A
IMPORTÂNCIA DO PERDÃO
·
“E
perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e
não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; Porque, se perdoardes aos
homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós” (Mt 6.12,14).
São poucos os que enxergam a importância dessa
promessa. Se nossos pecados não forem cancelados, iremos definhar (Sl 78.32,33; 106.13-15) e
morrer nas nossas iniquidades (Jo 8.24), já
que o pecado é a causa da doença e do envelhecimento (Sl 7.14; 31.10; 32.1-3; 38.3-8;
39.11; 90.7,8; 106.43; 107.12,17,39; 112.10; Pv 6.32;
11.17; Ec 5.13; 6.1,2). Daí o mandamento: “E, quando estiverdes orando,
perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos
céus, vos perdoe as vossas ofensas.” (Mc 11.25).
Já parou para pensar porque você se sente machucado
quando alguém lhe desrespeita? Este tormento vem:
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do sentimento de superioridade, por ter feito tudo
certo e não ter sido correspondido. No entanto, se, tal como se deu com Jó, o
Eterno permitiu que o mal lhe tocasse, saiba que foi justamente para horas como
estas (ver Fp
1.29; 1Pe 3.8,9), que você veio ao mundo (veja o exemplo de Jesus – Jo 12.27). Se
você foi a vítima é porque Ele conta com você para manifestar Sua glória
através de ti. O teu próximo não caiu para que você caísse junto, mas para que
o ajudasse a se levantar (Ec 4.9,10). E como
o amor não se irrita (1Co 13.5),
quem se acha no direito de se sentir ofendido, receberá primeiro o juízo (ver 1Pe 4.17), já que é o responsável pelos dois estarem caídos
na fé. O justo, que poderia consertar os erros do pecador, preferiu se deixar
levar pelo erro dele, ignorando que a paciência desfaz grandes erros (Ec 10.4).
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do sentimento de culpa que existe dentro de você e o
acusa dizendo: “você foi burro! Você não tem valor”. Desde que o homem pecou,
ele ficou carente de aceitação (Gn 4.7). Por
causa disso, todas as vezes que alguém te despreza, esta culpa te atormenta e
te leva a acreditar que ninguém é bom e, portanto, nada fará por você.
Obviamente, estes traumas funcionam como programa de computador o qual, quando
acionado, desperta o medo, o qual acabará trazendo para ti aquilo que mais
temes: ser traído e desprezado novamente (veja Jó 3.25).
Isso porque, sem o perdão, o indivíduo continua, em
nosso coração, preso aos pecados que cometeram contra nós (Jo 20.23).
Como andamos com base naquilo que acreditamos (2Co 5.7), se
nossos olhos forem maus (Mt
6.22,23), iremos maltratar o indivíduo e, obviamente,
colher isso de volta (Na 1.3; Gl
6.7-9).
Entenda: quando alguém peca contra nós, ele nos
coloca em posição de superioridade espiritual. Como apenas aquele que é maior é
capaz de nos abençoar (Hb 7.7) e
Eterno resiste aos soberbos e dá graça aos humildes (1Pe 5.5), acabamos amaldiçoados. Por outro lado, se
enchermos nossa alma com o caráter de Jesus e o ofertarmos na vida do indivíduo
(ver Êx 23.15; 34.20; Dt 16.16), quando ele frutificar, ficará maior que nós e,
portanto, em condições de nos abençoar.
Quando nos vingamos, incentivamos a pessoa a
continuar na maldade. Ela não terá esperança, nem motivo para ser alguém
melhor, se conformando em permanecer servindo ao diabo (Jo 8.34; 2Pe 2.19) em
seu ministério de roubar, matar e destruir (Jo 8.44;
10.10; 2Tm 2.25,26). Contudo, ao derramar o amor e a verdade da Escritura
Sagrada nas “vasilhas” (pessoas) que o
Eterno colocou próximo a nós (Mt 25.3; 2Co
4.7), multidão de pecados são cobertos (Tg 5.19-20).
É claro que o indivíduo não merece. Ao pecar, ele
decidiu deliberadamente se afastar de nós. Porém, se ele merecesse, não teria
sentido falar em perdão e Favor (graça).
Que é o Favor, senão Jesus fazendo pelo pecador aquilo que este não é capaz de
fazer por si mesmo (Lc
7.41,42)? Do contrário, ele não precisaria de Jesus e Sua
Noiva.
Perdoar é a capacidade que o Favor do Eterno nos
concede de nos ligarmos novamente aos indivíduos de modo que, através de nós, Ele
desperte neles o desejo de serem criaturas totalmente novas (2Co 5.17). Implica em seguir o exemplo de Jesus (1Pe 2.21): o de darmos nossa vida (Jo 15.13) para
que o amor do Pai possa curar a alma dos indivíduos (1Pe 2.24) e manter os pecados deles cobertos (1Pe 4.8). Aliás, somos salvos no que confiamos em Jesus a
ponto de nos dispormos a favorecer os outros (Ef 2.8,9).
Sem perdão, o pecado continua a nos separar de Deus
(Is 59.1,2), a
invalidar nossas orações (pois Deus não atende à iniquidade - Pv 28.9; Jo 15.7,16; Pv 1.28; Jo 9.31) e
ofertas a Deus (Mt
5.23-26), além de nos manter concentrados naquilo que não é
de nenhum proveito, roubando nosso tempo, energia e bens. Acaso vamos nos
conformar em ter nossos breves dias consumidos no ódio e na amargura? Vamos
deixar que os inimigos nos digam o que devemos sentir, pensar ou fazer? Temos
que lembrar que a forma como reagimos afetará diretamente nosso coração, quer
sujando ou curando-o (Mc 7.20-23).
Enquanto você se desgasta odiando, mais tempo o
diabo continua tendo para usá-las contra ti e endurecer ainda mais o teu
coração. Cuidado! Ele pode se tornar tão duro (Zc 7.12) a
ponto de não ser mais possível achar lugar de arrependimento dentro de você (Hb 10.16,17), o
que lhe trará condenação eterna!
Além disso, o que você espera conseguir com todo
esse ódio? Levar o indivíduo a ficar tropeçando no ressentimento? Isto é como
você beber o veneno, mas querer que o outro morra. Se é assim, saiba que estás
debaixo de maldição (Mt 18.6-9).
Afinal, Deus é amor (1Jo 4.8,16) e
amor implica em ligação. Quando pedimos perdão ao Eterno, estamos, na verdade,
pedindo a capacidade de nos ligarmos novamente àqueles que Ele colocou na nossa
vida, entendendo que pecados só podem ser cobertos quando há alguém para amar (Pv 10.12). Não
venceremos Ha-Satan se algum dos que o Eterno colocou
na nossa vida forem devorados pelas aflições e tristezas (2Co 2.10,11; 1Pe 5.8,9) do mundo (2Co 7.10).
Sem perdão, a união entre 2 indivíduos permanece
rompida (Mt
18.15-17). Elas podem até estarem juntas, mas continuam
separadas. Isso implica em canais de bênçãos fechados para nós (Mt 18.18-20) e o
pior: em rebeldia direta contra o mandamento de Jesus (Mt 22.39), a
qual mantém nossa alma entregue aos atormentadores (Mt 18.34-35), nos
priva da plenitude do amor do Eterno em nós (Ef 3.19) e
impede que os outros vejam o Eterno através de nós (Hb 12.14).
Entenda: a verdadeira união se estabelece em cima
dos erros dos indivíduos. Tanto que o casamento é para gerar uma semente de
piedosos (Ml 2.14,15). Se você acha que não,
pense: o que é perdão? Perdão é o Eterno usando nossa vida para trabalhar os
conceitos e valores da Escritura Sagrada na vida do próximo em cima dos erros
deles, de modo a sermos um com o Eterno na forma de pensar e sentir (ver At 4.32; 1Co 1.10; Ef
4.11-14; Fp 4.2). Estes, gerados em Cristo no
nosso ventre (Gl 4.19), é
que são o nosso galardão (Sl 127.4; Mt 5.46), a bênção que receberemos, se bendissermos ao
Eterno enquanto passamos pela prova ao invés de nos vingarmos (1Pe 3.8,9). Lembre-se que, quanto maior a ofensa, maior é o
Favor do Eterno para nós (Rm 5.20) e
maior o amor que a pessoa terá por nós após converter (Lc 7.47).
Percebe o quanto desperdiçamos nossas vidas
conduzindo nossos sentimentos para o mal? Acabamos deixando nossas pérolas (as pessoas que o Eterno nos deu) para os porcos (Mt 7.6) e
perdemos as maravilhas do Eterno para nossas vidas? Elas são valiosas e só
estão nos prejudicando porque estão desligadas do céu e, portanto, presas nos
laços de Ha-Satan (veja Ef
6.12; 2tm 2.25,26). Mas, se você parar de reter os pecados delas (Jo 20.22,23) e amá-las,
através de você, elas serão ligadas ao céu (ver Mt
18.18) e passarão a ser extremamente úteis a ti (Fm 11). Com O Amor presente, os sentimentos dela serão
restaurados (ver Ef
4.17-19) e ela descobrirá um novo mundo: o de trabalhar
corações em troca da comida que permanece para a vida eterna (Jo 6.27).
Quem sabe não será ela que irá te ajudar a vencer Ha-Satan? Lembre-se que é a renovação das misericórdias do
Eterno que nos impede de sermos consumidos (Lm
3.22,23). Mas para que a misericórdia do Eterno se
manifeste, é preciso que haja alguém que dela necessite (Rm 9.15,16), a
saber, um pecador (Mt
9.12,13). É o exercício dessa misericórdia na nossa vida
que nos fará triunfar sobre o juízo (Tg 2.13).
Logo, quem serve ao Eterno sem pensar neste perdão que restaura ligações, é
servo inútil (ver Lc
17.3-5,10). Embora seja difícil lidar com o ser humano, em
que você espera investir teu tempo e energia? Correndo atrás de coisas mortas e
más que não satisfazem (Is 55.2)?
Você só poderá colher amor, se semear a preciosa semente (Sl 126.5,6): a
tua vida em Cristo (Jo
15.12,13).
Se cada um se deixasse atrair pelo Amor (Os 11.4), permitindo que o mesmo marcasse sua vida
integralmente, ela seria ligada a todos que possuem este Amor dentro de si e,
além de nunca experimentar a solidão, iria agradar ao Pai. Afinal, pense:
suponha que você tenha 2 filhos a quem ama intensamente. Do lado de qual você
ficaria, caso eles começassem a brigar? Talvez, em primeira instância você seja
tentado a dizer que ficaria do lado daquele que está certo. Todavia, com
certeza teu coração ficaria triste de ter que disciplinar o filho que usou de
perversidade. A ideia do perdão é a de nós, como filhos que tanto amamos o Pai,
fazermos de tudo para que a transgressão de nosso “irmãozinho” não seja
descoberta aos olhos da mãe (através do clamor das pessoas que
dele foram vítima – Dt 15.9; 24.15) o
que seria motivo de tristeza para ambos (para a
mãe, por ter que disciplinar e para o irmãozinho, por ter que sofrer a dor da
disciplina (Hb 12.11)).
Para ser mais exato: nosso amor ao próximo deve ser
fruto de permitirmos o Espírito do Eterno nos usar para que o indivíduo não
continue a ser alvo do Seu juízo, mas sim do Seu Favor para com o próximo.
Infelizmente as pessoas se conformaram (aprenderam a conviver) com
o silêncio do Eterno e com os problemas que advém disso (se deixaram domar por aquele que veio matar, roubar e destruir,
como se o mentiroso fosse Jesus que veio para nos encher de vidas repleta da
Sua vida – Jo 10.10).
Diante de tudo isto, perdoe aquele que te ofendeu,
e já! Amanhã pode ser tarde! Não pense que, por estar em uma igreja praticando
uma religião, você está livre do inferno. Que proveito tem tido esta religião
na tua vida se não tem permitido a você experimentar o verdadeiro amor e
melhorar a qualidade dos teus relacionamentos? Quem odeia a seu irmão é
homicida (1Jo 3.15) e
nenhum assassino herdará o Reino dos Céus (Ap 21.8;22.15). Antes, seu destino é ser atormentado hoje (Mt 18.34,35) e
para sempre (Ap
14.10,11).
Se arrependa! Perdoe enquanto é possível encontrar
o Senhor (Is 55.6). O
perdão, além de libertar o indivíduo, também te deixará livre para enxergar as
coisas maravilhosas que Deus já te deu gratuitamente (1Co 2.9,12; Ef 1.3; 2Pe 1.3).
Você não precisará mais ficar pensando na maldade que te foi feita, mas apenas nAquele que, deixando um exemplo a ser seguido (1Pe 2.21,24), te reconciliou com o Pai quando você
ainda era inimigo Dele (Rm 5.10;
Cl 1.21).
Talvez você diga: “eu quero perdoar, mas não
consigo. Como é que eu faço?”.
Durante todo este tempo você vem sustentando a
ideia de que é você quem está certo e o outro errado. Eu te pergunto: este
pensamento te trouxe paz? Resolveu teus conflitos interiores e exteriores? Assim,
que tal experimentar uma renovação de entendimento para que possas experimentar
a boa, agradável e perfeita vontade do Eterno (Rm 12.2)?
Começa a ver as coisas do modo contrário. Pense que
o outro pode estar certo, sendo você é aquele que está errado. Talvez você
diga: “mas isto é um absurdo!”. No entanto, veja o que diz a Escritura Sagrada:
·
“E
que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder,
suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição;
para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de
misericórdia, que para glória já dantes preparou,” (Rm
9.22,23).
Note que existem dois tipos de vaso. Os vasos da
ira são usados pelo Eterno para manifestar Seu poder a fim de dar a conhecer a
Seus filhos Sua indignação pelo pecado (ver Rm
9.17). Suponhamos que o indivíduo que te ofendeu seja um
vaso de ira. Neste caso, o comportamento dele está completamente condizente com
o motivo pelo qual ele foi criado pelo Eterno. Admitindo que você seja um vaso
de honra, ele está sendo usado para te disciplinar e te revelar algo que está
te distanciando da natureza do Eterno. E no que você ira, você está errado, já
que não é deste Espírito que você é (Lc 9.55).
Você pode pensar: “quer dizer que ele está certo e
não vai pagar pelo que fez?”. Embora o Eterno o use para te corrigir e
trazer-te para mais perto Dele, quando o trabalho de um vaso de ira está
terminado, ele irá para a perdição eterna. Ele foi preparado para isto.
Por outro lado, sendo você um vaso de misericórdia,
logo teu desejo de vê-lo sofrer não condiz com quem você realmente é. Se o
Eterno permitiu o mal bater na tua porta é porque Ele quer dar a conhecer a
todos, através da tua vida, as riquezas da Sua glória. Assim como o brilho da
estrela é melhor visto quanto mais escura é a noite...
·
Veio,
porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou,
superabundou a graça;” (Rm 5.20).
Se você quer experimentar a superabundância do
Favor do Eterno na tua vida, você não pode submergir nos pecados dos outros,
mas sim deixar que a glória do Eterno faça diferença em meio a eles. Tanto é
assim que Jesus disse:
·
“E os
fariseus, vendo isto, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre
com os publicanos e pecadores? Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não
necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes. Ide, porém, e aprendei o
que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a
chamar os justos, mas os pecadores,
ao arrependimento.” (Mt 9.12-13).
Analise se não é verdade:
·
Qual foi a ovelha que teve o contato mais íntimo
com o Pastor: as 99 certinhas ou a perdida (Lc 15.4-7)?
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Qual a dracma que estimulou a mulher a varrer toda
a casa e dar uma festa para suas amigas (Lc
15.8-10)?
·
Qual o filho que recebeu honrarias: o certinho (o mais velho) ou o pródigo (Lc
15.11-32)? O Eterno permitiu o pai de família ser rejeitado
pelo filho porque queria fazer dele um exemplo de como o Pai Eterno trata Seus
filhos.
·
Quem desceu justificado do templo? O fariseu todo
moralista, certinho, religioso, ou o publicano (Lc
18.9-14)?
Com tudo isto, estou querendo dizer que, embora
você deva sempre fazer as coisas certas, justas, etc., jamais deve se achar o “tal”.
Sempre que alguém te afrontar, considere que, embora tua conduta possa estar
certa, provavelmente tuas motivações, conceitos, valores, (ou outra coisa qualquer) não estejam
completamente alinhados com o Reino dos Céus. Neste caso, assuma a postura de
quem está errado, receba a correção do Eterno vindo através do Seu vaso de ira (ver Pv 15.31-32) e
experimente a glória do Eterno te transformando (2Co 3.18), ou
seja, te aproximando Dele.
Quem tenta se justificar em leis, firmado no seu
bom comportamento, está separado do Favor do Eterno (Gl 5.4) e,
além de sofrer a ação dos atormentadores nesta vida (Mt 18.34,35),
fatalmente irá terminar no Lago de Fogo e Enxofre onde o verme nunca morre e o
fogo nunca se apaga (Is 66.24;
Mc 9.43-48), ou seja, onde o tormento não tem fim (Ap 14.10,11).
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