quinta-feira, 13 de agosto de 2015

100 - Em quem confiamos: no Deus das fortalezas ou em Jesus?

Em quem confiamos: no Deus das fortalezas ou em Jesus?

 

Muitos indivíduos afirmam crer em Jesus. No entanto, até que ponto isto é verdade? Quando tudo está favorável, é fácil crer em Jesus. Mas, e quando a situação aperta? É aí que  revelamos em quem realmente acreditamos.

Por exemplo: quando alguém te despreza ou te causa algum prejuízo, o que é que você deseja? Vingança? Se você é assim, então você não está crendo em Jesus, mas sim no deus das forças, que é o deus do anticristo:

 

·         “Mas em seu lugar honrará a um deus das forças; e a um deus a quem seus pais não conheceram honrará com ouro, e com prata, e com pedras preciosas, e com coisas agradáveis.” (Daniel 11.38).

 

Jesus, o verdadeiro Deus, diz o oposto:

 

·         “E respondeu-me, dizendo: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos.” (Zc 4.6).

 

No entanto, mesmo sabendo disto, o que a maioria daqueles que creem em Jesus fazem quando surge, por exemplo, um bandido? Logo já pensam em chamar a polícia ou até em matar por “legítima defesa”. Ora, o fato de alguém ter bons motivos para cometer o pecado, isto não faz com que o pecado deixe de ser pecado.

O decálogo é claro: “Não matarás” (Êx 20.13). Veja que não diz: “não matarás o inocente”, mas apenas “não matarás”. Ou seja, é proibido matar quem quer que seja.

Mas, e se o bandido estiver ameaçando alguém? Que os incrédulos busquem tal auxílio é compreensível, já que eles são do mundo, falam da parte do mundo, vivem do mundo e com ele se satisfazem. Infelizmente, num mundo dominado por Ha-Satan (Lc 4.4; Jo 14.30; Ef 2.1,2; 1Jo 5.19), para frear as injustiças, muitas vezes faz-se necessária a atuação de uma autoridade com a espada (Rm 13.1-5).

No entanto, nós que somos espirituais devemos buscar coisas mais excelentes (Hb 6.9), aquilo que olho não viu, ouvido não ouviu, nem subiu ao coração do homem, já que esta é a porção do Eterno para os que o amam (1Co 2.9). Quem espera em Cristo só nesta vida acaba sendo tomado por um coração miserável (1Co 15.19).

 Mesmo porque, se for para cada pecador pagar pelos seus pecados, então não tem sentido tudo que Jesus fez na cruz. Lembre-se que Jesus não veio chamar os justos, mas os pecadores ao arrependimento (Mt 9.12,13) e que mais alegria há no céu por um pecador que se arrepende do que por 99 justos que não necessitam de arrependimento (Lc 15.7).

Talvez você questione: mas, e quanto aos indivíduos que o Eterno ordenou que matassem (por exemplo, Dt 7.1,2; 1Sm 15.3)? Eu te pergunto: é isto que você quer para si? Você quer ser como Ismael:

 

·         “E ele será homem feroz, e a sua mão será contra todos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos.” (Gn 16.12).

 

Viver odiando e sendo odiado (Tt 3.3), sendo usado como vaso da ira? Lembre-se que os vasos usados pelo Eterno para manifestar sua ira foram preparados para a perdição (Rm 9.22).

Além disto, estas guerras que o Eterno permitiu e até ordenou tinha por finalidade mostrar que, por mais que se esforce diligentemente para exterminar todos os inimigos, não é assim que experimentaremos a verdadeira paz. Não é em vão que o Eterno reprova severamente que busquemos auxílio nos poderes deste mundo (Is 30.1-3; 31.1-3).

Mas, se é assim, então como explicar pessoas como José e Davi que tiveram cargos políticos?

Analisemos primeiro o caso de José, Ester, Daniel, Ananias, Misael e Azarias. Todos eles foram levados como escravos, seja para Babilônia ou Egito. Nenhum deles foi para a Babilônia pensando em ingressar na carreira política e ser um político de sucesso. Eles foram raptados, mas aprouve ao Eterno colocá-los em uma posição de destaque:

 

·         José chegou ao poder recebendo do Eterno a interpretação do sonho de faraó;

·         Ester chegou ao poder porque o Eterno tocou no coração do rei que veio a se agradar dela;

·         Daniel chegou ao poder recebendo do Eterno a revelação do sonho de Nabucodonosor;

·         Ananias, Misael e Azarias foram exaltados quando o próprio Eterno os protegeu da fornalha de fogo.

 

Note como eles não conquistaram o poder político por suas habilidades carnais.

Quanto a Davi, embora ele tenha sido ungido rei de Israel, você já analisou como foi a maior parte da vida de Davi? Simplesmente na guerra. É este o estilo de vida que você quer para você? Além disto, já reparaste como apenas Davi, Salomão e Manassés viveram mais? Todos os demais reis morreram relativamente jovens.

Além disto, não é em vão que a Escritura Sagrada diz: tudo que é elevado entre os homens é abominação diante do Eterno (Lc 16.15). Quanto mais o indivíduo se eleva numa determinada área (política ou econômica, por exemplo), mais as outras ficam deficientes.

Jesus mesmo disse: “Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus. E, outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.” (Mt 19.23,24). Embora seja difícil um rico entrar do Reino do Eterno, isto não quer dizer que é impossível. No entanto, é muito difícil um indivíduo ser bem sucedido no trabalho ou nas riquezas e, ainda assim, conseguir ser, por exemplo, um bom chefe de família.

Pense: é isto que você quer?

Mais ainda: se precisamos de grandes profissionais para fazer coisas para nós ou de toda a tecnologia que existe no mundo para sermos bem sucedidos, então que necessidade há dos dons espirituais e do poder do Espírito Santo? Não precisamos dos milagres Dele. Resolvemos tudo sozinho.

Por fim, se precisamos de mamom (Mt 6.24) para manipular os indivíduos a nosso bel prazer e, assim, conseguirmos o que necessitamos ou desejamos, então não precisamos de um evangelho que transforma o coração do pecador e o conduz a fazer tudo para glória do Eterno (1Co 10.31). Afinal, é nossa vontade, e não a do Eterno, que deve prevalecer. Neste caso, o importante não é o amor, mas o serviço.

Já pensou no motivo pelo qual o reino dos céus pertence aos pobres (Mt 5.3; Lc 6.20)? O que acontece é que o pobre, por dispor de poucos recursos, não desperdiça aquilo que o Eterno lhe dá. Antes, ele tenta tirar o máximo de proveito possível do que está em suas mãos. Por não ter recursos para adquirir algo novo, ele tenta consertar e renovar o velho o tempo necessário.

De igual modo, a alma farta é capaz de pisar até o favo de mel, mas para o faminto todo amargo é doce (Pv 27.7). Ou seja, o indivíduo deve reconhecer a preciosidade daquele que foi colocado na sua vida e não abrir mão dele por nada, antes buscar no Eterno todo o Favor e perdão necessários para trabalhar o coração daqueles que estão à sua volta. Não podemos descartar os indivíduos como se eles não fossem nada só porque não se comportaram do jeito que nos convinha ou que julgávamos certo.

Se fosse para resolvermos as coisas com base no poder político ou jurídico, tentando convencer os outros acerca dos nossos bons motivos, então não haveria necessidade de Jesus ser nosso Rei, Deus e Senhor. Ou cremos no poder da piedade (1Tm 3.5) ou então tudo em que estamos crendo não passa de uma doce ilusão, uma bela utopia.

Se de fato o evangelho não transforma a vida dos pecadores, se o melhor que o Eterno tem para nós está limitado a este mundo, então tudo que a Escritura Sagrada diz não passa de uma grande mentira. De que adianta ter o problema resolvido de um modo que não confirma a fé em Cristo? Até quando vamos viver dependendo da vontade miserável dos outros? Afinal, ou cremos em Jesus e no que Ele diz ou somos obrigados a confiar em seres humanos falhos e limitados (Is 64.6) e em filosofias que não foram eficazes nem para quem as inventou.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário