Efésios 3.8-10 –
Como a Igreja fará conhecida a sabedoria do Eterno?
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“Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha
compreensão do mistério de Cristo, o qual noutros séculos não foi
manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito
aos seus santos apóstolos e profetas; a saber, que os gentios são
co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho;
do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder. A mim,
o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os
gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, e demonstrar
a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto
em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; para que agora, pela igreja, a multiforme
sabedoria de Deus seja conhecida dos
principados e potestades nos céus,” (Efésios 3.4-10).
A rigor, não é a Igreja que fará a multiforme sabedoria do Eterno
conhecida pelos anjos, mas sim Jesus através da Igreja. Não por meio daquilo
que a Igreja faz, mas daquilo que Jesus faz nela e através dela.
Para você entender a ideia, pense em uma gota de chuva antes de cair no
oceano. Ele é tão somente uma gota de água. Quando cai no oceano, ela se
mistura com as milhões de gotas que ali estão, sendo impossível de ser diferenciada
das demais.
Ela só seria vista novamente se ela tivesse vontade própria e decidisse
se isolar do oceano.
De igual modo, Jesus é a videira e nós os ramos (Jo 15.1); Ele é a cabeça e nós membros do Seu corpo (Rm 12.5). Enquanto separados, somos inúteis e vamos definhando (Jo 15.3). Quando, todavia, somos enxertados novamente, nos misturamos aos demais
que fazem parte do membro ou do ramo do qual fomos retirados. A partir de
então, juntos, vamos crescendo em relacionamentos (Ef 4.15,16) e manifestando a todos as riquezas de Cristo que são impossíveis de ser
compreendidas por meio de palavras (bondade, benignidade, mansidão, etc.).
A partir daí, o amor de Cristo irá emanar de cada uma das partes que
compõem Jesus. Ninguém dentro de Cristo terá sede ou necessidade de amor, pois
o amor irá nos possuir por completo, sendo visto em nós.
Ninguém terá desejo ou necessidade de proteção, pois uma vez que em
Cristo todos estamos completos (Cl 2.10), não haverá medo ou dúvida, mas tão somente fé.
Todos conhecerão Jesus (Hb 8.10-12), não havendo, deste modo,
necessidade de provas, confirmação, etc.
Jesus nos confirmará para que os de fora tenham certeza de que a Igreja
é coluna e baluarte da verdade (1Tm 3.15). Todavia, dentro da Igreja, não é para haver qualquer
separação, já que somente o que é verdadeiro é revelado e tornado conhecido.
Na Igreja, há apenas uma realidade. Não existe o que é visto nas
congregações: crente em Jesus ensinando crente, mas a Igreja manifestando
Cristo por onde vai e vivendo o evangelho (a boa notícia do fim da inimizade trazida pela lei – Ef
2.13-15).
Veja como a sabedoria é caracterizada:
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“O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e o
conhecimento do Santo a prudência.” (Provérbios 9.10).
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“Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a
sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; mas
falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos
séculos para nossa glória;” (1Coríntios 2.6,7).
E a Igreja é o mistério do Eterno:
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“O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as
gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos; aos quais Deus quis fazer
conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em
vós, esperança da glória;” (Colossenses
1.26,27).
Note como a sabedoria do Eterno está oculta em mistério, ou seja, na
Igreja, na medida que esta busca conhecer o Santo (Jesus) e
temê-Lo. Por isto o autor de Provérbios adverte:
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“Busca satisfazer seu próprio desejo aquele que se isola;
ele se insurge contra toda sabedoria.” (Provérbios
18.1).
Quem se isola da Igreja, está se levantando contra a verdadeira
sabedoria, visto que é no exercício do temor do Eterno no coração uns dos
outros que Ele trabalha Sua sabedoria.
A sabedoria do Eterno consiste em Ele levando uns amarem os outros, a
ponto de sentirem tristeza pelas misérias, faltas e sofrimentos uns dos outros.
Uns disciplinam os outros com temor, pois dói apartá-los da comunhão (ver 1Coríntios 12.22-26), mas ao mesmo tempo dói ver os outros sofrendo. Por outro lado, um fica
feliz de poder perdoar o outro, pelo privilégio de voltar a ter contato com
este membro tão precioso.
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