APOCALIPSE 8
A
primeira e segunda trombetas lembram as pragas do Egito.
A
terceira trombeta lembra Elias fazendo descer fogo do céu.
A
quarta e quinta trombeta lembram a praga da escuridão no Egito.
Entendendo
a ordem dos acontecimentos:
·
antes
de tudo, os cinco primeiros selos são abertos.
·
Após
o clamor dos mártires, as sete trombetas são tocadas. Então, o sexto e sétimo
selos são abertos,
·
a
Igreja é arrebatada (a legítima arca da aliança é vista no seu local adequado –
Ap 11.19),
·
as
orações de todos os santos são oferecidas com incenso sobre o altar de ouro,
·
parte
do fogo que há neste altar é lançado na terra,
·
relâmpagos,
vozes, trovões, terremotos e grande saraivada são manifestos na terra (Ap 11.19) e, finalmente,
·
as
sete taças são derramadas.
Para
ser mais exato: os quatro primeiros selos revelam as quatro faces do
anticristo. O quinto selo revela a oração dos mártires. O sexto selo é a
resposta a esta oração, a saber, a vinda de Cristo para arrebatar Sua Noiva. E
o sétimo selo é o silêncio que fica no céu quando todos acompanham Jesus quando
Ele vem para arrebatar a Igreja.
O
sexto selo ocorre por ocasião do arrebatamento. Afinal, enquanto no sexto selo
os homens se escondem, no Armagedom eles vão ao
encontro de Jesus para lutar contra Ele. Isto confirma que Jesus vem 3 dias e
meio depois da primeira metade da 70ª semana.
Inclusive,
note como os julgamentos que Jesus traz à terra através das taças não é pensada
como meros desastres naturais. Todos têm certeza de que trata-se
do julgamento do Eterno (veja Ap 16.9,11; Ap 19.19).
Ainda
temos que considerar que, enquanto Ap 6.14 os montes
e ilhas mudaram de lugar (já que a terra irá ficar plana), em Ap 16.20 eles desaparecem. Afinal, na hora que Jesus for
julgar, apenas um monte é para permanecer: o Dele.
Obs: não há intervalo entre as quatro primeiras trombetas.
Cada anjo toca sua trombeta até que tudo que deve acontecer sob ela se consume
e o próximo anjo comece a tocar. Já entre as três últimas trombetas, há um
ligeiro intervalo entre elas.
·
“E, havendo aberto o sétimo
selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora.” (Ap
8.1).
Muitos
acham que o sétimo selo ainda não foi revelado, mas o silêncio é apenas para
mostrar que seu conteúdo permanece um mistério.
Outros
tentam analisar o uso da palavra “hora” ao longo da Escritura Sagrada:
·
“Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é
chegada a minha hora.” (João 2.4);
·
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros
adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais
que assim o adorem.” (João 4.23);
·
“Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é,
em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão.”
(João 5.25);
·
“Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que
todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.” (João 5.28);
·
“Disse-lhes, pois, Jesus: Ainda não é chegado o meu tempo,
mas o vosso tempo sempre está pronto. O mundo não vos pode odiar, mas ele me
odeia a mim, porquanto dele testifico que as suas obras são más. Subi vós a
esta festa; eu não subo ainda a esta festa, porque ainda o meu tempo não
está cumprido.” (João 7.5-8);
·
“Procuravam, pois, prendê-lo, mas ninguém lançou mão dele,
porque ainda não era chegada a sua hora.” (João 7.30);
·
“Estas palavras disse Jesus no lugar do
tesouro, ensinando no templo, e ninguém o prendeu, porque ainda não era
chegada a sua hora.” (João 8.20);
·
“E Jesus lhes respondeu, dizendo: É chegada a hora em que
o Filho do homem há de ser glorificado.” (João 12.23);
·
“Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me
desta hora; mas para isto vim a esta hora.” (João 12.27);
·
“Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era
chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os
seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim.” (João 13.1);
·
“Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que
qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus.” (João 16.2);
·
“Mas tenho-vos dito isto, a fim de que, quando chegar aquela hora, vos lembreis de que já vo-lo
tinha dito. E eu não vos disse isto desde o princípio, porque estava convosco.”
(João 16.4);
·
“A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é
chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já não se
lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo.” (João
16.21);
·
“Eis que chega a hora, e já se aproxima, em que vós sereis
dispersos cada um para sua parte, e me deixareis só; mas não estou só, porque o
Pai está comigo.” (João 16.32);
·
“Jesus falou assim e, levantando seus olhos ao céu, disse: Pai, é
chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique
a ti;” (João 17.1);
·
“Estando de longe pelo temor do seu tormento, dizendo: Ai! ai daquela grande Babilônia, aquela forte cidade! pois numa
hora veio o seu juízo.” (Ap 18.10);
·
“E lançaram pó sobre as suas cabeças, e clamaram, chorando, e
lamentando, e dizendo: Ai, ai daquela grande cidade! na qual todos os que
tinham naus no mar se enriqueceram em razão da sua opulência; porque numa
hora foi assolada.” (Ap 18.19).
Em
todos estes casos a palavra “hora” é usada no sentido figurado, apontando para
um momento específico em especial. Contudo aqui, como veremos, a “meia-hora” é
literal.
João,
que vinha escutando louvor por todos os lados, inclusive o cântico jubilante da grande multidão que chega após a Grande
Tribulação, agora é levado a aguardar por meia hora a próxima revelação. A
finalidade deste é propiciar um ambiente solene de total temor reverente a fim
de que todos possam ver que todas as orações de todos os
santos de todos os tempos permaneceu guardada na presença do Eterno.
Nenhuma se perdeu.
Profeticamente,
após abrir o sétimo selo, há um silêncio no céu de meia-hora. Este silêncio
acontece porque todos saíram do céu para acompanhar a Cristo em Sua vinda para
arrebatar a Igreja.
Veja
como os acontecimentos se encaixam:
·
“Porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior
do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do homem no seu dia.”
(Lucas 17.24).
Um
relâmpago dura cerca de dois segundos. Como Jesus disse que virá como um
relâmpago (e não igual a um), isto quer dizer que Sua manifestação em uma
determinada cidade não precisa ser de, necessariamente, dois segundos (pode ser
quatro ou cinco segundos, por que não?).
Neste
caso, imagine Jesus vindo com Seus anjos para arrebatar a Igreja e passando de
cidade em cidade para arrebatar os Seus (a saber, os anjos tomando os
escolhidos do Eterno do lugar onde estão e os levando até Jesus – Mateus 24.31).
Todos verão os indivíduos sendo arrebatados (inclusive o inferno, já que o
Eterno lhes permitirá enxergar este evento – Ap 1.7).
Esta peregrinação total pelo mundo irá durar trinta minutos.
Voltando
à visão de João, durante a meia-hora de silêncio, João viu que não foram apenas
as orações dos mártires que foram ouvidas no céu. Após as orações dos mártires,
será trazida à presença do Eterno, durante meia hora, todas as orações de todos
os santos e, em seguida, são tocadas as sete trombetas (atendendo o pedido dos mártires – Ap 6.9-11).
Após toda a Igreja ter sido alertada pelas trombetas, o sexto e o sétimo selos são abertos, a Igreja é arrebatada (durante
trinta minutos) e, por fim, as sete taças são derramadas.
Mesmo
sendo esta meia hora literal, não pense que tal tempo será necessariamente
pequeno. As coisas podem parecer grandes ou pequenas dependendo do contexto.
Imagine, por exemplo, um pregador da Escritura Sagrada parando o sermão e
ficando em silencio por cinco minutos que seja (sem ninguém saber o porquê do
silencio e até quando o mesmo durará). Este silêncio pareceria uma eternidade.
O
silêncio pode ser mais aterrador do que se imagina. Note como o silêncio de
Cristo, quando foi preso, incomodava as autoridades (Mc 14.60; 15.4). De igual
modo, o silêncio de Cristo, quando perguntado acerca do que fazer com a mulher
pega em flagrante adultério, deixou o povo extremamente ansioso, a ponto de
exigir Dele, a qualquer custo, uma resposta (João 8.7).
Além
disto, é justamente o que cada um faz com os pequenos momentos da sua vida que
realmente irão determinar quem ele será. A maioria quer viver de grandes em
grandes momentos ou quer forçar a presença cada vez maior de grandes momentos
através de drogas e vícios. Há tanto alvoroço e barulho na alma, que o
indivíduo não consegue alcançar a felicidade nas coisas pequenas e simples da
vida.
A arte de saber aproveitar os pequenos
momentos é que irá diferenciar um ser humano do outro. Muitos não atingem todo
o potencial que o Eterno projetou porque ignoraram momentos valiosos só porque
não eram capazes de enxergar o valor do silêncio, da rotina, etc.
Muitos
ministérios ficam infrutíferos porque seus membros dispensam o silêncio. Fomos
acostumados a supor que relacionamento é para fazer coisas e obter resultados e
recompensas. Todavia, considerando que o Eterno está no Seu santo templo, nosso
papel ao irmos diante Dele é nos calarmos para
ouvirmos Sua voz (e não para fazermos coisas para Ele ou alguém, se dizendo
sacerdote, fazer coisas por Ele). A verdade é que, nas Instituições religiosas,
não há espaço para o próprio Jesus se manifestar (Hc
2.20) no culto onde, teoricamente, é o centro das atenções.
Muitos
relacionamentos não são fortalecidos porque uns não sabem ouvir os outros, nem
permanecerem parados e calados em solidariedade à dor deles. Infelizmente fomos
induzidos a pensar que resultados só podem ser obtidos através de força e
violência (daí Zc 4.6), mas a verdade é que nenhuma
real obra acontece externamente sem que, antes de tudo, comece no interior de
quem as está executando.
Quem
não é de Jesus, como o faraó do Egito, pode até ficar atemorizado diante das 10
pragas, pode até ceder por alguns instantes, mas jamais aceitará ficar livre do
coração de pedra. Um trovão pode até alarmar, mas jamais curar um coração
doente; um terremoto pode abalar uma casa, mas jamais reparar ou limpá-la. De
igual modo, o julgamento do Eterno pode abalar o coração de alguém, mas jamais subjulgá-lo. Se alguém não é capaz de aceitar o doce
chamado de Jesus, muito menos irá aceitar seu chamado por meio de castigos
severos.
·
“E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu
pai, pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não
venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os
profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não, pai Abraão;
mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém,
Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão,
ainda que algum dos mortos ressuscite.” (Lc
16.27-31).
Além
do mais, no
templo israelita, era costume o soar de instrumentos musicais e cantos
ressoarem durante as ofertas e sacrifícios. Todavia, na hora de oferecer o
incenso, todos ficaram orando em silencio (Lc 1.10).
Com
base em tudo isto, considerando que o céu é lugar de constante louvor (Ap 4.8-11) e que do trono saíam relâmpagos, e trovões, e
vozes (Ap 4.5,8), um silêncio por meia hora será um
longo tempo.
Talvez
o silêncio seja com relação a tudo isto que acompanha o término dos selos,
taças e trombetas.
Sem
contar que a espera pelo julgamento a vir é algo angustiante. Imagine um
indivíduo condenado a uma seção de açoites. Qual é pior: a espera, já
imaginando e até sentindo as dores que estão por vir, ou o castigo propriamente
dito?
Quando
o sétimo selo foi aberto, foi visto o julgamento sobre a terra (tão desejado
pelos mártires). Só que, antes do julgamento propriamente digo, as trombetas
iriam avisar a Igreja. Depois do arrebatamento, sim, virá a queda da Grande
Babilônia, o derramar das taças, a batalha do Armagedom
e, finalmente, da separação entre bodes e ovelhas.
·
“E vi os sete anjos, que estavam diante de Deus, e foram-lhes dadas
sete trombetas.” (Ap 8.2).
O
artigo definido “os” indica que se trata de sete anjos específicos e bem
conhecidos: sete anjos que estavam diante do trono do Eterno:
·
“João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja
convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete
espíritos que estão diante do seu trono;” (Apocalipse 1.4).
É
bem provável que se trate de arcanjos:
·
“Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias,
e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei
ali com os reis da Pérsia.” (Daniel 10.13).
Se
este for o caso, então existe sete arcanjos, onde Gabriel seria um deles
(analise a expressão sublinhada e que, um arcanjo, não deixa de ser um anjo):
·
“E, respondendo o anjo, disse-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto
diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas.” (Lc 1.19).
Inclusive,
quem sabe em várias passagens onde é mencionado o “anjo do Senhor”, o mesmo é
um destes sete anjos?
Quem
sabe também não são eles os anjos dos pequeninos:
·
“Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos
digo que os seus anjos nos céus sempre vêem a face
de meu Pai que está nos céus.” (Mateus 18.10).
É
bem provável que são estes sete anjos que também derramam as taças, já que os
mesmos são vistos entrando e saindo do santuário celestial (Ap
15.1,6).
Fica uma questão: quem deu estas
trombetas aos sete anjos?
·
“E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de
ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os
santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono.” (Ap
8.3).
Aqui
aparece um outro anjo que exerce, no céu, a mesma função que
os sacerdotes do Antigo Testamento exerciam na terra. Muitos pensam que
este anjo é Jesus agindo como mediador (1Tm 2.5), visto que algumas das
referências a Anjo do Senhor no Testamento da Lei se refere a Jesus. Todavia,
quando o Apocalipse se refere a Jesus, isto é dito claramente, seja pelo Seu
nome ou títulos.
Além
disto, este anjo não está exercendo a função intercessória
de Cristo (ele não está levando as orações até o Eterno, muito menos orando em
favor de alguém na terra). O que o anjo está fazendo é ir até o altar do
holocausto para recolher os clamores de todos os santos e, então, ajuntá-los
com as orações de louvor (que funcionam como incenso – Ap
5.8) que lhe foram dadas por alguém sobre o altar de ouro, onde então,
finalmente, todos os clamores serão queimados, ou seja, atendidos.
Note
que todos os clamores são transformados em cinza a fim de alimentar o fogo da
disciplina e juízo. Contudo, isto só acontece junto com o incenso do louvor e
gratidão, o qual torna o clamor em cheiro suave e agradável ao Eterno (ver Fp 4.6).
Isto
nos ensina que nenhuma oração (ou mesmo ação) que não é fruto de gratidão e
louvor ao Eterno sobe até Sua presença:
·
“Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de
louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.” (Hb 13.15).
Sem
gratidão e louvor, toda oração é egoísta, mesquinha, interesseira.
Há
uma diferença, no entanto, a ser ressaltada: os sacerdotes do Testamento da Lei
ofereciam apenas incenso, enquanto que este anjo estava oferecendo as orações
dos santos junto com o incenso. Ou seja, os sacerdotes do Testamento da Lei
ofereciam perfume vazio.
Repare
como este anjo não tinha nem as orações dos santos, nem o incenso. O incenso
foi dado a eles pelos quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos. Estes tinham
harpas e salvas de ouro cheias de odores (odours, em
inglês – Ap 5.8), que são as orações de louvor daqueles
que são separados para uso exclusivo do Eterno (elas exalam o perfume da
Escritura Sagrada diante Dele - 2Co 2.14-16). Daí
serem chamadas de odores (lamentavelmente, em português, elas são chamadas de
incenso).
Ou
seja, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos são os guardiães das
orações de louvor e gratidão dos santos, as quais serão entregues para ser
oferecidas com incenso no momento certo.
Quem
é que não quer que sua oração seja cheiro suave?
·
“Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e as
minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde.” (Sl
141.2).
Não
importa o quanto nossa oração possa ser bem feita: ela
necessita do perfume da Palavra Viva do Eterno (orar em nome de Jesus, como se
fosse Ele em pessoa que estivesse orando). É a voz do Eterno que acrescenta fé
à nossa oração (Rm 10.17), de modo que ela possa
subir com o cheiro adequado às narinas do Eterno.
·
“E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão
do anjo até diante de Deus.” (Ap 8.4).
Fumaça
está sempre relacionado a juízo, a não ser quando está relacionado com os
sacrifícios feitos em honra ao Eterno. Neste caso, em particular, está sendo
dito que o clamor dos santos, por ser oferecido junto com o incenso das orações
de louvor e gratidão, acabaram sendo levadas em meio ao cheiro suave do
incenso, desde a mão do anjo (onde estavam as orações) até diante do Eterno.
Ou
seja, estas orações foram recebidas com bom grado, sendo que as orações de
louvor e gratidão servem para purificar o clamor feito pelos santos.
Repare
como no versículo anterior é dito que foi necessário muito incenso, não só
porque a quantidade de clamor era grande, mas também para nos ensinar que
gratidão e louvor têm que ser mais abundantes que os clamores.
Obs.:
no apocalipse vemos orações (louvores) sendo dirigidos ao Cordeiro (por
exemplo, Ap 5.12,13, 7.10).
·
“E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar, e o
lançou sobre a terra; e houve depois vozes, e trovões, e relâmpagos e terremotos.”
(Ap 8.5).
Algo
similar é feito em Ezequiel 10.2:
·
“E falou ao homem vestido de linho, dizendo: Vai por entre as
rodas, até debaixo do querubim, e enche as tuas mãos de brasas acesas dentre os
querubins e espalha-as sobre a cidade. E ele entrou à minha vista.” (Ez 10.2).
Aí,
no entanto, nenhum incenso é colocado nas brasas. E repare como cada trombeta atua
em uma das áreas da terra que mantém o homem escravo de preocupações.
Há
uma nova força criadora do Espírito Santo construindo novos céus e terra, a
qual emergirá quando os céus e a terra forem abalados:
·
“Vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não escaparam
aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos
desviarmos daquele que é dos céus; a voz do qual moveu então a terra, mas agora
anunciou, dizendo: Ainda uma vez comoverei, não só a terra, senão também o céu.
E esta palavra: Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas
feitas, para que as imóveis permaneçam.” (Hb 12.25-27).
Já
percebeu como momentos de grande e terrível crise e destruição podem acelerar o
progresso?
·
A
nação e o templo judeu tiveram que ser derrubados para que os israelitas fossem
espalhados pelo mundo afora e todos pudessem ver que não há mais necessidade de
cultuar o Eterno em templo feito por mão de homens, muito menos cumprir rituais
(se bem que a grande maioria dos indivíduos se recusam a aprender a lição
ensinada em João 4.21).
·
Luta
e derramamento de sangue na segunda guerra mundial foram necessários para que
Israel fosse novamente reconhecido como nação e voltasse a ter seu território
de volta.
·
A
Guerra de Secessão teve que acontecer nos Estados Unidos para que a escravidão
caísse por terra.
A
verdade é que, qualquer julgamento que vem sobre nós, sobre a Igreja ou o
planeta como um todo é, antes de tudo, consequência das atividades que
acontecem nas regiões celestiais. Os selos, trombetas e taças servem para
ilustrar esta verdade.
Cabe
a nós descobrirmos se os acontecimentos à nossa volta são uma revelação do que
está por vir (sela), um aviso (trombeta) ou o julgamento pelos nossos pecados
(taça).
O
anjo toma, então, fogo do altar sobre o qual os santos têm sido sacrificados
como oferta ao Eterno (o mesmo fogo purificador de Isaías 6.6) e o lança sobre
a terra (a fim de que isto possa consumir o pecado pelo qual este fogo foi
aceso), dando início ao julgamento das taças. Inclusive, os trovões,
relâmpagos, vozes e terremoto, por estarem acompanhados de fogo, são um símbolo
do juízo divino que irá imediatamente começar. Normalmente o trovão vem depois
do relâmpago. Aqui não, para mostrar que não se trata de uma tempestade normal,
mas de sinais extraordinários acontecendo.
Que
fique claro: embora as trombetas são citadas a seguir, de Apocalipse 8.6 até 15.4
temos um parênteses. Assim, após o anjo lançar fogo do
altar do incenso na terra, os sete anjos que tinham as sete últimas pragas entram
e saem do templo do tabernáculo do testemunho no céu preparados para lançar estas
pragas sobre a terra (Ap 15.5,6). Este lugar é onde
está a Igreja. Ou seja é a presença da Igreja
vitoriosa no céu que veste os anjos de autoridade para derramar as taças
(lembre-se que desde Ap 11.19 que a Igreja, ou seja,
arca da aliança, está no seu lugar).
Isto
condiz com o que a Escritura Sagrada diz acerca dos métodos usados por Jesus
para salvar:
·
“Com coisas tremendas em justiça nos responderás, ó Deus da
nossa salvação; tu és a esperança de todas as extremidades da terra, e daqueles
que estão longe sobre o mar.” (Sl 65.5).
·
“Vim lançar fogo na terra; e que mais quero, se já está aceso?
Importa, porém, que seja batizado com um certo batismo; e como me angustio até que
venha a cumprir-se!” (Lc 12.49,50).
Estes
fenômenos são o anúncio de que o julgamento vai começar. O fogo do juízo já
estava aceso na época de Jesus. Agora finalmente Jesus lança este fogo na terra
por meio do Seu anjo.
·
“Vim lançar fogo na terra; e que mais quero, se já está aceso?”
(Lc 12.49).
Trovões,
relâmpagos e terremotos são símbolos do juízo divino, elementos comuns no
julgamento do Eterno (Js 10:11; Jó 38:22-23; Sl 78.47; 105.32-33; 148.8; Ez
10.2-7; Ag 2.6).
·
“E os sete anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se para
tocá-las.” (Ap 8.6).
As
trombetas soam a fim de que os mártires possam alcançar o repouso que o Eterno
lhes ordenou Ap 6.11.
Significantemente, as orações daqueles
que são de Jesus são uma confirmação para principados e potestades de que a
destruição dos ímpios e da impiedade pelo Eterno (Sf
1.3) são algo justo (2Ts 1.4-7). Afinal, como os anjos sempre tiveram corpo
glorificado, eles não conhecem na carne a dor causada pelo pecado e suas
consequências.
Cada trombeta
tem duas finalidades:
·
Avisar
Israel de que eles deveriam abandonar Jerusalém (Ap
18.4), visto que aqueles rituais religiosos realizados em Jerusalém pelo
anticristo e seu falso profeta não estavam agradando ao Eterno:
o
O
anticristo não era o verdadeiro Messias;
o
A
verdadeira Jerusalém não é da terra, mas do céu (Gl
4.25,26);
o
Aqueles
que ali estavam não eram os verdadeiros israelitas (Rm
9.6), mas sim sinagoga de Ha-Satan (Ap 2.9; 3.9);
o
O
verdadeiro culto não é externo (como no Antigo Testamento), mas no coração (Rm 12.1,2);
o
O
Eterno não habita em templos feitos por mãos de homens (Is
66.1,2; At 7.48; 17.24), mas na vida dos que creem em Jesus (1Co 3.16; 6.19;
2Co 6.16).
·
Avisar
a Igreja que Jesus estava prestes a vir a fim de não serem envergonhados na Sua
vinda (1Jo 2.28).
Repare como
que a destruição promovida nas trombetas tem sempre por base a terça parte:
·
1ª
Trombeta: a terça parte da terra e vegetação é queimada;
·
2ª
Trombeta: a terça parte do mar vira sangue;
·
3ª
Trombeta: a terça parte dos rios e fontes das águas converteu-se em absinto;
·
4ª
Trombeta: a terça parte do sol, lua e estrelas escurece;
·
6ª
Trombeta: a terça parte dos seres humanos morre.
Observe
também que as trombetas têm a ver, direta ou indiretamente, com fogo:
·
1ª
Trombeta: houve saraiva e fogo misturado com sangue;
·
2ª
Trombeta: foi lançada no mar uma coisa como um grande monte ardendo em fogo;
·
3ª
Trombeta: caiu do céu uma grande estrela ardendo como uma tocha;
·
4ª
Trombeta: quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça parte do sol
(que lembra uma bola de fogo)
·
5ª
Trombeta: subiu fumaça como que de uma grande fornalha;
·
6ª
Trombeta: foi morta a terça parte da terra pelo fogo, fumaça e enxofre que
saíam da boca dos cavalos.
E
não é para menos, já que o anjo encheu o seu incensário com fogo do altar e o
atirou na terra. Parte das trombetas lembram as pragas do Egito. Muitas das
vezes que o Eterno ia punir Israel, ele usava o Egito como um modelo de
destruição e invasão (ver Is 10:22-25; 11:12-16;
30:30; Jr 16:14-15; 23:7-8; Ez 38:22; Jl 2:30; Mq 7:15) (Amós 2:10;
4:10; 8:8-9; 9:5-7).
Detalhe:
há semelhança entre as trombetas e as pragas do Egito:
·
Fogo
e saraiva (Êx 9.24);
·
Água
tornada em sangue (Êx 7.19);
·
Escuridão
(Êx 10.21);
·
Gafanhotos
(Êx 10.12)
·
Morte,
só que ao invés de serem os primogênitos é um terço da população (Êx 9.18).
Também
repare que:
·
A
primeira trombeta atingiu diretamente a vegetação (e provavelmente as aves);
·
A
segunda trombeta atingiu a vida animal terrestre também;
·
A
terceira trombeta atinge também o ser humano;
·
A
quarta trombeta atinge também o segundo céu (onde estão os astros e estrelas).
·
“E o primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve saraiva e fogo
misturado com sangue, e foram lançados na terra, que foi queimada na sua terça
parte; queimou-se a terça parte das árvores, e toda a erva verde foi queimada.”
(Ap 8.7).
Algo
semelhante é mencionado em Joel 2.30.
Repare
que toda erva verde é queimada, e não apenas uma terça parte dela.
Quanto
à saraiva, em vários trechos do Antigo Testamento ela é vista como fonte de
juízo (algumas vezes acompanhada de fogo:
·
“Converteu as suas chuvas em saraiva, e fogo abrasador na sua terra.” (Sl 105.32)
·
“Também entregou o seu gado à saraiva, e os seus rebanhos
aos coriscos.” (Sl 78.48).
·
“Ou entraste tu até aos tesouros da neve, e viste os tesouros da
saraiva, que eu retenho até ao tempo da angústia, até ao dia da peleja e
da guerra?” (Jó 38.22-23).
·
“E o SENHOR trovejou nos céus, o Altíssimo levantou a sua voz; e
houve saraiva e brasas de fogo.” (Sl 18.13).
·
“Feri-vos com queimadura, e com ferrugem, e com saraiva,
em toda a obra das vossas mãos, e não houve entre vós quem voltasse para mim,
diz o SENHOR.” (Ag 2.17).
·
“E o SENHOR fará ouvir a sua voz majestosa e fará ver o
abaixamento do seu braço, com indignação de ira, e labareda de fogo consumidor, raios e dilúvio e
pedras de saraiva.” (Is 30.30).
·
“Dize aos que a cobrem com argamassa não temperada que ela
cairá. Haverá uma grande pancada de chuva, e vós, ó pedras grandes de saraiva,
caireis, e um vento tempestuoso a fenderá.” (Ez
13.11).
·
“E contenderei com ele por meio da peste e do sangue; e uma
chuva inundante, e grandes pedras de saraiva, fogo, e enxofre farei
chover sobre ele, e sobre as suas tropas, e sobre os muitos povos que estiverem
com ele.” (Ez 38.22).
Quanto
à destruição da terça parte das árvores, é bem provável que, ao invés de terem
sido destruídas todas árvores existentes em um terço da terra, foram destruídas
um terço das árvores ao longo do mundo todo por onde foi passando esta “tempestade” (ainda mais considerando que toda erva
verde foi queimada).
Quando
o primeiro anjo tocou a trombeta, ocorreu algo semelhante ao que se deu no
Egito (a sétima praga - Êx 9.23-25). A diferença é
que, aqui, choveu saraiva e o fogo misturado com sangue, enquanto que lá choveu
apenas saraiva, com fogo misturado na saraiva correndo pela terra.
Lá
a saraiva feriu tudo quanto havia no campo, desde os homens até aos animais,
bem como toda a erva do campo, e quebrou todas as árvores campestres.
Aqui
saraiva e fogo queimaram a terça parte da terra, das árvores, toda erva verde,
bem como ocasionou a morte de muitas aves (visto que havia sangue misturado no
fogo e saraiva).
Também
esta praga lembra o modo de o Eterno contender com Gog:
·
“E contenderei com ele por meio da peste e do sangue; e uma
chuva inundante, e grandes pedras de saraiva, fogo, e enxofre farei chover
sobre ele, e sobre as suas tropas, e sobre os muitos povos que estiverem com
ele.” (Ez 38.22).
Sangue
e fogo são frequentemente combinados como símbolo de julgamento (ver Is 9.5; Ez 21.32; 38.22). Mas
afinal: por que misturado com sangue? Sangue é sinônimo de vida, mas também de vingança
(Nm 35.12,19,21,24,25,27; Dt
19.6,12; Js 20.3,5). Basta pensar que o pecado é
vingado por meio de derramamento de sangue.
·
“E o segundo anjo tocou a trombeta; e foi lançada no mar uma coisa
como um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do
mar. E morreu a terça parte das criaturas que tinham vida no mar; e perdeu-se a
terça parte das naus” (Ap 8.8,9).
O
fogo é usado como símbolo de julgamento:
·
“Assim me mostrou o Senhor DEUS: Eis que o Senhor DEUS clamava,
para contender com fogo; este consumiu o grande abismo, e também uma parte da
terra.” (Am 7.4).
Esta
trombeta, em particular, lembra a primeira praga que veio sobre o Egito (Êx 7.20,21).
Lembra
também a queda das muralhas de Jericó, quando sete sacerdotes, após rodearem a
cidade durante sete dias (sendo que, no sétimo dia, eles a rodearam sete vezes),
tocaram suas sete trombetas e, na sétima vez que tocaram, o povo gritou, as
muralhas caíram e todo o povo foi destruído (Js
6.13-21).
Vem
a questão: o que vem a ser este monte de Apocalipse 8.8?
Note
como os grandes atos do Eterno são manifestados em cima de grandes rochas, as
quais são líderes poderosos:
·
“Quem és tu, ó grande
monte? Diante de Zorobabel tornar-te-ás uma
campina; porque ele trará a pedra angular com aclamações: Graça, graça a ela.”
(Zc 4.7).
·
“Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que
os montes se transportem para o meio dos mares.” (Sl
46.2) – perceba quão grande
transtorno é causado quando um líder poderoso é transportado para o meio da
plebe (e ficando sob a influência deles).
·
“Eis-me aqui contra ti, ó monte destruidor, diz o SENHOR,
que destróis toda a terra; e estenderei a minha mão contra ti, e te revolverei
das rochas, e farei de ti um monte de queima. E não tomarão de ti pedra para
esquina, nem pedra para fundamentos, porque te tornarás em assolação perpétua,
diz o SENHOR” (Jr 51.25,26).
E
Jesus usa esta mesma figura de linguagem dos profetas:
·
“Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Em verdade vos digo que,
se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas
até se a este monte disserdes: Ergue-te, e precipita-te no mar, assim
será feito;” (Mt 21.21).
Mas
afinal: como um “simples” monte, ainda que ardendo em fogo, pode tornar em sangue
a terça parte do mar e causar a morte de um terço das criaturas que existiam no
mar e fazer com que um terço das naus se perdesse?
Perceba
que não é uma grande montanha, mas algo que se parece com isto, já que uma
grande montanha não poderia transformar água em sangue, muito menos destruir a
terça parte dos navios.
O
que me parece mais razoável é que trata-se de uma arma
que está sendo inventada pela “elite global” e que está prestes a ser lançada
contra a raça humana. Desde a transmutação da água em sangue (ou água em vinho
por Jesus) em Êxodo, outros tipos de transmutação vem
sendo testadas pelo DARPA (sendo já de antemão celebrada nos filmes com o
intuito de verificar-se os possíveis efeitos colaterais da mesma). Como exemplo
temos a transmutação do carvão em diamante.
Talvez
esta arma já até esteja pronta. É bom notar que a Escritura Sagrada diz esta
coisa semelhante a monte foi lançada (ou seja, foi algo intencional, e não um
acidente). Também observe que não é dito quem lançou ou de onde. Logo, embora
isto possa ser um meteoro lançado do céu pelo Eterno como instrumento para
transmutar água em sangue, eu creio que trata-se de
uma substância lançada pela elite global.
·
“E o terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande
estrela ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios, e sobre as
fontes das águas. E o nome da estrela era Absinto, e a terça parte das águas
tornou-se em absinto, e muitos homens morreram das águas, porque se tornaram
amargas.” (Ap 8.10,11).
Queda
de coisas muito altas muitas vezes é visto como julgamento (Mt
24.29), visto que tudo que é elevado entre os homens é abominação diante do
Eterno (Lc 16.15).
Quando
o terceiro anjo tocou sua trombeta, a estrela Absinto caiu sobre as fontes e a
terça parte dos rios, fazendo que a terça parte destas águas virasse absinto e
ficasse amarga, levando muitos a morrerem.
Absinto
representa:
·
Amargura:
o “Ora, não é somente
convosco que faço este pacto e este juramento, mas é com aquele que hoje está
aqui conosco perante o Senhor nosso Deus, e também com aquele que hoje não está
aqui conosco para que entre vós não haja homem, nem mulher, nem família, nem
tribo, cujo coração hoje se desvie do Senhor nosso Deus, e vá servir aos deuses
dessas nações; para que entre vós não haja raiz que produza veneno e fel, e
aconteça que alguém, ouvindo as palavras deste juramento, se abençoe no seu
coração, dizendo: Terei paz, ainda que ande na teimosia do meu coração para
acrescentar à sede a bebedeira.” (Dt 29.14,15,18,19 -
ARC).
o “E disse o SENHOR:
Porque deixaram a minha lei, que pus perante eles, e não deram ouvidos à minha
voz, nem andaram nela, antes andaram após o propósito do seu próprio coração, e
após os baalins, como lhes ensinaram os seus pais.
Portanto assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Eis que darei de
comer losna a este povo, e lhe darei a beber água de fel.” (Jr 9.13-15)”.
o “Mas nos profetas
de Jerusalém vejo uma coisa horrenda: cometem adultérios, e andam com
falsidade, e fortalecem as mãos dos malfeitores, para que não se convertam da
sua maldade; eles têm-se tornado para mim como Sodoma, e os seus moradores como
Gomorra. Portanto assim diz o SENHOR dos Exércitos acerca dos profetas: Eis que
lhes darei a comer losna, e lhes farei beber águas de fel; porque dos profetas
de Jerusalém saiu a contaminação sobre toda a terra.” (Jr 23.14,15).
·
Injustiça:
“Vós que converteis o juízo em alosna,
e deitais por terra a justiça.” (Am 5.7).
·
Dor:
o “Porque os lábios
da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais suave do que o
azeite. Mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois
gumes.” (Pv 5.3,4).
o “Fartou-me de
amarguras, embriagou-me de absinto.” (Lamentações 3.15)
o “Lembra-te da minha
aflição e do meu pranto, do absinto e do fel.” (Lamentações 3.19).
Que
a água amarga é nociva para a saúde, basta olhar para quando o povo saiu do
Egito:
·
“Então, chegaram a Mara; mas não puderam beber as águas de Mara,
porque eram amargas; por isso, chamou-se o seu nome Mara.” (Êxodo 15.23).
Note
como o Eterno, neste momento, transforma água amarga em doce, o contrário do que se deu nesta trombeta.
E,
conforme disse Noemi, Mara significa amargura:
·
“Porém ela lhes dizia: Não me chameis Noemi; chamai-me Mara,
porque grande amargura me tem dado o Todo-poderoso.” (Rute 1.20).
Vem
a questão: que vem a ser esta estrela?
Analisemos
os fatos:
·
Aqui
uma grande estrela cai do céu.
·
Em Ap 9.1 uma estrela é vista já tendo caído na terra (é bom
lembrar que estrela é usada para simbolizar anjos).
·
Em Ap 12.7-9 Ha-Satan e seus
demônios são precipitados na terra.
·
A queda
da estação espacial é profetizada:
o “Quanto à tua
terribilidade, enganou-te a arrogância do teu coração, tu que habitas nas
cavernas das rochas, que ocupas as alturas dos outeiros; ainda que eleves o teu
ninho como a águia, de lá te derrubarei, diz o SENHOR.” (Jr 49.16).
o “Ainda que cavem
até ao inferno, a minha mão os tirará dali; e, se subirem ao céu, dali os farei
descer.” (Am 9.2).
o “Se te elevares
como águia, e puseres o teu ninho entre as estrelas, dali te derrubarei, diz o
SENHOR.” (Ob 4).
Ajuntando
tudo, eu creio que neste momento, um pouquinho antes da abertura do quarto
selo, ocorre a batalha de Ap 12.7-12, onde Ha-Satan e seus demônios, juntinhos, são lançados na terra,
como se fossem uma única estrela. É claro que, a menos que haja uma operação
espiritual, ninguém pode ver anjo. Além disto, eles não se queimam ao entrar na
atmosfera.
Daí
João ver apenas uma estrela caindo. Ha-Satan e seus
demônios são atirados contra a estação espacial, fazendo-a cair do céu a qual,
ao entrar na atmosfera, pega fogo, dando a parecer ser uma grande estrela.
Quando a estação espacial explode, cada demônio leva um fragmento para uma
fonte ou rio, usando o mesmo para transmutar a água em absinto.
Afinal,
como é possível que uma única estrela caísse exatamente em cima da terça parte
dos rios e das fontes das águas, a menos que houvesse uma mente diabólica
fragmentando esta estrela e fazendo seus pedaços caírem no lugar exato?
Enfim,
esta estrela é a estação espacial conduzida por Ha-Satan,
a estrela (anjo – Ap 1.20) que caiu do céu em Ap 12.7-9 (vista caída em Ap 9.1),
cuja queda Jesus profeticamente via cada vez que os discípulos seguiam as
ordens do Eterno em nome Dele (Lc 10.17,18) e que
também fora profetizada por Isaías:
·
“Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como
foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!” (Isaías 14.12).
·
“E o quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça parte
do sol, e a terça parte da lua, e a terça parte das estrelas; para que a terça
parte deles se escurecesse, e a terça parte do dia não brilhasse, e
semelhantemente a noite.” (Ap 8.12).
No
Antigo Testamento, o escurecimento do sol, lua e estrelas era uma figura de
linguagem comum para expressar problema e comoção decorrentes do juízo divino
(ver Is 13.10; 24.23; Jr 15.9; Ez
32.7; Am 8.9):
·
“Eis que vem o dia do SENHOR, horrendo, com furor e ira ardente,
para pôr a terra em assolação, e dela destruir os pecadores. Porque as estrelas
dos céus e as suas constelações não darão a sua luz; o sol se escurecerá ao
nascer, e a lua não resplandecerá com a sua luz.” (Is
13.9,10).
·
“E será que naquele dia o SENHOR castigará os exércitos do alto
nas alturas, e os reis da terra sobre a terra. E serão ajuntados como presos
numa masmorra, e serão encerrados num cárcere; e outra vez serão castigados
depois de muitos dias. E a lua se envergonhará, e o sol se confundirá quando o
SENHOR dos Exércitos reinar no monte Sião e em Jerusalém, e perante os seus
anciãos gloriosamente.” (Is 24.21-23).
·
“A que dava à luz sete se enfraqueceu; expirou a sua alma; pôs-se-lhe o sol sendo ainda de dia, confundiu-se,
e envergonhou-se; e os que ficarem dela entregarei à espada, diante dos
seus inimigos, diz o SENHOR.” (Jr 15.9).
·
“E, apagando-te eu, cobrirei os céus, e enegrecerei as suas
estrelas; ao sol encobrirei com uma nuvem, e a lua não fará resplandecer a sua
luz. Todas as brilhantes luzes do céu enegrecerei sobre ti, e trarei trevas
sobre a tua terra, diz o Senhor DEUS.” (Ez 32.7,8).
·
“Diante dele tremerá a terra, abalar-se-ão os céus; o sol e a
lua se enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor.” (Jl 2.10).
·
“Jurou o SENHOR pela glória de Jacó: Eu não me esquecerei de
todas as suas obras para sempre. Por causa disto não extremecerá
a terra, e não chorará todo aquele que nela habita? Certamente levantar-se-á
toda ela como o grande rio, e será agitada, e baixará como o rio do Egito. E
sucederá que, naquele dia, diz o Senhor DEUS, farei que o sol se ponha ao meio
dia, e a terra se entenebreça no dia claro.” (Am
8.7-9).
Lua e estrelas sendo feridas no que se
refere ao seu brilho não fazem muita diferença para nós nos dias de hoje.
Todavia, o fato do sol ser ferido serve como demonstração de quebra da
estabilidade:
·
“Temer-te-ão enquanto durarem o sol e a lua, de geração em geração.”
(Sl 72.5).
·
“O seu nome permanecerá eternamente; o seu nome se irá
propagando de pais a filhos enquanto o sol durar, e os homens serão abençoados
nele; todas as nações lhe chamarão bem-aventurado.” (Sl
72.17).
·
“A sua semente durará para sempre, e o seu trono, como o sol
diante de mim.” (Sl 89.36).
Esta
ilustração, ao mostrar o poder do Eterno sobre coisas estáveis e permanentes,
serve de confirmação para os que Nele creem de que Ele
irá punir os ímpios:
·
“O que fala ao sol, e ele não nasce, e sela as estrelas.” (Jó
9.7).
·
“O sol para governar de dia; porque a sua benignidade dura para
sempre;” (Sl 136.8).
·
“Assim diz o SENHOR, que dá o sol para luz do dia, e as
ordenanças da lua e das estrelas para luz da noite, que agita o mar, bramando
as suas ondas; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome.” (Jr 31.35).
Afinal,
sol, lua e estrelas, que são tão benéficas para o homem, acabam sendo usados
para a destruição dos mesmo.
Esta
trombeta, em particular, lembra a nona praga do Egito (Êx
10.21-23). A diferença é que, lá, houve trevas espessas que se podiam apalpar
por três dias; aqui, sol, lua e estrelas serão diminuídos de tamanho e, com
isto, não só irão perder um terço de sua luminosidade, mas também irão se mover
um terço mais rápido, de modo que o dia passará a ter 16 horas.
Aqui
vale uma observação importante: em Gênesis 1.1 o Eterno criou o céu (singular)
e a terra. Não é céus, como é traduzido em muitas versões, visto que sol, lua e
estrelas foram criados apenas no quarto dia. Também é em virtude disto que
podemos concluir que não é o sol quem define o dia. No primeiro dia da criação
já havia a luz. O sol foi feito apenas para presidir o dia (e não para
estabelecê-lo).
Além
disto, note neste versículo (Ap 8.12) como é
diferenciado o “escurecimento do sol, lua e estrelas” da “redução do brilho do
dia e da noite”. Trata-se de dois eventos. Pelo fato de serem feridos sol, lua
e estrelas, além de escurecerem, eles irão girar mais rápido, o que irá reduzir
a duração do dia e da noite (Mt 24.22). Já que é o
sol quem preside o dia, nada mais indicado que a luz (aquela
criada no primeiro dia) também gire mais rápido.
Inclusive,
por aqui pode-se ver que a ciência está errada ao afirmar o heliocentrismo. Que
a terra é o centro do universo, basta pensar que a finalidade do sol, lua e
estrelas é:
·
“E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver
separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos
determinados e para dias e anos. E sejam para luminares na expansão dos céus, para
iluminar a terra; e assim foi.” (Gn 1.14,15).
Antes
de o Eterno criar a luz, o firmamento, etc., só havia o céu onde o Eterno
habita e a terra (não havia mar). Do contrário, deveria ser dito: “no princípio
Deus criou o céu e a água (já que três quartos do planeta hoje são água) Além
disto, lembre-se que a porção seca chamada terra só surgiu no terceiro dia.
Logo,
inicialmente só havia terra (e, talvez, rios). Os anjos habitavam aqui na terra
junto com os dinossauros pacificamente (os dinossauros não eram maus, como
retratam nos filmes – analise Ez 28.12-18). Quem
iluminava a terra era o próprio Eterno e a terra era plana (tal como será
depois do Juízo Final).
No
entanto, com a rebelião de Ha-Satan, a terça parte
dos anjos se corrompeu, os dinossauros se tornaram maus e então o Eterno, como
juízo, teve que derramar água dos céus e fazer subir água do abismo a fim de destruir
toda a corrupção promovida nesta primeira criação. Foi a partir daí que a terra,
que como um todo era um jardim do Éden, se tornou sem forma e vazia (Gn 1.2). Afinal, completamente tomada de água, o planeta já
não tinha mais um formato definido.
Ao
recriar a terra, o Eterno criou o firmamento que veio a separar as águas e a
servir de local para sol, lua e estrelas e fez com que o
excesso de as águas que estão debaixo do firmamento se ajuntassem no
abismo.
Obs: quando Jesus foi crucificado, a terra se escureceu ao
meio dia (Mt 27.45). É bem provável que Jesus virá ao
meio dia (horário de Israel - Am 8.9), já que muitos
trechos associam a vinda do juízo do Eterno com escuridão (ver Is 5.30; 9.19; 13.10; Am 8.9).
·
“Então, vi e ouvi uma águia que, voando pelo meio do céu, dizia em
grande voz: Ai! Ai! Ai dos que moram na terra, por causa das restantes vozes da
trombeta dos três anjos que ainda têm de tocar!” (Ap
8.13 – ARA2).
Dois
ais são ouvidos em Ap 18.10,16,19. Três ais, contudo,
apenas em Apocalipse 8.13 é ouvido.
Águia
normalmente é usado como símbolo de um exército que vem rapidamente para
executar o juízo do Eterno, devorando aqueles que se apostataram do caminho do
Eterno.
·
“O SENHOR levantará contra ti uma nação de longe, da extremidade
da terra, que voa como a águia, nação cuja língua não entenderás;” (Dt 28.49).
·
“PÕE a trombeta à tua boca. Ele virá como a águia contra a casa
do SENHOR, porque transgrediram a minha aliança, e se rebelaram contra a minha
lei.” (Os 8.1).
·
“E os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos, e mais
espertos do que os lobos à tarde; os seus cavaleiros espalham-se por toda
parte; os seus cavaleiros virão de longe; voarão como águias que se apressam a
devorar.” (Hc 1.8).
·
“E os meus dias são mais velozes do que um correio; fugiram, e
não viram o bem. Passam como navios veleiros; como águia que se lança à
comida.” (Jó 9.25,26).
Daí
Jesus dizer: onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias. (Lc 17.37).
E
repare como, de fato, três exércitos vêm repentinamente:
·
5ª
trombeta: exército de gafanhotos vêm rapidamente para roubar a paz e a sanidade
de quem adora a besta;
·
6º
trombeta: um exército de 20.000 vezes dez milhares vem
rapidamente para matar a terça parte da terra
·
7ª
trombeta: o exército de Cristo vem para arrebatar os Seus daqueles que estão na
companhia de seus entes queridos impenitentes.
Aqui
cabe uma pergunta: meio do céu é com relação à distância terra-céu ou à posição
do sol ao meio dia? E o que isto significa?
A
águia voa pelo meio do céu, ou seja, ela está posicionada no lugar mais
notável, onde ninguém possa se desculpar dizendo que não viu.
Os
que moram na terra está em contraste com os que habitam no céu. Afinal, nossa
habitação é no céu (Sl 91.1; Ef
1.3; 2.6; Fp 3.20).
Nenhum comentário:
Postar um comentário