quarta-feira, 8 de julho de 2015

95 - O que caracteriza o casamento?

O QUE CARACTERIZA O CASAMENTO?

Eu custei a enxergar a diferença entre casamento e concubinato. Pro Sistema Político, o que caracteriza o casamento é uma certidão no cartório. Pro Sistema religioso, é a cerimônia celebrada no templo por um líder religioso.

Se fosse assim, então pense no caso de Isaque e Rebeca. A Escritura Sagrada não diz que eles foram a um cartório para efetivar a união deles. Tampouco houve uma cerimônia de núpcias. Tão somente Isaque levou Rebeca para a tenda de sua mãe e a possuiu (Gn 24.67).

Com Adão e Eva também não houve nada disso. Tão logo Adão reconhece Eva como carne de sua carne e osso de seus ossos, o Eterno celebrou o casamento da seguinte forma:

 

·         “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” (Gn 2.24).

 

Note que o versículo começa com a palavra “portanto”. Ou seja, este versículo é uma conclusão do versículo anterior. Logo, o casamento começa a partir do momento que o homem enxerga a mulher como sendo aquela que foi tirada de dentro de si. É como se ele tivesse um encontro consigo mesmo.

Além disto, note que o homem tem que deixar pai e mãe. Isto significa que, até então, ele estava ligado a seus pais.

Mas, o que isto tem haver? Considere o casamento de Isaque e Rebeca. Não foi Isaque que foi atrás de uma mulher sexy, sedutora. Foi Abraão, seu pai, que buscou para ele, através de seu servo, uma mulher dentre a sua parentela (Gn 24.2-4). Ou seja, Isaque estava ligado a seu pai, disposto a fazer a vontade dele, vindo a ser, deste modo, sua descendência.

Ou seja, através do casamento Isaque estava fazendo com que o nome de seu pai não fosse apagado da face da terra, vindo assim a realmente cumprir o papel do casamento.

 

·         “Quando irmãos morarem juntos, e um deles morrer, e não tiver filho, então a mulher do falecido não se casará com homem estranho, de fora; seu cunhado estará com ela, e a receberá por mulher, e fará a obrigação de cunhado para com ela. E o primogênito que ela lhe der será sucessor do nome do seu irmão falecido, para que o seu nome não se apague em Israel.” (Dt 25.5,6).

 

Com base nisto, podemos concluir que o casamento é caracterizado pela participação dos pais. Afinal, se é para que tudo o que o Eterno é na vida dos pais seja perpetuado, nada mais apropriado do que os pais tomarem parte nesta decisão.

Mas isto não é tudo! Note que o homem tem que deixar pai e mãe. Embora os filhos devam ser a continuação daquilo que o Eterno começou a fazer através dos pais, ainda assim eles não devem permanecer junto a eles, visto que o desejo do Eterno é que a terra se encha de sua glória:                                

 

·         “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” (Gn 1.28).

·         “Porém, tão certamente como eu vivo, e como a glória do SENHOR encherá toda a terra,” (Nm 14.21).

 

Não podemos também esquecer que o homem tem que se apegar à sua mulher a ponto de virarem uma só carne. Perceba que este gesto é tarefa do homem. É o homem que deve se apegar à mulher. Ele é a parte ativa neste processo. A mulher é a parte passiva: se deixa preencher pelo homem. E como o homem faz isto? Dando sua vida à esposa (Ef 5.25-27), a saber, permanecendo no amor de Jesus (Jo 15.9) junto a ela CONTINUAMENTE (ver Ez 19.5,6).

E qual a finalidade desta união? Duas delas são: frutificar e multiplicar. Ou seja, gerar filhos repletos da glória do Eterno (ver Mq 2.9). Eis a questão: como se dá este processo? No caso da mulher é fácil: basta ela receber a semente do homem e, quando o filho nascer, dúvida alguma haverá que a criança é fisicamente seu filho.

No entanto, no caso do homem, isto não é evidente. Naturalmente falando, o homem nunca tem certeza física de que o filho é seu. Na verdade, todo homem é movido por um ato de fé (ele crê que Jesus com Seu amor conservou sua mulher pura). Sem contar que o homem não conviveu com a criança 24 como a mãe. Note como a criança é mais apegada à mãe que ao pai (embora o verdadeiro motivo disto é porque a criança ama o peito da mãe, e não à mãe em si).

Com base nisto, podemos dizer que todo pai, mesmo o filho sendo legitimamente seu, ainda assim precisa adotar seu filho.

Vem a questão: o que é adotar? Pôr o seu nome em alguma coisa. Ou seja, o pai precisa crer que o filho é seu a ponto de estar disposto a colocar seu nome (identidade) nele. Isto tem haver também com o caráter de adoção do Eterno:

 

·         “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.” (Romanos 8.15).

·         “E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo.” (Romanos 8.23).

·         “Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e as alianças, e a lei, e o culto, e as promessas;” (Romanos 9.4).

·         “Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.” (Gálatas 4.5).

·         “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade,” (Efésios 1.5).

 

Embora a adoção tenha começado por Israel e só irá se completar quando nosso corpo for redimido (de modo que nosso corpo deixe de ser carne pecaminosa (Rm 8.3) e reflita quem o Eterno é), agora todos nós somos adotados pelo Eterno em Cristo.

Mais isto não é tudo! Repare que nós recebemos o espírito de adoção de filhos. Ou seja, o Eterno nos chamou para adotar filhos naturais (os que nasceram a partir da nossa semente), tanto os que nasceram fisicamente quanto os que nasceram na fé. E não só isso: ele também deseja que sejamos adotados pelos outros.

Resumindo: tem cinco coisas que caracterizam o casamento:

 

·         O homem precisa encontrar a si mesmo na mulher;

·         Rapaz e moça devem casar com aquele que os pais deles elegeram para darem sucessão ao nome deles;

·         Rapaz e moça devem deixar a casa dos pais;

·         O homem deve se apegar à sua mulher (e, obviamente, esta deve se deixar apegar a ele), de modo a serem, LITERALMENTE, uma só carne, a saber, ficando juntos 24 horas;

·         A disposição de homem em adotar filhos, de modo que o nome do Eterno possa estar neles através dele.

SE O DESCRENTE SE APARTAR O CRENTE PODE CASAR DE NOVO?

·         “Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não esta sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz.” (1Co 7.15).

 

Olhando superficialmente, tudo parece indicar que, se o cônjuge abandonar o lar, o que foi abandonado pode casar de novo. No entanto, analisemos com mais carinho para sabermos o real significado deste trecho.

 

·         “Todavia, aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido.” (1Co 7.10).

 

Note que a ordem do Eterno é clara: marido e mulher não devem se apartar um do outro. Esta é a vontade absoluta (original do Eterno).

 

·         “Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe.” (1Co 7.12).

 

Todavia, a partir do versículo 12, (o que inclui o versículo 15), trata-se da vontade permissiva do Eterno (a saber, o que Ele permitiu por causa da dureza dos nossos corações – Mt 19.8). Você pode se perguntar: qual a diferença? Apenas a vontade absoluta do Eterno é boa, agradável e perfeita (Rm 12.2).

Agora você imagine o que se passa no coração de um homem do Eterno sincero que deseja experimentar esta vontade em sua vida, sabendo o quanto o Eterno abomina desavenças entre casais, quão dirá o repúdio. Afinal:

 

                      1º -             A vontade do Eterno é que os dois sejam tão apegados que todos vejam apenas uma só carne:

 

·         Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” (Gn 2.24)

 

                      2º -             Se o relacionamento entre o casal não estiver harmonioso e dentro do que o Eterno entende como sendo bom, até as orações são impedidas:

 

·         “Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações.” (1Pe 3.7).

 

                      3º -             Se um dos cônjuges está oprimido por causa do outro, nem o que eles ofertarem ao Eterno (incluindo o ministério, que é uma oferta ao Eterno) tem mais valor:

 

·         “Ainda fazeis isto outra vez, cobrindo o altar do SENHOR de lágrimas, com choro e com gemidos; de sorte que ele não olha mais para a oferta, nem a aceitará com prazer da vossa mão. E dizeis: Por quê? Porque o SENHOR foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira, e a mulher da tua aliança. E não fez ele somente um, ainda que lhe sobrava o espírito? E por que somente um? Ele buscava uma descendência para Deus. Portanto guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade. Porque o SENHOR, o Deus de Israel diz que odeia o repúdio, e aquele que encobre a violência com a sua roupa, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto guardai-vos em vosso espírito, e não sejais desleais.” (Ml 2.13-16).

·         “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.” (Mt 5.23,24).

 

Diante de tudo isto, o cônjuge sincero e temente ao Eterno se dará por inteiro para que seu casamento seja preservado imaculado (como ordena – Hb 13.4), tudo para que possa continuar tendo contato direto com o Eterno, sendo usado por Ele a fim de experimentar, em si, toda a boa, agradável e perfeita vontade Dele (Rm 12.2).

Afinal, ele sabe que, se seu casamento for desfeito, sua vida não será mais a mesma.

Mas, o que fazer se, mesmo depois de todo esforço, o outro cônjuge resolver abandonar o lar? É para consolar o que foi abandonado que Paulo escreve 1Co 7.15. Embora ele venha a sofrer as consequências do rompimento, sendo obrigado a permanecer sozinho para sempre (1Co 7.11), pelo menos ele poderá continuar contando com o privilégio de ter intimidade com o Eterno e poder ofertar-lhe aquilo que agrada seu coração.

Em outras palavras, não continuar preso ao cônjuge o libera para ser usado individualmente pelo Eterno, coisa que, até então, não podia. Afinal, depois que se casam, o marido não pode atuar no Reino do Eterno sem sua esposa e vice-versa. Mas, se após todo esforço do cônjuge, o outro ainda assim não mudar de ideia e partir, tal cônjuge pode ficar em paz, certo de que continuará sendo usado pelo Eterno como antes.

DIFERENÇAS NO PAPEL DE PAI E MÃE

O papel da mãe é cuidar, alimentar e suprir. Ela se relaciona com base na conveniência, em face das necessidades a serem supridas. É claro que tal preocupação não se justifica, já que a necessidade grita alto por si só. Dever-se-ia enfatizar o que realmente é importante, a saber, o relacionamento com base na Escritura Sagrada.

 

 

 Já o papel do pai é exortar, corrigir, orientar. O pai entra na relação com o compromisso, se relaciona com base na palavra que empenhou neste compromisso assumido. Lembre-se que a cabeça do homem é Jesus (1Co 11.3), o que implica que seu papel é trazer a revelação do Eterno para o lar.

O desafio de amar é do homem (Ef 5.25-27). À mulher cabe o papel de ser submissa (1Pe 1.3,5). O papel do homem é buscar a bênção que o permitirá repartir, o serviço que o permite contemplar o relacionamento firmado na Verdade. O serviço, isoladamente, produz medo, já que o indivíduo pensa que só será recompensado se proceder corretamente. Todavia, se Jesus fosse nos abençoar só quando agíssemos do modo correto, nós estávamos perdidos, pois Jesus seria um ser corruptível, dependente completamente da nossa perfeição para se manter perfeito.

Para piorar tudo, como aquele que teme não é aperfeiçoado no amor, tal indivíduo permaneceria imaturo (1Jo 4.18).

O amor, por outro lado consiste num compromisso assumido de dar a vida para manter a relação do jeito que o Eterno quer (e não meramente um serviço), para que Ele possa ter onde manifestar Sua Palavra.

 Não é à toa que Jesus, ao enviar os discípulos, disse:

 

·         “E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela seja digno, e hospedai-vos aí, até que vos retireis.” (Mt 10.11).

 

Ele não mandou os discípulos procurarem saber o que precisava ser feito na cidade, mas sim quem nela era digno, a fim de que pudessem estabelecer uma relação baseada na Verdade. Que fique claro: não é para um se submeter ao desempenho do outro, mas sim para ambos se submeterem à relação e à Verdade, pois estes dois elementos, quando juntos, não têm como falhar. Afinal, onde estiverem dois ou três reunidos no nome do Eterno, ali Ele está (Mt 18.20).

É preciso retirar da cabeça a ideia de que devemos achar o indivíduo confiável para, então, estabelecermos uma relação na Verdade; ao invés disso, devemos buscar a relação que irá produzir alguém confiável (Mt 18.18,19).

E o pior é que tem pai que se comporta como mãe, pensando apenas em prover.

Um exemplo de homem com mentalidade materna é Moisés. Tanto que a Escritura Sagrada não diz que ela neto de faraó, mas sim filho da filha de faraó (Hb 11.24). E não é para menos, pois ele fora criado basicamente por mulheres: Joquebede, Miriã e a filha de faraó. Ele só tinha referência de mãe na vida dele. Resultado: ele foi bom de serviço, mas péssimo de relacionamento. Basta pensar que a mulher de Moisés tinha deixado-o e ele nem se preocupou em voltar para buscá-la, pois estava focado no serviço (Êx 18.1-6).

Sem contar que Moisés é o único caso na Escritura Sagrada de um filho que foi circuncidado pela mãe (Êx 4.25). Não é à toa que, durante a liderança de Moisés, nenhum homem foi circuncidado (Js 5.4,5).

No entanto, como o Eterno não queria que Canaã fosse conquistada pela competência (serviço) dos homens, cada homem teve que ter suas intimidades expostas e manipuladas pelo próximo. Só então o opróbrio do Egito foi retirado (Js 5.9). Ora, mas eles já estavam há 40 anos longe do Egito. Todavia, enquanto o compromisso (relação) com o Eterno não foi marcado na carne, a vergonha do Egito (não ser marcado pelo papel de pai, já que o Egito é o lugar para onde vão os que querem ter as necessidades supridas de modo mais fácil) ainda permanecia.

Mesmo diante disto, muitos se aproximam do próximo num relacionamento do tipo materno, ou seja, buscando ter sua necessidade suprida. Neste tipo de relacionamento, o que prevalece é o espírito de servidão, no qual o empregado luta com suas forças para transformar o patrão em escravo, obrigando-o a lhe dar o que deseja.

O anseio pelo serviço bem feito é tal que, muitas vezes estamos tentando fazer o mesmo que os geneticistas: tentando produzir uma espécie híbrida, tal como se dá com a mula, que é o cruzamento de um cavalo com um jumento. Trata-se da tentativa de criar um super-animal, aproveitando o que há de melhor em cada espécie. O problema é que tal espécime é estéril.

De igual modo, muitas vezes tentamos gerar indivíduos bons de serviço usando ingredientes da Escritura Sagrada que corroborem isto. Mesmo que desse certo, tais indivíduos seriam estéreis, ou seja, incapazes de reproduzir aquilo que são. Ou seja, não conseguem propagar o que possuem de bom, de modo que outros possam ser alcançados, tendo seu interior transformado. Afinal, que é bom só de serviço não consegue penetrar no coração do outro e fazer diferente na vida do mesmo.

Enfim, são como mulas, e o pior: sem cabeça, pois não têm capacidade de estabelecerem uma relação com base na verdade que gera vida, mas tão somente se ajuntam para fazerem coisas, sem que de fato interagirem entre si no sentido de serem um em Cristo (ver Ef 4.11-16).

Que fique claro: não é o serviço que precisa ser propagado, mas sim o caráter de Cristo na vida uns dos outros. Basta pensar que Jesus nunca quis ser servido, mas servir e dar sua vida em resgate por muitos (Mt 20.28). O importante não é apenas o que se faz, mas principalmente o motivo pelo qual fazemos alguma coisa. A ideia é que, assim como os cientistas procuram cada vez mais conhecer o funcionamento de cada parte do corpo humano, bem como o relacionamento entre elas, de igual modo devemos conhecer ao Eterno aprofundando nosso relacionamento uns com os outros.

E isto não é tudo! O homem bem-aventurado não gera filhos, mas sim pais. Veja o caso de Elias. No início ele tinha um servo (1Rs 19.3). Depois é que ele veio a ter um “filho”, a saber, Eliseu (2Rs 2.12). Só então o espírito de Elias poderia ser associado à conversão dos pais aos filhos:

 

·         “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR; e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição.” (Ml 4.5,6).

 

Analise o que o Eterno prometeu a Abraão:

 

·         “E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gn 12.3).

 

Note que o Eterno não iria abençoá-lo simplesmente, mas sim fazer dele uma fonte de bênção, e isto para todas as famílias (e não indivíduos). Ou seja, a bênção de Abraão está no relacionamento firmado na verdade.

No entanto, Abraão, ao invés de usar o dom na sua relação com Sara, ele o usou no serviço com Agar, pensando apenas no resultado, ou seja, ter um filho. Contudo, o que foi que aconteceu? Simplesmente Ismael começou a perseguir Isaque (Gl 4.29). Isto vem a nos ensinar que nossos maiores perseguidores são os filhos do nosso serviço (que não criou raízes internamente).

Aliás, já parou para pensar o que alimenta o espírito de rebelião?

 

·         Caim x Abel -> Caim era o mais velho e trabalhava duro lavrando a terra que produzia espinhos e abrolhos (Gn 3.18), enquanto que Abel ficava com o trabalho mais leve, simplesmente tendo relacionamento com suas ovelhas. Quando o Eterno preferiu o relacionamento firmado na verdade ao serviço, Caim se revoltou  (Gn 4.5-7);

·         Ismael x Isaque -> Quando Ismael, o mais velho, via o carinho de Abraão para com Isaque (por exemplo, dando um grande banquete quando Isaque foi desmamado (algo aparentemente sem importância, que não merecia comemoração) (Gn 21.8)), Ismael começou a zombar;

·         Esaú x Jacó -> Esaú era homem do campo que trabalhava duro (Gn 25.27), tanto que numa destas vezes seu cansaço o levou a renunciar seu direito de primogenitura (Gn 25.29). No entanto, de Jacó nada é dito acerca do seu trabalho. Fala apenas que ele vivia em simplicidade (Gn 25.27). Ou seja, não trabalhava tanto. Quanto o Eterno preferiu abençoar a relação na verdade ao invés do serviço (apesar de Jacó ter roubado a bênção de Esaú, ainda assim tudo foi com a permissão do Eterno (ver Ml 1.2,3)), Esaú se consolou com a ideia de matar Jacó.

·         Os 10 irmãos mais velhos de José x José -> Enquanto os 10 irmãos se esforçavam para cuidar do rebanho, José ficava mais com o pai, indo até os irmãos basicamente para reportar a Jacó o que eles faziam (Gn 37.2,13,14). Agora imagine você chegando em casa cansado de trabalhar e encontra o irmão mais novo vestido de uma túnica nova que o pai fez com as próprias mãos. Esta predileção pelo relacionamento em torno da verdade irritou os irmãos apegados ao serviço. Sem contar que o fato de José andar sonhando implicava que ele era agraciado também pelo Eterno.

·         Marta x Maria -> Enquanto Marta trabalhava duro, Maria ficava sentada aos pés de Jesus só ouvindo. Quando Jesus deu mais valor ao relacionamento com Maria, Marta ficou indignada com Jesus (Lc 10.39,40).

·         O filho mais velho de Lc 15 x o filho pródigo -> Quando o pai resolveu privilegiar o reencontro com o filho mais novo que desperdiçara seus, o filho mais velho ficou indignado, pois todo seu trabalhar fiel durante anos foi colocado em segundo plano (Lc 15.28-30).

 

Enfim, quando o Eterno preferiu a relação firmada na Verdade ao invés do serviço, todos os “filhos de mãe” (serviço) se rebelaram. Note como, na maioria das vezes, foi o mais velho que se rebelou, tal como Jesus disse que os últimos serão os primeiros e os primeiros, últimos (Mt 19.30; 20.8,10,16).

Ou seja, todos os que estão presos à carne só conseguem encontrar valor naquilo que traz benefício à carne, ou seja, no serviço. Como “amor não enche barriga” (pelo menos é isto que diz certo ditado popular), ele é colocado em segundo plano pelo mundo. Infelizmente o relacionamento é visto como mera diversão, algo supérfluo. Tudo porque os indivíduos não enxergam mais valor da verdade, a qual só é possível ser conhecida através do relacionamento em Cristo (1Co 2.7).

QUEM SÃO OS CÃES?

Todo filho conheceu sua mãe, ainda que inconscientemente (quando estava ainda no ventre). Todo filho sabe de onde saiu, mas não sabe quem foi que o colocou no ventre de sua mãe.

Já parou para pensar no motivo pelo qual o Eterno condena os indivíduos que são como cães?

 

·         “Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.” (Ap 22.15).

 

O que acontece é que a cadela é o único animal que gera, de uma mesma ninhada, filho de diferentes cães. Ou seja, o cão sabe quem é sua mãe, mas por métodos naturais não tem como saber quem é seu pai. Todos são bastardos, pois não têm pai identificado.

Trazendo para o lado espiritual, os cães são pastores que, por nada compreenderem das coisas do Eterno, acabam gerando prosélitos de diversos tipos de semente (busca por prosperidade, cura, adivinhação, etc.), os quais acabam se tornando duas vezes filhos do inferno mais que eles (Mt 23.15).

Não é em vão que, na Escritura Sagrada, eles são retratados como ladrões:

 

·         “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” (Jo 10.10).

 

Para que não haja dúvida de que o ladrão aqui são os líderes religiosos, veja as referências da Escritura Sagrada que associam os fariseus (líder religioso da época) com as características do ladrão:

 

·         Eles matam: Mt 23.34; Mt 12.14; Mc 3.6;

·         Eles roubam: Mt 23.14; Mc 12.40; Lc 20.47;

·         Eles destroem: Entendendo que destruir tem haver com destruir a lei e os profetas (Mt 5.17), quem é que se apropria da chave da ciência e não deixa ninguém entrar (Lc 11.52)?. Pelo contrário: eles destroem o caminho das veredas de cada um (Is 3.12);

·         Eles são maus pastores: Ez 34.1-16; Jr 23.1-4; Jr 50.6,7; Zc 11.4.

DE ONDE VEM A FILIAÇÃO?

·         “E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.” (Gn 2.18).

 

Muitos pensam que o fato de não ser bom para o homem o ficar só, esteja se referindo à necessidade de ter uma mulher. Se assim fosse, então quer dizer que não casar seria algo mau e, consequentemente, um pecado. Neste caso, Jeremias, Paulo e Jesus teriam pecado, já que eles não casaram.

Pelo contrário, eles foram os que mais se destacaram na Escritura Sagrada:

 

·         Jeremias -> foi o que escreveu o maior livro do Antigo Testamento (depois do livro de Salmos);

·         Jesus -> foi e é o maior que já existiu;

·         Paulo -> foi o maior apóstolo de Cristo: quase um terço do Novo Testamento foi escrito por ele.

 

Além disto, repare como a mulher não conseguiu resolver o problema do homem. Pelo contrário: Adão foi seduzido justamente por sua esposa (1Tm 2.13,14).

Mas então, a que Gn 2.18 está se referindo? À geração de filhos. É mau para o homem ficar sem gerar filhos, já que é através deles que o Eterno trabalha Sua salvação na vida do homem:

 

·         “E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação.” (1Tm 2.14,15).

 

É bem verdade que o trecho está se referindo à mulher. Entretanto, o mandamento de gerar filhos foi dado ao homem:

 

·         “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” (Gn 1.28).

 

Você pode questionar: “ora, mas isto seria impossível sem a mulher”. Todavia, veja o que diz Isaías:

 

·         “Canta alegremente, ó estéril, que não deste à luz; rompe em cântico, e exclama com alegria, tu que não tiveste dores de parto; porque mais são os filhos da mulher solitária, do que os filhos da casada, diz o SENHOR.” (Is 54.1).

 

Mas como uma mulher solitária poderia gerar filhos? Quando uma mulher gera uma criança, era não gera um filho, mas apenas um pedaço de carne. Este só nasce vivo porque o Eterno sopra Seu espírito no interior dele.

Contudo, a filiação é algo muito mais profundo que isto.

Tanto que João diz:

 

·         “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;” (Jo 1.12).

 

Veja que o Eterno não dá o poder de “ser” filho de Deus, mas sim de “ser feito”. Ou seja, é um processo que se desenvolve a cada dia (Fp 2.12,13), como mostrado na parábola da leoa:

 

·         “Vendo, pois, ela que havia esperado muito, e que a sua expectação era perdida, tomou outro dos seus filhotes, e fez dele um leãozinho. Este, pois, andando continuamente no meio dos leões, veio a ser leãozinho, e aprendeu a apanhar a presa, e devorou homens.” (Ez 19.5,6).

 

Ou seja, a filiação é algo a ser trabalhado continuamente por Jesus através da comunhão uns com os outros (ver 1Jo 1.7). E, ao contrário do que o mundo pensa, quem imprime na criança a marca de filho é o pai, e não a mãe. Por isto era importante José adotar Jesus.

Se José não tivesse adotado Jesus, ele não seria descendente de Davi. Logo, a autoridade física de Jesus para reinar vinha de José, no que ele concordou em adotar Jesus. Se José não adotasse Jesus Ele seria, diante dos homens, considerado como um bastardo.

Mas, por que não filho natural? Se Jesus fosse filho natural de José, além de herdar o pecado original, sua adoção por José seria fruto de uma fé natural (por crer que o filho era seu). No entanto, para adotar Jesus, José teve que ter uma fé espiritual (fé na Palavra do Eterno por meio de Seu anjo – Mt 1.20).

Enfim, Jesus nasceu por meio da fé de Maria na palavra de Gabriel (Lc 1.45) e se tornou filho de José por meio da fé dele na palavra de um anjo do Senhor (Mt 1.20). A fé fez de Maria uma mãe espiritual e de José um pai espiritual.

O mandamento de frutificar, multiplicar e encher a terra foi dado ao homem. A mulher entra como auxiliadora idônea do homem.

Note que primeiro vem a palavra “frutificar” para depois “multiplicar”. Primeiro o homem precisa ser experimentado na produção do fruto do Espírito Santo para, depois, multiplicar.

Isto porque é disto que o filho irá se alimentar: do leite da mãe e da Palavra (Mt 4.4) e do fruto do Espírito Santo, por meio do Pai, a fim de que a glória do Eterno possa estar nele (ver Mq 2.9).

A natureza aponta para o modo de o Espírito do Eterno ser ministrado aos corações: assim como a mãe só produz leite quando gera o filho, um fiel só produz o fruto do Espírito Santo quando há filhos que dele possam comer.

Com base nisto, podemos concluir Jesus só se tornou pai após a cruz (Hb 2.13), já que foi nesta ocasião que Sua marca (Seu Espírito) passou a estar no coração dos que creem.

POR QUE TEM SIDO TÃO DIFÍCIL PARA O HOMEM EXERCER A AUTORIDADE QUE O ETERNO LHE DEU?

Infelizmente Adão foi negligente nos quatro mandamentos que o Eterno lhe deu:

 

·         (Gn 2.15): embora a terra já fora cultivada pelo próprio Eterno (Gn 2.8), o jardim ainda precisava ser guardado (incluindo sua mulher). Se Adão estivesse vigilante, prestaria atenção na serpente, bem como no que se passava no coração de sua esposa;

·         (Gn 2.17): aqui literalmente ele desobedeceu;

·         (Gn 2.19): se ele tivesse prestado bem atenção na característica de cada animal antes de nomear-lhes, teria visto a astúcia da serpente (Gn 3.1), bem como a necessidade de se resguardar dela. 

 

Mas sobretudo, se Adão tivesse obedecido ao primeiro mandamento (Gn 1.28), ele teria tido autoridade para dizer à mulher “já para casa” ao vê-la conversando com a serpente. Isto pode parecer autoritarismo, mas não é!

Pense no quadro: segundo Ap 12.9, esta antiga serpente era o próprio Ha-Satan. Pelo fato de Adão não ter feito nada (pelo contrário, ele até compactuou com a esposa), o pecado e a morte entraram no mundo. Dentro dos conceitos do mundo, Adão, ao ter sido cúmplice de Eva (tal como Safira foi cúmplice de Ananias – At 5.9), teria sido aplaudido por ser compreensivo e estar do lado da sua esposa. No entanto, foi este gesto que transformou o mundo neste caos que vemos.

É oportuno esclarecer a diferença entre autoridade e autoritarismo. Se Adão tivesse dito para Eva “já para casa” dentro daquelas circunstâncias, ele teria sido autoritário, mesmo estando certo. Mesmo porque não havia casa para a mulher se dirigir, já que eles não tinham filhos. Ele não podia prender a sua esposa, privá-la do contato com a criação do Eterno. Seria muita crueldade.

No entanto, se eles tivessem filhos, para início de conversa, dificilmente a mulher encontraria tempo ou desejo para conversar com a serpente. E mesmo que o fizesse, ao ouvir a ordem “já para casa”, ela acordaria e pensaria: “sabe de uma coisa? Meu marido está certo. Eu vou ficar conversando fiando com Ha-Satan enquanto meus filhos estão aqui precisando de mim?”. Ela até acabaria agradecendo ao marido por dar-lhe uma ordem tão sábia e amorosa, por livrá-la de cometer um erro que podia comprometer o lar dela, bem como todo o plano original do Eterno para eles.

Em outras palavras:

 

·         Autoritarismo -> o outro indivíduo é preso na vontade mesquinha e cruel do senhor.

·         Autoridade -> o outro indivíduo é conduzido à vontade sábia e amorosa do Eterno.

 

Infelizmente, por causa da cultura predominantemente feminista, parece um absurdo (até um crime) o homem usar de autoridade para com a mulher. Contudo, a mulher que é verdadeiramente mulher (que aceita o plano do Eterno para si) deseja isto ardentemente.

Lembre-se de que a mulher foi tirada da costela de Adão, feita especialmente para auxiliar o homem (Gn 2.l8; 1Co 11.9). Logo, para a mulher, a perfeição é alcançada em Cristo através do casamento, já que é neste que ela encontra a cabeça para qual ela foi feita (1Co 11.9).

Além disto, o Eterno deu ao homem o papel de sujeitar a terra:

 

·         “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” (Gn 1.28).

 

Não se trata de mandar na terra, mas sim de permitir que o Eterno o use a fim de que o conhecimento da Sua glória encha toda a terra (Is 9.11; Hc 2.14). Quando isto acontecer, toda a terra terá se sujeitado àquilo que o homem crê e, consequentemente, a ele, já que toda a terra verá que o Eterno é com ele.

É um erro achar que a mulher virgem é perfeita, sinônimo de pureza e santidade. Se assim fosse, então toda criança seria perfeita, o que contraria a Escritura Sagrada (Gn 8.21; Sl 51.5; 58.3; Pv 22.15).

A verdade é que toda mulher sente a necessidade de uma cabeça abençoada que a conduza rumo ao Eterno. Assim, se você é homem, não tenha medo de exercer a autoridade que o Eterno lhe conferiu. Permita que Ele lhe encha do Seu amor e sabedoria e tenha bom ânimo (ver Js 1.6-9). Pode estar certo que tua mulher se agradará de se submeter a ti nestas condições.

A mulher naturalmente quer o homem a quem ela possa se apegar (Gn 3.16). Tanto que em momento algum a Escritura Sagrada ordena à mulher amar o marido, mas sim ser submissa. O homem, por outro lado, necessita de uma Palavra Viva do Eterno para poder se apegar à sua esposa (Gn 2.24; Ef 5.25). Ou seja, o homem só se apega à mulher pela atuação sobrenatural do Espírito do Eterno.

Se você acha que não, quer uma prova de que o homem não é apegado, naturalmente, à esposa? Repare como, em Gn 3.12, ele não hesita. Ao ser confrontado com o Eterno, imediatamente ele culpa a mulher pela sua desobediência. Se ele sentisse necessidade da esposa (não estou falando do seu desejo de satisfazer o apetite sexual), ele tentaria desculpar a si e à esposa.

Aliás, o verdadeiro relacionamento não está firmado em necessidades carnais, mas sim em conhecer e ser conhecido pelo Eterno (Gl 4.9).

Enfim, ao invés de você, homem, ficar com medo de usar de autoridade para com sua esposa, deixe que o Eterno te encha e amor e sabedoria e lhe mostre a autoridade que ela espera de você. A mulher só não deseja se submeter ao homem quando ela não vê nele os atributos de Cristo. Todavia, se este for seu caso, trate de se acertar com o Eterno ou teu casamento será condenado à falência. Mulher nenhuma gosta de homem frouxo.

O MARIDO NÃO DEVE CONQUISTAR A MULHER E VICE-VERSA

Não se deve fazer algo para conseguir a aprovação de alguém. Esta é uma base de relacionamento muito frágil. Gera um fardo muito pesado para o outro indivíduo carregar, algo condenado na Escritura Sagrada:

 

·         “Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; porém não quiseram ouvir.” (Is 28.12);

·         “Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo?” (Is 58.6).

 

Não podemos ser como indivíduos mimados que querem a atenção dos outros para nós. Ao invés disto, devemos assumir a posição de sermos zelosos pelos outros.

De onde você acha que vem a provisão daquele que serve ao Eterno?

 

·         “Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa.” (Sl 128.2,3).

 

Ele não tira seu sustento da terra, mas o alimento virá da vida daqueles próximos a ele, em quem ele investiu consigo mesmo, dando sua vida (ver Jo 15.12,13). Afinal, não estamos aqui para sermos servidos, mas para servir (Mt 20.28).

Todavia, urge salientar o modo correto de servir. Veja o caso do bebê. Aparentemente ele não faz nada. Só fica “deitado nos pastos verdejantes” (Sl 23.2). No entanto, ele serve para dar aos pais a oportunidade de ofertarem a si mesmos, de modo a poderem permanecer neste mundo por meio deles (Dt 25.6-9).