quinta-feira, 9 de março de 2017

124 - Tiago 5:12 (Porque alguém pode cair em condenação se julgar)?

Tiago 5:12 (Porque alguém pode cair em condenação se julgar)?

 

Analisemos isto com calma:

 

·        Sede pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima. Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o juiz está à porta. Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso. Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim, e não, não; para que não caiais em condenação.” (Tiago 5.7-12).

 

Ninguém deve sequer irar contra seu irmão (conforme pode ser visto em Mateus 5.21,22). Mesmo que esteja sendo vítima de injustiça ou sendo oprimido pelo irmão (Tiago 5.1-6), ainda assim o indivíduo deve esperar com paciência no Eterno (Salmos 37.7; 40.1), pois depressa Ele lhe fará justiça (Lucas 18.7,8).

Além do mais, considerando que a vida de Jesus está próxima e nossa vida neste mundo é curta, não temos tempo a perder tentando reter aquilo que as pessoas acham que devíamos dar-lhes.

Perder tempo cultivando mágoa só irá roubar nosso tempo e energia, dificultando ou até impossibilitando-nos de cumprir sua missão e, com isto, sermos aprovados diante do Eterno (2Timóteo 2.15).

Temos que pensar que Jesus, o juiz nosso e de quem nos ofendeu está próximo.

Assim, mantenhamos os nossos olhos fixos em tudo que o Eterno concedeu aos profetas, bem como a Jó, a fim de que nunca nos cansemos de ter paciência, mesmo em meio às maiores aflições. Afinal em comparação com toda a herança que o Eterno tem para nós, tudo que passamos é leve e momentâneo (Romanos 8.18; 2Coríntios 4.16-18).

Diante disso, mais uma razão para nunca podemos perder de vista que o Eterno é repleto de misericórdia e piedade. Ou seja, Seu maior prazer é poder manifestar isto na vista das pessoas (Lucas 15.7,9; Romanos 11.32).

Mas, o que tudo isto tem haver com juramento?

 

·        “Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o juiz está à porta. Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim, e não, não; para que não caiais em condenação.” (Tiago 5.9,12).

 

É bem verdade que, no Antigo Testamento, o juramento era um recurso usado como garantia de que aquilo que estava sendo dito era verdade:

 

·        “Porque os homens certamente juram por alguém superior a eles, e o juramento para confirmação é, para eles, o fim de toda a contenda.” (Hebreus 6.16)

 

Ou seja, os indivíduos se colocavam debaixo do julgamento do seu superior (normalmente o próprio Eterno) a fim de que o outro pudesse aceitar sua palavra e cessar de contender. Ainda mais considerando que maldito é o homem que confia no homem (Jeremias 17.5), nada mais indicado que buscarmos no Eterno a confirmação de que o indivíduo está dizendo é verdade.

Contudo, é bom lembrar que só existe julgamento quando há demanda entre pessoas. O grande problema aqui é que os indivíduos estavam jurando a fim de que seus ouvintes tivessem certeza de que suas acusações contra o próximo eram verdadeiras.

É claro que quem deseja o mal na vida do próximo está chamando a maldição e condenação para si:

 

·        “Quando cair o teu inimigo, não te alegres, nem se regozije o teu coração quando ele tropeçar; para que, vendo-o o SENHOR, seja isso mau aos seus olhos, e desvie dele a sua ira.” (Provérbios 24.17,18).

·        “Visto que amou a maldição, ela lhe sobrevenha, e assim como não desejou a bênção, ela se afaste dele.” (Salmos 109.17).

 

Talvez você questione: “mas, e com relação ao que Jesus disse?”.

 

·        “Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos ao SENHOR. Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.” (Mateus 5.33-37).

 

Neste caso, o que está sendo questionado é que, quando alguém nos pedir que façamos alguma coisa, não devemos ficar prometendo que vamos fazer. Se o que nos está sendo pedido é bom, façamos prontamente; senão, recusemos de imediato. Caso queiramos fazer, mas estejamos sem condições, então se negue a fazer até que tenhas condições de cumprir.

Mas nada de tentar forçar os outros a acreditar que você vai mudar, vai fazer, etc.

Por fim, jamais devemos tentar forçar os indivíduos a aceitarem o que estamos a dizer. Que elas sejam convencidas pela presença de Cristo em nós. Afinal, quando Jesus fala, quem é Dele aceita sem questionar (1João 4.4-6):

 

·        “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas. A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas, e as traz para fora. E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. Mas de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” (João 10.1-5).

 

Além disto, a verdade é absoluta: não necessita de acréscimos nossos. Pelo contrário: nossos acréscimos podem acabar enfraquecendo a verdade.

Por exemplo: se contamos uma estória para ilustrar uma verdade, como cada estória permite interpretação individual, logo tornamos a verdade relativa.

Por outro lado, se só a verdade é ministrada, fica então confirmada a sua eficácia e poder. Estórias, juramentos, etc. são métodos fracos para tentar convencer alguém de uma determinada crença.

A verdade, por outro lado, não necessita de ajuda para ser verdade. Como Jesus é a Verdade (João 14.6), ela simplesmente é (Êxodo 3.14,15).

Quando alguém que é da verdade ouve a verdade em seu coração, o Espírito Santo que nele habita simplesmente diz “sim” (2Coríntios 1.91,20; Apocalipse 3.19) e nos convence de tudo (João 16.8). Não há dúvida.

Que Jesus nos capacite para receber a verdade dentro de nós (Tiago 1.21) e deixarmos que ela fale em nosso coração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário