terça-feira, 15 de maio de 2018

167 - A Samaritana - Prostituta ou Mulher Virtuosa?

A SAMARITANA: UMA MULHER VIRTUOSA ESCURRAÇADA PELO SISTEMA RELIGIOSO

 

Eu fico me perguntando o motivo pelo qual o sistema religioso tem tanto ódio desta mulher, a ponto de chamá-la de prostituta. Todavia, analise o trecho de modo mais acurado e você verá que ela sempre foi uma mulher virtuosa (mesmo antes de conhecer Jesus).

Inclusive, muitos entendem mal a obra de Jesus na vida de alguém. Jesus, em momento algum, muda a personalidade do indivíduo. O que Ele faz é mudar o caráter (conceitos e valores) do indivíduo, bem como capacitá-lo a viver isto no lugar feito especialmente para ele dentro do Seu eterno plano, tendo em vista a personalidade, dons e talentos que Ele lhe concedeu.

Diante disto, analisemos a passagem da samaritana:

 

·        “Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna. Disse-lhe a mulher: SENHOR, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la. Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido; porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.” (João 4.14-18).

 

Primeiro ponto a analisar é que Jesus não disse que ela tivera inúmeros amantes: ela teve cinco maridos. Ou seja, ela teve compromisso com cada um dos maridos. E em momento algum é dito que ela largou algum deles para ficar com outro.

Mesmo porque, cabia ao homem a faculdade de casar ou divorciar de uma mulher.

 

·       “Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então será que, se não achar graça em seus olhos, por nela encontrar coisa indecente, far-lhe-á uma carta de repúdio, e lha dará na sua mão, e a despedirá da sua casa.” (Deuteronômio 24.1)

 

Além disso, a Escritura Sagrada não diz que ela traiu algum dos maridos. E com certeza não foi, já que a lei condenava à morte quem assim fizesse:

 

·       “E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando. E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?” (João 8.4,5).

·       “Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera.” (Lv 20.10).

·       “Quando um homem for achado deitado com mulher que tenha marido, então ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher, e a mulher; assim tirarás o mal de Israel.” (Dt 22.22).

 

E se é que o marido dela se separou porque suspeitava de um possível caso extraconjugal, tal suspeita era infundada, já que ela não sofrera maldição algum por causa disto:

 

·       “Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: quando a mulher de alguém se desviar, e transgredir contra ele, de maneira que algum homem se tenha deitado com ela, e for oculto aos olhos de seu marido, e ela o tiver ocultado, havendo-se ela contaminado, e contra ela não houver testemunha, e no feito não for apanhada, e o espírito de ciúmes vier sobre ele, e de sua mulher tiver ciúmes, por ela se haver contaminado, ou sobre ele vier o espírito de ciúmes, e de sua mulher tiver ciúmes, não se havendo ela contaminado, então aquele homem trará a sua mulher perante o sacerdote, e juntamente trará a sua oferta por ela; uma décima de efa de farinha de cevada, sobre a qual não deitará azeite, nem sobre ela porá incenso, porquanto é oferta de alimentos por ciúmes, oferta memorativa, que traz a iniqüidade em memória. E o sacerdote a fará chegar, e a porá perante a face do SENHOR. E o sacerdote tomará água santa num vaso de barro; também tomará o sacerdote do pó que houver no chão do tabernáculo, e o deitará na água. Então o sacerdote apresentará a mulher perante o SENHOR, e descobrirá a cabeça da mulher; e a oferta memorativa, que é a oferta por ciúmes, porá sobre as suas mãos, e a água amarga, que traz consigo a maldição, estará na mão do sacerdote. E o sacerdote a fará jurar, e dirá àquela mulher: Se ninguém contigo se deitou, e se não te apartaste de teu marido pela imundícia, destas águas amargas, amaldiçoantes, serás livre. Mas, se te apartaste de teu marido, e te contaminaste, e algum homem, fora de teu marido, se deitou contigo, então o sacerdote fará jurar à mulher com o juramento da maldição; e o sacerdote dirá à mulher: O SENHOR te ponha por maldição e por praga no meio do teu povo, fazendo-te o SENHOR consumir a tua coxa e inchar o teu ventre. E esta água amaldiçoante entre nas tuas entranhas, para te fazer inchar o ventre, e te fazer consumir a coxa. Então a mulher dirá: Amém, Amém. Depois o sacerdote escreverá estas mesmas maldições num livro, e com a água amarga as apagará. E a água amarga, amaldiçoante, dará a beber à mulher, e a água amaldiçoante entrará nela para amargurar. E o sacerdote tomará a oferta por ciúmes da mão da mulher, e moverá a oferta perante o SENHOR; e a oferecerá sobre o altar. Também o sacerdote tomará um punhado da oferta memorativa, e sobre o altar a queimará; e depois dará a beber a água à mulher. E, havendo-lhe dado a beber aquela água, será que, se ela se tiver contaminado, e contra seu marido tiver transgredido, a água amaldiçoante entrará nela para amargura, e o seu ventre se inchará, e consumirá a sua coxa; e aquela mulher será por maldição no meio do seu povo. E, se a mulher se não tiver contaminado, mas estiver limpa, então será livre, e conceberá filhos. Esta é a lei dos ciúmes, quando a mulher, em poder de seu marido, se desviar e for contaminada; ou quando sobre o homem vier o espírito de ciúmes, e tiver ciúmes de sua mulher, apresente a mulher perante o SENHOR, e o sacerdote nela execute toda esta lei. E o homem será livre da iniqüidade, porém a mulher levará a sua iniqüidade.” (Nm 5.12-31).

 

Logo, não houve qualquer espécie de infidelidade nela. Talvez esta samaritana não pudesse ter filhos e, assim, fora repudiada pelo seu marido por ser considerada uma mulher maldita (Lc 1.25). Infelizmente, nenhum dos cinco maridos soube enxergar o valor dela.

O mais provável é que cada um dos cinco maridos que ela teve era descendente de um dos povos que Salmanezer trouxe para habitar ali e, obviamente, cada um adorava o respectivo deus desta nação.

Digo isto porque, admitindo que ela não pudesse ter filhos, o mais provável é que ela jamais seria recebida por outro homem devoto a este deus (já que, supostamente, ela era tida como maldita por este deus por não poder gerar filhos).

Outro homem, descendente de outra nação e adorador de outro deus, a desposava na esperança de que o problema não fosse com ela, mas com o deus do outro marido. Porém, ao ver que não podia mesmo gerar filhos, novamente era abandonada.

Para entender isto melhor, vejamos um pouco acerca de Samaria:

 

·       “E o rei da Assíria trouxe gente de Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e Sefarvaim, e a fez habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; e eles tomaram a Samaria em herança, e habitaram nas suas cidades. E sucedeu que, no princípio da sua habitação ali, não temeram ao SENHOR; e o SENHOR mandou entre eles, leões, que mataram a alguns deles. Por isso falaram ao rei da Assíria, dizendo: A gente que transportaste e fizeste habitar nas cidades de Samaria, não sabe o costume do Deus da terra; assim mandou leões entre ela, e eis que a matam, porquanto não sabe o culto do Deus da terra. Então o rei da Assíria mandou dizer: Levai ali um dos sacerdotes que transportastes de lá; e vá e habite lá, e ele lhes ensine o costume do Deus da terra. Veio, pois, um dos sacerdotes que transportaram de Samaria, e habitou em Betel, e lhes ensinou como deviam temer ao SENHOR. Porém cada nação fez os seus deuses, e os puseram nas casas dos altos que os samaritanos fizeram, cada nação nas cidades, em que habitava. E os de Babilônia fizeram Sucote-Benote; e os de Cuta fizeram Nergal; e os de Hamate fizeram Asima. E os aveus fizeram Nibaz e Tartaque; e os sefarvitas queimavam seus filhos no fogo a Adrameleque, e a Anameleque, deuses de Sefarvaim. Também temiam ao SENHOR; e dos mais baixos do povo fizeram sacerdotes dos lugares altos, os quais lhes faziam o ministério nas casas dos lugares altos. Assim temiam ao SENHOR, mas também serviam a seus deuses, segundo o costume das nações dentre as quais tinham sido transportados.” (2Reis 17.24-33).

 

Samaria era constituída, na época de Jesus, por indivíduos que tinham intimidade com cinco deuses diferentes e, agora, estavam à espera do Messias que eles nada sabiam a respeito.

O máximo que eles sabiam era aquilo que lhes foi ensinado por sacerdotes corruptos há centenas de anos atrás (é bom lembrar que Israel foi para cativeiro justamente por cultuar ao Eterno de modo impuro – ver 1Reis 12.28-31; 2Reis 17.34-41).

Tanto é assim que a samaritana achou que o problema do enfado dela era ter que trabalhar:

 

·       “Disse-lhe a mulher: SENHOR, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la.” (João 4.15).

 

A fim de que ela pudesse entender a raiz do seu problema, Jesus ordenou:

 

·       “Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá.” (João 4.16).

 

Ela não tinha ainda compreendido o dom do Eterno (João 4.10), a saber, que o verdadeiro amor, paz e felicidade se manifestam em nós a partir do nosso interior, quando nos dispomos a amar o próximo com vistas à vida eterna (João 4.13,14). Infelizmente, a única coisa que esta mulher entendia era acerca de regras a serem seguidas, coisas a serem feitas e emoções a serem sentidas.

Ela, infelizmente, não compreendia a importância de ser filho do Eterno, ou seja, alguém que pensa e sente como Ele, que tem o caráter Dele vivo dentro de si.

Veja o quão triste é quando não conhecemos o dom do Eterno e quem é este Deus que está a “pedir nossa ajuda” (através daqueles que Ele traz até nós – Mateus 25.34-46). Acabamos criando expectativas falsas acerca do Eterno e daqueles que Ele traz até nós.

Era o que acontecia com a samaritana, tanto física quanto espiritualmente: não sabia o que fazer pelo seu marido (e seu deus), nem o que esperar deles. Enquanto a samaritana estava ligada a um marido, ela se mantinha totalmente fiel a ele e aos seus deuses, se dedicando integralmente a ambos.

Mesmo assim, o mais razoável é que seus cinco primeiros relacionamentos não dessem certo.

E o pior é que ela passou tanto tempo adorando outros deuses de modo carnal, que agora não conseguia sequer enxergar o Deus vivo em carne. Tampouco conseguia ter um relacionamento de qualidade com o homem que agora estava com ela, bem como com o Deus que ele seguia.

Este sexto homem era alguém que adorava ao Eterno e que esperava a vinda do Messias, mas que não servia a ele com fidelidade e integridade de coração. E nem poderia, já que, como visto acima, eles adoravam ao Eterno como se fosse mais um deus no meio de vários.

Além disto, considere a decepção causada por seus cinco maridos anteriores e seus deuses. Eles machucaram a alma dela de tal forma que, quando ela teve oportunidade de conhecer o verdadeiro indivíduo que o Eterno preparou originalmente para ela, agora sua carne já não conseguia mais se entregar a ele. Sua alma já estava marcada pelos cinco maridos anteriores. Tudo se resumia apenas algo meramente sexual e obrigações físicas.

Em face disto tudo, mesmo junta com este sexto homem e seguindo o Deus dele, ainda assim não havia como ela se entregar a ambos totalmente.

Ela não conseguia mais se entregar sem reservas ao verdadeiro Deus. Com medo de uma nova decepção, estava adorando apenas de longe, superficialmente e o pior: do mesmo jeito que se adorava outros deuses: baseado apenas nos rituais físicos. Embora os tais, desta vez, fossem ordenados pelo Eterno, ainda assim tratava-se de algo carnal.

Com uma alma tão suja em virtude de seu contato com outros deuses, esta mulher não estava mais em condições de se envolver com o Deus verdadeiro num relacionamento puramente espiritual (Jr 3.1). Embora adorasse ao Eterno e até buscasse conhecer o que era dito a respeito Dele, o máximo que ela conseguia era adorá-Lo superficialmente, e isto com base na lei.

Enfim, é claro que havia falhas nesta mulher. Contudo, daí afirmar que ela era prostituta é um exagero!

Pense: se esta mulher era uma prostituta (como afirma o sistema religioso), então porque toda a cidade deu crédito ao que ela disse acerca de Jesus?

 

·       “E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito. Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias.” (João 4.39,40).

 

É bom lembrar que o testemunho de mulheres era menosprezado e, dependendo do caso (como se deu por ocasião da ressurreição de Cristo), considerado como delírio (Lc 24.10,11). Contudo, esta samaritana foi acreditada por uma cidade inteira.

Só há uma explicação: todos sabiam que ela era uma mulher dedicada ao seu lar (vale lembrar que Jesus não a encontrou vadiando, mas trabalhando), submissa. Esta mulher era altamente virtuosa e religiosa. Quando ela se casava com um marido, ela se apegava a ele (e aos deuses dele) com todas as forças e dava tudo de si em busca do melhor.

Você pode se perguntar: como sei disto? Veja a conversa dela com Jesus:

 

·       “Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias ( que se chama o Cristo ) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo.” (João 4.20-26).

 

Esta mulher entendia bem dos assuntos religiosos (não só os da sua terra, mas o de outras províncias). Repare como ela, ao ver que Jesus era alguém que poderia lhe dar as respostas que tanto desejava, não perde tempo. Logo O questiona acerca da verdadeira adoração.

Tal como os demais samaritanos, judeus e a maioria dos cristãos hoje, ela achava que a adoração requer local e rituais específicos.

Jesus então é claro: uma vez que o Verdadeiro Deus é Espírito, a única forma de adorá-Lo é dentro do nosso espírito movido pela Verdade (João 14.6). Em outras palavras, a adoração não é física, como o sistema religioso insiste em pregar. A adoração verdadeira tem a ver com ser guiado por Jesus no estilo de vida que Ele deixou para nós.

Perceba que a samaritana não se sentiu ofendida com a resposta de Jesus, nem teve pressa de sair da presença Dele. Antes, estava plenamente disposta em ouvir tudo que Jesus tinha para lhe dizer. Ela não confiava naquilo que achava ser verdade, nem tinha medo da verdade. Ela realmente queria servir o Deus verdadeiro do modo correto.

Quando, então, Jesus fala com ela e se revela a ela como o Messias (algo que Ele não fez com mais ninguém, exceto os apóstolos – Mateus 16.15-17), bem como lhe revela o que ela vinha fazendo da vida dela (João 4.29,39), ela então percebe que sua verdadeira missão era anunciar Jesus. Ela imediatamente largou tudo (João 4.28) e se entregou a Ele.

Como ela fora uma mulher tão dedicada a cada um dos cinco deuses (e maridos) que ela serviu, ao ver o entusiasmo dela ao falar de Jesus, o povo não teve dúvidas de sua seriedade, de que ela realmente cria que Jesus era realmente o Cristo.

Em outras palavras, esta mulher era conhecida por ser uma religiosa 100% fiel ao que seu marido acreditava. Ela cumpria fielmente seu papel de auxiliadora idônea, ajudando o marido na missão dele de adorar e servir seus deuses. Não é de admirar que ela fora a única a ouvir claramente da boca de Jesus que Ele era o Messias tanto esperado.

Resumindo: esta mulher, embora tenha se casado com cinco maridos que não eram originalmente o indivíduo que o Eterno tinha preparado para ela, ainda assim ela se submeteu por inteiro a eles, reconhecendo ele e seus deuses como seu marido legítimo. Ela não se separou de nenhum deles: eles é que a largaram. E não foi ela que saiu atrás de marido: estes é que foram até ela e a tomaram por mulher.

A razão de ela ter adorado cinco deuses é justamente por submissão ao seu marido.

Por aqui, todavia, podemos aprender o valor da submissão na vida da mulher: quando uma mulher se submete por completo ao marido que o Eterno lhe deu (inclusive na área espiritual), certamente ela será alcançada por Jesus e capacitada para servi-Lo do modo correto. Repare como ela teve que ser fiel a cada um dos falsos maridos e deuses para, finalmente, conhecer o Deus verdadeiro (medite em Jr 29.13,14; 33.3).

Um dos maiores erros dos indivíduos é o de querer achar o indivíduo ideal para, então, se dedicar a ele em fidelidade e submissão. Todavia, a ordem de Jesus é amarmos o próximo, independente de quem ele seja. Ainda que o mesmo não seja o indivíduo certo para nós, é o indivíduo exato para tratar nosso coração a fim de que possamos nos harmonizar com aqueles que, verdadeiramente, irão compor a Igreja do Eterno dentro de nós.

Ainda resta uma pergunta a ser feita: se a mulher não tinha marido, então porque Jesus mandou chamá-lo? Afinal, não era cínico ou irônico.

Jesus estava, na verdade, levando ela a pensar no tipo de vida que ela estava vivendo.

E você: tem tido compromisso com aqueles que o Eterno te dá, ou tens passado pela vida sem se comprometer com quem está a tua volta na espera de um ideal que nunca virá?

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