SALVAÇÃO DE CRIANCINHAS,
DEFICIENTES MENTAIS, DOS QUE NUNCA OUVIRAM O EVANGELHO E DOS FIÉIS QUE VIVERAM
ANTES DO ETERNO VIR A ESTE MUNDO COMO HOMEM
Antes
de tudo, é importante que fique claro que não existe salvação fora de Cristo.
Vem
então a pergunta: sendo a salvação somente através de Jesus (At 4.12; 1Tm 2.5),
como fica a situação de quem nunca teve oportunidade de ouvir falar de Jesus?
Eu
te pergunto: será que existe este tipo de indivíduo?
Há muita
confusão e guerra teológica em cima deste tema. Tudo porque indivíduos movidos
de interesses escusos insistem em levar a cabo seu intento de tentar elaborar
um caminho perfeito rumo ao céu sem precisar de Jesus Cristo. Felizmente, não
há como fundamentar a mentira em cima da verdade, nem mesmo colando fragmentos
da verdade a ela. De modo que a mentira sempre é fácil de ser identificada,
bastando, para isso, que o indivíduo queira realmente saber, viver, guardar e
ensinar a verdade (Rm 10.11).
Só não tem
acesso à verdade quem não tem interesse em fazer dela sua vida. É bem verdade
que a Escritura Sagrada diz:
·
“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o
caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque
estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a
encontrem.” (Mt 7.13,14).
Contudo, a
dificuldade de encontrar a porta estreita não é porque a mesma esteja muito
escondida. Muito menos porque é difícil permanecer no caminho apertado, como
aparentemente sugere Lc 13.23:
·
“E disse-lhe um: Senhor, são poucos os que se salvam? E ele lhe
respondeu: porfiai por entrar pela porta estreita; porque eu vos digo que
muitos procurarão entrar, e não poderão.” (Lc 13.23,24).
O esforço
aqui é para descansar e esperar no Eterno (Sl 37.7).
A princípio, a verdade é natural:
·
“Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e
injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça.” (Rm 1.18).
Note como a
verdade vem naturalmente, sendo necessária força para mantê-la afastada (detê-la).
Repare como você se sente quando:
·
Ajuda alguém por amor ->
você se sente super-animado e feliz;
·
Ajuda alguém por obrigação
-> você fica ansioso para acabar e ficar livre do incômodo;
·
Se recusa a ajudar -> você
fica oprimido por dentro, tomado de maus pensamentos e sentimentos.
A
bondade e a verdade do Eterno subsistem para sempre (Sl 117.2).
O único lugar onde ela pode ser ofuscada ou até apagada é na vida de quem quer
que a mentira seja verdade. Por isto o julgamento do Eterno é tão severo. Uma
vez que todos foram destinados para a salvação (1Ts 5.9), só não a alcança quem se
rebela contra ela. Em outras palavras, o indivíduo tem que forçar a si mesmo,
como fez Saul (em 1Sm 13.14).
A
revelação do Eterno está evidente:
·
Na natureza:
o “Porquanto o que de
Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho
manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o
seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem
inescusáveis;” (Rm 1.19,20).
·
Na consciência de cada
indivíduo:
o “Porque, quando os
gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não
tendo eles lei, para si mesmos são lei; os quais mostram a obra da lei escrita
em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus
pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os;” (Rm 2.14,15).
Ou
seja, dentro de cada indivíduo, várias coisas há clamando por Jesus:
·
todos foram feitos
à imagem e semelhança do Eterno (Gn 1.25,26);
·
o barro do qual todos são
formados é o mesmo (Rm 9.21);
·
o fôlego soprado sobre todos é o
mesmo (Ec 3.19);
·
o Eterno colocou a eternidade no
coração de todos os homens (Ec 3.11);
·
todos recebem do
Eterno a vida, a respiração e todas as coisas (At 17.25);
·
todos vivem, movem
e existem no Eterno (At 17.28);
·
todos pecaram e
destituídos estão da glória do Eterno (Rm 3.23);
·
não há ninguém
que entenda e não há ninguém que busque ao Eterno (Rm 3.11);
·
a graça do Eterno se manifestou
salvadora a todos os homens (Tt 2.11);
·
a revelação do Eterno está
disponível a todos (Rm 1.20);
·
tudo que existe,
incluindo todos os seres humanos, foram criados por Jesus, para Jesus e em
Jesus, sendo tudo Dele (Rm 11.36; Cl 1.16);
·
todos tem a obra da
lei escrita em seus corações e contam com o testemunho da sua consciência e dos
seus pensamentos (Rm 2.15);
·
todos foram
destinados para alcançar a salvação (1Ts 5.9);
·
todos anseiam pelas
três coisas que melhor qualificam o Eterno: paz (Ef 2.14), felicidade (Ne 8.10) e amor (1Jo 4.8,16).
Deste
modo, ninguém tem desculpa para dizer que não teve oportunidade de conhecer ao
Eterno. Considerando que só existe um Deus e que este se revela a todos
indistintamente através dos métodos supra-citados,
logo todos têm oportunidade de conhecerem Jesus.
Na
verdade, a questão é: quem é Jesus? E qual é a vontade Dele para nossa vida. É
isto o que diferencia uma denominação religiosa da outra. Considerando que
existe apenas um Deus, quando alguém está buscando-O, obviamente está buscando
Jesus.
É
bem verdade que, em cada denominação, Jesus recebe um nome diferente: Alá,
Jeová, Krishna, Ha-Satan,
etc. Sei que isto pode soar esquisito. Como um adorador de Ha-Satan pode estar adorando a Jesus? Sendo Jesus o único
Deus, não tem como alguém está buscando a Deus sem estar buscando a Jesus. O
que acontece é que cada um vê Jesus de um determinado modo.
E
se você acha isto estranho, pense: qual o motivo que leva você a pecar? Uma vez
que você sabe qual é a vontade do Eterno e crê em tudo que Ele é (amor, perfeição, todo-poderoso,
etc.), mesmo considerando a fraqueza da tua
carne, ainda assim você deveria esperar até Jesus prover tudo de que você
necessita.
Logo,
só existe uma explicação para o pecado: é porque, no fundo, você considera
Jesus injusto. Quando você sofre, você não se conforma que Jesus demore a vir
em teu auxílio e, aí, você decide agir por conta própria. É exatamente por isto
que Jesus retrata o Eterno como juiz iníquo na parábola (Lc
18.1-8): porque é assim que o ser humano o
considera.
E
se, no fundo, nós consideramos o Eterno como juiz iníquo, logo que diferença há
entre Ele e Ha-Satan? Se todas as vezes que surge uma
dificuldade nós, que dizemos crer em Cristo, lançamos mão dos estratagemas de
Ha-Satan para nos vermos livres do incômodo, então
estamos fazendo de Cristo ministro do pecado (Gl 2.17),
chamando Ele de mentiroso (1Jo 5.10), exaltando Ele do mesmo jeito
que os satanistas exaltam Ha-Satan.
Assim,
para a grande maioria não há diferença entre Jesus e Ha-Satan.
Veja, por exemplo, o livro de Jó. O autor atribui ao Eterno um ato que foi
claramente realizado por Ha-Satan (Jó 1.16; 42.11).
Até alguns dos servos do Eterno questionaram acerca do Seu padrão de justiça (Jó 35.3; Sl
7.2-16; Is 64.6; Jr 15.18; Ez
18.25,29; Hc 1.2-4,13,14; Ml 3.14,15).
Mas
isto não muda o fato de que todos conhecem Jesus.
O
que diferencia um indivíduo do outro é o grau de conhecimento acerca de Jesus.
Enoque,
por exemplo, é o melhor exemplo de alguém que conhecia bem o Eterno, já que ele
andou como Ele 300 anos (Gn 5.22-24).
Contudo, seja Enoque ou o maior ignorante na face da terra, uma coisa é comum a
todos: TODOS conhecem ao Eterno apenas em parte (1Co 13.12).
De
igual modo, suponha que as religiões, em matéria de conhecimento do Eterno,
estejam da seguinte forma:
·
1º Lugar: Evangélico;
·
2º Lugar: Católico;
·
3º Lugar: Judeu;
·
4º Lugar: Muçulmano;
·
5º Lugar: Espírita;
·
6º Lugar: Satanista.
Contudo,
não importa: todos têm uma visão errada ou incompleta acerca do Eterno. De modo
que, se fosse o conhecimento do Eterno que salvasse, todos estariam condenados.
Assim
sendo, não importa o quão grande é o conhecimento acerca do Eterno: todos têm
visão errada acerca Dele. Daí Jesus dizer a Maria Madalena:
·
“Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu
Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e
vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.” (Jo 20.17).
Note
como a forma de Jesus ver o Eterno e bem diferente da nossa. Daí o Pai e Deus
de Jesus ser diferente do nosso.
Se
pensarmos que erro é sempre erro, logo se a salvação fosse pelo conhecimento do
Eterno, todos estariam condenados (mesmo porque, sendo nossa mente limitada, jamais poderemos ter
uma compreensão plena de quem é o Eterno).
Para
exemplificar, é como alguém pegar duas notas falsas: uma repleta de falhas e a
outra quase perfeita, não possuindo apenas um dos itens inerentes à nota
verdadeira. Todavia, as duas são falsas e ninguém poderá comprar com nenhuma
das duas, podendo até ser preso por falsificação.
Que
fique claro! A questão não é a quantidade de conhecimento que se tem do Eterno,
mas sim o que o indivíduo faz com este conhecimento.
Pense:
se o conhecimento intelectual fosse tão indispensável, porque o Eterno proibiu
Adão de provar da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal? Além disso, note que
o Eterno não alertou Adão acerca de Ha-Satan ou da
serpente, mas apenas da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal e das
consequências de se provar dela. Mais ainda: por que o Eterno não ministrou um
curso teológico para Adão? Um seminário teológico sobre batalha espiritual,
dentro do ponto de vista do sistema religioso evangélico, seria de muita
utilidade. No entanto, o Eterno não fez nada disto.
Tampouco
o Eterno fez o ser humano conhecendo plenamente a Ele e à Sua verdade. Se isto
fosse tão indispensável para a salvação, com certeza Ele teria feito, já que
Ele não tem prazer na morte do ímpio (Ez 33.11),
mas deseja que todos se arrependam e sejam salvos (Ez 18.23).
Inclusive, se conhecimento salvasse, então Ha-Satan
não teria pecado. Afinal, ele tinha (e tem) uma compreensão do Eterno bem
melhor do que qualquer um de nós. Afinal, além de ter sido colocado bem próximo
do Eterno, ele até falava com Ele e o via (veja, por exemplo, Jó 1.6-12; 2.2-7).
Não
só isto: veja o que Jesus disse?
·
“Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro.
Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram
adiante de vós no reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça,
e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo
isto, nem depois vos arrependestes para o crer.” (Mt 21.31,32).
Perceba
que, embora os líderes religiosos conhecessem bem mais da Escritura Sagrada,
publicanos e meretrizes estavam na frente deles tão somente porque estes
acreditaram em João Batista (e olha que o batismo de João era algo secundário, apenas uma
parábola (At 19.1-6)).
Logo,
a salvação não depende da quantidade de informação, mas do nosso relacionamento
uns com os outros em torno da Palavra que o Eterno nos revelou.
Talvez
você pergunte: mas, se é assim, então quer dizer que não adianta enviar
apóstolos para pregarem o evangelho? Se a salvação dependesse de conhecimento
teórico do Eterno, então seria melhor nem enviar os apóstolos. É preciso
considerar que:
·
“Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia
agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam;” (At 17.30).
·
“Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo,
pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos
nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior
do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça,
do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado;” (2Pe 2.20,21)
Como
a maioria, infelizmente, não vai aceitar Jesus (Mt 20.16; 22.14),
era melhor se eles nem ouvissem, pois assim teriam desculpa para não serem
condenados.
No
entanto, um veneno mata quem o ingere, independente se o indivíduo sabe da
existência dele ou não. Ou seja, se nenhum apóstolo for enviado para dar a
conhecer a verdade, todos consumirão e serão consumidos na mentira.
E
considerando que todos são gerados em pecado (Sl 51.5)
e destituídos da glória do Eterno (Rm 3.23),
logo todos nascem condenados e sem justificativa para o pecado. O pecado, mesmo
quando involuntário, é considerado pecado. Isto se dava, por exemplo:
·
quando
alguém com fluxo de sangue cuspia ou tocava em algo ou alguém (Lv
15.8,11,20);
·
quando
alguém morria subitamente perto de alguém que fez o voto de Nazireu
(Nm 6.9).
Para
esclarecer melhor acerca deste assunto, suponha que “fulano” vá ao reservatório
de água da cidade e despeja veneno mortífero. Todavia, “beltrano” vê “fulano”
fazendo isto. Se “beltrano” não avisar ninguém, todos beberão da água e
morrerão. Você pode pensar: isto não é justo!
Não
importa! Todos que beberem, incluindo bebezinhos, irão morrer, mesmo não tendo
feito nada para merecer isto, mesmo estando na inocência. E de quem é a culpa?
Do “fulano” e, principalmente, do “beltrano” que, sabendo de tudo, não fez nada
para avisar (ver Ez 3.17-21; 33.7-9).
É
bem verdade que muitos poderiam zombar dele, como se ele fosse algum louco ou
adepto da teoria da conspiração. No entanto, quem desse ouvidos poderia ter sua
vida preservada.
Assim
se dá no que tange ao evangelho. Todos nascem pecadores (Rm
3.23; Gn 8.21; Sl 51.5;
58.3), debaixo da condenação do mundo e
sentenciados ao inferno. Logo, o indivíduo que não tiver acesso ao evangelho já
está condenado.
Independente
da fé dos pais, todos nascem condenados. Vem a questão: condenados a quê?
·
“E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram
mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.” (Jo 3.19).
Como
você pode ver, condenados a viver por sua própria conta, separado do Eterno.
Mas
como isto pôde acontecer? No que Adão pecou, todos pecaram (Rm
5.12).
Por
que isto? Porque, no que homem e mulher provaram da Árvore do Conhecimento do
Bem e do Mal, ocorreu uma mutação na vida deles. Assim como gato gera gatinho e
cachorro, cachorrinho, no que Adão pecou, ele se tornou outra criatura. Ele
passou a ter o arbítrio como um de seus membros. A partir daí, toda a
descendência de Adão e Eva nasce com este arbítrio. São obrigados a conviver
com o mesmo dentro de si, não havendo a opção de amputá-lo.
Aí
você pode questionar: mas e quanto às criancinhas “inocentes”? Todos são
concebidos em pecado (Sl 51.5),
se desviando desde a madre (Sl 58.3),
com imaginações más desde a meninice (Gn 8.21).
Cada
um desde o ventre começa a fazer o exercício do seu arbítrio e, obviamente,
sendo induzido a pensar que não precisa de algo muito superior a tudo que ele é
(tal como se
deu os irmãos de Laodicéia – Ap
3.16). A prova de que o feto tem
consciência pode ser vista em:
·
(Gn 25.21-23,26)
-> Esaú e Jacó, no ventre, LUTAVAM para ver quem nascia primeiro.
·
(Jr 1.5) -> o Eterno já conheceu
Jeremias desde o ventre.
·
(Lc 1.41)
-> João Batista se alegrou, no ventre, ao ouvir a saudação de Maria.
Ou
seja, todos nascem no pecado, mas com o conhecimento necessário para fazer a
vontade do Eterno (Mt 26.41).
Cabe ao indivíduo decidir se vai deixar o Eterno governar sua vida ou se vai se
rebelar contra a ordem estabelecida (ver Rm 13.1,2).
Logo,
não há ninguém inocente.
Mas
e quantos os deficientes mentais? Por mais lunático que o indivíduo seja,
sempre há nele o mínimo de lucidez, ainda que seja por alguns períodos de
tempo.
Resumindo:
seja os crentes do Testamento da Lei, os que nunca ouviram falar no nome de
Jesus e Sua obra redentora, os deficientes mentais, as criancinhas, os
embriões, bem como os adeptos de qualquer religião ou qualquer que se diz ateu,
todos estão igualmente condenados, apesar do conhecimento que têm ou deixam de
ter.
Vem
a questão: mas como sair da condenação e ser salvo? Em primeiro lugar, é
preciso esclarecer que a salvação não consiste simplesmente em ser livre do
inferno ou deste corpo mortal. De quê adianta o indivíduo passar a ter um corpo
glorificado e ir para um lugar perfeito, sem problemas, se por dentro continuar
escrava do pecado?
Não
é em vão que Jesus disse:
·
“Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no
mínimo, também é injusto no muito.” (Lc 16.10).
Pense:
se o indivíduo, mesmo sendo tão frágil, vivendo num mundo governado por Ha-Satan (Jo 14.30; Ef
2.1,2; 1Jo 5.19), estando diante de tantos
males, ainda assim se recusa a viver na dependência do Eterno, quão dirá se
estivesse com um corpo glorificado e num mundo sem problemas.
Não
pense que o pecado está condicionado ao nosso corpo físico. Lembre-se que Ha-Satan tinha um corpo glorificado, estava no paraíso, e
ainda assim pecou.
Mas então, em quê consiste a salvação? A
salvação não depende do que o indivíduo faz ou sabe, mas sim do que ele permite
Jesus fazer através dele. Primeiro, o indivíduo precisa ouvir a voz do Eterno
capacitando-o para fazer Sua vontade (ver Ez 2.1,2; Fp 2.12,13). Se ele
receber Jesus e Sua vontade (Jo 1.12; Ap
3.20), permanecendo constantemente no Seu
amor (Jo 15.9), ele será,
aos poucos, separado para uso exclusivo do Eterno (ver 1Co 7.12-14). Isto
o fará se achegar ao Eterno, o que lhe permitirá conhecer ao Eterno (Jr 29.11-14).
Como consequência o indivíduo tornar-se-á habitação permanente do Eterno (Tg 4.8;
1Jo 2.27), terá acesso a coisas grandes e
ocultas (Jr 33.3)
e terá seu coração transformado (Ez 36.26).
A
questão é: o indivíduo vai deixar Jesus governar e usar sua vida ou não? Se
sim, ele será salvo. Perceba que a salvação é exclusiva e inteiramente operada
pelo Eterno, estando ela acessível a todos:
·
“Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da
salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts
5.9).
Observe
que todos nascem com destino à salvação. Se cada indivíduo, ao invés de brigar
com tudo e todos para fazer valer seus direitos, buscasse, no Eterno, como
proceder diante de cada circunstância, ela seria conduzida para mais perto
Dele. Afinal, o pecado não tem domínio sobre os que abraçam o Favor do Eterno e
negam a si mesmos e renunciam seus direitos (ver Rm 5.20; 6.14).
O
ser humano pode nascer em pecado (Sl 51.5; 58.3),
mas não precisa permanecer sendo guiado por ele.
·
“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os
homens” (Tt 2.11 –
ARA2).
Todos
têm oportunidade de conhece Jesus. Uns têm apenas 1 segundo de gestação no
ventre da mãe. Outros, como Matusalém chegam a 969 anos. Todavia, seja esse
embrião ou Matusalém, a chance de aceitar Jesus é a mesma, já que não depende
de tempo (a saber, da
quantidade de conhecimento revelado), mas da
revelação do Eterno e da resposta do indivíduo a esta revelação.
·
“Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei
misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do
que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.” (Rm 9.15,16).
Além
disto, lembre-se que o espírito, na verdade, está pronto (Mt
26.41) (a prova disto são os exemplo de Esaú e Jacó,
Jeremias e João Batista citados acima) e que, para
o Eterno, um dia é como mil anos (Sl 90.4; 1Pe 3.8)
(ou seja, um
segundo, é como aproximadamente 4 dias). Isto
significa que, em um segundo, o Eterno pode ministrar na vida de alguém mais do
que faria um ser humano em quatro dias.
Uma
vez que o indivíduo recebeu a revelação plena do Eterno (Hb
6.4-6), se ele não foi capaz de receber tal
revelação é porque ele não tem prazer na bondade, amor e compaixão do Eterno (tal como se dava com os fariseus
– Mt 12.31-32). Neste
caso, como o Eterno é amor (1Jo 4.8,16) e é a bondade do Eterno que
conduz ao arrependimento (Rm 2.4),
logo tal indivíduo jamais irá aceitar o Eterno, com tudo que Ele é, em sua vida
(mesmo se tiver
a eternidade para se arrepender e converter).
Isto porque suas obras são más e ele as ama (Jo 3.19).
Aliás, é para confirmar este verdade que o Eterno criou o lago de fogo e
enxofre.
Tal
como se dá com os indivíduos do Apocalipse que, mesmo sofrendo e sabendo que
tudo vinha do Eterno (Ap 9.20,21),
preferem Dele blasfemar (Ap 16.21)
a se arrepender e converter, tais indivíduos jamais irão se curvar ao Eterno.
Antes, preferirão se sobressair uns aos outros através da maldade porque esta
lhes agrada e convém.
Enfim,
o que muda entre o que teve um segundo de gestação e outro que chegou a 969
anos de idade é que este teve mais tempo para mostrar sua rejeição ao Eterno a
este mundo. Contudo, todos têm possibilidade, nem que seja por um segundo, de
receber uma revelação plena do próprio Eterno (ver Tt 2.11).
Logo,
o que morreu após um segundo de gestação, pode receber esta revelação
exatamente naquele segundo, tendo a chance de aceitar ou rejeitar o Eterno,
visto que o espírito já está pronto (Mt 26.41).
Resta ainda uma dúvida: uma vez que a salvação começa no Eterno (Ap
1.8,11), é feita por Ele
exclusivamente (Jo 14.6) e termina Nele (Ap 21.6; 22.13), onde a Igreja entra nisto?
Infelizmente
os indivíduos estão entendendo mal a pregação do evangelho. Veja o que o Eterno
diz:
·
“Tudo quanto tem fôlego louve ao SENHOR. Louvai ao SENHOR.” (Sl 150.6).
·
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.”
(Mc 16.15).
Note
que é para pregar o evangelho a tudo que tem fôlego, a fim de que possam louvar
ao Eterno.
Você
pode questionar: “mas, como pregar o evangelho para bactéria, planta, animal,
embrião, feto, deficientes mentais ou a quem não entende nossa língua?”. Muitos
acham que a pregação se dá por palavras, o que não é verdade:
·
“Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder.” (1Co 4.20).
Ou
seja, o Reino do Eterno é manifestado através da operação do Seu Espírito na
vida da Igreja:
·
“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e
outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo
de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho
de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que
não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de
doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.
Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça,
Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as
juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para
sua edificação em amor.” (Ef 4.11-16).
·
“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu
vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão
que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” (Jo 13.34,35).
Quando
isto acontece, todos que estão à volta são ministrados diretamente pelo
Espírito do Eterno (seja bactéria, o embrião, etc).
Para
ser mais exato: a forma da Igreja evangelizar é permitindo que Jesus ministre
Seu amor e poder na vida uns dos outros, servindo de ocasião para que todos à
sua volta possam contemplar Jesus de um modo visível através do Seu poder e
fruto presente na mesma.
Para
você visualizar isto, veja o caso de João Batista. Quando ele estava no ventre
de Isabel, no sexto mês de gestação, ele foi visitado pelo Espírito Santo (Lc
1.41). Isto certamente contribuiu para que
ele não continuasse a se desviar do Eterno desde a madre (Sl
58.3).
Logo,
os que estão à volta de alguém que conhece a Jesus só iria morrer sem conhecer
o evangelho do Eterno se este se recusar a dar fruto (claro que isto não vai acontecer
porque, com certeza, o Eterno proverá outros meios para que ninguém deixe de
ter acesso a Ele). Neste caso:
·
“Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; e tu não o
avisares, nem falares para avisar o ímpio acerca do seu mau caminho, para
salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua iniqüidade,
mas o seu sangue, da tua mão o requererei. Mas, se avisares ao ímpio, e ele
não se converter da sua impiedade e do seu mau caminho, ele morrerá na sua iniqüidade, mas tu livraste a tua alma. Semelhantemente,
quando o justo se desviar da sua justiça, e cometer a iniqüidade,
e eu puser diante dele um tropeço, ele morrerá: porque tu não o avisaste, no
seu pecado morrerá; e suas justiças, que tiver praticado, não serão
lembradas, mas o seu sangue, da tua mão o requererei.” (Ez 3.18-20).
Inclusive,
por aqui você vê que, se o indivíduo não receber a revelação do Eterno, ele
morrerá na sua iniquidade (ou seja, irá para o inferno), mas
o sangue dele será requerido de quem conhecia a Verdade e não fez nada para
salvar este indivíduo. Afinal, o Pai é glorificado pelo fruto do Espírito Santo
(Jo 15.8; Gl 5.22),
e não pelos galhos (atividades) ou folhas (dons).
Contudo,
que fique claro: o indivíduo que morreu no pecado é indesculpável porque, como
já visto, ele teve revelação do Eterno (nem que seja na sua consciência).
A única coisa que ele não teve foi uma revelação visível do Eterno através de
Sua igreja.
No
entanto, se o Eterno não se empenhou em lhe dar tal revelação é porque a mesma
não se fazia necessária. Em Sua presciência, o Eterno já sabia que ele não iria
aceitar, visto que tal indivíduo não foi fiel à pouca revelação que teve (Lc
16.10).
Para
ser mais exato: quando o Eterno envia um apóstolo para evangelizar um povo é
porque:
1º -
Se ele não fosse lá, ninguém
conseguiria atingir o que Ele estabeleceu para cada um;
2º -
o
Eterno quer dar a este povo oportunidade de conhecer a verdade e servir de
exemplo a todos acerca do que acontece com um povo quando este recebe a verdade
em seu coração.
Quando
o Eterno não envia apóstolo é porque cada um pode atingir a Sua vontade com o
conhecimento que já possui.
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