CASAMENTO NÃO É
ESCRAVIDÃO, MAS SIM LIBERDADE!
Você
já parou para pensar no motivo pelo qual o divórcio anda tanto em voga
atualmente? Pelo fato de se deixarem prender pelos dogmas do sistema religioso,
a grande maioria tem transformado o casamento num regime carcerário pior do que
o imposto aos grandes bandidos deste mundo, já que estes têm direito a
advogado, habeas-corpus, induto de natal, liberdade condicional e, por fim, à
liberdade após pagarem a pena.
No
molde religioso dado ao casamento, a pessoa é obrigada a permanecer com a
pessoa até o fim da sua existência neste mundo. A maioria, por não suportar
este rígido gesso, acabam se comportando como panela de pressão lacrada: explode
ao ser submetido ao calor das lutas, lançando todo lixo que colocaram dentro de
si para todo mundo que está à volta.
Embora
o conceito mundano de casamento seja nojento, muitas vezes acaba sendo mais
honesto do que o modelo instituído pelo sistema religioso. É bem verdade que,
de acordo com o sistema que rege este mundo, o casamento é algo meramente
comercial. Se você acha que não, repare em que consiste o que o mundo chama de
“casamento civil”. Nada mais é do que um acordo que visa conceder garantias
fiscais para o casal e, sobretudo, ditar normas que regulamentem o que ser
feito com os bens materiais no caso de desenlace matrimonial.
As
pessoas já casam pensando que vão se separar. O sistema, no fundo, já está
profetizando a separação como algo que, de tão natural, acaba sendo inevitável.
A pessoa não casa mais fundamentada no poder do amor, mas no medo (e como bem
sabemos, quem tem medo não pode ser aperfeiçoado no amor – 1Jo 4.18). Em outras
palavras, o relacionamento está fundamentado pela fé na incerteza (incredulidade – a qual traz como
consequência o distanciamento de todo bem – Tg 1.5-8). E sem a esperança da
vitória como âncora da alma (Hb 4.18,19),
só o sistema para fornecer o penhor “consolador” caso um venha a desistir um do
outro no momento em que a luta interior se tornar insuportável.
Todavia,
apesar de toda esta incoerência, quem se casa (ou ajunta)
nos moldes do mundo pelo menos já sabe do que se trata: um mero jogo de
interesses (comércio almas humanas – Ap 18.13) que, se não der
certo, separa-se e tenta-se de novo. Partem para esta decisão conscientes do
negócio que estão a se envolver, bem como nas consequências que terão de sofrer.
Não estão sendo enganados (embora a maioria tente enganar a si mesmo).
Quem,
contudo, casa nos moldes da religião, o faz acreditando:
·
Nas
juras feitas no altar diante de alguém se colocou como intermediário entre o
ser humano e o Criador (ver 1Tm 2.5);
·
No
poder de uma argola de metal colocado no dedo anular esquerdo.
Infelizmente
a maioria das pessoas são adeptas daquela frase: “me engana que eu gosto”. Ora,
pense:
·
Você
acredita mesmo que o casamento é mantido por um simples juramento feito pela
pessoa? Em primeiro lugar, Jesus condenou tal atitude (Mt 5.37; Tg 5.12). Se não somos capazes
de fazer o bem nem para nós mesmos (Is 64.6; Rm 3.9-18; 7.13-21), o que nos faz pensar que poderemos
fazer o bem a alguém ou deste receber algo bom?
Tanto
é assim que a Escritura Sagrada deixa claro que a pessoa que deposita sua
confiança no homem se torna objeto de maldição (Jr 17.5).
Embora todos possam acreditar em muitas coisas, crer (ou seja, depositar nossa total
confiança, a ponto de repousar sobre isto) é algo pertinente apenas com relação à
pessoa de Jesus Cristo.
Além
disto, casamento é algo que deve ser alimentado a cada dia com pequenas coisas
diante de todos, e não com um ritual feito num determinado dia e hora em lugar
marcado diante de um grupo seleto de pessoas.
·
Você
acredita mesmo que algumas palavras ditas por alguém que se colocou
arbitrariamente no lugar de Cristo (simplesmente porque o Sistema Babilônico assim autorizou, seja
por ter sido aprovado em alguma escola teológica ou por ter feito algum acordo
com o sistema (tal como se deu com os irmãos que se reuniam em Pérgamo – Ap
2.14))
têm algum poder místico? Não seria o casamento alimentado por palavras de
bênção vindas diretamente da própria boca de Jesus (dentro da qual está a espada afiada de dois gumes –
Hb 4.12; Ap 1.16; 3.12; 19.21)?
Afinal, não é do “maná” que sai diária e diretamente da boca de Deus (Dt 8.4; Mt 4.4; Lc 4.4) que nós vivemos?
·
Você
acredita mesmo que é um pedaço de metal que vai manter a amarração entre você e
seu cônjuge? Isto é coisa de macumbaria, de quem acha que a forma para prender
alguém a si é contratando alguém para fazer amarração do amor. Se você pensa
que não, pesquise na internet para ver a origem e a finalidade deste costume.
Talvez
você diga que isto é um testemunho que a pessoa está dando de que não está
disponível para relacionamentos. E você acredita mesmo que é afastando a ti
mesmo e a teu cônjuge das outras pessoas, de modo que vocês se dediquem única e
exclusivamente um ao outro, que serás bem sucedido? Achas mesmo que tens tudo
que teu cônjuge precisa para ser feliz e vice-versa? Infelizmente aquela imagem
cinematográfica dos romances, onde o filme termina fechando o foco apenas no
casal principal da trama, se beijando e sendo feliz para sempre (como se o mundo existisse apenas
para os dois)
fica impregnada na nossa alma. Contudo, a mensagem subliminar passada é que um
casal só pode ser feliz se não houver mais ninguém e nada no mundo (ou, pelo menos, que tudo e todos
estejam debaixo de seus pés).
·
Você
acredita mesmo que é um contrato comercial assinado diante de um juiz
mercenário (num ritual que, terrivelmente, ousam chamar de casamento civil) irá prender a pessoa?
Reflita:
você gosta de ter pessoas dominando sobre ti (controlando o que você pensa, sente, faz, etc.)? O que te faz pensar
que isto agradará a outra pessoa? Já pensou no motivo pelo qual todo aquele que
faz da carne o seu braço acaba incapaz de enxergar aquilo que é bom (Jr 17.5,6)? Porque o ser humano
é como erva (Jó 14.1,2; Is 40.6-8),
ou seja, transitório (Is 64.6).
Mesmo que a pessoa queira fazer o bem e conservar isto, não pode, pois apenas
Deus é a fonte do verdadeiro amor (1Jo 4.8,16)
. E quanto mais você tenta obrigar a pessoa a ser fiel a ti, mais isto desgasta
o relacionamento, visto que, por causa do pecado que habita dentro de cada um (Rm 3.13-21), ela jamais
conseguirá atender todas as exigências da tua alma insaciável. Nem você dá
conta deste jugo pesado e queres colocá-lo no ombro dele (ver Mt 23.4)?
Este
relacionamento escravocrata, onde você se dispõe a fazer algo por alguém em
troca de total devoção a você, é um castigo mais cruel do que prisão perpétua e
pena de morte.
Mas
então, qual é a base do casamento? Com certeza não é vigiar a fidelidade do
outro. Veja que contraditório: enquanto estão no namoro, como um ainda não
confia no outro, investem pesado na vida um do outro a fim de conquistá-lo.
Quando finalmente a conquista se consuma, a confiança adquirida conduz ao
comodismo. Já não há mais a dedicação de um para com o outro, mas um mero
exercício de direitos e obrigações. Ou seja, um não faz mais nada pensando em
agradar ao outro, mas apenas visando mero cumprimento de tarefas consideradas
penosas. E o pior é que ainda exige tudo do seu cônjuge vazio e insatisfeito.
Por
outro lado, digamos que cada casal decidisse entregar-se por completo a Jesus e
a obedecer LITERALMENTE Seu plano estabelecido no Éden (Gn 2.18-24). O marido, por
exemplo, ao perceber que sua esposa realmente é seu corpo, se sente livre para
conhecer mais profundamente a Jesus. Afinal, com o tempo que ele ia gastar fazendo
o que Deus colocou em sua mente, ele agora pode galgar um conhecimento superior
que ele sequer imaginava existir (1Co 2.9)
ou alcançar (Ef 3.20).
Diante desta liberdade proporcionada pela mulher, o homem vê a possibilidade de
crescer mais profundamente no conhecimento de Deus.
Isto
se torna tão efetivo na vida do homem que ele não consegue mais se imaginar sem
a mulher, pois sabe que jamais poderá encontrar alguém igual a ela.
A
partir de então, ele passa a louvar sua mulher (Pv 31.28,29) e, principalmente, a Deus quem lha deu.
Está preso a ela, não pela pressão de uma lei (seja civil ou religiosa), mas
por ver nela a realização da boa obra que Deus colocou em seu coração (como Deus deseja de cada um 2Tm
3.17; 2Pe 1.5-8).
Mas
como a mulher poderia ser tudo isto? Com certeza não é pela força de vontade
dela ou sua capacidade. Quando a pessoa solteira se preocupa unicamente em como
agradar ao Senhor (1Co 7.32-35),
o Espírito Santo vai trabalhando Seu caráter nela e no seu futuro cônjuge através
das Sua Palavra nas circunstâncias do dia a dia.
Quando
finalmente o caráter e palavra de Deus estiverem aperfeiçoados na mulher (Hb 5.12-15), Deus a conduz àquele
que Deus fez para ela. Neste caso, a mulher não precisa fazer nada para agradar
ao homem. Ela, em pessoa, já lhe será agradável.
Não
que ela não vá fazer nada. Pelo contrário: embora ela faça milhares de coisas
para que a obra de Deus seja aperfeiçoada no marido, ela não se cansa, pois não
precisa se esforçar para ser o que não é. Antes, Deus já colocou no interior
dela tudo que é necessário (ver Ez 28.13)
para ser a esposa idônea.
Que
fique claro: ela não precisa “forçar a si mesma” (tal como fez Saul – 1Sm 13.12) para ser algo que ela
não é só para manter seu casamento. Tal como uma mangueira não se esforça para
dar a doce manga (isto faz parte da sua natureza), a mulher faz exatamente
o que o marido precisa porque isto já se tornou inerente a ela. Seu prazer é
ser tudo isto.
Se,
igualmente, o marido buscar ser agradável ao Senhor enquanto solteiro, terá uma
mente sã em permanente contato com o Criador. Neste caso, não terá dificuldade
em guiar a esposa à circunstância e o local e onde ela poderá experimentar Deus
agir em seu interior. Isto a fará livre de preocupações e, assim, se concentrará
melhor na sua função de auxiliar o marido na obra que Deus lhe chamou (Gn
2.18).
Neste
caso, ambos estão vivendo no descanso (um não está fazendo esforço para conquistar ou
reconquistar o outro, nem para manter o casamento). Há um poder superior
(o de Jesus) soprando no interior
de cada um e lhes dando toda a inspiração necessária a fim de que um encontre
no outro tudo de que necessita (Jó 32.8).
Embora
todos saibam que a salvação não é pelas obras (Ef 2.8,9),
até hoje as pessoas não captaram a mensagem. Entendendo que não há sentido
falar em salvação quando não estamos em paz, felizes e experimentando o amor
dentro de nós, logo salvação tem tudo haver com casamento. Logo, o casamento só
pode ser estabelecido, mantido e salvo pelo Favor de Deus agindo em prol do
próximo através de nós quando ousamos confiar Nele sem reservas.
Para
ser mais exato: o casamento se firma quando o poder de Deus tem espaço para
usar o casal em benefício ao próximo. No que um tenta isolar o outro de fazer
qualquer coisa em favor do próximo (principalmente por questões de ciúme) o resultado é o fim
do casamento (isto quando não acaba também com a união conjugal, já que toda
a essência se perdeu).
A
submissão da mulher consiste seguir-lhe e ajudar-lhe no necessário a fim de que
ele possa encontrar a felicidade de ser usado nas mãos de Deus. Não é uma
submissão imposta com vistas a regras, mas algo voluntário pela satisfação de
ver a felicidade de Deus no marido.
Enfim,
é justamente quando a pessoa entrega sua vida para que o cônjuge seja livre,
que ele acaba se deixando prender por ela.
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