PROVÉRBIOS 31.10-31: COMO SABER SE A
MULHER É VIRTUOSA
Veja
se você, que é mulher, se encaixa nas características abaixo. Caso sim, meus
parabéns! Você é uma mulher virtuosa.
·
“Mulher virtuosa, quem a achará? O seu
valor muito excede o de finas jóias.” (Pv 31.10 –
ARA2).
Esta
pergunta é muito oportuna, pois, em meio a tanto apelo sexual destinado a
enfraquecer o caráter dos homens, é quase impossível achar hoje uma mulher que
guarda a sua honra como os violentos guardam as riquezas (Pv 11.16).
Esta
pergunta “quem a achará” nos faz lembrar do que Jesus disse:
·
“Entrai pela porta estreita; porque larga é
a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram
por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e
poucos há que a encontrem.” (Mt 7.13,14).
O
problema aqui não é que a porta seja difícil de encontrar. E o pior é que a
maioria dos indivíduos acostumaram a se desculpar jogando a culpa na estreiteza
da porta e no aperto do caminho. Mas a verdade é que maioria não tem interesse
em encontrar esta porta, já que suas obras são más (Jo 3.19-21).
De
igual modo, a maioria dos homens, lamentavelmente, não têm tido interesse em
achar a mulher virtuosa. Embora a graça seja enganosa e a formosura algo vão (Pv 31.30),
ainda assim a maioria dos homens prefere este tipo de mulher.
Vem
a questão: por que este tipo de mulher não tem sido buscada, já que ela só faz
bem ao seu marido todos os dias da vida dele (Pv 31.12)?
Ela faz bem para o marido espiritual que quer crescer na comunhão com Cristo. E
ainda assim a custo de muita luta. Afinal:
·
Por
ser valiosa, ela exige zelo por parte do marido (Pv 31.10);
·
Por
fazer apenas o bem, ela não compactua com nenhuma espécie de mal (Pv 31.12; como incentiva Ef
5.3-14);
·
Como
navio mercante vai longe a fim de obter o verdadeiro alimento para sua casa, e
não o que cada um quer comer (Pv 31.14);
·
Após
obtido o pão, prepara-o ainda de madrugada para sua casa e coordena suas servas
a fim de que tudo esteja em conformidade com o alimento do Eterno para o seu
lar (ver Dt 8.3; Mt
4.4);
·
Mas
ainda falta a bebida. Como videira frutífera que ela é (Sl 128.3),
nada mais indicado que adquirir uma propriedade onde ela pode plantar uma vinha
com as sementes da sua vide, de modo que haja provisão da vida de Cristo no seu
lar (associe com Jo 6.51-57; 15.1-7);
·
E
para que a vida de Cristo seja manifesta em seu lar, ela cinge os seus lombos
de força, e fortalece os seus braços (Pv 31.17).
·
Ao
analisar o fruto do seu trabalho e constatar que é bom, ela prossegue amando o
próximo, mesmo quando a situação está desfavorável (Pv 31.18);
·
De
bom grado ela usa as suas mãos para vestir seu marido e filhos com aquilo que o
Eterno colocou no seu interior especialmente para eles (Pv 31.19; ver 1Co 4.1,2; 1Pe 4.10,11).
·
Está
sempre pronta a ajudar o pobre e necessitado (Pv 31.20);
·
Não
aceita frieza espiritual na sua casa. Veste toda sua família com a disposição
de cobrir os pecados dos outros (Pv 31.21);
·
E
a si mesma ela se cobre contra a frieza espiritual e faz da sua capacidade
física sua vestimenta. Antes, se veste de um modo que não exija nada da sua
carne (ela se move somente pela força do Espírito Santo) e que manifesta quem o marido é (Pv 31.22);
·
E
não se conforme apenas em estar vestida. Ela quer também cobrir a nudez dos
outros com o testemunho de Cristo (Pv 31.24);
·
Resumindo:
a força e honra no Eterno na vida do seu marido é o que lhe cobre a nudez.
Desse modo, ela não tem por que temer o dia futuro (1Pe 3.6), mas apenas motivo para nele se alegrar (Pv 31.25).
·
Só
fala com sabedoria e faz da beneficência a lei que governa a sua língua (Pv 31.26);
·
Não
admite que sua casa tome um rumo desconhecido aos olhos do Eterno (lembre-se
que o Eterno conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá
– Sl 1.6).
Muito menos concorda em se alimentar de algo que não traz nenhum benefício para
o próximo
Como
você pode ver, não é fácil conviver com a mulher virtuosa. Afinal, ela foi
colocada na vida do marido para impedir que ele satisfaça os desejos de sua
carne pecaminosa (Gl
5.16,17). No entanto,
se ele não desistir da mulher virtuosa, mas perseverar amando-a, ele será
transformado pelo amor e sabedoria do Eterno na vida dela, a ponto de ser conhecido
nas portas, e assenta-se entre os anciãos da terra. (Pv 31.23).
Para
a mulher virtuosa também não é nada fácil, pois, até o marido atingir este
ponto, ela sofrerá mal e injúria. Todavia, se ela não desistir, mas permanecer
bendizendo ao Eterno, entendendo que foi para isto mesmo que ela foi chamada,
ela receberá seu marido como herança (1Pe 3.8,9). E como a mulher santa santifica seu
marido e filhos (1Co 7.12-14) e a sábia edifica sua casa (Pv 14.1),
ela verá sua casa servindo ao Eterno com temor e será altamente louvada (Pv 31.30):
“Levantam-se
seus filhos e chamam-na bem-aventurada; seu marido também, e ele a louva. Muitas
filhas têm procedido virtuosamente, mas tu és, de todas, a mais excelente!” (Pv 31.28,29).
Quer coisa mais gratificante do que ser louvada de coração por aquele que te
ama de verdade?
E
não para por aí a recompensa da mulher virtuosa. Ela receberá do fruto das suas
mãos e todo o trabalho que ela fez na vida do marido ficará evidente aos olhos
de todos quando ele for exaltado entre os anciãos e juízes da terra (Pv 31.31).
Enfim,
pode ser difícil conviver com a mulher virtuosa. Todavia, quem tiver bom ânimo
e coragem para buscá-la e permanecer junto a ela sendo transformado pelo Eterno
será altamente recompensado aqui e após partir deste mundo.
De
igual modo, é altamente gratificante para a mulher virtuosa saber que está
sendo buscada justamente pela virtude do Eterno na vida dela. Ainda que seja
trabalhoso adquirir esta virtude e doloroso ministrá-la na vida do marido, esta
leve e momentânea tribulação produz peso eterno de glória mui excelente (2Co
4.17) além de toda a
nossa imaginação (Rm
8.18-22). Ser buscada
pela graciosidade e formosura pode ser prazeroso e fácil na hora, mas com o
passar do tempo tal mulher não conseguirá mais satisfazer as fantasias do
marido e aí tudo acabará em rotina ou divórcio.
E
aí? Quem será capaz de achar a mulher virtuosa? Você homem está disposto a
reconhecê-la ou aceitará que ela passe por ti sem fazer diferença alguma na tua
vida?
E
você, mulher? Pelo quê você quer ser reconhecida e buscada pelo seu marido?
Pela sua beleza? Pelo seu esforço de agradá-lo? Pela sua forma de amar? Ou pela
virtude de Cristo na tua vida?
Infelizmente
as mulheres esqueceram o valor que elas têm diante do Eterno, a saber, um valor
superior aos das mais finas joias. Mas, o que isto significa?
Toda joia serve para duas coisas:
1.
Para
tornar o indivíduo que a usa mais agradável à vista dos outros;
2.
Como
uma demonstração do sucesso obtido.
No primeiro
caso, isto parece, a princípio, algo maligno, demonstração de sedução e
vaidade. É claro que, nos dias de hoje, usar joias não deve mais ser realidade,
já que o Eterno proíbe o uso de penteados exóticos, joias de ouro ou roupas
caras (1Tm 2.9; 1Pe 3.3). No entanto, o princípio que está por trás disso é
válido: ser agradável aos outros, mesmo fisicamente, a saber: usando rompa
limpa e passada, tomando banho, penteando o cabelo, escovando os dentes, enfim,
tudo que diz respeito à higiene e limpeza (Ec 9.8).
Contudo, o
principal é ser agradável interiormente na vida daqueles que amam ao Eterno.
Como é que
o homem consegue isto? Através do caráter do Eterno na vida dele. Note que não
é o homem tentando ser o super-crente. É importante
que o vaso continue sendo de barro, para que a excelência do poder seja do
Eterno, e não daquele que cre (2Co
4.7).
A
ideia não é o homem melhorar, mas sim ser revestido de Cristo (Rm 13.14; Cl 3.14).
A partir de então, ao olhar para o homem, ele não seria visto. Seu revestimento
(Jesus)
é que seria visto.
Dando
continuidade a este raciocínio, lemos que a mulher deve encobrir o homem no
coração:
·
“O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no
uso de jóias de ouro, na compostura dos vestidos; mas
o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e
quieto, que é precioso diante de Deus.” (1Pe
3.3,4).
Veja como,
então, fica a situação. O homem se reveste do Eterno e do amor Dele (Rm 13.14; Cl 3.14).
O homem dá sua vida à esposa (Ef
5.25-27). A esposa
recebe a vida do marido no coração, deixando que o Eterno a use para
multiplicar este amor dentro de si (até que o mesmo venha e brotar do seu
interior através dos filhos, sejam físicos ou espirituais) e, concomitantemente, frutificar este
amor (ou seja, ela permanece calada e tranquila em cada
situação que surge, certa de que todas as circunstâncias contribuem para o bem
daqueles que amam ao Eterno).
Em vez da
mulher temer as situações que surgem ou que ameaçam vir, a ponto de até brigar
com o marido, ela permanece calada, confiando no Eterno (1Pe
3.1-6), certa de que o
objetivo de cada uma é dar ocasião para o Eterno se manifestar e revelar algo
novo acerca de Si (por exemplo, Sua sabedoria (Ef 3.10) e Favor (1Pe 4.10)).
Resultado:
este processo de encobrir o marido no coração frutificando e multiplicando
dentro de si o amor do Eterno que está na vida dele, vai tomando conta dela por
dentro até transbordar na forma de filhos. Quando isto acontecer, todos poderão
conhecer o marido através da esposa e dos filhos nela gerados (daí
o mulher ser a glória do marido – 1Co 11.7).
Ela, junto
com os filhos do seu ventre, irão ornar o marido com a sabedoria do Eterno e
oferecer-lhe as condições necessárias para usar de bondade e misericórdia (que
estão sempre a nos seguir – Sl 23.6) para com o próximo (Mt 22.39)
a quem o Eterno deseja chamar ao arrependimento por meio dele (Mt 9.12,13).
Para você
entender o efeito da joia, imagine ela sendo colocada em cima de uma parte
defeituosa do corpo. Ninguém veria a mesma, já que o brilho da joia a
esconderia. Pois bem, a ideia é que a mulher se entregue ao amor do Eterno e
faça da sua vida uma cobertura para o marido, de modo que o mesmo venha a ser
estimado até mesmo diante dos mais ilustres da sociedade (Pv 31.23).
Ao invés de
expor os defeitos do marido, a mulher virtuosa se coloca na brecha existente na
vida dele (Ez 22.30), de modo que ele não venha a fazer o
que sua carne deseja (Gl
5.16,17) e, assim,
todos só consigam ver as qualidades dele.
A outra
finalidade da joia é ilustrar o sucesso do indivíduo. Não é em vão que, nos
tempos bíblicos, era comum o homem também usar joia:
·
“Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de
ouro no dedo, com trajes preciosos, e entrar também algum pobre com sórdido
traje, e atentardes para o que traz o traje precioso, e lhe disserdes:
Assenta-te tu aqui num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé,
ou assenta-te abaixo do meu estrado,” (Tg 2.2,3).
Considerando
o alto preço da joia, quem tem condições de adquirir uma é porque soube
gerenciar bem os recursos que lhe veio à mão.
Espiritualmente,
o indivíduo que consegue ser revestido de Cristo é alguém bem sucedido, que foi
humilde o suficiente para aceitar Jesus e tudo que vinha Dele, até fazer morrer
toda a sua natureza terrena (Cl 3.5). Ele soube calcular os gastos do
discipulado (Lc
14.28-32), foi capaz
de enxergar a imensa riqueza do Favor do Eterno (Mt 13.45,46)
e se dispôs a pagar o preço (que é Lc
9.23; 14.26,27,33).
Mais
ainda: considerando que aquele que acha uma esposa encontrou o Favor do Eterno (Pv 18.22),
ao casar com a mulher virtuosa, o homem passa a ter um corpo que anda em prol
de favorecer os indivíduos. Afinal, sendo a mulher o corpo do marido, é ela
que o faz andar.
Agora
a questão é: como? Na presença de indivíduos vãos (para saciar seus
desejos), na solidão
de uma vida vazia (querendo ele só para si), ou na companhia daqueles em quem o
Eterno deseja operar?
Já
pensou que tragédia é um corpo que só coloca a cabeça no lugar errado?
É
uma bênção quando o corpo, a princípio debaixo do controle da cabeça, é capaz,
através daquilo que está a acontecer no seu interior, de conduzir a cabeça ao
lugar certo, mesmo quando esta não quer. Afinal, considerando que o corpo deve
estar revestido de Cristo e que a mulher é o corpo do marido, mesmo que este
induza a mulher ao lugar errado, o brilho de Cristo na vida dela irá modificar
a realidade daquele lugar, de modo que tudo que há de ruim ali dê lugar ao que
é bom.
·
“O coração do seu marido confia nela, e não
haverá falta de ganho.” (Pv 31.11).
Embora
o coração do ser humano seja enganoso e mau (Jr 17.9), embora seja maldito o ser humano que
confia em outro ser humano (Jr 17.5), ainda assim o coração do homem
confia na mulher virtuosa. Ou seja, a presença de Jesus na vida da mulher
virtuosa é tal que quebra qualquer maldição poderia advir com a confiança do
homem nela.
Vem
a questão: por que com a mulher virtuosa não existe falta de ganho?
·
Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos. Pois
comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será
como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de
oliveira à roda da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao
SENHOR.” (Sl 128.1-4).
Como
é bem sabido, a raiz do justo produz o seu alimento (Pv 12.12).
Note como uma planta, de um modo geral, não depende de outro ser vivo para se
alimentar, nem precisa sair do seu lugar para isto. Embora em alguns casos
faz-se necessária a presença do agricultor, muitas plantas crescem e se mantém
sozinhas.
Note
como a mulher virtuosa é como videira frutífera (figura que Cristo
usou para Si – Jo 15.1). Ou seja, a mulher virtuosa oferece
seu ventre para que seja gerada dentro de si a vida (lembre-se que
vinho lembra sangue que, por sua vez, é símbolo de vida – Lv
17.11,14).
Ou
seja, o ventre da mulher virtuosa não produz coisas mortas, mas algo vivo que a
cada instante vence a morte nascendo de novo (Jo 3.3).
·
“Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias
da sua vida.” (Pv 31.12).
Durante
todos os dias da sua vida, a mulher virtuosa consegue fazer o bem sem fazer o
mal. A princípio, isto é impossível, visto que a árvore do conhecimento do bem
é, ao mesmo tempo, a árvore do conhecimento do mal (Gn 2.17).
Ou seja, sem Cristo, bem e mal são duas faces da mesma moeda.
Com
Cristo, entretanto, é possível fazer o bem sem nenhum efeito colateral. Em
outras palavras, as ações da mulher virtuosa são puras.
E
não podia ser diferente: afinal, ela foi feita pelo Eterno especialmente para
ser carne da carne de seu marido e osso dos seus ossos (Gn 2.23).
A
mulher virtuosa também é muito recomendada na área do vestuário.
·
“No tocante à sua casa, não teme a neve, pois todos andam vestidos
de lã escarlate.” (Pv 31.21).
·
A lã é algo que aquece e escarlate, a
cor que simboliza o pecado.
Os
filhos da mulher virtuosa não temem a frieza que existe no mundo. Sua mãe os
vestes com lã escarlate. É bom notar que, tanto a mulher virtuosa, quanto a
prostituta se vestem de modo semelhante (púrpura e
escarlate – Ap 17.4). No entanto, há uma diferença:
A
prostituta cobre sua nudez com os pecados dos outros. Veja um exemplo disso:
·
“Todos os que querem mostrar boa aparência na carne, esses vos
obrigam a circuncidar-vos, somente para não serem perseguidos por causa da cruz
de Cristo. Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam a lei, mas
querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne.” (Gl 5.12,13).
De
igual modo, aqueles indivíduos que não querem viver uma vida santa, pura,
piedosa, fazem de tudo para que os outros pequem, a fim de que o pecado seja
considerado algo normal e, assim, não só eles não sejam criticados, mas possam
até ser exaltados por isto. Por exemplo:
·
Se
um indivíduo mata por legítima defesa (por exemplo, matou
um bandido que estava com um revólver apontado para sua filha), tudo mundo fica do lado dele, afirmando
que ele fez a coisa certa. Isto, porém, não deixa de ser assassinato;
·
Se
outro indivíduo invade uma terra não produtiva para poder plantar e morar,
muitos acham justo. Afinal, enquanto muitos morrem de fome, não é justo uma
terra ficar parada. Contudo, isto não muda o fato de que o indivíduo está
roubando a terra do outro.
A
mulher virtuosa, por outro lado, busca cobrir os pecados dos outros. Ela chega
ao trono do Favor do Eterno para alcançar a misericórdia necessária (Hb 4.16)
a fim de que, não só o nome do Eterno seja glorificado, mas seus filhos possam
ter um testemunho marcado em suas almas de como o Eterno, no momento oportuno,
trabalha Seu Favor na vida dos indivíduos que nos cercam.
·
“Ela faz roupas de linho fino, e vende-as, e dá cintas aos
mercadores.” (Pv 31.24).
É
bem verdade que a mulher virtuosa vende as roupas de linho fino. No entanto, o
foco dela não era o dinheiro (mesmo porque ela não precisava, já
que era esposa do rei).
O valor cobrado era apenas para os indivíduos darem o devido valor ao trabalho
dela, vindo a fazer bom uso de suas vestes (ao invés de
usá-las para seduzir pessoas, usá-las para glorificar ao Eterno, sem
esquecer-se de zelar pela conservação das mesmas).
Todavia,
o verdadeiro alvo da mulher virtuosa era cobrir a nudez dos que estavam à sua
volta.
E
ela não se contentava com isto. Embora não fosse possível cobrir a nudez
daqueles que estavam distantes (pois é necessário um testemunho vivo
do Eterno para cobrir espiritualmente alguém), ela fazia questão de que os mercadores levassem suas
cintas onde ela não podia chegar.
A
cinta é para manter as vestes firmes no corpo. A ideia é que o testemunho do
que o Eterno tem feito por meio da vida da mulher virtuosa possa chegar bem
além de onde ela possa ir, tal como se dá com o evangelho que não está algemado
(2Tm 2.9).
·
“E vós fostes feitos nossos imitadores, e do Senhor, recebendo a
palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo. De maneira que fostes
exemplo para todos os fiéis na Macedônia e Acaia.
Porque por vós soou a palavra do Senhor, não somente na Macedônia e Acaia, mas também em todos os lugares a vossa fé para com
Deus se espalhou, de tal maneira que já dela não temos necessidade de falar
coisa alguma;” (1Ts 1.6-8).
·
“Não nos gloriando fora da medida nos trabalhos alheios; antes
tendo esperança de que, crescendo a vossa fé, seremos abundantemente
engrandecidos entre vós, conforme a nossa regra, para anunciar o evangelho nos
lugares que estão além de vós e não em campo de outrem, para não nos gloriarmos
no que estava já preparado.” (2Co 10.15,16).
·
“E, entrando na sinagoga, falou ousadamente por espaço de três
meses, disputando e persuadindo-os acerca do reino de Deus. Mas, como alguns
deles se endurecessem e não obedecessem, falando mal do Caminho perante a
multidão, retirou-se deles, e separou os discípulos, disputando todos os dias
na escola de um certo Tirano. E durou isto por espaço de dois anos; de tal
maneira que todos os que habitavam na Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus,
assim judeus como gregos.” (At 19.8-10).
E
não pense que tudo é feito de qualquer jeito. Ela faz questão de buscar lã e
linho:
·
“Busca lã e linho e de bom grado trabalha
com as mãos.” (Pv 31.13).
Ou
seja, a mulher virtuosa não tenta fugir dos problemas. Ela se prepara para os
problemas, entende que foi criada, entre outras coisas, para cobrir a nudez de
todos à sua volta. Como bom soldado de Jesus Cristo, ela se dispõe a sofrer as
aflições (2Tm 2.3)
de bom grado, na expectativa de que, por herança, ela pode alcançar a bênção (1Pe
3.8,9).
Enfim,
ela busca o necessário para seu trabalho.
E
não apenas isto! Ela faz questão de trabalhar, de bom grado, com as próprias
mãos. Ao invés de usar as mãos de outros e, deste modo, dar ocasião para que os
adversários vituperem o seu bem (Rm 14.16) (afinal, ninguém
vai ter a mesma dedicação que ela),
ela prefere se resguardar trabalhando apenas com as mãos que o Eterno proveu.
Mesmo
porque, o trabalho é para unir a família em torno da mesma coisa, de modo que
juntos possam crescer na área física, mental, emocional e espiritual (1Ts
4.11,12).
·
“Estende as mãos ao fuso, mãos que pegam na
roca.” (Pv 31.19).
Hoje
isto pode não significar muita coisa visto que, com a industrialização, ficou
fácil comprar roupa. Naquela época, porém, era tudo na base do artesanato.
Além
disto, não pense que a mulher virtuosa fazia as coisas de qualquer jeito. Ela
fazia do seu serviço uma verdadeira obra de arte, ou seja, ela empenhava sua
alma naquilo que ela fazia.
Para
exemplificar isto, lembra de quando Jacó fez uma túnica colorida para José (Gn 37.3)?
Há muita especulação acerca do motivo que levou os irmãos a ficarem com inveja
de José. O problema não estava no valor comercial da túnica, mas sim no fato de
ter sido o próprio Jacó quem fez a túnica. Se ele tivesse comprado a túnica
para José não teria tido o mesmo impacto.
O
que acontece que Jacó fez uma túnica personalizada, que expressava algo de si
mesmo para seu filho. Quando alguém olhava para a túnica de José, via Jacó
nela, bem como sua predileção por José.
De
igual modo, quando a mulher virtuosa faz suas vestes, ela tenta comunicar algo
de si mesmo em cada mercadoria sua, de modo que podiam conhecer ela e, por
consequência, conhecer seu marido e Jesus, já que ambos vivem dentro dela.
Em
particular:
·
sua veste era um reflexo de tudo que
havia no seu coração;
·
a veste para cada um dos seus filhos
era uma ministração do Eterno através dela, apontando para o que cada um
precisava ouvir e aprender.
Enfim,
a mulher virtuosa não queria apenas fazer roupas para economizar e ganhar
dinheiro, mas para cobrir a nudez de todos à sua volta consigo mesmo, bem como
fortificar a fé dos que estavam distante com o testemunho de tudo que o Eterno,
através de seu marido, era na sua vida.
Em
meio à frieza do mundo, ver a Escritura Sagrada funcionando, cobrindo a nudez
dos outros, acaba fortalecendo a fé dos filhos o suficiente para desejarem ser
revestidos da sua habitação celestial:
·
“E por isso também gememos, desejando ser revestidos da nossa
habitação, que é do céu; se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus.”
(2Co 5.2,3).
Este
revestimento começa aqui e atingirá sua plenitude quando Jesus vier. Se ao
invés de conservar sua nudez, cada filho aceitar ser aquecido com esta lã
escarlate, ou seja, com a possibilidade de ser usado para cobrir os pecados dos
outros, ele serão sempre fervorosos no Espírito Santo servindo ao Eterno (Rm 12.11)
em meio a um mundo escuro e frio (Is 5.30;
8.22).
·
“Faz para si cobertas, veste-se de linho fino e de púrpura.” (Pv 31.22).
Mas
a mulher virtuosa não veste apenas os filhos. Ela também se cobre (creio
que do mesmo modo).
Ela se veste de linho fino, que é uma roupa que não induz a produção de suor (Ez 44.18).
Ou seja, a mulher virtuosa não tenta cobrir sua nudez e a dos outros por meio
de uma religiosidade firmada numa série de dogmas e obras da carne, mas sim
através do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22). Em outras palavras, ela não tenta
fazer coisas para convencer a si a todos de quem é. Antes, ela crucificou o
mundo para si mesma e se crucificou para o mundo (Gl 6.14)
a fim que Cristo pudesse ser Sua vida (Gl 2.20).
Resumindo:
não é com o esforço que a mulher cobre a nudez de cada um, mas sim com o
caráter e a Palavra de Cristo em sua vida. Como disse Paulo:
·
“E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o
testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque
nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E eu
estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor. A minha palavra, e
a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana,
mas em demonstração de Espírito e de poder; para que a vossa fé não se
apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.” (1Co 2.1-5);
·
“Mas em breve irei ter convosco, se o Senhor quiser, e então
conhecerei, não as palavras dos que andam ensoberbecidos, mas o poder. Porque o
reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder.” (1Co 4.19,20).
Enfim,
a veste da mulher virtuosa consiste em se envolver com aquilo que é a vontade
do Eterno para sua vida. Não se trata do que ela faz para conquistar algo para
si, mas de se deixar ministrar pelo Eterno por meio daquilo que Ele já colocou
no seu interior (ver Fp
2.12,13).
Sobretudo
a mulher virtuosa se veste de púrpura. Púrpura é a cor da realeza. Note que
todo Pv 31 são palavras do rei Lemuel
com base naquilo que sua mãe lhe ensinou (Pv 31.1).
Naquela época, a mulher do rei não era, em termos de poder, uma rainha. Embora
socialmente fosse chamada de rainha, ela não tinha nenhum poder político.
Logo,
ser vestida de púrpura quer dizer que a esposa do rei estava se vestindo
daquilo que o marido lhe dava. Mais ainda: o marido era a cobertura dela.
·
“E correu de ti a tua fama entre os gentios, por causa da tua
formosura, pois era perfeita, por causa da minha glória que eu pusera em ti,
diz o Senhor DEUS.” (Ez 16.14).
A
mulher virtuosa, não só se cobre do marido, mas também cobre sua mente com os
pensamentos, sentimentos e planos dele (a saber, que o
Eterno lhe deu):
·
“Portanto, a mulher deve
ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos.” (1Co 11.10).
Ou
seja, ao olhar para a mulher, o que se deve ver é o homem:
·
“O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e
glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem.” (1Co
11.7).
Não
é em vão que a Escritura Sagrada diz:
·
“A força e a dignidade são os seus vestidos, e, quanto ao dia de
amanhã, não tem preocupações.” (Pv 31.25).
·
Quer
forma mais digna de se vestir do que fazendo do marido a sua vestimenta? Ao
invés de ela tentar provar alguma coisa para os outros, ela simplesmente confia
que seu marido fará isto por ela. Assim como é o Eterno que nos justifica (Rm 8.33),
é o homem que cobre a mulher (esse é o sentido do véu - 1Co
11.7,10).
Como
o homem faz isto? Manifestando sua glória na vida da mulher, conservando-a
consigo o tempo todo, conduzindo-a. Isto é o que representa cobrir com o manto (Ez 16.8).
Veja isto em 1Rs 19.19.
Mas
isto não é tudo! A certeza de que o que o Eterno uniu jamais algum homem irá
separar (1Co 19.6),
a leva a viver sem preocupações, tal como ordenou Jesus (Mt 6.34)
e confirmou Pedro:
·
“Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres
que esperavam em Deus, e estavam sujeitas aos seus próprios maridos; como
Sara obedecia a Abraão, chamando-lhe senhor; da qual vós sois filhas, fazendo o
bem, e não temendo nenhum espanto.”
Para
ser mais exato: ela não temia que alguma calamidade pudesse separar ela de seu
marido e filhos. Ela cria que iriam ficar juntos por todo o tempo que o Eterno
assim desejasse.
Assim,
se veste da força do rei, ou seja, não tenta resolver as coisas por força ou
por violência, mas pelo poder do Espírito Santo (Zc 4.6).
É assim que ela:
·
“Cinge os lombos de força e fortalece os braços.” (Pv 31.17).
E
para quê ela se enche do poder do Eterno?
1º
- Para manter sua casa provida e em boa ordem:
·
“É ainda noite, e já se levanta, e dá mantimento à sua casa e a
tarefa às suas servas.” (Pv 31.15);
Ela
se levanta de madrugada a fim de preparar o café da manhã de seu marido e
filhos. Ela poderia dar esta tarefa às servas, já que ela também se levanta
para organizar o trabalho das mulheres que lhe foram confiadas.
No
entanto, o café da manhã ela faz questão de fazer pessoalmente. As outras
refeições suas servas fazem, pois a mulher virtuosa permanece junto do seu
marido auxiliando-o. No entanto, o café da manhã, como seu marido ainda está
dormindo, ela aproveita para alimentar sua casa com algo vindo de si.
Ela
busca a orientação diária do Eterno para seu lar a fim de poder coordenar suas
servas e, assim, estar pronta para aquilo que o Eterno tem para fazer na vida
do seu marido.
Tal
como nós, como soldados, devemos estar preparados para quando o Eterno nos convocar
(2Tm 2.3-5),
a mulher quer estar pronta para receber Jesus quando Ele vier operar na vida
dos Seus por meio do seu marido (Lc
12.36,37).
2º
- Para verificar como sua casa está andando:
·
“Atende ao bom andamento da sua casa e não come o pão da preguiça.”
(Pv 31.27).
·
Infelizmente
os pais não estão mais preocupados em “como” e “para onde” seu lar está
andando. A preocupação, na maioria das vezes, é só com bens materiais. Ora,
pense: tem sentido trabalhar unicamente para prover a parte material? Só para
permanecer vivo por mais uns míseros anos?
Que
adianta progredir na parte material, sendo que teremos que deixar tudo para
trás? Você acredita mesmo que, sem Jesus, teus filhos terão caráter bom o
suficiente para fazer bom uso das bênçãos que o Eterno permitir que você
consiga?
·
“Também eu odiei todo o meu trabalho, que realizei debaixo do sol,
visto que eu havia de deixá-lo ao homem que viesse depois de mim. E quem sabe
se será sábio ou tolo? Todavia, se assenhoreará de todo o meu trabalho que realizei
e em que me houve sabiamente debaixo do sol; também isto é vaidade.” (Ec 2.18,19).
Enfim,
a mulher virtuosa deseja que sua casa ande, mas de modo bom, agradável e
perfeito diante do Eterno (Rm 12.2). Comer o pão que resulta da preguiça
é algo trágico.
Vem
a questão o que é um indivíduo preguiçoso? Preguiçoso não é aquele que não faz
nada, mas sim aquele que trabalha naquilo que é fútil, sem proveito. Veja o
exemplo da formiga:
·
“Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus
caminhos, e sê sábio.” (Pv 6.6).
Note
como é aconselhado a olhar os caminhos da formiga para se tornar sábio. Ora, trabalhar
muito não é sabedoria. Isto pode ser visto em:
·
“Se estiver embotado o ferro, e não se afiar o corte, então se
deve redobrar a força; mas a sabedoria é excelente para dirigir.” (Ec 10.10) – quem não para a fim de afiar o ferro,
desperdiça força;
·
“O trabalho dos tolos a cada um deles fatiga, porque não sabem
como ir à cidade.” (Ec 10.15)
– de que adianta trabalhar tanto se não sabem como fazer do seu trabalho um
instrumento de bênção para ajudar outros?
·
“Outra vez me voltei, e vi vaidade debaixo do sol. Há um que é
só, e não tem ninguém, nem tampouco filho nem irmão; e contudo não cessa do seu
trabalho, e também seus olhos não se satisfazem com riqueza; nem diz: Para quem
trabalho eu, privando a minha alma do bem? Também isto é vaidade e enfadonha
ocupação.” (Ec 4.7,8) – Para
que trabalhar em algo quando não há ninguém para ser beneficiado com nosso
trabalho?
Além
disto, observe todo o trabalho da formiga. Qual a finalidade do mesmo?
Simplesmente para se manter vivo. Ora, de que adianta permanecer vivo sem
encontrar a felicidade?
Muitos
trabalham duro desde a mocidade e acabam aposentando com salário mínimo, com o
corpo todo estourado e abandonado no asilo. Você acha isto sábio? A Escritura
Sagrada diz que não!
·
“Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o
pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem.” (Sl 127.2 – ARA2).
Veja este outro trecho:
·
“Passei pelo campo do preguiçoso, e junto à vinha do homem
falto de entendimento, eis que estava toda cheia de cardos, e a sua
superfície coberta de urtiga, e o seu muro de pedras estava derrubado. O que eu
tenho visto, o guardarei no coração, e vendo-o recebi instrução. Um pouco a
dormir, um pouco a cochilar; outro pouco deitado de mãos cruzadas, para dormir,
assim te sobrevirá a tua pobreza como um vagabundo, e a tua necessidade como um
homem armado.” (Pv 24.30-34).
·
“Por muita preguiça se enfraquece o teto, e pela frouxidão das
mãos a casa goteja.” (Eclesiastes 10.18).
Observe o preguiçoso sendo associado
com o falto de entendimento. Quando o indivíduo não tem entendimento, ela deixa
tudo que é bom entregue ao acaso. Com isto, os porcos acabam pisando as pérolas
(Mt 7.6), ou seja, tudo aquilo que é real na
vida do indivíduo acaba sendo tirado (Lc 8.18; 19.26).
Fica só o que é ilusório.
Isto não é tudo!
·
“O desejo do preguiçoso o mata, porque as suas mãos
recusam trabalhar. O cobiçoso cobiça o dia todo, mas o justo dá, e nada
retém.” (Pv 21.25,26).
·
“A alma do preguiçoso deseja, e coisa nenhuma alcança,
mas a alma dos diligentes se farta.” (Provérbios
13.4).
Só existe uma razão para a cobiça do
preguiçoso o matar: é porque ele só deseja o que não presta. Isto lhe rouba
toda energia que ele podia empregar para trabalhar no que é bom.
Resultado: ele alcança tudo e, ao
mesmo tempo, não alcança nada. Ou seja, ele só adquire aquilo que não é nada,
que não satisfaz.
Não é em vão que:
·
“O caminho do preguiçoso é cercado de espinhos, mas a vereda dos
retos é bem aplanada.” (Provérbios 15.19).
Se o preguiçoso não fizesse nada,
diferença alguma haveria se no caminho dele há ou não espinho. No entanto, como
o caminho dele é mau, ele fica como Paulo antes de converter: recalcitrando (resistindo
obstinadamente) contra os aguilhões (At 9.5; 26.14).
Mas infelizmente a preguiça faz cair
num sono tão profundo que o indivíduo nem percebe que aquilo que ela está
cobiçando é ruim.
·
“A preguiça faz cair em profundo sono; e o ocioso padecerá
fome.” (Pv 19.15).
E o pior que a ociosidade para o bem vicia
de tal modo que o indivíduo não tem nem mesmo disposição para receber aquilo
que está pronto para seu consumo, vindo a passar fome:
·
“O preguiçoso mete a mão no prato e não quer ter o trabalho de a
levar à boca.” (Pv 19.24).
Ele não quer ingerir nada que lhe
exija algo. Ele só quer aquilo que alimenta sua cobiça e vaidade. Nada que
venha lhe conduzir a uma transformação de caráter é bem-vindo. Ele prefere
ficar acomodado nos seus pecados:
·
“Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás
do teu sono?” (Provérbios 6.9);
·
“Como a porta gira nos seus gonzos, assim o preguiçoso na sua
cama.” (Provérbios 26.14).
E se ele não quer sequer ter o
trabalho de comer o que é bom, quão dirá em trabalhar por isto:
·
“O preguiçoso deixa de assar a sua caça, mas ser diligente é o
precioso bem do homem.” (Provérbios 12.27)
Um exemplo de preguiçosos são os
primeiros convidados para as bodas do filho do rei.
·
“E enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas, e
estes não quiseram vir. Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei aos
convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já
mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas.” (Mt 22.3,4).
Eu custei a entender o motivo de eles
não quererem ir à festa. Só consigo pensar em duas coisas:
·
porque o indivíduo se apegou tanto às más
obras que já não suporta o que é bom (Jo 3.19-21; At 16.20,21);
·
por causa dos temores noturnos (Ct 3.8),
por ter que acompanhar o noivo eu seu cortejo em direção à noiva.
E qualquer possibilidade de problema,
dificuldade ou ameaça é desculpa para o preguiçoso se esquivar de fazer o bem:
·
“Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei morto no meio das
ruas.” (Provérbios 22.13).
·
“O preguiçoso não lavrará por causa do inverno, pelo que
mendigará na sega, mas nada receberá.” (Provérbios
20.4)
No entanto, é preciso entender que
estamos aqui justamente para resolver problemas, para servirmos como
instrumentos do Eterno para trabalhar o caráter dos indivíduos, de modo a fazer
deles indivíduos melhores. E o pior é que o preguiçoso se considera sábio:
·
“Mais sábio é o preguiçoso a seus próprios olhos do que sete
homens que respondem bem.” (Provérbios 26.16).
Resultado: o preguiçoso é o tipo de
indivíduo mais difícil de ter como empregado:
·
“Como vinagre para os dentes, como fumaça para os olhos, assim é
o preguiçoso para aqueles que o mandam.” (Provérbios
10.26).
Enfim,
a questão é trabalhar com eficácia naquilo que é importante e bom. Como assim?
Ao trabalhar, devemos nos perguntar: o que eu estou fazendo é importante. Se
for, trabalhe direito. Afinal, outros dependem deste serviço; senão, saia!
Afinal, você vai desperdiçar os dons que o Eterno te deu trabalhando em algo
que não tem importância?
Mas
como saber se a profissão é importante? Ela é vital (médico,
agricultor, etc.),
necessária (engenharia) ou apenas um conforto (por
exemplo, vender filmes, ser padeiro, etc.) para as outras pessoas? Sem contar as profissões que só
servem para destruir indivíduos (cassinos, venda de bebida, cigarro, etc).
Uma
vez que você concluiu que sua profissão é importante, vem a questão: ela é boa?
Por exemplo, as profissões envolvendo o sistema político, jurídico e policial
são importantes? Com certeza. São boas? Não, pois elas despertam a corrupção e
o ódio no coração daqueles que se especializam nelas. Tudo que é elevado entre
os homens é abominação diante do Eterno (Lc 16.15).
Mas
isto não é tudo! Além de trabalhar no que é importante e bom, é preciso ver que
fruto isto tem dado na nossa vida. De que adianta trabalhar em algo que nos
afasta dos familiares, não promove a construção de relacionamentos em Cristo,
não nos leva a crescer (seja na mente, no sentimento ou espiritualmente)?
Enfim,
quando a Escritura Sagrada diz que a mulher virtuosa não come o pão da preguiça,
ela está dizendo que ela trabalha naquilo que é bom e aceitável diante do
Eterno, que não irá envenenar sua alma nem a dos outros.
3º
- Para socorrer ao pobre e necessitado:
·
“Abre a mão ao aflito; e ainda a estende ao necessitado.” (Pv 31.20).
·
Ela entende que o Eterno não tem
prazer em ver os pobres, aflitos e necessitados serem consumidos:
·
“Há uma geração cujos
dentes são espadas, e cujas queixadas são facas, para consumirem da terra os
aflitos, e os necessitados dentre os homens.” (Pv 30.14).
·
“Livrai o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios.
Eles não conhecem, nem entendem; andam em trevas; todos os fundamentos da terra
vacilam.” (Sl 82.4,5).
Ele sabe que o Eterno multiplica a
semente justamente para que o indivíduo tenha mais condições de abençoar (afinal,
mais bem-aventurada coisa é dar do que receber – At 20.35):
·
“E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o
que semeia em abundância, em abundância ceifará. Cada um contribua segundo
propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao
que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a
fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa
obra;” (2Co 9.6-8).
·
“Ao SENHOR empresta o que se compadece do pobre, ele lhe pagará
o seu benefício.” (Provérbios 19.17).
Em
outras palavras, se o indivíduo quer sempre ser capaz de ser bênção na vida de
alguém, ele deve se compadecer do pobre, do aflito e do necessitado. Como a
mulher virtuosa quer sempre crescer no amor fraternal (1Ts
4.9,10) e na
oportunidade de ser usada pelo Eterno para glorificar o nome Dele, ela nunca
esquece de ajudar quem realmente precisa. Pois só assim sua sementeira será
multiplicada (2Co 9.10).
Vem
a questão: e quanto à mulher? Não há reconhecimento para ela? A impressão é que
a mulher deve ficar escondidinha nos bastidores, sem jamais aparecer. No
entanto, e Escritura Sagrada é clara:
·
“Dai-lhe do fruto das suas mãos, ...” (Pv 31.31).
Veja
o que acontece com a mulher virtuosa:
·
“Levantam-se seus filhos e lhe chamam ditosa; seu marido a louva,
dizendo: muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas.” (Pv 31.28,29).
Veja
que ela não fica sem receber recompensa.
Você
pode questionar: mas isto é pouca coisa! Infelizmente os aplausos do mundo vêm
ofuscando os elogios do marido, da esposa e dos filhos.
No
entanto, pense: que valor tem o reconhecimento do mundo para alma e o espírito?
Na hora que alguém é aplaudido por um grande sermão ou pela demonstração de uma
extraordinária habilidade mental ou física, o ego pode até ficar inchado,
contente. Talvez isto até lhe renda benefícios materiais.
Contudo,
por maior que sejam estes benefícios, será que é mais gratificante do que o
reconhecimento amoroso daqueles que o Eterno lhe deu? Pense: o mundo não tem
amor nenhum por nós. Ele só reconhece aquilo que é dele, que lhe traz
benefícios (Jo 15.19). Ou seja, seus elogios são
interesseiros.
Todavia,
imagine marido e filhos olhando bem no fundo do olho da mulher virtuosa e a
exaltando. Tente se imaginar nesta situação. Como você se sentiria, ainda mais
sabendo que é tudo verdade, real, que não é uma tentativa de paparicar para
receber favores, mas uma expressão de gratidão? Considerando que Jesus é a
verdade (Jo 14.6), logo isto nada mais é do que o
Eterno usando seu marido e filhos para louvá-la.
·
“Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas, sim,
aquele a quem o Senhor louva.” (2Co 10.18).
Quer
louvor melhor que esse? Ainda mais considerando que tudo que é elevando entre
os homens é abominação diante do Eterno.
E
pode acreditar que é o Eterno mesmo quem está a louvá-la:
·
“Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao
SENHOR, essa será louvada.” (Pv 31.30).
·
Isto
pode parecer esquisito. Considerando que somos salvos pela graça, como dizer
que a graça é enganosa? Apenas a graça de Cristo é uma bênção. Qualquer outra
expressão de favor vindo da parte do homem é ilusório e até maligno:
·
“O justo olha pela vida dos seus animais, mas as misericórdias dos
ímpios são cruéis.” (Pv 12.10 – ARC 1995).
Note
que, quando o indivíduo não tem Jesus no coração, ele é cruel até quando tenta
usar de misericórdia.
É
bem verdade que o mundo exalta a graciosidade (delicadeza) e a formosura. A primeira coisa que a
maioria dos homens observa nas mulheres é sua beleza e depois, sua delicadeza.
Contudo:
·
A
graciosidade é algo enganoso, pois na maioria das vezes é uma tentativa
descarada de despertar o amor no homem (algo que não deve
acontecer – Ct 2.7; 3.5; 8.4) e prendê-lo nos seus encantos (Ez 13.18),
na cobiça do seu coração (Pv 1.19);
·
A
formosura é vã, pois o homem exterior se corrompe de dia em dia (2Co
4.16).
Se
a mulher não quiser receber louvor apenas de indivíduos interesseiros, e isto
apenas por alguns instantes, quando esta tem algo para lhes oferecer, a receita
é: tema ao Eterno. Esta será louvada sempre por onde quer que vá.
E
veja o modo como ela é louvada:
·
Ditosa
-> Qual a razão para alguém ser chamado de Bem-aventurado?
1.
Por
ser alguém salvo pelo Eterno ->
“Bem-aventurado tu, ó Israel! Quem é como tu? Um povo
salvo pelo SENHOR, o escudo do teu socorro, e a espada da tua majestade;
por isso os teus inimigos te serão sujeitos, e tu pisarás sobre as suas
alturas.” (Deuteronômio 33.29);
2.
Por
achar a sabedoria e estar sempre em contato com ela ->
“Bem-aventurados os teus homens, bem-aventurados
estes teus servos, que estão sempre diante de ti, que ouvem a tua sabedoria!”
(I Reis 10.8);
(II Crônicas 9.7);
Ouvindo-me algum ouvido, me tinha por bem-aventurado; vendo-me algum olho, dava
testemunho de mim;” (Jó 29.11);
“Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o
homem que adquire conhecimento; É árvore de vida para os que dela tomam, e são bem-aventurados
todos os que a retêm.” (Provérbios 3.13,18);
3.
Por
ser repreendido e ensinado direto pelo Eterno ao invés de por homens ->
“Eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus
repreende; não desprezes, pois, a correção do Todo-Poderoso.” (Jó
5.17);
“Bem-aventurado é o homem a quem tu castigas, ó
SENHOR, e a quem ensinas a tua lei;” (Salmos 94.12);
4.
Por conseguir permanecer no caminho certo
->
“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho
dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos
escarnecedores.” (Salmos 1.1)
5.
Por
ser capaz de confiar no Eterno ->
“Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho,
quando em breve se acender a sua ira; Bem-aventurados todos aqueles que nele
confiam.” (Salmos 2.12)
“Provai, e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o
homem que nele confia.” (Salmos 34.8);
“Bem-aventurado o homem que põe no SENHOR a sua
confiança, e que não respeita os soberbos nem os que se desviam para a
mentira.” (Salmos 40.4);
“SENHOR dos Exércitos, bem-aventurado o homem que em
ti põe a sua confiança.” (Salmos 84.12);
“O que atenta prudentemente para o assunto achará o bem, e o que
confia no SENHOR será bem-aventurado.” (Provérbios
16.20);
6.
Por
ter a transgressão perdoada e o pecado coberto ->
“Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada,
e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR
não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano.” (Salmos
32.1,2).
“Assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem
Deus imputa a justiça sem as obras, dizendo: bem-aventurados aqueles cujas
maldades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado
o homem a quem o Senhor não imputa o pecado.” (Romanos 4.6-8);
7.
Ser
capaz de atender ao pobre ->
“Bem-aventurado é aquele que atende ao pobre; o SENHOR
o livrará no dia do mal.” (Salmos 41.1);
“E serás bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado te será na ressurreição
dos justos.” (Lucas 14.14);
8.
Ser
escolhido pelo Eterno ->
“Bem-aventurado aquele a quem tu escolhes, e fazes
chegar a ti, para que habite em teus átrios; nós seremos fartos da bondade da
tua casa e do teu santo templo.” (Salmos 65.4);
9.
Ser
uma bênção para as nações ->
“O seu nome permanecerá eternamente; o seu nome se irá
propagando de pais a filhos enquanto o sol durar, e os homens serão
abençoados nele; todas as nações lhe chamarão bem-aventurado.” (Salmos
72.17);
“E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque
vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos.” (Malaquias
3.12);
10. Poder habitar na casa do Eterno ->
“Bem-aventurados os que habitam em tua casa;
louvar-te-ão continuamente. ( Selá. )” (Salmos 84.4);
11. Que possui no coração apenas caminhos
retos ->
“Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo
coração estão os caminhos aplanados.” (Salmos 84.5);
“Bem-aventurados os retos em seus caminhos, que
andam na lei do SENHOR.” (Salmos 119.1);
“O justo anda na sua sinceridade; bem-aventurados
serão os seus filhos depois dele.” (Provérbios 20.7);
12. Quem tem prazer e intimidade com a
salvação do Eterno ->
“Bem-aventurado o povo que conhece os vivas de júbilo,
que anda, ó Senhor, na luz da tua presença.” (Salmos 89.15);
13. Quem guarda e pratica o juízo e a
justiça do Eterno ->
“Bem-aventurados os que guardam o juízo, o que pratica
justiça em todos os tempos.” (Salmos 106.3);
14. Quem é capaz de temer ao Eterno e
guardar Seus mandamentos ->
“LOUVAI ao SENHOR. Bem-aventurado o homem que teme ao
SENHOR, que em seus mandamentos tem grande prazer.” (Salmos
112.1);
“Bem-aventurados os que guardam os seus testemunhos,
e que o buscam com todo o coração.” (Salmos 119.2);
“Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda
nos seus caminhos.” (Salmos 128.1)
“Bem-aventurado o homem que continuamente teme;
mas o que endurece o seu coração cairá no mal.” (Provérbios 28.14);
“Não havendo profecia, o povo perece; porém o que guarda a
lei, esse é bem-aventurado.” (Provérbios 29.18);
“Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as
fizerdes.” (João 13.17);
“Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da
liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecidiço, mas fazedor da
obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.” (Tiago
1.25);
“Eis que presto venho: Bem-aventurado aquele que guarda
as palavras da profecia deste livro.” (Apocalipse 22.7);
“Bem-aventurados aqueles que guardam os seus
mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na
cidade pelas portas.” (Apocalipse 22.14);
15. Quem gera filhos ->
“Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não
serão confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta.” (Salmos
127.5);
16. Quem tem o Eterno como Deus ->
“Bem-aventurado o povo ao qual assim acontece; bem-aventurado
é o povo cujo Deus é o SENHOR.” (Salmos 144.15);
17. Quem é auxiliado pelo Eterno ->
“Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu
auxílio, e cuja esperança está posta no SENHOR seu Deus.” (Salmos
146.5);
18. Quem guarda o caminho do Eterno e Sua
sabedoria ->
“Agora, pois, filhos, ouvi-me, porque bem-aventurados
serão os que guardarem os meus caminhos. Ouvi a instrução, e sede
sábios, não a rejeiteis. Bem-aventurado o homem que me dá ouvidos,
velando às minhas portas cada dia, esperando às ombreiras da minha entrada.” (Provérbios
8.32-34);
19. Ser capaz de se compadecer dos
humildes ->
“O que despreza ao seu próximo peca, mas o que se compadece
dos humildes é bem-aventurado.” (Provérbios 14.21);
20. Quem espera no Eterno ->
“Por isso, o SENHOR esperará, para ter misericórdia de vós; e
por isso se levantará, para se compadecer de vós, porque o SENHOR é um Deus de eqüidade; bem-aventurados todos os que nele
esperam.” (Isaías 30.18);
21. Quem semeia na vida de qualquer tipo
de indivíduo ->
“Bem-aventurados vós os que semeais junto a todas as
águas; e deixais livres os pés do boi e do jumento.” (Isaías
32.20);
22. Quem espera no Eterno e descansa Nele
o tempo todo ->
“Bem-aventurado o homem que fizer isto, e o filho do
homem que lançar mão disto; que se guarda de profanar o sábado, e guarda
a sua mão de fazer algum mal.” (Isaías 56.2);
23. Quem não tropeça em virtude daquilo
que Jesus é ->
“E Bem-aventurado é aquele que não se escandalizar em
mim.” (Mateus 11.6);
“E Bem-aventurado é aquele que em mim se não
escandalizar.” (Lucas 7.23);
24. Quem consegue enxergar e ouvir Jesus
->
“Mas, Bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.” (Mateus
13.16);
“E, voltando-se para os discípulos, disse-lhes em particular: Bem-aventurados
os olhos que vêem o que vós vedes.” (Lucas
10.23);
25. Quem é capaz de crer no que Jesus diz
sem precisar ver ->
“Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; Bem-aventurados
os que não viram e creram.” (João 20.29);
26. Quem recebe revelação direto do Eterno
->
"E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és
tu, Simão Barjonas, porque to
não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.” (Mateus
16.17);
27. Quem estiver orando e vigiando, de
modo a estar pronto para o Eterno ->
“Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando
vier, achar servindo assim.” (Mateus 24.46);
“Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o
Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará
assentar à mesa e, chegando-se, os servirá. E, se vier na segunda vigília, e se
vier na terceira vigília, e os achar assim, bem-aventurados são os tais
servos. Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier,
achar fazendo assim.” (Lucas 12.37,38,43);
“Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia,
e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas
vergonhas.” (Apocalipse 16.15);
28. Quem ouve e pratica a Palavra do
Eterno ->
“Mas ele disse: Antes Bem-aventurados os que ouvem a
palavra de Deus e a guardam.” (Lucas 11.28);
“Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as
palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas;
porque o tempo está próximo.” (Apocalipse 1.3);
29. Quem não transgride
aquilo em que acredita ->
“Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado
aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova.” (Romanos
14.22);
30. Quem suporta a tentação -> “Bem-aventurado o homem que suporta a tentação;
porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem
prometido aos que o amam.” (Tiago 1.12);
31. Quem sofre por amor do Eterno e Sua
justiça ->
“Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas
que falaram em nome do Senhor. Eis que temos por bem-aventurados os
que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o
Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.” (Tiago
5.10,11);
“Mas também, se padecerdes por amor da justiça, sois bem-aventurados.
E não temais com medo deles, nem vos turbeis;” (I Pedro 3.14);
“Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados
sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus; quanto a eles, é
ele, sim, blasfemado, mas quanto a vós, é glorificado.” (I
Pedro 4.14);
“Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa
da justiça, porque deles é o reino dos céus;” (Mateus 5.10);
“Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e
perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.” (Mateus
5.11);
“Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem e
quando vos separarem, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome como mau, por
causa do Filho do homem.” (Lucas 6.22);
32. Quem morre no Eterno ->
“E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: bem-aventurados
os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para
que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem.” (Apocalipse
14.13);
33. Quem é chamado à ceia das bodas do
Cordeiro ->
“E disse-me: Escreve: bem-aventurados aqueles que são chamados
à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras
de Deus.” (Apocalipse 19.9);
34. Quem tem parte na primeira
ressurreição ->
“Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na
primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão
sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.” (Apocalipse
20.6);
35. Aquele cujo espírito é pobre o
suficiente para enxergar que não pode desprezar o próximo. Tem que usar de
misericórdia para com ele ->
“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque
deles é o reino dos céus;” (Mateus 5.3);
“E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: bem-aventurados
vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus.” (Lucas
6.20);
36. Quem compartilha do sofrimento de
Jesus (Fp 3.10; Cl 1.24) ->
“Bem-aventurados os que choram, porque eles serão
consolados;” (Mateus 5.4);
“Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque
sereis fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque
haveis de rir.” (Lucas 6.21);
37. Quem não resolve as coisas por força
ou violência, mas pelo Espírito do Eterno ->
“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a
terra;” (Mateus 5.5);
38. Quem sofre por ver alguma injustiça
sendo cometida contra seu próximo ->
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque eles serão fartos;” (Mateus 5.6);
39. Quem tem prazer em exercitar a
misericórdia do Eterno ->
“Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles
alcançarão misericórdia;” (Mateus 5.7);
40. Quem tem o coração livre de
pensamentos, sentimentos e planos contrários ao Eterno ->
“Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles
verão a Deus;” (Mateus 5.8);
41. Quem quer promover a reconciliação
entre os indivíduos e o Eterno ->
“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles
serão chamados filhos de Deus;” (Mateus 5.9);
Por
fim, o próprio Eterno é Bem-aventurado:
“Conforme o evangelho da
glória de Deus Bem-aventurado, que me foi confiado.” (I
Timóteo 1.11);
“A qual a seu tempo mostrará o Bem-aventurado, e único
poderoso SENHOR, Rei dos reis e Senhor dos senhores;” (I
Timóteo 6.15);
·
Você
sobrepuja a todas as mulheres virtuosas que existiram -> Mesmo que a mulher
virtuosa não seja perfeita, o que o homem está declarando é que, na vida dele,
não existe nenhuma mulher mais adequada para ele do que ela. Mesmo com as
falhas que ela possa ter, ainda assim a virtude de nenhuma outra mulher é tão
eficaz na vida dele
Mas
o louvor à mulher não para aí!
·
“Conhece-se o seu marido nas portas, quando se assenta com
os anciãos da terra.” (Pv 31.23 - ARA2).
·
“Dai-lhe do fruto das suas mãos, e louvem-na nas portas as
suas obras.” (Pv 31.31 - ACF).
Note
como as obras da mulher virtuosa devem ser louvadas nas portas, justamente onde
seu marido é conhecido. Ou seja, quando ele se assentar entre os anciãos para
participar do julgamento das causas que eram trazidas pelo povo de Israel,
todos verão a mulher virtuosa dentro dele. Afinal, como auxiliadora idônea do
marido, ela participou da construção do conhecimento e do amor do Eterno no
interior dele. Ao permitir que seu marido a amasse, ela acabou dando
oportunidade para que a fonte de vida jorrasse mais e mais abundantemente
através dele (Jo 4.14;
7.37-39). Em outras
palavras, ele teve mais oportunidade experimentar a vida do Eterno movendo
dentro de si. Isto lhe capacitou para julgar de modo mais amoroso, justo e sábio.
·
“Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com as
rendas do seu trabalho.” (Pv 31.16).
·
De
acordo com o livro de cânticos, a mulher virtuosa sabe também como coabitar com
entendimento (tal como deve acontecer com o homem
– 1Pe 3.7).
·
“Levantemo-nos de manhã para ir às vinhas, vejamos se florescem
as vides, se já aparecem as tenras uvas, se já brotam as romãzeiras; ali te
darei os meus amores. As mandrágoras exalam o seu perfume, e às nossas portas
há todo o gênero de excelentes frutos, novos e velhos; ó amado meu, eu os
guardei para ti.” (Ct 7.12,13).
Note
como a mulher virtuosa sabe associar trabalho com relação sexual. Ela deseja ir
às vinhas para ver se as vides floresciam, se as romeiras brotavam e, ao mesmo
tempo, para se relacionar com seu marido. Note como ela observava atentamente
os frutos excelentes que estavam à sua porta a fim de poder reservá-los para
seu marido.
Ou
seja, ela não queria adquirir qualquer coisa para seu marido. Enquanto passeava
com seu marido para desfrutar da sua companhia e amor, ela aproveitava para ver
se havia uma propriedade adequada, produtiva, que pudesse servir de solo para
as sementes de vida (videira) que seu marido lhe dera.
Note
que as rendas que a mulher adquiriu com a venda do linho filho e das cintas dos
mercadores (Pv 31.24) não foi usada para seus propósitos
egoístas (por exemplo, comprar cosméticos para se sentir melhor
consigo mesma ou agradar pessoas).
Ela usou para adquirir a propriedade e contratar trabalhadores que pudessem
cuidar da sua vinha:
·
“Teve Salomão uma vinha em Baal-Hamom;
entregou-a a uns guardas; e cada um lhe trazia pelo seu fruto mil peças de
prata. A minha vinha, que me pertence, está diante de mim; as mil peças de
prata são para ti, ó Salomão, e duzentas para os que guardam o seu fruto.” (Ct 8.11,12).
Enfim,
ao contrário do mundo que tenta separar família do trabalho secular e da “obra
do Eterno”, a mulher virtuosa sabe conciliar as três coisas: está sempre junta
do seu marido guiada pelo Eterno provendo o necessário para o corpo, mente,
sentimento e espírito dos que a cerca.
E,
tal como o Eterno fez ao criar o mundo (Gn 1.10,12,18,21,25,31), ela avalia seu trabalho:
·
“Ela percebe que o seu ganho é bom; a sua lâmpada não se apaga de
noite.” (Pv 31.18).
Ela
consegue perceber que seu ganho está sendo proveitoso. Infelizmente, a maioria
dos indivíduos não consegue tal discernimento e, por isto, acaba conquistando
um punhado de coisas que, além de não satisfazer, acaba lhes afastando de quem
verdadeiramente os ama.
A
mulher virtuosa não desperdiça tempo, recursos e energia com aquilo que não tem
proveito. Mesmo quando vem a noite, ou seja, quando o Eterno, aparentemente,
parece distante, ela não se desespera, tentando a todo custo se ver livre do
problema. Sua lâmpada não apaga, ou seja, ela permanece amando o próximo e
sendo purificada pelo sangue de Jesus (1Jo 1.7; 2.9-11), sem temer o que lhe possa fazer o
homem (Hb 13.5,6).
·
“É como o navio mercante: de longe traz o seu pão.” (Pv 31.14).
O
navio, na época, era o meio de transporte mais avançado que existia. Era o que
ia mais longe. O navio mercante, em particular, percorria longas distâncias em
busca de obter as melhores mercadorias (lembrando – Mt 13.45,46)
que pudessem atender a clientela.
A
mulher virtuosa, de igual modo, ela não poupa esforços para conseguir o seu
alimento. Ela busca fundo no Eterno conhecer quem realmente é o seu marido e
qual é a missão que Ele lhe deu. Ela não quer se relacionar com o ego
corrompido do seu marido (buscando paparicá-lo a fim de mendigar
um pouco de atenção),
mas com o seu ego original, criado para ser uma bênção por onde quer que for (veja
o exemplo de Abraão – Gn 12.2).
Ela
entende que ela não foi feita para dar certo com a mutação genética que a alma
do seu marido sofreu por causa do pecado, mas sim com o verdadeiro eu dele.
Enfim,
ela se alimenta da vontade do Eterno para seu marido (Jo 4.34),
fazendo de tudo para comprar esta verdade, sem jamais dela se desfazer (Pv 23.23).
Ela quer se alimentar de tudo que sai da boca do Eterno (Dt 8.3; Mt 4.4; Lc 4.4),
certo de que Jesus é o Pão da Vida (Jo 6.48).
Não
é à toa que ela:
·
“Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua língua.” (Pv 31.26).
·
Logo,
ela é uma mulher que economiza o tempo, aproveitando bem cada oportunidade:
·
“Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os
mortos, e Cristo te esclarecerá. Portanto, vede prudentemente como andais, não
como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são
maus. Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do
Senhor.” (Ef 5.14-17).
·
“Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o
tempo. A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que
saibais como vos convém responder a cada um.” (Cl
4.5,6).
Não
perde tempo com conversas e desejos inúteis. Por onde quer que vá, usa de
sabedoria a fim de poder tirar o melhor possível de cada situação que surge na
sua vida, tanto crescendo como ajudando outros a crescerem.
Mas
isto não é tudo! A lei da beneficência está na sua língua. Considerando que a
língua é um órgão que nenhum homem pode domar, um mal que não se pode refrear (Tg 3.8),
a única forma de fazer da beneficência a lei que controla sua língua é enchendo
o coração apenas de coisas boas.
Afinal,
como a boca fala do que há em abundância no coração (Mt 12.34,35; Lc 6.45), logo se a mulher estiver repleta da
sabedoria do Eterno e conseguir ver na lei apenas uma expressão da liberdade (Tg 1.21)
e da bondade do Eterno, quando ela abri a boca só sairá palavras de bênção para
todos à sua volta.
Enfim,
espero que você, mulher, possua todas as características citadas neste
provérbio. E caso não, trate de buscar no Eterno que isto se cumpra
imediatamente na tua vida. O Reino do Eterno está precisando urgentemente de
mulheres como esta. Como está dificílimo achar uma mulher virtuosa hoje! É uma
espécime em extinção.
Chegará
um tempo (que por sinal está muito próximo) em que será impossível casar com uma
mulher sem se contaminar com o mundo:
·
“E bem quisera eu que estivésseis sem cuidado. O solteiro cuida
das coisas do SENHOR, em como há de agradar ao Senhor; mas o que é casado
cuida das coisas do mundo, em como há de agradar à mulher. Há diferença
entre a mulher casada e a virgem. A solteira cuida das coisas do Senhor para
ser santa, tanto no corpo como no espírito; porém, a casada cuida das coisas do
mundo, em como há de agradar ao marido.” (1Co
7.32-34).
·
“E cantavam um como cântico novo diante do trono, e diante dos
quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os
cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra. Estes são os que
não estão contaminados com mulheres; porque são virgens. Estes são os que
seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes são os que dentre os homens
foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro.” (Ap 14.3,4).
E
considerando a enorme influência que as mulheres exercem sobre os homens (analise
Gn 3.6; Rm 1.26,27; 1Pe
3.1,2), que você
mulher que estiver lendo este artigo possa ser uma das que irá servir como
instrumento do Eterno para libertar o homem do mundanismo.
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