domingo, 23 de agosto de 2015

107 - UMA ILUSTRAÇÃO DE NOSSA MISSÃO NESTE MUNDO

UMA ILUSTRAÇÃO DE NOSSA MISSÃO NESTE MUNDO

 

Para você entender o plano da salvação, imagine que você é servo de um Rei muito poderoso num Reino feliz e próspero. Este Rei é tão amoroso que deseja estender o privilégio de fazer parte do seu Reino a outros.

Para tanto, Ele decide criar um mundo completamente perfeito onde Ele pudesse gerar inúmeros filhos à Sua imagem e semelhança (Gn 1.25,26) a quem pudesse amar.

Infelizmente os primeiros habitantes deste mundo se deixaram levar pela cobiça e permitiram que o pecado entrasse no mundo. Isto tornou o mundo completamente entenebrecido pelos horrores do pecado, onde só há miséria, ódio, injustiça, doença, sofrimento, etc.

Resultado: todos passaram a nascer desconhecendo sua verdadeira identidade e missão.

No entanto, o Rei amou este mundo de tal maneira que decidiu enviar Seu Filho para remir este mundo (Jo 3.16), constituindo para si um corpo do qual todos possam amar sem medo de estarem trabalhando em algo mau ou de não serem recompensados. E você foi projetado para fazer parte deste corpo. A tua missão é mostrar a todos as riquezas da multiforme graça e sabedoria deste Rei (Ef 2.8-10).

Mas há um problema: você esqueceu-se de tua verdadeira identidade e missão. Para restaurar tua consciência, o Rei levanta servos Dele que dispõem de um dispositivo capaz de colocar você em contato com Ele.

No que você decide acreditar no que Ele diz e se dispõe a viver em prol daquilo para o que Ele te enviou, você também recebe o mesmo dispositivo, passando a ter contato contínuo com Ele 24 horas (Mt 28.20).

Mais ainda: você passa a contar com a ajuda dos teus irmãos que foram enviados ou despertos antes de você, bem como de armas sobrenaturais que permitem você agir diretamente no espírito de quem recebe você e a palavra do Rei que você ministrar (Jo 15.20). Afinal, uma vez que o que é nascido do Espírito Santo é espírito (Jo 3.6), logo os dons do Espírito Santo (1Co 12.4-11) são para agir no espírito de alguém.

A partir deste momento, você passa a ser nova criatura, não no corpo, nem na alma, já que tua aparência, lembranças, dons, talentos, etc. continuam os mesmos. Você é nova criatura porque teu espírito, que estava desligado do Rei, volta a ter comunhão com Ele. Você passa a ver e ouvir as coisas de um modo completamente diferente, o que faz de você estrangeiro e peregrino no mundo (Hb 11.13; 1Pe 2.11). Ou seja, você recebe uma verdadeira cidadania (Fp 3.20; Hb 11.13-16).

Isto significa que você está praticamente sozinho: como estrangeiro, você não entende e não é entendido por ninguém do mundo; como peregrino, você não possui residência fixa, nem possui um espaço neste mundo.

Diante deste quadro, você tem duas alternativas:

 

1.   você “entra na deles”, ou seja, tenta usar a língua e aderir aos costumes das pessoas que estão neste mundo para tentar conquistar teu espaço nele, com a desculpa que, deste modo, você poderá adquirir recursos dele para, da melhor forma possível, dar uma ideia do que vem a ser o Reino ao qual você pertence;

2.  ou você, consciente da tua missão, busca trazer os habitantes daquele lugar para o teu lado (como o Eterno ordena a Jeremias – Jr 15.19). Para isto você prega o evangelho, visto que só assim o outro indivíduo poderá ver com exatidão o que realmente é o Reino de onde você vem e, deste modo, aceite falar a mesma língua e terem os mesmos costumes que você (1Jo 1.3).

 

Mas afinal, qual é a missão do Rei para Seus súditos? Infelizmente a maioria se comporta como se o objetivo do Rei fosse estabelecer uma filial do Seu Reino neste mundo. Creem Nele, entregam suas vidas a Ele, têm prazer em servi-Lo, mas em troca de serem bem sucedidos neste mundo. Se este é o seu caso, fique claro que este tipo de fé em nada agrada ao Rei (1Co 15.19).

O desejo Dele é trazer indivíduos para virem participar do Seu Reino, o qual não se manifesta com visível aparência, mas sim no interior dos corações (Lc 17.20,21). Ou seja, o que caracteriza este Reino não é o lugar onde seus súditos são reunidos, mas sim a condição na qual se encontra o espírito de cada súdito.

Ou seja, a tua missão não é tentar fazer do evangelho a norma de conduta do mundo, buscando fazer deste um lugar melhor para se viver. Ao invés disto, tua missão é mostrar a todos em que consiste o Reino de onde você veio a fim de estimular o maior número de indivíduos a quererem ser admitido nele, vindo assim a se tornarem um com você na maneira de sentir e pensar (At 4.32; Rm 12.16; 1Co 1.10; Fp 4.2; 1Pe 3.8).

Inicialmente você conta com pouca ajuda. Mas, a cada indivíduo que consegue enxergar a Verdade por meio de você, mais um indivíduo é ligado a ti, vindo a fazer parte da tua vida (e você da dele).

Vem a questão: como, afinal, você irá conseguir que indivíduos aceitem ser desligados do mundo e queiram desfrutar do Reino do qual você faz parte? Enquanto todos os habitantes deste mundo estão presos ao pecado e atormentados constantemente por ele (de uma forma ou de outra), eles percebem que, não importa o que eles façam contigo, o pecado não tem domínio sobre você (Rm 6.14; 1Jo 3.5-9). Enquanto eles estão todos atormentados e incapazes de fazer algo de bom por si mesmos ou por aqueles de quem eles gostam (ver Mt 18.34,35), nada abala tua paz interior (Jo 10.10; Jo 14.27).

Ao constatarem isto, muitos desejarão fazer parte deste teu Reino, construído no coração de todo que crê (Lc 17.21). Veja a diferença:

 

·         Neste mundo, as pessoas se unem externamente para prestar serviço a alguém em troca de um salário. Ou seja, o foco são obras e recompensa;

·         No Reino dos céus os indivíduos se unem internamente, imbuídos de um único pensamento e sentimento, visando confirmarem a Palavra e o amor do Rei na vida uns dos outros, de modo que tudo que o Rei é possa ser visível a principados e potestades (Ef 3.8-10; 1Pe 4.10).

 

Contudo, você não sabe qual será o tempo da tua missão. Considerando que a qualquer momento você pode ser chamado de volta, você não pode perder tempo adquirindo bens neste mundo, pois quando fores chamado de volta, você não poderá levar nada.

A única coisa que você irá levar são as lembranças de tudo que você fez com os recursos que o Rei te deu. Qualquer coisa que você venha a adquirir neste mundo miserável é tão somente para dar ocasião para você se aproximar dos indivíduos deste mundo e, deste modo, poderes cumprir tua missão aqui.

Além disto, a aquisição de bens despertará cuidados em ti que diminuirão teu desempenho na missão, podendo até fazer-te esquecer da mesma (daí 1Co 7.29-31).

É bom que fique claro que o objetivo não é achar indivíduos aptos a participarem do Reino que te enviou, mas sim indivíduos que aceitam ser trabalhados pelo Rei, junto contigo, através dos dons, talentos e palavra que ele te concedeu.

Isto leva tempo. Mais uma razão para não te fatigares para enriqueceres (Pv 23.4). Mesmo porque não é com os recursos deste mundo que poderás cumprir tua missão de preparar indivíduos a fim de que possam fazer parte do Reino que te contratou (ver 2Co 11.2). Afinal, os requisitos não são físicos, mas sim espirituais.

Por fim, como você não poderá ficar no reino deste mundo para sempre, você precisa gerar filhos naturais, sejam físicos ou espirituais, de modo que, quando você for chamado de volta, a obra continue. Você deverá apegar a esta família (ver Gn 2.24), de modo que, após você ser chamado de volta, aqueles que ficarem tenham no amor por você mais um estímulo para permanecerem firmes do Eterno (1Co 15.29). O verdadeiro amor vence até a morte.

Finalmente, quando Jesus vier, você irá receber sua verdadeira recompensa que será conforme o número de indivíduos que conseguir preparar (ver Rm 14.10; 2Co 5.10; Lc 19.16-19). Tua recompensa e direto estão perante o Eterno (Is 49.4).

 

 

 

 

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