ZACARIAS 6 → É ANUNCIADO O FIM DA ANTIGA ALIANÇA COMO INSTRUMENTO DE BÊNÇÃO (Gl 5.4)
Vs 1 a 8 →
8º VISÃO: DEUS FAZ DE ISRAEL UMA MALDIÇÃO AMBULANTE (Zc 8.13). POR ONDE QUER QUE ISRAEL VÁ, A
TERRA É CONTAMINADA (Jr 23.15) PARA QUE O JUÍZO DE DEUS VENHA SOBRE TODOS
Por causa dos pecados de Israel, Deus os
levou para cativeiro. Entretanto, isto jamais significou bênção, seja para
Israel ou para os moradores das terras para onde eles foram espalhados (ver Zc 8.13). Pelo contrário: saíram contaminando o
mundo inteiro (Jr 23.15 – mesmo porque, tal sentença foi dada
justamente por causa do mal que havia dentro delas) e, é claro,
atraindo o juízo de Deus. Não podemos também esquecer que, quem tocava em
Israel, estava tocando na menina do olho do Senhor (Zc
2.8-10).
É exatamente isto que Zacarias viu:
Israel saindo de onde estava (de Jerusalém, onde,
teoricamente, eles estavam diante do Senhor de toda a terra – vs 5)
em direção aos 4 ventos do céu (que retratam os 4 impérios
mundiais e os 4 cantos da terra) para levar o juízo de Deus e, após
a execução do mesmo, fazer repousar Seu Espírito Santo (vs 8):
E 1º carro:
cavalos vermelhos -> saíram para o Leste. Em Ap 6.4, quem estava montado no
cavalo vermelho recebeu a grande espada da mídia corporativa (ele não a tinha) para incutir a desconfiança nos
corações uns dos outros, de modo que eles se atormentassem e matassem;
E 2º carro:
cavalos pretos -> saíram para o Norte (vs 6). Em Ap
6.5,6, quem estava montado no cavalo preto tinha a balança da injustiça na mão (ele a tinha), que tenta medir quem merece receber o
quê. Com o controle da produção mundial de alimentos na mão, a elite global planeja
escravizar e sugar a todos, até esgotá-los e ficar somente um pequeno grupo a
quem eles possam facilmente dominar;
E 3º carro:
cavalos brancos -> saíram para Oeste (vs 6 – versão AR 1967 e NTLH).
Em Ap 6.2, o que estava montado no cavalo branco recebeu uma coroa (ele não a tinha) para reinar através da teologia da
prosperidade terrena (vencendo e para vencer).
São as pessoas usando o nome de Jesus para massacrar os ímpios (que, segundo o sistema religioso, são os que não pertence à
igreja deles) e obter o bem que sua alma corrupta insaciável tanto
deseja (Pv 27.20; Ec 5.10; 6.7);
E 4º carro:
cavalos baios e malhados -> saíram para o Sul (vs 6).
O fato destes cavalos serem malhados, pode também ter haver com os pés de ferro
e barro da estátua de Nabucodonosor (Dn 2.33,41-43),
que simboliza um reino misturado.
Em Ap 6.8 tem-se um cavalo amarelo. Se pensarmos que a cor
baia lembra o amarelo, é bem provável que haja alguma ligação entre ambos,
embora também haja alguma diferença. O cavaleiro montado no cavalo amarelo se
chamava Morte, era seguido pelo inferno e recebeu poder para matar de 4 formas (ele não o tinha):
o
Fome -> através da tecnologia HAARP e do
armamento escalar, bem como de políticas como o Codex-Alimentarius e ACTA, o a
elite global pretende controlar a distribuição de alimentos e o clima dos
países, de modo a forçá-los a aceitar suas medidas
econômico-político-social-religioso;
o
Espada -> como mestre de intrigas (Dn 8.23 - ARA), o representante levantado pela elite
global (conhecido como anticristo) irá induzir
as nações a lutarem umas contra as outras, a fim de que elas fiquem endividadas
e quebradas com os juros dos empréstimos necessários para fabricar armas
destrutivas e, depois, reconstruir o país. Sem contar que, para receber tais
empréstimos, serão obrigadas a se conduzirem seus países, de modo a harmonizarem
(harm em inglês significa dano) ele com a Nova Ordem
Mundial;
o
Peste -> fabricação de vírus e bactérias
resistentes a antibióticos, a fim de ir dizimando, aos poucos, os 90% da
população mundial que eles desejam (de acordo com o monumento
das pedras guias da Geórgia) e, ao mesmo tempo, lucrarem com a venda
de vacinas e remédios (que, por sua vez, são
manipulados de modo a degradarem ainda mais a saúde da população (observe nas
bulas como as contraindicações são maiores que as indicações));
o
Feras da terra -> controle e manipulação
genética dos animais, através da tecnologia robótica, ciborgue, nanotecnologia
e projeto genoma, de modo transformá-los em armas de guerra.
Detalhe: carros e cavalos representam
força e poder militar (ver Sl 20.7).
Uma coisa é certa: esta visão não era só
para a época. Aplica-se também aos dias de hoje. Note como os 4 carros de
Israel estavam escondidos no meio de 2 montes de bronze (vs 1),
saindo apenas no momento exato para levar o juízo de Deus pelo mundo afora.
Embora Deus nada faça sem revelar Seus segredos aos profetas (Am 3.7), Seu juízo não fica à mostra o tempo todo,
mas só vem à tona no momento exato. O fato do monte ser de bronze pode ter
haver com o ventre de bronze da estátua de Nabucodonosor (Dn 2.32,39)
que simbolizava a Grécia. Mesmo porque a Grécia foi simbolizada pelo bode
peludo cujo chifre insigne se quebrou, dando lugar a 4 chifres menores que se saíam
em direção aos 4 ventos do céu (Dn 8.8,21,22).
Sem contar que os gregos eram conhecidos como aqueles que gostavam de buscar
sabedoria (1Co 1.22).
E não é segredo que a mídia corporativa
iluminati não tem interesse em instruir ninguém. Note como a maior parte da
programação é entretenimento inútil. As novelas são um excelente instrumento de
condicionamento mental e os telejornais, tendenciosos e manipulados a fim de,
juntos, prepararem as massas para aquilo que eles já estabeleceram. Somado isto
aos programas educacionais da UNESCO (que entopem a mente das
crianças com um monte de informação que para nada serve), o objetivo
final é emburrecer cada vez mais a população, de modo que ninguém consiga raciocinar
mais por si só, mas acreditem cegamente que dependem deles para poderem pensar.
O detalhe é que apenas os cavalos baios
e malhados eram retratados como fortes (Zc 6.3 – ARC),
com vontade de correr pelo mundo inteiro (lembrando o que Deus ordenou
a Abraão – Gn 13.17). Tudo que eles esperavam era pela palavra de
ordem do Senhor (vs 7), lhes capacitando para isto.
Também é bom recordar que Deus tinha
enviado cavalos vermelhos, brancos e malhados para percorrerem a terra (Zc 1.8), tendo como líder o anjo do Senhor montado
em um cavalo vermelho entre as murtas. Neste momento, os cavaleiros estavam
apenas observando para ver como os gentios estavam, enquanto Israel estava no
cativeiro da Babilônia (Zc 1.11,12). Eles
não podiam fazer nada, pois Deus lhes deu poder unicamente para observar as
coisas.
Isto representa aquela fase em que
Israel não tem poder para fazer nada, mas apenas para ficar indignado com as
injustiças que acontecem à sua volta (ser colocado em ciúmes e ira
– Rm 10.19). Uma vez espalhado pelos quatro cantos da terra (diáspora), eles são provocados a zelos com a
insensatez dos povos (Rm 10.19),
ficando apenas a cultuar seu ódio em virtude do sofrimento impostos pelos
falsos deuses destas nações.
Apenas agora, no capítulo 6, a presença
deles traz o juízo sobre as nações (vs 8).
Vs 9 a 15 →
É ANUNCIADO O FIM DA ANTIGA ALIANÇA, ONDE NÃO HAVERIA MAIS INIMIZADE ENTRE
JUDEUS E GENTIOS, NEM DESARMONIA ENTRE OS OFÍCIOS DE REI E
Quando Heldai, Tobias e Jedaías vieram
de Babilônia, eles se dirigiram para a casa de Josias, filho de Sofonias (vs 10). Embora os 4 tivessem vindo de Babilônia,
apenas Josias já tinha feito de Jerusalém o seu lar (daí ter
construído uma casa). Os outros 3 estavam apenas de passagem. Por
isto era importante que Zacarias fosse ter com eles tão logo chegassem de
Babilônia (vs 10). Sem contar que a mensagem era
sobremodo urgente: nenhum tempo poderia ser perdido.
Era importante fazer as coroas (uma de prata e uma de ouro) e colocá-las na cabeça
do sumo-sacerdote Josué (vs 11). Isto,
além de servir para fortalecer a fé deles, serviria de memorial em favor deles
na vida de Josué. No Antigo Testamento Deus ordenou, por meio de Moisés, que se
fizesse uma lâmina de ouro e a colocasse na mitra do sumo-sacerdote. Esta
deveria servir para que Arão tivesse sempre em mente a iniquidade das coisas
santas que os filhos de Israel ofereciam ao Senhor (Êx
28.36-38). Em outras palavras, Josué era coroado com algo que o
faria lembrar sempre daquelas pessoas por quem ele deveria interceder.
Nesta lâmina de ouro deveria ser gravado
“Santidade ao Senhor” (Êx 28.36) e
depois colocada sobre a mitra na região da testa (Êx 29.6;
Lv 8.9) atado por um fio azul (Êx 28.37). Em Zc
3.5, Zacarias sente a importância de que fosse colocada uma mitra limpa sobre a
cabeça de Josué. Agora é ordenado a ele que faça coroas de santidade para
colocar na cabeça de Josué.
Entretanto, perceba que o Renovo
brotaria do lugar Dele (do céu), e não da
linhagem sacerdotal de Arão ou Josué (ver vs 12; Hb 8.3,4).
Tanto é assim que Josué jamais poderia receber a coroa real (visto não ser ele da tribo de Judá). Logo, o templo
do Senhor que o Renovo edificaria não era algo físico, mas a Sua Igreja (Mt 16.18; Ef 2.20-22). Embora a construção do templo
físico por Zorobabel (Zc 4.9) tenha seu
espaço na profecia, a ênfase maior é o espiritual que Jesus iria edificar nos
corações dos Seus.
Consequentemente, esta profecia estava
anunciando o fim da Antiga Aliança (ver Hb 7.11,12),
quando Jesus faria do Seu corpo, o Seu templo (ver Hb
3.5,6) e reinaria eternamente como sumo-sacerdote (conforme profetizado por Davi em - Sl 110.1,2,4).
A partir de então, seria possível
perfeita harmonia entre reinado e sacerdócio (vs 13),
coisa que hoje não é possível. Afinal, se um juiz for obedecer o 2º mandamento
de Jesus (Mt 22.39) com relação a um bandido,
terá que soltá-lo, o que o incentivaria ainda mais ao crime. Isto nos ensina
que o amor ao próximo só funciona quando acompanhado do sacrifício de Jesus por
nós, já que é este amor que constrange a pessoa a ponto de convencê-la (ver Jo 16.8; 2Co 5.14) a aceitar a mudança que Jesus
quer fazer na Sua vida. É o amor de Jesus que realmente convence a pessoa do
que vem a ser o pecado, a justiça e o juízo de Deus (Jo
16.8).
Por isto é que, quando Jesus veio ao
mundo, os anjos cantaram: “Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa
vontade para com os homens.” (Lc 2.14).
Fico pensando no que se passou no
coração de Josué ao receber a coroa do sacerdócio e a coroa do reinado. Afinal,
que peso ter que conciliar reinado e sacerdócio. Por isto é que Deus acrescenta
que é o Renovo que suportará o peso da Glória, levando-a, em pessoa, para o Templo
Verdadeiro (vs 13) (é a
presença permanente do Seu Espírito Santo no Seu corpo – ajunte Êx 33.18-20; Mt
28.18). Ele se assentaria no Seu trono (a
saber, no propiciatório que Deus criou no nosso coração, destinado a receber o
sangue que Jesus derramou pelos pecados das pessoas – medite em 1Pe 2.21-24)
e, então, dominaria e seria sacerdote na vida dos que O receberem (Jo 1.12), de modo que não precisem mais tentar se
justificar, nem consertar as pessoas; tampouco precisariam se preocupar se estão
tomando a decisão correta, já que Ele nunca erra. Em outras palavras, o Renovo,
não somente seria sumo-sacerdote, mas também rei (vs 12).
Josué, além de servir como um
representante do que Deus haveria de fazer através do Messias, também servia
como um receptáculo do depósito espiritual dos 4 amigos (ver 2Tm
1.12,14). Lembre-se que eles serviriam como sinal de que Ele
enviaria o Renovo (Zc 3.8 - é bem provável que
estes companheiros fossem Helém, Tobias, Jedaías e Josias).
Daí a expressão “construir no templo” (vs 15 –
ARC), ao invés de “construir o
templo”. Gentios seriam usados para confirmar a Palavra de Deus, construindo a
casa Dele no coração das pessoas (através do evangelismo).
Não é à toa que eles deveriam receber ouro e prata vindos de fora de Israel.
A razão de Jesus ser chamado de Renovo é
porque Seu ministério não é algo pontual e estático no tempo e no espaço, mas
vai crescendo aos poucos até encher a terra toda (ver Dn
2.35).
Uma curiosidade a respeito dos metais
usados no tabernáculo:
[ O ouro era
usado nos utensílios que estavam no interior do tabernáculo;
[ O bronze
era usado nos utensílios que ficavam no átrio do tabernáculo;
[ A prata
era empregada nas bases debaixo de cada tábua do tabernáculo.
Ou seja, a
prata era usada para firmar as tábuas que faziam distinção entre o santo e o
profano. Considerando que a prata e o ouro eram para ser usadas para a
confecção das coroas, logo:
a coroa de prata deveria servir para que Helém,
Tobias, Jedaías e Hem se lembrasse de ensinar o povo a discernir entre puro e
impuro (Ez 22.26; 44.23), imundo e limpo (Lv 10.10), santo e profano (Ez
43.23);
a coroa de ouro deveria lembrar Helém, Tobias, Jedaías
e Hem de que devemos sempre estar intimamente ligados ao Senhor, servindo como
instrumento para que Ele opere nas vidas das pessoas através de nós.
Para ser mais exato: o sumo-sacerdote
deveria lembrar, a cada um que dele se aproximasse, da nossa entrega a Jesus a
fim de que os opressos do povo de Deus possam encontrar refúgio em nós (Is 14.32). Em outras palavras, a intercessão dos
sacerdotes através dos sacrifícios, se dava na medida em que eles entregavam
suas vidas, de modo que todos pudessem ver neles o verdadeiro motivo de
estarmos aqui.
Tudo isto, no entanto, só aconteceria
se eles ouvissem DILIGENTEMENTE a voz
do Senhor (vs 15). Ou seja, eles não deveriam ficar
esperando o Renovo colocar tudo em ordem. Antes, deveriam, desde já, preparar
seus corações para que, quando chegasse o momento de Jesus usá-los, estivessem
prontos (ver Ed 7.9; Is 40.3).
Detalhe: por 3 vezes Zacarias enfatiza:
“e sabereis que o SENHOR dos exércitos me enviou a vós”:
1º-
(Zc 2.9) -> quando Deus levantar Sua mão sobre os
babilônicos, de modo que eles viessem a ser a presa daqueles que os serviram;
2º-
(Zc 4.9) -> quando Zorobabel acabasse a construção
do templo físico;
3º-
(vs 15) ->
quando os israelitas vissem os gentios ajudando a edificar o templo (o que se deu a partir da ordem de Dario (Ed 6.6-11)
e Artaxerxes (Ed 7.12-24). Quem estava longe, no
Antigo Testamento, eram os gentios, os quais eram proibidos, não só de
participar da construção do templo (Ed 4.3), mas até
mesmo de ter contato com algum judeu (At 10.28).
Inclusive, o decreto de Dario e Artaxerxes era algo profético, anunciando o fim
da inimizade entre israelitas e gentios que se daria na cruz por meio de Jesus (Ef 2.14-16), já que obrigava gentios a ajudar os
israelitas
ZACARIAS 7 → O QUE É QUE REALMENTE AGRADA A DEUS?
Vs 1-3 →
PERGUNTA: POR QUE DEUS NÃO VALORIZA AQUILO QUE NÓS DECIDIMOS FAZER PARA
AGRADÁ-LO?
Quando o povo estava no deserto, Deus
instituiu um dia no ano (o dia da expiação, no 10º
dia do 7º mês – Lv 16.29-31), no qual o povo deveria jejuar e chorar
pelos seus pecados. Entretanto, desde que o povo foi para o cativeiro, eles
instituíram, por conta própria, um dia de jejum no 5º mês (vs 3),
o qual tinha por finalidade levá-los a não se esquecerem de Jerusalém (ver Sl 137.5), já que foi neste dia que
Nabucodonosor destruiu Jerusalém (2Rs 25.8,9; Jr 52.12-14).
É
bem provável que eles achavam que se instituíssem mais um dia de jejum, Deus se
compadeceria deles e os faria voltar do cativeiro (é bom
lembrar que, no início, eles não queriam ficar na Babilônia – ver Sl 137).
É claro que, com o passar do tempo, os jejuns do 5º e do 7º mês foram
desvirtuando, já que, agora:
Os que estavam na Babilônia não viam mais
motivos para voltar, já que haviam se instalado ali e até estavam tendo lucros
nos seus negócios (Ag 1.4,9);
Os que estavam em Jerusalém nunca se preocuparam
com o fato de esta ser a cidade que leva o nome de Deus. O interesse deles era
o de construir mansões luxuosas (Ag 1.4).
Para se desculparem, provavelmente
alegavam que os 70 anos da profecia de Jeremias (Jr
25.12; 29.10; Dn 9.2) ainda não tinham chegado (ou era
algo apenas metafórico, etc.).
Agora, contudo, considerando que o
motivo do jejum do 5º mês era a volta para Jerusalém e a reconstrução do
templo, então não havia mais motivo para jejuar. Embora o templo ainda não
estavesse pronto e muito menos os muros da cidade reconstruídos (lembre-se que foi Neemias quem os reconstruiu),
todavia, a ansiedade em abandonar o culto a Deus para servir ao mundo era tanta
que eles queriam acabar com este costume. Inclusive, note no vs 3 que o
problema não é apenas o jejum, mas o fato de se separarem do mundo para
buscarem o favor do Senhor.
Note a diferença: Daniel jejuou (Dn 9.3) por ver que a promessa de Deus estava a se
cumprir, mas o povo não estava pronto para a mesma; já o jejum do povo, era para
ter sua prosperidade material de volta.
Por isto Deus diz, mais abaixo, que eles
jejuaram para si próprios, e não para Ele (Zc 7.5,6). Note a
distinção entre vs 2 e vs 3:
No vs 2 é usado a palavra Betel para designar
casa de Deus. Isto se deve ao fato que ali estavam os líderes religiosos,
buscando a Deus do jeito deles. Note como eles ainda insistiam em cultuar a
Deus em Betel, quando o lugar escolhido por Deus era Jerusalém.
No vs 3 é usado “Casa do Senhor dos Exércitos”,
já que ali estavam os verdadeiros adoradores do Senhor.
Note como o verdadeiro servo do Senhor é
reconhecido. Enquanto os filhos de Deus não se manifestam, fica aquela agonia,
indo cada um para seu caminho (Rm 8.19-22).
Quando não existe amor pelo próximo, as
coisas de Deus parecem não fazer sentido. É o prazer de caminhar junto com
alguém em prol de algo realmente bom, verdadeiro, honesto e justo, bem como o
reconhecimento da nossa incapacidade de fazer isto, que nos estimula a buscar a
Deus. O desejo de fazer coisas, pode até unir fisicamente, mas acaba por manter
as pessoas afastadas umas das outras e o pior: até do próximo.
Ao invés de inventar obras para fazer
para Deus, trabalhe para Ele naquilo que Ele já fez na tua vida, ouvindo a voz
Dele e obedecendo-O (Jo 6.28,29).
Note como, apesar de ser apenas um dia
no ano, eles estavam cansados de serem obrigados a jejuar neste dia. Ainda mais
considerando que nenhuma resposta de Deus vinha a eles. Nos versos seguintes
Deus, então, responde com este questionamento:
Vs 4-6 →
1ª RESPOSTA: PARA QUEM VOCÊS JEJUARAM?
Deus então questiona:
“Quando jejuastes e pranteastes, no quinto e no sétimo mês, durante estes
setenta anos, jejuastes vós para mim, mesmo para mim?” (vs 5).
Na verdade, eles estavam cometendo o mesmo erro do fariseu: orando de si para
si mesmo (Lc 18.11). Ou seja, eles não estavam
buscando a justiça de Deus, mas sim a própria justiça deles. Daí Josué estar
vestido de vestes sujas (Zc 3.1-3).
Para ser mais exato:
eles falsamente transformaram o jejum em um fim intrinsicamente meritório em si
mesmo. A verdade é que, a partir do momento que a pessoa deixa de ouvir a voz
de Deus, ela passa a considerar o que ela está fazendo como um meio de se justificar,
negando, assim, o amor de Deus por si e pelo próximo.
É preciso que fique
claro que o que agrada a Deus não é estar envolvido com as coisas ou pessoas
Dele. Os religiosos é que acham que, se eles se mantiverem em contato com as
coisas de Deus, buscando em meio a isto achar a sua vida neste mundo (ver Mt 10.39), então estarão salvos.
Deus mostra que não! A
vontade Dele não é algo simples, que pode ser resumida em poucas palavras. Além
disto, ficaria parecendo que somos capazes de fazer a obra de Deus, o que não é
verdade. Lembre-se que foi a Palavra Dele que fez (e faz)
todas as coisas (Is 44.24) e as mantém (Gn 1; Hb 1.3; 2Pe 3.5).
Para ser mais claro: a
vontade de Deus não se cumpre obedecendo uma Palavra Sua, mas sim pelo
cumprimento de uma série de palavras Suas em nós por meio do Seu Espírito
Santo. Em outras palavras, é ouvindo a voz de Deus que o Espírito Santo irá nos
mover rumo à vida eterna, a saber, a Jesus (Jo 17.2) e ao
modo como Ele viveu (ver Ez 2.1,2; Fp 2.12,13).
Enfim, a obra de Deus
não consiste de momentos isolados que dedicamos a Deus (Is
58.5), mas sim de sermos gratos por cada segundo de vida, vivendo-os
como Ele quer vivê-los em nós (Gl 2.20). Ou
seja, não temos que sair inventando coisas para fazer, com a desculpa que é
para agradar a Deus. Isto é, na verdade, uma tentativa de fugir da realidade (ou, se preferir, criar uma nova realidade, virtual).
A vontade inicial de
Deus para nós já nos é apresentada na vida que Ele nos deu. Por isto nos é
ordenado amar o próximo. Se, ao invés de tentarmos fugir de onde e de quem Ele
colocou para nós, procurarmos aquilo que Ele pretende fazer em nós e através de
nós, confiando Nele tal como uma criancinha enxerga tudo que precisa no pai,
estaríamos do jeito que Deus nos quer.
Vs 7-14 →
2ª RESPOSTA: ATÉ QUANDO VOCÊS VÃO IGNORAR O QUE DEUS FALOU POR MEIO DOS
PROFETAS?
Só existe uma forma de agradar a Deus:
amando a Deus e ao próximo como a si mesmo:
Dando ouvidos à voz Dele (vs 7;
Jr 7.23);
Executai juízo verdadeiro (vs 9;
Zc 8.16),
Mostrai piedade e misericórdia cada um a seu
irmão (vs 9; Mq 6.8; Mt 23.23);
Não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o
estrangeiro, nem o pobre (vs 10; Êx 22.21,22; Dt
24.17; Is 1.17; Jr 5.28);
Nem intente o mal cada um contra o seu irmão, no
seu coração (vs 10; Zc 8.17; Lv 19.18; Sl 36.4; Mq 2.1).
Nada de ficar imaginando o mal.
A vontade de Deus se resume tão somente
nos dois mandamentos de Jesus. Quando alguém, sem qualquer disposição de cumpri-los,
decide caminhar rumo ao céu, então cria uma religião, como se, através do
cumprimento de um determinado número de regras, ele pudesse ser considerado
justo e, assim, reivindicar um lugar para si no céu.
Esquecem do que Deus disse para Balãão (Nm 23.19): que a Palavra que Deus pregou pelo
ministério dos profetas continuava valendo (vs 7; Mt 5.17).
Ele não muda (Ml 3.6; Hb 13.8). Eles não entendiam
que o que realmente importa não é o cumprimento de um monte de regras
cerimoniais vazias, tampouco de regras sobre como conseguir as coisas sem
prejudicar o próximo. O verdadeiro deleite da pessoa na lei (Sl 1.1,2) deve ser o de tomar conhecimento de como
Deus pretende nos usar para ajudar o próximo. A lei é o instrumento, não para
defendermos nossos direitos, mas sim para nos livrarmos de nós mesmos (nos livrar de tomarmos decisões erradas). O
verdadeiro espírito da lei é para quem já é livre (daí ser
chamada da lei da liberdade – Tg 1.25), a saber, para quem já morreu
para si mesmo (Rm 6.1-4). Até então, a única
utilidade dela é matar nosso ego (Rm 7.7-11).
A lei não é aquilo que devemos obedecer
para termos nossos desejos atendidos, mas sim a prova da necessidade que temos de
abrirmos mão do que desejamos para que Jesus possa se manifestar (2Co 4.10,11).
Contudo, a falta de disposição em amar o
próximo, nos deixa incompletos e insatisfeitos, o que leva os rebeldes a
rejeitarem o jugo leve de Jesus (Mt 11.28-30; Is 8.6),
tal como faz um burro de carga (Ne 9.29,30; Is 6.10; Jr 7.24,26;
Ac 7.57; 2Cr 36.16; Dn 9.11). Lei por lei não tem significado algum (ver Is 28.10,13). Não se busca a Deus por meio de
leis. Mesmo porque Deus não se busca; antes, prepare-se o coração (e não apenas o exterior, a saber, com atitudes) para
recebê-lO (Ed 7.9,10; Is 40.3; 55.6,7; 62.10; Ed 3.20).
Como? Procurando ajudar as pessoas. Quando assim fazemos, a lei vai apontando
para nossa impossibilidade de fazer algo bom sem Jesus (Rm
3.9-18; Gl 3.24).
Os que são salvos não são aqueles que
chamam a Deus de Senhor para terem como satisfazer seus desejos, mas sim
aqueles que fazem a vontade do Pai (Mt 7.21-23).
Apenas a estes é que Deus faz ouvir Sua voz salvadora (Jr
5.24,25). A salvação consiste em Jesus falando conosco e o Espírito
Santo cumprindo em nós o que Ele acabou de dizer (ver Ez
2.1,2).
Afinal, para que Ele vai falar, se a
pessoa se recusa a ouvir? Daí Ele não ouvir, ou seja, responder às orações das
pessoas (vs 13; Pv 1.24,28; Is 1.15; Jr 11.11; 14.12; Mq
3.4). Não é que Ele não queira. Mas, ainda que Ele responda, a
pessoa não irá aceitar a resposta ou irá interpretá-la do modo que lhe convém (tal como eles fizeram com a profecia dos 70 anos, usando-a como
desculpa para deixarem a construção do templo para depois).
Foi o que aconteceu com Israel.
? Eles,
porém, não quiseram atender e, rebeldes, me deram as costas e ensurdeceram os ouvidos,
para que não ouvissem. Sim, fizeram o seu coração duro como diamante, para que
não ouvissem a lei, nem as palavras que o SENHOR dos Exércitos enviara pelo seu
Espírito, mediante os profetas que nos precederam... ” (vs 11 e
12).
Por isto é que a grande ira do SENHOR
dos Exércitos veio (vs 12),
espalhando a todos por entre a nações que eles nunca tinham conhecido (conforme disse que aconteceria em Dt 4.27; 28.33,64; Ez 36.19;
Zc 2.6). Trata-se da operação de Deus para remover o coração de
pedra e criar um coração de carne (Ez 11.19; 36.26).Eles
próprios foram responsáveis por ter a terra prometida se tornado uma desolação (vs 14; Lv 18.25). A culpa da diáspora e da desolação
não era da Assíria ou Babilônia, mas sim de Israel (Os
14.1). No que eles acolheram a Babilônia dentro deles (suas ideias, deleites, etc.), a terra de Israel, que
deveria ser desejável (como ela era desejável para
Deus – Jr 3.19), já não era desejada por ninguém.
Além disto, já que a Babilônia estava
dentro deles, nada mais indicado do que eles irem para o lugar apropriado para
eles. Não podemos esperar que Deus nos dê algo, sabendo que, logo iremos
desvirtuar tal coisa.
Afinal, de que serve uma bênção ou religião
que não mostra quem realmente Deus é? Trata-se de buscar a Deus, não para saber
a vontade de um Deus bom, justo e perfeito, mas sim para tentar convencer um
deus mau, injusto e cheio de defeitos a fazer aquilo que achamos merecer e ser
correto. É lógico que nada dará certo.
ZACARIAS 8 → A IMPORTÂNCIA DE HAVER UMA REFERÊNCIA DE VERDADE E SANTIDADE
Vs 1 a 8 →
DEUS PROMETE FAZER DE JERUSALÉM UM MODELO DE VERDADE E SANTIDADE
De acordo com o vs 6, vemos que a fé e
a esperança tinham morrido no coração de quase todo o remanescente fiel. Para
eles, era difícil acreditar na libertação do cativeiro e na reconstrução de
Jerusalém. Quão dirá acreditar que Jerusalém poderia ser uma cidade pura,
santa, verdadeira, onde Deus pudesse habitar plenamente e manifestar Sua glória
através do Seu Espírito Santo por todo o mundo.
Essa incredulidade, todavia, revela a
ingratidão no coração deles. Como eles poderiam avaliar o poder de Deus como
algo tão pequeno, sendo que eles tinham acabado de experimentar um verdadeiro
milagre? Afinal, quantas vezes você já ouviu falar de um governante libertando
seus escravos a troco de nada (Is 45.13)? Foi o
que Ciro fez.
Daí toda incredulidade ser considerada
rebeldia. Eles, no fundo sabiam que não há impossíveis para Deus (Gn 18.14; Lc 1.37; 18.27). Todavia, colocar Deus
como mentiroso (ver Gn 6.5; 1Jo 5.10) ou condená-lO (Jó 40.8) foi a forma de tentarem justificar suas más
ações, culpando Deus de abandonar Seus filhos ou acusando-O de imperfeição.
Para animá-los a sair da Babilônia e a
tomarem posse novamente da terra que Deus lhes deu, Ele, mais uma vez, reforça
ao povo de Israel Seu amor por Jerusalém (vs 2), bem como
Seu interesse em fazer, dela, a Sua morada (vs 3). Não se
tratava de um mera cidade, mas um referencial de Verdade e de Santidade (vs 3), bem como do benefício destas: morte precoce
sendo uma raridade (vs 4), crianças
podendo ter tranquilidade e prazer em conhecer o que Deus fez para todos nós (vs 5) (um contraste do que Deus
disse que faria em Jr 6:11; 9:21). Isto podia
parecer inacreditável (e até hoje parece! – ver Hb
2.8), já que o cativeiro parecia indicar a rejeição total de Deus (vs 6). (Sem contar que aqueles dias
– vs 6 – eram os dias das coisas pequenas). Contudo, as promessas de
Deus, em momento algum, são para trazer conforto à carne, mas sim ao espírito,
pelo privilégio de viver o amor puro, santo, e verdadeiro de Deus sem ameaças.
Contudo, o profeta mostra que a grande
indignação de Deus era a prova do imensidão do zelo de Deus para com eles (vs 2; Na 1.2; Zc 1.14). Ele toma vingança contra os
Seus adversários, começando por aqueles que, dentre os filhos de Israel, faziam
aliança com pessoas ímpias ou seus deuses (ver 2Cr 19.2; Dt 7.1-4; 13.1-4).
Deus promete salvar o povo, libertando-os
do cativeiro (vs 7) e trazendo-os de volta a
Jerusalém, mas para poder recebê-los como Seu povo amado (vs 8).
Repare como a salvação está intimamente ligada à Sua presença viva (Zc 1.16). Jerusalém seria o monte do Senhor (2.2,3), o monte santo (Is
1.21,26; Jr 31.23) porque Ele, em pessoa estaria no meio dela (vs 3).
Não existe segurança longe do Senhor.
Como pode haver segurança longe do amor? Note como a paz está ligada à
obediência aos mandamentos (Dt 4.40) e a
longevidade, ao 5º mandamento (Êx 20.12; Ml 4.6; Ef 6.2,3).
Como até hoje isto não se cumpriu, logo tal promessa se refere ao milênio (Is 65.20,22).
Além disto, uma vez que Israel foi levado
para a Assíria e Judá, para a Babilônia, não tinha sentido falar em trazer o
povo do oriente e do ocidente (vs 7), muito
menos do norte ou do sul como se acha registrado em outras profecias (Is 11.11,12; 43.5,6; Ez 37.21; Am 9:14,15). Logo, isto se refere à diáspora que aconteceu no
ano 70 D.C. quando a tropas do general Tito invadiram Jerusalém e destruíram
tudo, espalhando os judeus por toda a parte.
No milênio, Deus trará todos os
israelitas de volta para sua terra e eles serão o Seu povo, e Ele será o Deus
deles, em verdade e em justiça (vs 8; Jr 4.2; 30.22; 31.1,33).
Verdade e justiça são sempre pontos de
extremo destaque no amor ao próximo.
Vs 9 a 17 →
A DIFERENÇA QUE O FUNDAMENTO DO SENHOR FAZ NA VIDA DAQUELE QUE CRÊ
Uma das razões do desânimo era o fato de
as coisas estarem dando errado (vs 10):
Não houve aluguel de homens;
Nem aluguel de animais;
Nem havia paz para o que entrava, nem para o que
saía, por causa do inimigo;
Deus então explica o motivo pelo qual
Ele pensou em fazer mal a eles (vs 13), incitando
a todos os homens, cada um contra o seu companheiro (vs 10),
fechando os céus e a terra e fazendo deles uma maldição entre as nações (vs 13). Eles deixaram de:
falar verdade cada um com o seu companheiro (vs 16; Zc 8.19; Ef 4.25);
executar juízo de verdade e de paz nas suas
portas (vs 16; Zc 7.9);
pensar o bem no seu coração em favor do seu
companheiro (vs 17; Pv 3.29; Zc 7.10);
amar o juramento verdadeiro (vs 17);
Mesmo sabendo que isto entristecia e
irritava o coração de Deus (vs 14,17), eles
insistiram em proceder mal.
Agora, porém, Ele estava prometendo fazer
bem de novo a Jerusalém e à casa de Judá (vs 15):
Salvando-os e fazendo deles uma bênção (vs 13);
Fazendo a semente deles prosperar (vs 12)
Fazendo a vide dar o seu fruto e a terra dar a
sua novidade (vs 12)
Fazendo os céus darem o seu orvalho (vs 12);
Logo, ao prometer que o povo herdasse
tudo isto (vs 12), Ele não estava prometendo
apenas a reconstrução de uma cidade. Antes, estava profetizando uma Jerusalém
completamente nova e repleta de bondade e misericórdia. Urge ressaltar que,
quando Deus abençoa alguém, todos os que dele estão próximos, são abençoados (ver Gn 39.3,4,21-23). Mas para isto, era preciso que
eles esforçassem suas mãos (vs 10 e 13) a fim
de terem o cuidado de cumprir todo o amor a Deus e ao próximo pronunciado pela
boca dos profetas (vs 10; Js 1.6-9).
Resumindo: a partir do momento que o
fundamento da casa do Senhor (amor a Deus e ao próximo)
fosse recolocado, eles poderiam dar ouvidos às palavras dos profetas e se
esforçarem porque então, certamente, tudo iria contribuir para o bem daqueles
que amam a Deus (Rm 8.28). Antes, as palavras dos
profetas não surtiam efeito porque não havia disposição para amar. Eles queriam
a restauração de Israel, mas não o reinado do Criador (ver Mt
21.38,39; Lc 19.14).
Note como, todos aqueles que ouviram as
palavras ditas pelos profetas Ageu e Zacarias na ocasião em que foram postos os
fundamentos da casa do Senhor (para que o templo fosse
edificado) (vs 9) não estavam
com as mãos fortes (ou seja, com a devida disposição
mental - 2Sm 16.21). Ou seja, embora Ageu e Zacarias já tivessem
profetizado algo semelhante anos atrás, somente agora é que tais palavras
ganharam força.
O motivo disto é que, enquanto eles não
perceberam o quão inútil é tentar ser feliz na terra prometida, sem seguir a
direção de Deus (vs 9,10; Ag 2.15-17), eles estavam com
o coração na suas coisas materiais (como na época de Jeremias -
Jr 12.2. Nada tinha mudado até então). Daí Deus permitir toda sorte
de fracasso (vs 10; Ag 1.10).
Contudo, a partir do momento que eles
se dispuseram a batalhar para que a casa do Senhor viesse a existir nos
corações, Deus promete não ser como nos primeiros dias (vs 11).
Nestes dias, a construção de templo físico era algo meramente ritualístico, não
uma realidade a ser vivida por cada cidadão (daí as
instruções de Zc 7.9,10; 8.16).
Como haver sementeira de paz (vs 2), quando cada um corre após seus interesses? De
que adianta a terra produzir com fartura, quando não há disposição em repartir (como Ele deseja – ver vs 12; Os 2.21,22; Jl 2.22)?
Só para ficar vendo com os olhos (Ec 5.11) a
ferrugem, os vermes e traça tomarem conta de tudo (Tg 5.2,3)?
Quando algo não é usado para o bem, fatalmente será usado pelo mal (por exemplo, para servir de alimento a criaturas nocivas).
Quando nos dispomos a construir a casa
de Deus, aí Ele tem condições de nos salvar e fazer de nós uma bênção (vs 13; Ag 2.19; como Ele prometeu a Abraão – Gn 12.2,3).
Não é que Ele não queira se mostrar puro e benigno. Entretanto, a corrupção no
coração faz com que a pessoa enxergue os benefícios de Deus como algo maligno,
castigo, etc. (daí Sl 18.25,26).
Agora fica fácil entender o motivo pelo
qual Deus não se arrependeu do mal que permitiu na vida do povo de Israel (vs 14; Jr 31.28).
O interessante é que as pessoas acham
que a melhor coisa é encontrar pessoas abençoadas, quando, o segredo, é ser uma
bênção, tanto ao entrar como ao sair (Dt 28.6), tanto
no campo quanto na cidade (Dt 28.3). Isto
significa que as pessoas nos receberão como se fôssemos a melhor coisa do
mundo, como se fossem elas as privilegiadas por nos receberem (mais do que nós a elas). E na verdade, quando a
pessoa entende que mais bem-aventurada coisa é dar do que receber (At 20.35) realmente assim será (ainda
mais quando se faz por amor a Cristo – Mt 10.42).
Muito melhor do que ser um problema ou
ameaça para todos (como em Jr 24.9,10; 29.18; 42.18),
alguém de quem as pessoas querem se livrar, é ser motivo de bênção onde estamos
(como em Gn 48.20; Is 19.24,25; Zc 8.23; Mq 5.7; Sf 3.20).
As pessoas até hoje ainda não
entenderam que, o que faz com que realmente nos sintamos amados, é quando as pessoas
nos completam naquilo que é a vontade de Deus para nós.
E agora que Deus prometera fazer bem
novamente a Jerusalém e Judá, eles não precisavam mais ter medo de obedecer a
Palavra de Deus e amar o próximo (vs 15; Js 1.6-9,18).
Vs 18 a 19 →
O PRAZER EM CONVERTER A ALEGRIA EM TRISTEZA (Tg 4.8,9) POR SABER QUE É COM A TRISTEZA
DE ROSTO QUE SE FAZ MELHOR O CORAÇÃO (Ec 7.3)
Se o povo de Israel amasse a verdade e a
paz (vs 19), eles teriam enorme prazer em
buscar no Senhor reconhecer suas falhas (ver Sl 139.24,25),
a fim de que não viessem a maltratar o próximo em virtude da sua ignorância (daí Os 4.6) ou contribuírem, seja por omissão ou
ação (seja por ajudar no que não deve ou prejudicar),
para a vinda do juízo de Deus sobre eles.
Assim, eles não precisariam ter o
trabalho de instituir dias em memória das tragédias (já que
as mesmas não existiriam). Note como 4 datas marcaram o povo do
cativeiro:
10º mês – do 9º ano do reinado de Zedequeias, os
babilônios cercaram Jerusalém (2Rs 25.1,2);
4º mês – no 11º ano do reinado de Zedequias, a
cidade é arrombada, o rei é preso e seus filhos morrem diante dele (2Rs 25.3-7);
5º mês - do ano que deveria ser o 11º do reinado
de Zedequias, Jerusalém e seu templo são destruídos, os muros derrubados e muitos
são mortos pelos babilônicos (2Rs 25.8-22);
7º mês - do ano que deveria ser o 11º do reinado
de Zedequias, Ismael e seus comparsas assassinam Gedalias, contribuindo com a
rebeldia do povo em ir para o Egito (2Rs 25.23-26; Jr 42.19-22; 43.2-7;
44.11-14,26-30).
E o pior é que, no que nos aprofundamos
no pecado, além de instituirmos uma série de rituais sem sentido, não somos
incapazes de enxergar o erro que estamos cometendo (Is
44.19,20).
Amar a verdade e a paz que Deus quer
manifestar em nós é o requisito para que possamos experimentá-la em nós. Quem
se endurece no pecado, não tem como ver a bênção de Deus na sua vida. Entenda:
é errado pensar que Deus depende da nossa bondade para nos abençoar (ou, se preferir, a bênção de Deus não está firmada nos nossos
méritos – Ef 2.8,9). Todavia, temos que estar dispostos a ver a
bondade do Pai se manifestar em nós (ver Rm 12.1, onde o culto
racional implica em oferecer o corpo a Deus a fim de que Ele possa usar de
compaixão com todos).
Se assim todos procedessem, não haveria
lugar para dias de jejum (tristeza – Mt 9.14,15),
já que o Pai estaria sempre. Aqueles dias que deveriam ser de jejum, seriam
celebrações de alegria (ver Is 35.10) (ainda mais nos dias de hoje, quando o pecado foi perdoado por
Cristo na cruz - Rm 4.25).
Vs 20 a 23 →
MAIS UMA PROMESSA: AS NAÇÕES IRIAM ATÉ OS JUDEUS A FIM DE OS INCENTIVAREM A BUSCAR
AO SENHOR, E ISTO EM JERUSALÉM.
Em contraste com o
remanescente pequeno e fraco de Israel (Rm 9.27), muitos
povos e poderosas nações viriam a buscar e suplicar o favor do Senhor em
Jerusalém (vs 22). E considerando que a orla (franja) na veste de um judeu tinha por finalidade
lembrá-lo dos mandamentos do Criador (Nm 15.38,39; Dt 22.12),
o fato de os gentios pegarem nesta orla (vs 23) a fim de
ir com eles buscar ao Senhor (ver Is 19.23-25),
implica no desejo deles em servir a Deus com fidelidade.
Inclusive, é a certeza
de que o próprio Deus estará no meio de Jerusalém (vs 2 e
3) e que a lei sairá dali (Is 2.3; Mq 4.1,2)
que os estimulará a irem até os judeus (vs 3; tal como, hoje, é a
certeza de que Deus é conosco que estimulará incrédulos a reconhecerem Jesus
(1Co 14.25)).
Na verdade, estes homens de todas as
línguas (Is 28.11), ao pegarem na orla da veste
do judeu, estarão sendo usados para os estimularem a confiar mais no Senhor (vs 23), não só quando tudo se cumprisse, mas até
mesmo na vida daqueles, a cujos olhos tudo isto não passava de promessas
distantes. Ou seja, o simples fato de termos uma promessa deve ser motivo de
alegria para nós (mesmo que seu cumprimento venha se dar na vida de
nossos descendentes – Hb 11.13-16,39,40; 1Pe 1.10-12).
Daí Deus revelar que chegaria o tempo em
que o desejo de buscar o Deus vivo seria tão grande que os habitantes de uma
cidade iriam até mesmo estimular os da outra a irem depressa a Jerusalém
(vs 22) suplicar o favor do Senhor e buscá-lO (vs 21). A ideia era incentivar Israel a desejar que
o nome de Deus fosse preservado. Ainda mais diante da responsabilidade que
viria: a de que eles fossem referência para buscarem a Deus (vs 23).
Isto significa que Deus pretendia
transformar o coração dos judeus. Em outras palavras, não só Jerusalém seria
reconstruída e tida como referência de verdade e santidade (Zc 8.3),
mas os próprios judeus seriam um testemunho vivo de quem é Deus.
Embora esta convocação
“vamos depressa suplicar o favor do SENHOR” (vs 21),
no milênio, possa ser sinal de zelo ardente para não perder nem um til ou
vírgula do que Deus tem para falar ou fazer (Mt
5.18), na atual dispensação, isto não procede.
O fato de, no vs 21
ver-se muitos gentios, após terem convertido a si mesmos, tentando converter
outros (algo em voga nas igrejas), não é prova
de fé. A verdadeira obra de Deus não consiste no desejo de fazer o bem. Antes, está
firmada no prazer imenso em estar com Jesus, a ponto de segui-lO por onde quer
que Ele vá (Jr 2.2; Mt 16.24); crendo Nele (Jo 6.28,29), e não na nossa capacidade em usar os
recursos do mundo para convencer a tantos.
Não cabe a nós ver
pessoas sofrendo (lembre-se de que foi, ao ter os olhos abertos,
que Adão caiu – Gn 3.5). Temos que ver apenas o que Deus nos mostra (mesmo porque a conversão vem do Espírito Santo – Jo 16.8).
ZACARIAS 9 → JERUSALÉM É O LOCAL ONDE OS QUE CREEM RESPLANDECERÃO A LUZ DE CRISTO E EXPERIMENTARÃO A PAZ
Vs 1 a 8 →
É INÚTIL AJUNTAR RIQUEZAS E ADQUIRIR FORÇA SEM A APROVAÇÃO DE DEUS. NO FINAL,
TUDO IRÁ PARAR NAS MÃOS DO QUE SE AGRADAM DO SENHOR (Sl 37.4; Ec 2.26)
O fato de toda a terra e Sua plenitude
pertencer ao Senhor (Sl 24.1) e do Pai
ter dado a Jesus poder sobre toda a carne (Jo 17.2), mostra
o interesse de Deus em dar vida eterna a todos. Inclusive, ao afirmar “eu formo
a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal...” (Is
45.7), Deus está dizendo que, apesar da maldade dos ímpios, Ele os
usa para manifestar Sua bondade, de modo que eles tenham oportunidade de
enxergar o quão boa ela é. Por isto os olhos Dele estão sobre todos,
principalmente sobre Seu povo (vs 1).
Tudo que Ele faz é pensando naqueles que
são Dele (Jo 17.9). Para isto, Ele trabalha Sua
punição sobre os vasos de ira (vs 1 e 2; Rm 9.22,23 Pv
16.4): a fim de que os vasos de misericórdia aprendam o valor do
caráter e palavra de Jesus.
Ele usa a vida dos ímpios para salvar,
transformar e ministrar na vida dos justos (Is 43.3,4) e, ao
mesmo tempo, proporcionar condições para que alguns venham a se arrepender,
converter e, assim, fazer parte do povo Dele (vs 7).
Aqui, por exemplo, o despojar de
riquezas, o aniquilamento de toda a soberba (quem
constrói fortalezas é porque deseja salvar a si mesmo) e a
destruição pelo fogo (vs 3,4) seriam usados
para mostrar a todos o resultado de se confiar em potências mundiais. Note
como, ao ver a destruição de Tiro, a Filístia teme e sente dores. E tudo isto
por quê? Por que sua esperança estava depositada no poder e riquezas de Tiro.
Por não ter investido no seu povo, agora
a Filístia seria governada e habitada por bastardos (vs 6).
Aliás, é isto que a elite global faz. Através da UNESCO e da mídia, promove o
emburrecimento global. Com isto, fica fácil manipular o povo para eleger
aqueles que eles desejam que governem (a saber, pessoas leigas,
analfabetas e despreparadas, que são fáceis de se manipular). O
anticristo, por exemplo, será alguém do povão que subirá ao poder com o apoio
de 10 das 13 famílias mais ricas do mundo (Dn 11.23; Ap 17.16,17).
As pessoas têm a ilusão de que o anticristo é alguém poderoso por si mesmo, o
que não é verdade (Dn 8.24). Note
que:
§
Ele precisa do dragão (Ap 13.4)
e da elite global (Ap 17.16,17) para
ter poder;
§
Ele necessita do apoio de um falso profeta (pastor) para se tornar um ídolo diante de todos (Ap 13.13,14);
§
Ele é obrigado a ver 3 dos 10 membros mais ricos
e poderosos da elite global que o elegeu caírem, sem poder fazer nada (Dn 7.8). É bom provável que foram os outros 3
membros da elite que os derrubou para poder ocupar o lugar dele no grupo dos 10
(perceba que os 10 chifres permanecem no poder durante a última
hora (7 últimos anos). A única explicação para 10–3 continuar sendo igual a 10
é se o grupo for composto de 13, mas os 3 dissidentes derrubarem 3 do grupo
para poderem ocupar seu lugar).
Infelizmente, o ser humano perdeu tanto
seu valor na sociedade que ninguém pensa mais em investir no ser humano. A
verdade é que, quando a segurança vem da confiança nos bens deste mundo, não
nos preocupamos em crescer internamente e no conhecimento de Deus (nem em estimular isto nas pessoas). E a partir do
momento que a bondade e a misericórdia de Deus que nos segue (Sl 23.6) não alcança os que nos aflige, promovendo a
reconciliação entre nós e Deus através de Sua Palavra, vamos nos tornando
prisioneiros da fortaleza que construímos.
Em outras palavras, ao invés de impedir o
mal de chegar a nós, o que a fortaleza impede é o amor de Jesus em nós alcançar
as pessoas, o que faz de nós pessoas bastardas em virtude de não
experimentarmos a correção de Deus na nossa vida (ver Hb
12.5-11). Ou seja, quem foge dos problemas, está fugindo da
possibilidade de ser feito filho de Deus (ver Jo 1.12; 2Co 4.10,11).
Perceba em quê a destruição de Tiro
resultaria:
na morte do rei de Gaza (vs 5);
na assolação de Ascalom (vs 5);
no povoamento de Asdode com pessoas desregradas (vs 6);
no fim da soberba dos filisteus (vs 6);
no fim dos sacrifícios idólatras e da
alimentação abominável (vs imunda) (vs 6).
Em outras palavras, a maior parte dos
gentios seria destruída e o restante se converteria ao Deus verdadeiro (o que lembra Mq 7.16,17), a ponto de serem exemplos
a serem seguidos (líderes) em Judá.
Inclusive, isto, bem como o ato de fazer
de Ecrom como um jebuseu (vs 7) (lembre-se que Jebus passou a ser chamada Jerusalém após ser
conquistada por Davi) e do fato de Deus se acampar ao redor da casa
Dele (Israel) para defendê-la (vs 8) era mais uma prova de que Deus queria Israel
na terra que Ele lhes prometeu.
Em suma, Deus aqui estava decretando a
destruição das potências mundiais, com o fim de acabar com toda a confiança dos
gentios no poderio militar delas e, deste modo, transformar o remanescente,
conduzi-los à adoração ao verdadeiro Deus na terra de Judá, a fim de que Israel
não tivesse dúvida da necessidade de voltar para a terra deles.
Quando a Escritura Sagrada menciona “peso
do Senhor” (vs 1), está se referindo ao peso que
cada ser humano representa na vida do seu próximo quando o Criador os deixa (Jr 23.33). Logo, quando o mandamento diz para não
sermos pesados a ninguém, está se referindo a termos em nós o amor de Deus pelo
próximo (1Ts 2.6-8).
Hadraque, Damasco, Hamate, Tiro, Sidom,
Gaza, Asquelom, Ecrom e Asdode fazem parte da terra que Deus prometeu dar a
Abraão e seus descendentes (Gn 15.18-21; Êx 23.31).
Daí o juízo de Deus vir: para dar aos Seus a oportunidade de glorificar Seu
nome no lugar que Ele lhes deu (vs 1).
Os olhos do Senhor estavam sobre todos os
homens destas terras e das tribos de Israel e só não havia pelejado em favor de
Israel porque este se achava em pecado (o julgamento começa primeiro
por aqueles que são Dele – 2Co 10.6; 2Ts 1.5-6; 1Pe 4.17-18). Mas
isto não muda o fato de que, a partir do momento que insistimos em manter
conosco algo que não é para nós, com certeza isto nos trará problemas e, no
final, não permanecerá conosco (Hc 2.6-13).
Daqui pode-se concluir 2 coisas:
Não podemos desistir do que Deus nos deu (ver Nm 14.40);
Não podemos ir atrás do que não é para nós,
muito menos insistir em manter isto conosco.
O peso estava sobre Hadraque e sobre
todos que lhe permitiam repousar (Damasco) ou que
faziam aliança com ela (Hamate), o que
ensina que não podemos ajudar ninguém a prosperar na sua maldade (2Cr 19.2; Pv 17.15; Sf
1.9).
O peso viria sobre Tiro e Sidom, apesar
da sabedoria deles ser mui grande (Ez 28.3). Em
outras palavras, mesmo com tanta sabedoria, eles não foram capazes de evitar
que a maldição caísse sobre o país deles, de modo que ninguém se tornasse um
terror para si mesmo e para os outros (ver Jr 20.3,4; Ez 4.16,17).
Isto porque, eles tinham sabedoria apenas para construir fortalezas a fim de
manter seguro as riquezas que conseguiram empilhar à força, à custa do
sofrimento dos outros (como se vê em - vs 3; Jó 27.6; Ez 28.4,5; 38.12).
Isto deveria ensinar a Israel que os
métodos empregados pela Babilônia (e suas filhas, tais como
Tiro) para se enriquecer, no final acabariam fazendo deles pessoas
despojadas (vs 4), enfraquecidas e consumidas pelo
fogo (vs 4) ou ferrugem (Tg 5.3).
Seja pela astúcia (estratégia) ou
violência, o fato é: se a bênção não vem do alto descendo do Pai, com certeza
não é boa, nem perfeita (Tg 1.16,17).
Inclusive, é
bom esclarecer que a destruição de Tiro não era apenas para puni-la, mas
principalmente para abalar os alicerces das nações vizinhas (em particular, os filisteus) que, como ela, além de
estarem usurpando o que Deus deu a Israel, faziam uso da idolatria,
prostituição, violência e sagacidade:
Gaza e Ecrom deveria sentir grade dor (obviamente eles lucravam muito por meio de Tiro e, com sua
queda, a esperança de lucro seria iludida – ver vs 5; At 16.20,21);
O rei de Gaza deveria morrer (com certeza havia aliança militar entre eles – vs 5);
Asquelom deveria ver e temer (vs 5) e, caso isto não acontecesse, não permaneceria
sendo habitada. É bem provável que, de todas as cidades filisteias, esta fosse
a que mais se apegou a Tiro, de modo que foi como se a destruição de Tiro
tivesse também incluído a destruição de Asquelom. Com certeza a cidade ficou
arrasada, como se ela tivesse sido atacada diretamente pelas tropas militares;
Povo bastardo haveria de habitar em Asdode. Como
eles se misturavam muito com Tiro (casando e dando-se em
casamento, seja físico, político ou religioso), não haveria ninguém
genuinamente asdodita que pudesse se interessar verdadeiramente por Asdode, mas
apenas mestiços que acabariam voltando suas raízes para os estrangeiros (como fazia Israel na profecia – Ez 17.6,7), dando-lhes
todas as riquezas que deveriam ser usadas em prol do povo (1Rs
15.18, 2Rs 16.8; 2Rs 15.19,20; 18.15; Na 3.17; Is 30.6);
Detalhe: o fato de Deus ter feito de
Israel o instrumento da Sua ira (para desapossar as nações
más de suas terras – ver Gn 15.7,13-16), mostra o quanto não é bom
tomar à força o que é dos outros, mesmo quando Deus assim ordena como juízo.
Deus deu a Israel a terra que era para
ser dos descendentes de Canaã para nos ensinar que o pecado jamais funciona, por
mais que Ele queira nos abençoar.
Enfim, ao atingir estas 4 cidades
filistéias (que, junto com Gate, constitui a pentápolis
filisteia na costa do Mar Mediterrâneo), o objetivo de Deus era
exterminar a soberba dos filisteus (vs 6) que afetava
Judá fortemente. A carne que eles sacrificavam aos ídolos e depois a comiam com
sangue (vs 7), muitas vezes induzia Israel ao
pecado (como se deu em Baal-Peor, na terra de Moabe – Nm
25.1-3).
Entretanto, ao dizer que os filisteus
ficariam como um restante para Deus, Ele estava mostrando para Israel que não
eram eles que tinham de mudar, mas os povos pagãos (Jr
15.19). Ainda mais considerando que os filisteus seriam como chefes
em Judá, ou seja, além de não ser uma adoração robótica (como se
dá com o povão), o estilo da verdadeira liderança consiste em ser
exemplo para o povo de Deus (vs 7). Note,
inclusive, que Jesus não opera no ajuntamento, mas onde há 2 ou 3 reunidos no
nome Dele (Mt 18.20). Isto porque, quando há
ajuntamento, a maioria está se comportando como HD de computador, ao invés de
ser um instrumento ativo nas mãos do Pai para ministrar ao próximo aquilo que
Ele deseja.
Detalhe: líder tem que ser o último,
pois apenas assim ele terá condições de organizar os demais. O líder é o que se
dispõe a olhar por todos, a fim de que cada um esteja no seu devido lugar e
fazendo a coisa certa.
Apenas Ecrom iria se tornar como um
jebuseu (vs 7) que, no final, acabaram sendo
incorporados aos judeus (ver 2Sm 24.16)
como escravos (1Rs 9.20,21).
Seja como for, uma coisa era para estar
certa: Deus iria transformar o coração do restante dos filisteus e torná-los
parte do Seu povo em Israel. Inclusive, é por isto que Deus promete acampar ao
redor da Sua casa (as pessoas que são Dele)
para defendê-la dos militantes: Deus não queria que os mesmos continuassem
fiados nos poderes deste século, mas entendessem que, para Deus (2Pe 3.8):
Um dia é como mil anos, ou seja, Ele é poderoso
para fazer coisas enormes demais para nosso entendimento (Ef
3.19,20) a partir de algo tão pequeno;
Mil anos como um dia, ou seja, não importa o
quão imensurável e inatingível sejam os poderes deste mundo, Deus pode
reduzi-los a cinzas a serem pisadas pelos nossos pés (Ml 4.3).
Deus é capaz de fazer, em um dia, o que
nem mesmo o melhor dos seres vivos seria capaz de realizar em mil anos (Sl 90.4). Uma vez que, agora, Deus iria implementar
a fase em que Ele veria a maldade dos gentios com os Seus olhos (vs 8), não havia mais motivo para ficarem na
Babilônia, muito menos correndo atrás dos seus próprios negócios.
Resumindo: era perda de tempo ficar correndo
atrás de bens e tentar mantê-los (ver Ag 1.6-9). No
final, o juízo viria, não só contra os injustos, mas àqueles que, direta ou
indiretamente, contribuíssem para que eles fossem prósperos. Ao invés de correr
atrás do que Deus não deu, eles deveriam ser gratos por aquilo que Ele lhes
dera, por mais humilde que parecesse. Afinal, a verdadeira proteção e provisão
vem de Deus (Sl 127.1,2; Zc 2.5;9.8). Sem Ele, nada
neste e deste mundo faz sentido ou tem proveito real.
Vs 9 a 10 →
O MESSIAS REINARÁ SOBRE ISRAEL, MAS EM JERUSALÉM (E NÃO NA BABILÔNIA); E ISTO, ATRAVÉS DA
PROMOÇÃO DA VERDADEIRA PAZ, E NÃO DE ACORDOS ILUSÓRIOS PARA SACIAR A CARNALIDADE
DAS PARTES ENVOLVIDAS QUE, NO FINAL, SÓ ENFATIZAM A SEPARAÇÃO
Aqui a profecia atinge o ápice, onde o
Deus vivo, em carne e sangue, promete ir a Jerusalém e reinar sobre todo o
Israel (vs 9), salvando-os com Sua justiça.
Todavia, embora descendente de Davi, Ele viria humilde, montado em um
jumentinho emprestado (vs 9; Lc 19.30-35)
e mais: a libertação de Israel ocorreria mediante a destruição de todo o
poderio, tanto de Israel quanto de Judá (vs 10; Dn 12.7).
Em outras palavras, Israel iria dominar, não através da força e violência (Zc 4.6), mas através do aumento do principado e da paz
do Messias (vs 10; Is 9.7); em outras palavras,
após serem convencidos do pecado, da justiça e do juízo pelo Espírito Santo (Jo 16.8). Quando isto acontece, os carros de guerra
são destruídos simplesmente porque não há necessidade deles. A pessoa enxerga
que violência é pecado, independente do motivo pelo qual se está a fazer uso
dela, além de compreender que ninguém será capaz de fortalecer a sua vida com a
sua iniquidade (Sl 56.7; 62.10,11; Pv 12.3; Ec 8.8).
Fique claro que a verdadeira paz não
consiste num acordo, onde cada parte é fiel em manter os interesses isolados da
outra, mas sim em estarem em plena concordância no Espírito Santo em prol da
Sua Palavra (Mt 18.19).
Daí Jesus entrar montado num
jumentinho, o qual, na época, era símbolo de juiz triunfante através da justiça
e retidão que promovem a paz. Em contrapartida, o cavalo era símbolo de força,
animal usado nas batalhas. Mesmo Jesus não promovendo nenhum evento ou
instruindo os seus a incentivarem Sua entrada triunfal em Jerusalém, mesmo entrando
num simples jumento, ainda assim a multidão simplesmente foi impelida a isto (Mt 21.9,15,16; Lc 19.38). Isto vem a nos ensinar Jó
42.2 e Is 43.13: que Deus é poderoso executando a Sua Palavra (Jl 2.11), ou seja, que quando nosso caminho é reto
aos olhos do Senhor, até nossos inimigos são obrigados a fazerem paz conosco (Pv 16.7) e nossa justiça vem naturalmente (Sl 37.5,6).
Além disto, a ideia era que todos
enxergassem que a salvação vem através da pessoa de Jesus (Is
62.11; Zc 2.10; Os 1.7; Mq 5.10). Ele, em pessoa, reinaria sobre
Israel e conduziria todos a pratica do juízo e da justiça (Jr
23.5; 30.9; Jo 1.49). E o pior é que, tal como Israel, muitos não
reconhecem que é Deus quem, pessoalmente lhes dá o mantimento (Sl 127.1,2; 147.8,9; Fp 4.19; Os 2.8), e não o
trabalho deles. Inclusive, Ele, EM PESSOA, é que é a paz que tanto buscam (Ef 2.14,17). Paz não é algo que se adquire, mas algo
que passamos a ter quando Jesus está conosco.
Os carros, cavalos e arco de guerra das
10 tribos do norte (Efraim) e das
duas tribos de sul (Jerusalém) seriam
destruídos, já que é através da humildade e justiça, bem como pelo prazer na
salvação do Senhor (Sl 13.5; 20.5; 35.9; 70.4),
que Deus iria confirmar Seu reinado sobre Israel.
Perceba o contraste: enquanto nos
primeiros 8 versículos Deus menciona a vinda de um conquistador destruidor para
derrubar Tiro e os que nela depositaram sua confiança; agora no vs 9 menciona a
vida dO Conquistador perfeito, que vence através da bondade, misericórdia,
verdade, justiça, etc. Alguém tão pobre fisicamente, que não tinha nem onde
reclinar a cabeça (Mt 8.20; Lc 9.58).
Infelizmente, muitos, como Judas, não
conseguem enxergar a verdadeira situação de Jesus e, por isto, decidem segui-lO
a fim de conseguirem aquilo que desejam. Judas, por exemplo, via em Jesus um
meio para arrecadar dinheiro (sob a desculpa que era para
ajudar os pobres – Jo 12.5). Quando Maria decide ungi-lo com um
unguento de 300 denários, ele achou um absurdo. Ora, mas uma vez que Jesus se
esvaziou de Si mesmo, não havia ninguém tão pobre quanto Jesus (Fp 2.5-8). Logo, se a oferta era para os pobres,
ninguém mais apto para receber as ofertas do que Ele. Assim como o melhor dos
israelitas deveria ser ofertado ao Senhor e, por sua vez, entregue à tribo de
Levi que não tinha parte nem herança (Dt 10.9; 12.12; 14.27,29;
18.1). Em outras palavras, o melhor de Deus é para quem se esvaziou
da prosperidade deste mundo.
É justamente por isto que Ele pode
muito bem reinar de mar a mar (região que compreende à área
entre o Mar Vermelho e o Mar Mediterrâneo, terra que Deus prometeu a Abraão (vs
10; Êx 23.31)). Afinal, não há nada na vida Dele para impedi-lO de
enxergar o sofrimento das pessoas.
Vs 11 a 17 →
QUEM NÃO CRÊ EM JESUS, A PONTO DE REPLANDECER A SABEDORIA DELE ONDE ELE NOS
QUER, ACABARÁ SENDO USADO POR PESSOAS INESCRUPULOSAS PARA EXPLORAR E DESTRUIR
OS QUE SÃO CONSIDERADOS DESPREZÍVEIS PELO SISTEMA QUE REGE ESTE MUNDO
Infelizmente,
muitas pessoas estavam com a esperança presa (vs 12;
Zc 8.6; ver Ez 37.11). A estes Deus ordenou que voltassem para a
fortaleza, ou seja, para a Babilônia. A verdade é que, a liberdade, é apenas
para aqueles que creem em Jesus (Jo 8.32). Para
quem não crê de verdade, é melhor ficar na “segurança” que o sistema babilônico
oferece (ver Ap 22.11).
A estes de
Israel, Deus promete fazer instrumentos de guerra poderosos em Suas mãos contra
a Grécia e sua sabedoria (vs 13; compare a sabedoria
do vs 2 com 1Co 1.22). A princípio o fato de fazer de Judá um arco e
de Israel, as flechas a serem atiradas com ele, parece ser uma bênção (vs 13). Ainda mais considerando que Deus iria
restituir em dobro (vs 12).
Contudo, o fato de Sião ser usada como
a espada de um valente, implica em eles se tornarem marionetes nas mãos de reis
cruéis, na luta contra seus inimigos (vs 13). É bem
verdade que Deus é visto sobre os filhos de Sião, usando-os para fazer as
flechas da Sua Palavra saírem (vs 14) e, deste
modo, fazer Sua trombeta poderosa avisar (ver Nm 10 e Is 58.1).
Também é verdade que o Senhor, não só irá protegê-los (vs 15),
mas, no final, fazer com que eles devorassem e pisassem os manejadores de
fundas (fundibulários) (vs 15).
No entanto, pense: você acha que é
bênção ter boa parte da tua vida constituída de assassinatos (vs 15)? É este tipo de pensamento que você deseja
que ocupe o tempo todo a tua mente? Que sentido tem viver para fazer os outros
sofrerem?
Você quer ser como bacia de sacrifício
ou canto de altar, que recebe o sangue dos outros das mãos daqueles que querem
se justificar? É este o tipo de companhia que deseja para a tua vida, a saber,
daqueles que, para serem alguém, necessitam, de alguma forma, acabar com a vida
de outros (por exemplo, atores, traficantes, policiais,
prostitutas, etc.)?
Este é o destino daqueles que se
prendem a rituais religiosos, se afastando da graça (Gl 5.4).
Mesmo Deus os tirando da cova em que não há água (vs 11;
como Ele deseja - Is 49.9), lhes dando a paz (Is
57.19-21), todavia eles não conseguem usufruir da paz (note a conexão da paz com a água nestes versículos – Is
48.21,22; Ez 4.16,17). Por não terem esperança em Jesus, sua alma
não consegue ficar ancorada no Reino dos Céus e suas promessas (Hb 6.18-20) e, por isto, acaba de voltando à
fortaleza da grande Babilônia (sem perceber que a mesma é,
na verdade, sua prisão. Quem não é livre na companhia no pobre, é escravo em
meio a bens materiais).
Nestes dias Deus promete salvar. Porém,
o verdadeiro salvamento de Deus se dá da mesma forma que um pastor salva uma
ovelha do rebanho:
se a ovelha é rebelde e andou se afastando do
Senhor, ela poderá até ser salva (casa se arrependa e
converta), todavia como que pelo fogo (1Co
3.12-15), ou seja, com dano (ver Am 3.12);
se a ovelha é submissa ao Pastor Verdadeiro, ela
será salva pelo resplandecer da luz da sabedoria do Senhor na sua vida (Mt 5.14-16). É bom lembrar que os sábios
resplandecerão como o fulgor do firmamento (Dn 12.3).
Contudo, é preciso que fique claro que a
salvação visa fazer, da pessoa, pedra preciosa de uma coroa, onde esta é
símbolo de autoridade. Ou seja, a salvação consiste no reconhecimento da autoridade
de Cristo (ver Mt 28.18-20) na vida das pessoas.
A rebeldia só é bom para os inimigos do Senhor, que se aproveitam desta para
colocar uns contra os outros até estes se destruírem, ficando apenas o
remanescente que aceitar a solução maligna por eles imposta. A única razão para
Deus nos colocar em contato com alguém é para nos submetermos a ele, de modo
que ele possa ter o que realmente precisa e busca (embora
muitas vezes não saiba do que realmente está atrás).
Entenda: quando Deus criou o homem, o
colocou como cabeça da criação (Gn 1.28). Ao
pecar, o homem perdeu este domínio e o entregou ao diabo (Lc 4.6).
Jesus recuperou este domínio e agora temos obrigação de exercê-lo, ensinando
todos, com nossa vida, a guardar Jesus e Sua Palavra (Mt
28.18-20).
Detalhe: Deus enfatiza que os Seus
resplandecerão na terra Dele, mais uma vez confirmando que é em Jerusalém que
eles iriam se destacar. Afinal, uma vez que a bondade e a formosura do Senhor
são sobremodo grandes (vs 17), como
fazê-las conhecida em meio às limitações do sistema (Babilônia)?
Sem contar que é a provisão do Senhor que faz moças e rapazes se encherem de
força e beleza (vs 17; Dt 8.3; Mt 4.4), e não as
iguarias da Babilônia (estas só contaminam – Dn
1.8). Não se esqueça de que foi por causa de um fruto que o pecado e
a morte entraram no mundo (Gn 3.5,6); e isto
para nos ensinar que tudo começa por alimentarmos nosso coração com a fonte
errada (Gn 3.11; Pv 4.23).
Assim como na época de Jesus, até hoje
as pessoas ainda não compreenderam que não era o sangue em si que perdoava
pecados (Hb 10.3), mas sim ouvir a voz de Deus
e deixá-la operar em si (vs 3; Ap 3.20).
Se Deus não tivesse dito nada acerca de sacrifícios, estes não teriam valor
algum.
Em outras palavras, o sangue da aliança
era uma alternativa que Deus estava criando para que todos os que estavam
presos em um buraco fundo, sem a mínima quantidade de água (vs 11;
tal como se deu em Gn 37:24; Jr 38:6), pudessem ser tirados dali. É preciso que fique
claro que o perdão dos nossos pecados não se trata de algo que devemos fazer
para compensar os erros que se alojaram dentro de nós e do qual, por mais que
queiramos, não podemos nos livrar deles. Antes, é necessário um operar da salvação
de Deus em nós (ver Fp 2.12-13), de modo que possamos
ser a continuação de tudo que Jesus foi e é (ver Jo
1.12; 14.12). Em outras palavras, não eram os rituais em si que
purificavam os pecados (Hb 10.3), mas sim
o ser aceito por Deus em cada ocasião (ver Lv 1.4; 22.21),
o que implica em Ele estar presente de forma visível e audível em espírito.
Não podemos permitir que esperanças
ruins atem nossos olhos e mãos para o bem, de modo que renunciemos a tudo de
bom que Deus poderia fazer através de nós. Apenas os perversos e infiéis se
esforçam para não ver o lado bom de uma dada pessoa ou situação (Jer 2:25; 18:12)
só para terem uma desculpa para se apartarem do Amor (Hb
3.12). Que nossa esperança no bem nunca venha a secar nossa
estrutura interna (Ez 37.11), de
modo a fazer de nós pessoas sem forma e vazias, em quem não há como o Espírito
Santo repousar (Gn 1.2).
Veja: há 2 erros que as pessoas
cometem:
1ª - é
o de querer as bênçãos de Deus para si;
2ª - o
de achar que humildade é se abster das bênçãos de Deus, vivendo em rigor
ascético (Cl 2.23). Errado! Deus promete
multiplicar nossas bênçãos (vs 12; 2Co 9.8-11; Ef 3.20;
Is 49.9) a fim de que possamos crescer em boas obras (2Pe 1.5-8). Não devemos fugir da exigência de Deus (ver Nm 14.11,12,21-23; Lc 12.48; Mt 25.24-26).
Também não devemos lançar nossas
pérolas ou coisas santas para quem não sabe reconhecer o valor das mesmas (Mt 7.6). Em outras palavras, não devemos passar o
privilégio que Deus nos deu para ajudar (manifesto através dos dons e
talentos que Ele nos deu) a outros (isto
deixa uns sobrecarregados e outros, em total alívio – ver 2Co 8.12-15).
Note como Deus usa cada um à Sua
maneira (1Co 12.7):
Da tribo de Judá Deus faz um arco (vs 13);
Das 10 tribos norte, Deus faz flechas a fim de
que Judá tivesse o que atirar;
E embora Judá parecesse um simples
arco, quando ele fosse colocado nas mãos de um homem valente, ele seria como a
espada (vs 13) poderosa do Senhor (compare com Ap 6.4). Sei que isto pode parecer
esquisito. Como Deus pode estar sobre os filhos de Sião confirmando Sua Palavra
(fazendo Suas flechas saírem como relâmpago – vs 14),
colocando-os contra os gregos (vs 13)? Não
podemos, todavia, nos esquecer, que pessoas ímpias já foram chamadas por Deus
de Seu servo (Jr 27.6; 43.10; Ez 29.18,19) e pastor (Is 44.28). Também não se esqueça de que existem
vasos de honra e vasos de ira (Rm 9.21-23) e que
o perverso foi criado para o dia da calamidade (Pv
16.4) e para ajuntar tesouros para o justo (Ec
2.23).
Enfim, o fato de Deus ter, em uma mão,
Judá como arco e Efraim como flecha, e na outra, os Gregos (vs 13),
de modo a suscitar uns contra os outros, confirma o que foi dito em Daniel: que
o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens (Jó
42.2), e o dá a quem quer, e até ao mais humilde dos homens
constitui sobre ele (Dn 4.17,25; Sl 24.1; Jo 17.2).
A verdade é que, tudo que acontece, é
um aviso (trombeta) que aponta para o que Deus
que Deus quer fazer em nós a fim de que nos preparemos para nos reunirmos com
os que são Dele. Entretanto, note a rapidez com que Deus faz Sua obra (Mt 24.27; Rm 9.28). Daí ser dito que Ele vem com os
redemoinhos do sul (vs 14).
Isto deve servir de ânimo para nós quando
vem a assolação (Is 21.1): por saber que, não importa o
quão escura e densa a nuvem esteja: os pés de Deus estão ali (Sl 18.9).
Contudo, vem a seguinte questão: qual é
realmente nosso consolo?
v Devorar
e pisar aqueles que vêm armados com pedra e funda (vs 15)
ou ser pedra de uma coroa (vs 16; ver Is 62.3; Ml 3.17)?
v Beber
o sangue deles, como se fosse vinho, a ponto de ficar cheio como as bacias de
sacrifício ou ensopado como os cantos do altar (vs 15; Êx 24:8; 29.12; Lv 4.18,25;
Dt 12.27; Hb 9:18-20), ou fazer do
sangue de Cristo nossa bebida e da carne Dele, nossa comida (Jo 6.51-57)?
Não é muito melhor ser salvo como ao
rebanho do povo de Deus (vs 16), ou seja,
através da Sua grande bondade e formosura (vs 17)? Afinal,
por que queremos conquistar o terreno do inimigo? Acaso o que ele tem é melhor
do que o que Deus preparou para nós? Além disto, porque alguém tem que ser
prejudicado para sermos abençoados? Se ao invés de tornarmos mal por mal (ou assim desejarmos – 1Pe 2.8,9), darmos graças pelo
privilégio de não estarmos fazendo o mal, mas de sabermos que as adversidades é
a confirmação de que Deus nos escolheu para testificar Sua palavra nos corações,
herdaremos a pessoa como nossa bênção e veremos o que realmente é a bênção de
Deus (já que a bênção de Deus vem sobre nós e nos segue
(Dt 28.1,2), logo ela tem que ter pernas. Ou seja, trata-se de pessoas).
Note que (vs 17):
[ O que faz
os jovens florescerem não é a carne ou algum alimento sofisticado, mas o cereal
(um alimento natural que não depende da morte de nenhum animal
para ser consumido);
[ O que faz
as virgens florescerem é o mosto (ou seja, uma bebida natural e
não corrompida, que não lhes tira a consciência, nem lhes faz alegrar do nada –
Am 6.13).
Ou seja, ao invés de tentarem ser
felizes com as grandezas do mundo, a felicidade delas era contemplar a bondade
e formosura (vs 17) do Senhor na Casa Dele (Sl 27.4). Afinal, é a carne do Filho do Homem e Seu
sangue que realmente nos sacia e fortalece (Jo 6.51-57; ver Ne 8.10).
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