QUAL INSTITUIÇÃO RELIGIOSA
SEGUIR, JÁ QUE CADA UM FALA UMA COISA DIFERENTE?
Muitas
pessoas questionam: qual instituição religiosa devemos seguir, já que há tantas
e cada um fala uma coisa diferente? Muitos até afirmam ser isto algo ruim. Na
verdade, não é.
“E até importa que haja
entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.” (1Co 11.19)
– As heresias jamais confundem os justos (Rm 10.11).
Antes, os leva a repensar seus conceitos e valores orando e meditando na bíblia,
de modo a corrigir o que está errado e a aperfeiçoar o que eles já sabiam estar
certo. Quem é sincero não tem medo da verdade, mas encara cada abalo como um
indício de que algo não está bem esclarecido ou há fundamentos estranhos à
Escritura Sagrada (ver Hb 12.25-27);
“Verdade é que também
alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa vontade; uns, na
verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar
aflição às minhas prisões. Mas outros, por amor, sabendo que fui posto para
defesa do evangelho. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado
de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me
regozijarei ainda. Porque sei que disto me resultará salvação, pela vossa
oração e pelo socorro do Espírito de Jesus Cristo, segundo a minha intensa
expectação e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda a
confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo,
seja pela vida, seja pela morte.” (Fp 1.15-20) – Não importa a motivação
das pessoas que estão a pregar o evangelho, mas sim a disposição das pessoas
que estão a ser evangelizadas. Se cada uma fizer com os crentes de Beréia (At 17.9,10), elas irão examinar tudo e
reter apenas aquilo que o Espírito Santo disser que é bom para elas (1Ts 5.22), vinda a contribuir com o
seu crescimento espiritual;
“Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem
está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo,
seja santificado ainda.” (Ap 22.11) – a questão não é condenar
ou tentar mudar à força os injustos e sujos, mas sim aproveitar as
circunstâncias por eles promovidas para manifestar a abundância da Graça (Rm 5.20).
Embora
nunca tenha sido plano original de Deus tamanha confusão religiosa, Ele assim
permitiu para mostrar a todos nós que o sistema religioso não funciona e, ao
mesmo tempo, manter os lobos e bodes enganados.
Entenda:
o sistema religioso está aqui para cumprir o seu papel. Por isto Deus até hoje
não o destruiu, nem ordenou que alguém isto fizesse (antes, ordenou que dele saísse – Ap 18.4). Como você pode ver na
parábola do joio do campo, se o joio fosse destruído, o trigo também o seria (Mt 13.28,29). E não é para menos! A
partir do momento que uma pessoa perde tempo falando mal da outra, ela já está
sendo tomada pelo mal.
Jesus
disse para não nos preocuparmos com os falsos líderes, sejam religiosos ou
políticos (Mt 15.14). Mesmo porque toda esta
confusão religiosa acontece com o total apoio do povo que não gosta da verdade (Is 30.9-11; Jr 5.30,31; Os
4.1-3; Sf 1.9; 2Tm 4.3,4),
mas se compraz nas suas obras más (Jo 3.19-21).
No momento certo, ambos cairão na cova.
Além
disto, o que você esperava, uma vez que o homem é arrebatado pelas suas
maldades (Is 64.6) e bebem a iniquidade como
água (Jó 15.16)? Se até na terra da retidão
o ímpio pratica iniquidade e não atenta para a majestade do Senhor (Is 26.), quão dirá estando ele num
mundo que jaz no maligno (1Jo 5.19)
e tem como príncipe o diabo (Jo 14.30; Ef 2.1,2).
Por isto é que Deus disse que todo homem que confia no homem é maldito (Jr 17.5).
Deus
nunca projetou que um homem guiasse outro homem. Isto surgiu a partir do
momento que Israel rejeitou ser um reino sacerdotal (Êx 19.6),
querendo que Moisés buscasse a Deus por eles (Êx 20.18,19) por não suportarem ser o que Deus queria que
eles fossem (Hb 12.18-21).
Contudo, desde Ninrode até hoje, mais de 4.000 anos se passaram e nunca
houvesse um sistema político ou religioso que resolvesse os conflitos internos
existes no coração de toda a humanidade, os quais podem ser vistos através das
más obras que se exteriorizam.
Muitos
pensam que o problema está na falta de um líder idôneo e competente. Não é
verdade. Já houve muitos com boas intenções. Contudo, por que nunca funcionou?
Primeiro,
porque muitos entendem a Palavra de Deus do modo errado. Todos estamos em fase
de aprendizado. À medida que descobrimos a verdade, o conhecimento errado deixa
de existir (1Co 13.10).
Pense: se Deus quisesse que fizéssemos boas obras, então porque Ele já nos fez
entendidos desde a meninice (ver Pv 22.15)?
E
mesmo que nosso conhecimento fosse conhecimento fosse correto, ainda assim
seria parcial (1Co 13.9),
já que Deus é infinito e todas as suas criaturas, limitadas. E mesmo que
passássemos com exatidão aquilo que sabemos, poderia não funcionar. Afinal, já
que sua sabedoria (Ef 3.10)
e graça (1Pe 4.10) são multiformes, nunca
conseguiríamos transmitir o conhecimento exato que a pessoa precisa.
Não
é mera questão de saber. Mesmo que nos esforçássemos para saber bem mais do que
realmente necessitamos (algo que contraria a vontade de Deus – Rm 12.3) com o intuito de ajudar os
outros, seria inútil. Isto porque a pessoa não necessita apenas do conhecimento
certo. Antes, necessita também de meios para colocá-los em prática. E, a menos
que Deus tenha projetado que fôssemos membro direto da pessoa a quem estamos a
evangelizar, ela não seria capaz de ser fiel à revelação que lhe foi dada.
Seria conhecimento vazio que, aparentemente, não passa de utopia.
A
verdade é que a pessoa precisa muito mais do que saber a verdade. Note como o
diabo, embora soubesse a verdade, não conseguiu se manter firmado nela, pois
dentro dele não havia espaço para a verdade (Jo 8.44).
Ele não tinha Jesus, a raiz de uma terra seca (Is 53.2),
em si mesmo (Mc 4.17).
Por isto Jesus não respondeu a Pilatos quando ele perguntou: “o que é a
verdade?” (Jo 18.38). Porque a questão não é
apenas saber a verdade, nem ver ou acreditar nela, mas tê-la dentro de si.
Por
isto é que Jesus disse:
“Ouvistes que eu vos
disse: Vou, e venho para vós. Se me amásseis, certamente exultaríeis porque eu
disse: Vou para o Pai; porque meu Pai é maior do que eu.” (Jo 14.28).
Como
o Pai podia ser maior do que Jesus uma vez que Ele e o Pai são um (Jo 14.9-11)? Inclusive, Jesus repreendeu
Filipe, neste mesmo capítulo, justamente por pedir a Ele que lhe mostrasse o
Pai (Jo 14.8).
Na
verdade, o pedido de Filipe não era absurdo. A repreensão de Jesus é por ver
incredulidade no coração de Filipe. Contudo, o pedido de Filipe era plausível,
já que, dentre as 3 formas possíveis de se conhecer o Pai, só uma é eficaz.
Analisa e vê se não é:
1ª- Ouvindo a descrição minuciosa
de alguém idôneo e detalhista. Mesmo se este for o caso, acontecerá o mesmo que
se deu com a rainha de Sabá:
o
“Então disse ao rei: Era
verdade a palavra que ouvi na minha terra acerca dos teus feitos e da tua
sabedoria. Porém não cria naquelas palavras, até que vim, e meus olhos o viram,
e eis que não me disseram a metade da grandeza da tua sabedoria; sobrepujaste a
fama que ouvi.” (2Cr 9.5,6);
2ª- Tendo contato direto com a
pessoa. Mesmo ouvindo do próprio Jesus quem é Deus, mesmo vendo o Pai através
de Jesus, ainda assim isto não é suficiente, já que a sabedoria de Deus é
loucura para o homem natural (1Co 2.14-16)
e os pensamentos e caminhos de Deus são mais altos que os nossos (Is 59.8,9);
3ª- Sendo um com Ele em espírito (1Co 6.17). A melhor forma de conhecer
alguém é se pudéssemos entrar na mente dele. Só aí poderíamos enxergar, com
exatidão, sua forma de ver, ouvir e entender as coisas.
Foi
o que Jesus quis dizer ao proferir, no mesmo capítulo, que Ele é A Verdade (Jo 14.6). Por isto é que desejar a
morte de Cristo era prova de amor (Jo 14.28):
por saber que, só assim, o Espírito Santo poderia ser enviado aos corações (Jo 16.7), o que faria o Pai crescer
aos olhos de cada um (incluindo a nós),
ou seja, levar todos a terem uma visão mais acurada de quem é o Pai.
Enfim,
a verdade não é um mero conceito isolado sobre Deus, mas sim Ele próprio nos
revelando a respeito de Si mesmo exatamente aquilo que nos permitirá ser, na
vida de cada pessoa à nossa volta, o que ela precisa para que a Palavra de Deus
seja confirmada em sua vida.
Assim
sendo, mesmo num caso extremo, se houvesse uma instituição religiosa onde Jesus
em pessoa fosse o pastor e os anjos os ministros, ainda assim não funcionaria (a prova disto é que, após mil
anos com Jesus reinando sobre a terra como rei e sacerdote (Ap 20.4) em plena
prosperidade (Is 11.6-9), ainda assim uma multidão irá se revoltar contra Ele (Ap
20.8)). Se
você acha que não, pense na parábola das 10 virgens: as néscias não se
prostituíram; antes, conservaram seu estado de virgindade, dedicando suas vidas
só para esperar a vinda de Jesus. No entanto, por não conhecerem Ele dentro de
si (Mt 25.12), ficaram de fora.
Entenda
a lição deixada por Deus ao criar Eva: embora Adão procurasse ao longe a
auxiliadora idônea (Gn 2.20),
ela surgiu na vida dele pelo poder de Deus agindo em cima de algo que havia no
seu interior (Gn 2.21; Ef 3.20).
Resumindo:
nunca foi plano de Deus que seguíssemos um homem para chegarmos a Ele. O
sistema religioso foi escolhido por Deus para enganar aqueles que, pelo prazer
que têm na maldade, querem sinais, prodígios e milagres que lhes permita ser
felizes com sua maldade (2Ts 2.7-12).
Assim como, outrora, Deus deu a Israel estatutos e juízos que não eram bons (Ez 20.25,26), hoje a história se repete.
Assim,
não espere achar uma pessoa perfeita a quem seguir. Nem tente burlar, desafiar,
modificar (Jr 51.9) ou destruir o sistema, pois
o mesmo foi entregue ao diabo (Lc 4.6)
e só será destruído na volta de Cristo (Ap 18.1,2).
Ao invés de ficar dando ouvidos às fofocas que são proferidas contra aqueles
que se dizem profetas, apóstolos ou homens de Deus, deixa-os. Não perca tempo
com isto! Seja Deus verdadeiro e mentiroso todo o homem (Rm 3.4).
Tanta
guerra teológica tentando defender o verdadeiro nome de Deus (Êx 3.14) e até hoje pouquíssimos
aprenderam a lição: que apenas Deus é alguma coisa. Todo ser humano é mentira e
vaidade (Sl 39.11), tal como as imagens que
cria para si de Deus (Jr 10.14; 51.17; Sl 115.4-8; 135.15-18).
O
próprio Jesus disse que bom só existe um que é Deus (Mt 18.19).
E Paulo confirma:
“Pois
quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstramos
que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado; como está
escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há
ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram
inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro
aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; Peçonha de áspides está
debaixo de seus lábios; cuja boca está cheia de maldição e amargura. Os seus
pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e
miséria; E não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus
olhos.” (Rm 3.9-18)
Enfim,
não se torne maldito tentando se apoiar nos outros (Jr 17.5),
enganando a si mesmo com a ideia de que poderás encontrar alguém que trará a
felicidade para ti ou que lhe dará condições para adquiri-la. Por um lado, até
importa que haja heresias para que as pessoas, ao invés de ficarem acomodadas (1Co 11.19), criem vergonha na cara e se
manifestem. Toda a criação geme esperando por este momento (Rm 8.18-22). Ao invés de ficar
reclamando e criticando os outros pelos problemas do país, faça alguma coisa
você mesmo! Coloque na tua cabeça que, para alguma coisa melhorar na tua vida
e, por consequência, no lugar onde você vive, é você que tem que “colocar a mão
na massa e fazer alguma coisa”. Nada há de bom para você que, antes de tudo,
não saia de dentro de você (Gn 2.21,22).
Logo,
ao invés de ficar entristecendo a si e às demais pessoas se ressentindo com as
falhas dos que dizer crer em Jesus, assuma a postura de soldado (2Tm 2.3-5), entendendo que, tal como
Jesus, você não veio a este mundo para ser servido por homens, mas para servir
e dar a tua vida para que Jesus possa resgatar a muitos (Mt 20.28). Não cabe a nós julgar
ninguém (Mt 7.1), mas tão somente estar
atento à voz de Deus, examinando tudo que as pessoas nos falam e retendo o que
for bom (1Ts 5.22). Deus, por meio de Jesus,
fez de você rei (Rm 5.17)
e sacerdote (1Pe 2.5; Ap 1.6; 5.10).
E
por que você acha que Jesus conquistou isto para você? Para que você jamais
pense em ser preguiçoso e relaxado como o sujeito que enterrou o talento (Mt 25.24,25), querendo achar o
super-crente só para que ele ame o próximo, pregue o evangelho e busque a Deus
no teu lugar (Deus não quer apenas que você apoie com orações e dinheiro
aqueles que Ele envia. Ele quer que você vá PESSOALMENTE).
Assim,
não interessa para nós o que os líderes religiosos são ou deixam de ser (ver Fp 1.15-20). Cada um dará contas de si a
Deus (Rm 14.10; 2Co
5.10). E se
você ainda tem dúvidas se o seu líder espiritual ou instituição religiosa é bom
e correto, não precisa mais ter dúvidas. COM CERTEZA NÃO É!
Ø
Primeiro,
porque Jesus não ordenou nada disto, como já visto;
Ø
Segundo,
porque nem mesmo nos anjos Deus vê perfeição (Jó 4.18).
Por que você acha que Jesus disse para amar apenas os inimigos (Mt 5.44) e enviar os cordeiros para o
meio de lobos (Mt 10.16)?
É porque, a princípio, só existe inimigo e lobo que jamais poderão agradar a
Deus (Rm 8.5-9). Só após nascerem de novo (Jo 3.3) é que iremos herdar como
bênção alguns dos que Deus trouxe até nós (1Pe 3.8,9).
Ø
Por
fim, porque Ele quer usar você! Do contrário, para que Ele faria de você templo
Dele (1Co 3.16)?