123 - Provérbios 16: 3-4 – O que significa este trecho?

Provérbios 16: 3-4 – O que significa este trecho?

 

Uma das coisas que dificulta o entendimento deste trecho é que em cada versão algo diferente é transmitido. Após analisar o contexto, cheguei à conclusão que as versões que melhor expressam o sentido de Provérbios 16.1-4 são conforme segue:

 

·        “Do homem são as preparações do coração, mas do SENHOR a resposta da língua.” (Provérbios 16.1).

·        “Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos; mas o Senhor pesa os espíritos.” (Provérbios 16.2 - AA).

·        “Confia ao SENHOR as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos. O SENHOR fez todas as coisas para atender aos seus próprios desígnios, até o ímpio para o dia do mal.” (Provérbios 16.3-4).

 

Eis abaixo a mensagem que o autor destes provérbios quis transmitir.

Cabe ao homem preparar o coração (ou alma, se preferir) a fim de que esteja pronto para atender ao chamado de Cristo (semelhante ao que fez Esdras 7.9,10). Cabe ao Eterno governar as línguas daqueles com quem temos de lidar (bem como a nossa) a fim de que não venhamos a preparar o nosso coração para a coisa ou pessoa errada.

É claro que, aos olhos do indivíduo, seus caminhos parecem puros (ninguém toma uma decisão certo de que vai dar tudo errado). Felizmente o Eterno coloca o espírito nosso e o daqueles com quem temos de lidar em uma balança (Provérbios 21.1), de modo que, juntos, possamos atingir o equilíbrio (justiça).

Mas para isto temos que entregar todas as nossas obras e caminhos (Salmos 37.4-7) ao Eterno. Ele quer nos guiar à Sua justiça a fim de que possamos experimentar Sua real provisão (2Pedro 1.3) que permiti-lo-á reinar e frutificar em nós (Mateus 6.33).

Quando isto acontecer, teremos a mente de Cristo (1Coríntios 2.14-16). Neste caso, nos planos não serão frustrados (Jó 42.2), nem meramente sucedidos (como que produzindo apenas um prazer carnal temporário), mas firmemente estabelecido a fim de que venha a ser bênção para as gerações porvir.

Mas para isto temos que crer que todas as coisas foram feitas pela Eterno, tendo cada uma delas a sua finalidade (mesmo a vida dos perversos). Ou seja, ao invés de querermos lutar contra os injustos, devemos buscar conhecer o caminho do Eterno no meio da tormenta e da tempestade (Salmos 95.10; Naum 1.3; 1Coríntios 10.13).

Que Jesus nos ajude a sempre deixarmos que Jesus Ele as coisas por nós e nos conduza, não aquilo que achamos ter direito ou que queremos que seja nosso direito, mas sim ao nosso verdadeiro direito e recompensa que se acham nas mãos do Eterno (Isaías 49.4).