÃO orou Ana, e disse: O meu coração exulta ao SENHOR, o
meu poder está exaltado no SENHOR; a minha boca se dilatou sobre os meus
inimigos, porquanto me alegro na tua salvação.” (1Sm 2.1).
Ø “O rei se alegra em tua força, SENHOR; e na tua salvação grandemente se regozija.” (Sl 21.1).
Inclusive,
é está a prova de que o Senhor, de fato, reina em nós:
Ø “Jubilai, ó nações, o seu povo, porque ele vingará o
sangue dos seus servos, e sobre os seus adversários retribuirá a vingança, e
terá misericórdia da sua terra e do seu povo.” (Dt 32.43).
Ø “Louvor e majestade há diante dele, força e alegria no
seu lugar. Alegrem-se os céus, e regozije-se a terra; e diga-se entre as
nações: O SENHOR reina.” (1Cr 16.27,31).
Afinal,
uma das coisas que rouba nossa paz e felicidade é a angústia de termos que
pagar pelos pecados das pessoas, ou seja, termos que resolver os problemas com
nossas limitações. Quando, todavia, temos certeza que Deus reina, confiamos que
Ele retribuirá a vingança, terá misericórdia da sua terra e povo e, assim, nos
limitamos a permanecer na presença Dele nos alegrando, mesmo porque a
felicidade não é constituída daquilo que podemos adquirir do mundo (visto que nada há de
fora que possa entrar no nosso coração – Mc 7.18,19), mas sim do mover de Deus no nosso
interior em favor do próximo para confirmar Sua Palavra.
4 – A RELAÇÃO ENTRE A SALVAÇÃO E A FELICIDADE
Você
já pensou no que consiste a salvação de Deus?
Eva
pecou simplesmente porque decidiu ir em busca de algo que não precisava, que
nem sabia ao certo que era e para que servia. Quantas vezes também desprezamos
e desperdiçamos as riquezas que Deus nos deu (saúde, família, etc.) só para conseguir coisas que não
satisfazem. Muitos procedem de modo contrário ao especificado na parábola (lançando fora os peixes
bons e mantendo no barco os maus – Mt 13.47,48) por não ser capaz de enxergar
corretamente (os maus olhos comprometeram sua visão – Mt 6.22,23. Daí o
conselho de Jesus em Ap 3.18).
Após
este episódio, Deus deixou o ser humano livre para fazer o que quisesse daquilo
que Ele colocou em suas mãos. O homem passou a supor que, se tivesse toda a
sabedoria de Deus, seria capaz de governar este mundo tão bem ou até melhor do
que Ele. O que ele até hoje não percebeu é que, sem o amor de Deus a guardar
seu coração, ele fica à mercê dos seus desejos. Os apelos da nossa alma por
aquilo que é mal, fala mais alto do que aquilo que sabemos ser bom e certo.
Com
isto, a terra se tornou maldita (Gn 3.17).
Afinal, o homem que deveria ser o instrumento de Deus para manter todas as
coisas sujeitas a Jesus (Gn 1.29),
ao pecar, abdicou do seu domínio (responsabilidade de dar à Palavra de Deus ocasião para manter
tudo em ordem) sobre
a criação. Ela não consegue mais se concentrar naquilo que é bom. Este domínio,
que deveria ser considerado dádiva, privilégio, passou a ser chamado de
serviço, algo enfadonho. O pecado se torna um verdadeiro espinho na carne (ver 2Co 12.7) que gera insatisfação e desespero, em
busca de alívio.
Agora, o conceito de liberdade da pessoa passa
a ser a possibilidade se entregar, sem reservas, aos prazeres da carne e à
glória dos homens, mesmo que isto signifique ver a criação ditar suas próprias
leis. Percebe como é impossível ser salvo ser a verdadeira paz e felicidade de
Cristo tomando conta (preenchendo e governando – uma coisa implica na outra – Mt
12.34) dos nossos
corações?
5 – FALTA DE ALEGRIA, NO QUE DEUS NOS DÁ, CONDUZ À IDOLATRIA
Se
pensarmos que adorar é sujeitar-se às ordens e influência de algo ou alguém, ao
pecar, o homem passou a idolatrar a criação (Rm 1.23,25). Aceitou depender dela para ser,
superficial e temporariamente, feliz e satisfeito. Sem contar que passou a ter
que trabalhar para obter as coisas, mantê-las em ordem e conservá-las em seu
poder.
Enquanto
o ser humano estava em Jesus, a força Dele renovava e mantinha cada coisa no
seu devido lugar. Nada se perdia (Js 23.14).
Mas agora, tudo caminha para o caos e o homem precisa sair correndo atrás de
cada coisa para não deixar que nada escape de si, o que é impossível. Com isto
ele acaba crescendo numa área e perdendo em outra.
Resultado:
ele é “obrigado” a permanecer, o tempo todo, pensando e se especializando no
mundo e naquilo que ele coloca à disposição dos seus cidadãos. Isto é amar o
mundo (estar
o tempo todo ligado nele, o que resulta em inimizade contra Deus – Tg 4.4).
6 – MAS COMO DEUS PODE PERMITIR QUE ALGO TOME CONTA DOS PENSAMENTOS E SENTIMENTOS DO SER HUMANO?
Uma
vez que o homem se tornou egoísta, o domínio absoluto sobre a criação
contribuiria para que ele a oprimisse ainda mais e usasse tudo contra o seu
próximo.
No
entanto, Deus reconciliou todas as coisas Consigo mesmo por meio de Jesus (Cl 1.17,20; 2Co
5.18-20). Isto
significa que, uma vez Nele, acabou-se a guerra. Tudo aquilo que diz respeito à
vida e piedade (2Pe 1.3)
é dado quando recebemos Jesus (Rm 8.31,32).
Contudo, isto só acontece, quando deixamos Sua glória (Fp 4.19) e poder (Ef 3.20) operarem em nós. Inclusive, a salvação de Cristo
consiste em fazer de nós um membro do corpo Dele (colocando-a a serviço do amor), já que é isto que acaba com toda
desculpa que poderia haver para nos manter separados uns dos outros.
Deus
não salva membros isolados. E o motivo é simples: não tem como uma pessoa ser
feliz de verdade em si mesma, independente das circunstâncias nas quais se
encontram aqueles que estão ao redor dela. Na verdade, as afrontas que sofremos
das pessoas (bem como o fato de dependermos delas) é uma das formas que Deus usa para
mostrar que não é possível sermos felizes, enquanto existir alguém infeliz à
nossa volta. Inclusive, assim como os animais honram o Criador quando Ele dá de
beber ao Seu povo (Is 43.20,21),
de modo que eles tenham condições de lhes revelar a Glória que os libertará do
cativeiro da corrupção (Rm 8.18-22),
todos deveríamos orar e nos regozijar (a ponto de orar) em ver Deus trabalhando na vida do
próximo.
Infelizmente,
o pecado causou uma mutação genética em nosso espírito, de modo que, como Adão,
não somos mais capazes de encontrar felicidade na felicidade de Cristo, a
saber, em tudo que Ele e quer ser na vida das pessoas.
Entende, agora, o que vem a ser a salvação
conquistada por Jesus na cruz? Salvação é a alegria por estar 24 horas
em Jesus, sendo guardado por Ele em Sua Palavra e sempre disposto a servir para
que a mesma seja confirmada no Seu corpo. Trata-se do prazer em ser a conservação
desta alegria no coração de cada membro da Igreja (único ânimo - Rm 12.16;
1Pe 3.8; Fp 2.2; 4.2).
7 – MAS QUE O EVANGELHO PROPORCIONA NA NOSSA VIDA PARA QUE NOS ALEGREMOS COM A PALAVRA DE DEUS?
1º: a Palavra de Deus com Suas promessas é
a garantia de que Ele está no controle de cada situação da nossa vida e que,
portanto, não precisamos nos preocupar com nada, nem abrir mão da comunhão
direta com Jesus, muito menos de algum preceito da bíblia ou do amor ao próximo
para conseguirmos algo;
2º: a confirmação de que Deus nos ama é o
fato de Ele nos revelar Seus mandamentos (1Jo 4.9) e nos capacitar para guardá-los (1Jo 5.3);
3º: Sem contar que filho de Deus é aquele
que recebeu, em suas entranhas, a Palavra de Deus em ação (Jo 1.1,14), ou seja, acolheu com mansidão o amor
que vem Dele, que é a única verdade (2Ts 2.10; Tg 1.21),
a ponto de se permitir ser guiado por
ela (Rm
8.14). Lembre-se que
o evangelho de Jesus é o poder de Deus para salvar aquele que crê (Rm 1.16), começando por nós;
4º: O conhecimento da verdade é que
liberta (Jo
8.32).
5º: o evangelho é anunciado para que
possamos abrir espaço no nosso coração e, com isto, mais pessoas possam nele
habitar (Is
54.2; 2Co 6.11-13; 1Jo 1.3; Ap 3.20).
Sua
Palavra foi dada justamente para nos encher de alegria e, consequentemente, nos
fazer abundar em esperança:
Ø E disse Davi a Salomão seu filho: Esforça-te e tem
bom ânimo, e faze a obra; não temas, nem te
apavores; porque o SENHOR Deus, meu Deus, há de ser contigo; não te deixará,
nem te desamparará, até que acabes toda a obra do serviço da casa do SENHOR.” (I Crônicas 28.20);
Ø “Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração;
o mandamento do SENHOR é puro, e ilumina os olhos.” (Salmos 19.8);
Ø “Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra
foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu
nome sou chamado, ó SENHOR Deus dos Exércitos.” (Jr 15.16);
Ø “E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós
o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as
Escrituras?” (Lc 24.32);
Ø “Ora o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e
paz em crença, para que abundeis em esperança
pela virtude do Espírito Santo.” (Jr 15.13);
O
salmista, por exemplo, tinha tanto prazer na Palavra de Deus que dedicou o
maior salmo da bíblia para louvá-la (veja, por exemplo, os versículos Sl 119.14,16,24,47,92,162).
Tudo
isto não é motivo de alegria? Daí a ordem para termos bom ânimo em guardá-la e
cumpri-la:
Ø “Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a
terra que jurei a seus pais lhes daria. Tão-somente esforça-te e tem mui bom
ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés
te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para
que prudentemente te conduzas por onde quer que andares. Não to mandei eu?
Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu
Deus é contigo, por onde quer que andares.” (Josué 1.6,7,9);
Ø “Todo o homem, que for rebelde às tuas ordens, e não ouvir as tuas
palavras em tudo quanto lhe mandares, morrerá. Tão-somente esforça-te, e tem
bom ânimo.” (Josué 1.18);
Ø “Então prosperarás, se tiveres cuidado de cumprir os estatutos e os
juízos, que o SENHOR mandou a Moisés acerca de Israel; esforça-te, e tem bom
ânimo; não temas, nem tenhas pavor.” (I Crônicas 22.13);
8 – A ALEGRIA POR TERMOS A QUEM AMAR E POR QUEM LUTAR É QUE NOS CONSERVA SANTOS E PUROS
Tal
como a mulher é salva por Jesus através da sua missão de mãe (1Tm 2.15), é quando nos levantamos como mãe na
Igreja de Jesus (Jz 5.7)
que, de fato, a fonte de Água Viva, que conduz à vida eterna, brota do nosso
interior (Jo
4.14) e mata toda a
sede da nossa alma. Tanto é assim que Deus não tira os Seus do deserto, mas faz
rios brotarem nele a fim de que um memorial Seu possa ali ser conhecido e visto
por todos (Is
41.17-20). Afinal, é quando
o zelo de Deus pela Sua Igreja preenche o nosso coração, que nosso coração é
purificado e conservado limpo (Lc 11.41; Tt 3.4-6) através
das boas obras (Tt 2.14).
Assim
sendo:
Ø “... Alegra-te, estéril, que não dás à luz; Esforça-te
e clama, tu que não estás de parto; Porque os filhos da solitária são mais do
que os da que tem marido.”
(Gl
4.27). “”
Veja
que o objetivo não é apenas o nascimento de alguém na fé, mas a alegria de
tê-lo aos nossos cuidados. Daí a alegria que se deve ter na Sua casa de oração (a saber, em cada pessoa
que se aproxima de nós (1Co 3.16; 6.19; 2Co 6.16)):
Ø “Também os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei
na minha casa de oração; os seus
holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha
casa será chamada casa de oração para todos os povos.” (Is 56.7);
Ø “E outra vez diz: Alegrai-vos, gentios, com o seu povo.” (Rm 15.10);
Ø “Porque, qual é a nossa esperança, ou gozo, ou coroa
de glória? Porventura não o sois vós também diante de nosso Senhor Jesus Cristo
em sua vinda? Na verdade vós sois a nossa
glória e gozo.” (1Ts 2.19,20).
Ø “Dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, Cantar-te-ei
louvores no meio da congregação.” (Hb 2.12).
É a alegria
de estarmos presente no coração daqueles que Deus traz até nós e de termos,
dentro de nós, as pessoas que Deus quer que façam parte da nossa vida, que manterá
nossos olhos fixos na expectativa da volta de Jesus (já que é, a partir de então, que não
haverá mais nada, nem ninguém, que atrapalhe a plena comunhão do corpo de
Jesus).
9 – ONDE AS AFLIÇÕES DE JESUS SE ENCAIXAM NA ALEGRIA QUE DEVE TOMAR NOSSOS CORAÇÕES?
Mas então,
porque a bíblia menciona as aflições de Jesus por Seu corpo, bem como os
sofrimentos que haveriam de vir sobre a Igreja (Mt 7.25,27; 10.16-25; 13.20,21; Jo 1.6;
2.33; 15.19-21; 16.33; At 14.22; 1Co 3.12-25; Fp 1.29; Cl 1.24; 2Tm 1.8; 2Tm
2.3; 3.12; Hb 10.32-34; 11.25-28; 1Pe 2.19-21; 4.12-19)?
Sim, haverá
lutas, perseguições e aflições por amor a Jesus e ao evangelho. Porém, isto de
modo algum é para nos separar do amor de Deus (Rm 8.31-39) ou limitar a abundância da Sua graça
e do dom da justiça na nossa vida (Rm 5.17,20),
como é possível ver em:
·
(At 5.40,41) alegria
por padecer afrontas pelo nome de Jesus;
·
(At 7.56,59,60) alegria
em perdoar e contemplar Jesus à destra de Deus mesmo sendo apedrejado;
·
(At 14.19,20) alegria
em anunciar a Palavra de Deus mesmo após ter sido apedrejado;
·
(At 16.22-25) alegria
em orar e louvar a Deus à meia noite, mesmo cheio de hematomas e presos;
·
(2Co 8.1,2) alegria
em ofertar, mesmo na pobreza;
·
(1Ts 1.6) alegria
em receber a Palavra de Deus mesmo em meio a muita tribulação;
·
(Hb 10.34) alegria,
mesmo sendo espoliado;
·
(2Co 12.9,10) alegria
pelas fraquezas, injúrias, necessidades e perseguições e angústias por amor de
Jesus por saber que é assim que a vida de Jesus se menifesta na nossa carne (2Co 4.10,11) e o poder de Deus se aperfeiçoa
em nós.
Além
disto, embora Jesus tenha padecido tanto a fim de aprender a obediência (Is 53.3; Hb 5.8) e, deste modo, nos salvar (Is 53.4-6), ainda assim, ninguém foi tão feliz
como Ele (Hb
1.8,9; Sl 45.6,7).
10 – MAS POR QUE A NECESSIDADE DE TANTO SOFRIMENTO PARA PODERMOS EXPERIMENTAR A VIDA DE JESUS EM NÓS (Rm 8.18; 2Co 4.8-11,17,18)?
Toda
a criação ficou sujeita à vaidade (àquilo que não traz proveito algum – Rm 8.19-22) e, por isto, acabou parando em
regiões inóspitas, sem nenhuma força para sair (Lv 26.17,32,37; Dt 28.25; Js 7.12-13). E o pior: considerando que são os
indivíduos que fazem o lugar e que é este quem determina o caráter deles, logo,
tais pessoas se tornaram incapazes de ver algo bom, quão dirá fazê-lo:
Ø “Os seus pés são
ligeiros para derramar sangue. Em seus
caminhos há destruição e miséria; e não
conheceram o caminho da paz.”
(Rm
3.15-17);
Ø “Porque será como a tamargueira no deserto, e não verá quando
vem o bem; antes morará nos lugares secos do
deserto, na terra salgada e inabitável.” (Jr “17.6);
Ø “Ainda que eu andasse pelo vale
da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua
vara e o teu cajado me consolam.”
(Sl
23.4);
Ø “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele
são os caminhos da morte.” (Pv 14.12);
Ø “O povo que andava em trevas,
viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região
da sombra da morte resplandeceu a luz.” (*Is 9.2).
Ø “Porquanto dizeis: Fizemos
aliança com a morte, e com o inferno fizemos acordo; quando passar o
dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque pusemos a mentira por nosso
refúgio, e debaixo da falsidade nos escondemos.” (Is 28.15).
Ø Veja também (Sl 18.4; 116.8; Pv 2.18; 5.5).
Levando
em conta que a vida corrompida traz morte (Rm 6.23), logo a aflição torna-se algo inevitável (Jo 16.33).
11 – A SALVAÇÃO SÓ ACONTECE ONDE O PECADO ABUNDA (Rm 5.20)
Porém,
ao invés de murmurarmos ou fugirmos (Êx 9.10; Fp 2.14,15),
Deus nos convoca a irmos de encontro a estas pessoas e as acolhermos (Rm 14.1; 15.1) a fim de que elas experimentem a
salvação de Jesus em nós. Como Jesus venceu o mundo, nós também venceremos (1Jo 5.4) e ceifaremos o que semeamos (Gl 6.9) se não desfalecermos.
É
bem verdade que, ao entrarmos em contato com pessoas ímpias (conduzidas pelo
Espírito Santo a fim de anunciar-lhes a salvação), “levaremos” os pecados delas contra
nós (maus
tratos, invejas, amargura, etc).
Aliás, este é o único motivo para uma pessoa que nasceu de novo ainda continuar
tendo pecado, mesmo após Cristo tê-los levado (1Jo 3.5; Ap 1.5):
Ø “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós
mesmos, e não há verdade em nós. Se
dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em
nós.” (1Jo 1.8,10).
Porém,
se estivermos em Jesus, conseguiremos sofrer (levar) os pecados de todas estas pessoas sem pecarmos. Como? Através
da confirmação da Palavra de Deus pela nossa obediência à verdade, até que o
livramento seja trazido à terra (Sl 82.4; Pv 24.11,12; Isaías
26.18; Jr 21.12; 22.3)
e o amor fraternal não fingido, promovido (1Pe1.22). É para estas pessoas que as promessas do Salmo 91
valem, sendo esta a salvação que vem com o evangelho.
Que
sentido haveria tais versículos para pessoas que se acomodaram a uma vidinha
medíocre, pacata, despreocupada, longe do perigo? Inclusive, este e o Salmo 23
são provas de que é possível ser alegre mesmo em meio a tanta adversidade.
Ø “Como contristados, mas sempre alegres; como pobres,
mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo.” (2Co 6.10);
Ø “Agora folgo, não porque fostes contristados, mas
porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados
segundo Deus; de maneira que por nós não padecestes dano em coisa alguma.
Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém
se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte.” (2Co 7.9,10);
Do
contrário, seria muita injustiça da parte de Deus ordenar:
Ø “Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte,
faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita
misericórdia, com alegria.”
(Rm
12.8).
Ø “Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na
tribulação, perseverai na oração;” (Rm 12.12);
Ø “Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os
que choram;” (Rm 12.15);
Ø “E, ainda que seja oferecido por libação
sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com
todos vós. E vós também regozijai-vos e alegrai-vos comigo por isto
mesmo.” (Fp 2.17,18);
Ø “Regozijai-vos sempre. Orai sem
cessar. Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus
para convosco.” (1Ts 5.16-18)
Ø “Meus irmãos, tende por motivo de toda a alegria o
passardes por várias provações”
(Tg
1.2 - ARA).
Ø “Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das
aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis
e alegreis.” (1Pe 4.13).
Ø “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo
que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se
à destra do trono de Deus.”
(Hb
12.2)
Se a paz e
o amor de Jesus não fossem capazes de exceder todo entendimento que possamos
ter acerca de qualquer situação (Jo 14.27; Fp 4.7; Ef 3.19-20), seria muito sarcasmo tais ordenanças.
12 – A ALEGRIA QUE A PRESENÇA DO SENHOR NOS PROPORCIONA É MAIOR DO QUE QUALQUER SOFRIMENTO QUE ALGUÉM POSSA NOS IMPOR
Vem então a
questão: como esperar que o coração do justo se alegre em tais circunstâncias,
conforme ordena abaixo?
Ø “Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração
dos que buscam ao SENHOR.”
(1Cr
16.10).
Ø “Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração
daqueles que buscam ao SENHOR.”
(Sl
105.3).
Até os
inimigos de Israel queriam que eles se alegrassem:
Ø “Pois lá aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma
canção; e os que nos destruíram, que os alegrássemos, dizendo:
Cantai-nos uma das canções de Sião.”
(Sl
137.3).
Mas eles
mesmos se perguntavam:
Ø “Como cantaremos a canção do SENHOR em terra estranha?” (Sl 137.4).
O segredo
está em ter prazer na companhia do Senhor. Jesus, em pessoa, é que deve ser o
motivo da nossa alegria:
Ø “Esforçai-vos, e tende bom
ânimo; não temais, nem vos espanteis, por causa do rei da Assíria, nem por
causa de toda a multidão que está com ele, porque há um maior conosco do que com
ele.” (II Crônicas 32.7)
Ø “Servi ao Senhor com temor e alegrai-vos nele com
tremor” (Sl 2.11 (ARA)).
Ø “Alegrai-vos no SENHOR, e regozijai-vos, vós os justos; e cantai alegremente,
todos vós que sois retos de coração.”
(Sl
32.11).
Ø “Regozijai-vos no SENHOR, vós justos, pois aos retos convém o louvor.” (Sl 33.1).
Ø “Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração.” (Sl 37.4).
Ø “Folguem e alegrem-se em ti os que te buscam; digam constantemente
os que amam a tua salvação: Magnificado seja o SENHOR.” (Sl 40.16);
Ø “Então irei ao altar de Deus, a Deus, que é a minha grande alegria, e com harpa te
louvarei, ó Deus, Deus meu.”
(Sl
43.4).
Ø “O justo se alegrará no SENHOR, e confiará nele, e todos os retos de coração se gloriarão.” (Sl 64.10).
Ø “A luz semeia-se para o justo, e a alegria para os retos de
coração. Alegrai-vos, ó justos, no SENHOR, e dai louvores à memória da sua santidade.” (Sl 97.11,12).
Ø “A minha meditação acerca dele será suave; eu me alegrarei
no SENHOR.” (Sl 104.34).
Ø “E os mansos terão gozo sobre gozo no SENHOR; e os necessitados entre os homens se alegrarão no Santo de Israel.” (Is 29.19).
Ø “Tu os padejarás e o vento os levará, e o redemoinho os
espalhará; mas tu te alegrarás no SENHOR e te gloriarás no Santo de Israel.” (Is 41.16).
Ø “Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu de roupas de salvação, cobriu-me com
o manto de justiça, como um noivo se adorna com turbante sacerdotal, e como a
noiva que se enfeita com as suas jóias.” (Is 61.10).
Ø “Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus
da minha salvação.”
(Hc
3.18).
Ø “E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador;”
(Lc
1.47).
Ø “Resta, irmãos meus, que vos regozijeis
no Senhor. Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e é
segurança para vós.” (Fp 3.1).
Ø “Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos.” (Fp 4.4).
Ø “Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o
vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso;” (1Pe 1.8).
Na presença
Dele há plenitude de alegria:
Ø “Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há fartura
de alegrias; à tua mão direita há delícias perpetuamente.” (Sl 16.11);
Ø “Mas alegrem-se os justos, e se regozijem na presença de Deus, e folguem de alegria.
Cantai a Deus, cantai louvores ao seu nome; louvai aquele que vai montado sobre
os céus, pois o seu nome é SENHOR, e exultai diante dele.”
(Sl
68.3,4);
Ø “Tu multiplicaste a nação, a alegria lhe aumentaste;
todos se alegrarão perante ti, como
se alegram na ceifa, e como exultam quando se repartem os despojos.” (Is 9.3).
Ø “Louvor e majestade há diante dele, força e alegria no
seu lugar.” (1Cr 16.27).
Ø “Oh! se já de Sião viesse a salvação de Israel! Quando Deus
fizer voltar os cativos do seu povo, então se regozijará Jacó e se alegrará
Israel.” (Salmos 53.6);
Ø “A minha alma se fartará, como de tutano e de gordura; e a
minha boca te louvará com alegres lábios, quando me lembrar de ti na
minha cama, e meditar em ti nas vigílias da noite.” (Salmos 63.5,6);
Ø “Porque o SENHOR
consolará a Sião; consolará a todos os seus lugares assolados, e fará o seu
deserto como o Éden, e a sua solidão como o jardim do SENHOR; gozo e alegria
se achará nela, ação de graças, e voz de melodia.” (Isaías 51.3);
Ele
mesmo ilumina as nossas trevas:
Ø “Porque tu acenderás a minha candeia; o SENHOR meu Deus
iluminará as minhas trevas.” (Salmos 18.28);
13 – VEM A QUESTÃO: VOCÊ REALMENTE TEM PRAZER NA COMPANHIA DE JESUS?
Logo, independente das circunstâncias,
não há motivos para não termos prazer com o que temos (Hb 13.5,6; 1Tm 6.8). Que boa notícia, não acha? Afinal, o
coração alegre é fonte de bênçãos para nós e para todos que estão próximos a
nós:
Ø “O coração alegre aformoseia
o rosto, mas pela dor do coração o espírito se abate.” (Pv 15.13).
Ø “Todos os dias do oprimido são maus, mas o coração alegre
é um banquete contínuo.” (Pv 15.15).
Ø “O coração alegre é como o bom remédio, mas o espírito abatido seca até os ossos.” (Pv 17.22).
Portanto, não perca mais tempo. Vá a
Jesus, mas vá com júbilo:
Ø “E os resgatados do SENHOR voltarão; e virão a Sião com júbilo,
e alegria eterna haverá sobre as suas cabeças; gozo e alegria
alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido.” (Is 35.10).
Talvez você diga: “mas eu já sou de
Jesus”. Sim, mas Ele é o teu tesouro? (afinal, o teu coração estará onde está o
teu tesouro – Lc 6.45).
Você tem tido prazer em ir a Ele?
Fique
claro: não se trata de se alegrar apenas com as bênçãos de Deus (dons, talentos,
ministérios, pessoas, etc.),
mas sim com o próprio Deus em pessoa,
com a presença viva Dele (Sl 37.4).
Porventura
tiveste a oportunidade de ver as várias passagens em que Deus nos instrui a nos
aproximarmos Dele com amor e permanecermos Nele por amor? (Jo 15.9; Rm 11.22). Atente para as expressões:
a) Andar com Deus (Gn 5.22-24; 6.9; 17.1;
24.40; Gl 5.16,25);
b) Vinde a mim (Is 55.1-3; Mt 11.28;
19.14; Mc 8.34; 10.14; Jo 5.40; 6.35,37,44,45; 7.37; Ap 22.17);
c) Achegarmos ou apegarmos a Ele (Dt 11.22; 13.4; Js
22.5; 23.8; Sl 37.4; Hb 4.16);
d) Viver em Deus (Dt 6.6,7; 11.18,19; 1Pe
4.6).
Isto, sem contar que o mandamento mor
diz para amar a Deus, e não apenas invocá-lO, louvá-lO, ouvi-lO, segui-lO,
obedecê-lO e servi-lO.
Repare a expressão “ter bom ânimo” nos evangelhos? Já pensou no por quê deste
mandamento?
Ø “E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem bom ânimo, perdoados te são os teus
pecados.” (Mateus 9.2) – o bom ânimo que resulta da fé em
jesus é que acaba com o pecado, a saber, com aquilo que nos separa de Deus (Is 59.1,2);
Ø “E Jesus, parando, disse que o chamassem; e chamaram o cego,
dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, que
ele te chama.” (Marcos 10.49) – é o bom ânimo que nos leva a ouvir
e obedecer o chamado de Jesus;
Ø “E ele lhe disse: Tem bom ânimo,
filha, a tua fé te salvou;
vai em paz.” (Lucas 8.48) – é o bom ânimo que nos capacita a andar
por este mundo em paz com Jesus;
Ø “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis
aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o
mundo.” (João 16.33) – é o bom ânimo que nos leva a vencer
o mundo (1Jo
5.4,5).
Ø “Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo
herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. Tão-somente esforça-te e tem
bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu
servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda,
para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares. Não to mandei eu?
Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR
teu Deus é contigo, por onde quer que andares. Todo o homem, que for rebelde às
tuas ordens, e não ouvir as tuas palavras em tudo quanto lhe mandares, morrerá.
Tão-somente esforça-te, e tem bom ânimo.” (Js 1.6,7,9,18) – é o bom ânimo que faz com que
tenhamos cuidado em guardar cada preceito bíblico.
Resumindo: não é para irmos a Jesus de
qualquer jeito!
Quantos são os que cantam “eu quero é Deus”. Mas a questão é: por que queres
Deus? Só para ficares livre dos problemas e teres teus desejos satisfeitos? Ou
por que todo o teu desejo é para o teu “Marido” (Jesus – Is 54.5; Gn 3.16)? Você pode estar se perguntando:
14 – “MAS QUE IMPORTÂNCIA HÁ EM TERMOS JESUS COMO NOSSO TESOURO” (Pv 2.4,5; 3.13-15; 23.23; Mt 13.44)?
Enquanto
não encontrarmos deleite na companhia Dele, sempre iremos atrás de falsos
deuses para preencher o vazio do coração. Os “amantes” sempre acharão espaço na
nossa vida para nos conduzir ao matadouro (cuidado com a prostituição espiritual! –
Pv 2.16,17; 5.3-6; 6.26; 7.24-27; 9.13-18; Ef 4.14). Qualquer coisa servirá de distração
para retardar nossa corrida cristã (1Co 9.24,25; 2Tm 4.7; Fp 3.13,14) e colocar em risco a coroa que Jesus
tem para nós (Ap 3.11).
Por
isto não podemos nos aproximar de Jesus de qualquer jeito, como que correndo
atrás de algo incerto (1Co 9.26,27).
Antes, devemos estar convictos de que somos e seremos abençoados (Hb 11.6) além da nossa imaginação (1Co 2.9; Ef 3.19,20).
Já
pensou no motivo de Deus instruir o povo a aproximar-se Dele com as mãos cheias
(Êx
23.15; 34.20; Dt 16.16)?
Para que eles tenham sempre em mente e em mãos as incontáveis bênçãos que Deus
já lhes deu (Sl 40.5; 68.19; 71.14-16; 78.6,7; 103.2; 105.2; 106.2). Para você ter uma ideia da
importância disto, os rituais ordenados por Deus tinham por finalidade colocar
Sua Palavra, caráter e poder constantemente em suas mentes e ações (ver Êx 13.13-16), de modo que eles não tivessem dúvidas
do que Deus pode realizar através delas, com vistas a transformar as pessoas
próximas em novas criaturas (2Co 5.17).
Lembre-se que as pessoas erram por não conhecerem as escrituras, o poder (Mc 12.24) e o dom de Deus (Jo 4.10). E o pior é que entram numa rotina
viciosa de errar e continuar errando.
Quem
busca em Jesus só nas coisas desta vida, é miserável (1Co 15.19). Está em busca de algo perecível (2Co 4.18) e, portanto, desprovido da glória de
Deus (Rm
3.23), que é o que
nos faz úteis (Rm 3.12).
Isto porque a expectativa carnal leva a pessoa a limitar Deus e, deste modo, a voltar
atrás (Sl
78.41). Isto porque,
diante dos desafios, ela começa a pensar que não vale a pena receber o que
espera se, para isto, for necessário sofrer por um pouco de tempo (1Pe 1.6).
Porém,
quando a pessoa toma conhecimento da imensa riqueza que a Graça nos dá, ela
enxerga que a vida sobre-excelente de Deus (Rm 5.17) é infinitamente maior que tudo que tinha imaginado para
si. Aí sim, ela concorda em se entregar 100% a Jesus.
Assim,
sendo, minha oração por mim e por ti é que possamos contemplar os lugares
celestiais e neles permanecer a fim de termos acesso a tudo que Deus já no deu (hoje, agora!) gratuitamente em Cristo (1Co 2.12), ao invés de desperdiçar tempo
correndo atrás do que não presta, do que não precisamos ou do que Deus já nos
deu há muito.
Também
urge ressaltar a ligação entre o louvor e a alegria em vários dos versículos
mostrados. Isto nos ensina que o verdadeiro louvor surge dos lábios daqueles que,
como bebês, se alegram com o “simples” leite racional não falsificado (1Pe 2.2; Sl 8.2; Mt
21.16; Sl 73.25,26; Fp 1.21).
Tal pessoa não tem pressa em sair da presença de Deus (aliás, nem quer sair da
presença Dele). Cada
situação que os outros chamam de problema, para ela é uma oportunidade de poder
ainda mais descansar em Deus, a fim de permanecer mais tempo juntinho Dele até
que o dia da vitória chegue. Ela não tem pressa de vencer o desafio, pois
quanto maior a demora, maior o aprendizado e o tempo de convivência com Deus (Sl 27.4).
Ela
confia tanto no amor de Deus que não tem dúvidas de que Jesus virá trazendo a
salvação nas Suas asas (Ml 4.2)
quando, dentro de si, tudo estiver preparado para recebê-la. Ou seja, o
problema é visto como o trabalhar de Deus em seu coração com vistas a
prepará-lo para algo inédito e muito maior. Embora o desconforto seja enorme (em virtude de Deus não
fazer reforma, mas destruir o velho e construir algo novo no lugar), todavia, ela não desiste daquilo que
Deus tem para ela, se conformando a uma vidinha medíocre, sem graça, sem vida,
sem qualquer proveito às pessoas que lhe rodeiam.
Tal
pessoa, sim, é uma real expressão de elogio e gratidão a Deus por tudo que Ele
é. Quer melhor forma de declarar a todos o quão prazerosa é a presença de Jesus
do que estando sempre junto a Ele? Mesmo porque, se Jesus não é a nossa
alegria, então o que é? Acaso há algo além de Cristo para nos encher de
felicidade? Cristo não é suficiente?
A verdade é que aquele que se deixa prender
naquilo que o mundo chama de riqueza jamais conseguirá ser alegre, pois tais
coisas servem apenas para seduzir e manipular pessoas, incluindo a nós mesmos (que nos induz a nos alegrarmos do nada – Am 6.13).
Contudo, Jesus deixou claro que nada que vem de fora pode entrar no coração da
pessoa. (Mc 7.18,19), preenchendo-o.
Muitos, por exemplo, acham que o verdadeiro
amor vem na forma de uma pessoa carinhosa, respeitadora, compreensiva, etc. Daí
os jovens se enamorarem. Todavia, o que lhes dá a sensação prazerosa é a
possibilidade de ter encontrado a pessoa certa a quem se entregar e dedicar.
Entretanto, se a pessoa deixasse Cristo lhe usar para servir em amor a cada um
que se aproxima, conservando sua expectativa nos dons celestiais, ela sempre
experimentaria a mesma sensação.
Desprendas-te de tudo que tens e é e, com
certeza, conseguirás encontrar felicidade nas coisas mais simples da vida que
Deus, há muito, colocara à tua disposição (o Espírito Santo - ver Lc 11.13; 1Co 2.12):
Ø “Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num
campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo
quanto tem, e compra aquele campo.”
(Mt
13.44).
Já
parou para pensar no motivo pelo qual dificilmente um adulto tem a alegria e
sorriso de uma criança? Porque ele se tranca e se fecha em medos, traumas e
desilusões. A criança, por ser livre de preocupações e más lembranças, se sente
livre para amar e ser feliz.
Por
isto Jesus disse:
Ø “E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não
vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus.” (Mateus 18.3).
Você pode questionar: “mas isto é por que ela
tem um pai que a sustenta e zela dela”. Ora, se um pai mau (veja MT 7.11) é suficiente para lhe dar paz, quão dirá nós
que temos um pai que, de tanto que nos amou enviou Seu Filho só para que, por
meio Dele, pudéssemos ter todas as coisas que dizem respeito à vida e piedade (Rm 8.31,32; 2Pe 1.3).
E aí, que tal nos esvaziarmos de nós mesmos
para que a felicidade de Cristo tenha lugar na nossa vida?
Não podemos desistir
de ser feliz, de amar e ser amado, tampouco da paz de espírito (porém, não confunda
paz com tranquilidade, felicidade com euforia, amor com lascívia ou perversão sexual), pois isto significa
desistir da própria vida.
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