domingo, 10 de setembro de 2017

150 - Romanos 14

Romanos 14

 

Este capítulo está tratando do princípio da liberdade em Cristo. A princípio, em Cristo, nenhuma comida em si é imunda (Rm 14.14). Todavia, há indivíduos que consideravam certos tipos de carne como algo imundo, seja em virtude do que é dito na lei de Moisés ou por ela ter sido sacrificada aos ídolos.

 Para aqueles que têm uma fé fraca (ou seja, pouco amor – ver Rm 13.8-10), infelizmente há necessidade de ser regido por leis (Gl 3.23-25). Afinal, tais indivíduos não amam o próximo, o que implica que eles não conseguiram a fé suficiente para confiarem plenamente em Jesus.

Resultado: todas as ações que eles cometem é pecado (Rm 14.23), ou seja, sempre agem no sentido de se isolarem cada vez mais dos indivíduos e de Jesus. Tais indivíduos necessitam de leis que restrinjam suas ações ao máximo a fim de que, em nenhuma hipótese, suas ações levem alguém a tropeçar, se ofender ou enfraquecer (Rm 14.21).

A estes indivíduos que estão presos na lei de Moisés ou aos sacrifícios da idolatria, devemos acolher, não para contender acerca da insegurança (dúvidas) que eles têm acerca da eficácia do amor e da graça de Cristo (Rm 14.1), mas para ajudá-los a ter a fé fortalecida.

Quem, por sua fraqueza na fé come legumes (por medo dos judaizantes ou de ser atormentado por um espírito imundo), ao invés de ficar julgando aquele que o Eterno levantou para servir o próximo (o qual será julgado e firmado pelo Eterno na vida de quem ele foi destinado a servir – Rm 14.2-4), deve prosseguir rumo à fé verdadeira que o libertará da maldição da lei.

Por outro lado, quem crê que pode comer de tudo, não deve desprezar os débeis na fé, visto que estes foram colocados em suas vidas justamente para enxergarem a perfeição que há na graça de Cristo.

Considerando que ninguém vive ou morre para si (Rm 14.7),  mas para o Eterno (Rm 14.8), logo os débeis na fé (que consideram o sábado e outros dias do ano mais sagrados do que os demais, bem como alguns alimentos impróprios para consumo) e os maduros (que vivem debaixo do Favor do Eterno) devem se amar, compreender o jeito de cada um louvar o Eterno (Rm 14.5,6) e, juntos, prosseguirem rumo à unidade da fé (Ef 4.11-16).

Afinal, Jesus morreu justamente para ser Senhor tanto daqueles que morrem na fé, quanto daqueles que vivem na fé. Em outras palavras, jamais as ações de algum ser humano irá atrapalhar a ação de Jesus (Jó 42.2; Is 43.13; Jr 1.11,12). Já que é assim, então do que estamos com medo?

Além disto, devemos considerar três coisas:

 

·        cada um dará conta de si mesmo ao Eterno (Rm 14.12), ou seja, não poderá usar os outros como desculpa para seus pecados;

·        todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo (Rm 14.10). Imagine como nos sentiremos ao estarmos frente a frente diante de Jesus com cada um dos indivíduos com quem tivemos contato. Logo, pense bastante antes de julgar ou desprezar o irmão. É muito melhor sentirmos coisas boas ao virmos cada um deles.

·        “porque está escrito: como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, e toda a língua confessará a Deus” (Rm 14.11). Agora imagine a vergonha que sentiremos quando percebermos a enorme quantidade de vezes que nos rebelamos contra Cristo todas as vezes que nos voltamos contra os irmãos.

 

Assim, não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o nosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão (Rm 14.13). Considerando que o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17), quem nisto serve a Cristo, agradável é ao Eterno e aceito aos homens (Rm 14.18).

Não destruamos por causa da comida a obra do Eterno (aquele por quem Cristo morreu – Rm 14.15). É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo (Rm 14.20).

Assim, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor (Rm 14.15).

Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros (Rm 14.19), de modo que não seja, pois, blasfemado o nosso bem (Rm 14.16).

Afinal, quem tem fé, que a tenha dentro de si diante do Eterno (Rm 14.22 – e não diante das pessoas, como que querendo a aprovação delas). Em outras palavras, a nossa fé deve estar relacionada com o amor que temos pelo Eterno, a saber, com prazer que temos em ver Ele agir e tocar nosso coração.

Quem aprova ou é aprovado em algo que contraria o plano do Eterno na vida do irmão está condenando a si mesmo (Rm 14.22). Não receberá a coroa a ele destinada (2Tm 2.5).

 

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