POR QUE DEUS PLANTOU A ÁRVORE DO CONHECIMENTO DO
BEM E DO MAL?
Introdução
Por que Deus foi plantar a árvore do
conhecimento do bem e do mal, já que Ele sabia que o homem ia pecar? Não teria
sido muito melhor se não houvesse esta árvore? O homem não teria pecado, o mal
e a morte não teriam entrado no mundo. Tudo seria paz, segurança e perfeição.
Qual a razão de ser de tanta maldade?
Por que Deus criou o mundo?
Em primeiro lugar, a origem do mal não
está na Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Antes mesmo de Eva comer do
fruto proibido, ela já começou a dar mal testemunho (veja a conversa dela com a
serpente – Gn 3.1-4). O mal surge quando o bem é
negligenciado. Ao não obedecer imediatamente ao mandamento do Criador (Gn 1.28),
ela deu lugar ao vazio no seu coração.
Mesmo se Deus não tivesse criado a Árvore
do Conhecimento do Bem e do Mal, nem por isto o mal deixaria de existir. O que
a mulher aprendeu com o fruto proibido era como desobedecer ao Criador. Antes
da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, ela não sabia como desobedecer. Em
outras palavras, a obediência era a única opção. Isto pode parecer bom.
Contudo, pense: qual a finalidade disto?
A princípio, a finalidade de tal
obediência estaria relacionada com a realização de obras? Ora, mas se é para
isto que Deus criou o homem, então por que não o criou no primeiro dia para
ajudá-Lo na criação? Além disto, por que Deus nos fez tão limitados? Será que a
vida só tem sentido quando se resolve problemas? E se não houvesse problemas
para resolver, como seria a vida? Se o que Deus quer são obras, ninguém melhor
que Ele para fazê-las. Ele não se cansa, é perfeito, etc.
Mas então, qual é a finalidade da
obediência? Com certeza não é obras, já que ninguém é salvo por obras da lei (Ef 2.8,9).
De nada adiantaria obedecermos leis simplesmente para lograrmos êxito nos nossos empreendimentos,
nos livrarmos de problemas, conquistarmos coisas sem precisar de Deus. Muito
menos para tentar arrancar Dele aquilo que parece bom aos nossos olhos.
A obediência só tem importância quando
é fruto da confiança em Jesus e em tudo que Ele diz. Quando, por obediência a
Ele, deixamos de lado aquilo que o mundo considera bom para nós, estamos
confiando que Deus irá nos suprir com algo muito melhor do que tudo que existe
neste mundo (1Co 2.9; Ef 3.20),
com resultados muito melhores.
Sem a árvore do conhecimento do bem e
do mal, o amor não seria opção consciente, mas uma obrigação robótica. Não
seria possível enxergar o valor de um relacionamento, muito menos a importância
da Palavra de Deus na concretização dos mesmos.
Quer dizer que a árvore do
conhecimento do bem e do mal glorificava a Deus?
Sim. Isto pode parecer absurdo.
Contudo, analise dos seguintes versículos:
·
“Porque Deus encerrou a
todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia.” (Rm 11.32).
Note como, para Deus poder demonstrar
Sua misericórdia, era necessário que todos fossem encarcerados na
desobediência.
·
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;
sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo
Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para
demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a
paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para
que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.” (Rm 3.23-26).
Para Deus demonstrar Sua justiça e
paciência, era necessário ter pecados para serem perdoados. Como Deus poderia
demonstrar Seu Favor se todos fossem perfeitos e justos? Ele não poderia usar
de favor, já que todos mereceriam os benefícios que Ele pudesse conceder.
Por isto é que Deus concedeu a lei:
·
Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o
pecado abundou, superabundou a graça;” (Rm
5.20).
A lei do Antigo Testamento foi dada
justamente para que o pecado abundasse e condenação e a morte repousasse sobre
todos (Rm 7.7-11).
Então quer dizer que Deus tinha
prazer no pecado?
Com certeza não! Deus não é tentado
pelo mal e a ninguém tenta (Tg 1.13).
Para que você entenda, pense num pai
que ama seu filho. Ele não tem prazer em ver seu filho sofrendo. Seu desejo é
que ele sempre o obedeça e faça aquilo que é bom a todos. Entretanto, quando o
mesmo é rebelde, ele acaba corrigindo-o, por ter em vista evitar que um mal
maior o atinja (ver Hb 12.5-8).
Neste caso o pai acaba tendo prazer em que o filho sofra, não porque se agrada
desta situação, mas por saber o fruto pacífico de justiça que será produzido
nele após esta experiência (2Co 7.9-11; Hb 12.11).
De igual modo, mesmo sabendo de tudo
que iria acontecer, Deus plantou a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal.
Ainda que fosse necessário sofrer vendo tanta maldade (ver Sl 86.15;
145.9), contudo, por saber que muitos iriam
questionar a eficácia de Sua Palavra e liderança, Ele teve que permitir tudo
isto.
Então foi Deus que projetou que
o homem pecasse?
Deus não induz ninguém a isto (Tg 1.13-15).
Contudo, foi Ele quem projetou toda a
história da humanidade, escolhendo cada um de acordo com aquilo que a pessoa se
conforma em ser. É claro que Ele não queria que fosse necessária tanta
complicação. Mas, por causa da dureza dos corações que haveriam de insistir em
duvidar de Seu amor e sabedoria, Ele teve que permitir tudo isto.
·
“Então chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o, e
dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? Ele,
porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no
princípio macho e fêmea os fez, e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e
se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas
uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Disseram-lhe
eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?
Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos
permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim. Eu vos
digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de
fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada
também comete adultério.” (Mt 19.3-9).
Este princípio pode ser aplicado a
todo o Antigo Testamento. A ideia do Criador era conduz Seu povo pessoalmente (Êx 19.6).
Infelizmente eles preferiram que alguém buscasse a Deus por eles (Dt 5.23-27).
Como eles acharam muito pesados os mandamentos do Criador (Hb 12.18-21),
Ele teve que permitir muitas atrocidades (por exemplo: guerras, poligamia,
escravidão, divórcio, etc.).
Contudo, para que o ser humano pudesse
ver o resultados dos desejos do seu próprio coração, em contraste com Sua
bondade e perfeição (Rm 3.24-26; 9.21-23; 11.32).
Mal afinal, por que precisava
da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal para que todos pudessem conhecer melhor a
Deus?
Sem esta árvore sempre restaria
dúvida:
·
Será que não existe possibilidade de
alguém fazer algo bom por conta própria, ainda que seja algo bem pequeno e
contando com a ajuda de Deus? Mesmo que seja Deus fazendo tudo, será não
podemos contribuir nem mesmo com uma ajudazinha?
·
Será que algo não pode funcionar fora
da Escritura Sagrada? Que mal há, afinal, em uma “mentirinha” ou “cobiçar uma
mulher no coração só uma veizinha”? Por que tudo tem que ser do jeito de Deus? Por
que não podemos fazer algo certo, mas do nosso jeito?
Estas foam as dúvidas que Ha-Satan
lançou nos corações. E Deus não trabalha como um malabarista que tenta manter
tudo à sua volta em equilíbrio. Muito menos fica como que usando Seu imenso
poder para manter afastado tudo que possa colocar em risco a Sua verdade. Veja
a parábola:
·
“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as
pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a
rocha; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram
aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que
ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato,
que edificou a sua casa sobre a areia; e desceu a chuva, e correram rios, e
assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua
queda.” (Mt 7.24-27).
Note como Deus não poupou a casa que
estava construída na Rocha (que é Sua Palavra)
de receber o impacto da tempestade (assim como não poupou Jó das
acusações de Ha-Satan – Jó 1.6-12; 2.1-7). Nunca foi pretensão
de Deus dar conforto material aos Seus. Antes, Seu alvo foi sempre confirmar a
beleza da Sua Palavra e presença, poderosa o suficiente para manter firme os
Seus, mesmo passando pelas mesmas coisas que os ímpios. Note que os rios e
ventos não apenas bateram na casa, mas combateram contra ela. Ou seja, trata-se
de algo, não apenas intenso, mas intencional (racional).
Houve uma investida de Ha-Satan através de tais fenômenos naturais no sentido
de fazer de tudo para que a casa na Rocha caísse.
A ideia é usar a Igreja para que
ninguém possa ter dúvida de que só Nele há verdadeira paz, felicidade e amor:
·
“Porque tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por
últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos
anjos, e aos homens.” (1Co 4.9);
·
“A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de
anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis
de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde
os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; para
que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos
principados e potestades nos céus,” (Ef 3.8-10).
Pense: em que consiste a batalha
espiritual de Ap 12?
·
“E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam
contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos; mas não prevaleceram,
nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a
antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi
precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.” (Ap 12.7-9).
A única razão para que ninguém
conseguisse achar lugar para Ha-Satan e seus demônios no céu é porque, após a
Palavra de Deus ter sido confirmada através da Igreja diante dos anjos (Ef 3.8-10; 1Pe
1.12), não havia mais espaço para eles no céu.
A batalha não era física, mas no
entendimento e no sentimento. Não é que Miguel pegou Ha-Satan pela orelha e o
arrastou para fora do céu (ou algo semelhante).
O que acontece é que, após confirmada a Palavra de Deus, não havia mais base
alguma para as acusações de Ha-Satan. Não havia mais dúvida.
Onde não há lugar para dúvida,
Ha-Satan cai como um raio (tal como se deu em Lc 10.17,18).
Para você entender isto melhor, pense:
por que na Nova Jerusalém nada contaminado conseguirá entrar?
·
“E as nações dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra
trarão para ela a sua glória e honra. E as suas portas não se fecharão de
dia, porque ali não haverá noite. E a ela trarão a glória e honra das nações. E
não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas
só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.” (Ap 21.24-27).
Por que Deus não fez a mesma coisa no
Éden?
Repare como diz que as portas da Nova
Jerusalém não se fecharão.
Mas, sendo assim, como nada imundo
consegue entrar? Acaso fica um anjo vigiando?
Mesmo que isto seja verdade, a
principal razão não é esta. Analise estes trechos:
·
“E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste
nupcial? E ele emudeceu.” (Mt 22.12). Jesus
não se mostra forte e furioso, mas o trata como amigo. Ainda assim ele ficou
sem fala. Depois é que foi lançado fora (Mt 22.13).
Contudo, na verdade, internamente ele nunca esteve dentro;
·
“E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e
Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe havia dito: Antes que o galo
cante hoje, me negarás três vezes. E, saindo Pedro para fora, chorou
amargamente.” (Lc 22.61,62).
O que deixou Pedro entristecido não foi a censura de Jesus, mas Seu olhar
amoroso;
·
“Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam
nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. E ouviram a voz
do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se
Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim.” (Gn 3.7,8). Mas por que eles sentiram tal
necessidade? Quem foi que os repreendeu por estarem nus? Logo, era a bondade de
Deus manifesta na criação que os levava a concluir que estavam fora dos padrões
agradáveis a Deus. Daí dizer:
o “Porque o amor de Cristo
nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos
morreram.” (2Co 5.14).
Enfim, não é Deus que expulsa alguém do
lugar bom ou o impede de aí entrar. É a pessoa que não consegue suportar.
·
“E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se
manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, como labareda
de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao
evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais, por castigo, padecerão eterna
perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder,” (2Ts 2.7-9).
·
“E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém
adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão,
também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no
cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos
santos anjos e diante do Cordeiro.” (Ap 14.9,10).
Note como o lago de fogo e enxofre
está diante da face do Senhor. O grande
abismo que separa o Seol (ou Hades – Lc 16.26)
não é físico. O que acontece é que, quem está na presença de Jesus, não suporta
ir para um lugar longe Dele. E quem não entrega Sua vida a Jesus, não suporta
viver o amor em si, muito menos ver o mesmo sendo manifestado em favor de
alguém.
A única coisa que ainda permite
Ha-Satan e o seus ter acesso ao céu é porque ainda há espaço para dúvida.
Quando este espaço deixar de existir, ele não suportará mais ficar lá vendo os
anjos se amarem uns aos outros e ao Criador. Afinal, isto o machuca por dentro
e, uma vez que ele sabe que não pode conviver com isto dentro de si (ou seja, que
não pode fazer parte disto), nem acabar com isto, nem ele, nem
seus seguidores conseguirão sequer se aproximar. O amor é mais poderoso do que
uma imensa fornalha.
Agora você entende o motivo
pelo qual, no céu, ninguém conseguirá pecar?
Muitos acham que é por causa do corpo
glorificado. Embora isto contribua, o verdadeiro motivo é o fato de não haver
mais qualquer dúvida acerca da perfeição de Cristo e Sua Palavra (basta pensar
que Ha-Satan, embora tenha nascido no paraíso, com corpo glorificado e sem
ninguém para o tentar, ainda assim se tornou o inimigo de nossas almas).
Afinal, já pensou em que consiste o juízo final e qual a finalidade do mesmo?
Muitos acham que o juízo final é
simplesmente para punir os ímpios. Todavia, veja:
·
“E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre
ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E
vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se
os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram
julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E
deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que
neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o
inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que
não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” (Ap 20.11-15).
É bom lembrar que, quando o apocalipse
foi escrito (aproximadamente em 90 D.C.)
não havia a tecnologia que tem hoje. Eu creio que foi por isto que João diz
“livro”. Contudo, pode estar certo de que tais “livros” sejam mais sofisticados
do que qualquer mídia de armazenamento da atualidade, de modo que todos poderão
ver com precisão cada segundo da vida de cada pessoa que por aqui passou (ver Rm 14.10;
2Co 5.10).
E, após ver pessoas das mais diversas
raças, línguas, tribos, povos, sexo, etc., submetidos às mais diversas
situações com as mais diversas tecnologias a dispor, não haverá dúvidas de que
não existe hipótese de algo funcionar sem Jesus, pois todas as possibilidades
possíveis foram exploradas pelos mais diversos tipos de seres que já passaram
por este mundo.
Em outras palavras, o juízo final tem
por finalidade convencer a cada um (incluindo Ha-Satan e seus
demônios) de que apenas Jesus é Senhor:
·
“Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o
joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus.” (Rm 14.11).
Ou seja, o que há é um pleno
convencimento do Espírito Santo (Jo 16.8),
de modo que cada um reconheça a perfeição de Cristo em cada segundo que viveu e
entenda a sentença estabelecida por Deus:
·
Os justos não verão qualquer
possibilidade de fazer algo afastado de Jesus e diferente do que Ele
estabeleceu. Deste modo, embora todos estes sejam livres, ainda assim não
pecarão;
·
Os perversos se conformarão, tal como
se deu com Caim, a ficar longe Dele (Gn 4.14),
já que o amor, para eles, é agonia.
O pecado e a morte entraram no
mundo por causa do pecado de Adão? Não seria Deus o autor do mal, já que foi
Ele quem plantou a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal e permitiu que Ha-Satan possuísse o corpo da
serpente?
Embora o conhecimento maligno
estivesse ali presente, ele ficaria inerte se ninguém dele provasse. E se Adão
tivesse obedecido ao Criador e se relacionado com Eva tão logo esta tivesse
sido criada (Gn 1.28), ela não teria sentido necessidade de algo mais, já que,
através dos filhos, haveria ocasião para o amor de Deus se manifestar em sua vida,
salvando-a dela mesma (1Tm 2.15).
A única coisa que Ha-Satan fez foi
induzir Eva a se deixar enganar por si mesma (1Tm 2.13,14).
Quanto a Adão, seu erro foi dar
ouvidos à voz de sua mulher (Gn 3.17).
Ou seja, Eva não simplesmente entregou o fruto e Adão comeu. Ela usou de voz
persuasiva para induzi-lo a comer.
Ou seja, a responsabilidade foi toda
de Adão. Mesmo porque, no que Eva foi tirada da costela de Adão, podemos
concluir que Adão foi enganado por ele mesmo (Gn 2.23).
Você pode continuar a questionar: mas
afinal, por que Deus tinha que colocar esta árvoreno jardim? Para que todos
pudessem ver que, mesmo com todas as circunstâncias favoráveis, sem o Espírito
Santo, o homem nunca estará plenamente satisfeito. Seu tormento interior será
de tal magnitude que ele não conseguirá esperar por Deus.
Note como, embora sentisse um vazio, a
mulher, ao invés de compartilhar isto com o homem e este levar o caso ao
Criador, a ânsia para resolver o problema do vazio interior era tal que eles
não quiseram esperar até o fim do dia para conversar a respeito com Ele (Gn 3.8).
Ao invés disto, preferiram optar pela solução mais rápida e visível.