Quem é o povo de Deus? Israel ou a
Igreja?
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“Porque em tudo fostes
enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento (como o testemunho de Cristo foi mesmo confirmado entre vós). De maneira que nenhum
dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo,” (1Co 1.5-7).
Em toda a história da humanidade,
sempre a Igreja foi o povo de Deus. O problema é que muitos acham que a Igreja
só surgiu a partir do pentecostes. Isto não é verdade! Entendendo que a Igreja
é edificada a partir do sangue de Cristo (Mt 16.18)
e que este é conhecido antes da fundação do mundo (1Pe 1.20),
logo a Igreja foi a primeira coisa que o Criador projetou. Além disto, Jesus
foi muito claro ao orar ao Pai:
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Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me
deste, porque são teus.” (Jo 17.9).
Ou seja, o objetivo de Jesus não é
alcançar o mundo, mas sim trabalhar Seu caráter e Palavra em Sua Igreja e
através dela. Embora Jesus só tenha vindo há 2.000 anos atrás, sempre a
salvação foi por meio de Jesus. A diferença é que, enquanto as pessoas do
Antigo Testamento eram salvas crendo em Jesus e no sacrifício que Ele ainda
viria fazer, as pessoas do Novo Testamento são salvas crendo em Jesus e no
sacrifício que Ele já fez. Contudo, NÃO EXISTE SALVAÇÃO FORA DE JESUS! EM HIPÓTESE NENHUMA!!!
A Igreja começou a ser instituída no
Éden. Já que, onde estiverem dois ou três reunidos no nome de Jesus, ali Ele
está (Mt 18.20), não existe melhor retrato de Igreja
do que Adão e Eva antes do pecado: ali estavam em plena comunhão com o Criador
e com o próximo (um com o outro).
Quer melhor expressão de Igreja que uma família seguindo à risca os dois
mandamentos de Jesus por meio do Espírito Santo?
Infelizmente, o ser humano pecou.
Todavia, isto não muda o fato de que o povo do Criador sempre foi constituído
daqueles que creem em Jesus e valorizam Seus dons e Palavra (isto é, a Igreja).
O único diferencial é que, no Antigo Testamento, por ter Deus escolhido Israel (novo nome de
Jacó – Gn 32.28) para ser Seu povo (Êx 3.7,10;
5.1; 22.25; 31.20; 32.9,10; 2Sm 7.11), a maior parte das
pessoas que entregavam suas vidas ao Criador eram israelitas. Mesmo porque:
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“... são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória,
e as alianças, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo
segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém.” (Rm 9.4,5).
Como aprouve a Deus se revelar a
Israel e através dele (a ideia é que as pessoas
percebessem o que Jesus deixou claro: que o Reino de Deus jamais pode ser
estabelecido baseado em carne e sangue, ou seja, como uma entidade física – 1Co
15.50), o mais natural é que a maioria dos que
criam fosse de Israel. Contudo duas coisas precisam ser observadas:
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Primeira: havia pessoas de outras
nacionalidades que faziam parte do povo do Criador. Por exemplo:
o Tamar
(Mt 1.3), Raabe (Mt 1.5),
Rute (Mt 1.5), Urias (Mt 1.6).
Tanto é assim que vieram a fazer parte da genealogia de Cristo. Não havia
necessidade de citar os nomes deles, a menos que fossem pessoas de destaque;
o “Mas desde o nascente do
sol até ao poente é grande entre os gentios o meu nome; e em todo o lugar se
oferecerá ao meu nome incenso, e uma oferta pura; porque o meu nome é grande
entre os gentios, diz o SENHOR dos Exércitos.” (Ml 1.11)
– note como não diz que o nome do Senhor “será grande”, mas sim “é grande”
entre os gentios;
o
“Não me sois, vós, ó filhos de Israel, como os filhos dos
etíopes? diz o SENHOR: Não fiz eu subir a Israel da terra do Egito, e aos
filisteus de Caftor, e aos sírios de Quir?” (Am 9.7)
– perceba como Deus repreende Israel pela soberba de achar que apenas eles eram
povo do Criador. Entretanto, Deus também se manifestava a outros povos. Como
disse Pedro:
o “E, abrindo Pedro a boca,
disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é
agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo.” (At 10.34,35).
Deus chega a repreender os líderes religiosos
da época de Isaías (chamou-os de cães gulosos – Is
56.10-12) justamente porque induziam as pessoas a
acreditarem que nenhum gentio seria aceito pelo Criador como parte do Seu povo,
ainda que se convertesse a Ele:
o “E não fale o filho do
estrangeiro, que se houver unido ao SENHOR, dizendo: Certamente o SENHOR me
separará do seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que sou uma árvore seca.”
(Is 56.3).
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Segunda: não era a nação de Israel que
era o povo eleito, mas apenas o remanescente fiel (Rm 9.27).
Sempre foi assim.
A única finalidade da nação de Israel
era mostrar para a Igreja de Jesus Cristo que o sistema religioso nunca
funcionou e jamais funcionará. Embora a nação física de Israel seja usada por
Deus para servir de ensino para Seu povo (a Igreja),
jamais ela foi ou será o povo de Deus. Isto é uma mentira que o sistema
religioso tem tentado consolidar na Igreja de Cristo, (felizmente sem
qualquer êxito, já que a verdade do Senhor subsiste para sempre – Sl 117.2)
com o intuito de defender o falso Israel que, por pertencer à elite global, se
estabeleceu na terra que é, por direito, do verdadeiro Israel. E como o
anticristo vem de Israel, é necessário induzir as instituições religiosas (principalmente
as evangélicas) a se judaizarem (algo
expressamente condenado na Escritura Sagrada – At 15.8-10; Gl 2.14).
Não se esqueça que, para o anticristo poder se manifestar, primeiro tem que vir
a apostasia (que nada mais é do que tentar
induzir a Igreja a se encher das ordenanças da Antiga Aliança – Cl 2.18-23).
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