domingo, 9 de setembro de 2018

173 - Apocalipse 08

APOCALIPSE 8

 

A primeira e segunda trombetas lembram as pragas do Egito.

A terceira trombeta lembra Elias fazendo descer fogo do céu.

A quarta e quinta trombeta lembram a praga da escuridão no Egito.

Entendendo a ordem dos acontecimentos:

 

·        antes de tudo, os cinco primeiros selos são abertos.

·        Após o clamor dos mártires, as sete trombetas são tocadas. Então, o sexto e sétimo selos são abertos,

·        a Igreja é arrebatada (a legítima arca da aliança é vista no seu local adequado – Ap 11.19),

·        as orações de todos os santos são oferecidas com incenso sobre o altar de ouro,

·        parte do fogo que há neste altar é lançado na terra,

·        relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e grande saraivada são manifestos na terra (Ap 11.19) e, finalmente,

·        as sete taças são derramadas.

 

Para ser mais exato: os quatro primeiros selos revelam as quatro faces do anticristo. O quinto selo revela a oração dos mártires. O sexto selo é a resposta a esta oração, a saber, a vinda de Cristo para arrebatar Sua Noiva. E o sétimo selo é o silêncio que fica no céu quando todos acompanham Jesus quando Ele vem para arrebatar a Igreja.

O sexto selo ocorre por ocasião do arrebatamento. Afinal, enquanto no sexto selo os homens se escondem, no Armagedom eles vão ao encontro de Jesus para lutar contra Ele. Isto confirma que Jesus vem 3 dias e meio depois da primeira metade da 70ª semana.

Inclusive, note como os julgamentos que Jesus traz à terra através das taças não é pensada como meros desastres naturais. Todos têm certeza de que trata-se do julgamento do Eterno (veja Ap 16.9,11; Ap 19.19).

Ainda temos que considerar que, enquanto Ap 6.14 os montes e ilhas mudaram de lugar (já que a terra irá ficar plana), em Ap 16.20 eles desaparecem. Afinal, na hora que Jesus for julgar, apenas um monte é para permanecer: o Dele.

Obs: não há intervalo entre as quatro primeiras trombetas. Cada anjo toca sua trombeta até que tudo que deve acontecer sob ela se consume e o próximo anjo comece a tocar. Já entre as três últimas trombetas, há um ligeiro intervalo entre elas.

 

·        “E, havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora.” (Ap 8.1).

 

Muitos acham que o sétimo selo ainda não foi revelado, mas o silêncio é apenas para mostrar que seu conteúdo permanece um mistério.

Outros tentam analisar o uso da palavra “hora” ao longo da Escritura Sagrada:

 

·        “Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.” (João 2.4);

·        Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” (João 4.23);

·        “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão.” (João 5.25);

·        “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.” (João 5.28);

·        “Disse-lhes, pois, Jesus: Ainda não é chegado o meu tempo, mas o vosso tempo sempre está pronto. O mundo não vos pode odiar, mas ele me odeia a mim, porquanto dele testifico que as suas obras são más. Subi vós a esta festa; eu não subo ainda a esta festa, porque ainda o meu tempo não está cumprido.” (João 7.5-8);

·        “Procuravam, pois, prendê-lo, mas ninguém lançou mão dele, porque ainda não era chegada a sua hora.” (João 7.30);

·        “Estas palavras disse Jesus no lugar do tesouro, ensinando no templo, e ninguém o prendeu, porque ainda não era chegada a sua hora.” (João 8.20);

·        “E Jesus lhes respondeu, dizendo: É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado.” (João 12.23);

·        “Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora.” (João 12.27);

·        “Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim.” (João 13.1);

·        “Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus.” (João 16.2);

·        “Mas tenho-vos dito isto, a fim de que, quando chegar aquela hora, vos lembreis de que já vo-lo tinha dito. E eu não vos disse isto desde o princípio, porque estava convosco.” (João 16.4);

·        “A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já não se lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo.” (João 16.21);

·        Eis que chega a hora, e já se aproxima, em que vós sereis dispersos cada um para sua parte, e me deixareis só; mas não estou só, porque o Pai está comigo.” (João 16.32);

·        “Jesus falou assim e, levantando seus olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti;” (João 17.1);

·        “Estando de longe pelo temor do seu tormento, dizendo: Ai! ai daquela grande Babilônia, aquela forte cidade! pois numa hora veio o seu juízo.” (Ap 18.10);

·        “E lançaram pó sobre as suas cabeças, e clamaram, chorando, e lamentando, e dizendo: Ai, ai daquela grande cidade! na qual todos os que tinham naus no mar se enriqueceram em razão da sua opulência; porque numa hora foi assolada.” (Ap 18.19).

 

Em todos estes casos a palavra “hora” é usada no sentido figurado, apontando para um momento específico em especial. Contudo aqui, como veremos, a “meia-hora” é literal.

 

João, que vinha escutando louvor por todos os lados, inclusive o cântico jubilante da grande multidão que chega após a Grande Tribulação, agora é levado a aguardar por meia hora a próxima revelação. A finalidade deste é propiciar um ambiente solene de total temor reverente a fim de que todos possam ver que todas as orações de todos os santos de todos os tempos permaneceu guardada na presença do Eterno. Nenhuma se perdeu.

Profeticamente, após abrir o sétimo selo, há um silêncio no céu de meia-hora. Este silêncio acontece porque todos saíram do céu para acompanhar a Cristo em Sua vinda para arrebatar a Igreja.

Veja como os acontecimentos se encaixam:

 

·        “Porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do homem no seu dia.” (Lucas 17.24).

 

Um relâmpago dura cerca de dois segundos. Como Jesus disse que virá como um relâmpago (e não igual a um), isto quer dizer que Sua manifestação em uma determinada cidade não precisa ser de, necessariamente, dois segundos (pode ser quatro ou cinco segundos, por que não?).

Neste caso, imagine Jesus vindo com Seus anjos para arrebatar a Igreja e passando de cidade em cidade para arrebatar os Seus (a saber, os anjos tomando os escolhidos do Eterno do lugar onde estão e os levando até Jesus – Mateus 24.31). Todos verão os indivíduos sendo arrebatados (inclusive o inferno, já que o Eterno lhes permitirá enxergar este evento – Ap 1.7). Esta peregrinação total pelo mundo irá durar trinta minutos.

Voltando à visão de João, durante a meia-hora de silêncio, João viu que não foram apenas as orações dos mártires que foram ouvidas no céu. Após as orações dos mártires, será trazida à presença do Eterno, durante meia hora, todas as orações de todos os santos e, em seguida, são tocadas as sete trombetas (atendendo o pedido dos mártires – Ap 6.9-11). Após toda a Igreja ter sido alertada pelas trombetas, o sexto e o sétimo selos são abertos, a Igreja é arrebatada (durante trinta minutos) e, por fim, as sete taças são derramadas.

 

Mesmo sendo esta meia hora literal, não pense que tal tempo será necessariamente pequeno. As coisas podem parecer grandes ou pequenas dependendo do contexto. Imagine, por exemplo, um pregador da Escritura Sagrada parando o sermão e ficando em silencio por cinco minutos que seja (sem ninguém saber o porquê do silencio e até quando o mesmo durará). Este silêncio pareceria uma eternidade.

O silêncio pode ser mais aterrador do que se imagina. Note como o silêncio de Cristo, quando foi preso, incomodava as autoridades (Mc 14.60; 15.4). De igual modo, o silêncio de Cristo, quando perguntado acerca do que fazer com a mulher pega em flagrante adultério, deixou o povo extremamente ansioso, a ponto de exigir Dele, a qualquer custo, uma resposta (João 8.7).

Além disto, é justamente o que cada um faz com os pequenos momentos da sua vida que realmente irão determinar quem ele será. A maioria quer viver de grandes em grandes momentos ou quer forçar a presença cada vez maior de grandes momentos através de drogas e vícios. Há tanto alvoroço e barulho na alma, que o indivíduo não consegue alcançar a felicidade nas coisas pequenas e simples da vida.

A arte de saber aproveitar os pequenos momentos é que irá diferenciar um ser humano do outro. Muitos não atingem todo o potencial que o Eterno projetou porque ignoraram momentos valiosos só porque não eram capazes de enxergar o valor do silêncio, da rotina, etc.

Muitos ministérios ficam infrutíferos porque seus membros dispensam o silêncio. Fomos acostumados a supor que relacionamento é para fazer coisas e obter resultados e recompensas. Todavia, considerando que o Eterno está no Seu santo templo, nosso papel ao irmos diante Dele é nos calarmos para ouvirmos Sua voz (e não para fazermos coisas para Ele ou alguém, se dizendo sacerdote, fazer coisas por Ele). A verdade é que, nas Instituições religiosas, não há espaço para o próprio Jesus se manifestar (Hc 2.20) no culto onde, teoricamente, é o centro das atenções.

Muitos relacionamentos não são fortalecidos porque uns não sabem ouvir os outros, nem permanecerem parados e calados em solidariedade à dor deles. Infelizmente fomos induzidos a pensar que resultados só podem ser obtidos através de força e violência (daí Zc 4.6), mas a verdade é que nenhuma real obra acontece externamente sem que, antes de tudo, comece no interior de quem as está executando.

Quem não é de Jesus, como o faraó do Egito, pode até ficar atemorizado diante das 10 pragas, pode até ceder por alguns instantes, mas jamais aceitará ficar livre do coração de pedra. Um trovão pode até alarmar, mas jamais curar um coração doente; um terremoto pode abalar uma casa, mas jamais reparar ou limpá-la. De igual modo, o julgamento do Eterno pode abalar o coração de alguém, mas jamais subjulgá-lo. Se alguém não é capaz de aceitar o doce chamado de Jesus, muito menos irá aceitar seu chamado por meio de castigos severos.

 

·        “E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.” (Lc 16.27-31).

 

Além do mais, no templo israelita, era costume o soar de instrumentos musicais e cantos ressoarem durante as ofertas e sacrifícios. Todavia, na hora de oferecer o incenso, todos ficaram orando em silencio (Lc 1.10).

 

Com base em tudo isto, considerando que o céu é lugar de constante louvor (Ap 4.8-11) e que do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes (Ap 4.5,8), um silêncio por meia hora será um longo tempo.

Talvez o silêncio seja com relação a tudo isto que acompanha o término dos selos, taças e trombetas.

Sem contar que a espera pelo julgamento a vir é algo angustiante. Imagine um indivíduo condenado a uma seção de açoites. Qual é pior: a espera, já imaginando e até sentindo as dores que estão por vir, ou o castigo propriamente dito?

Quando o sétimo selo foi aberto, foi visto o julgamento sobre a terra (tão desejado pelos mártires). Só que, antes do julgamento propriamente digo, as trombetas iriam avisar a Igreja. Depois do arrebatamento, sim, virá a queda da Grande Babilônia, o derramar das taças, a batalha do Armagedom e, finalmente, da separação entre bodes e ovelhas.

 

·        “E vi os sete anjos, que estavam diante de Deus, e foram-lhes dadas sete trombetas.” (Ap 8.2).

 

O artigo definido “os” indica que se trata de sete anjos específicos e bem conhecidos: sete anjos que estavam diante do trono do Eterno:

 

·        “João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono;” (Apocalipse 1.4).

 

É bem provável que se trate de arcanjos:

 

·        “Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia.” (Daniel 10.13).

 

Se este for o caso, então existe sete arcanjos, onde Gabriel seria um deles (analise a expressão sublinhada e que, um arcanjo, não deixa de ser um anjo):

 

·        “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas.” (Lc 1.19).

 

Inclusive, quem sabe em várias passagens onde é mencionado o “anjo do Senhor”, o mesmo é um destes sete anjos?

Quem sabe também não são eles os anjos dos pequeninos:

 

·        “Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêem a face de meu Pai que está nos céus.” (Mateus 18.10).

 

É bem provável que são estes sete anjos que também derramam as taças, já que os mesmos são vistos entrando e saindo do santuário celestial (Ap 15.1,6).

Fica uma questão: quem deu estas trombetas aos sete anjos?

 

·        “E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono.” (Ap 8.3).

 

Aqui aparece um outro anjo que exerce, no céu, a mesma função que os sacerdotes do Antigo Testamento exerciam na terra. Muitos pensam que este anjo é Jesus agindo como mediador (1Tm 2.5), visto que algumas das referências a Anjo do Senhor no Testamento da Lei se refere a Jesus. Todavia, quando o Apocalipse se refere a Jesus, isto é dito claramente, seja pelo Seu nome ou títulos.

Além disto, este anjo não está exercendo a função intercessória de Cristo (ele não está levando as orações até o Eterno, muito menos orando em favor de alguém na terra). O que o anjo está fazendo é ir até o altar do holocausto para recolher os clamores de todos os santos e, então, ajuntá-los com as orações de louvor (que funcionam como incenso – Ap 5.8) que lhe foram dadas por alguém sobre o altar de ouro, onde então, finalmente, todos os clamores serão queimados, ou seja, atendidos.

Note que todos os clamores são transformados em cinza a fim de alimentar o fogo da disciplina e juízo. Contudo, isto só acontece junto com o incenso do louvor e gratidão, o qual torna o clamor em cheiro suave e agradável ao Eterno (ver Fp 4.6).

Isto nos ensina que nenhuma oração (ou mesmo ação) que não é fruto de gratidão e louvor ao Eterno sobe até Sua presença:

 

·        “Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.” (Hb 13.15).

 

Sem gratidão e louvor, toda oração é egoísta, mesquinha, interesseira.

Há uma diferença, no entanto, a ser ressaltada: os sacerdotes do Testamento da Lei ofereciam apenas incenso, enquanto que este anjo estava oferecendo as orações dos santos junto com o incenso. Ou seja, os sacerdotes do Testamento da Lei ofereciam perfume vazio.

Repare como este anjo não tinha nem as orações dos santos, nem o incenso. O incenso foi dado a eles pelos quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos. Estes tinham harpas e salvas de ouro cheias de odores (odours, em inglês – Ap 5.8), que são as orações de louvor daqueles que são separados para uso exclusivo do Eterno (elas exalam o perfume da Escritura Sagrada diante Dele - 2Co 2.14-16). Daí serem chamadas de odores (lamentavelmente, em português, elas são chamadas de incenso).

Ou seja, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos são os guardiães das orações de louvor e gratidão dos santos, as quais serão entregues para ser oferecidas com incenso no momento certo.

Quem é que não quer que sua oração seja cheiro suave?

 

·        “Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde.” (Sl 141.2).

 

Não importa o quanto nossa oração possa ser bem feita: ela necessita do perfume da Palavra Viva do Eterno (orar em nome de Jesus, como se fosse Ele em pessoa que estivesse orando). É a voz do Eterno que acrescenta fé à nossa oração (Rm 10.17), de modo que ela possa subir com o cheiro adequado às narinas do Eterno.

 

·        “E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus.” (Ap 8.4).

 

Fumaça está sempre relacionado a juízo, a não ser quando está relacionado com os sacrifícios feitos em honra ao Eterno. Neste caso, em particular, está sendo dito que o clamor dos santos, por ser oferecido junto com o incenso das orações de louvor e gratidão, acabaram sendo levadas em meio ao cheiro suave do incenso, desde a mão do anjo (onde estavam as orações) até diante do Eterno.

Ou seja, estas orações foram recebidas com bom grado, sendo que as orações de louvor e gratidão servem para purificar o clamor feito pelos santos.

Repare como no versículo anterior é dito que foi necessário muito incenso, não só porque a quantidade de clamor era grande, mas também para nos ensinar que gratidão e louvor têm que ser mais abundantes que os clamores.

Obs.: no apocalipse vemos orações (louvores) sendo dirigidos ao Cordeiro (por exemplo, Ap 5.12,13, 7.10).

 

·        “E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra; e houve depois vozes, e trovões, e relâmpagos e terremotos.” (Ap 8.5).

 

Algo similar é feito em Ezequiel 10.2:

 

·        “E falou ao homem vestido de linho, dizendo: Vai por entre as rodas, até debaixo do querubim, e enche as tuas mãos de brasas acesas dentre os querubins e espalha-as sobre a cidade. E ele entrou à minha vista.” (Ez 10.2).

 

Aí, no entanto, nenhum incenso é colocado nas brasas. E repare como cada trombeta atua em uma das áreas da terra que mantém o homem escravo de preocupações.

Há uma nova força criadora do Espírito Santo construindo novos céus e terra, a qual emergirá quando os céus e a terra forem abalados:

 

·        “Vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos daquele que é dos céus; a voz do qual moveu então a terra, mas agora anunciou, dizendo: Ainda uma vez comoverei, não só a terra, senão também o céu. E esta palavra: Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas feitas, para que as imóveis permaneçam.” (Hb 12.25-27).

 

Já percebeu como momentos de grande e terrível crise e destruição podem acelerar o progresso?

 

·        A nação e o templo judeu tiveram que ser derrubados para que os israelitas fossem espalhados pelo mundo afora e todos pudessem ver que não há mais necessidade de cultuar o Eterno em templo feito por mão de homens, muito menos cumprir rituais (se bem que a grande maioria dos indivíduos se recusam a aprender a lição ensinada em João 4.21).

·        Luta e derramamento de sangue na segunda guerra mundial foram necessários para que Israel fosse novamente reconhecido como nação e voltasse a ter seu território de volta.

·        A Guerra de Secessão teve que acontecer nos Estados Unidos para que a escravidão caísse por terra.

 

A verdade é que, qualquer julgamento que vem sobre nós, sobre a Igreja ou o planeta como um todo é, antes de tudo, consequência das atividades que acontecem nas regiões celestiais. Os selos, trombetas e taças servem para ilustrar esta verdade.

Cabe a nós descobrirmos se os acontecimentos à nossa volta são uma revelação do que está por vir (sela), um aviso (trombeta) ou o julgamento pelos nossos pecados (taça).

O anjo toma, então, fogo do altar sobre o qual os santos têm sido sacrificados como oferta ao Eterno (o mesmo fogo purificador de Isaías 6.6) e o lança sobre a terra (a fim de que isto possa consumir o pecado pelo qual este fogo foi aceso), dando início ao julgamento das taças. Inclusive, os trovões, relâmpagos, vozes e terremoto, por estarem acompanhados de fogo, são um símbolo do juízo divino que irá imediatamente começar. Normalmente o trovão vem depois do relâmpago. Aqui não, para mostrar que não se trata de uma tempestade normal, mas de sinais extraordinários acontecendo.

Que fique claro: embora as trombetas são citadas a seguir, de Apocalipse 8.6 até 15.4 temos um parênteses. Assim, após o anjo lançar fogo do altar do incenso na terra, os sete anjos que tinham as sete últimas pragas entram e saem do templo do tabernáculo do testemunho no céu preparados para lançar estas pragas sobre a terra (Ap 15.5,6). Este lugar é onde está a Igreja. Ou seja é a presença da Igreja vitoriosa no céu que veste os anjos de autoridade para derramar as taças (lembre-se que desde Ap 11.19 que a Igreja, ou seja, arca da aliança, está no seu lugar).

Isto condiz com o que a Escritura Sagrada diz acerca dos métodos usados por Jesus para salvar:

 

·        “Com coisas tremendas em justiça nos responderás, ó Deus da nossa salvação; tu és a esperança de todas as extremidades da terra, e daqueles que estão longe sobre o mar.” (Sl 65.5).

·        “Vim lançar fogo na terra; e que mais quero, se já está aceso? Importa, porém, que seja batizado com um certo batismo; e como me angustio até que venha a cumprir-se!” (Lc 12.49,50).

 

Estes fenômenos são o anúncio de que o julgamento vai começar. O fogo do juízo já estava aceso na época de Jesus. Agora finalmente Jesus lança este fogo na terra por meio do Seu anjo.

 

·        “Vim lançar fogo na terra; e que mais quero, se já está aceso?” (Lc 12.49).

 

Trovões, relâmpagos e terremotos são símbolos do juízo divino, elementos comuns no julgamento do Eterno (Js 10:11; Jó 38:22-23; Sl 78.47; 105.32-33; 148.8; Ez 10.2-7; Ag 2.6).

 

·        “E os sete anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se para tocá-las.” (Ap 8.6).

 

As trombetas soam a fim de que os mártires possam alcançar o repouso que o Eterno lhes ordenou Ap 6.11.

Significantemente, as orações daqueles que são de Jesus são uma confirmação para principados e potestades de que a destruição dos ímpios e da impiedade pelo Eterno (Sf 1.3) são algo justo (2Ts 1.4-7). Afinal, como os anjos sempre tiveram corpo glorificado, eles não conhecem na carne a dor causada pelo pecado e suas consequências.

Cada trombeta tem duas finalidades:

 

·        Avisar Israel de que eles deveriam abandonar Jerusalém (Ap 18.4), visto que aqueles rituais religiosos realizados em Jerusalém pelo anticristo e seu falso profeta não estavam agradando ao Eterno:

o   O anticristo não era o verdadeiro Messias;

o   A verdadeira Jerusalém não é da terra, mas do céu (Gl 4.25,26);

o   Aqueles que ali estavam não eram os verdadeiros israelitas (Rm 9.6), mas sim sinagoga de Ha-Satan (Ap 2.9; 3.9);

o   O verdadeiro culto não é externo (como no Antigo Testamento), mas no coração (Rm 12.1,2);

o   O Eterno não habita em templos feitos por mãos de homens (Is 66.1,2; At 7.48; 17.24), mas na vida dos que creem em Jesus (1Co 3.16; 6.19; 2Co 6.16).

·        Avisar a Igreja que Jesus estava prestes a vir a fim de não serem envergonhados na Sua vinda (1Jo 2.28).

 

Repare como que a destruição promovida nas trombetas tem sempre por base a terça parte:

 

·        1ª Trombeta: a terça parte da terra e vegetação é queimada;

·        2ª Trombeta: a terça parte do mar vira sangue;

·        3ª Trombeta: a terça parte dos rios e fontes das águas converteu-se em absinto;

·        4ª Trombeta: a terça parte do sol, lua e estrelas escurece;

·        6ª Trombeta: a terça parte dos seres humanos morre.

 

Observe também que as trombetas têm a ver, direta ou indiretamente, com fogo:

 

·        1ª Trombeta: houve saraiva e fogo misturado com sangue;

·        2ª Trombeta: foi lançada no mar uma coisa como um grande monte ardendo em fogo;

·        3ª Trombeta: caiu do céu uma grande estrela ardendo como uma tocha;

·        4ª Trombeta: quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça parte do sol (que lembra uma bola de fogo)

·        5ª Trombeta: subiu fumaça como que de uma grande fornalha;

·        6ª Trombeta: foi morta a terça parte da terra pelo fogo, fumaça e enxofre que saíam da boca dos cavalos.

 

E não é para menos, já que o anjo encheu o seu incensário com fogo do altar e o atirou na terra. Parte das trombetas lembram as pragas do Egito. Muitas das vezes que o Eterno ia punir Israel, ele usava o Egito como um modelo de destruição e invasão (ver Is 10:22-25; 11:12-16; 30:30; Jr 16:14-15; 23:7-8; Ez 38:22; Jl 2:30; Mq 7:15) (Amós 2:10; 4:10; 8:8-9; 9:5-7).

Detalhe: há semelhança entre as trombetas e as pragas do Egito:

 

·        Fogo e saraiva (Êx 9.24);

·        Água tornada em sangue (Êx 7.19);

·        Escuridão (Êx 10.21);

·        Gafanhotos (Êx 10.12)

·        Morte, só que ao invés de serem os primogênitos é um terço da população (Êx 9.18).

 

Também repare que:

 

·        A primeira trombeta atingiu diretamente a vegetação (e provavelmente as aves);

·        A segunda trombeta atingiu a vida animal terrestre também;

·        A terceira trombeta atinge também o ser humano;

·        A quarta trombeta atinge também o segundo céu (onde estão os astros e estrelas).

 

·        “E o primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve saraiva e fogo misturado com sangue, e foram lançados na terra, que foi queimada na sua terça parte; queimou-se a terça parte das árvores, e toda a erva verde foi queimada.” (Ap 8.7).

 

Algo semelhante é mencionado em Joel 2.30.

Repare que toda erva verde é queimada, e não apenas uma terça parte dela.

Quanto à saraiva, em vários trechos do Antigo Testamento ela é vista como fonte de juízo (algumas vezes acompanhada de fogo:

 

·        “Converteu as suas chuvas em saraiva, e fogo abrasador na sua terra.” (Sl 105.32)

·        “Também entregou o seu gado à saraiva, e os seus rebanhos aos coriscos.” (Sl 78.48).

·        “Ou entraste tu até aos tesouros da neve, e viste os tesouros da saraiva, que eu retenho até ao tempo da angústia, até ao dia da peleja e da guerra?” (Jó 38.22-23).

·        “E o SENHOR trovejou nos céus, o Altíssimo levantou a sua voz; e houve saraiva e brasas de fogo.” (Sl 18.13).

·        “Feri-vos com queimadura, e com ferrugem, e com saraiva, em toda a obra das vossas mãos, e não houve entre vós quem voltasse para mim, diz o SENHOR.” (Ag 2.17).

·        “E o SENHOR fará ouvir a sua voz majestosa e fará ver o abaixamento do seu braço, com indignação de ira, e labareda de fogo consumidor, raios e dilúvio e pedras de saraiva.” (Is 30.30).

·        “Dize aos que a cobrem com argamassa não temperada que ela cairá. Haverá uma grande pancada de chuva, e vós, ó pedras grandes de saraiva, caireis, e um vento tempestuoso a fenderá.” (Ez 13.11).

·        “E contenderei com ele por meio da peste e do sangue; e uma chuva inundante, e grandes pedras de saraiva, fogo, e enxofre farei chover sobre ele, e sobre as suas tropas, e sobre os muitos povos que estiverem com ele.” (Ez 38.22).

 

Quanto à destruição da terça parte das árvores, é bem provável que, ao invés de terem sido destruídas todas árvores existentes em um terço da terra, foram destruídas um terço das árvores ao longo do mundo todo por onde foi passando esta “tempestade” (ainda mais considerando que toda erva verde foi queimada).

Quando o primeiro anjo tocou a trombeta, ocorreu algo semelhante ao que se deu no Egito (a sétima praga - Êx 9.23-25). A diferença é que, aqui, choveu saraiva e o fogo misturado com sangue, enquanto que lá choveu apenas saraiva, com fogo misturado na saraiva correndo pela terra.

Lá a saraiva feriu tudo quanto havia no campo, desde os homens até aos animais, bem como toda a erva do campo, e quebrou todas as árvores campestres.

Aqui saraiva e fogo queimaram a terça parte da terra, das árvores, toda erva verde, bem como ocasionou a morte de muitas aves (visto que havia sangue misturado no fogo e saraiva).

Também esta praga lembra o modo de o Eterno contender com Gog:

 

·        “E contenderei com ele por meio da peste e do sangue; e uma chuva inundante, e grandes pedras de saraiva, fogo, e enxofre farei chover sobre ele, e sobre as suas tropas, e sobre os muitos povos que estiverem com ele.” (Ez 38.22).

 

Sangue e fogo são frequentemente combinados como símbolo de julgamento (ver Is 9.5; Ez 21.32; 38.22). Mas afinal: por que misturado com sangue? Sangue é sinônimo de vida, mas também de vingança (Nm 35.12,19,21,24,25,27; Dt 19.6,12; Js 20.3,5). Basta pensar que o pecado é vingado por meio de derramamento de sangue.

 

·        “E o segundo anjo tocou a trombeta; e foi lançada no mar uma coisa como um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do mar. E morreu a terça parte das criaturas que tinham vida no mar; e perdeu-se a terça parte das naus” (Ap 8.8,9).

 

O fogo é usado como símbolo de julgamento:

 

·        “Assim me mostrou o Senhor DEUS: Eis que o Senhor DEUS clamava, para contender com fogo; este consumiu o grande abismo, e também uma parte da terra.” (Am 7.4).

 

Esta trombeta, em particular, lembra a primeira praga que veio sobre o Egito (Êx 7.20,21).

Lembra também a queda das muralhas de Jericó, quando sete sacerdotes, após rodearem a cidade durante sete dias (sendo que, no sétimo dia, eles a rodearam sete vezes), tocaram suas sete trombetas e, na sétima vez que tocaram, o povo gritou, as muralhas caíram e todo o povo foi destruído (Js 6.13-21).

Vem a questão: o que vem a ser este monte de Apocalipse 8.8?

Note como os grandes atos do Eterno são manifestados em cima de grandes rochas, as quais são líderes poderosos:

 

·        “Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel tornar-te-ás uma campina; porque ele trará a pedra angular com aclamações: Graça, graça a ela.” (Zc 4.7).

·        “Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares.” (Sl 46.2) – perceba quão grande transtorno é causado quando um líder poderoso é transportado para o meio da plebe (e ficando sob a influência deles).

·        “Eis-me aqui contra ti, ó monte destruidor, diz o SENHOR, que destróis toda a terra; e estenderei a minha mão contra ti, e te revolverei das rochas, e farei de ti um monte de queima. E não tomarão de ti pedra para esquina, nem pedra para fundamentos, porque te tornarás em assolação perpétua, diz o SENHOR” (Jr 51.25,26).

 

E Jesus usa esta mesma figura de linguagem dos profetas:

 

·        “Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até se a este monte disserdes: Ergue-te, e precipita-te no mar, assim será feito;” (Mt 21.21).

 

Mas afinal: como um “simples” monte, ainda que ardendo em fogo, pode tornar em sangue a terça parte do mar e causar a morte de um terço das criaturas que existiam no mar e fazer com que um terço das naus se perdesse?

Perceba que não é uma grande montanha, mas algo que se parece com isto, já que uma grande montanha não poderia transformar água em sangue, muito menos destruir a terça parte dos navios.

O que me parece mais razoável é que trata-se de uma arma que está sendo inventada pela “elite global” e que está prestes a ser lançada contra a raça humana. Desde a transmutação da água em sangue (ou água em vinho por Jesus) em Êxodo, outros tipos de transmutação vem sendo testadas pelo DARPA (sendo já de antemão celebrada nos filmes com o intuito de verificar-se os possíveis efeitos colaterais da mesma). Como exemplo temos a transmutação do carvão em diamante.

Talvez esta arma já até esteja pronta. É bom notar que a Escritura Sagrada diz esta coisa semelhante a monte foi lançada (ou seja, foi algo intencional, e não um acidente). Também observe que não é dito quem lançou ou de onde. Logo, embora isto possa ser um meteoro lançado do céu pelo Eterno como instrumento para transmutar água em sangue, eu creio que trata-se de uma substância lançada pela elite global.

 

·        “E o terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas. E o nome da estrela era Absinto, e a terça parte das águas tornou-se em absinto, e muitos homens morreram das águas, porque se tornaram amargas.” (Ap 8.10,11).

 

Queda de coisas muito altas muitas vezes é visto como julgamento (Mt 24.29), visto que tudo que é elevado entre os homens é abominação diante do Eterno (Lc 16.15).

Quando o terceiro anjo tocou sua trombeta, a estrela Absinto caiu sobre as fontes e a terça parte dos rios, fazendo que a terça parte destas águas virasse absinto e ficasse amarga, levando muitos a morrerem.

Absinto representa:

 

·        Amargura:

o   “Ora, não é somente convosco que faço este pacto e este juramento, mas é com aquele que hoje está aqui conosco perante o Senhor nosso Deus, e também com aquele que hoje não está aqui conosco para que entre vós não haja homem, nem mulher, nem família, nem tribo, cujo coração hoje se desvie do Senhor nosso Deus, e vá servir aos deuses dessas nações; para que entre vós não haja raiz que produza veneno e fel, e aconteça que alguém, ouvindo as palavras deste juramento, se abençoe no seu coração, dizendo: Terei paz, ainda que ande na teimosia do meu coração para acrescentar à sede a bebedeira.” (Dt 29.14,15,18,19 - ARC).

o   “E disse o SENHOR: Porque deixaram a minha lei, que pus perante eles, e não deram ouvidos à minha voz, nem andaram nela, antes andaram após o propósito do seu próprio coração, e após os baalins, como lhes ensinaram os seus pais. Portanto assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Eis que darei de comer losna a este povo, e lhe darei a beber água de fel.” (Jr 9.13-15)”.

o   “Mas nos profetas de Jerusalém vejo uma coisa horrenda: cometem adultérios, e andam com falsidade, e fortalecem as mãos dos malfeitores, para que não se convertam da sua maldade; eles têm-se tornado para mim como Sodoma, e os seus moradores como Gomorra. Portanto assim diz o SENHOR dos Exércitos acerca dos profetas: Eis que lhes darei a comer losna, e lhes farei beber águas de fel; porque dos profetas de Jerusalém saiu a contaminação sobre toda a terra.” (Jr 23.14,15).

·        Injustiça:

“Vós que converteis o juízo em alosna, e deitais por terra a justiça.” (Am 5.7).

·        Dor:

o   “Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais suave do que o azeite. Mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois gumes.” (Pv 5.3,4).

o   “Fartou-me de amarguras, embriagou-me de absinto.” (Lamentações 3.15)

o   “Lembra-te da minha aflição e do meu pranto, do absinto e do fel.” (Lamentações 3.19).

 

Que a água amarga é nociva para a saúde, basta olhar para quando o povo saiu do Egito:

 

·        “Então, chegaram a Mara; mas não puderam beber as águas de Mara, porque eram amargas; por isso, chamou-se o seu nome Mara.” (Êxodo 15.23).

 

Note como o Eterno, neste momento, transforma água amarga em doce, o contrário do que se deu nesta trombeta.

E, conforme disse Noemi, Mara significa amargura:

 

·        “Porém ela lhes dizia: Não me chameis Noemi; chamai-me Mara, porque grande amargura me tem dado o Todo-poderoso.” (Rute 1.20).

 

Vem a questão: que vem a ser esta estrela?

Analisemos os fatos:

 

·        Aqui uma grande estrela cai do céu.

·        Em Ap 9.1 uma estrela é vista já tendo caído na terra (é bom lembrar que estrela é usada para simbolizar anjos).

·        Em Ap 12.7-9 Ha-Satan e seus demônios são precipitados na terra.

·        A queda da estação espacial é profetizada:

o    “Quanto à tua terribilidade, enganou-te a arrogância do teu coração, tu que habitas nas cavernas das rochas, que ocupas as alturas dos outeiros; ainda que eleves o teu ninho como a águia, de lá te derrubarei, diz o SENHOR.” (Jr 49.16).

o    “Ainda que cavem até ao inferno, a minha mão os tirará dali; e, se subirem ao céu, dali os farei descer.” (Am 9.2).

o    “Se te elevares como águia, e puseres o teu ninho entre as estrelas, dali te derrubarei, diz o SENHOR.” (Ob 4).

 

Ajuntando tudo, eu creio que neste momento, um pouquinho antes da abertura do quarto selo, ocorre a batalha de Ap 12.7-12, onde Ha-Satan e seus demônios, juntinhos, são lançados na terra, como se fossem uma única estrela. É claro que, a menos que haja uma operação espiritual, ninguém pode ver anjo. Além disto, eles não se queimam ao entrar na atmosfera.

Daí João ver apenas uma estrela caindo. Ha-Satan e seus demônios são atirados contra a estação espacial, fazendo-a cair do céu a qual, ao entrar na atmosfera, pega fogo, dando a parecer ser uma grande estrela. Quando a estação espacial explode, cada demônio leva um fragmento para uma fonte ou rio, usando o mesmo para transmutar a água em absinto.

Afinal, como é possível que uma única estrela caísse exatamente em cima da terça parte dos rios e das fontes das águas, a menos que houvesse uma mente diabólica fragmentando esta estrela e fazendo seus pedaços caírem no lugar exato?

Enfim, esta estrela é a estação espacial conduzida por Ha-Satan, a estrela (anjo – Ap 1.20) que caiu do céu em Ap 12.7-9 (vista caída em Ap 9.1), cuja queda Jesus profeticamente via cada vez que os discípulos seguiam as ordens do Eterno em nome Dele (Lc 10.17,18) e que também fora profetizada por Isaías:

 

·        “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!” (Isaías 14.12).

 

·        “E o quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, e a terça parte da lua, e a terça parte das estrelas; para que a terça parte deles se escurecesse, e a terça parte do dia não brilhasse, e semelhantemente a noite.” (Ap 8.12).

 

No Antigo Testamento, o escurecimento do sol, lua e estrelas era uma figura de linguagem comum para expressar problema e comoção decorrentes do juízo divino (ver Is 13.10; 24.23; Jr 15.9; Ez 32.7; Am 8.9):

 

·        “Eis que vem o dia do SENHOR, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação, e dela destruir os pecadores. Porque as estrelas dos céus e as suas constelações não darão a sua luz; o sol se escurecerá ao nascer, e a lua não resplandecerá com a sua luz.” (Is 13.9,10).

·        “E será que naquele dia o SENHOR castigará os exércitos do alto nas alturas, e os reis da terra sobre a terra. E serão ajuntados como presos numa masmorra, e serão encerrados num cárcere; e outra vez serão castigados depois de muitos dias. E a lua se envergonhará, e o sol se confundirá quando o SENHOR dos Exércitos reinar no monte Sião e em Jerusalém, e perante os seus anciãos gloriosamente.” (Is 24.21-23).

·        “A que dava à luz sete se enfraqueceu; expirou a sua alma; pôs-se-lhe o sol sendo ainda de dia, confundiu-se, e envergonhou-se; e os que ficarem dela entregarei à espada, diante dos seus inimigos, diz o SENHOR.” (Jr 15.9).

·        “E, apagando-te eu, cobrirei os céus, e enegrecerei as suas estrelas; ao sol encobrirei com uma nuvem, e a lua não fará resplandecer a sua luz. Todas as brilhantes luzes do céu enegrecerei sobre ti, e trarei trevas sobre a tua terra, diz o Senhor DEUS.” (Ez 32.7,8).

·        “Diante dele tremerá a terra, abalar-se-ão os céus; o sol e a lua se enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor.” (Jl 2.10).

·        “Jurou o SENHOR pela glória de Jacó: Eu não me esquecerei de todas as suas obras para sempre. Por causa disto não extremecerá a terra, e não chorará todo aquele que nela habita? Certamente levantar-se-á toda ela como o grande rio, e será agitada, e baixará como o rio do Egito. E sucederá que, naquele dia, diz o Senhor DEUS, farei que o sol se ponha ao meio dia, e a terra se entenebreça no dia claro.” (Am 8.7-9).

 

Lua e estrelas sendo feridas no que se refere ao seu brilho não fazem muita diferença para nós nos dias de hoje. Todavia, o fato do sol ser ferido serve como demonstração de quebra da estabilidade:

 

·        “Temer-te-ão enquanto durarem o sol e a lua, de geração em geração.” (Sl 72.5).

·        “O seu nome permanecerá eternamente; o seu nome se irá propagando de pais a filhos enquanto o sol durar, e os homens serão abençoados nele; todas as nações lhe chamarão bem-aventurado.” (Sl 72.17).

·        “A sua semente durará para sempre, e o seu trono, como o sol diante de mim.” (Sl 89.36).

 

Esta ilustração, ao mostrar o poder do Eterno sobre coisas estáveis e permanentes, serve de confirmação para os que Nele creem de que Ele irá punir os ímpios:

 

·        “O que fala ao sol, e ele não nasce, e sela as estrelas.” (Jó 9.7).

·        “O sol para governar de dia; porque a sua benignidade dura para sempre;” (Sl 136.8).

·        “Assim diz o SENHOR, que dá o sol para luz do dia, e as ordenanças da lua e das estrelas para luz da noite, que agita o mar, bramando as suas ondas; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome.” (Jr 31.35).

 

Afinal, sol, lua e estrelas, que são tão benéficas para o homem, acabam sendo usados para a destruição dos mesmo.

Esta trombeta, em particular, lembra a nona praga do Egito (Êx 10.21-23). A diferença é que, lá, houve trevas espessas que se podiam apalpar por três dias; aqui, sol, lua e estrelas serão diminuídos de tamanho e, com isto, não só irão perder um terço de sua luminosidade, mas também irão se mover um terço mais rápido, de modo que o dia passará a ter 16 horas.

Aqui vale uma observação importante: em Gênesis 1.1 o Eterno criou o céu (singular) e a terra. Não é céus, como é traduzido em muitas versões, visto que sol, lua e estrelas foram criados apenas no quarto dia. Também é em virtude disto que podemos concluir que não é o sol quem define o dia. No primeiro dia da criação já havia a luz. O sol foi feito apenas para presidir o dia (e não para estabelecê-lo).

Além disto, note neste versículo (Ap 8.12) como é diferenciado o “escurecimento do sol, lua e estrelas” da “redução do brilho do dia e da noite”. Trata-se de dois eventos. Pelo fato de serem feridos sol, lua e estrelas, além de escurecerem, eles irão girar mais rápido, o que irá reduzir a duração do dia e da noite (Mt 24.22). Já que é o sol quem preside o dia, nada mais indicado que a luz (aquela criada no primeiro dia) também gire mais rápido.

Inclusive, por aqui pode-se ver que a ciência está errada ao afirmar o heliocentrismo. Que a terra é o centro do universo, basta pensar que a finalidade do sol, lua e estrelas é:

 

·        “E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos. E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi.” (Gn 1.14,15).

 

Antes de o Eterno criar a luz, o firmamento, etc., só havia o céu onde o Eterno habita e a terra (não havia mar). Do contrário, deveria ser dito: “no princípio Deus criou o céu e a água (já que três quartos do planeta hoje são água) Além disto, lembre-se que a porção seca chamada terra só surgiu no terceiro dia.

Logo, inicialmente só havia terra (e, talvez, rios). Os anjos habitavam aqui na terra junto com os dinossauros pacificamente (os dinossauros não eram maus, como retratam nos filmes – analise Ez 28.12-18). Quem iluminava a terra era o próprio Eterno e a terra era plana (tal como será depois do Juízo Final).

No entanto, com a rebelião de Ha-Satan, a terça parte dos anjos se corrompeu, os dinossauros se tornaram maus e então o Eterno, como juízo, teve que derramar água dos céus e fazer subir água do abismo a fim de destruir toda a corrupção promovida nesta primeira criação. Foi a partir daí que a terra, que como um todo era um jardim do Éden, se tornou sem forma e vazia (Gn 1.2). Afinal, completamente tomada de água, o planeta já não tinha mais um formato definido.

Ao recriar a terra, o Eterno criou o firmamento que veio a separar as águas e a servir de local para sol, lua e estrelas e fez com que o excesso de as águas que estão debaixo do firmamento se ajuntassem no abismo.

Obs: quando Jesus foi crucificado, a terra se escureceu ao meio dia (Mt 27.45). É bem provável que Jesus virá ao meio dia (horário de Israel - Am 8.9), já que muitos trechos associam a vinda do juízo do Eterno com escuridão (ver Is 5.30; 9.19; 13.10; Am 8.9).

 

·        “Então, vi e ouvi uma águia que, voando pelo meio do céu, dizia em grande voz: Ai! Ai! Ai dos que moram na terra, por causa das restantes vozes da trombeta dos três anjos que ainda têm de tocar!” (Ap 8.13 – ARA2).

 

Dois ais são ouvidos em Ap 18.10,16,19. Três ais, contudo, apenas em Apocalipse 8.13 é ouvido.

Águia normalmente é usado como símbolo de um exército que vem rapidamente para executar o juízo do Eterno, devorando aqueles que se apostataram do caminho do Eterno.

 

·        “O SENHOR levantará contra ti uma nação de longe, da extremidade da terra, que voa como a águia, nação cuja língua não entenderás;” (Dt 28.49).

·        “PÕE a trombeta à tua boca. Ele virá como a águia contra a casa do SENHOR, porque transgrediram a minha aliança, e se rebelaram contra a minha lei.” (Os 8.1).

·        “E os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos, e mais espertos do que os lobos à tarde; os seus cavaleiros espalham-se por toda parte; os seus cavaleiros virão de longe; voarão como águias que se apressam a devorar.” (Hc 1.8).

·        “E os meus dias são mais velozes do que um correio; fugiram, e não viram o bem. Passam como navios veleiros; como águia que se lança à comida.” (Jó 9.25,26).

 

Daí Jesus dizer: onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias. (Lc 17.37).

E repare como, de fato, três exércitos vêm repentinamente:

 

·        5ª trombeta: exército de gafanhotos vêm rapidamente para roubar a paz e a sanidade de quem adora a besta;

·        6º trombeta: um exército de 20.000 vezes dez milhares vem rapidamente para matar a terça parte da terra

·        7ª trombeta: o exército de Cristo vem para arrebatar os Seus daqueles que estão na companhia de seus entes queridos impenitentes.

 

Aqui cabe uma pergunta: meio do céu é com relação à distância terra-céu ou à posição do sol ao meio dia? E o que isto significa?

A águia voa pelo meio do céu, ou seja, ela está posicionada no lugar mais notável, onde ninguém possa se desculpar dizendo que não viu.

Os que moram na terra está em contraste com os que habitam no céu. Afinal, nossa habitação é no céu (Sl 91.1; Ef 1.3; 2.6; Fp 3.20).

 

 

 

 

 

 

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