FILHOS:
BÊNÇÃO OU PROBLEMA?
É comum falar-se em controle da
natalidade, como se ter filhos fosse o efeito colateral indesejado da relação
sexual. Infelizmente o ser humano, em sua arrogância, acha que tem poder de
controlar a quantidade de filhos que terá.
Isto não é verdade! Jesus foi claro:
“Disse-lhe
Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja
morto, viverá”
(Jo 11.25);
“Disse-lhe
Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão
por mim.”
(Jo 14.6).
Sendo Jesus a vida, isto quer dizer
que, mesmo com toda a tecnologia a seu dispor, ninguém será capaz de gerar um
novo ser humano. Mesmo usando técnicas como “bebê de proveta” ou “inseminação
artificial” em um milhão de óvulos, nenhum deles irá dar origem a um novo ser
vivo, a menos que Jesus lhe conceda o fôlego de vida:
“Nem
tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa;
pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas;
e de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face
da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua
habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem
achar; ainda que não está longe de cada um de nós; porque nele vivemos, e nos
movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: pois somos
também sua geração.”
(At 19.25-28).
Tampouco alguém é capaz de evitar a
gravidez. Estes métodos ditos ser “anticonceptivos”, na verdade, são
micro-abortos disfarçados (veja o artigo: ). É bem
verdade que poderia se pensar em retirar o útero, fazer vasectomia ou ligação
de trompas, usar camisinha ou jogar fora o esperma ao invés de deixar o mesmo
alcançar o útero da mulher. Entretanto, veja o que Deus fez quando alguém
pensou em fazer isto:
“Então
disse Judá a Onã: Toma a mulher do teu irmão, e casa-te com ela, e suscita
descendência a teu irmão. Onã, porém, soube que esta descendência não havia de
ser para ele; e aconteceu que, quando possuía a mulher de seu irmão, derramava
o sêmen na terra, para não dar descendência a seu irmão. E o que fazia era mau
aos olhos do SENHOR, pelo que também o matou.” (Gn
38.8-10).
Ora, Jesus não é Senhor (Rm 10.9,10) da tua vida? Se é assim, então deixe Ele decidir
quantos filhos terás. Mesmo porque:
Nele
estava a vida, e a vida era a luz dos homens.” (Jo 1.4).
Note como a vida é a dádiva de Deus
que dá luz aos homens. O amor que brota de Deus no coração dos pais após a concepção
de um bebê é tão forte que, se a mulher se mantiver fiel a Jesus e se entregar
por completo a este amor, herdará a salvação (1Tm
2.15).
Ou seja, a mulher é salva por Jesus e Sua Palavra através da maternidade.
Se você acha que não, pense: que motivo
que levou Eva a pecar, já que no Éden tinha tudo do bom e do melhor, incluindo
a presença viva do próprio Deus? A negligência de Adão em obedecer ao
mandamento:
“E
Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei
a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos
céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” (Gn 1.28).
Se Adão tivesse se empenhado em
cumprir esta ordenança (ele só foi ter relação com
Eva após o pecado, em Gn 4.1), Eva teria tido filhos e o coração
dela não teria ficado insatisfeito, buscando um conhecimento que não precisava (Gn 3.5,6). Tampouco teria tempo para ficar conversando
fiado com quem não devia.
Além disto, que melhor forma de
evangelizar, senão gerando filhos? Quer melhor forma de fazer a terra se encher
da glória do Senhor (veja Is 11.9; Hc 2.14) do que
frutificando, multiplicando e enchendo a terra (Gn
1.28)
de filhos cheios do Espírito Santo? É claro que isto implica em grande
responsabilidade, para que a glória de Deus não seja retirada dos filhos (Mq 2.9).
Lembre-se da exortação de provérbios:
“Educa
a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará
dele.”
(Pv 22.6)
Isto
funciona! Basta pensar que os muçulmanos são capazes de matar e morrer por alá.
Tudo isto porque, desde criança, eles enfiam alá, Maomé e alcorão na cabeça da
criança. Com certeza eles devem ter lido, na Escritura Sagrada, a ordem dada
por Moisés:
“E
estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a
teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e
deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão
por frontais entre os teus olhos.” (Dt
6.6-8)
É tão séria
esta exortação que ela é repetida em (Dt
11.18-20).
Em outras palavras, se houver um investimento PESSOAL e CONTÍNUO dos
pais na vida dos filhos, não há o que temer. Até para os animais isto funciona:
“Vendo,
pois, ela que havia esperado muito, e que a sua expectação era perdida, tomou
outro dos seus filhotes, e fez dele um leãozinho. Este, pois, andando continuamente
no meio dos leões, veio a ser leãozinho, e aprendeu a apanhar a presa, e
devorou homens.”
(Ez 19.5,6).
Como que o
leãozinho aprende a ser leão se não existe escola para leões? Andando
CONTINUAMENTE no meio dos leões. Se você cumprir teu papel na vida do teu filho,
permanecendo junto dele 24 horas, não há o temer o versículo abaixo:
Ø “A
coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são seus
pais.” (Pv 17.6).
Filhos e netos podem ser coroa de
bênção e glória ou de vergonha. Vai depender de você. Como? Veja, por exemplo,
o caso da mulher?
? “O
teu pescoço é como a torre de Davi, edificada para pendurar armas; mil escudos
pendem dela, todos broquéis de poderosos.” (Ct
4.4).
Na época, Jerusalém (e muitas outras cidades) era rodeada por uma forte muralha.
E, em determinados pontos do muro, havia uma torre de vigia, onde o atalaia (vigia) permanecia. A torre de Davi era a principal,
onde as armas ficava. Quando o atalaia tocava a trombeta, o povo parava tudo
que estava fazendo imediatamente, ia para a torre de Davi, pegava as armas e se
preparava para lutar contra o inimigo.
A mulher, dotada com a visão de
perto, é capaz de notar detalhes que o homem não é capaz de enxergar.
Considerando que “Até a criança se dará a conhecer pelas suas ações, se a sua
obra é pura e reta” (Pv 20.11), se a mulher
permanecer em casa em contato CONTÍNUO com o filho, poderá ver os sinais dos
primeiros desvios de caráter na vida dele já desde bebê, e, deste modo, corrigi-lo,
a fim de que este seja mantido no Caminho (Jo
14.6).
É claro que terás que ir contra o
curso deste mundo (Rm 12.2; Ef 2.1,2), que não
aceita que os pais nem sequer deem uma palmada nos filhos, sob pena de chamar o
conselho tutelar:
o
“O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde
cedo o castiga.”
(Pv 13.24);
o
“Castiga o teu filho enquanto há esperança, mas não deixes que o teu
ânimo se exalte até o matar.” (Pv 19.18);
o
“A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da
correção a afugentará dela.” (Pv 22.15);
o
“A vara e a repreensão dão
sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe.” (Pv 29.15);
o
“Castiga o teu filho, e te dará descanso; e dará delícias à tua
alma.” (Pv 29.17);
o
“Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno.” (Pv 23.14).
Terás que ter bom ânimo para não te desviares,
nem para direita, nem para a esquerda, de tudo que diz a Escritura Sagrada, a
fim de que você possa tomar posse de tudo que Jesus conquistou na cruz para ti,
teu cônjuge e filhos (Js 1.6-9; 1Co 2.9).
Contudo, se você assumir teus filhos
e não recuar diante das tentativas do inimigo e seu sistema babilônico, você
poderá ver teus filhos crescendo na Graça e no conhecimento de Deus (Lc 1.80; 2.52), já que é o sopro do Todo-Poderoso que
nos faz entendidos (Jó 32.8) enquanto
dormimos (Jó 33.16).
Daí Salomão dizer:
[ “Toda
mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola a derruba com as próprias mãos.” (Pv 14.1).
Note como a mulher que é sábia
edifica a sua casa (e não a casa dos outros). Ao
trabalhar para estranhos, estás te fazendo escravos deles (desagradando a Deus - 1Co 7.23), visto que
serás obrigado a dar teus talentos e dons (incluindo
teus filhos)
a alguém que só quer se enriquecer. Isto quando, tal pessoa, não usa de fraude
e opressão para conseguir seus intentos (Pv
28.22).
Imagine você abandonando teus filhos na creche, para dar as tuas pérolas
e coisas santas (em troca de um salário
ilusório que nenhuma satisfação traz) a quem, no final, só fará mal a ti e
a outros (Mt 7.6). É isto que você quer?
A família é a maior bênção que Deus
tem para o ser humano aqui neste mundo (depois
do Espírito Santo, é claro).
Daí a Escritura Sagrada dizer:
“Goza
a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã, os quais Deus te
deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua porção nesta
vida, e no teu trabalho, que tu fizeste debaixo do sol.” (Ec 9.9).
“Bem-aventurado
aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho
das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira
frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda
da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao SENHOR.” (Sl 128.1-4) – note a vida e a unção de Deus brotando na vida
do homem através da esposa e filhos, respectivamente;
“Se
o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR
não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de
madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus
amados o sono. Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre o
seu galardão. Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da
mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão
confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta.” (Sl 127.1-5) – Note que, de nada adianta trabalhar bastante
para ganhar dinheiro, se, para conseguir isto, perder o amor do marido e dos
filhos. Estes são “armas” para ajudar os pais a derrotar o inimigo. É claro
que, para isto, deve-se ter o cuidado de encher a própria aljava com eles (ao invés de encher a aljava dos outros, entregando a educação
de teus filhos nas mãos deles).
Além disto, de quê adianta trabalhar
para adquirir coisas, se não houver alguém que se disponha a usá-las, como se
fosse você? Ou seja, para que, mesmo depois de morto, você possa ser usado por
Deus para fazer milagres (como se deu com Eliseu –
2Rs 13.20,21)
através desta pessoa (Ec 2.18,19; 4.8)?
É claro que haverá lutas. Tanto que
Paulo diz:
“Considero,
por causa da angustiosa situação presente, ser bom para o homem permanecer assim como está. Estás casado? Não
procures separar-te. Estás livre de mulher? Não procures casamento. Mas, se te
casares, com isto não pecas; e também, se a virgem se casar, por isso
não peca. Ainda assim, tais pessoas sofrerão
angústia na carne, e eu quisera poupar-vos.” (1Co
7.26-28).
Tal como hoje, na época da igreja de
Corinto, aqueles que se diziam seguidores de Jesus, estavam buscando em Jesus
apenas nas coisas deste mundo (1Co 15.19). Logo, casar
implicava (e implica) em ficar dividido entre
servir a Deus e ao mundo:
·
“E bem quisera eu que estivésseis sem cuidado. O solteiro cuida das
coisas do SENHOR, em como há de agradar ao Senhor; mas o que é casado cuida das
coisas do mundo, em como há de agradar à mulher. Há diferença entre a mulher
casada e a virgem. A solteira cuida das coisas do Senhor para ser santa, tanto
no corpo como no espírito; porém, a casada cuida das coisas do mundo, em como
há de agradar ao marido. E digo isto para proveito vosso; não para vos enlaçar,
mas para o que é decente e conveniente, para vos unirdes ao Senhor sem
distração alguma.” (1Co 7.32-35).
Uma coisa é
certa: por estarmos no fim dos tempos, o mundo irá piorar cada vez mais:
§ “E,
por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.” (Mt 24.12);
§ “E
haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações,
em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror,
na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu
serão abaladas. E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e
grande glória. Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima
e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima.” (Lc 21.25-28);
§ “Isto,
porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia; o que resta é que
também os que têm mulheres sejam como se não as tivessem; e os que
choram, como se não chorassem; e os que folgam, como se não folgassem; e os que
compram, como se não possuíssem; e os que usam deste mundo, como se dele não
abusassem, porque a aparência deste mundo passa.” (1Co
7.29-31);
§ “Quando,
pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está
no lugar santo; quem lê, atenda; então, os que estiverem na Judéia, fujam para
os montes; e quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua
casa; e quem estiver no campo não volte atrás a buscar as suas vestes. Mas ai
das grávidas e das que amamentarem naqueles dias!” (Mt 24.15-19)
Na época de Jeremias, a angústia foi
tão grande sobre Judá que, para Jeremias não esmorecer na fé, Deus ordenou que
ele não casasse:
E
“Não tomarás para ti mulher, nem terás filhos nem filhas neste
lugar. Porque assim diz o SENHOR, acerca dos filhos e das filhas que nascerem
neste lugar, acerca de suas mães, que os tiverem, e de seus pais que os gerarem
nesta terra: morrerão de enfermidades dolorosas, e não serão pranteados nem
sepultados; servirão de esterco sobre a face da terra; e pela espada e pela
fome serão consumidos, e os seus cadáveres servirão de mantimento para as aves
do céu e para os animais da terra.” (Jr
16.2-4).
Hoje, porém, entendendo que tudo que
somos e temos (incluindo filhos e cônjuge) pertence ao
Senhor (fomos comprados por bom preço – 1Co 6.19,20; Rm
7.4),
a ordem é nos posicionarmos como soldados de Cristo a fim de resplandecer Sua
luz neste mundo tenebroso:
“Sofre,
pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. Ninguém que milita
se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para
a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar
legitimamente.” (2Tm 2.3-5);
“Levanta-te,
resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do SENHOR vai nascendo sobre ti; porque
eis que as trevas cobriram a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o
SENHOR virá surgindo, e a sua glória se verá sobre ti.” (Is 60.1,2).
O soldado possui duas características
importantes:
1º - Está sempre
preparado para entrar em ação a qualquer hora do dia ou da noite;
2º - Não se apega
a nada nesta vida (nem à família), para que
ele não se distraia diante da missão dele e do inimigo que está a afrontar.
Soldado nunca foge de uma batalha
legítima (contra alguém que está a afrontar o exército do
Deus vivo – 1Sm 17.26), mas vai de encontro a ela (como fez Davi - 1Sm 17.48). O primeiro passo é ouvir a
voz de Deus a fim de conhecer a vontade Dele para nós. Veja a importância disto
em (Êx 15.26; Dt 8.20; 13.17,18; 15.5; 26.14;
27.10; 28.1,2,15,45,62; 30.8,10; Js 5.6; 1Sm 12.15; 15.19,20; 1Rs 20.36; 2Rs 18.12; Sl 29.3-9; 106.25; Is 30.31; 66.6;
Jr 3.25; 7.28; 26.13; Dn 9.10; Mt 11.15; 13.9,43; 4.9; Lc 14.35; Ap
2.7,11,17,29; 3.6,13,20,22). Uma vez de posse daquilo que Deus quer de você
e para você, não temas o que terás que sofrer para que a Palavra de Deus se
cumpra na tua vida (ver Ap 2.10).
São 2 os erros que as pessoas
cometem: o de procurar o mal com as próprias mãos (veja
a advertência em - Pv 4.23,26,27; 14.12; Jr 17.9; Hb 12.13) e o de fugir
das adversidades. Assim, ao invés de querer fugir dos problemas que vêm com o
casamento e a maternidade, uma vez confirmada a vontade de Deus a este respeito,
encare-os como desafios que farão de você alguém mais forte e madura
espiritualmente a fim de que possas tomar posse da vida eterna (1Tm 6.12; Fp 3.13,14) com sua herança (ver Gl 4.1-3).
Ao invés de pensar só no resultado,
concentre-se em tudo que podes adquirir, enquanto permaneces no Caminho rumo ao
resultado e você verá que o mesmo naturalmente acontecerá quando estiveres
interiormente preparada para fazer bom uso do mesmo. A meta serve apenas para
te conservar no Caminho, mas o mais importante é O Caminho, já que é Nele que
você permanece a maior parte do tempo. Sem contar que, se você não desistir (Gl 6.9), mesmo que você não veja a concretização da
promessa (Hb 11.39-40; 1Pe 1.10-12), tua fé e
intrepidez ajudarão os que vierem após ti a conquistarem a salvação de suas
almas junto com você (1Pe 1.9).
Logo, ao casar e ter filhos, nunca
pense em fazer isto pensando em proveito próprio. Mesmo porque, nunca foi
intenção de Deus que o casamento, em si, fosse para suprir alguma carência
afetiva. Apenas Jesus é O amor que preenche o coração do ser humano (1Jo 4.8,16). É a operação do Espírito Santo, cumprindo Sua
vontade em nós, que traz refrigério à nossa alma (Êx
33.14; Is 55.1-3; Mt 11.28,29; At 4.19) e dá sentido à nossa vida.
Já pensou na finalidade de se ter
filhos?
“Quando
irmãos morarem juntos, e um deles morrer, e não tiver filho, então a mulher do
falecido não se casará com homem estranho, de fora; seu cunhado estará com ela,
e a receberá por mulher, e fará a obrigação de cunhado para com ela. E o
primogênito que ela lhe der será sucessor do nome do seu irmão falecido, para
que o seu nome não se apague em Israel.” (Dt
25.5,6).
“E,
respondendo Jesus, disse-lhes: Os filhos deste mundo casam-se, e dão-se em
casamento; mas os que forem havidos por dignos de alcançar o mundo vindouro, e
a ressurreição dentre os mortos, nem hão de casar, nem ser dados em
casamento; porque já não podem mais morrer;
pois são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição.” (Lc 20.34-36).
Mas, que
importância pode ter o nome de alguém, a ponto de Deus instituir algo,
especialmente para que o nome de tal pessoa não se apague? Nome significa
identidade, presença, caráter. Por exemplo, quando se fala em pedir algo em
nome de Jesus, significa “pedir como se fosse Ele, em pessoa, que estivesse
presente pedindo”.
Vem a
questão: “que nome é este a quem os filhos devem honrar, a ponto de preservá-lo
pelas gerações vindouras?”.
“Honra
a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; para que te vá
bem, e vivas muito tempo sobre a terra.” (Ef
6.2,3).
A impressão
que se tem é que este mandamento é apenas para os filhos. No entanto,
entendendo que honrar significa dar continuidade a tudo aquilo que o pai é, já
pensou que tragédia se o pai for um bandido? Ainda mais considerando que Deus
visita a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração (Êx 20.5) daqueles que O odeiam, ou seja, que não amam e
guardam os Seus mandamentos (Jo 14.15,21; 15.10).
Como você pode
ver, o casamento tem por finalidade gerar filhos, a fim de que o ministério que
Deus confiou ao marido possa ter continuidade após sua morte.
Isto não é
tudo! Todo ser humano nasce preso ao pecado e, consequentemente, aos desejos
egoístas da própria alma (daí dizer que a estultícia
está ligada à criança – Pv 22.15). Ao colocar a mulher na vida do
homem, a ideia é levá-lo a deixar de pensar em si para se ocupar com a pessoa
mais próxima a ele, passando a buscar sua felicidade junto com a dela (ver Mt
18.19). Depois vêm os filhos para desviar ainda mais os olhos do homem de si,
de modo a fazer da felicidade de toda a família, a sua. E isto é a semente para
que, finalmente, ele possa fazer da felicidade de cada pessoa que se aproxima
dele, a sua, de modo a serem um em Cristo.
É bom lembrar que Deus providenciou a
família porque buscava, para Si, uma descendência de piedosos (Ml 2.15), ou
seja, um grupo de pessoas que tivesse misericórdia do próximo, que estivesse
disposto a entregar sua vida para que todos os relacionamentos que Deus lhe deu
pudessem ser refeitos (é isto que significa perdoar).
O casamento não é o fim, mas o
início! A ideia é que a família sirva para condicionar a pessoa a não pensar
mais em si, mas a se entregar por completo nas mãos de Jesus por amor ao
próximo e, assim, negue a si mesmo (Mt 16.24). Afinal,
quem de fato crê em Jesus, confia toda sua vida a Ele, deixando que Ele revele
Seus sonhos e desejos para sua vida e o conduza, neles com base na Sua forma de
pensar e sentir.
De igual modo, o verdadeiro casamento
não consiste de cada um tentando viver sua vida junto com o outro, mas em a
mulher, certa de que o homem com quem está a casar é a pessoa que Deus preparou
para si, decide entregar toda sua vida a ele, passando a fazer, da vida do
marido, a sua (daí Pedro dizer que marido
e mulher são herdeiros da mesma graça de vida - 1Pe 3.7). Se não for
assim não existe casamento, mas apenas prostituição, onde um não tem compromisso
com o outro, mas apenas consigo mesmo, vindo a usar o cônjuge apenas para ter
seus desejos satisfeitos.
Quando, todavia, o homem decide dar
toda sua vida (Jo 15.12,13) para a
mulher que se entregou por completo a ele, ambos estão em condição de transmitirem
esta graça comum de vida aos filhos até que, juntos, possam ir por todo o mundo
(Gn 1.28; Mc 16.15)
transmitindo-a a cada pessoa que se aproxima (Mt
22.39),
até que todos venham a ser um só corpo (1Jo
1.3):
o corpo de Jesus, que pensa e sente a mesma coisa (ver
At 4.32; 1Co 1.10; 2.16; Fp 4.2).
Observe, assim, que teus filhos não
são para você (nem são teus), mas sim
para Jesus! Você como pai (ou mãe) foi eleito
por Deus para prepará-los a fim de que, quando chegar o momento, eles estejam
prontos para o ministério que Jesus os tem chamado (ver
At 13.1,2; Ef 4.12,13). Como a ordem de Deus é para frutificar,
multiplicar a fim de encher a terra (Gn 1.28) com Sua
glória (Hc 2.14), eles não irão ficar para sempre com
você (a prova disto está em Gn 2.24). Os filhos
são apenas o ponto de partida usado por Deus para alargar o teu coração (ver 2Co 6.11-13; Is 54.1-3), de modo que você seja capaz
de gestar, em teu interior, os milhares de filhos na fé (1Ts 2.7,8; Gl 4.19) que Deus trouxer até ti, através do
corpo de Jesus (este é o significado de Ap
3.20).
É claro que, para isto, é preciso
assumir a educação de teus filhos PESSOALMENTE! Nem pense em continuar
trabalhando fora e colocar os filhos na creche! Nem mesmo em deixá-lo com tua
mãe ou alguém próximo, já que, por melhores que estas pessoas possam ser, pai e
mãe são insubstituíveis e, no final, quando eles crescerem, terão se acostumado
a ficar longe de você e já não haverá mais nenhum vínculo afetivo sólido, mas
apenas os remorsos pelos bons momentos que poderia ter tido com eles, mas que
agora ficou apenas no esquecimento.
Com relação ao trabalho, a ordem de
Deus é clara:
E “E
procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já
vo-lo temos mandado; para que andeis honestamente para com os que estão de
fora, e não necessiteis de coisa alguma.” (1Ts
4.11,12)
Na maioria dos lares, marido trabalha
num emprego, mulher no outro e coloca-se os filhos na creche. E, quando chegam
em casa, ainda vão ver televisão (algo que só serve para
tornar a pessoa maldita aos olhos de Deus – ver Dt 7.25,26; Is 33.14,15). Que sentido
tem a família neste caso? Os pais conhecem melhor seus colegas de trabalho do
que um ao outro e a seus filhos. Isto não é família, é pensão!
Porém, se os pais tiverem seu próprio
negócio, estarão provendo alimento para as 4 áreas que compõem o ser humano:
v Corpo " os recursos
materiais vêm naturalmente quando se trabalha onde e naquilo que Deus
estabeleceu;
v Sentimento " ao
trabalharem juntos e na mesma coisa, o contato CONTÍNUO entre marido, mulher e
filhos mantém seus corações aquecidos pelo amor de Jesus;
v Mente " juntos, pais
e filhos vão aprender mais de Jesus uns com os outros através do agir de Deus
no local de trabalho deles;
v Espírito " por estarem
trabalhando, não para suprir as próprias necessidades (já que nosso sustento vem de Deus – Sl 127.1,2; Mt 6.25,26,33;
Fp 4.19),
mas para ter o que repartir com o que tiver necessidade (Ef 4.28), poderão conhecer e serem conhecidos por Deus (Gl 4.9) cada vez mais e, com isto, serem virgens
prudentes (Mt 25.12).