quinta-feira, 26 de junho de 2014

61 - Em quantos dias o mundo foi criado?



COMO SE DEU A CRIAÇÃO DO MUNDO?

·         “No princípio criou Deus o céu e a terra. A terra, porém, era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, mas o espírito de Deus pairava por cima das águas.” (Gn 1.1,2).

Veja, contudo, o que disse Isaías:

·         “Porque assim diz o SENHOR que tem criado os céus, o Deus que formou a terra, e a fez; ele a confirmou, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o SENHOR e não há outro.” (Is 45.18).

Considerando que Deus não criou a terra vazia, então certamente algo aconteceu. Vem a questão: o quê?
Não é segredo para ninguém que Deus criou o mundo em seis dias e no sétimo descansou (Êx 20.11; 31.17). Ora, sendo assim, pense: quando foi que Deus criou os elementos que compõem a terra? Afinal, o que se vê do 2º ao 6º dia é Deus organizando o que já existia e criando os seres vivos. Entretanto, a atmosfera, a água e a terra já existiam (embora esta se achasse submersa ou misturada em meio às águas).
Logo, toda a questão gira em torno do primeiro dia. O que foi feito nele? Em primeira instância, a tendência é acreditarmos que Deus criou apenas a luz e, em seguida, a separou das trevas e nomeou a ambos (trevas e luz - Gn 1.3-5).
Se assim o é, então os céus e a terra foram criados antes do primeiro dia, o que contraria a Escritura Sagrada, a qual afirma categoricamente que céus e terra foram criados em seis dias (Êx 20.11; 31.17).
Mas, se céus e terra foram criados no primeiro dia, junto com a luz, eu te pergunto: para quê tanta pressa? Considerando que o nosso Deus habita na eternidade (Is 57.15) e não tem pressa (e ordena àqueles que crê que não se apressem - Is 28.16), então por que Deus iria, agora, ter tanta pressa em fazer algo?
Repare como toda a criação mostra a paciência de Deus em fazer as coisas:

·         As estações do ano passam de uma para outra lentamente;
·         O sol “nasce e se põe” em um movimento contínuo e lento o suficiente para não ser percebido pelos olhos;
·         A água se evapora lentamente;
·         Sem contar que Jesus disse para João que viria breve e já se passaram mais de 1.900 anos (Ap 22.20).

Isto condiz com Rm 1.20, onde é dito que tudo o que de Deus se pode conhecer é expresso através das coisas que são criadas.
Além disso, antes de Deus criar céus e terra, só Ele existia. Assim foi por toda a eternidade. Por que, agora, Ele iria criar tudo ansiosamente? Ainda mais considerando que Ele não está preso ao tempo (não envelhece, enfraquece, etc.).
Vou mais longe! Uma vez que Deus criou os anjos, certamente estes foram criados antes do homem. Mesmo se admitíssemos que Deus criou cada anjo do jeito que é hoje (com Ha-Satan e seus demônios como agentes do mal), ainda assim para que criar os céus com cada um dos anjos, dar nomes a eles (ver Sl 147.4, onde estrelas podem também se referir a anjos), criar a terra, a luz, separar luz de trevas e dar nomes a ambos, tudo num único dia de 24 horas?
Entenda: a noção que temos de dia tem haver com a presença e ausência da luz solar. No entanto, Deus está muito além destas limitações físicas nossas. Tanto que Ele, do primeiro ao terceiro dia, criou tudo sem a presença dos astros e estrelas (os mesmos foram criados no 4ª dia – Gn 1.14-19).
Na verdade, considerando que Deus chamou às trevas noite e à luz, dia (Gn 1.5), logo os sete dias da criação tem haver com este conceito de dia. Ou seja, os sete dias que Deus criou representam as sete dispensações de Deus (cada dia uma dispensação), a saber, a Sua atuação direta neste planeta.
Considerando que são os nossos pecados que cansam Deus (Is 43.24), logo dia, para Deus, é quando a luz da Sua Palavra está em ação (ver Jo 1.3). Note como Deus criou céus e terra “no princípio” (Gn 1.1) e, como é bem sabido, o princípio de Deus é o Verbo (Jo 1.1). Logo Deus criou céus e terra em Si mesmo, sendo que, o momento em que Ele está agindo ativamente (e não somente nos “bastidores”) é chamado de luz, dia. Quando Deus passa a ficar nos bastidores, dando à criação a oportunidade de executar Sua Palavra em si mesma, é chamada de trevas.
O fato de citar tarde e manhã significa que Deus começa agindo (tarde), depois fica nos bastidores avaliando vendo a criação reagindo a tudo que Ele criou (noite) e depois Ele termina e etapa (manhã), concluindo o dia.
Hoje estamos no 6º dia (sexta dispensação). Quando Deus criou foi tarde (Gn 1). Desde que Deus criou o homem e ele teve oportunidade para pecar até a volta de Cristo é noite. Quando Ele vier na metade da grande tribulação será meia-noite (Mt 25.6). Contudo, sendo Ele a estrela da manhã (2Pe 1.19; Ap 22.16), para os fiéis, será o anúncio de que o dia está para se iniciar. As sete taças do juízo são o fim da noite e a batalha do Armagedom, o grande Dia do Senhor, quando, então, Ele concluirá o sexto dia, dando início ao sétimo, que é o milênio.
Enfim, a percepção de tempo, para Deus, é diferente da nossa: para Deus, luz e trevas tem haver com Sua Palavra; para nós, com os astros e estrelas criados no 4º dia (Gn 1.17,18).
Se você ainda não acredita, pense: se já não é fácil acreditar que Deus criou os céus com todos os anjos e a terra e a luz em apenas um dia, considere a hipótese correta de que Deus criou todos os anjos bons, mas alguns deles se rebelaram.
Neste caso, eu te pergunto: quando ocorreu a rebelião dos anjos? Com certeza foi antes de Gn 3. Ora, admitindo que Deus criou os anjos no primeiro dia, se cada dia for de 24 horas, concorda que o intervalo entre a criação dos anjos e a rebelião de Ha-Satan é muito pequeno? Tão logo ele foi criado, já se rebelou e conseguiu, com rapidez fantástica, convencer milhões de anjos a se rebelarem. Ora, sendo Deus tão bom, como acreditar que  todos estes anjos se apostataram tão rápido?
Além disto, uma vez que Deus criou os céus no primeiro dia (Gn 1.1), por que Ele teve que criar o firmamento de novo do segundo dia (Gn 1.6-8)?
Sem contar que, no sexto dia, Deus criou os animais, o homem e a mulher, sendo que, entre a criação do homem e da mulher, Adão deu nome para todos os animais, ficando sempre em busca da sua auxiliadora idônea (Gn 2.18-24). Como tudo isto pôde ocorrer em apenas 12 horas (tarde e manhã)?
Logo, Deus criou tudo perfeito no primeiro dia (de tarde), incluindo aos anjos. Alguns ficaram no céu, outros como Ha-Satan foram colocados na terra, no Éden (Ez 28.13). Contudo, “durante à noite”, no que os anjos ficavam admirados com a beleza de Ha-Satan, seu interior foi se enchendo de violência (Ez 28.15-17) e ele passou a achar que poderia habitar no céu como os outros anjos e mais ainda: acima de todos eles (Is 14.12-14).
Ele conseguiu convencer muitos a abandonarem seu principado (2Pe 2.4; Jd 6), ou seja, a tentarem melhorar o que Deus criou e, assim, se mostrarem tão bons quanto Deus e, deste modo, fazerem um nome para si, em torno do qual os demais anjos pudessem se reunir (como na torre de Babel – Gn 11.4).
Tanto eles fizeram modificações da terra, que esta se tornou um caos (sem forma e vazia – Gn 1.2). Deus, então, entra em cena concluindo o primeiro dia (de manhã), a saber, faz a Sua luz resplandecer novamente, prende Ha-Satan e seus anjos em cadeias de escuridão (ou seja, sem a possibilidade de enxergarem novamente a verdade, se arrepender e converter – 2Pe 2.4; Jd 6), faz separação entre luz e trevas e dá nome à luz e às trevas. Fim do primeiro dia.
Inclusive, note como Deus avalia sua criação a cada dia, exceto no segundo e no sétimo:

·         Primeiro Dia: (Gn 1.4);
·         Terceiro Dia: (Gn 1.10,12);
·         Quarto Dia: (Gn 1.18);
·         Quinto Dia: (Gn 1.21);
·         Sexto Dia: (Gn 1.25,31);

No sétimo dia não precisou avaliar, já que, ao final do sexto dia, foi feita uma segunda avaliação. Ou seja, no início do 7º dia estava tudo em ordem e, sendo este o dia de Deus, não havia motivo para algo ter deixado ser bom.
Mas, e quanto ao segundo dia? Por que ele não foi avaliado? Só consigo encontrar uma explicação: como o céu havia sido criado no primeiro dia e avaliado, logo não havia motivo para este céu reconstruído não ser bom.




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