SE
JESUS REPUDIA A INJUSTIÇA, PORQUE, ENTÃO, ELE NÃO FAZ ALGO A RESPEITO?
Por
muito tempo fiz esta pergunta. Até que entendi que o julgamento do Eterno
contra o pecado está em toda a parte. O mundo em que estamos, por si só, é um
julgamento contra o pecado, visto que ele jaz no maligno (1Jo 5.19). Aliás, o
simples fato de o mundo estar entregue a Ha-Satan já
é um julgamento terrível (Lc 4.6; Jo
14.30; Ef 2.1,2).
Todos
nascem escravos do pecado (Rm 3.9) e, por causa
disto, sujeitos a todo o juízo do Eterno que paira sobre este mundo (Gl 4.3), a saber: doença, envelhecimento,
, injustiça, morte, violência, etc. Em outras palavras, até mesmo a
impunidade contra a injustiça e os crimes faz parte do juízo do Eterno (ver Rm 13.1,2).
Para
ser mais exato: quando crimes, até mesmo os hediondos, são cometidos é porque o
Eterno está a disciplinar. Na verdade, o mundo, por ter se afastado do Eterno,
se tornou uma perpétua condenação ao ser humano, que se vê submerso numa
interminável rotina de pecar e sofrer as consequências do pecado (ver Is 33.1; 2Tm 3.13; Tt 3.3).
Quer
tormento maior que tudo isto junto? Quer forma melhor de julgar os injustos?
Assim
sendo, a grande pergunta não é “por que o Eterno não julga as injustiças”, mas
sim “como fazer para ficar livre desta condenação que paira sobre o mundo?
Entendendo
que este mundo é uma Babilônia, a ordem do Eterno é clara:
·
“Fugi
do meio de Babilônia, e livrai cada um a sua alma, e não vos destruais
na sua maldade; porque este é o tempo da vingança do SENHOR; que lhe dará a
sua recompensa.” (Jr 51.6);
·
“Saí
do meio dela, ó povo meu, e livrai cada um a sua alma do ardor da ira do
SENHOR.” (Jr 51.45);
·
“E
ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não
sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.”
(Ap 18.4).
Enquanto
estivermos dentro da Babilônia, estaremos sujeitos aos juízos inerentes a ela. É
claro que isto não é fácil, já que o desejo da nossa carne é ser vitoriosa
neste mundo. O que todos querem ao servir Jesus é conciliar os prazeres do
mundo com as virtudes do Reino dos Céus. Querem sucesso no céu e na terra, tal
como prometia a Aliança da Lei (conhecida como Antiga Aliança). Contudo, está
mais que provado o fracasso da mesma (Hb 7.11,18,19).
Por isto é que a Escritura Sagrada é clara:
·
Quem
quiser ser o maior no Reino dos Céus tem que ser o último aqui;
·
Quem
quiser salvar a sua vida neste mundo irá perdê-la para o lago de fogo e enxofre
(Mt 10.39);
·
Temos
que fazer morrer nossa natureza terrena (Cl 3.5);
·
Quem
não renuncia a tudo quanto tem não pode ser discípulo de Jesus (Lc 14.26,27,33);
·
Quem
quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo do Eterno (Tg
4.4);
·
Aqueles
que estão na carne não podem agradar o Eterno (Rm
8.5-8);
·
Se
alguém quiser ir após Cristo deve negar-se a si mesmo, tomar cada dia sua cruz
e segui-Lo (Lc 9.23).
·
Aqueles
que só pensam nas coisas terrenas são inimigos da cruz de Cristo (Fp 3.18,19).
Ou
seja, por mais doloroso que isto possa soar, enquanto insistirmos em buscar em
Cristo apenas nas coisas desta vida, seremos as mais miseráveis das criaturas
(1Co 15.19). Se quisermos que Jesus seja vitorioso na nossa vida, temos que
aceitar a derrota nas coisas concernentes a esta vida (2Co 4.10,11), como está
escrito:
·
“Já
estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim;
e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me
amou, e se entregou a si mesmo por mim.” (Gl 2.20);
·
“Mas
longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo,
pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.” (Gl 6.14).
Nossa
cidadania é celestial (Fp 3.18,19). Neste mundo,
somos tão somente estrangeiros e peregrinos (Hb
11.13; 1Pe 2.11). E já que vamos ter que deixar toda riqueza material para trás,
então nada mais sábio do que trocar todas elas por bens espirituais, a saber: a
verdade (Pv 2.3-5; 3.13-15; 23.23), o caráter de
Cristo (o Pai é glorificado quando damos fruto, muito fruto - Jo 15.8; Gl 5.22), o testemunho
de Cristo em nós e a amizade verdadeira:
·
“E
eu vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que, quando
estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.” (Lc 16.9).
Ao
invés de tentarmos lucrar na área material, que aceitemos de bom grado morrer
dia após dia (Rm 8.36; 1Co 15.31) a fim de que a vida
de Cristo possa se manifestar em nossa carne mortal (2Co 4.10,11) e, deste
modo, possamos ter mais e mais memoriais escrito no céu daquilo que Cristo fez
em nós (Ml 2.16).
Enfim,
que possamos usar as riquezas terrenas para adquirirmos riquezas espirituais e,
deste modo, sermos ricos para com o Eterno (Lc 12.21).
Para
você que deseja a verdadeira vitória e riquezas, visite o site:
www.batalha-da-fe.blogspot.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário