domingo, 19 de março de 2017

130 - Importância dos pais disciplinarem, educarem e corrigirem pessoalmente seus filhos

Importância dos pais disciplinarem, educarem e corrigirem pessoalmente seus filhos.

Deveres dos pais:

a)    Prover -> (1Samuel 2.19; 2Coríntios 12.14). Isto, de forma alguma significa que os filhos vão ficar à toa vendo TV ou brincando, enquanto os pais fazem tudo (como se o trabalho infantil fosse um crime hediondo, como a mídia prega). O Eterno instituiu o trabalho (1Ts 4.9-12) para que marido, mulher e filhos pudessem aprender uns com os outros acerca Dele e do modo correto de abençoar o próximo ao trabalharem juntos e na mesma coisa.

Logo, o trabalho é o tempo especial do Eterno para o lar, onde Ele os provê e, ao mesmo tempo, os guia para o bem (Ef 4.28) de um modo aconchegante e agradável, através de Sua companhia amorosa tocando os corações uns dos outros.

Não estrague isto se matando de trabalhar para dar um futuro para os filhos (ver Sl 127.1,2). Use o trabalho como desculpa para lhes dar o presente: o temor do Eterno, Seu amor (Pv 15.16,17) e paz (Pv 17.1) agindo em teu lar por meio de ti. Afinal, se fosse para prover apenas a parte material, não precisava da criança ficar no ventre da mãe nove meses (oitavo animal de maior período de gestação). O Eterno assim providenciou para fortalecer o vínculo da mãe com o filho, de modo que a mente, a alma e o espírito dele também fossem providos.

Se a única coisa que os pais suprirem para os filhos for fisicamente, os filhos poderão entrar numa enorme crise mental e emocional, indo para longe dos pais, podendo até perder-se na prostituição ou drogas.

b)    Amar (criar e fortalecer o vínculo familiar) -> (Tito 2.4,5). O lar é a célula da Igreja, uma ilustração de como deve ser nosso relacionamento com o próximo, de modo que toda a terra possa ser cheia com a glória do Eterno (Gn 1.28; Is 11.9; Hc 2.14). Lembre-se de que Jesus ordenou que fôssemos por todo o mundo pregando o evangelho (Mc 16.15). É claro que ninguém consegue fazer isto literalmente. Porém, se os pais, ao semearem a Palavra do Eterno (Jesus) na vida dos filhos (Lc 8.11) semearem a si mesmos dentro deles (ver Mt 13.19,20), poderão, por meio deles, ir a lugares além do alcance (2Co 10.13-16).

Para tanto, os pais devem fazer história na vida dos filhos, de modo que, ao olhar para os netos, todos possam ver quem Jesus é na vida dos avós e ao olhar para os pais possamos ver a verdadeira identidade dos filhos (Pv 17.6).

c)    Criar -> (Ef 6.4). Se o filho precisa ser criado, é sinal que ele não nasce pronto. Embora cada um nasça com uma identidade diante do Eterno, cabe aos pais descobrirem esta identidade (ver Jr 17.9,10; 1Co 13.12) e buscarem Nele as condições para que seu filho seja feito filho do Eterno por Jesus (João 1.12), ou seja, Sua salvação seja desenvolvida nele com temor e tremor (Fp 2.12,13). Para tanto, faz-se necessário estar presente continuamente (ver Ez 19.5,6) na vida do filho (Pv 20.11; 27.23) para que o Eterno tenha todo o tempo para trabalhar Sua glória na vida dele (Mq 2.8,9).

d)    Direcioná-los -> (1Timóteo 3.4,12; 1Tessalonicenses 2.11,12). Antes de tudo, o marido deve saber qual é a obra para a qual ele tem sido chamado pelo Eterno (ver Atos 13.2). Só assim ele poderá esperar a coisa certa da esposa (despertando isto nela) de modo a, juntos, darem lugar para o Espírito Santo incitar os filhos no Caminho (Juízes 13.25; João 14.6).

e)    Ensinar -> (Gênesis 18.19; Êxodo 10.2; Êxodo 12.26,27; Êxodo 13.8,9,14; Deuteronômio 4.10; Deuteronômio 6.6,7,20-25; 11.18,19; Deuteronômio 31.13; 32.7,46; Josué 4.6,7,21,22; Salmo 34.11; Sl 44.1; 78.3-6; Provérbios 4.1-4,10,11; 7.24; 8.32,33; 31.1; Is 38.19; Joel 1.3; Tito 2.3-5).

Não faça uso de mentiras para convencê-los a fazer o que você manda (por exemplo: papai-noel, bicho-papão, etc.). Na hora pode parecer a solução mais fácil, mas com isto você perderá o respeito e a confiança do seu filho. Lembre-se que é o conhecimento da verdade que liberta do pecado (João 8.32-36).

O teu filho não precisa apenas saber a verdade e aceitá-la. É preciso entendê-la (Ef 5.17) e ser convencido a vivê-la alegremente (João 16.8). Assim, não permita que teu filho desperdice a mente maravilhosa que ele tem (até os seis anos a mente da criança absorve tudo, mesmo dormindo). Coloque a Escritura Sagrada para ele ouvir, medite nela em voz alta junto com ele e, assim, estarás proporcionando que ele, ao crescer, tenha maior facilidade para guardá-la (como ordena Jesus em João 14.21,23). Ao invés de dar brinquedo, acostume ele desde bebê ao que é bom, de modo que o perfeito louvor continue saindo da boca dele (Mt 21.15,16; Pv 22.6), trazendo para ti grande alegria (Provérbios 10.1; 15.20).

Tampouco passe esta tarefa de educar para terceiros (creche, escola, babá, TV, etc.). Se você não ensinar o que é bom, haverá alguém para ensinar o que não presta. Não seja como o servo inútil que acha que só deve cumprir com a obrigação (Lc 17.10). Por mais trabalho que o filho possa dar, mesmo que tudo pareça indicar que você não tem as habilidades e recursos necessários para educá-lo, saiba que é justamente ele que irá despertar em você aquilo que fará de ti alguém especial (medite em Lc 13.6-9, onde o que fazia o viticultor especial era a figueira).

f)     Discipular -> (Êxodo 10.9; Deuteronômio 12.12; Deuteronômio 31.12; Josué 8.35; 2Crônicas 20.13; Esdras 8.21; Neemias 12.43; Joel 2.16; Os 2.9; Mateus 28.18-20; Jo 21.15-17; 1Pedro 5.2,3). Discipular significa estar junto continuamente servindo de exemplo vivo dos ensinamentos transmitidos. Não adianta permanecer junto o tempo todo, mas não ter nada de bom para ensinar; tampouco resolve ensinar coisas boas, mas não mostrar na prática como que as mesmas funcionam.

g)    Disciplinar -> (Dt 8:5; 11:2; Jó 5:17;  Jó 37:13; Sl 50:17; Pv 5:23;  6:23; 12:1;  15:10; 15:32; 29:15; Jr 2:30; 5:3; 6:8; 7:28; Ez 20:37; Sf 3:2,7; 1Co 11:32; Ef 6:4; 1Tm 3:4; 2Tm 2:25). Além de ensinar na teoria e na prática (discipular), os pais devem estimular e buscar do Eterno o que for necessário para que os filhos façam daquilo que agrada o Eterno um costume em suas vidas até o dia em que o amor de Jesus em suas vidas for maior que os desejos do pecado. A partir daí, com o testemunho vivo de uma vida de louvor e adoração presente neles (1Jo 5.10), Sua vontade passará a ser naturalmente um prazer em suas vidas.

h)    Corrigir (usar a vara) -> (Provérbios 3.11,12; Provérbios 13.24; 19.18,19; 20.30; 23.13,14). Hoje, corrigir para o bem se tornou falta de respeito e até crime. No entanto, o Eterno demonstra Seu amor justamente através da correção (Salmo 89.31,32; Hebreus 12.5-11; Habacuque 1:12). Tanto que Davi considera o cajado (disciplina) e a vara (correção) como consolo (Sl 23.4). Quem se endurece (Jeremias 17:23) para não ouvir a repreensão se torna escarnecedor, estúpido (Pv 12.1; 13.1), só traz tristeza aos pais (Pv 17.21,25; 19.13; 29.17) e acaba não sendo capaz de enxergar o valor da sua alma (Pv 15.32) até ser completamente destruído (Pv 29.1). Por outro lado, a criança corrigida conseguirá achar descanso para a alma (Sl 94.12,13).

Não fique com dó de usar a vara! Se você não corrigir teu filho com amor, pode estar certa de que alguém irá corrigi-lo com violência, fazendo uso cassetetes, facadas, revólveres, etc. Como a vara é para as costas de quem não tem entendimento (Pv 10.13 e 26.3), se você não usar a vara, não conseguirás afastar teu filho da tolice e loucura (Pv 22.15).

Obs: Disciplina e correção devem andar juntos, visto que não adianta ter disciplina na coisa errada, nem ser corrigido em algo que não é possível ser vivido. Não seja autoritário, mas sim uma autoridade (exemplo de vida) na vida do teu filho.

i)      Zelar -> (Lamentações 2.19). Zelar é proteger, tomar conta do filho com toda a atenção, de modo que tudo que é do Eterno encontre lugar na vida dele -> Afinal o Eterno zela dos Seus filhos (para que Sua presença, verdade, justiça, etc. permaneçam em suas vidas - Êxodo 20:5; 34.14; Dt 4:24; 5.9; 6.15; 29.20; Josué 24:19; 2 Reis 19:31; Salmos 79:5; Isaías 9:7; 26.11; 37.32; 42.13; 59.17; Ez 5:13; 23.25; 36.5,6; 38.19; 39.25; Jl 2:18; Naum 1:2; Sofonias 1:18; 3.8; Zc 8:2). Logo, quem somos nós para não zelarmos por Ele, ou seja, para dar lugar a fim de que Ele continue zelando dos Seus (Nm 25:11,13; Rm 12:11; 2 Co 7:11; 8.22; 9.2; 11.2; Ap 3:19)?

Uma das formas de fazermos isto é procurarmos com zelo o melhor dom do Eterno para nós (1 Coríntios 12:31; 14.1,39; Gálatas 4:18; 1 Timóteo 5:10; Tito 2:14; 1 Pedro 3:13).

Além disto, cuidado para não tentar o Eterno com teus pecados, a saber, obrigando-O a manifestar Seu zelo, seja para proteger tua família da ira dos outros, seja para proteger os outros da ira da tua família (Deuteronômio 32:16,21; 1 Reis 14:22; Salmos 69:9; 78:58; 119:139; João 2:17; 1 Coríntios 10:22). Zele para que o zelo dos teus filhos seja para o bem (Gl 4.18; Tt 2.14), a saber, sendo uma autoridade, um exemplo a ser seguido (1Co 11.1).

Exemplos de zelo pra com os filhos: (Gn 37.14; Êx 2.2-3; 2Sm 21.10; 1Rs 3.26; 2Rs 4.20, 28-30; 2Cr 22.11,12; Et 2.11; Jó 1.5; Mt 15.22-28)

j)      Vigiar -> Os pais devem manter a vigilância externa sobre os filhos para que, quando Jesus vier em seu lar, todos possam estar livres da tentação (Mt 26.41) e preparados para recebê-Lo (Mateus 24.42; 25.13; Mc 13.33-37; Lc 21.36). Para ser mais exato: os pais devem estar aptos para enxergar em cada circunstância aquilo que Jesus quer manifestar de modo a marcar profundamente a vida dos filhos (ver Mc 14.34,38). A ideia é que Jesus possa se fazer conhecer onde os pais estão (1Co 15.34) a fim de que eles e os filhos sejam cada vez mais firmes na fé (1Co 16.13; 1Pe 4.7; 5.8). É justamente isto que consuma a salvação de Jesus na vida dos pais (1Tm 2.14,15). Veja o exemplo de Paulo (At 20.31).

 

Obs: vigilância e zelo andam juntos. Não adianta vigiar para nenhum mal externo alcance os filhos se, internamente, eles estiverem perdidos; tampouco resolve zelar para o interior deles seja cheio de coisas boas, se falharmos em fazer das circunstâncias que surgem uma ocasião propícia para que toda a riqueza interiormente depositada neles se manifeste e consolide na vida de todos que os cercam.

 Obs: filhos são herança do Senhor (Sl 127; 128.1-4). O que você irá fazer com essa herança? Deixar que cresçam espinhos (Mt 13.7,22), que sejam devorados pela maldade (2Sm 21.10 – associe com Mateus 13.4,19), que Ha-Satan destrua a glória Eterno na vida deles (Mq 2.9)? Não te esqueças de que eles é que irão te coroar, seja de vergonha ou de glória (Pv 17.7). Se teu filho será um bandido ou alguém virtuoso, tudo dependerá da semente que você plantar ou permitir que seja plantada no coração dele hoje, AGORA!

 

Como o marido deve proceder para que o lar seja uma bênção:

a)    Dar à esposa uma identidade e função (Gn 2.24; 3.20; 5.1). Uma das funções de Adão era dar nome aos animais (Gn 2.19). Contudo, repare o nome que Adão deu à sua auxiliadora idônea. Antes do pecado ela foi chamada mulher por ter sido tirada do homem (Gn 2.23). Ou seja, ela tinha uma identidade, mas não tinha função. Após o pecado, Adão a chamou de Eva por ser a mãe de todos os seres viventes (note que não era mãe só dos seres humanos, mas de todos os seres viventes – Gn 3.20). Ela agora tinha uma função, mas perdera sua identidade junto ao homem (tanto que Adão não hesitou em acusar sua mulher – Gn 3.12).

Isto, todavia, nos ensina que apenas o Eterno pode dar uma identidade perfeita a marido, mulher e filhos. Tanto que vários homens do Eterno tiveram seus nomes mudados (por exemplo: Gn 17.5,15; 32.28; Mc 3.16,17; Jo 11.16). E como o Eterno chamou homem e mulher? Pelo nome de Adão (Gn 5.1). Logo, a mulher só tinha identidade e função junto a Adão. Ou seja, é o homem que determina quem a mulher vai ser, bem como sua função (já que ela foi criada especialmente para lhe auxiliar – Gn 2.18) e graça (1Pe 3.7).

Logo, o homem tem o dever em buscar conhecer quem ele é aos olhos do Eterno e para quê ele foi criado. Só assim ele saberá o que esperar da esposa, bem como o que ele precisará lhe oferecer para poder dela receber exatamente o que o Eterno tem para o sucesso de sua missão aqui.

b)    Dar sua vida à esposa. Não é em vão que a mulher foi tirada da costela. A primeira coisa a aprender com isto é que a mulher foi formada pelo Eterno a partir daquilo que havia no homem. Ou seja, o homem só poderá ter a mulher para si (Ef 5.25-27) se estiver disposto a preenchê-la consigo e com o conhecimento do Eterno (Gn 2.23; 1Co 14.34,35). Não há nada de bom para o homem que, antes de tudo, não saia dele. Não há outra forma de a mulher auxiliar o marido de modo idôneo (em todas as áreas) a não ser estando repleta dele em seu interior. Daí a coabitação que, uma vez feita com entendimento (e não apenas com emoção, como ordena 1Pe 3.7) permite que o homem lance sua semente (não apenas física, mas mental, sentimental e espiritual) no interior dela, de modo que o filho que ela gerar não seja apenas um pedaço de carne com material genético do marido, mas uma continuação e expressão viva de quem é o marido (bem como Jesus na vida dele).

Outra coisa a observar é que a costela tem por finalidade proteger os órgãos mais vitais do corpo. Se, no entanto, considerarmos que o Eterno não desperdiça palavras, é bem provável que o fato de a Escritura Sagrada citar que indivíduos foram mortos ao serem feridos na quinta costela (2Sm 2.23; 3.27; 4.6; 20.10) aponta para o fato de que a mulher fora tirada da quinta costela, uma região ainda mais vital do que as demais (quem sabe é onde o coração está). Seja como for, isto mostra que a mulher foi feita para para proteger a vitalidade do homem e dar-lhe suporte nos momentos difíceis (daí ser feita de osso, o material mais duro e resistente do corpo).

Para tanto, ele deve conceder à esposa a vida de Cristo (Sua graça). Como? Ensinando-lhe, de modo prático, tudo aquilo que ela sentir tocada pelo Eterno a aprender (1Co 14.34,35). Já que é impossível conhecer tudo acerca do Eterno (Ef 3.19), a mulher deve aprender apenas aquilo que tem haver com sua função junto ao marido. E ninguém melhor do que o marido para fazer isto movido pelo Espírito Santo.

c)     Ser pastor do seu lar (1Tm 3.4,12). Se pensarmos que a função do pastor é conduzir as ovelhas aos pastos verdejantes (Sl 23.2), logo cabe ao homem ter em si a disciplina no Eterno em Seu conhecimento, sabedoria, justiça e verdade a fim de ser autoridade na vida dos filhos, uma confirmação de que Jesus e Sua Palavra funcionam.

Como a mulher deve proceder para que seu lar seja uma bênção:

 

a)    Honrar o marido (Ester 1.20), de modo que a autoridade e sabedoria de Cristo na vida Dele seja tangível (Provérbios 12.4), vindo ele a ser estimado perante todos (Provérbios 31.23);

b)    Conhecer bem a Palavra do Eterno (Jesus), de modo que ela possa edificar sua casa com sabedoria (Provérbios 14.1), usando a lei de modo benéfico para todos (Provérbios 31.26) e sendo capaz de ganhar o marido sem palavra alguma, tão somente com a virtude de Cristo vivendo nela (1Timóteo 2.11; 1Pe 3.1,2);

c)     Ser boa dona de casa (Tito 2.5). Ou seja, ela deve saber o que deve ser feito no lar, ser capaz de mostrar a cada um qual a tarefa a ser feita (Provérbios 31.15), estar sempre atenta ao andamento do seu lar (Pv 31.27), verificando sempre se tudo está caminhando sob o governo do Eterno (1Timóteo 5:14);

d)    Prepara o alimento adequado para alimentar sua família (Pv 31.15). Não come o pão da preguiça (Pv 31.27), ou seja, não fica o ocupada com sua cobiça, correndo atrás do supérfluo (Pv 21.25,26) ou daquilo que o Eterno já deu (Mt 6.11,33).

E o que é supérfluo? Após o Eterno criar o mundo, Ele avaliou tudo como sendo mundo bom (Gn 1.31). Logo, casa é algo supérfluo (o Eterno não criou isto e o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça – Mt 8.20; Lc 9.58), bem como preocupação com saúde (mesmo porque, uma vez que Cristo levou sobre si todas as enfermidades, o mais sensato é descobrir o motivo de isto não estar se cumprindo na nossa vida ao invés de buscar paliativos para afastar as consequências do pecado, encobrindo a real situação espiritual - Is 53.4-6; ver Is 33.24). Tanto que Paulo complementa: tendo sustento (comida e bebida) e com que nos cobrirmos estejamos contentes (1Tm 6.7,8).

 

e)    Permanecer junto ao marido (amando-lhe – Tt 2.4) dando-lhe o que é devido (e vice-versa - 1Co 7.3-5,10; Tt 2.5). Um só deve se privar do outro apenas quando houver mútuo consentimento, e isto APENAS quando quiserem estar a sós com Jesus. Afinal, em Jesus, a esposa não é nada sem o marido e vice-versa (1Co 11.12), tal como cabeça nunca se separa do corpo (Gn 2.24; Mt 19.5,6; Mc 10.8; 1Co 6.16). Sem a perfeita comunhão (incluindo fisicamente) entre marido e mulher, até as orações (1Pe 3.7) e ministério (Ml 2.13) estão anulados.

f)      Dar espaço para que a glória do Eterno possa transformar a vida dela, a ponto de poder refleti-la como um espelho (2Coríntios 3.18) a todos que consentirem em ficar perto dela (incluindo seu marido e filhos), proporcionando que marido e filhos sejam cada vez mais separados para uso exclusivo de Jesus (1Coríntios 7:13,14);

g)    Fazer de seu lar o lugar ideal para que a prática zelosa de toda boa obra possa ser vivida (1Timóteo 2.10; 5.10);

h)    Não ser rixosa, murmuradora nem maldizente (Provérbios 19.13; 21.9,19; 25.24; 27.15,16; 1Timóteo 3.11). Pelo contrário: ela deve viver a justiça (traje) do Eterno de um modo manso e quieto (1Pe 3.4), sempre fazendo o bem, sem temer nenhum espanto (1Pe 3.6), cobrindo os defeitos do marido no coração (1Pe 3.4) enquanto espera no Eterno a vitória (1Pe 3.5).

i)      Ser submissa ao marido (1Co 11.3; Cl 3.18; Ef 5.22-24,33; Tt 2.5). Ela deve abandonar seus sonhos e a vida antiga (Sl 45.10,11) para poder abraçar o plano que Jesus estabeleceu para o marido, servindo-lhe de suporte, consolo, encorajamento e auxílio de forma meiga, amorosa (Gn 2.18), de modo que ele possa repousar na virtude de Jesus na vida dela (Pv 31.10-12).

j)      Ser boa mãe (Tito 2.4). Assim como o óvulo recebe dentro de si a semente do homem e a multiplica, de igual modo a mulher deve receber a Palavra do Eterno que Ele colocou no marido, ser tomada por ela e fazê-la frutificar na vida dos filhos, de modo que, por meio deles, toda a terra possa ser cheia da glória do Eterno (Is 11.9; Hc 2.14) e sujeita a Jesus (Gn 1.28), vindo a render-lhe louvor (Sl 148.1-10; 150.6). É assim que a salvação de Jesus é trabalhada na mulher (1Tm 2.15).

 

Obs: como TODA mulher com a sabedoria do Eterno é capaz de edificar sua casa, independente da circunstância ou do marido (Pv 14.1), então não há como falhar. (1Co 7.12-14; 1Pe 3.1,2), a menos que a mulher se canse de fazer o bem (Gl 6.9).

Irmãs, irmãs, se vocês soubessem a força que vocês têm e a importância do papel de vocês junto ao Eterno, vocês não se desvalorizariam tentando ser igual ao homem, mas se deixariam usar por Jesus naquilo para que fostes criadas.

 

Qual é o papel dos filhos?

a)    Honrar pai e mãe (Êx 20.12; Dt 5.16; Mt 15.4; 19.19; Mc 7.10; 10.19; 18.20; Ef 6.2). Mas o que é honrar? É o fruto de glorificar. Os filhos devem permanecer continuamente junto dos pais a fim de receber a glória deles dentro de si. A constante prática disto fará com que o caráter de Jesus na vida dos pais venha a fazer parte do DNA espiritual dos filhos, fazendo deles verdadeiramente filhos de seus pais, ou seja, uma expressão exata dos conceitos e valores que há neles.

Entendendo que isto é honrar, vem a questão: o que há dentro de você é realmente digno de ser honrado por teu filho?

b)    Ser descendência do pai (Dt 25.6-9). Uma vez que aquilo que o pai é não permanecerá vivo para sempre, algo precisa ser feito para que a obra que o Eterno começou na vida do pai continue. Cabe ao filho conservar viva a identidade do pai (aquela particularidade da sabedoria (Ef 3.10) e Favor (1Pe 4.10) do Eterno que só ele há de manifestar) pelas gerações a vir. Para tanto, ele deve andar continuamente com o pai, de modo que isto seja agregado à sua real identidade diante do Eterno.

E aí: você, pai, é alguém digno de ser imitado por seu filho?

c)     Ser semente de piedosos (Ml 2.15). Aceitarem em si toda a correção amorosa do Eterno, começando através dos pais (Pv 3.11,12; Hb 12.5-13) e, então, ao decorrer de toda a vida através daqueles que o Eterno traz até eles. Por onde quer que forem, os filhos devem estarem dispostos a terem o entendimento transformado nas afrontas (Rm 12.2) a fim de também transmitirem a importância desta piedade transformadora em todos com quem tiverem contato.

Para alcançarem isto, eles devem permanecer à mão de seu pai como flechas da piedade em todos os momentos em que ele estiver falando com os inimigos à porta (Sl 127.5). Cada vitória da piedade é um testemunho a mais de Cristo e Sua palavra neles, de modo que eles possam ser melhores que seus mestres (seus pais – ver Lc 6.40).

Resumindo: o filho deve glorificar o pai a cada momento, honrá-lo durante sua vida, transmitir os conceitos e valores dele aos netos, mas, sobretudo, progredir a ponto de ser descendência do próprio Eterno (chegando onde seus pais não conseguiram).

 

 

Leia o livro “De volta ao Lar – Mary Pride”. Ele pode ser baixado do site:

http://www.escola-ebd.com.br/wp-content/uploads/2016/08/Mary-Pride-De-Volta-ao-Lar.pdf

 

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