O REAL SIGNIFICADO DA IGREJA & COMUNHÃO
E quanto mais o sistema religioso
faz bem seu serviço, mais afasta as pessoas de Deus.
Inclusive, Deus nos ordena ir (Gn
1.28; Mt 28.19; Mc 16.15) ao invés de chamar as pessoas para virem até nós
justamente para que ninguém fique preso aos dons e talentos que Ele quer nos
dar e, assim, tomemos o lugar de Deus na vida deles.
Ao longo da minha carreira
espiritual (ver 2Tm 4.7; Fp 3.13,14),
tenho percebido uma confusão muito grande quanto ao conceito de Igreja e o seu
papel na vida de cada um. A comunhão que deve haver entre os membros tem sido
banalizada, reduzida a uns poucos momentos juntos num mesmo lugar, como se isto
pudesse saciar a alma aflita.
Espero que Deus use este estudo
para conduzir muitos a uma visão mais acurada e profunda sobre este tema tão
importante, o qual constitui a base do nosso relacionamento com Deus.
1 – DEFINIÇÃO DE IGREJA
É importante fazermos a distinção
entre “Igreja” e “Instituição Religiosa”:
a)
“Igreja” só existe uma: é a Noiva de Cristo.
Jesus não é:
1) Polígamo,
ou seja, que irá arrebatar as suas inúmeras noivas ao longo do tempo, como se
fosse fazer um harém;
2) Promíscuo,
ou seja, que irá arrebatar a noiva e a amante;
b)
“Instituição religiosa” existe aos montes e a
cada dia surge mais. Trata-se de invenção de homens, já que, em momento algum,
Jesus ou os apóstolos ordenam que se construa templos religiosos ou fundem
instituições religiosas, mas tão somente que amemos a Deus e ao próximo (Mt 22.37-39) e
façamos discípulos (Mt 28.19).
Logo, Igreja é o conjunto de
todos aqueles que creem em Jesus, de todas as épocas e localidades. Basta
pensar que Igreja é o Corpo de Cristo (Rm 12.5; 1Co 12.12), sendo Este a Cabeça
do corpo. Jesus não é a Cabeça de inúmeros corpos, mas de um só corpo indivisível.
Você pode questionar: “mas, e
como fica a definição do Seu fundador?”.
“Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí
estou eu no meio deles.” (Mateus 18.20);
A partir do momento que duas ou
três pessoas compromissadas com Jesus se reúnem em nome Dele, temos aí a célula
da Igreja (independente
do lugar e do momento onde as mesmas foram reunidas por Jesus).
Contudo, como será visto adiante, esta célula não fica em momento algum fora do
ÚNICO corpo composto de todos que creram, creem e hão de crer em Jesus.
Igreja não é uma corporação ou
bloco de concreto onde o povo se reúne três ou quatro vezes na semana. Se isto
fosse tão importante, então por que o próprio Jesus não instituiu uma religião
ou ergueu um templo? Ninguém mais indicado para isto do que Ele.
Repare como, em todo o Novo
Testamento, não há qualquer instrução no sentido de construir templos (nunca houve preocupação dos apóstolos neste sentido).
Pelo contrário! Jesus nunca disse para criarmos raízes em um lugar, mas sim ir
por todo o mundo fazendo discípulos (Mt 11.29; Mc 16.15)
como estrangeiros e peregrinos (Hb 11.8-10,13-16; 1Pe 2.11)
em busca de uma pátria celestial (Hb 11.13-16).
Sem contar que Jesus poderia
muito bem ter se filiado aos fariseus ou saduceus (religiões
baseadas na Escritura Sagrada (só que de modo deturpado))
e reformado a religião deles, bem como a sociedade. Jesus poderia muito bem ter
feito as mais diversas coisas grandiosas ou até mesmo levado eles ao céu e
inferno de modo que eles aceitassem, à força, toda a verdade e, deste modo,
instituir uma religião perfeita.
A razão de Ele não ter feito
nada disto é porque nunca foi intenção Dele criar uma religião morta que necessita
de pessoas para se manter viva, como se a vontade de Deus se resumisse a seguir
regras.
No entanto, repare na parábola
do semeador que, embora o semeador tenha saído a semear, a semente,
propriamente dita não foi semeada (como se dá quando alguém cava a
terra, coloca a semente ali e cobre de novo com terra).
Antes ela caiu do saco (Mt 13).
Por onde o semeador ia andando, a semente ia caindo pelos pequenos furos que
havia debaixo do saco. Como não havia jeito impedir as sementes de caírem ao
passar de um terreno para o outro, é onde parte da semente caiu à beira do
caminho e no meio das pedras. Contudo, a semente era destinada aos terrenos
férteis (sendo muitas vezes difícil saber
se neste existia germe de plantas espinhosas).
E como a terra frutifica por
si mesma (Mc 4.26-28)
e a semente é viva (a Palavra de Deus é o germe (Mc
4.14) e nós, a casca que envolve (protege) esta (como fazem os querubins na
arca da aliança) (analise o artigo “o” em vez de “a” em Mt 13.19-23)),
não precisamos ficar em cima da pessoa (nem pagar algum
líder religioso para fazer isto por nós) para que ela cresça na fé.
Deus vai usando quem Ele quer na hora certa, sendo Ele em pessoa quem dá o
crescimento (1Co 3.6,7).
Em outras palavras, não há
necessidade de “pagar” uma pessoa para que fique a serviço dos demais membros. Jamais
foi intenção de Deus que Igreja fosse a reunião de pessoas em torno de um
líder. Nenhuma unidade que não seja fruto da plena convicção no modo de pensar
e sentir de cada um dos seus membros é verdadeira (ver Mt 18.19;
Jo 17.11,21-23; At 4.32; Rm 12.16; 1Co 1.10; Fp 4.2).
Mesmo porque, como Deus quer
filho (e não neto),
o que Ele espera é ter intimidade com cada um. Para tanto, é necessário:
Negarmos a nós mesmos -> morrermos para nós
mesmos (Mt 16.24),
ou seja, renunciarmos nossos pensamentos (veja o motivo
em Gn 8.21; Is 59.7,8), sentimentos (veja o motivo
em Jr 17.9), planos (veja o motivo
em Is 55.8,9), desejos (veja o motivo
em Tg 4.1-3) e ações (veja o motivo
em Zc 4.6). (Rm 3.9-18 resume tudo).
Tomarmos a cruz -> abrirmos mão do nosso
direito de vivermos nossa vida (de acharmos nossa vida neste mundo
– Mt 10.39) para que Cristo possa viver a Dele em nós (2Co 4.10,11; Gl 2.20);
Seguirmos Jesus -> mesmo num lugar onde nenhum
benefício direto nos é concedido (Jr 2.2; Tg 1.18; Ap 14.4).
2 – CARACTERÍSTICAS DA IGREJA
A – Dinâmica
A igreja, sendo constituída de
pedras vivas (1Pe 2.5 – a saber, pessoas nascidas de novo),
não está presa a um bloco de concreto (conforme visto em Mt 18.20).
Para entender como isto
funciona, lembra-se do tabernáculo? Enquanto a nuvem permanecia sobre o
tabernáculo, os filhos de Israel se alojavam e não partiam (M 9.15-23). Quando a nuvem se alçava de sobre a tenda da
congregação, então cada levita levava consigo a parte do tabernáculo que lhe
cabia (conforme estabelecido em Nm
3.25,26,31,36,37) e o povo de Israel partia. No lugar em que a
nuvem parava, os filhos de Israel acampavam e cada levita trazia a sua parte do
tabernáculo ao devido lugar, montando-o novamente o tabernáculo. É bom lembrar
que a Igreja é o tabernáculo de Deus com os homens (ajunte Ap
21.2,3 com Ap 21.9,10).
Isto é o retrato da Igreja.
Ela é estabelecida onde há ovelhas para serem resgatadas (associe Mt 9.12,13 com Lc 15.4).
Quando Jesus encontra o verdadeiro adorador (ver Jo 4.23)
e a ovelha perdida (Lc 15.6),
a saber, o filho que se perdeu (Lc 15.32),
Deus conduz aquele para se reunir junto este a fim de se regozijarem com o
banquete Dele (ver Mt 22.3,4),
a saber, com a Palavra que sai da Sua boca (Mt 4.4)
trazendo descanso (Mt 11.29; Sl 23.2; 91.1)
e saciedade (Jo 6.25) à
alma.
Para ser mais exato, o
Espírito Santo continua a se mover sobre a face das águas (multidões de povos, nações e línguas – associe Gn 1.2 com Ap
17.15) em busca de um coração perfeito (2Cr 16.9) onde Ele possa repousar (habitar – 1Jo 2.27; 1Co 3.16; 6.19; 2Co 6.16)
e mostrar que Ele é Deus (Sl 46.10).
Deus, então, chama dois ou três para se reunirem em nome Dele em tal lugar e
“zaz”! A igreja aparece resplandecendo Sua luz (Mt 5.14-16), a saber, Jesus (Jo 8.12).
Mas para isto, primeiro precisamos
permitir que Deus nos introduza no Seu corpo (1Co 12.13)
por meio do qual Ele já vem agindo. Cada circunstância na nossa vida é
projetada cuidadosamente por Ele, tendo em vista nos conduzir ao Seu corpo.
A cada membro Jesus quer dar, nesta
hora, a manifestação do Espírito Santo que convém ao momento (1Co 12.7,11).
Ao contrário do que muitos creem, os dons não são estáticos, nem permanentes (como no Antigo Testamento).
Do contrário, quem tem dom de
cura poderia curar a hora que quisesse e sempre da mesma forma. Neste caso, não
teria sentido em procurar com zelo os melhores dons (1Co 12.31) e nos tornaríamos
independentes de Jesus; ou pior: torná-Lo-íamos nosso escravo, como muitos
líderes religiosos fazem, dando ordens para Jesus (preste atenção
e veja se não é verdade!).
Além disso, suponhamos que uma
pessoa esteja prestes a suicidar. Antes de tudo, ela precisa ser evangelizada.
Mas como, se a única pessoa por perto fosse alguém cujo ministério é o de
mestre? Mesmo que ele fosse capaz de ensinar toda a bíblia para ela, de nada
aproveitaria, pois lhe pareceria loucura (1Co 2.14). Felizmente o Espírito Santo pode
usar tal pessoa como evangelista naquele momento a fim de apresentar Jesus a
ela.
Em outras palavras, a Igreja
não é estática (como no Antigo Testamento, quando apenas em Jerusalém era
permitido oferecer sacrifícios e realizar os rituais sagrados),
nem semi-estática (como o sistema religioso e seus adeptos creem. Neste, cada
membro é obrigado a afiliar-se a uma instituição religiosa e reunir-se com os
mesmos membros debaixo de um bloco de concreto regularmente, duas ou três vezes
na semana. A diferença com o anterior é que, aqui, não é necessário ser em
Jerusalém). Deus nunca desejou que a comunhão fosse rígida,
ou seja, sempre com as mesmas pessoas.
Ela pode muito bem se
manifestar em qualquer lugar, a qualquer hora. Basta que duas ou três pessoas
quaisquer se reúnam concordemente (uma só maneira de pensar e sentir – At 4.32; 1Co 1.10; Fp 4.2)
em nome de Jesus (ou seja, como se fosse Ele que estivesse ali fisicamente
- Mt 18.18,19).
Nunca foi plano de Deus
engessar a comunhão, como se fôssemos obrigados a nos reunir sempre com as
mesmas pessoas. Tem instituição religiosa que chega ao cúmulo de discriminar os
demais seguidores de Jesus só porque não participam da instituição deles (ignorando o que Jesus disse em Mc
9.38-40).
Para tanto, usam
deturpadamente alguns trechos cujo verdadeiro objetivo é mostrar que jamais
devemos compactuar (seja ativa ou passivamente) com os ensinamentos errados,
principalmente daqueles que dizem crer em Jesus (por exemplo, trechos como Rm 16.17,18; 1Co 5.9-11; 1Tm
6.3-5; 2Jo 9-11). Em particular, 1Co 5.9-11 está dizendo que não
devemos tentar mudar o mundo, mas tão somente servir como instrumento do
Espírito Santo para disciplinar os que fazem parte da Igreja dele que Ele vem
construindo dentro de nós.
B – Espiritual
Infelizmente, muitos confundem
“Igreja” com as inúmeras empresas “sem fins lucrativos” (é assim que o governo enxerga uma
instituição religiosa), sejam elas clandestinas ou legalizadas junto ao
cartório com CNPJ, estatuto, regimento interno, etc.
A Igreja de Cristo não é
física, mas espiritual, ou seja, vai além de tudo que a mente carnal pode
compreender, aceitar ou controlar (ver 1Co 2.14-16). Mas nem por isto podemos
sucatear a Igreja, reduzindo-a a algo que possa ser vivido por qualquer pessoa,
mesmo aquelas que se recusam a negarem a si mesmas, tomar cada dia sua cruz e
seguir Jesus (Mt 16.24; Fp 3.18).
Jesus nunca projetou que a
carne pudesse herdar a Igreja ou que esta fosse constituída de coisas ou
mecanismos carnais (1Co 15.50; Rm 8.9). Tanto que, sem nascer de
novo (Jo 3.3)
e ser feito como menino (Mc 10.14,15; Jo 1.12), nem ver o Reino dos Céus
será possível.
Já pensou no motivo de usar-se
a expressão “de eternidade a eternidade” para o Deus vivo e verdadeiro (1Co 16.36; Sl 90.2; Dn 2.20)?
Não bastava dizer que Deus é eterno?
Esta expressão revela que,
para Deus, não existe a noção de tempo e espaço. Para Ele, passado, presente e
futuro é a mesma coisa (tal como sugere a Lei da
Relatividade de Einstein. O detalhe é que ela se aplica apenas ao Criador).
Veja estes exemplos:
“Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a
antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será
firme, e farei toda a minha vontade.” (Is 46.10).
“Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que
passou, e como a vigília da noite.” (Sl 90.4);
“(Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a
saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como
se já fossem.” (Rm 4.17)
o
Como você pode ver nos três versículos acima,
para Deus, algo que está no futuro já é considerado fato consumado.
“E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos
nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a
fundação do mundo.” (Ap 13.8).
“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou
ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição
recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um
cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo foi
conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes
últimos tempos por amor de vós;” (1Pe 1.18-20).
o
O sangue de Cristo já era conhecido antes mesmo
que este mundo viesse a existir e o ser humano pecar.
Você pode estar se
perguntando: “mas que importância tem tudo isto?”. Isto quer dizer que, por
meio do Espírito Santo, é possível ter comunhão com a Igreja como um todo, e
não apenas com parte dela. Mesmo porque, em um corpo, não surge um membro de
uma vez. Antes, todos crescem juntos (ver Ef 4.15,16).
Mas como isto é possível? Como
ter comunhão com alguém que só vai nascer daqui a cem, quinhentos ou mil anos (caso a terra fosse durar tudo
isto!)? Comunhão é a união de pensamentos, sentimentos
e propósitos. Tudo que fazemos, direta ou indiretamente influencia as pessoas
que virão.
Inclusive, uma das razões de
Deus se intitular o Deus de Abraão, Isaque e Jacó (Êx 3.15)
é para mostrar que a Igreja é uma continuação daquilo que Ele fez na vida
deles, e não algo isolado no tempo. Os três patriarcas vivem através de tudo
que é feito por Deus através da Igreja. Está é uma das razões de Jesus dizer
que, para Deus, todos vivem (Lc 20.37,38).
O plano de Deus começou na
eternidade e irá se desenvolver por toda a eternidade. Nossa breve existência (Jó 14.1,2)
é tão somente um pequeníssimo ponto em todo este plano. Se deixarmos Deus nos
usar, algo que fizermos agora poderá servir como instrumento de Deus na
conversão de alguém que só virá ao mundo daqui a mil anos.
Se for da vontade de Deus, Ele
pode até permitir que conheçamos, em visão, quem virá a ser esta pessoa e a
importância de tudo que estamos fazendo ou dizendo agora na vida dela. Neste
caso, espiritualmente, estamos em perfeita sintonia (comunhão) com ela.
Veja como o plano de Deus para
nós é muito mais abrangente do que a nossa mente e visão podem alcançar (Is 55.8,9).
Quantas vezes estamos
limitando Deus (Sl 78.41) e perdendo o melhor Dele para nós (ver 1Co 2.9; Fp 3.20).
Por que você acha que Deus concedeu à Igreja as manifestações do Espírito
Santo? Porque Ele quer mostrar Sua força (2Cr 16.9) e fazer milagres inimagináveis
(como em At
8.39,40; 1Co 5.3-5) (veja Dt 4.7; Is 64.4,5). Mas, muitas vezes limitamos
Jesus ao nos voltarmos para o mundo, sob a desculpa de estar indo em busca de
tecnologia para glorificar a Deus.
De igual modo, devemos ter
comunhão com os irmãos do passado. Mas como? Pelo Espírito Santo, Deus pode
permitir que voltamos à época em que viveu tal pessoa e aprendamos algo com ela,
ou mesmo passemos a enxergar sua visão correta a respeito do que ela disse ou
fez e, assim, sermos usados para desfazer inúmeras heresias que foram
estabelecidas por esta pessoa ou por meio dela. Isto mudaria a vida de muitas pessoas
que fundamentaram suas vidas nisto.
Podemos, inclusive, ser usados
para tratar corações marcados por traumas familiares, já que todo ressentimento
se fundamenta em uma visão errada do que aconteceu no passado. Se Deus nos
permitir ter a visão correta daquilo que se passava no coração de cada pessoa
que nos machucou (o que as levou a assim proceder e o plano de Deus para a nossa
vida), podemos ser libertos de ressentimentos que só
servem para comprometer nossos relacionamentos. Veja o exemplo de José (Gn 41.51,52; 45.7,8).
Além disto, lembre-se da ordem
para honrar pai e mãe (Êx 20.12). O que você imagina que isto significa? Implica
em darmos continuidade à obra que Deus começou a realizar outrora através da
vida deles (veja a importância disto através da lei do levirato – Dt
25.5-7). Infelizmente, a falta de amor leva a maioria
dos filhos a desprezarem o que Deus realmente vem fazendo por meio dos pais,
como se tivesse autorização para iniciar uma nova obra (muitas vezes usando como desculpa o fato de os pais pertencerem
a outro segmento religioso – ver Mc 7.10-13).
Enfim, não podemos limitar o
agir de Deus àquilo que nossa mente é capaz de compreender (ver 1Co 2.14-16)
ou aceitar (At 16.20,21). Deus não está preocupado com
nossa capacidade (ver Êx 4.10-12), mesmo porque o poder Dele se
aperfeiçoa na nossa fraqueza (2Co 12.9). A ordem é irmos em nossa pequenez, nos limites
pautados pela Sua Palavra (Jz 6.14) e Ele crescerá na nossa vida (Jo 3.30).
Em Deus não há limites. Tudo que
Deus quer encontrar é um coração perfeito (2Cr 16.9): contrito e quebrantado (Sl 34.18; Is 57.15)
que teme Ele, treme diante da Sua palavra (Is 66.2) e confia Nele o suficiente
para permitir que Seu amor que excede todo entendimento (Ef 3.19)
vença, através de si, o pecado e a morte (que o pecado
trouxe para a vida das pessoas - Rm 5.20; 6.23) à sua volta.
C – Individual
Embora sejamos o corpo de
Jesus, individualmente somos membros uns dos outros (Rm 12.5). O único que tem competência
para se preocupar com o corpo é A Cabeça (Jesus). A cada um de nós cabe atuar
pessoalmente na vida de cada um que Deus faz aproximar de nós.
Não existe ministério coletivo,
onde Deus levanta um ou outro com funções rígidas, enquanto que os demais ficam
apenas assistindo ou, quando muito, contribuindo financeiramente ou com
orações. Se assim fosse, não acha que seria injusto?
Imagine: enquanto uns estariam
sofrendo, como Paulo (ver 1Co 4.9-13; 2Co 11.22-29) e muitos dos irmãos da igreja
do primeiro século (ver At 5.40,41; At 13.19,22; At 16.22-24; 19.30-31; 27.14-20;
2Co 8.1-2; 1Ts 2.15.16; 2Ts 1.4-6; Hb 10.32-34; 11.35-38),
a grande maioria ficaria confortavelmente em seus lares, vivendo regalada e
esplendidamente em frente a seus televisores ou internet, apenas contemplando
tudo de longe; se limitando apenas a orar, ofertar e ir à igreja 2 ou 3 vezes
na semana.
A salvação é individual, sendo
que cada convertido possui pelo menos um dom, um talento e um ministério (ver 1Co 14.26; Ef 4.11-16).
Num corpo, não existe membro sem função.
Quem disser que não tem dom ou
talento ou ministério é porque ainda não converteu. Trata-se de uma parasitose
no corpo de Cristo. Parasita é aquele que fica parado: não dá fruto (Jo 15.2).
Este será cortado por estar ocupando inutilmente a terra (Lucas 13.7)
e sugando a seiva da videira que poderia estar sendo melhor aproveitada pelos
ramos frutíferos.
Trata-se de alguém que fica na
instituição religiosa só criticando os outros. Por exemplo: se a pessoa
responsável pela limpeza do lugar onde os membros decidiram se reunir falhar no
cumprimento da sua missão, ao invés de semear intriga (ver Levítico 19.16; Provérbios
6.16-20; 16.28), o correto seria pegar a vassoura e limpar o
lugar a fim de que esta pessoa (que pode até estar fraca na fé – ver Rm 14.1; 15.1)
não caia em descrédito diante de todos e venha a ser devorada na fé pela
demasiada tristeza oriunda de tão grande desprezo (2Co 2.7-8).
Não é à toa que Deus deseja
operar em cada um, individualmente. Se cada pessoa deixasse Deus usá-la
interiormente pelo motivo correto, ela perceberia a importância deste membro
faltoso e não o desligaria de si (ver Mt 18.18; 1Co 12.21-25).
Aliás, tal atitude é como dizer que Jesus é anátema (1Co 12.3).
Somente os parasitas agem assim, já que, em sua imaginação, todos devem agir em
conformidade com aquilo que é bom para si. Quando alguém não diz ou fala algo
que vai de encontro aos seus interesses, logo é descartado.
Por isto é que muitos
desprezam e até maltratam aqueles que pensam de modo diferente, pois temem ver
o mundo virtual que criaram para si ruir. Em sua ignorância, acham que
algo será verdade só porque alguém disse
que é e porque ele assim deseja (distorcendo Mt 18.19; At 17.30).
Já pensou no motivo de Deus
permitir tanta confusão religiosa nos nossos dias? Para que cada um seja
estimulado a buscar diretamente do próprio Deus, ao invés de ficar buscando
para si instituições religiosas e doutores segundo suas próprias concupiscências
(2Tm 4.3,4).
Daí o chamado de ir por todo
mundo fazendo discípulos (não basta só evangelizar – veja Mt 28.19)
pertencer a TODOS (Jesus, quando deu tal ordem, a deu
a todos, e não apenas a um ou dois discípulos privilegiados).
Trata-se da oportunidade dada por Deus para que cada um possa dar sua vida em
favor dos irmãos (Jo 15.13) e, assim, ser conservado salvo na boa obra pelo
Seu amor (ver 2Pe 1.5-8; 1Jo 1.7).
E o pior é que, mesmo sabendo
que o estilo sacerdotal do Antigo Testamento não funciona, muitos insistem em
erguer o templo que Jesus desfez e costurar o véu que Ele rasgou (Lc 23.45),
mesmo após Ele ter dito que não se adoraria a Jesus em algum lugar especial,
mas tão somente em espírito e em verdade (Jo 4.23,24).
Na época do tabernáculo, a
arca da aliança (que simbolizava a presença do Deus vivo)
era levada nos ombros dos levitas. Quando Davi tentou conduzir a arca em um
carro (ainda que novo
– 2Sm 6.3), o resultado foi a morte de Uzá (2Sm 6.6-8).
Infelizmente, até hoje a lição não foi compreendida, a saber, que a presença de
Deus só pode ser transportada por meio de pessoas dispostas a levar, em suas
costas, o jugo e o fardo de Jesus (Mt 11.29,30).
Infelizmente, as pessoas acham
que o estabelecimento de uma instituição religiosa torna a adoração a Deus mais
organizada e confiável, como se fosse a pressão de algum líder religioso ou um
conjunto de regras que fosse assegurar a verdadeira espiritualidade no coração
das pessoas.
Foi exatamente isto que o
pessoal da torre de Babel pensou. Lamentavelmente, a teologia insiste em dizer
que tratava-se de um zigurate para adorar os astros, coisa que NUNCA a
Escritura Sagrada disse. Considerando que Deus “desceu” para ver a torre (algo inadmissível para quem é
onisciente e onipresente – Gn 11.5), pode estar certo de que eles
estavam querendo reunir todas as pessoas do mundo ao redor deles para adorar o
Deus verdadeiro.
Você pode questionar: mas se é
assim, então por que Deus ficou tão irado? O problema que isto era o contrário
da vontade de Deus:
“E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e
multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os
peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre
a terra.” (Gn 1.28);
E Jesus confirmou este desejo
de Deus ao dizer:
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;” (Mt 28.19);
E o pior é que, mesmo sabendo
disto, mesmo com os teólogos dizendo que “eclésia”, no grego, significa
“chamados para fora”, ainda assim cada instituição religiosa insiste em chamar
as pessoas “para dentro” dos templos que construíram ou alugaram e se filiem à
instituição religiosa a qual está sob seu domínio. Sem contar a briga entre
elas: cada uma tentando tirar os membros de outras instituições para a sua.
Se todas elas tivessem
realmente interesse em agradar O Criador, não ficariam com inveja por verem outra
instituição crescendo, nem ficariam ressentidos caso um membro deixasse sua
instituição para ir a outra. Afinal, para que disputa de cargo, ministério,
etc.? Não estão todos lutando pela mesma coisa? Logo, quanto mais pessoas
capacitadas, melhor. E não importa quem é mais usado: no final, a honra e a
glória não pertencem a Deus (Ap 4.9,11; 5.12,13)?
A verdade é que a maioria das
pessoas querem compromisso apenas consigo mesmas, com seus desejos, querendo
tão somente alguém que lhes assegure a entrada ao céu e às bênçãos que dela
vêm.
Deus jamais admitiu a ideia de
terceirizar o “amor ao próximo”, ou seja, de você entregar seus recursos nas
mãos de outra pessoa (seja pastor, missionário, apóstolo, etc.)
a fim de que esta faça a obra de Deus no teu lugar.
Muito menos foi plano de Deus
que um ser humano, além de Cristo, servisse de intermediário (ver At 4.19; 1Tm 2.5).
Tanto é assim que, você já reparou a enorme quantidade de referências que
existe contendo a expressão “uns aos outros”, “uns para com os outros” e “uns dos
outros”?
1.
“Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis
também lavar os pés uns aos outros.” (João 13.14)
2.
“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos
conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” (João 13.34-35);
3.
“O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” (João 15.12);
4.
“Isto vos mando: Que vos ameis uns
aos outros.” (João 15.17);
5.
“Amai-vos cordialmente uns aos
outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.” (Romanos 12.10);
6.
“A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos
ameis uns aos outros; porque quem ama aos
outros cumpriu a lei.” (Romanos 13.8);
7.
“Portanto recebei-vos uns aos
outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus.” (Romanos 15.7);
8.
“ Eu próprio, meus irmãos, certo estou, a respeito de vós, que
vós mesmos estais cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento, podendo
admoestar-vos uns aos outros.” (Romanos 15.14);
9.
“Saudai-vos uns aos outros
com santo ósculo. As igrejas de Cristo vos saúdam.” (Romanos
16.16);
10.
“Todos os irmãos vos saúdam. Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo.” (I Coríntios
16.20);
11.
“Saudai-vos uns aos outros
com ósculo santo. Todos os santos vos saúdam.” (II Coríntios
13.12);
12.
“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis
então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.” (Gálatas 5.13);
13.
“Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade,
suportando-vos uns aos outros em amor,” (Efésios 4.2);
14.
“Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos,
perdoando-vos uns aos outros, como também
Deus vos perdoou em Cristo.” (Efésios 4.32);
15.
“Sujeitando-vos uns aos outros
no temor de Deus.” (Efésios 5.21)
16.
“Não mintais uns aos outros,
pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos,” (Colossenses 3.9);
17.
“Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra
outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.” (Colossenses 3.13);
18.
“A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a
sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns
aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao SENHOR
com graça em vosso coração.” (Colossenses 3.16);
19.
“Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que vos
escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros;” (I
Tessalonicenses 4.9);
20.
“Portanto, consolai-vos uns aos
outros com estas palavras.” (I Tessalonicenses 4.18);
21.
“Por isso exortai-vos uns aos
outros, e edificai-vos uns aos outros,
como também o fazeis.” (I Tessalonicenses 5.11)
22.
“Antes, exortai-vos uns aos
outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de
vós se endureça pelo engano do pecado;” (Hebreus 3.13);
23.
“E consideremo-nos uns aos
outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras,” (Hebreus 10.24);
24.
“Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns,
antes admoestando-nos uns aos outros; e
tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.” (Hebreus 10.25);
25.
“Confessai as vossas culpas uns
aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um
justo pode muito em seus efeitos. Tiago 5.16
26.
“Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à
verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro;” (I Pedro 1.22);
27.
“Semelhantemente vós jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede
todos sujeitos uns aos outros, e
revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos
humildes.” (I Pedro 5.5);
28.
“Saudai-vos uns aos outros
com ósculo de amor. Paz seja com todos vós que estais em Cristo Jesus. Amém.” (I Pedro 5.14);
29.
“Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que
nos amemos uns aos outros.” (I João 3.11);
30.
“E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho
Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros,
segundo o seu mandamento.” (I João 3.23);
31.
“Amados, amemo-nos uns aos
outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e
conhece a Deus.” (I João 4.7);
32.
“Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se
nos amamos uns aos outros, Deus está em
nós, e em nós é perfeito o seu amor.” (I João
4.11-12);
33.
“E agora, senhora, rogo-te, não como se escrevesse um novo
mandamento, mas aquele mesmo que desde o princípio tivemos: que nos amemos uns aos outros.” (II João 1.5);
34.
“Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a
edificação de uns para com os outros.” (Romanos 14.19);
35.
“Ora, o Deus de paciência
e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns
para com os outros, segundo Cristo Jesus.” (Romanos 15.5);
36.
“Antes sede uns para com os
outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também
Deus vos perdoou em Cristo.” (Efésios 4.32);
37.
“E o Senhor vos aumente, e faça crescer em amor uns para com os outros, e para com todos, como
também o fazemos para convosco;” (I Tessalonicenses 3.12);
38.
“Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui sempre o
bem, tanto uns para com os outros, como
para com todos.” (I Tessalonicenses 5.15);
39.
“Sempre devemos, irmãos, dar graças a Deus por vós, como é
justo, porque a vossa fé cresce muitíssimo e o amor de cada um de vós aumenta
de uns para com os outros,” (II Tessalonicenses 1.3);
40.
“Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados
Sendo hospitaleiros uns para com os outros,
sem murmurações,” (I Pedro 4.8,9);
41.
“Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas
individualmente somos membros uns dos outros.”
(Romanos 12.5);
42.
“Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros
igual cuidado uns dos outros.” (I Coríntios 12.25);
43.
“Levai as cargas uns dos outros,
e assim cumprireis a lei de Cristo.” (Gálatas 6.2);
44.
“Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu
próximo; porque somos membros uns dos outros.”
(Efésios 4.25);
45.
“Irmãos, não faleis mal uns dos
outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e
julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.” (Tiago 4.11).
Até nas repreensões temos a
expressão “uns aos outros” e “uns para com os outros”:
46.
“Assim que não nos julguemos mais uns
aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao
irmão.” (Romanos 14.13);
47.
“Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais também uns aos outros.” (Gálatas 5.15);
48.
“Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.” (Gálatas 5.26);
49.
Porque também nós éramos noutro tempo insensatos, desobedientes,
extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e
inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros.”
(Tito 3.3);
50.
“E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da
mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns
para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si
mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.” (Romanos 1.27);
Até ao orar temos que pensar
uns nos outros: veja que a oração modelo é (Mt 6.9-13):
? “Pai
nosso” e não “Pai meu”;
? “pão
nosso” e não “meu pão”;
? “venha
a nós” e não “venha a mim”;
? “nossas
dívidas” e não “minha dívida”;
? “não
nos deixes cair” e não “não me deixe cair”.
Logo, o Reino de Deus é responsabilidade
de cada verdadeiro convertido para com cada membro da Igreja.
A única razão de Deus ter
permitido tabernáculo e templo no Antigo Testamento foi por causa da dureza do
coração deles (ver Mt 19.8). Instituição religiosa
começou com o povo de Israel pedindo a Moisés que fosse o intermediário entre
eles e Deus. Como eles não estavam dispostos a sofrer a sã doutrina (ver 2Tm 4.3,4), ou seja, suportar os
mandamentos que Deus lhes dava (Hb 12.18-21),
tinham medo de morrer quando Deus se manifestasse a eles (Êx 20.18,19). Que coisa triste, não acha:
sermos mortos pelo Único que realmente é bom, nos ama, além de ser Ele, em
pessoa, tudo que realmente necessitamos?
Como você pode ver, a raiz da
instituição religiosa é má.
Todavia, o plano original de
Deus é que todos eles fossem sacerdotes (Êx 19.6).
Se eles tivessem se disposto a
ouvir a voz de Deus e segui-Lo, jamais o tabernáculo teria sido erguido. Muito
menos o templo. Note a repreensão de Deus a Davi e a qualquer um que pensasse
em erguer um templo para Ele:
“Vai, e dize a meu servo Davi: Assim diz o SENHOR:
Edificar-me-ás tu uma casa para minha habitação? Porque em casa nenhuma habitei
desde o dia em que fiz subir os filhos de Israel do Egito até ao dia de hoje;
mas andei em tenda e em tabernáculo. E em todo o lugar em que andei com todos
os filhos de Israel, falei porventura alguma palavra a alguma das tribos de
Israel, a quem mandei apascentar o meu povo de Israel, dizendo: Por que não me
edificais uma casa de cedro?” (2Sm 7.5-7);
“Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade,
e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito
e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar
o coração dos contritos.” (Is 57.15);
“Assim diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra o escabelo
dos meus pés; que casa me edificaríeis vós? E qual seria o lugar do meu
descanso? Porque a minha mão fez todas estas coisas, e assim todas elas foram
feitas, diz o SENHOR; mas para esse olharei, para o pobre e abatido de
espírito, e que treme da minha palavra.” (Is 66.1,2);
“Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de
homens, como diz o profeta: o céu é o meu trono, E a terra o estrado dos meus
pés. Que casa me edificareis? diz o Senhor, Ou qual é o lugar do meu repouso?
Porventura não fez a minha mão todas estas coisas?” (At 7.48-50).
Pense: quando Deus criou Adão,
Ele poderia ter erigido um templo e ensinado teologia para Adão. No entanto,
preferiu plantar um jardim e ordenar a ele que desse nome aos animais. Assim
foi para nos ensinar que a forma correta de guardar (vigiar)
o jardim do Senhor (as pessoas – compare Gn 2.15 com
Is 58.11; LJr 31.12) é dando nossa vida em favor dos irmãos (Jo 15.13), a saber, nos envolvendo diretamente com elas (daí, inclusive os ministérios e dons que não são meras tarefas,
mas o modo de nos ligar às pessoas e à Sua Palavra).
Mesmo porque é através da perfeita unidade que todos conhecerão que somos discípulos
de Jesus (Jo 13.34,35),
que Ele é o Messias (Jo 17.11,21-23),
bem como a imensidão do amor de Deus para conosco (Jo 17.23).
A única razão de Deus ter
permitido construir um templo era para que todos pudessem ver o quanto a
presença do mesmo com seus rituais induzia as pessoas a se acomodarem ao
pecado. Note como, na época de Jeremias, o povo começou a achar que os
sacrifícios serviam para perdoar-lhes os pecados e, deste modo, deixá-los
livres para pecarem ainda mais (Jr 7.3-11).
Além disto, já parou para se
perguntar no motivo pelo qual há tanta confusão no sistema religioso? Por que tantas
falhas nas instituições e líderes religiosos? Se os mesmos eram para ser um
exemplo daquilo que agrada a Deus, era de se esperar que Ele fizesse algo
eterno e físico. Poder para isto Ele tem. A prova é que, apesar das inúmeras
investidas do diabo para destruir a Verdade, ele jamais conseguir (Sl 127.2).
Isto, todavia, é para que
percebam que têm que buscar a Deus diretamente.
Para que tanta confusão na
interpretação da Escritura Sagrada? Note que cada instituição religiosa
interpreta a seu bel prazer e alega ser a portadora da verdade.
Contudo, a ideia é que ninguém
se enganasse com a ideia de que poderia agradá-Lo servindo à distância, mas
buscasse ouvir Sua voz (Jo 5.24,25)
e ser guiado PESSOALMENTE por Ele (Rm 8.14).
D – Pessoal
É bem verdade que vemos Jesus
e os apóstolos pregando para multidões em (Mt 5.1; 13.1,2; 14.13,14; 15.32; Jo 6.24,25; At 2.6;
3.11). É claro que nada impede de o Espírito Santo
trazer até nós uma multidão enquanto estivermos andando pela rua, parado
esperando o ônibus ou numa fila e Deus colocar as palavras na nossa boca para a
ela ministrarmos. Se Deus assim quiser nos usar para evangelizar, glória a Ele
por isto.
Porém, são exceções.
Normalmente Deus lida com os pecadores da mesma forma que os médicos trabalham
com os doentes (Mt 9.12,13): de modo pessoal. Nunca
ver-se-á um médico consultando várias pessoas ao mesmo tempo, pois, mesmo que a
doença seja a mesma, a reação de cada organismo é diferente, bem como o estado
do organismo, etc.
Sei que Deus pode usar alguém
no púlpito para ministrar a várias pessoas na Igreja dentro da situação na qual
a mesma se encontra. Porém, a ordem é fazer discípulos (Mt 28.19)
e não apenas pregar o evangelho (Mc 16.15). Jesus não disse para amar “os” próximos, mas
“o” próximo, ou seja, recebe-lo como se só existisse ele, como se, naquele momento,
tivéssemos sidos criados especialmente para ser usado na vida dele. Mesmo
porque cada um é tão especial para Jesus que, em 1Co 12.26; Tg 5.13,14, vê-se
um membro mobilizando a atenção de todos junto a si (tal como se dá em um corpo: se um órgão machuca, ele
não se separa do corpo para se tratar. Antes, todo o corpo se dirige ao médico
e dele cuida até estar recuperado). Alías, num corpo, se um
órgão for tirado, este morre e o corpo fica deficiente.
Também não é dito para amar
“um” próximo, como se pudéssemos escolher a quem amar e quando. Antes, é “o”
próximo, ou seja, exatamente a pessoa que Deus trouxe até nós, independente de
quem é, qual o lugar e a hora.
Alguém poderia se desculpar,
dizendo que há momentos em que não estamos preparados (seja por estarmos cansados, doentes, etc.).
Ora, mas a ordem não é para sermos como soldados (2Tm 2.3-5),
ou seja, sempre preparados? De modo que devemos nos cuidar para não
desperdiçarmos energia com coisas vãs, nem darmos ocasião para doença ou
qualquer infortúnio que venha a nos enredar (ver 1Tm 6.9-12).
Inclusive, os mandamentos com
a expressão “uns aos outros”, na verdade foram permitidos com o seguinte
propósito: usar a fraqueza na vida de um irmão para ter como convocar os demais
membros a serem usados na vida dele (1Ts 5.14). Deste modo, Deus pode aperfeiçoar Seu poder (2Co 12.9),
revelar Sua glória (Jo 9.3; 11.4) e aquecer o coração de todos.
Infelizmente a ideia mundana
de coletividade entrou na Igreja. A princípio, o slogan “tudo pelo bem comum”
ou “deixar de buscar os próprios interesses em prol da sociedade” parece ser
bonito. Porém, tudo que entra em contradição com a bíblia, deve ser considerado
como maldição (Rm 16.17,18; 1Tm 6.3-5; Gl 1.6-9),
mesmo que pareça ser “luz” (ver (Is 8.20; 2Co 11.13-15). Inclusive, quando a Escritura
Sagrada diz para não amarmos o mundo (1Jo 2.15), está dizendo, entre outras
coisas, que não devemos amar o aplauso das multidões.
Não é possível uma perfeita
unidade (como Jesus
deseja – Jo 17.11,21-23) onde o lado pessoal é deixado de lado. Sendo nós
o corpo de Jesus, pense: o que faz de um órgão membro do corpo? Não basta estar
dentro do corpo. Um vírus, embora em contato com vários órgãos, nem por isto
faz parte do corpo. Também não basta estar ligado diretamente a outros órgãos.
Num implante, o corpo não reconhece o órgão de outro organismo como sendo seu,
sendo necessária a ingestão de remédios para inibir o sistema imunológico.
Mas então, o que é necessário
para que o órgão seja membro do corpo? Não é em vão que Jesus ordenou amar “o”
próximo como a “ti mesmo” (Mt 22.39). Note a individualidade em “ti mesmo” e a
pessoalidade em “o próximo” (no singular): um para um.
Porque em Mt 18.20 há a
expressão dois ou três (porque não um ou mais)?
Isto quer dizer que deve haver um envolvimento pessoal e direto nosso com cada
pessoa individualmente, tanto no sentido de nos tornarmos um com ela (dois)
ou de deixarmos Jesus nos usar para unir duas pessoas Nele (três).
A verdadeira unidade não
consiste em cada um sair fora de si para que prevaleça os interesses de uma
corporação religiosa impessoal (uma entidade jurídica morta),
as quais só existem no papel de um cartório ímpio que nenhuma aceitação tem
diante de Deus (ver 1Coríntios 6.9).
Igreja são pessoas que se
envolvem diretamente umas com as outras e com Jesus, a ponto de permitir que o
Espírito Santo faça, disto, a sua vida. Trata-se de pessoas pensando e SENTINDO
(não apenas
pensando, como que fazendo por obrigação) a mesma coisa. Esta é a unidade
almejada por Jesus (Jo 17.11, 21-24; 13.34,35; 15.12,13; At 2.44-46; 4.32-25; Rm
12.16; 1Co 1.10; Fp 2.2; 3.15,16; 4.2; Cl 2.2; 1Pe 3.8),
o amor não fingido de (Rm 12.9; 1Pe 1.22).
Amor significa vida (Jo 15.13),
ligação (relacionamento
vivo). Daí o ministério de Deus ser caracterizado pela
reconciliação (2Co–5.18-20; 1Jo 1.3; Rm 5.10,11;
11.15; Jó 22.21; Mt 5.24; Ef 2.16; Cl 1.20-22).
Amar é darmos à pessoa o que temos de mais importante: a nós mesmos: nosso
tempo, energia, e, principalmente, nossa PRESENÇA! Afinal, quem ama alguém de
verdade quer estar perto dele, se possível, 24 horas. É assim que honramos
alguém, que mostramos o quão especial é a pessoa. Do contrário, é hipocrisia!
Como posso dizer que alguém é uma bênção, que a amo, se só me lembro dela
quando a vejo no templo?
Que sentido há em fazer shows
gospel, teatro evangélicos, cruzadas evangelísticas, congressos, seminários,
encontros de casais, etc., se isto não melhorar a qualidade dos nossos
relacionamentos na verdade e compaixão? Tudo na vida tem em vista gerar e
aperfeiçoar relacionamentos para confirmar a Palavra de Deus.
Melhor do que se emocionar
vendo Deus operar em estórias (sejam fictícias ou relatando o que Deus fez no passado)
contadas nos teatros e filmes evangélicos, porque não ver Deus operar, ao vivo,
na vida real das pessoas através de nós? Não é isto que está sendo dito nos
versículos que tratam da comunhão que deve haver na Igreja de Jesus?
Por exemplo: o trabalho não
para obtermos nosso sustento (porque este vem de Deus – Mt 6.26; 2Co 9.8-11; Fp 4.19; Sl
104.27,28; 127.1,2), mas para termos oportunidade de repartir o amor
de Deus com quem está faminto Dele (Sl 107.35,36; Ef 4.28). De igual modo, quando vamos
ao restaurante, lanchonete, etc., não é porque temos fome, mas para que
possamos nos ligar a mais pessoas em Cristo aqui na terra e, deste modo,
ajuntar tesouros no céu (associe Mt 6.19-20 com Mt 18.18).
Afinal, quanto mais pessoas se
arrependerem e converterem a Jesus, maior a possibilidade de vermos Deus agir
na nossa vida (1Jo 1.3).
De que adianta milhares de
pessoas se converterem a Jesus através de nós se, no final, cada uma é obrigada
a buscar sozinha, em Deus, a solução da sua vida? Durante as reuniões nas
instituições religiosas, um mal tem contato com o outro (às vezes nem se sabe a cor da
camisa de quem sentou do seu lado) e, durante o restante da
semana, sequer lembra que alguém mais existe, além dele próprio.
Talvez o irmão esteja à beira
da morte e nem sequer percebe-se isto (tal como Sansão que não percebeu a retirada do Espírito
Santo (Jz 16.20) ou a igreja de Laodicéia que se achava rica, mesmo estando
Jesus fora da Igrejaual – Ap 3.17,20). Ora num corpo, ao menor
toque que seja em qualquer um de seus membros, todos os demais sentem, mesmo
dormindo.
Ora, que espécie de comunhão é
esta que os religiosos tanto defendem? A única razão de ser da Igreja é o fato
de cada pessoa poder contar com as demais diante dos desafios que chegam a ela
no presente de Deus (a saber, o dia de hoje – Sl 118.24).
Embora cada pessoa deva levar
sua carga (Gl 6.5),
nossa presença deve servir de mantimento (Gl 6.2) para que ela tenha todos os
recursos necessários para ver a vitória de Deus na sua vida (incluindo o apoio sentimental, por
saber que não está só). Mesmo que não saibamos o que fazer, a simples
presença nossa já significa muito. A pessoa já sabe que não está só, mas tem
com quem contar.
É isto que significa suportar
uns aos outros em amor (Ef 4.2): proceder conforme Arão e Hur em (Êx 17.12):
cada um descansou e esperou em Deus debaixo dos braços de Moisés a fim de que
os mesmos permanecessem no descanso e na espera do agir de Deus, embora
estivessem levantados.
Além do mais, cada pessoa não é
o santuário de Deus (Is 57.15; 1Co 3.16; 6.19; 2Co 6.16)?
O que significa isto?
“E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade,
pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, vós também, como pedras
vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer
sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” (1Pe 2.4,5).
Isto significa que Jesus
pretende construir Sua Igreja dentro de nós. Aliás, já pensou em quê realmente
consiste o corpo de Cristo? Consiste em deixar que os pecadores sejam ligados
ao céu (Mt 18.18)
através do nosso corpo (1Co 12.13),
ou seja, daquilo que Jesus quer viver em nós (Gl 2.20).
É isto que Jesus quis dizer ao ordenar que amássemos os inimigos (Mt 5.44): ou seja, que batalhássemos (Jd 3) a fim de que o entendimento deles fosse renovado
(Rm 12.2)
e, assim, eles pudessem ser unidos a nós na luta de viver Sua Palavra neste
mundo (Is 62.6,7).
Este é o evangelismo que conduz à salvação (Mt 9.12,13).
Afinal, quando alguém se liga aqueles cuja vida está firmada nas boas obras,
ela é salva de ficar infrutífera (2Pe 1.5-8).
A casa do Pai que possui
muitas moradas é o nosso coração (Jo 14.1,2). Cada morada tem um destinatário, a saber,
alguém que Deus quer que faça parte de nossa vida para manifestar Sua Palavra.
Para que você entenda como
funciona, veja:
“Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e
lida por todos os homens. porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo,
ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo,
não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração.” (2Co 3.2,3).
Jesus está sempre a bater na
porta do nosso coração (Ap 3.20). Quando nos dispomos a amar o próximo, não como
alguém separado de nós, mas como a nós mesmos (como sendo ele um membro do nosso coração – Mt 22.39),
damos espaço em nosso íntimo para o Espírito Santo pregar o evangelho de Jesus (Mc 16.15)
na tábua de carne do coração dele.
De igual modo, devemos
permitir que Jesus nos leve para dentro do coração desta pessoa e marque nossos
pensamentos e sentimentos (testa) e ações (mãos) com Sua Palavra e caráter (ver Êx 13.13-16).
Marca representa algo que nos
faz lembrar com exatidão e clareza aquilo que a ela está relacionada. Aqui, a
Palavra de Deus deve ser a marcar que nos faz lembrar de algo que Jesus fez e
é, tal como uma música muitas vezes nos faz reviver algo.
Quando isto acontecer, seremos
membros dela e ela, de nós, já que, ao ouvir tal trecho da Escritura Sagrada,
iremos nos lembrar do que Deus fez em nós através dela ou quando estávamos
junto com ela. A vida dela fica sendo a nossa e vice-versa.
Veja o que Jesus disse a
respeito da Sua Igreja:
“E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou
os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? E eles
disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos
profetas. Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis
que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do
Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão
Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos
céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno
não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo
o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra
será desligado nos céus.” (Mt 16.13-19).
Note que é Ele em pessoa quem
irá edificá-la, e não nós. A base na qual Jesus edifica Sua Igreja é “Quem Ele
é”. Nós, assim como Pedro, somos pequenas pedras (1Pe 2.5) que Deus usa para construir
Sua Igreja na vida uns dos outros. Contudo, a pedra angular é a afirmação feita
por Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.
Nenhuma pessoa (porta) do inferno será capaz de manter as portas do
coração abertas para nós se conservarmos conosco a verdade, a saber, a
verdadeira identidade de Jesus. Não correremos o risco de sermos marcados com
traumas, decepções e frustrações enquanto nos perdemos no interior dela,
tentando em vão fazê-la feliz.
Quando conservamos conosco
tudo que Jesus é, passamos a ter a única chave do Reino dos Céus, a saber, aquilo
que realmente nos capacita a nos ligarmos às pessoas e elas a nós, bem como nos
desligarmos de todo e qualquer vício (Ef 4.17-19).
Logo, se queremos nos reunir
para adorar a Deus no templo, o lugar para onde o Espírito Santo irá nos dirigir
é até à presença de algum irmão (At 2.46) que adora a Deus com um coração puro, (2Tm 2.22)
guiado pelo Ele (Rm 8.14). É em sua companhia que seremos usados por Ele
direta e pessoalmente em seu favor.
Ao invés de se perguntar qual
a instituição religiosa certa, pense: certa para quê? O que você imagina que
seja o Reino de Deus? Ao contrário do mundo, que diz que “se algo não é
proibido, é permitido”, no Reino de Deus, algo só é permitido quando Deus diz.
Fazer alguma coisa sem ordem explícita de Deus é viver independente, longe
Dele. Isto pode ser trágico, principalmente quando tal coisa é feita com a
intenção de glorificar o Criador:
Caim, por exemplo, foi tão oprimido pelo pecado
que acabou matando seu irmão (Gn 4.5-7);
Nadabe e Abiú foram consumidos pelo fogo de Deus (Lv 10.1,2).
É impossível ter fé genuína
sem ouvir do próprio Deus a Sua voz (Rm 10.17).
Em outras palavras, como não existe nenhuma instrução de Jesus e Seus apóstolos
acerca da construção de templos, criação de instituições religiosas ou execução
de cultos, logo é impossível que tais coisas estejam certas.
Logo, a única Igreja da
qual devemos fazer parte é da noiva de Cristo, a saber, sendo parte da vida das
pessoas que têm compromisso com Ele e deixando que elas tenham parte conosco. O
objetivo não é fazer coisas (Ef 2.8,9), mas confirmar a virtude de Cristo (Seu poder (presença), conceitos e
valores (visão correta das coisas)).
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