segunda-feira, 2 de junho de 2014

60 - CASAMENTO NÃO É ESCRAVIDÃO, MAS SIM LIBERDADE!

CASAMENTO NÃO É ESCRAVIDÃO, MAS SIM LIBERDADE!

Você já parou para pensar no motivo pelo qual o divórcio anda tanto em voga atualmente? Pelo fato de se deixarem prender pelos dogmas do sistema religioso, a grande maioria tem transformado o casamento num regime carcerário pior do que o imposto aos grandes bandidos deste mundo, já que estes têm direito a advogado, habeas-corpus, induto de natal, liberdade condicional e, por fim, à liberdade após pagarem a pena.
No molde religioso dado ao casamento, a pessoa é obrigada a permanecer com a pessoa até o fim da sua existência neste mundo. A maioria, por não suportar este rígido gesso, acabam se comportando como panela de pressão lacrada: explode ao ser submetido ao calor das lutas, lançando todo lixo que colocaram dentro de si para todo mundo que está à volta.
Embora o conceito mundano de casamento seja nojento, muitas vezes acaba sendo mais honesto do que o modelo instituído pelo sistema religioso. É bem verdade que, de acordo com o sistema que rege este mundo, o casamento é algo meramente comercial. Se você acha que não, repare em que consiste o que o mundo chama de “casamento civil”. Nada mais é do que um acordo que visa conceder garantias fiscais para o casal e, sobretudo, ditar normas que regulamentem o que ser feito com os bens materiais no caso de desenlace matrimonial.
As pessoas já casam pensando que vão se separar. O sistema, no fundo, já está profetizando a separação como algo que, de tão natural, acaba sendo inevitável. A pessoa não casa mais fundamentada no poder do amor, mas no medo (e como bem sabemos, quem tem medo não pode ser aperfeiçoado no amor – 1Jo 4.18). Em outras palavras, o relacionamento está fundamentado pela fé na incerteza (incredulidade – a qual traz como consequência o distanciamento de todo bem – Tg 1.5-8). E sem a esperança da vitória como âncora da alma (Hb 4.18,19), só o sistema para fornecer o penhor “consolador” caso um venha a desistir um do outro no momento em que a luta interior se tornar insuportável.
Todavia, apesar de toda esta incoerência, quem se casa (ou ajunta) nos moldes do mundo pelo menos já sabe do que se trata: um mero jogo de interesses (comércio almas humanas – Ap 18.13) que, se não der certo, separa-se e tenta-se de novo. Partem para esta decisão conscientes do negócio que estão a se envolver, bem como nas consequências que terão de sofrer. Não estão sendo enganados (embora a maioria tente enganar a si mesmo).
Quem, contudo, casa nos moldes da religião, o faz acreditando:

·         Nas juras feitas no altar diante de alguém se colocou como intermediário entre o ser humano e o Criador (ver 1Tm 2.5);
·         No poder de uma argola de metal colocado no dedo anular esquerdo.

Infelizmente a maioria das pessoas são adeptas daquela frase: “me engana que eu gosto”. Ora, pense:

·         Você acredita mesmo que o casamento é mantido por um simples juramento feito pela pessoa? Em primeiro lugar, Jesus condenou tal atitude (Mt 5.37; Tg 5.12). Se não somos capazes de fazer o bem nem para nós mesmos (Is 64.6; Rm 3.9-18; 7.13-21), o que nos faz pensar que poderemos fazer o bem a alguém ou deste receber algo bom?
Tanto é assim que a Escritura Sagrada deixa claro que a pessoa que deposita sua confiança no homem se torna objeto de maldição (Jr 17.5). Embora todos possam acreditar em muitas coisas, crer (ou seja, depositar nossa total confiança, a ponto de repousar sobre isto) é algo pertinente apenas com relação à pessoa de Jesus Cristo.
Além disto, casamento é algo que deve ser alimentado a cada dia com pequenas coisas diante de todos, e não com um ritual feito num determinado dia e hora em lugar marcado diante de um grupo seleto de pessoas.
·         Você acredita mesmo que algumas palavras ditas por alguém que se colocou arbitrariamente no lugar de Cristo (simplesmente porque o Sistema Babilônico assim autorizou, seja por ter sido aprovado em alguma escola teológica ou por ter feito algum acordo com o sistema (tal como se deu com os irmãos que se reuniam em Pérgamo – Ap 2.14)) têm algum poder místico? Não seria o casamento alimentado por palavras de bênção vindas diretamente da própria boca de Jesus (dentro da qual está a espada afiada de dois gumes – Hb 4.12; Ap 1.16; 3.12; 19.21)? Afinal, não é do “maná” que sai diária e diretamente da boca de Deus (Dt 8.4; Mt 4.4; Lc 4.4) que nós vivemos?
·         Você acredita mesmo que é um pedaço de metal que vai manter a amarração entre você e seu cônjuge? Isto é coisa de macumbaria, de quem acha que a forma para prender alguém a si é contratando alguém para fazer amarração do amor. Se você pensa que não, pesquise na internet para ver a origem e a finalidade deste costume.
Talvez você diga que isto é um testemunho que a pessoa está dando de que não está disponível para relacionamentos. E você acredita mesmo que é afastando a ti mesmo e a teu cônjuge das outras pessoas, de modo que vocês se dediquem única e exclusivamente um ao outro, que serás bem sucedido? Achas mesmo que tens tudo que teu cônjuge precisa para ser feliz e vice-versa? Infelizmente aquela imagem cinematográfica dos romances, onde o filme termina fechando o foco apenas no casal principal da trama, se beijando e sendo feliz para sempre (como se o mundo existisse apenas para os dois) fica impregnada na nossa alma. Contudo, a mensagem subliminar passada é que um casal só pode ser feliz se não houver mais ninguém e nada no mundo (ou, pelo menos, que tudo e todos estejam debaixo de seus pés).
·         Você acredita mesmo que é um contrato comercial assinado diante de um juiz mercenário (num ritual que, terrivelmente, ousam chamar de casamento civil) irá prender a pessoa?

Reflita: você gosta de ter pessoas dominando sobre ti (controlando o que você pensa, sente, faz, etc.)? O que te faz pensar que isto agradará a outra pessoa? Já pensou no motivo pelo qual todo aquele que faz da carne o seu braço acaba incapaz de enxergar aquilo que é bom (Jr 17.5,6)? Porque o ser humano é como erva (Jó 14.1,2; Is 40.6-8), ou seja, transitório (Is 64.6). Mesmo que a pessoa queira fazer o bem e conservar isto, não pode, pois apenas Deus é a fonte do verdadeiro amor (1Jo 4.8,16) . E quanto mais você tenta obrigar a pessoa a ser fiel a ti, mais isto desgasta o relacionamento, visto que, por causa do pecado que habita dentro de cada um (Rm 3.13-21), ela jamais conseguirá atender todas as exigências da tua alma insaciável. Nem você dá conta deste jugo pesado e queres colocá-lo no ombro dele (ver Mt 23.4)?
Este relacionamento escravocrata, onde você se dispõe a fazer algo por alguém em troca de total devoção a você, é um castigo mais cruel do que prisão perpétua e pena de morte.
Mas então, qual é a base do casamento? Com certeza não é vigiar a fidelidade do outro. Veja que contraditório: enquanto estão no namoro, como um ainda não confia no outro, investem pesado na vida um do outro a fim de conquistá-lo. Quando finalmente a conquista se consuma, a confiança adquirida conduz ao comodismo. Já não há mais a dedicação de um para com o outro, mas um mero exercício de direitos e obrigações. Ou seja, um não faz mais nada pensando em agradar ao outro, mas apenas visando mero cumprimento de tarefas consideradas penosas. E o pior é que ainda exige tudo do seu cônjuge vazio e insatisfeito.
Por outro lado, digamos que cada casal decidisse entregar-se por completo a Jesus e a obedecer LITERALMENTE Seu plano estabelecido no Éden (Gn 2.18-24). O marido, por exemplo, ao perceber que sua esposa realmente é seu corpo, se sente livre para conhecer mais profundamente a Jesus.  Afinal, com o tempo que ele ia gastar fazendo o que Deus colocou em sua mente, ele agora pode galgar um conhecimento superior que ele sequer imaginava existir (1Co 2.9) ou alcançar (Ef 3.20). Diante desta liberdade proporcionada pela mulher, o homem vê a possibilidade de crescer mais profundamente no conhecimento de Deus.
Isto se torna tão efetivo na vida do homem que ele não consegue mais se imaginar sem a mulher, pois sabe que jamais poderá encontrar alguém igual a ela.
A partir de então, ele passa a louvar sua mulher (Pv 31.28,29) e, principalmente, a Deus quem lha deu. Está preso a ela, não pela pressão de uma lei (seja civil ou religiosa), mas por ver nela a realização da boa obra que Deus colocou em seu coração (como Deus deseja de cada um 2Tm 3.17; 2Pe 1.5-8).
Mas como a mulher poderia ser tudo isto? Com certeza não é pela força de vontade dela ou sua capacidade. Quando a pessoa solteira se preocupa unicamente em como agradar ao Senhor (1Co 7.32-35), o Espírito Santo vai trabalhando Seu caráter nela e no seu futuro cônjuge através das Sua Palavra nas circunstâncias do dia a dia.
Quando finalmente o caráter e palavra de Deus estiverem aperfeiçoados na mulher (Hb 5.12-15), Deus a conduz àquele que Deus fez para ela. Neste caso, a mulher não precisa fazer nada para agradar ao homem. Ela, em pessoa, já lhe será agradável.
Não que ela não vá fazer nada. Pelo contrário: embora ela faça milhares de coisas para que a obra de Deus seja aperfeiçoada no marido, ela não se cansa, pois não precisa se esforçar para ser o que não é. Antes, Deus já colocou no interior dela tudo que é necessário (ver Ez 28.13) para ser a esposa idônea.
Que fique claro: ela não precisa “forçar a si mesma” (tal como fez Saul – 1Sm 13.12) para ser algo que ela não é só para manter seu casamento. Tal como uma mangueira não se esforça para dar a doce manga (isto faz parte da sua natureza), a mulher faz exatamente o que o marido precisa porque isto já se tornou inerente a ela. Seu prazer é ser tudo isto.
Se, igualmente, o marido buscar ser agradável ao Senhor enquanto solteiro, terá uma mente sã em permanente contato com o Criador. Neste caso, não terá dificuldade em guiar a esposa à circunstância e o local e onde ela poderá experimentar Deus agir em seu interior. Isto a fará livre de preocupações e, assim, se concentrará melhor na sua função de auxiliar o marido na obra que Deus lhe chamou (Gn 2.18).
Neste caso, ambos estão vivendo no descanso (um não está fazendo esforço para conquistar ou reconquistar o outro, nem para manter o casamento). Há um poder superior (o de Jesus) soprando no interior de cada um e lhes dando toda a inspiração necessária a fim de que um encontre no outro tudo de que necessita (Jó 32.8).
Embora todos saibam que a salvação não é pelas obras (Ef 2.8,9), até hoje as pessoas não captaram a mensagem. Entendendo que não há sentido falar em salvação quando não estamos em paz, felizes e experimentando o amor dentro de nós, logo salvação tem tudo haver com casamento. Logo, o casamento só pode ser estabelecido, mantido e salvo pelo Favor de Deus agindo em prol do próximo através de nós quando ousamos confiar Nele sem reservas.
Para ser mais exato: o casamento se firma quando o poder de Deus tem espaço para usar o casal em benefício ao próximo. No que um tenta isolar o outro de fazer qualquer coisa em favor do próximo (principalmente por questões de ciúme) o resultado é o fim do casamento (isto quando não acaba também com a união conjugal, já que toda a essência se perdeu).
A submissão da mulher consiste seguir-lhe e ajudar-lhe no necessário a fim de que ele possa encontrar a felicidade de ser usado nas mãos de Deus. Não é uma submissão imposta com vistas a regras, mas algo voluntário pela satisfação de ver a felicidade de Deus no marido.

Enfim, é justamente quando a pessoa entrega sua vida para que o cônjuge seja livre, que ele acaba se deixando prender por ela. 

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