terça-feira, 1 de setembro de 2015

110 - Nada que nós fazemos, incluindo a oração e jejum, pode mudar o Eterno

Nada que nós fazemos, incluindo a oração e jejum, pode mudar o Eterno

 

Muito se fala em Jesus e Sua Palavra. No entanto, que tipo de fé tem sido despertada nos indivíduos? Afinal, Jesus diz: “...Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lc 18.8). Ora, com tantos afirmando com veemência crer em Cristo, como é possível que seja um milagre achar fé na terra? Com certeza os indivíduos não estão tendo o tipo de fé correto.

E o pior é que muitos, como as cinco virgens néscias, acham que estão preparados, quando na verdade não estão (Mt 25.10). Mas como, se elas dedicaram a vida inteira se mantendo puras (todas eram virgens – nenhuma havia se prostituído) e se empenhando para saber a ocasião em que o Noivo viria? É bom lembrar que na época não havia luz elétrica, nem estrada pavimentada. Ou seja, não era comum alguém sair de noite. Mas todas elas decidiram arriscar suas vidas para encontrar-se com o Noivo de noite.

Sem contar que todas tinham azeite nas lâmpadas (Mt 25.8). Considerando que na época tudo era artesanal, azeite era algo muito caro (haja visto o unguento de trezentos denários que Maria derramou aos pés de Jesus (Jo 12.5)). Ou seja, mesmo as néscias tinham se preparado, e bem. Se somarmos com o que Jesus disse a respeito dos obreiros da iniquidade (Mt 7.21-23; Lc 13.23-28), não há dúvidas que elas tinham se preparado bem. Note como os obreiros dizem “Senhor, Senhor”, indicando que eles não estavam fazendo a obra do Eterno relaxadamente (Jr 48.10).

Logo, o grande problema está na forma de eles se prepararem.

Muitos indivíduos acham que orar, jejuar, louvar, etc. são demonstrações de fé quando, muitas vezes, trata-se de fé incrédula. Sei que isto parece um absurdo, mas a verdade é que muitos creem que o Eterno não é digno de confiança. Confiam na sua desconfiança acerca do interesse do Eterno em fazer o melhor para eles.

Para ser mais exato: tais indivíduos têm tanta fé que o Eterno não vai fazer nada por eles espontaneamente, que logo se predispõem a uma série de rituais para apaziguar o Seu furor ou tentar arrancar Dele algo de bom.

Isto, sem contar aqueles que querem ser melhores que o Eterno. Todos criticam Ha-Satan por querer ser semelhante ao Altíssimo:

 

·         “Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.” (Is 14.12-14).

 

Mas a verdade é que muitos fazer pior. Querem ser melhores que o Mestre (contrariando Mt 10.25; Lc 6.40). E para justificar isto usam passagem como esta:

 

·         “Então disse o SENHOR a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, se tem corrompido, e depressa se tem desviado do caminho que eu lhe tinha ordenado; eles fizeram para si um bezerro de fundição, e perante ele se inclinaram, e ofereceram-lhe sacrifícios, e disseram: Este é o teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito. Disse mais o SENHOR a Moisés: Tenho visto a este povo, e eis que é povo de dura cerviz. Agora, pois, deixa-me, para que o meu furor se acenda contra ele, e o consuma; e eu farei de ti uma grande nação. Moisés, porém, suplicou ao SENHOR seu Deus e disse: Ó SENHOR, por que se acende o teu furor contra o teu povo, que tiraste da terra do Egito com grande força e com forte mão? Por que hão de falar os egípcios, dizendo: Para mal os tirou, para matá-los nos montes, e para destruí-los da face da terra? Torna-te do furor da tua ira, e arrepende-te deste mal contra o teu povo. Lembra-te de Abraão, de Isaque, e de Israel, os teus servos, aos quais por ti mesmo tens jurado, e lhes disseste: Multiplicarei a vossa descendência como as estrelas dos céus, e darei à vossa descendência toda esta terra, de que tenho falado, para que a possuam por herança eternamente. Então o SENHOR arrependeu-se do mal que dissera que havia de fazer ao seu povo.” (Êx 32.7-14)

 

Tais indivíduos, julgando ser possível que alguma coisa partindo do homem chegue até o Eterno, interpretam este trecho do modo errado. Acham que o Eterno tinha sofrido uma crise de fúria, a ponto de desejar eliminar uma nação inteira e que, só não fez isto, porque Moisés, muito misericordioso, conseguira apaziguar o Eterno.

Ora, em que Deus nós temos crido? Acaso um homicida como Moisés consegue ser mais paciente e piedoso que o Eterno (Êx 2.12)? Se assim fosse, então o Eterno seria corruptível.

A verdade é que o Eterno não queria destruir o povo de Israel. Pelo contrário: Ele queria continuar usando Moisés para continuar conduzindo o povo. A fim de que Moisés não desanimasse ao ver o bezerro de ouro, o Eterno resolve operar no coração dele, usando sua boca, para proferir aquilo que se passava no coração Dele:

 

·         “E disse-lhe o SENHOR: Quem fez a boca do homem? ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o SENHOR? Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar.” (Êx 4.11,12).

 

Como bem sabemos, se o indivíduo consegue refrear a língua, é capaz de dominar todo o corpo:

 

·         “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo.” (Tg 3.2).

 

O Eterno, então, comunica Suas aflições pelo Seu povo (ver Fp 3.10; Cl 1.24) a Moisés, de modo a tratar-lhe o coração. Isto condiz com o que o Eterno diz a Moisés:

 

·         “Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia.” (Rm 9.15).

 

Note que o Eterno se compadece de quem for capaz de despertar compaixão Nele (ou seja, comungar com Ele em Seus sentimentos) e tem misericórdia de que é alvo da misericórdia Dele.

Vem a questão:

 

·         Quem é capaz de despertar compaixão no Eterno?

·         Quem é alvo da misericórdia do Eterno?

 

Aquele que se deixa usar por Ele para tapar as brechas existentes no coração do Seu povo (Ez 22.30).

Com respeito a Moisés, o Eterno queria usá-lo para manifestar a Israel Sua tristeza em ter que destruir quase todos pelo fato de eles terem se apostatado. Para tanto, Ele usa o coração de Moisés para proferir isto (daí a Escritura Sagrada dizer: a palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração (Rm 10.8)), pois apenas assim Moisés poderia ser tomado por Sua tristeza e toda a compaixão e misericórdia que Ele queria manifestar a Israel através dele.

E como o Eterno não age à distância, mas interage com os que são Dele, no final das contas o que temos é o próprio Eterno sentindo, na pele de Moisés, esta tristeza (arrependimento). Ou seja, é o próprio Eterno falando Consigo e sentindo em Si mesmo, através de Moisés, o que Ele queria que todo Israel (incluindo Moisés) sentisse a fim de que Ele, por Sua santidade, não precisasse fazer a Israel conforme aquilo que eles mereciam. Agora você entende por que a Escritura Sagrada diz que o Eterno arrependeu-se do mal que dissera que havia de fazer ao seu povo (Êx 32.14)? É o Eterno experimentando em Si em carne, através de Moisés, a tristeza pelo juízo que estava para cair sobre Israel.

E olha que, mesmo assim, Moisés ainda teve coragem de quebrar as tábuas da lei:

 

·         “E aconteceu que, chegando Moisés ao arraial, e vendo o bezerro e as danças, acendeu-se-lhe o furor, e arremessou as tábuas das suas mãos, e quebrou-as ao pé do monte; e tomou o bezerro que tinham feito, e queimou-o no fogo, moendo-o até que se tornou em pó; e o espargiu sobre as águas, e deu-o a beber aos filhos de Israel.” (Êx 32.19,20).

 

Agora pense: se mesmo após este tratamento Moisés ainda teve coragem de agir deste jeito, e se o Eterno não tivesse tratado seu coração? É bom lembrar que estas tábuas da lei eram uma relíquia espiritual e até física. Algo feito pelo “dedo” do Eterno (Êx 31.18; Dt 9.10).

Ou seja, quem precisava ser acalmado era Moisés, e não o Eterno.

Para você entender melhor a questão do arrependimento do Eterno, analisemos o título que Jesus atribuiu a Si mesmo:

 

·         “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro.” (Ap 22.13).

 

O sistema religioso interpreta da seguinte maneira: sendo Jesus o Ômega, temos que buscá-Lo com todas a nossas forças, nos esforçando para agradar-Lhe em tudo. Em resposta a isto, Jesus, como o Alfa, abre as janelas do céu e derrama sobre nós bênçãos sem medida.

Não! Jesus é o Alfa e o Ômega ao mesmo tempo. Ou seja, não somos nós fazendo coisas ao Eterno (Ômega) para depois recebermos de volta o que semeamos (Alfa). Antes, Ele se move no ser humano e opera Nele aquilo que Lhe agrada a fim de atrair todos a Ele (Jo 12.32). É claro que neste processo quem está próximo é abençoado, a começar pelo próprio indivíduo. Mas toda iniciativa parte do Eterno, é feita por Ele e Nele e termina Nele.

Para você entender esta ilustração, imagine que um piano tivesse alma. A cada pianista que o tocasse, ele sentiria o toque dos seus dedos, bem como os sons que saem do seu interior. Imagine que, numa ocasião, vem um pianista bem habilidoso e competente e o toca. Este piano experimentaria o toque suave do pianista, bem como uma melodia sem igual que ele nunca imaginava que poderia sair de dentro dele.

A partir de então, este piano ficaria com saudades deste pianista, querendo ser tocado por ele o tempo todo. Note que o desejo do piano não está focado nos aplausos do público (como se fosse ele, por si só, que fosse capaz de executar tal melodia). Antes, seus olhos estão fixos no pianista. Todavia, nem por isto o piano deve querer o pianista só para si, se recusando a compartilhar sua melodia com outros indivíduos. Seu papel é comunicar às multidões, através da música, o que se passa na alma do pianista. No entanto, sua expectativa no que diz respeito ao próximo é por saber que é na presença deles que o grande pianista deseja executar sua peça.

De igual modo, assim como o pianista quer dar a conhecer sua alma através da peça que está executando, o Eterno quer Se dar a conhecer através de nós em meio aos acontecimentos. Nossa satisfação deve ser a de ser tocado por Ele e por ver o que Ele é capaz de fazer através de vasos tão frágeis como nós (2Co 4.7).

Em outras palavras, nos ligamos ao próximo em Cristo na Palavra, não porque esperamos que o próximo faça algo de bom por nós, mas por saber que é na presença deles que o Eterno nos usar para manifestar as grandezas do Seu reino (ver At 2.11).

Mas a verdade é que, infelizmente, a maioria dos evangélicos têm sido mais arrogante. Chegam ao ponto de quererem determinar o que o Eterno tem que fazer e “como”.

Por isto o escritor de Hebreus diz:

 

·         “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.” (Hb  11.6).

 

Mas, o que significa isto?

Primeiro: sem confiança é impossível agradar o Eterno. Ou seja, se no fundo não acreditarmos que tudo o que o Eterno faz é o melhor para todos, então qualquer coisa que pensarmos em fazer será no sentido de tentar controlá-Lo. Exatamente como o servo faz com o patrão: faz o serviço a fim de obter crédito junto ao patrão e, assim, poder obrigá-lo a dar-lhe o que deseja.

A única forma de agradar ao Eterno é confiando plenamente Nele, se empenhando em ouvir Sua voz, ao invés de querer ensiná-Lo ou mudá-Lo.

Segundo: o alvo da oração deve ser aproximar o indivíduo do Eterno (como ordena Is 55.6). É claro que não se trata de uma aproximação física, mas sim no caráter. Ou seja, o objetivo da oração é querer ser feito filho do Eterno (Jo 1.12), a saber, uma expressão viva de quem Ele é.

Terceiro: o indivíduo precisa crer que o Eterno existe para si. Ou seja, deve desejar Sua contínua companhia capacitando-o em toda e qualquer situação (como Ele promete em Mt 28.20). Afinal, ninguém consegue viver a Palavra (que é o próprio Jesus – Jo 1.1), a não ser o próprio Jesus. Por mais que muitos tentem atuar tentando representar o papel de Jesus, tentando viver como Ele, apenas Ele consegue ser Ele próprio.

Para ser mais exato: muitos, no fundo, não creem que Jesus existe e, assim, ficam se esforçando para fazer a obra Dele, defender Ele e Sua Palavra, manter Sua memória viva. Ora, uma vez que Jesus existe, deixe que Ele se mostre através de você.

Quarto: o indivíduo precisa crer que Jesus é galardoador daqueles que O buscam. Muitos ficam incrédulos porque estão esperando em Cristo a coisa errada. Note que Ele é galardoador daqueles que buscam ser como Ele. Ora, o que é necessário para isto? Ter indivíduos por meio dos quais o amor possa ser exercitado. Logo, eles são o nosso galardão (ver também Lc 19.16-19; Fp 4.1; 1Ts 2.19,20).

 

Enfim, quem quer agradar ao Eterno precisa confiar Nele, a ponto de querer Sua companhia o tempo todo, com vistas a voltar a ser Sua imagem e semelhança através dos indivíduos que o Ele lhe der como galardão.

Assim sendo, não pense em orar ao Eterno pensando em mudá-Lo. Nós é que precisamos ouvi-Lo a fim de sermos convencidos da Sua vontade em meio ao que estamos vivendo e, deste modo, podermos ser transformados para a boa, agradável e perfeita vontade Dele (Rm 12.2).

Mesmo porque o Eterno não muda. Nada há que possa fazer o Eterno mudar. E louvado seja Ele por isto, pois é justamente por isto que nós não somos consumidos:

 

·         Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.” (Ml 3.6)

 

E para que você possa comprovar que o Eterno não muda, veja alguns exemplos disto:

 

·         “Então Natã foi para sua casa; e o SENHOR feriu a criança que a mulher de Urias dera a Davi, e adoeceu gravemente. E buscou Davi a Deus pela criança; e jejuou Davi, e entrou, e passou a noite prostrado sobre a terra. Então os anciãos da sua casa se levantaram e foram a ele, para o levantar da terra; porém ele não quis, e não comeu pão com eles. E sucedeu que ao sétimo dia morreu a criança; e temiam os servos de Davi dizer-lhe que a criança estava morta, porque diziam: Eis que, sendo a criança ainda viva, lhe falávamos, porém não dava ouvidos à nossa voz; como, pois, lhe diremos que a criança está morta? Porque mais lhe afligiria. (2Sm 12.15-18) – note como o Eterno permitiu que a criança morresse, apesar de todo jejum e humilhação de Davi;

·         “Se alguém vir pecar seu irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore. Toda a iniqüidade é pecado, e há pecado que não é para morte.” (1Jo 5.16,17) – Quando chega o momento de o ímpio partir deste mundo, quando já não resta mais salvação para ele, não adianta orar por ele (ver Hb 6.4-6). Apenas quando há oportunidade de salvação para o irmão é que o Eterno toca no coração de um dos Seus para interceder por ele.

·         “Então a ira do SENHOR se acendeu contra Amazias, e mandou-lhe um profeta que lhe disse: Por que buscaste deuses deste povo, os quais não livraram o seu próprio povo da tua mão? E sucedeu que, falando ele ao rei, este lhe respondeu: Puseram-te por conselheiro do rei? Cala-te! Por que haveria de ser ferido? Então parou o profeta, e disse: Bem vejo eu que já Deus deliberou destruir-te; porquanto fizeste isto, e não deste ouvidos ao meu conselho.” (2Cr 25.15,16) – Como já tinha chegado a hora de ele ser destruído, não adiantou o esforço do profeta.

·         ENTÃO disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite, e vem, enviar-te-ei a Jessé o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei.” (1Sm 16.1) – Nem toda a compaixão de Samuel fez o Eterno aceitar de volta a Saul.

 

Sem contar que, quando o Eterno quer destruir, Ele destrói. Veja, por exemplo:

 

·         A destruição do mundo na época de Noé;

·         A destruição de Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim;

·         A morte de Coré, Datã, Abirão com sua família e bens (Nm 16.31-34);

·         A morte de vinte e quatro mil em Baal-Peor (Nm 25.9);

·         A morte pelas serpentes abrasadoras (Nm 21.6);

·         A morte de setenta mil em Israel (2Sm 24.15 ).

 

Ninguém muda o caráter, os pensamentos, vontade ou comportamento de Jesus (Hb 13.8). Nem mesmo a intercessão de homens mui consagrados (Ez 14.13-20). Pense:

 

·         Noé conseguiu achar a graça do Eterno em meio a uma geração completamente corrompida (Gn 6.8);

·         Daniel foi chamado pelo anjo de homem mui amado (Dn 10.11);

·         Jó foi chamado de íntegro e reto pelo Eterno (Jó 1.8; 2.3);

 

No entanto, nem eles, nem Samuel ou Moisés seriam capazes de convencer o Eterno a aceitar Israel e livrá-los do juízo que havia de vir (Jeremias 15.1).

Se tudo isto ainda não serviu para te convencer, veja este versículo:

 

·         “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?” (Nm 23.19).

 

E para você entender a profundidade deste versículo, analisemos o contexto dele. Balaão era um feiticeiro muito famoso que foi contratado por Balaque para amaldiçoar Israel (Nm 22.5-7). Ele estava acostumado a fazer feitiços e, desta vez, cobiçando os prêmios que havia de receber por causa dos encantamentos (Jd 11), ele decide tentar fazer a mesma coisa com o Eterno.

Entenda: o que Balaão tentou fazer era convencer o Eterno, através dos seus sacrifícios, a atender a seus desejos. Esta é a essência da feitiçaria e é exatamente isto que a maioria dos evangélicos faz com Jesus através da oração, jejum, campanhas, louvor, etc: tentam convencê-Lo a sair lá do céu e atender seus desejos.

No entanto, o Eterno foi muito claro: Ele não se arrepende, ou seja, não muda de ideia.

Assim, quando orares, ao invés de pensares em mudar o Eterno, deixe que Ele te mude. Ao invés de pensares em ensinar e convencer ao Eterno acerca do que Ele deve fazer, deixe que Ele te convença de como você deve proceder em meio à situação que você está vivendo a fim de que Ele possa operar toda a Sua vontade em você e através de você.

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