quarta-feira, 19 de março de 2014

56 - QUAL A RAZÃO DE SER DOS NOMES “ANTIGO” E “NOVO” TESTAMENTO?

QUAL A RAZÃO DE SER DOS NOMES “ANTIGO” E “NOVO” TESTAMENTO

 

Fomos ensinados que o Antigo Testamento veio antes do Novo Testamento. Será que isto é verdade?

Pensemos: quando foi que o Antigo Testamento foi introduzido? Muitos pensam que foi como Moisés, já que foi, por meio dele, que Deus entregou Sua lei a Israel. Contudo, eu te pergunto: e antes de Moisés, acaso não havia lei? Antes de Moisés era permitido roubar, matar, etc.?

Com certeza não! O próprio Jesus deixa claro que a circuncisão surgiu muito antes de Moisés (Jo 7.22), a saber, com Abraão (Gn 17.7-14). O sábado j´á foi destacado no Éden, antes mesmo do pecado (Gn 2.2,3).

Na verdade, o Antigo Testamento surge a partir do momento que Adão comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 3.6,7). Afinal, o Antigo Testamento é:

 

·         O ministério da lei (2Co 3.6);

·         O ministério da morte (2Co 3.7);

·         O ministério da condenação (2Co 3.9);

·         O ministério firmado no pedido feito pelo povo de Israel a Moisés:

 

·         “E todo o povo viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; e o povo, vendo isso retirou-se e pôs-se de longe. E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale Deus conosco, para que não morramos. E disse Moisés ao povo: Não temais, Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, afim de que não pequeis.” (Êx 20.18-20).

 

Ou seja, era uma lei firmada no homem. Trata-se do acordo que Deus fez com o povo de Israel, segundo o qual eles viveriam em função da obediência à lei (Lv 18.5; Ez 20.11,13,21; 33.19; Rm 10.5). Era a oportunidade que Deus deu ao homem para justificar a si mesmo.

Eles achavam que eram capazes de obedecer as ordens de Deus (pois estavam acostumados aos ídolos do Egito, de onde eles tinham acabado de sair) e, assim, justificarem a si mesmos, passando a ter direito às bênçãos e salvação.

Deus, no entanto, assim permitiu para que o homem enxergasse o quão maldito era este tipo de testamento. Inclusive, isto é simbolizado pelas figuras de querubins espalhadas no tabernáculo: na arca da aliança (Êx 25.18-22); nas cortinas (Êx 26.1) e no véu (Êx 26.31) do tabernáculo. Sem contar as leis dadas por Moisés que Deus permitiu por causa da dureza do coração deles (Mt 19.3-8), que regulamentavam a poligamia (Dt 21.15,16), a escravidão (Lv 25.42-46; Dt 21.11-14), o divórcio (Dt 24.1-4), bem como as guerras ordenadas por Deus e a pena capital em virtude de vários crimes cometidos (Êx 21.12,15-17; 22.20; Lv 24.16,21; Nm 35.30; Dt 17.6).

Trata-se de estatutos pelos quais eles não haviam de viver (Ez 20.25), cujo objetivo era tornar o homem cada vez mais culpável diante de Deus (Rm 3.19). A ideia é que o homem percebesse que, quanto mais tentasse ser justo aos olhos de Deus e dos homens, mais pecado acumularia contra si (Rm 5.20).

Por isto a lei do Antigo Testamento é chamada lei do pecado e da morte (Rm 8.2). Afinal, quanto mais a pessoa insiste em ser justa tentando agradar a si mesma, mais cheia de condenação ela fica. Afinal, quem anda segundo a carne jamais poderá se sujeitar à lei de Deus, muito menos agradá-Lo (Rm 8.5-9). Independente da intenção, as obras de carne são sempre malignas (Gl 5.19-21). Com a carne, somos escravos da lei do pecado (lei do Antigo Testamento – Rm 7.23,25) e da morte (Rm 6.23).

Ou seja, todos os relacionamentos (incluindo com Deus) ficam condicionados a direitos e deveres e, sempre que algum direito pessoal for violado, a solução é fazer uso da força e violência para fazer o “injusto” pagar. Mas para isto, todos os envolvidos no sistema jurídico (réus, acusadores, promotores, advogados, membros do júri, juízes) precisam ser tomados pela maldade.

A lei, contudo, foi dada justamente para que, quanto mais o homem tentasse fazer deste um mundo justo com base no sistema de leis dado por Deus, mais a maldade crescesse no coração de todos. Ainda que, externamente, o medo da punição pudesse frear o avanço do mal (Gl 3.19), interiormente a lei só faria aumentar a revolta, dor, etc.

O objetivo da lei capital era mostrar a todos duas verdades importantes:

 

·         O pecado não tem conserto. Tanto que primeiro a pessoa tem que morrer para depois nascer de novo (Mt 16.23; Rm 6.1-4; 1Co 15.36);

·         Mesmo de posse das leis mais severas e do zelo em pô-las em prática, jamais será possível extinguir o pecado da face da terra ou manter uma sociedade organizada e justa só com base em leis. Cerca de 6.000 anos se passaram desde que o ser humano foi criado e jamais houve um povoado que seja que conseguisse se estabelecer em amor e justiça só com base em leis.

 

Ou seja, o Antigo Testamento foi criado justamente para dar errado, para que o ser humano aprendesse (Rm 15.4) que a única forma de sermos justos é nos alimentando de Cristo (Jo 6.57). Só assim passaram a viver por meio de Jesus ao invés de sobreviver com base em leis.

O Antigo Testamento é chamado de velho com relação a Israel. Embora Deus apresentara primeiro o evangelho do Seu Favor (Graça), visto que a intenção de Deus era fazer deles uma nação de reis e sacerdotes (Êx 19.6), por causa do pedido deles (Dt 5.23-27), a aliança foi firmada com base em leis. Em outras palavras, esta foi a primeira aliança de Deus com Israel, através da qual Ele se mostraria presente, manifestando Seu poder e lhes dando bênçãos e livramentos (Dt 4.34).

Em outras palavras, ela é antiga para os carnais, visto que esta foi a primeira aliança que Deus fez com pessoas carnais, a fim de confirmar que carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus (1Co 15.50).

Todavia, o que o sistema religioso chama de Nova Aliança é muito mais antiga que a velha. Ela foi estabelecida antes da fundação do mundo (1Pe 1.20). Suas obras estavam acabadas desde a fundação do mundo (Hb 4.3). Fomos eleitos antes da fundação do mundo (Ef 1.4). O homem Jesus foi amado pelo Pai antes da fundação do mundo (Jo 17.24). O Reino de Deus já estava preparado para os eleitos desde a fundação do mundo (Mt 25.34).

A razão do Novo Testamento ser tido como novo é porque, para os membros do sistema religioso, era novidade que o evangelho fosse pregado aos gentios (At 11.17,18). A arrogância de Israel era tal que até os gentios se maravilhavam com a descoberta que o evangelho também servisse para eles (At 13.48,49).

Todavia, o Novo Testamento sempre esteve disponível, embora ele só tenha sido conhecido pelo sistema religioso há 2.000 anos atrás (daí ele ser novo). O evangelho do Favor de Deus (Graça) sempre esteve ao alcance de todos, como Pedro, depois de ter recebido a visão enxergou:

 

·         “E disse-lhes: Vós bem sabeis que não é lícito a um homem judeu ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem chame comum ou imundo. Por isso, sendo chamado, vim sem contradizer. Pergunto, pois, por que razão mandastes chamar-me?” (At 10.28,29).

·         “E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo.” (At 10.34,35).

 

E isto acontecia desde os tempos do Antigo Testamento. Deus, por meio de Malaquias, deixa isto claro:

 

·         “Mas, desde o nascente do sol até ao poente, é grande entre as nações o meu nome; e em todo lugar lhe é queimado incenso e trazidas ofertas puras, porque o meu nome é grande entre as nações, diz o SENHOR dos Exércitos. (Ml 1.11 – ARA2)

·         “Pois maldito seja o enganador, que, tendo um animal sadio no seu rebanho, promete e oferece ao SENHOR um defeituoso; porque eu sou grande Rei, diz o SENHOR dos Exércitos, o meu nome é terrível entre as nações.” (Ml 1.14 – ARA2).

 

Observe como já havia verdadeiros adoradores entre os gentios. Inclusive, Deus mesmo declara a libertação que dera aos etíopes, filisteus e sírios:

 

·         “Não me sois, vós, ó filhos de Israel, como os filhos dos etíopes? diz o SENHOR: Não fiz eu subir a Israel da terra do Egito, e aos filisteus de Caftor, e aos sírios de Quir?” (Am 9.7).

 

Sem contar que Urias (o heteu), Raabe (de Jericó), Rute (a moabita) e Tamar (provavelmente canaanita, já que era na terra de Canaã que Judá, pai do marido de Tamar, morava. Sem contar que sua esposa era canaanita – Gn 38.2) entraram para a genealogia de Jesus:

 

·         “E Judá gerou, de Tamar, a Perez e a Zerá; e Perez gerou a Esrom; e Esrom gerou a Arão; e Arão gerou a Aminadabe; e Aminadabe gerou a Naassom; e Naassom gerou a Salmom; e Salmom gerou, de Raabe, a Boaz; e Boaz gerou de Rute a Obede; e Obede gerou a Jessé; e Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias.” (Mt 1.3-6).

 

Ou seja, a porta do Favor de Deus nunca esteve fechada aos gentios, nem aos israelitas, já que Josué foi um homem em quem habitava o Espírito Santo (Nm 27.18). Aliás, já pensou no que significa a expressão ser cheio do Espírito Santo?

Embora alguém possa estar presente diante de nós, isto não quer dizer que esteja no nosso coração. Quanto mais a pessoa ocupa nossos pensamentos e sentimentos, mais ela está presente dentro de nós. Assim, quando nossos pensamentos estão completamente fixos no Espírito Santo, ou seja, quando Ele e Sua vontade é o nosso único interesse (tal como se dá com a noiva quando está apaixonada pelo noivo), então estamos cheios do Espírito Santo. Com certeza isto se aplicava a Josué:

 

·         “E falava o SENHOR a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo; depois tornava-se ao arraial; mas o seu servidor, o jovem Josué, filho de Num, nunca se apartava do meio da tenda.” (Êx 33.11).

 

Como se pode ver, o Favor de Deus sempre esteve à disposição de quem o desejava.

Se assim não fosse, como explicar as várias passagens onde o próprio Deus parece contradizer Sua Palavra?

Por exemplo:

em Dt 23.17,18 Deus diz:

·         “Não haverá prostituta dentre as filhas de Israel; nem haverá sodomita dentre os filhos de Israel. Não trarás o salário da prostituta nem preço de um sodomita à casa do SENHOR teu Deus por qualquer voto; porque ambos são igualmente abominação ao SENHOR teu Deus” (Dt 23.17,18);

 

No entanto, Ele permitiu que Raabe se casasse com Salmon e viesse a fazer parte da linhagem de Jesus:

 

·         E Salmom gerou, de Raabe, a Boaz; e Boaz gerou de Rute a Obede; e Obede gerou a Jessé;” (Mt 1.5).

 

A única explicação é que, ao invés de fazer parte das filhas de Israel, Raabe fez parte da Igreja. Afinal, Jesus não vem arrebatas as noivas (judeus + gentios ou, se preferir, salvos do Antigo Testamento + salvos do Novo Testamento), tampouco tem amantes. Logo, a única coisa que existe é a Igreja. Deus usa Israel como nação simplesmente para mostrar, das mais diversas formas, que o sistema religioso nunca funcionou e jamais funcionará. Contudo, os únicos israelitas salvos são aqueles que convertem a Jesus e passam a fazer parte da Igreja. A diferença é que, no Antigo Testamento, eles criam no Messias que haveria de vir e nós, no Messias que já veio.

 Em Dt 7.1-3 e Dt 23.3 Deus diz:

·         “QUANDO o SENHOR teu Deus te houver introduzido na terra, à qual vais para a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu; e o SENHOR teu Deus as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas; nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos;” (Dt 7.1-3).

·         “Nenhum amonita nem moabita entrará na congregação do SENHOR; nem ainda a sua décima geração entrará na congregação do SENHOR eternamente.” (Dt 23.3).

 

Deus proibia alguém de Israel casar com um gentio, ainda mais se fosse moabita. No entanto, Rute casou com Boaz e também veio a fazer parte da genealogia de Jesus. Novamente, a explicação é que, uma vez que a pessoa faz parte da Igreja de Cristo, ela já está fazendo parte da Congregação do Senhor.

Por aqui podemos ver como o sistema religioso não é justo ao escolher quem deve ficar ou sair, pois, pelo regime do Antigo Testamento, Raabe e Rute nunca teriam oportunidade de fazer parte do Reino de Deus e serem salvas.

Em Lv 24.5-9 Deus ordena:

·         “Também tomarás da flor de farinha, e dela cozerás doze pães; cada pão será de duas dízimas de um efa. E os porás em duas fileiras, seis em cada fileira, sobre a mesa pura, perante o SENHOR. E sobre cada fileira porás incenso puro, para que seja, para o pão, por oferta memorial; oferta queimada é ao SENHOR. Em cada dia de sábado, isto se porá em ordem perante o SENHOR continuamente, pelos filhos de Israel, por aliança perpétua. E será de Arão e de seus filhos, os quais o comerão no lugar santo, porque uma coisa santíssima é para eles, das ofertas queimadas ao SENHOR, por estatuto perpétuo.” (Lv 24.5-9).

 

Embora os pães da proposição pudessem ser comidos apenas pelos sacerdotes, Davi comeu e nada lhe aconteceu:

 

·         “Agora, pois, que tens à mão? Dá-me cinco pães na minha mão, ou o que se achar. E, respondendo o sacerdote a Davi, disse: Não tenho pão comum à mão; há, porém, pão sagrado, se ao menos os moços se abstiveram das mulheres. E respondeu Davi ao sacerdote, e lhe disse: As mulheres, na verdade, se nos vedaram desde ontem e anteontem; quando eu saí, os vasos dos moços eram santos; e de algum modo é pão comum, sendo que hoje santifica-se outro no vaso. Então o sacerdote lhe deu o pão sagrado, porquanto não havia ali outro pão senão os pães da proposição, que se tiraram de diante do SENHOR, para se pôr ali pão quente no dia em que aquele se tirasse.” (1Sm 21.3-6)

 

E o próprio Jesus confirma isto:

 

·         “Mas ele disse-lhes: Nunca lestes o que fez Davi, quando estava em necessidade e teve fome, ele e os que com ele estavam? Como entrou na casa de Deus, no tempo de Abiatar, sumo sacerdote, e comeu os pães da proposição, dos quais não era lícito comer senão aos sacerdotes, dando também aos que com ele estavam?” (Mc 2.25-26).

 

A única explicação e´ a Nova Aliança, que faz do pão da proposição um pão comum, como Davi mesmo sugere:

 

·         “E respondeu Davi ao sacerdote, e lhe disse: As mulheres, na verdade, se nos vedaram desde ontem e anteontem; quando eu saí, os vasos dos moços eram santos; e de algum modo é pão comum, sendo que hoje santifica-se outro no vaso.” (1Sm 21.5).

Em Êx 21.12 Deus diz:

·         “Quem ferir alguém, de modo que este morra, certamente será morto.” (Êx 21.12);

 

O assassino tinha que ser morto. E como se não bastasse, os pais não podiam morrer pelo pecado dos filhos e vice-versa:

 

·         “Porém não matou os filhos deles; mas fez segundo está escrito na lei, no livro de Moisés, como o SENHOR ordenou, dizendo: Não morrerão os pais pelos filhos, nem os filhos pelos pais; mas cada um morrerá pelo seu pecado.” (2Cr 25.4).

 

No entanto, Davi matou Urias com a espada dos filhos de Amom e, além de não ter morrido, quem acabou sendo penalizado foi o filho dele:

 

·         “Então disse Davi a Natã: Pequei contra o SENHOR. E disse Natã a Davi: Também o SENHOR perdoou o teu pecado; não morrerás. Todavia, porquanto com este feito deste lugar sobremaneira a que os inimigos do SENHOR blasfemem, também o filho que te nasceu certamente morrerá.” (2Sm 12.13,14).

 

A única explicação é que, na Nova Aliança, embora Deus perdoe o pecado da pessoa pelo sangue de Jesus (1Jo 1.7-9), as consequências do mesmo, todavia, não são anuladas, de modo que cada um colhe conforme aquilo que semeou (Gl 6.7,8) para que os inimigos do Senhor percebam como Deus é justo, não poupando nem mesmo aqueles que são Seus filhos (ver 2Ts 1.4-10).

Quanto à morte do filho de Davi, isto vem a nos ensinar a temer a Deus (Pv 9.10) e a tremer diante da Sua Palavra (Is 66.2). Não podemos achar que:

 

·         a vida é nossa e podemos fazer o que quisermos, pois não há um ato sequer nosso que, de uma forma ou de outra, não afete a vida de alguém (ainda que em pequena escala e indiretamente).

·         porque Jesus morreu por nossos pecados, podemos sair pecando por aí (Rm 6.15);

 

Ao contrário que muitos pensam, a Nova Aliança é muito mais exigente que a Antiga Aliança. Tanto que as pessoas preferem esta àquela (Lc 5.36-39). Inclusive, com base neste trecho, fica claro que, uma vez que a pessoa tem contato com a Antiga Aliança, jamais ela irá desejar a nova, sendo obrigado a nascer de novo (Jo 3.3).

Além disso, o importante não é a lei em si, mas sim o propósito que há por trás dela. O objetivo da lei “não matarás” é nos conscientizar que jamais devemos tentar abortar o plano do Eterno através de um indivíduo só porque isto parece, aos nossos olhos, algo mau.

Por mais perverso que seja o indivíduo, se Eterno está lhe concedendo fôlego de vida, é porque certamente Ele deseja usar tal indivíduo para disciplinar alguém. No entanto, na Antiga Aliança ninguém consegue tirar proveito dos infortúnios causados pelos malignos e, por isto, só existe a hipótese de eliminar o indivíduo do meio da congregação ou matá-lo (daí as inúmeras ocasiões em que se devia efetuar a pena capital).

Também devemos pensar que, de nada resolve não matarmos, se por onde passamos, os indivíduos não encontram em nós motivo para viver. Ao invés de pensarmos em simplesmente não matar, devemos pensar em dar a vida de Cristo que há em nós por amor a Ele e ao próximo, ou seja, para vê-lo feliz gozando do privilégio de experimentar dentro de si o poder do Eterno transformando corações.

Enfim, a verdade é que, tanto a Antiga Aliança como a Nova Aliança sempre coexistiram após a queda de Adão. Cabe, então, a nós decidir a qual delas queremos pertencer:

 

·         à Antiga Aliança, na qual a carne tenta inutilmente ser justa aos olhos do Eterno (Is 64.6) por meio do sistema religioso;

·         à Nova Aliança, na qual a indivíduo deixa Jesus transformar seu coração e guiar continuamente seus passos (Rm 8.14).

 

E jamais esqueças: o que define a Antiga Aliança é a lei e a Nova Aliança, o Favor do Eterno. Muitos acham que a Antiga Aliança é composta pela lei de Moisés e a Nova, das leis que o Eterno deu quando esteve aqui como homem.

Contudo, se um indivíduo alega crer em Jesus, mas vive debaixo das leis Dele, ao invés de ser conduzido por Ele diretamente, então continua no regime do Antigo Testamento. Pense: que diferença há em crer no Eterno tal como os israelitas criam nele ou crer Nele, em Cristo Jesus, se nossa atitude for a mesma dos indivíduos que criam Nele no Antigo Testamento?

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