domingo, 10 de setembro de 2017

149 - Efésios 3.8-10 – Como a Igreja fará conhecida a sabedoria do Eterno?

Efésios 3.8-10 – Como a Igreja fará conhecida a sabedoria do Eterno?

 

·        “Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, o qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas; a saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho; do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder. A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus,” (Efésios 3.4-10).

 

A rigor, não é a Igreja que fará a multiforme sabedoria do Eterno conhecida pelos anjos, mas sim Jesus através da Igreja. Não por meio daquilo que a Igreja faz, mas daquilo que Jesus faz nela e através dela.

Para você entender a ideia, pense em uma gota de chuva antes de cair no oceano. Ele é tão somente uma gota de água. Quando cai no oceano, ela se mistura com as milhões de gotas que ali estão, sendo impossível de ser diferenciada das demais.

Ela só seria vista novamente se ela tivesse vontade própria e decidisse se isolar do oceano.

De igual modo, Jesus é a videira e nós os ramos (Jo 15.1); Ele é a cabeça e nós membros do Seu corpo (Rm 12.5). Enquanto separados, somos inúteis e vamos definhando (Jo 15.3). Quando, todavia, somos enxertados novamente, nos misturamos aos demais que fazem parte do membro ou do ramo do qual fomos retirados. A partir de então, juntos, vamos crescendo em relacionamentos (Ef 4.15,16) e manifestando a todos as riquezas de Cristo que são impossíveis de ser compreendidas por meio de palavras (bondade, benignidade, mansidão, etc.).

A partir daí, o amor de Cristo irá emanar de cada uma das partes que compõem Jesus. Ninguém dentro de Cristo terá sede ou necessidade de amor, pois o amor irá nos possuir por completo, sendo visto em nós.

Ninguém terá desejo ou necessidade de proteção, pois uma vez que em Cristo todos estamos completos (Cl 2.10), não haverá medo ou dúvida, mas tão somente fé. Todos conhecerão Jesus (Hb 8.10-12), não havendo, deste modo, necessidade de provas, confirmação, etc.

Jesus nos confirmará para que os de fora tenham certeza de que a Igreja é coluna e baluarte da verdade (1Tm 3.15). Todavia, dentro da Igreja, não é para haver qualquer separação, já que somente o que é verdadeiro é revelado e tornado conhecido.

Na Igreja, há apenas uma realidade. Não existe o que é visto nas congregações: crente em Jesus ensinando crente, mas a Igreja manifestando Cristo por onde vai e vivendo o evangelho (a boa notícia do fim da inimizade trazida pela lei – Ef 2.13-15).

Veja como a sabedoria é caracterizada:

 

·        “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência.” (Provérbios 9.10).

·        “Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória;” (1Coríntios 2.6,7).

 

E a Igreja é o mistério do Eterno:

 

·        “O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos; aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória;” (Colossenses 1.26,27).

 

Note como a sabedoria do Eterno está oculta em mistério, ou seja, na Igreja, na medida que esta busca conhecer o Santo (Jesus) e temê-Lo. Por isto o autor de Provérbios adverte:

 

·        “Busca satisfazer seu próprio desejo aquele que se isola; ele se insurge contra toda sabedoria.” (Provérbios 18.1).

 

Quem se isola da Igreja, está se levantando contra a verdadeira sabedoria, visto que é no exercício do temor do Eterno no coração uns dos outros que Ele trabalha Sua sabedoria.

A sabedoria do Eterno consiste em Ele levando uns amarem os outros, a ponto de sentirem tristeza pelas misérias, faltas e sofrimentos uns dos outros.

Uns disciplinam os outros com temor, pois dói apartá-los da comunhão (ver 1Coríntios 12.22-26), mas ao mesmo tempo dói ver os outros sofrendo. Por outro lado, um fica feliz de poder perdoar o outro, pelo privilégio de voltar a ter contato com este membro tão precioso.

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