É
de suma importância estarmos examinando a nós mesmos (2Co 13.5), de modo que
nosso ministério não seja censurado (2Co 6.3) e não caiamos em condenação
naquilo que é para ser bênção para nós (Rm 14.22) e fiquemos, desta forma,
desqualificados (1Co 9.27; 2Tm 2.20,21).
O MEDIDOR DE AMOR
Você já mediu seu amor pelo Senhor
Jesus?
Ao contrário do que se pensa, Deus faz
tudo por medida. Eis algumas passagens que confirmam isso:
1 - Deus mede o pecado daqueles que cometem impiedade
·
“E a quarta geração
tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não
está ainda cheia.” (Gênesis 15:16);
·
“Ó tu, que habitas sobre
muitas águas, rica de tesouros, é chegado o teu fim, a medida da tua
avareza.” (Jeremias
51.13);
·
“Esta é a interpretação
daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino, e o acabou. TEQUEL: Pesado foste
na balança, e foste achado em falta.” (Daniel 5:26);
·
“Enchei vós,
pois, a medida de vossos pais.” (Mateus 23.32);
·
“E nos impedem de pregar
aos gentios as palavras da salvação, a fim de encherem sempre a
medida de seus pecados; mas a ira de Deus caiu sobre eles até ao
fim.” (I
Tessalonicenses 2.16);
·
“Porque já os seus
pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou das iniqüidades
dela.” (Apocalipse
18:5).
2 – O próprio ímpio pesa a sua impiedade
·
“Antes no coração
forjais iniqüidades; sobre a terra pesais a violência das vossas mãos.” (Salmos 58.4);
3 - O mundo foi criado por Deus em justa medida
·
“Quando deu peso ao
vento, e tomou a medida das águas”
(Jó 28.25);
·
“Onde estavas tu, quando
eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. Quem lhe pôs as
medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?”
(Jó 38.4,5);
·
“Ou quem encerrou o
mar com portas, quando este rompeu e saiu da madre; quando eu pus as nuvens
por sua vestidura, e a escuridão por faixa? Quando eu lhe tracei limites,
e lhe pus portas e ferrolhos, e disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e
aqui se parará o orgulho das tuas ondas?” (Jó 38.8-11);
·
“Quem mediu na
concha da sua mão as águas, e tomou a medida dos céus aos
palmos, e recolheu numa medida o pó da terra e pesou os
montes com peso e os outeiros em balanças?”
(Isaías 40.12);
·
“Também a minha mão
fundou a terra, e a minha destra mediu os céus a palmos; eu os
chamarei, e aparecerão juntos.” (Isaías 48.13).
4 - O juízo (a correção) de Deus também é sob medida
·
“Quarenta açoites
lhe fará dar, não mais; para que, porventura, se lhe fizer dar mais açoites do
que estes, teu irmão não fique envilecido aos teus olhos.”
(Deuteronômio 25.3);
·
“Com medida
contendeste com ela, quando a rejeitaste, quando a tirou com o seu vento forte,
no tempo do vento leste.” (Isaías 27.8);
·
“Esta será a tua sorte, a porção que te será medida por
mim, diz o SENHOR; pois te esqueceste de mim, e confiaste em mentiras.”
(Jeremias 13.25);
·
“Porque eu sou contigo,
diz o SENHOR, para te salvar; porquanto darei fim a todas as nações entre as
quais te espalhei; a ti, porém, não darei fim, mas castigar-te-ei com medida,
e de todo não te terei por inocente.” (Jeremias 30.11);
5 - A nossa fé e o dom de Cristo são medidos na nossa vida
·
“Esta é a palavra que o
SENHOR tem mandado: Colhei dele cada um conforme ao que pode comer, um
ômer por cabeça, segundo o número das vossas almas; cada um tomará para os que
se acharem na sua tenda. E os filhos de Israel fizeram assim; e colheram, uns
mais e outros menos. Porém, medindo-o com o ômer, não sobejava ao que colhera
muito, nem faltava ao que colhera pouco; cada um colheu tanto quanto podia
comer. E disse-lhes Moisés: Ninguém deixe dele para amanhã. Eles, porém,
não deram ouvidos a Moisés, antes alguns deles deixaram dele para o dia
seguinte; e criou bichos, e cheirava mal; por isso indignou-se Moisés contra
eles. Eles, pois, o colhiam cada manhã, cada um conforme ao que podia comer;
porque, aquecendo o sol, derretia-se.” (Êxodo 16:16-21);
·
“Não os lançarei fora de
diante de ti num só ano, para que a terra não se torne em deserto, e as feras
do campo não se multipliquem contra ti. Pouco a pouco os lançarei de
diante de ti, até que sejas multiplicado, e possuas a terra por herança.”
(Êxodo 23:29-30);
·
“Porque isto é também
como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e
entregou-lhes os seus bens. E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a
outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para
longe.” (Mateus 25:14,15) – Somos abençoados na medida
em que realmente precisamos da bênçãos e somos capazes de digeri-la com o amor
de Jesus, de modo a multiplicar os frutos da nossa justiça, os quais são dignos
de louvor e arrependimento (Lc 3.8; 2Co 9.10; Hb
13.15);
·
“Porque pela graça que
me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que
convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que
Deus repartiu a cada um.” (Romanos 12.3);
·
“De modo que, tendo
diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela
segundo a medida da fé” (Romanos 12.6);
·
“Mas a graça foi dada a
cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.”
(Efésios 4.7).
6 - Deus conta nossas lágrimas
·
“Tu contas as minhas
vagueações; põe as minhas lágrimas no teu odre. Não estão elas no teu livro?”
(Salmos 56:8).
Assim sendo, quando estiveres
atravessando uma prova ou luta, chore na presença de Deus. Nenhuma de tuas
lágrimas será perdida. Além disso, uma vez que só Deus é eterno (1Tm 6.16), logo tudo que foi criado
é passageiro, incluindo aquilo que anda te perturbando e angustiando.
7 - Os cabelos da nossa cabeça e nossa estatura foram medidos Deus
·
“E até os cabelos da
vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; mais valeis vós do
que muitos passarinhos.” (Lucas 12.7);
·
“E qual de vós, sendo
solícito, pode acrescentar um côvado à sua estatura?”
(Lucas 12:25).
Se você é meio ou totalmente
careca, não lamente! Se for baixinho, dê glória a Deus! Até isso foi projetado
por Deus com carinho para que em você Deus possa mostrar uma das muitas formas
de beleza da Sua graça (1Pe 4.10)
e sabedoria (Ef 3.10).
8 - Até os dias da nossa vida estão escritos no livro de Deus
·
“Os meus tempos estão
nas tuas mãos; livra-me das mãos dos meus inimigos e dos que me perseguem.”
(Salmos 31.15);
·
“Faze-me conhecer,
SENHOR, o meu fim, e a medida dos meus dias qual é, para que eu sinta quanto
sou frágil. Eis que fizeste os meus dias como a palmos; o tempo da minha
vida é como nada diante de ti; na verdade, todo homem, por mais firme que
esteja, é totalmente vaidade. (Selá.).” (Salmos 39.4,5);
·
“Ensina-nos a contar os
nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.” (Salmos 90.12) – Note como a nossa sabedoria depende, entre outras coisas,
de sermos capazes de enumerar os nossos dias.
·
“Os teus olhos viram o meu corpo ainda
informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em
continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.”
(Salmos 139:16).
·
“E disse-lhes:
Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste
na abundância do que possui.” (Lucas 12:15);
Apenas a bênção de Deus (Lc 6.38; 1Co 2.9; 2Co 9.8,11; Ef 3.19,20)
e o dom do Espírito Santo são sem medida (Jo
3.34).
9 - Logo, o que nos faz pensar que Ele também não meça nosso amor para com Ele?
·
“Porque
com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que
tiverdes medido vos hão de medir a vós.”
(Mateus 7.2);
·
“E
disse-lhes: Atendei ao que ides ouvir. Com a medida com que medirdes
vos medirão a vós, e ser-vos-á ainda acrescentada a vós que ouvis.”
(Marcos 4.24);
·
“Dai,
e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos
deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes
também vos medirão de novo.” (Lucas 6.38).
Além disso, preste atenção nestas
passagens:
·
“Mas ao SENHOR vosso
Deus vos apegareis, como fizestes até o dia de hoje”
(Josué 23:8);
·
“Porquanto tão encarecidamente
me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto, porque conheceu o
meu nome.” (Salmos
91:14);
·
“Por isso te digo que os
seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a
quem pouco é perdoado pouco ama.” (Lucas 7:47);
·
“Ninguém tem maior
amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.”
(João 15:13);
·
“Mas Deus, que é
riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou”
(Efésios 2.4);
·
“Porque Deus amou o
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
(João 3:16) –
Note como Deus não amou o mundo de qualquer maneira, mas de “tal” maneira.
·
“Até que todos cheguemos
à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida
da estatura completa de Cristo” (Efésios 4.13)
–
Observe que o crescimento espiritual não é como se dá com a árvore
(cujos ramos vai se
estendendo cada um para um lado diferente, sem uniformidade).
Já pensou se o braço direito crescesse mais
que o esquerdo ou se sua cabeça fosse muito pequena em relação ao restante do
corpo? (medite em Efésios 4:15,16 e Colossenses 2.19 – é para crescer
EM TUDO o aumento de Deus, e não nosso)
Como se pode ver, o amor pode ser
muito ou pouco. Mas, uma vez que Deus é amor (1Jo
4.8,16), como pode ser isto? Ainda mais
considerando que em Deus não há limite (2Co
3.17). Só você pode limitar a bênção de
Deus na tua vida (ver Sl
78.41).
Porém, a fé, ou seja, a capacidade
para confiar em Jesus é dada por medida, conforme a disposição de cada um em
ouvir a Palavra de Deus (Mt 13.15; Rm
10.16; Zc 7.11,12). Por isto uns frutificam
mais que outros (Mt 13.23).
Até nossa visão depende da audição (Mc 4.24; Lc
8.18), pois sem a sabedoria de Deus,
não saberemos o que ver, tampouco veremos com bons olhos (como ordena Mt 6.22,23).
Resultado: a pessoa dará menos
espaço para que Deus manifeste Sua glória, repleta de amor e verdade, em cada
circunstância que vem a ele no dia de hoje, o qual é, para ele, o presente de
Deus (Sl 118.24 –
daí o dia de hoje chamar presente).
Em (Efésios
3:18), note que o edifício de Deus tem
largura, comprimento, altura e profundidade. Ora, que edifício é este que até o
anjo tem prazer em medir (Ap 11.1)?
Vale lembrar que Deus não habita em templos feitos por mão de homens (At
17.24). Logo, trata-se de uma mensagem revelando que Deus mede nossa capacidade
de amar (mesmo porque observe os versículos anterior e posterior (Ef 3.17,19) enfatizando o amor.
Veja a parábola das minas. Quem
mais amou (negociou suas minas),
mais autoridade sobre as cidades teve (Lucas
19:16-19).
10 - Mas afinal, como medir nosso amor por Jesus?
Responda para si mesmo:
a)
Quanto tempo tenho dedicado
para ouvir a voz do meu Amor (lembre-se
que Jesus é o nosso noivo)? Será que não andei
esquecendo Jesus no templo como Maria (Lucas
2:43)? A presença do Filho de Deus no
seu ventre, que antes a fez transbordar de alegria a ponto de “compor” um hino a Deus, agora se
tornara algo comum. Jesus já não era mais tão especial, mas um menino comum que
eles tiveram a capacidade de deixar para trás. Quantas vezes estamos como
Sansão que nem sentiu a diferença quando o Espírito de Deus se retirou dele (Juízes 16:20);
b)
Qual tem sido minha
disposição para orar? (Oração não
é, antes de tudo, um diálogo, um momento de intimidade com Aquele que nos ama?).
A oração tem sido para mim algo enfadonho ou um privilégio? Fico ansioso para
ficar a sós com meu Noivo, ou me esqueço Dele por horas, ficando às vezes até
dias sem orar?
c)
E, finalmente, quando oro,
o faço porque espero ver meus desejos atendidos, ou porque espero conhecer Sua
vontade e ser convencido através dela a ser a vontade de Deus na vida de cada
um? Lembre-se que Jesus é o bom pastor (Jo
10.11). que dá Sua vida pelas ovelhas.
d)
Jejuo porque estou
entristecido (Mt 9.15)
pelos pecados meus (Tg 4.8,9)
e dos outros (Jl
2.12,13,17; Dn 10.2,3) ou para, supostamente,
adquirir força espiritual e, com isso, poder para debater, contender e ferir
com punho iníquo (Is 58.4)
até que as pessoas pensem ou façam com precisão aquilo que nos encherá de
contentamento (Is 58.3)?
e)
Amo Jesus como a noiva “apaixonada” que não consegue tirá-lO
da cabeça, que não consegue pensar noutra coisa senão na beleza dO Noivo? Estou
como a mulher de cantares que desfalece por estar longe do Noivo (cânticos 5:8), que
não sabe falar de outra coisa senão da formosura e perfeição Dele? (compare cânticos 5:9-16 com 1Pedro 3:15)?
Ou prefiro falar de futebol, moda, fofocas e outras coisas fúteis e até
maliciosas, tendo inclusive vergonha de falar que sou do meu Amado? (Lucas 7:23).
Jesus é
o caminho (Jo 14.6)
no qual devemos, 24 horas, viver e andar (Gl
5.16,25). Nosso amor por Ele é que fará de
nós pessoas livres do pecado. Daí Ele ser o pão da vida (Jo 6.35): aquele que sacia por
completo nossa alma a ponto de sermos capazes de pisar qualquer favo de mel que
o diabo pense em nos oferecer (Pv 27.7).
f)
E quanto à minha disposição
de conhecê-lO mais íntima e profundamente? Tenho prazer em meditar na bíblia
dia e noite (Salmo
1:12,2), ou ela chega a ficar toda
empoeirada com teias na estante? Levo ela comigo onde vou, sendo capaz de
voltar para busca-la quando a esqueço (como
faço com meu celular), ou tenho preguiça de
carrega-la até mesmo ao ir à igreja?
g)
Quando leio a bíblia, qual
a minha motivação? Achar “dispositivos legais”
que me permita obter o que a minha alma corrompida cobiça e ainda conservar
minha consciência tranquila ou porque queremos ver os desejos do coração de
Deus sendo satisfeitos em nós e por meio de nós? (Isto
sem contar as pessoas que usam a palavra de Deus contra o próprio Deus para “reclamar” e exigir “seus direitos” (como se
tivéssemos algum) com base nas promessas da
bíblia).
h)
Leio a bíblia porque quero
elaborar um sermão teologicamente perfeito, conciso e eloquente para satisfazer
a mente intelectual dos ouvintes (1Co 1.22)
ou porque espero que Deus comunique comigo exatamente o que a Igreja precisa
ouvir? Lembre-se que Jesus é a luz do mundo (Jo
8.12). Logo, quem ama quer vê-lO se
manifestar diante de todos a cada momento (Mt
5.14-16). Jesus também é a verdade (Jo 14.6) que liberta (Jo 8.32) e impede que sejamos
presos (Is 5.13)
e destruídos (Os 4.6).
i)
Até que ponto estamos
dispostos a levar nosso Noivado com Jesus a sério? Estamos como muitas noivas “apaixonadas” que são capazes até de se
sacrificarem por causa do Noivo (veja Romanos
12:1; Hebreus 13:15; Oséias 14:2), ou
Jesus é simplesmente mais um dos nossos amores?
j)
O que pode me separar do
amor de Jesus (Romanos
8:35-39)? Ao menor incômodo eu lanço Sua
Palavra para trás de mim (Sl 50.17)
ignorando que Ele existe na minha vida em cada momento nosso (ver Hb 11.6), ou
permaneço descansando e esperando no Seu amor (Sl
37.7; Jo 15.9) até que Ele venha e chova justiça
sobre nós (Os 10.12; Is 62.6,7; 26.20,21)?
k)
Quanto vale a minha alma? O
que darei em troca pela minha alma? Tenho vendido meu caráter e integridade a
troco de quê? Ou tenho valorizada a glória de Deus na minha vida (ver Is 52.11; 2Co 6.14-18)
a ponto de fugir de toda a aparência do mal (1Ts
5.22) por saber que o pecado me separa
do Único que me ama de verdade (Is 59.1,2)?
l)
Por que quero ir para o
céu? Por que não há outro lugar para onde ir, como disse Pedro (Jo 6.68)? Por
que temos medo da morte e do inferno? Por que o céu tem ruas de ouro, mar de
cristal, etc.? Porque no céu não há dor, sofrimento, doença, etc.? Ou por que
temos prazer na companhia de Jesus (Sl 37.4)? Ora, pense: uma vez que Deus é
amor (1Jo 4.8,16), paz (Ef 2.14) e felicidade (Sl 16.11), que sentido haveria
em viver eternamente num lugar maravilhoso como o céu se Ele não estivesse por
perto? Acaso o céu continuaria sendo paraíso com Ele distante?
m) Por
que quero viver eternamente? Minha vida realmente tem tido sentido a ponto de
valer a pena continuar vivendo? Que proveito tem tido a minha vida a todos que
estão à minha volta? É a incerteza do que me espera após à morte que impele a
lutar para sobreviver, a ponto de passar pela vida (como se a vida fosse mera
obrigação, e não uma dádiva de Deus) ao invés de vive-la? Ou por que creio que,
através de minha vida, milhares podem ser salvos de uma vida autodestrutiva que
só jorra maldição por onde passa (Dt 28.16,19 ; Fp 1.24,25) e, deste modo, eu
possa: ver a bondade do Senhor na terra dos viventes (Sl 27.13,14), contemplar
a formosura do Senhor (Sl 27.4) e inquiri-lo a fim de poder ter em mim a beleza
da Sua pureza (Is 1.18) e poder “saboreá-lO” (Sl 34.8; Ml 3.10)?
n)
Por que tenho feito a obra
de Deus? Por que estou tentando comprar bênçãos e a salvação? Por que espero
ser visto pelos outros (ver Mt 6.1-5,16-18)? Ou por que amo a Deus de tal
maneira a ponto de desejar que o maior número de pessoas venham a ser “ligadas” a Jesus (Mt 18.18-20; 1Jo
1.3) a fim de que, assim, eu possa ter mais oportunidades de encontrar com Deus
pessoalmente (vendo a graça de Deus se manifestar na vida das pessoas – At 11.23)?
o)
Quando a faço obra de Deus,
a faço de modo frauduloso (relaxado – Jr 48.10),
simplesmente por obrigação, como se fosse algo enfadonho (Ml 1.12,13) e sem
proveito, pensando apenas em agradar a Deus (como se fosse para satisfazer um
capricho Dele) só para ser abençoado? Ou considero os Seus mandamentos como um
privilégio (como o salmista do Salmo 119), uma prova de amor (1Jo 5.2), a ponto
de me deleitar neles (Sl 1.1,2)?
p)
Quanto vale Jesus Cristo
para mim? Se Jesus me perguntasse: “mas você, quem diz que Eu sou?”
(Mt 16.15), o que eu responderia?
q)
Qual o valor de uma alma
para mim? Tenho sabido valorizar as dracmas que Deus tem colocado na minha vida
ou venho ignorando as nove (as quais
jazem esquecidas em algum canto da minha vida)
e sem qualquer interesse em procurar pela que se perdeu (Lc 15.8)? Minhas entranhas chegam a
se comover pelas pessoas (como se pode
ver nestes exemplos) ou me mantenho indiferente
aos sofrimentos e vergonha delas (ver Sl 15.3)?
·
“Pelas
entranhas da misericórdia do nosso Deus, Com que o oriente do alto nos
visitou” (Lucas 1.78);
·
“Revesti-vos,
pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de
misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade”
(Colossenses 3.12);
·
“Quem,
pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas
entranhas, como estará nele o amor de Deus?”
(I João 3.17);
·
“E o
seu entranhável afeto para convosco é mais abundante, lembrando-se da
obediência de vós todos, e de como o recebestes com temor e tremor.”
(II Coríntios 7.15);
·
“Porque
Deus me é testemunha das saudades que de todos vós tenho, em entranhável
afeição de Jesus Cristo.” (Filipenses 1.8);
·
“E,
finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente
misericordiosos e afáveis.” (I Pedro 3.8);
·
“Portanto,
se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma
comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões” (Filipenses 2.1).
Os
irmãos estão sempre na minha mente ou chego a me esquecer dos parentes e mal
tenho contato com meu cônjuge e filhos? Note como Paulo, incessantemente,
sofria em seu espírito em virtude da situação espiritual de seus irmãos na fé (2Co 11.28,29), por
ver os gentios longe da verdade (1Co 9.20-22)
e até mesmo por ver seus compatriotas presos à sua própria justiça (Rm 9.1-3; 10.1-3).
·
“Não
cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas
orações” (Efésios 1.16);
·
“Porque
Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, me é testemunha
de como incessantemente faço menção de vós, pedindo sempre
em minhas orações que nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me ofereça
boa ocasião de ir ter convosco.” (Romanos 1:9,10);
·
“Sempre
dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deus que vos foi dada em
Jesus Cristo.” (I Coríntios 1:4);
·
“Além
das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as
igrejas. Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza,
que eu me não abrase?” (II Coríntios 11:28,29);
·
“Por
esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar
por vós, e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em
toda a sabedoria e inteligência espiritual” (Colossenses 1:9);
·
“Sempre
damos graças a Deus por vós todos, fazendo menção de vós em nossas
orações, lembrando-nos sem cessar da obra da vossa fé, do
trabalho do amor, e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo,
diante de nosso Deus e Pai,” (I
Tessalonicenses 1.2,3);
·
“Saúda-vos
Epafras, que é dos vossos, servo de Cristo, combatendo sempre por
vós em orações, para que vos conserveis firmes, perfeitos e consumados em toda
a vontade de Deus.” (Colossenses 4:4);
Vale
lembrar que amar Jesus se traduz em amar os irmãos (Mt
10.40-42; 25.34-46; 1Jo 4.20,21). Além
disso, Jesus é a porta do aprisco (da vida das
pessoas – ver Sl 24.7-10)
pela qual temos que entrar (Jo 10.9).
10 - CONCLUSÃO
Detalhe: sejamos honestos conosco
mesmos (Salmo 15.3)
ao fazermos este questionário. Muitas vezes somos tão bons para mentir que
acabamos convencendo a nós mesmos de que a mentira é verdade.
Se seu amor por Jesus fosse
pesado agora você seria achado em falta? Será que, mesmo vestido (por pertencer a uma religião ou igreja),
você ainda não está nu (2Coríntios
5:3) aos olhos de Deus? Adão, mesmo
após estar vestido com folhas de figueira, sentiu no seu íntimo que suas “vestes”, embora pudessem esconder
sua nudez da sua mulher, não era suficiente para se escondê-la de Deus.
Resultado: ele saiu do lugar onde Deus o havia colocado (Gênesis 3:9,10).
É preciso ter cuidado para não se
cometer o mesmo erro do fariseu: o de orar “de si para si
mesmo” (Lc 18.11), ao invés de orar “de si para
Deus”. Tal
pessoa estava dirigindo sua oração a si própria e o pior: pensando que estava
orando a Deus. Ela não estava interessada na glória de Deus em sua vida, mas
apenas no progresso da sua vida espiritual, na eloquência da sua pregação, na
eficácia do seu ministério, nas bênçãos que pretende alcançar, etc. Tudo
voltado para que o seu ego seja engrandecido nas coisas de Deus, quando o correto
é que diminuamos para que Cristo possa crescer em nós (Jo 3.30; 2Co 4.10,11).
Afinal, uma vez que Jesus é a vida (o 11.25),
logo não é a nossa vida neste mundo que devemos buscar (Mt 10.39; Jo 12.25), mas a
Dele (Gl 2.20).
Além disso, Jesus também é a ressurreição
(Jo 11.25), ou seja, aquele que faz
florescer a vida onde está tudo morto (1Co
15.53,54; Rm 5.20; Jo 5.25). Logo não é para corrermos
atrás de coisas materiais ou circunstâncias boas, mas sim deixar que o poder de
Deus absorva todo o lixo e o transforme em alimento para crescimento dos galhos
da videira verdadeira (Jo 15.1).
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