ESDRAS 10 – Como explicar o divórcio
exigido por Esdras se o Eterno odeia o divórcio?
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“Agora, pois, façamos aliança com o nosso Deus de que despediremos
todas as mulheres, e os que delas são nascidos, conforme ao conselho do meu
senhor, e dos que tremem ao mandado do nosso Deus; e faça-se conforme a lei.” (Ed 10.3).
É
bom lembrar que estamos na Aliança da Lei, cujas obras eram relacionadas com as
coisas da carne. E de acordo com a Escritura Sagrada, a lei nunca aperfeiçoou
coisa alguma:
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“(pois a lei nenhuma
coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos
a Deus.” (Hebreus 7.19).
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“Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata
das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada
ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.” (Hb 10.1).
A
única coisa que a lei faz é contribuir para o aumento do pecado:
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“Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado
abundou, superabundou a graça” (Rm 5.20).
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“Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não
conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se
a lei não dissesse: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando ocasião pelo
mandamento, operou em mim toda a concupiscência; porquanto sem a lei estava
morto o pecado. E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento,
reviveu o pecado, e eu morri. Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento,
me enganou, e por ele me matou.” (Rm 7.7-9,11).
A
verdade é que aqueles que estão na carne não podem agradar ao Eterno:
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“Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da
carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a
inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.
Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à
lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não
podem agradar a Deus.” (Rm 8.5-8).
Muitos
entendem mal isto. Estar na carne não quer dizer estar no mundo praticando toda
dissolução e maldade. A partir do momento que estamos servindo ao Eterno
através do nosso esforço, estamos usando nossa carne para agradá-Lo e nos
aproximarmos Dele. Lembra do trecho abaixo?
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“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de
vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;” (Ef 2.8,9)
A
salvação não vem pelas obras da lei, as quais são, todas elas (com exceção dos dois mandamentos
de Cristo), ordenanças
da carne. Ou seja, o intuito delas é ensinar nossa carne a se comportar de modo
a agradar ao Eterno.
No
entanto, quanto mais a carne tenta agradar ao Eterno, mais ela peca. Mesmo
quando está cumprindo um preceito da lei:
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“Ou não tendes lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no
templo violam o sábado, e ficam sem culpa?” (Mt 12.5).
Note
que, para os sacerdotes realizarem os serviços sagrados, eles tinham que violar
a lei do sábado.
Isto
não é tudo? E caso um menino nascesse no sábado? Ele deveria ser circuncidado
ao 8º dia, ou seja, no sábado:
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“Pelo motivo de que Moisés vos deu a circuncisão (não que fosse de Moisés, mas dos pais), no sábado
circuncidais um homem.” (João 7.22).
Ou
seja, a lei só tem uma serventia: matar a carne:
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“O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo
testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito
vivifica.” (2Co 3.6).
Em
outras palavras, em momento algum a Escritura Sagrada diz que a atitude de
Esdras agradou ao Eterno, assim como a mentira de Raabe
também não O agradou. Raabe entrou para a galeria dos
heróis da fé (Hb 11.31) porque, dentro da realidade dela (prostituta gentia), aquela atitude foi a melhor coisa que
ela soube fazer.
De
igual modo, Esdras foi um grande homem do Eterno porque, em meio a todas as
limitações dele (lembre-se que eles não conheciam o Favor do Eterno (Graça)), ele fez o melhor para que o nome do
Eterno fosse glorificado.
Afinal,
enquanto boa parte da população que veio do cativeiro tinha casado com mulheres
estrangeiras e os demais não estavam se importando nem um pouco, Esdras estava
sobremodo preocupado. Ele não queria ver o Eterno derramando Sua ira sobre o
povo de Israel. Estava jejuando, orando, se afligindo em prol do arrependimento
e conversão de Israel.
No
entanto, numa atitude desesperada, para que as mulheres estrangeiras não fizessem
os filhos de Israel desviarem do Eterno (Dt 7.1-4), ele promulga tal ordem (o que mais uma vez mostra a
fragilidade do Testamento da Lei).
No
entanto estas duas atitudes só veem confirmar o que disse Isaías:
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Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como
trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.” (Is 64.6).
Ou
seja, mesmo que conseguíssemos cumprir toda a lei do Eterno, aos olhos Dele
ainda seríamos extremamente imundos tal como o sumo-sacerdote Jesua (Zc 3.2,3).
Alguém
pode questionar: “mas obedecer a lei do Eterno não é prova de fé?”.
Absolutamente!
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“Ora, a lei não é da fé; mas o homem, que fizer estas
coisas, por elas viverá.” (Gálatas 3.12).
Além
disso:
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“De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade
havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de
Arão?” (Hebreus 7.11)
Ou
seja, obedecer um conjunto de leis pode até dizer que você acredita em Jesus.
Isto, contudo, não quer dizer que você tenha fé Nele. Pelo contrário, você está
tendo fé no seu esforço de se fazer justo para ter direito a algo da parte de
Jesus.
Fé
implica em ouvir a voz do Eterno (Rm 10.17) e confiar que Ele irá cumprir toda Sua
boa palavra que falou a nosso respeito.
Você
pode questionar: “mas, e como fica a situação das mulheres e crianças inocentes
que tiveram que sair de seus lares? O que ia ser da vida delas? Muitas
acabariam ficando com raiva do Deus de Israel”.
Em
primeiro lugar, é bem provável que estas mulheres fossem idólatras. Afinal,
quando uma mulher, mesmo sendo de Moabe ou das
cidades de Canaã se convertia ao Eterno, ela era aceita como povo de Israel.
Dois exemplos disto são Rute e Raabe que vieram até
mesmo a fazer parte da linhagem de Jesus.
Em
segundo lugar, as crianças não são inocentes. Elas são concebidas em pecado (Sl
51.5), desde o ventre
já se alienam do Eterno (Sl 58.3) e sua imaginação é má desde a meninice (Gn
8.21).
Em
terceiro lugar, o salário do pecado é a morte (Rm 6.23). Mesmo sendo a vida eterna o dom
gratuito do Eterno, isto não muda o fato de que nós e os indivíduos à nossa
volta irão colher o mal daquilo que semeamos. Dependo do caso, muitas gerações
posteriores serão influenciadas por um erro cometido por nós hoje. A prova
disso que até hoje Israel sofre pelo fato de Abraão ter dado ouvidos à sua
mulher (os árabes são
descendentes de Ismael, fruto do relacionamento de Abraão com a serva de Sara). É a chamada herança de maldição (Êx
20.5,6).
Vem
a questão: não há como ficar livre disto? Sim!
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“E será que, sobrevindo-te todas estas coisas, a bênção ou a
maldição, que tenho posto diante de ti, e te recordares delas entre todas as
nações, para onde te lançar o SENHOR teu Deus, e te converteres ao SENHOR
teu Deus, e deres ouvidos à sua voz, conforme a tudo o que eu te ordeno
hoje, tu e teus filhos, com todo o teu coração, e com toda a tua alma, então o
SENHOR teu Deus te fará voltar do teu cativeiro, e se compadecerá de ti, e
tornará a ajuntar-te dentre todas as nações entre as quais te espalhou o SENHOR
teu Deus.” (Dt 30.1-3).
Note
como, quando o indivíduo se converte ao Eterno, toda maldição é quebrada. E
considerando que Jesus está sempre batendo na porta dos corações (Ap
3.20), logo o Favor do
Eterno (Graça) estava disponível a cada uma dessas
criancinhas, bastando se arrepender, converter.
Você
pode questionar: “mas como, já que muitas deveriam estar revoltadas com o
Eterno em virtude de terem sido expulsas de Israel?”. Revoltados com o Eterno
todos estão. O pecado nada mais é do que chamar o Eterno de juiz iníquo.
No
entanto, cada criança ou mulher revoltada tinha a oportunidade de decidir o que
fazer com a revolta existente no coração: poderia continuar revoltada com o
Eterno ou com o pecado dos israelitas que foi o que deu ocasião para tamanha
dor no coração delas.
Note
como o pecado dos israelitas deu ocasião para aquelas crianças e mulheres
blasfemarem do Eterno (como mostrado em Rm 2.24). No entanto, quem direcionasse sua
revolta para o foco correto, seria capaz de enxergar o quão maligno é o pecado,
o quão justo é o Eterno e o quão maravilhosos são os Seus juízos, visto que são
eles que nos permitem participar da Sua santidade (Hb 12.10) e fazer brotar em nós o fruto pacífico
de justiça (Hb 12.10), ainda que o choro tenha que durar uma
noite (Sl 30.5).
Mas
isto é para que tremamos diante da tentação e, com isto, não pequemos.
Por
fim, qual então seria a atitude correta a ser tomada por Esdras hoje na Aliança
do Favor?
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“Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher
descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe. E se alguma mulher
tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe. Porque o
marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada
pelo marido; de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são
santos.” (1Co 7.12-14).
Uma
vez que eles já tinham se casado, eles deveriam fazer o mesmo que aqueles que
casaram sem saber que o casamento misto era pecado ou aqueles que casaram
quando ainda estavam no mundo: deveriam permanecer firmes no Eterno junto com o
cônjuge pagão, sem jamais se apartar do Eterno. É claro que a luta é grande.
Talvez o cônjuge convertido tenha que resistir até o sangue (ver Hb
12.4). Contudo, com o
Favor do Eterno disponível em Jesus, não há mais motivo para cair na fé, pois o
pecado não é para ter mais domínio sobre nós (Rm 6.14).
As crianças são sim inocentes, não porque são puras, mas porque o pecado delas está na natureza humana, não na escolha, Deus n pune uma criança por nascer. Não há NADA no texto biblico que dá a entender que todas a mulheres eram pagãs, eles todos viviam juntos, então elas viviam sim com Israel, então Israel os culpou pelos pecados deles, "elas deveriam voltar sua raiva para o local certo" se realmente fosse assim, por que Deus exigiria boa fama e comportamento adequado no meio dos gentios? Exatamente para o nome Dele n ser escandalizado, pq isso seria um motivo de revolta contra Deus e Israel/fieis. O divórcio dos israelitas apenas deu abertura para duas coisas, desobediência ao mandamento de Deus e escandalização contra Deus
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