APOCALIPSE
2
Introdução
As sete
cartas obedecem a um mesmo padrão:
·
O
destinatário é o mensageiro da Igreja;
·
Jesus se
apresenta de modo peculiar à oholyao, de acordo com o problema dela;
·
Jesus
mostra que conhece Sua oholyao e cita o que existe de bom nela;
·
Jesus
repreende a oholyao;
·
A
consequência do pecado é manifesta;
·
Promessa é
dada aos fiéis;
·
Jesus
exorta Seu povo a ouvir a voz do Espírito Santo. Logo, o Espírito Santo
confirma o que Jesus fala e faz (Jo 16.12). Do contrário Jesusa não nos ordenaria que ouvíssemos a voz do
Espírito Santo.
·
Qual a recompensa
aos vencedores.
A primeira e a sétima oholyao formam um par, onde a legalidade de Éfeso
é a semente e a mornidão de Laodicéia, o fruto.
A segunda e a sexta oholyao formam um par, onde o medo da morte de
Esmirna é a semente e a fraqueza na fé de Filadélfia, o fruto.
A terceira e a quinta oholyao formam um par, onde os que assalariam
líderes para exercer o amor ao próximo em lugar deles é a semente (Pérgamo) e a
robotização de Sardes, o fruto.
A quarta oholyao é singular. O ministério feminino é a semente e a
prostituição física e espiritual, o fruto (ver Rm 1.26).
A frase “quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”
precede a promessa nas três primeiras cartas (como que
chamando atenção para a mesma) e sucede a promessa nas quatro últimas (como que
ratificando a promessa a quem a considerasse maravilhosa demais para se
acreditar).
Vários elementos contidos no início do apocalipse têm correspondente no
final:
·
Árvore de
Vida (Ap 2.7; Ap 22.2,14);
·
O
livramento da segunda morte (Ap 2.11; Ap 20.14; 21.8);
·
O novo nome
(Ap 2.17; Ap 14.1);
·
Poder sobre
as nações (Ap 2.26; Ap 20.4);
·
Estrela da
manhã (Ap 2.28; Ap 22.16);
·
Veste
branca (Ap 3.5; Ap 4.4; 6.11; 16.15; 19.8);
·
O nome no
livro da vida (Ap 3.5; Ap 13.8; 20.15).
·
Habitar na
Nova Jerusalém e ser cidadão dela (Ap 3.12; Ap 21.10).
Ou seja, João vê quase todas as promessas aos sete grupos de
convertidos se cumprirem na vida dos vencedores.
A mensagem de Jesus à oholyao é contextualizada. Jesus conhecia a oholyao
e a cidade.
O linguajar
usado no Apocalipse é bem diferente daquele usado no quarto evangelho ou nas
cartas supostamente escritas por João..
A diferença entre Tiatira, Sardes, Filadélfia e
Laodicéia é que:
·
Tiatira
conhece bem a Palavra do Eterno (têm ânimo para as coisas
celestiais), quer viver as
coisas espirituais, mas sem deixar as carnais.
·
Sardes
conhece o próprio Eterno em pessoa, mas aos poucos foram voltando para os
próprios interesses e começaram a viver o evangelho sem qualquer fé e interesse
em ver indivíduos sendo transformados pelo amor do Eterno e salvos de si mesmos.
Passaram a executar meros rituais para aliviar a consciência e se acharem
merecedores de bênçãos, sem se preocuparem se os mesmos estavam ou não
agradando ao Criador.
·
Filadélfia
conhece o Eterno superficialmente e, embora estavam muito apegado aos apelos da
carne, lutam contra eles. Perdem muito tempo nesta luta e, assim, acabam não
passando pela porta aberta;
·
Laodicéia
vive plenamente na carne (como em 1Co 15.19);
A maior
parte das promessas têm a ver com vida eterna.
A palavra
“vencer” aparece com mais frequência nos escritos de João (principalmente no Apocalipse) do que nos demais livros do Novo Testamento.
As palavras
“guerra” e “fazer guerra” ocorrem com mais frequência em Apocalipse do que em
outro livro do Testamento do Favor do Eterno.
Cinco das sete
oholyao são ordenadas ao arrependimento.
Carta aos convertidos de Éfeso (os legalistas)
Característica
Éfeso era
uma cidade grande, famosa pelo templo da deusa Diana (Atos 19.35). Era o
centro das artes mágicas (ver Atos 19.19) e dos cultos de mistérios. Nesta cidade Áquila,
Priscila e Apolo evangelizaram (Atos 18.24-28). Foi onde Timóteo evangelizou (1Tm 1.3) e João
pregou na velhice.
Paulo
visitou Éfeso no final da 2ª viagem apostólica (At 18.19-21). Em sua 3ª viagem, passou lá três anos (At 20.31). O Eterno
operou ali maravilhosamente:
1) caiu temor sobre todos eles, e o nome do Senhor
Jesus era engrandecido. (At 19.17).
2) muitos dos que tinham crido vinham, confessando e
publicando os seus feitos. (At 19.18)
3) muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os
seus livros, e os queimaram na presença de todos e, feita a conta do seu preço,
acharam que montava a cinquenta mil peças de prata. (At 19.19);
4) Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente e
prevalecia (At 19.20) ao ponto de se espalhar por toda a Ásia (At 19.26).
Nesta
época, era um grupo muito amoroso (Ef 1.15). No entanto, os vários avisos de Paulo de que os
seguidores de Jesus nesta localidade seriam confrontados pelos falsos irmãos (Mt 7.15-20; At 20.35) e induzidos por eles a adotarem para si suas ideias e costumes
pervertidos, os levou a um zelo exagerado pela pureza da Escritura Sagrada.
Embora esta seja importante, é tão somente um guia para nos levar à intimidade
profunda com Cristo.
Infelizmente,
muitos (naquela época e hoje) perderam este referencial e ficaram brigando teologicamente, sem
sequer se preocuparem se estão realmente em Cristo ou tão somente enganando a
si mesmos. Não pensavam que nenhuma finalidade há em conhecer todos os mistérios
e ciência da Escritura Sagrada e realizar grandiosas obras com base nelas, se
isto não os aproxima de Cristo, nem dos que estão próximos de si.
A atitude
dos irmãos de Éfeso em batalhar pelo princípio das sete unidades (Ef 4.3-6), ao invés
de se deixar levar em círculos por todo vento de doutrina (Ef 4.11-14) era nobre (algo que ela fez, mesmo em meio a ataques físicos e heréticos). Todavia, jamais deve induzir os que se engajam
nesta luta a fecharem o foco, de modo a não serem capazes mais de enxergar que
a lei foi feita por causa do homem, e não o homem por causa da lei (expandindo o raciocínio de – Marcos 2.27).
Ainda mais
hoje, quando muitos convertidos querem a coroa sem a cruz, a riqueza sem
descansar e esperar no Eterno (Sl 37.7), a salvação sem arrependimento, as bênçãos do
Eterno sem o Deus das bênçãos, nada mais indicado que seguir o conselho de
Judas: batalhar diligentemente pela fé que uma vez foi dada aos santos (Jd 3).
No entanto,
jamais devemos esquecer que o papel da Igreja não é zelar pela perpetuação de
ideias ou filosofias mortas (como o faz a história, geografia,
etc.), mas sim batalhar
para que a Palavra do Eterno seja viva e ativa em nossos dias como código do
amor que rege, não uma sociedade, mas o dia a dia de cada um que crê, mesmo em
meio aos ensinamentos corrompidos do Sistema Babilônico que rege este mundo. O
objetivo da Igreja não é ensinar a Palavra do Eterno (não existe ministério de professor na Escritura Sagrada), mas sim vivê-la, mostrando-a a todos através dos
Seus efeitos agindo onde ela é aplicada.
Como Jesus se apresenta?
Isto diz aquele que tem as sete estrelas na
sua destra, que anda no meio dos sete candeeiros de ouro (Ap 2.1).
Quando a
Igreja é alimentada secretamente no tabernáculo do Eterno, ela é castiçal de
ouro.
Para os
irmãos que perderam o seu primeiro amor, Jesus se apresenta como aquele que mantém
a comunhão da Igreja e segura em Sua mão
cada um que se dispõe a resplandecer como astro no mundo (Fp 2.14,15), ensinando
a todos a justiça do Reino dos Céus (Dn 12.3). Ou seja, Jesus está mostrando que Ele enxerga
tudo que está se passando em toda a terra e que, deste modo, não necessita de
ninguém que fique fiscalizando o comportamento da Igreja.
Logo, não
precisamos ficar julgando e condenando os outros (Mt 7.1; 1Co
4.5), pois todos vamos
comparecer diante do tribunal de Cristo (Rm 14.10; 2Co
5.10).
Fisicamente,
os mensageiros do Eterno são tidos como estrelas (Mt 5.14-16), já que o mundo todo jaz no maligno (1Jo 5.19) e está em
trevas (Is 60.1,2). Contudo, tais pessoas refletem a luz de Cristo (Jo 8.12). E no que
Jesus as possui, não precisamos ficar vigiando no sentido de querer controlar
os pensamentos e sentimentos das pessoas. Basta tão somente ficarmos atentos
àquilo que Deus quer fazer na vida de cada uma delas.
Jesus mostrou
aos irmãos que não estavam mais enxergando o valor do amor, ou seja, a
importância de Sua presença na Igreja, que o que o diferencia Ele dos demais
deuses é o fato de Ele se manifestar na vida de cada um que crê, bem como de
protegê-los e guiá-los. Aliás, é esta a maior necessidade da Igreja: perceber
dentro de si a segurança de pertencer a Ele (Rm 8.14). Afinal, é a certeza de que Ele está sempre por
perto e que nada pode nos separar do amor Dele (Rm 8.39 –
ninguém pode nos arrebatar das mãos Dele – Jo 10.28,29) que nos conforta num mundo onde só há injustiça,
dor, tragédia, miséria, etc.
A maioria
daqueles que creem, só conseguem ver Jesus no sentado no céu a direita por Pai
reinando sobre tudo e todos, mas à distância (tal como os
pagãos cultuam seus ídolos). É a
intimidade com o Criador que faz o Deus verdadeiro diferente daquele
apresentado pelas religiões, seitas e denominações evangélicas.
Sei que
isto parece duro de engolir. Contudo, entenda: a ideia não é fazer algo para
agradar o Eterno ou ficar elogiando-O, mas sim ouvi-Lo e deixar que Ele cumpra
toda Sua vontade em nós e através de nós.
Quais qualidades podem ser vistas?
1ª - Conheço as tuas
obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e
puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste
mentirosos.
2ª - E sofreste, e
tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste. (Ap 2.2,3 - ACF).
3ª - Tens, porém,
isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio. (Ap 2.6).
Antes de
tudo, obras é uma das palavras favoritas de João e normalmente está relacionada
à total conduta do indivíduo.
Perceba que
as mesmas coisas que são mencionadas no versículo 2 são vistas no versículo 3,
só que em ordem invertida. Uma hipótese para isto é nos mostrar que não há bem
que façamos (versículo dois), nem mal que soframos (versículo
três) que passe
desapercebido dos olhos do Eterno.
Analisemos
uma por uma:
·
Sei as tuas
obras, o teu trabalho e a tua paciência -> estes irmãos eram repletos de
boas obras, nas quais eles se esforçavam sem esmorecer para que ficassem
perfeitas.
·
não podes
suportar os maus -> se pudessem, prendiam ou matavam todos os perversos para
eliminar o mal da face da terra;
·
E sofreste
e tens paciência -> Paciência não é passividade em meio aos problemas.
Trata-se suportar com firme e forte perseverança as aflições impostas por um
sistema demoníaco que quer a todo custo provar a não veracidade da Escritura
Sagrada e de Cristo.
·
e trabalhaste
pelo meu nome, e não te cansaste -> Trabalho, aqui, tem haver com um esforço
repleto de ânimo, e não uma mera execução de tarefas robóticas. Queriam fazer obras
que pudessem levar o Eterno a ser glorificado. Mesmo diante das perseguições,
não se cansam de serem fiéis àquilo em que creem.
·
aborreces
as obras dos nicolaítas, as quais eu também aborreço -> Nicolaítas, segundo
dizem, vem do grego “nikao” (conquistar) + “laos” (pessoas). Ou seja,
trata-se de um membro se elevando sobre os demais e, deste modo, semeando
contendas (Pv 6.19) ou querendo dominar sobre eles. Nesta carta a ênfase está nas obras
que visam proporcionar isto, enquanto que na carta aos irmãos de Pérgamo, aos ensinamentos
que almejam isto. Hoje, o líderes religiosos se exaltam sobre a congregação
destas duas formas: alegando serem teólogos e serem responsáveis pela
realização de grandes feitos.
·
puseste à prova os que se dizem ser apóstolos, e não o são, e os achaste
falsos -> eram implacáveis com os hereges e falsos ministros.
Um dos
principais cuidados de Jesus, ao dirigir sua mensagem final às sete igrejas,
foi preveni-las da apostasia por tolerar falsos mestres, profetas ou apóstolos,
os quais enfraqueciam Seu poder e autoridade entre os membros da Igreja.
·
“Todos os seus atalaias são cegos,
nada sabem; todos são cães mudos, não podem ladrar; andam adormecidos, estão
deitados, e gostam do sono. E estes cães são gulosos, não se podem fartar; e
eles são pastores que nada compreendem; todos eles se tornam para o seu
caminho, cada um para a sua ganância, cada um por sua parte.” (Is
56.10,11).
·
“Porque ímpios se acham entre o meu
povo; andam espiando, como quem arma laços; põem armadilhas, com que prendem
os homens. Como uma gaiola está cheia de pássaros, assim as suas casas
estão cheias de engano; por isso se engrandeceram, e enriqueceram;” (Jr
5.26,27).
·
“E ele mesmo deu uns para apóstolos,
e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e
doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério,
para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e
ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura
completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em
roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia
enganam fraudulosamente.” (Efésios 4.11-14).
De fato, o fato
de alguém querer reivindicar para si o direito de dominar a vida de outros
indivíduos é um problema sério. Veja quanta guerra denominacional existe. Por
que cada dia surgem novas denominações? Por que os teólogos nunca se entendem?
Não estão todos servindo ao mesmo Jesus (Ef 4.3-6)? A fé, o Espírito Santo e a Escritura Sagrada não
são, cada um, apenas um? Então para que esta disputa?
Só existe
uma explicação: os líderes religiosos não têm nenhum interesse em ajudar o
povo, muito menos em conduzi-los ao Criador, de modo que possam servi-Lo do
modo correto, ou seja, confiando Nele e sendo por Ele usados (Jo 6.28,29; At 13.1,2).
Não existe
interesse em acabar a confusão, mas sim em aumentar a confusão.
Que fique
claro: a repreensão não é somente para os nicolaítas, mas sobretudo para os
fiéis seguidores do Cordeiro que, embora conheçam a verdade, por comodismo,
preferem que alguém busque ao Eterno e faça boas obras por eles. E tudo isto
para que eles possam se dedicar aos prazeres da carne e a seguir o falso deus (por exemplo, o deus do passado) que melhor e mais facilmente pode ser manipulado.
Toda falsa adoração, no final, é uma exaltação ao próprio ego (ver Lucas 18.11 – ARA2)
Vem a
questão: como eles reivindicavam ser apóstolos? No início da era cristã, quando
os contemporâneos dos apóstolos eram abundantes, a reivindicação para ser um
apóstolo podia, com alguma razão, ser feita (já que nem
todo mundo conhecia pessoalmente os doze apóstolos). Todavia, quando João escreveu o Apocalipse, esta
afirmação seria uma mentira muito grosseira (já que os
apóstolos que ainda não tinham morrido estavam bem velhos). Neste caso, existem quatro hipóteses possíveis:
1)
Eles
reivindicavam que tinham sido chamados de modo sobrenatural por Jesus após Ele
ter ascendido aos céus, tal como se deu com Paulo. Neste caso, para verificar a
veracidade disto, deve-se observar o fruto do indivíduo (Mateus 7.15-20).
2)
Eles
declaravam que foram eleitos pelos apóstolos, tal como se deu com Matias (Atos 1.23-26). Para confirmar isto, bastava checar se este costume continuou a ser
propagado. É claro que não, visto que a eleição de Matias tinha por finalidade
suprir o lugar deixado por Judas Iscariotes (pelo menos é
isto que eles pensavam).
3)
Eles
proclamavam que eram sucessores dos apóstolos, possuindo a autoridade deles,
bem como a capacidade de transmitir esta autoridade. Ou seja, neste caso eles
estariam afirmando que os apóstolos ordenaram eles como sucessores e que,
assim, eles também tinham tal autoridade. É claro que isto é impossível, já que
o ministério de alguém não é constituído pela vontade de nenhum ser humano, mas
um chamado divino (Gálatas 1.1; Colossenses 1.1).
4)
Eles
afirmavam que, tal como Barnabé (Atos 14.14), saíam pelo mundo afora lançando as bases da fé
evangélica. Para isto, era necessário checar se eles realmente realizavam este
trabalho pelo mundo afora.
Com tantas
qualidades memoráveis, como Jesus pode ser tão radical em repreender estes
irmãos? O problema é que o foco disto mudou. Ao invés de buscarem a verdade
para estar mais perto de Eterno e uns dos outros, o alvo deles passou a ser o
estabelecimento de uma religião perfeita (cujo alvo é
sempre agradar o Eterno a fim de se
acharem no direito de receberem Suas bênçãos, tal como se vê nas instituições
religiosas de hoje).
No entanto,
Jesus não é como um dispositivo a ser acionado por um conjunto de regras, como
se Ele pudesse ser controlado pelo ser humano por meio de rituais e
sacrifícios. Há quem ache, inclusive, que Jesus merece uma chance de provar que
Ele é quem os outros dizem que Ele é. Jesus, todavia não tem compromisso com
obras humanas, muito menos com pessoas que vivem no mundo.
Detalhe:
fidelidade é concebido como um tesouro que deve ser possuído e guardado (veja Ap 2.25; 3.2,11).
Qual a queixa de Jesus?
·
Eu, porém, tenho contra ti que deixaste o teu primeiro amor (Ap 2.4).
O que está acontecendo
aqui é que estes irmãos começaram a odiar mais o mal do que amar o bem. É bem
verdade que o Eterno ordena odiar o mal e amar o bem (Amós 5.15). Todavia,
odiar o mal deve ser uma consequência de amar o bem, e não um alvo em si mesmo
como faz a sociedade.
Repare como
todo sistema jurídico, teoricamente, é firmado nesta premissa. Contudo, como
não há amor ao Criador e pelos indivíduos, o alvo disto é manter o Sistema
Babilônico funcionando para beneficiar, apenas, uma elite privilegiada.
Trata-se de um sistema mesquinho, cruel, onde uns intentam o mal contra os
outros alegando que é para combater o mal (quando, na
verdade, é apenas para satisfazer o prazer de ver os outros sofrerem). Este sistema está repleto de indivíduos uns
contra os outros.
Repare,
todavia, a frase “tenho, porém, contra ti”:
·
“Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares
de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua
oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta
a tua oferta.” (Mateus 5.23,24).
Ninguém
estava se preocupando se Jesus tinha algo contra eles, muitos menos em tentar
se reconciliar com Ele.
Hoje a
história se repete. Muitos querer sair ofertando coisas a Jesus e se esquecem
de ver se, antes de tudo, estão conciliados com Ele. Sem isto, é como tentar
fazer propaganda de uma empresa sem sua autorização: pode acabar preso.
E a
conciliação com Cristo não é apenas na área espiritual. Antes, é em todas as
áreas. Se uma única área da nossa vida não tiver conciliada com Jesus, então na
verdade não estamos permanecendo no amor Dele (João 15.9).
Enquanto os
irmãos de Éfeso lutavam para conservar a sã doutrina (conceito certo), eles abandonaram o primeiro amor (visão
correta). Isto é
equivalente a uma esposa que não trai o marido, mas também não lhe devota amor (2:2-4). O fato de
a esposa ser fiel ao marido e até obediente, não significa que ela o ama a
ponto de negar-se a si mesma para se unir à vida de Jesus na vida do marido e,
com isto, auxiliá-lo em todas as áreas.
Ela pode
cumprir com os seus deveres simplesmente por mera obrigação, com vistas a
alguma recompensa, seja na terra ou no céu. Vive lado a lado com ele ao invés
de ser o corpo por meio do qual ele irá ver todos os planos que Jesus lhe deu
concretizados.
O fato de a
Igreja ser a Noiva de Cristo implica que Ele se deleita nela, sendo Seu maior
desejo viver Nela através de Sua Palavra e Seu Espírito. Tanto é assim que o
próprio Jesus está preparando a Sua noiva para o grande banquete de núpcias (a chamada festa das bodas do Cordeiro – Ap 19.7,9).
Esta ocasião
é semelhante à que se deu quando o rei Assuero, desejando apresentar a rainha
Vasti a todos (Et 1.11), ordenou que ela fosse introduzida. A diferença é
que, lá, a rainha é que se preparava, enquanto que, aqui, é o próprio Jesus
quem a prepara (Ef 5.25-27). É claro que Ele usa Seus servos (2Co 11.2) para
vestir a Noiva que se deixa preparar por Ele (daí dizer que
ela se preparou – Ap 19.7,8). No entanto, é Ele em pessoa que enfeita a Noiva Consigo mesmo (Ez 16.14), de modo
que, nela, todos possam ver quem Ele é e o modo como Ele trabalha na vida dos
Seus.
Para ser
mais exato: hoje, o que os anjos veem de Cristo é o trabalho Dele na vida de
quem crê (Efésios 3.8-10). Quando toda a Igreja estiver salva, os anjos poderão, então, ver tudo
que Jesus fez desde Adão até Sua vinda, como se fosse um grande filme, com tudo
se encaixando perfeitamente.
O Eterno
nunca projetou um sistema religioso auto-suficiente para substituí-Lo, ou seja,
que trabalhasse por Ele na vida uns dos outros. Jesus está mais interessado em
nós (no que Ele pode mostrar de Si mesmo através de nós), e não naquilo que
podemos fazer por Ele ou para Ele. Mesmo porque, sendo tão limitados,
impotentes, ignorantes e pecadores, não há como fazermos nada que presta (Is 64.4).Embora
seja importante odiar o erro e o mal, isto não é o mesmo que amar a Cristo.
Veja a diferença:
ao invés de odiarem a maldade e tentarem combatê-la por suas próprias forças, o
que os irmãos de Éfeso deveriam ter buscado é que a bondade de Cristo se
manifestasse e superabundasse em meio a toda maldade (Romanos 5.20).
Pense: o que é o primeiro
amor?
·
“Vai, e clama aos ouvidos de Jerusalém, dizendo: Assim
diz o SENHOR: Lembro-me de ti, da piedade da tua
mocidade, e do amor do teu noivado, quando
me seguias no deserto, numa terra que não se semeava.” (Jeremias 2.2).
·
“Saí, ó filhas de Sião, e contemplai ao rei Salomão com a
coroa com que o coroou sua mãe no dia do seu desposório e no dia do júbilo do
seu coração.” (Cantares 3.11).
Não é a satisfação de ver Jesus resolver tudo através do poder da
piedade (ver 1Timóteo 3.16; 2Timóteo
3.5)?
Além disto,
pense: que sentido tem em dizermos que o Criador é todo-poderoso se, quando
surge o mal, passamos por cima de Sua vontade para exterminá-lo ao invés de
esperarmos Ele nos mostrar o que devemos fazer para que Ele possa agir? Falarmos
que ele é amável, mas não temos prazer em ter intimidade com Ele através da
oração.
A luta pela
ortodoxia, o intenso trabalho e as perseguições levaram a igreja de Éfeso à
aridez. Eles começaram valorizando o amor (Ef 1.15), mas deixaram que isto se perdesse com seus trabalhos
e ódio pelo mal.
Qual a consequência do pecado?
·
venho a ti, e removerei o teu candeeiro do seu lugar, se
não te arrependeres. (Ap 2.5).
Se estes
irmãos não se arrependessem, eles perderiam de vez a luz da comunhão (afinal, o castiçal servia para iluminar as casas onde os irmãos
se reuniam – Mateus 5.14-16).
·
“Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos
comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica
de todo o pecado.” (1João 1.7).
·
“Aquele que diz que está na luz, e odeia a seu irmão, até
agora está em trevas. Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há
escândalo. Mas aquele que odeia a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e
não sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos.” (1João 2.9-11).
Eles
poderiam até continuar manifestando a luz da sabedoria (Dn 12.3). Todavia,
tais conceitos pareceriam mera utopia, já que a sabedoria só é possível ser
revelada através do mistério do Eterno, que é Cristo e Sua Igreja (1Co 2.7).
Note que
Cristo Sempre chama os escolhidos de “Minhas ovelhas”, “Meus
Cordeiros” (João 21.15-17). Todavia, Ele se refere ao castiçal como sendo “teu
castiçal” (o que lembra quando o Eterno disse a Moisés: que o povo
de Israel era povo dele - Êxodo 32.7). Ou seja, quando o povo permanece no pecado, o Eterno muda seu modo de
lidar com os que professam servi-Lo:
·
“E Deus disse: Põe-lhe o nome de Lo-Ami; porque vós não
sois meu povo, nem eu serei vosso Deus.” (Oséias 1.9).
Fique claro
que o candeeiro de Éfeso seria removido do seu lugar, e não destruído. Afinal, o
mesmo é santo (veja algo análogo em Nm 16.37,38). O candeeiro (a luz da
comunhão) seria
estabelecida em outro lugar, na vida de indivíduos que valorizassem a Escritura
Sagrada e Jesus. Isto lembra o que Jesus disse aos fariseus:
·
“Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será
tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos.” (Mateus 21.43).
É
importante que fique claro que o candeeiro se apagou, não por falta de azeite (verdade), mas por
valorizarem mais a verdade do que o “fogo” que faz esta verdade brilhar e levar
os indivíduos a enxergarem com clareza os desígnios do coração, de modo a
poderem se relacionarem uns com os outros de modo mais preciso.
·
“Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor
venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os
desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor.” (1 Coríntios 4.5).
O que é prometido aos fiéis?
Não é
mencionada promessas para os fiéis daquela época, mas somente aos vercedores.
Exortação
·
Lembra-te, pois, donde caíste, arrepende-te e pratica as
primeiras obras (Ap 2.5).
A cura para
o erro encontrado entre os irmãos de Éfeso pode ser vista abaixo:
I.
Lembra-te,
pois donde caíste;
II.
Arrepende-te;
III.
Pratica as
primeiras obras.
A partir do
momento que não queremos “subir”, mas nos contentamos com o que já
conquistamos, já caímos. A lâmpada que não continua a queimar, vai diminuindo
sua chama até apagar.
A Igreja não
está sendo chamada a recordar seu pecado. Não está sendo dito: “lembra em que
situação caíste” (ou lembra-te do motivo que te fez
cair), mas “de onde caíste”. Ou seja, lembra-te de
que altura tens caído e onde foi que você caiu. Eles deveriam se lembrar onde
estavam quando iniciaram sua caminhada com Jesus (ver Jr 6.16) e a partir de onde eles começaram a se desviar do
amor.
Para se
entender a importância disto, pense no filho pródigo. Ele começou a ser
restaurado quando se lembrou da casa do seu pai e do imenso amor dele, tão
grande que até os trabalhadores de seu pai estavam em melhor situação do que
ele, em sua suposta liberdade (Lc 15.17).
Mas de nada
adianta enxergar onde estava, se não estiver disposto a se arrepender; assim
como não adianta querer se arrepender sem saber para onde voltar. É o que
acontece em muitos casamentos: sabem que algo precisa ser mudado, mas não sabem
“o que” mudar, nem “em que” direção mudar.
A ordem era
para voltar à prática das primeiras obras. Mas, do que se trata isto? Pensando
no casamento, a mulher deveria voltar à época em que a submissão ao marido era
algo voluntário em sua vida. Ou seja, voltar ao tempo em que, ao invés de
simplesmente obedecer leis ou fazer coisas, havia prazer em estar na companhia
do marido pela expectativa de tudo que Jesus iria revelar ou fazer através
dele.
Logo, as
primeiras obras são as celestiais (de onde eles caíram – daí a menção
de “lugares celestiais” três vezes na carta aos Efésios – Ef 1.3; 2.6; 6.12), de onde vem toda a boa dádiva e todo o dom
perfeito (Tg 1.16,17). Ou seja, aquelas obras que tinham em vista ver Jesus se manifestar. Buscar, pensar e praticar as primeiras obras é
manter a mente e o coração fixos no céu (Cl 3.1,2), habitando no esconderijo do Altíssimo (Sl 91.1) pelo
prazer na companhia Dele (Sl 37.4,7; Mt 11.28,29) e dos irmãos que fazem parte do Seu corpo.
Jesus
mandou os irmãos de Éfeso a corrigirem suas obras (obras de
amor, que visa unir os irmãos) ao invés de ficar esperando que uma visitação do alto os mudasse
internamente como por mágica. Afinal, o que tem valor é a fé que opera pelo
amor (Gálatas 5.6).
Qual a recompensa aos vencedores?
·
Ao vencedor darei a comer da árvore da vida, que está no
Paraíso de Deus. (Ap 2.7).
Há
diferença entre o Jardim do Éden e a Nova Jerusalém:
JARDIM DO ÉDEN |
NOVA JERUSALÉM |
Banhado por quatro rios |
Regado pelo Rio de Vida (João 7.37-39) |
Tinha ouro |
Ruas e praças serão feitas
de ouro. |
Tinha o sol e a lua para
brilhar |
Tem o Eterno e o Cordeiro (sem contar que não tem noite) |
Havia a obediência pela
inocência |
Haverá obediência pelo
conhecimento da supremacia de Jesus. |
É o começo do presente mundo |
É o começo do verdadeiro
mundo. |
Na
Escritura Sagrada há quatro coisas que são consideradas árvores de vida:
·
“Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem
que adquire conhecimento; é árvore de vida para os que dela tomam, e são bem-aventurados todos os
que a retêm.” (Provérbios 3.13,18).
·
“O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio.” (Provérbios 11.30)
·
“A esperança adiada desfalece o coração, mas o desejo atendido é árvore de vida.” (Provérbios 13.12).
·
“A língua benigna é árvore de vida, mas a perversidade nela deprime o espírito.” (Provérbios 15.4).
A
importância do desejo atendido é tão importante que Jesus disse para buscarmos
que Seu gozo se cumpra:
·
“ Tenho-vos dito isto, para que o meu gozo permaneça em
vós, e o vosso gozo seja completo” (João 15.11).
·
“Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis,
para que o vosso gozo se cumpra.” (João 16.24).
·
“Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se
cumpra.” (I João 1.4).
Jesus
descreve a comunhão com Deus de um modo que traz à memória o relacionamento com
o homem no jardim do Éden. Jesus Cristo é nossa Árvore de Vida (João 6.51; 15.1), a qual confere a nós sabedoria, frutos, desejo atendido, língua
benigna, de modo que passamos a ter vida em nós.
Logo,
buscar Jesus (nossa verdadeira árvore de vida –
João 15.1) implica em buscar
sua sabedoria a fim de que a lei da beneficência esteja na nossa língua (Pv 31.26) e, assim,
possamos dar o fruto do Espírito Santo e ver o desejo Dele em nós sendo
cumprido.
Alimentar-se
da árvore da vida é fazer da vida de Cristo a nossa vida, o tipo de vida a ser
vivido (João 6.57; 2Co 5.15).
Detalhe: a
Árvore da Vida é regada pelo Rio de Vida. E o vencedor irá se alimentar de tudo
isto.
Mas, quem é
o vencedor aqui? Só se dá alimento a quem não se saciou com o prato de Ha-Satan
(a recompensa tem a ver com a fidelidade manifestada). Em outras palavras, irá comer da árvore da vida aquele
que, por ter fome de Cristo, vence a tendência do mundo de querer se ver livre
do mal a qualquer custo. Isto porque o tal só se satisfaz quando vê Jesus
manifestando Seu amor e piedade para solucionar os problemas.
Observe a
diferença:
Ø Aos irmãos de Éfeso é prometido se alimentar da
comunhão íntima com Jesus e Sua Igreja, já que era disto que eles tinham falta.
Os ensinamentos corretos eles tinham;
Ø Aos irmãos de Pérgamo, como estavam carentes da
doutrina correta, Jesus promete lhes dar do maná escondido.
Onde estava
a Árvore de Vida?
·
No Éden
estava no meio do jardim (Ap 2.9);
·
Na Nova
Jerusalém está no meio da praça (Ap 22.2);
Aqui,
embora implícito em algumas versões, está subentendido que era no meio do
paraíso de Deus. Talvez não houve preocupação em dizer a posição exata da
Árvore do Eterno em virtude de ser a única mencionada. No Éden outras árvores
eram necessárias para que toda a vontade do Eterno se cumprisse na vida e Adão (para saciá-lo, de modo que ele não sentisse vontade de se
alimentar de nada que não tivesse haver com o próprio Eterno). No milênio haverá outras árvores com a mesma
propriedade de cura do apocalipse (talvez por estarem sendo nutridas
pelo que sai do santuário do Eterno.):
·
“E junto ao rio, à sua margem, de um e de outro lado,
nascerá toda a sorte de árvore que dá fruto para se comer; não cairá a sua
folha, nem acabará o seu fruto; nos seus meses produzirá novos frutos, porque
as suas águas saem do santuário; e o seu fruto servirá de comida e a sua folha
de remédio.” (Ez 47.12);
Após o
milênio, todavia, a única árvore necessária é a da vida, cujo acesso foi
perdido pelo homem no Éden, mas agora foi restaurado pelo Eterno.
Identidade
Este grupo
representa aqueles que querem combater o mal, sem se preocuparem com os meios a
serem usados para isto. Querer estabelecer o bem sem Jesus é querer ocupar o
lugar Dele. Daí este ser o único grupo que é ameaçado de ter o candeeiro
removido.
Quase todo
mundo começa nascendo em um ambiente de amor, mas, tão logo cresce um
pouquinho, a criança é ensinada pelos pais a crescer na mesma condição de
Ismael: brigando com tudo e com todos (Gn 16.12). Que choque de conceitos toma conta da criança!
Era isto que estava acontecendo aos irmãos de Éfeso (e também com
os Gálatas – Gl 3.1-3).
Para os
ortodoxos, Cristo se mostra como sendo Aquele que está vendo tudo que se passa
na Igreja (passa no meio Delas) e conserva na Sua mão direita cada um dos que Lhe pertencem. Isto
significa que ninguém precisa ficar fiscalizando os membros para evitar que
falsas doutrinas sejam disseminadas e contaminem os membros.
O próprio
Jesus faz isto. E mesmo que não fizesse, não vai ser nosso esforço carnal em
tentar fazer rígidas as leis (como faziam os fariseus – Mt 23.4) que irá impedir o avanço do pecado. E, ainda que
sim, de que resolveria eliminar o pecado do mundo, se isto não promovesse a
aproximação entre o Criador e Sua criação, mas mantém cada um isolado no seu
egoísmo?
Ou seja,
embora seja importante zelar para que os membros estejam todos retos aos olhos do
Eterno, como todos vão comparecer perante o tribunal de Cristo (Rm 14.10; 2Co 5.10), não cabe a nós julgar ninguém, tampouco ser áspero com os pecadores.
A punição deles já está garantida. Deixe o julgamento para Deus (Mt 7.1)!
Nosso papel
é evitar que o julgamento aconteça.
Embora os
nicolaítas, os seguidores de Balaão, de Jezabel ou os da sinagoga de Satanás sejam
problemas, o maior problema é a falta de zelo em buscar ser unido uns aos
outros em Cristo e Sua Palavra.
As cartas
não são uma repreensão apenas aos falsos líderes e mestres, mas também àqueles
que os seguem ou toleram seus ensinos.
Resumo
Estes
irmãos começaram bem na fé (Ef 1.15). Com o passar do tempo, eles deixaram de se
preocupar em preservar a comunhão no Espírito Santo pelo vínculo da paz (ver Ef 4.3). Começaram
a se preocupar em punir os falsos ministros e combater o mal, ao invés de
buscar no Eterno a salvação deles.
Esqueceram
que o objetivo da Igreja não é aglomerar santos para realizarem rituais
perfeitos, mas sim buscarem uns nos outros o aperfeiçoamento da mente, caráter
e espírito.
Diante
disto, Jesus mostra que Ele mantém seguro em Sua mão os escolhidos e deseja se
mover no meio dos que são Dele e mostra que a verdadeira recompensa é
justamente viver Seu amor na vida uns dos outros (ver 1João
4.7-12).
Se eles recusassem
a se aprofundarem na comunhão com Cristo, eles iriam perder a comunhão uns com
os outros e, obviamente, a purificação dos pecados (1João 1.7). Consequentemente, perderiam sua utilidade, mesmo
contando com a sabedoria adquirida.
Carta à Convertidos de Esmirna (os perseguidos)
Característica
·
“Conheço ... a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o
são, mas são a sinagoga de Satanás.” (Ap 2.9).
Primeiramente,
vamos definir blasfêmia:
·
“E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho,
tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados. E eis que alguns dos escribas
diziam entre si: Ele blasfema.” (Mateus 9.2,3).
·
“Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo
sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o
Cristo, o Filho de Deus. Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que
vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as
nuvens do céu. Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que
precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes agora a sua blasfêmia.” (Mateus 26.63-65).
Note que
blasfêmia, aqui, não é “falar mal de”, mas sim “se colocar em lugar de”.
Perceba que
os falsos judeus não estão na Igreja, mas na sinagoga. Embora os rebeldes
insistam em dizer que eles são a Igreja do Eterno (como se deu
na época de Moisés, onde eles se consideravam a congregação do Eterno – Nm 16.3;
20.4), todas as vezes
que a Escritura Sagrada se refere aos judeus rebeldes eles são chamados
sinagoga (ou um mero ajuntamento - ver Tg 2.2).
Havia
sinagoga de Satanás no meio deles (Ap 2.9), ou seja, aqueles que se faziam passar por judeus
(não pecadores entre os gentios), mas não eram:
·
“Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se tu
guardares a lei; mas, se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão se torna
em incircuncisão. Se, pois, a incircuncisão guardar os preceitos da lei,
porventura a incircuncisão não será reputada como circuncisão? E a
incircuncisão que por natureza o é, se cumpre a lei, não te julgará porventura
a ti, que pela letra e circuncisão és transgressor da lei? Porque não é judeu o
que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas
é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito,
não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.” (Romanos 2.25-29).
Muitos
judeus insistiam em achar que eram uma raça especial. Paulo, então, mostra que
a condição de judeu só era proveitosa se os judeus fossem capazes de guardar a
lei. Felizmente, nenhum era:
·
“E Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho,
dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós; e não fez diferença
alguma entre eles e nós, purificando os seus corações pela fé. Agora, pois, por
que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos
pais nem nós pudemos suportar? Mas cremos que seremos salvos pela graça do
Senhor Jesus Cristo, como eles também.” (Atos 15.8-11).
Assim
sendo, não há diferença entre judeus e gentios. Qualquer um que permitir Jesus
circuncidar seu coração e deixar que Ele o use para cumprir toda a justiça que
é possível existir na lei (Romanos 8.1-4) é um verdadeiro israelita (descendente de Abraão pela fé).
Muitos,
querendo mostrar boa aparência na carne, obrigavam os gentios a circuncidarem a
fim de não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo (Gl 2.3-5; 4.17):
·
“Eu, porém, irmãos, se prego ainda a circuncisão, por que
sou, pois, perseguido? Logo o escândalo da cruz está aniquilado.” (Gálatas 5.11).
·
“Todos os que querem mostrar boa aparência na carne,
esses vos obrigam a circuncidar-vos, somente para não serem perseguidos por
causa da cruz de Cristo. Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam
guardam a lei, mas querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa
carne.” (Gálatas 6.12,13).
Entenda:
muitos dos que acreditavam mentalmente em Jesus, não queriam, todavia, serem
perseguidos pelo fato de que Jesus nos livrou da maldição da lei. Assim, eles
cometiam o mesmo erro que Pedro cometeu:
·
“Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente
conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu,
por que obrigas os gentios a viverem como judeus?
Nós somos judeus por natureza, e não pecadores dentre os gentios. Sabendo que o
homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos
também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não
pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será
justificada. Pois, se nós, que procuramos ser justificados em Cristo, nós
mesmos também somos achados pecadores, é porventura Cristo ministro do pecado?
De maneira nenhuma. Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, constituo-me
a mim mesmo transgressor. Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para
viver para Deus.” (Gálatas 2.19).
É claro
que, com relação a Pedro, foi apenas um deslize. Mas a maioria dos judeus que
diziam ter convertido, na verdade, eram convertidos apenas exteriormente.
Queriam a salvação proporcionada por Cristo, mas não queriam ser perseguidos
pelos judeus ortodoxos (ver João 12.42).
Veja alguns
exemplos da oposição dos judeus (1Ts 2.14-16):
o em Antioquia da Pisídia, os judeus incitaram
algumas mulheres religiosas e honestas, e os principais da cidade, os quais
levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé, e os lançaram fora dos seus
termos. (At 13:50);
o
em Icônio,
judeus se combinaram com os gentios para insultarem e apedrejarem Paulo (At 14:2,5);
o
em Listra,
Paulo foi apedrejado pela multidão que se deixou convencer pelos judeus (At 14:19);
o
em
Tessalônica (At 17:2,5), os judeus invadiram a casa de Jasom esperando
achar Paulo para fazer algo contra ele;
o
em Corinto,
os judeus resistiram e blasfemaram, até que Paulo tomou a decisão de deixar os
judeus e ir para os gentios (At 18:5,6);
o
quando Paulo
retornou para Jerusalém, os judeus o prenderam no templo e quase o mataram (At 21.30-32);
o
O livro de
Atos termina com os judeus tendo grande contenda com Paulo em Roma (At 28.25-29).
Assim, os
que queriam Cristo, mas sem perseguições, incitavam todos os membros da oholyao
onde participavam que aceitassem os costumes judaicos (era preciso calar isto – Tito 1.10,11). Os tais não estavam sendo fiéis a Cristo, nem ao
judaísmo tradicional. Daí serem sinagoga de Ha-Satan.
Enfim, os
irmãos de Esmirna estavam sendo oprimidos pelos falsos judeus que ficavam
obrigando os gentios a se circuncidarem (At 15.1) e guardarem a lei de Moisés (analise At 15.19-21). Eram dois os tipos de perseguição contra a Igreja de Cristo: física (como citado acima) e espiritual (tentando converter o Jesus da
Escritura Sagrada ao judaísmo, de modo a convencer os gentios a se sujeitarem
aos judeus).
Hoje o sistema
religioso, embora diga que a salvação é por meio de Jesus, luta para prender as
pessoas debaixo do jugo dos líderes religiosos e de suas exigências para se
manter a pompa dos cultos modernos.
Embora a
maioria dos irmãos de Esmirna não se deixaram contaminar por tais doutrinas,
antes estavam sofrendo perseguições dos que as defendiam, estes princípios
estavam no meio deles, ameaçando a perseverança de muitos.
Como Jesus se apresenta?
·
Isto diz o primeiro e o último, que foi morto e tornou a
viver (Ap 2.8).
Para a
igreja de Esmirna, que estava passando pelo sofrimento, perseguição, morte,
Jesus se apresenta como Aquele que esteve morto e tornou a viver. Afinal, este
fato fez com que morrer com Jesus se tornasse a chave para a vida eterna.
Não só
isto! Jesus passou a ter condição de ser nosso perfeito sumo-sacerdote (Hb 2.17,18). Afinal, o
que todo ser humano sofre Ele experimentou em Seu ser:
o Enfrentou tribulação;
o Foi homem de dores e experimentado nos trabalhos (Is 53.3);
o Foi afrontado pelo inferno, sendo obediente até à
morte, e morte de cruz (Fp 2.5-8);
o Suportou pobreza, a ponto de não ter nem onde
reclinar a cabeça (Mt 8.20; Lc 9.58).
o Ele foi caluniado, chegando a ser chamado de
comilão e beberrão (Lc 7.34), impostor (Mt 27.36), blasfemo (Mt 26.65) e príncipe dos demônios (Mt 12.24; Lc 11.15).
o Foi preso e tremendamente maltratado (açoitado, cuspido, pregado na cruz);
o Passou pelo vale da sombra da morte e venceu
aquele que tem o poder sobre ela (Hb 2.14,15) sem, em momento algum, pecar (Hb 4.15).
Considerando
que Ele nunca muda (Ml 3.6; Hb 13.8), Ele tem como prometer a coroa da vida para os
fiéis, pois é capaz de garantir a vitória completa na vida daqueles que
realmente quiserem vencer o pecado.
Em suma,
Ele estava mostrando para os Seus que estavam perdendo sua vida neste mundo (Mt 10.39) que a
morte com Ele não é prejuízo, mas o maior de todos os lucros. Como Ele é o
primeiro e o último, não existe nada de bom antes Dele parecer, nem depois, mas
tão somente Nele.
Muitos têm
medo da morte porque ainda não entenderam o que é a vida eterna. Não se trata
de viver para si perto de Jesus, mas sim de viver em Cristo (Jo 17.3; 1Jo 5.20) e para Ele (1João 4.9). O tempo é uma dimensão que existe apenas fora de
Cristo. Quando o Todo-Poderoso e o Cordeiro são o nosso templo (Ap 21.22), não
existe mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor (Ap 21.4). Fazer coisas se torna sem sentido (ou, se preferir, ganham um novo significado, uma nova dimensão), pois não há necessidade a ser suprida.
Aqui neste
mundo, todo trabalho é uma luta constante para combater o mal que grassou por este
mundo com o pecado e impede a qualquer um sem Jesus de galgar uma concepção
elevada de si mesmo, do ser humano, da vida, do universo e do próprio Deus (amor – 1João 4.8,16).
Vem a
questão: por que Jesus se intitula o primeiro e o último? Em primeiro lugar,
Ele quer mostrar que tudo está sob controle (limitado) por Ele.
Quais qualidades podem ser vistas?
·
Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico) (Ap 2.9).
Repare como
Esmirna e Filadélfia são as únicas oholyao da qual Jesus nada fala a respeito
das obras delas. Ele só diz “conheço as tuas obras”. Isto porque o indivíduo
não é salvo pelas obras, mas pelo Favor do Eterno mediante nossa confiança em
Jesus.
Jesus está
ciente de quem somos, da nossa situação e de tudo o que acontece conosco, o que
é grande consolo e segurança para nós. Afinal, uma das grandes necessidades nos
momentos de tribulação é ter alguém com quem partilhá-las e, principalmente, em
quem nos apoiar.
Embora a
tribulação possa parecer, a princípio, um castigo, na verdade ela é a alavanca
para que sejamos cheios da riqueza celestial:
·
“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas
tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência a
experiência, e a experiência a esperança.” (Rm 5.3,4);
·
“Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o
passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez
confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa,
para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.” (Tg 1.2-4);
·
“Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora
importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias
tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que
perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na
revelação de Jesus Cristo;” (1Pe 1.6,7);
·
“E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece
ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça
nos exercitados por ela.” (Hb 12.11).
Basta
pensar que é aos pobres que pertencem o Reino dos Céus (Lc 6.20). É a eles
que o Eterno escolheu para serem ricos na fé e herdeiro do Seu Reino (Tg 2.5). Em
contraste com os que se achavam ricos e abastados (Ap 3.17), mas não eram ricos para com Deus (Lc 12.21).
Daí Paulo
considerar toda sua glória passada como refugo para poder alcançar a Cristo (Fp 3.4-8). Pois só
assim ele seria capaz de ser todo de Jesus:
·
“Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do
Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos
nossos corpos; e assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte
por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne
mortal.” (2Co 4.10,11);
·
“Antes, como ministros de Deus, tornando-nos
recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas
angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias,
nos jejuns, na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no
Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus,
pelas armas da justiça, à direita e à esquerda, por honra e por desonra, por
infâmia e por boa fama; como enganadores, e sendo verdadeiros; como desconhecidos,
mas sendo bem conhecidos; como morrendo, e eis que vivemos; como castigados, e
não mortos; como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas
enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo.” (2Co 6.4-10)
Qual a queixa de Jesus?
·
Não temas o que estás para sofrer; (Ap 2.10).
Deus sempre
exortou a que não temêssemos o ser humano (Nm 4.14; Dt
3.22; 20.1; Js 10.8; Jr 1.17; Ez 2.6; 3.9; Mt 10.26). Talvez você questione: mas diante de tantas
ameaças e perseguições, é normal ou natural que a pessoa tenha medo. Sim, é
algo carnal! Contudo, considerando que é o espirito que vivifica (a carne para nada aproveita – Jo 6.63), então quando algo não é espiritual deve ser
combatido.
Mesmo
porque:
·
“... os que são segundo a carne inclinam-se para as
coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito.
Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e
paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é
sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na
carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no
Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o
Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” (Rm 8.9).
Além disto,
considere que: “no amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o
medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no
amor.” (1Jo 4.18). Logo, jamais o poder do Eterno poderá ser aperfeiçoado enquanto a
pessoa estiver com medo. Sem contar que o medo serve de tropeço (por exemplo, leva a pessoas a terem respeito pelos injustos,
vindo a deturpar o julgamento – Pv 24.23-25).
A razão de
não haver uma repreensão direta é porque este pecado era involuntário.
O que
parece ser algo natural, simplesmente limita o indivíduo, de modo que ele se
recusa a aceitar os desafios propostos por Cristo. Por exemplo:
o Andar pelo vale da sombra da morte para resgatar
os perdidos (Sl 23.4; Is 9.1,2; Mt 4.15,16);
o Habitar no esconderijo do Altíssimo caso o mesmo
esteja num lugar repleto de inimigos e pestes (Sl
91.1,2,5-10).
Qual a consequência do pecado?
Não há.
O que é prometido aos fiéis?
·
e eu te darei a coroa da vida. (Ap 2.10).
O que vem a
ser está coroa?
Há vários
tipos de coroa:
·
Coroa de
glória (Is 62.3; 1Ts 2.19; 1Pe 5.4);
·
Coroa de
soberba (Is 28.1);
·
Coroa da
vida (Tg 1.12);
·
Coroa da
justiça (2Tm 4.8).
Coroa ou
prêmio era algo concedido nos jogos esportivos (1Co 9.24-27;
Tg 1.12), os quais foram
usados como alegoria para que os irmãos enxergassem que a dedicação na busca ao
Reino do Eterno deve exceder à do competidor de uma olimpíada que deseja
alcançar o primeiro lugar.
Contudo,
havia também a coroa real:
Ø Em Apocalipse 3.21, é concedido aos eleitos a
promessa de assentar-se com Jesus no trono real.
Ø Em Apocalipse 4.4,10 os vinte e quatro anciãos se
assentam em vinte e quatro tronos e cada um tem a sua coroa real (Apocalipse 5.12).
Por outro
lado:
Ø Em Apocalipse 19.12 Jesus tem em Sua cabeça muitos
diademas (termo usado para coroa real):
Ø Em Apocalipse 12.3 Ha-Satan tem diademas nas suas
sete cabeças;
Ø Em Apocalipse 13.1 a besta tem diademas nas dez
cabeças.
Vem a
questão: qual das duas coroas está sendo referida (a de vitória
ou a de realeza)? As duas.
A coroa
real era concedida normalmente por direito,
a quem era filho do rei. A coroa da vitória normalmente era concedida
por mérito.
No nosso
caso, nos é concedido a coroa real por sermos filhos do Eterno por meio de
Cristo e a coroa da vitória por Jesus ter nos feito mais do que vencedores
sobre o pecado, o mundo e Ha-Satan.
O uso de
coroa serve para mostrar que nossa recompensa é:
·
Preciosa –
uma coroa;
·
Gloriosa –
coroa de vida;
·
Durável –
vida;
·
Pessoal –
“Eu te darei”;
Mas o que
seria a coroa da vida?
Entendendo
que Jesus é a vida eterna, o que está sendo prometido, EM VIDA, aos fiéis é o
privilégio de ser identificado diante de todos com a paz, a felicidade e o amor
que nunca mínguam.
No entanto,
é necessário ser fiel até a morte. Veja que não é simplesmente ser fiel até o
último dia de vida, mas ser fiel até o ponto de darmos nossa vida por amor a
Jesus. Ou seja, tão importante quando a duração da fidelidade é a qualidade da
mesma. De pouco resolve uma fidelidade que cede nos momentos difíceis. A fidelidade
que glorifica o Eterno é aquela que leva o indivíduo a reinar, em vida, através
de Jesus (Rm 5.17) a fim de que, onde o pecado abundou, o Favor do Eterno tenha condição
de superabundar (Rm 5.20).
Enfim, no
céu e na terra, esta coroa é o sinal do conflito que Jesus travou dentro de nós
e venceu. A coroa na nossa vida quer dizer que Jesus conquistou Sua Noiva (ver Cantares 3.11).
Exortação
·
Não temas o que estás para sofrer (Ap 2.10)
·
Sê fiel até a morte (Ap 2.10).
Não é em
vão que Jesus se apresentou como Aquele (o único) que estava morto e que tornou a viver. Isto
confirma que o único ser humano que subiu ao céu foi Jesus (João 3.13).
A mensagem
que Jesus estava transmitindo aos fiéis de Esmirna é que não existe nenhum ser
humano que se livra da morte. Nem Ele escapou. Logo, é inútil ter medo de
morrer: isto vai ocorrer inevitavelmente. Assim sendo, nada mais nobre do que
morrer pelo nome de Jesus e, deste modo, herdar o direito de voltar a viver.
·
eis que o Diabo está para meter alguns de vós em prisão
para serdes provados, e passareis por uma tribulação de dez dias. (Ap 2.10).
A carta de
Esmirna é a prova de que ser fiel a Cristo não implica em ser livre das
tribulações:
1º -
o
sofrimento é certo. Jesus confirma que eles iam realmente sofrer e ir para a
prisão. Apesar de toda a fidelidade deles, Jesus não ia poupá-los disto. Isto
acaba com a ideia de que o Eterno é obrigado a abençoar quem é fiel a Ele. Ser
fiel não implica em ser livre de problemas;
2º -
o
sofrimento é limitado (2Co 4.16);
3º -
o
sofrimento é breve (Rm 8.19-22). Aliás, uma das coisas que os dez dias de
tribulação representam é justamente o curto período de tempo (veja, por exemplo, Gn 24.55) que os de Esmirna iriam sofrer.
Jesus mesmo
disse que isto iria acontecer:
·
“Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos
entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas; e sereis até
conduzidos à presença dos governadores, e dos reis, por causa de mim, para lhes
servir de testemunho a eles, e aos gentios.” (Mt 10.17,18);
·
“E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas
aquele que perseverar até ao fim será salvo.
Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em
verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que
venha o Filho do homem.” (Mt 10.22,23);
·
“Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que
qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus.” (Jo 16.2).
Mas, como
diz na Escritura Sagrada, é melhor sofrer por amor a Jesus e Sua Palavra do que
como malfeitor (1Co 6.7-9; 1Pe 4.14-19). Afinal:
·
“E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento,
compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis. Não
tornando mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário,
bendizendo; sabendo que para isto fostes chamados, para que por herança
alcanceis a bênção. Porque Quem quer amar a vida, E ver os dias bons, Refreie a
sua língua do mal, E os seus lábios não falem engano. Aparte-se do mal, e faça
o bem; Busque a paz, e siga-a. Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos,
E os seus ouvidos atentos às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os
que fazem o mal.” (1Pe 3.8-12).
Embora seja
desagradável termos que sofrer por causa da maldade ou falhas dos outros, temos
que glorificar ao Eterno por não sermos nós os autores da maldade. A pior
escravidão é ser obrigado pelo pecado a fazer o mal (mesmo não
querendo – Rm 7.13-21).
Por outro
lado, receber as afrontas dos outros para que o Pai possa ser glorificado é um
privilégio no Reino dos Céus (veja At 5.40,41; 14.22; Cl 1.24; Fp
1.29; At 15.2,3; 20.4). Este é o
exemplo que Jesus deixou (1Pe 2.21-24).
Talvez você
ainda esteja inconformado! Mas afinal, por que Jesus não livra os justos do
mal? O problema com os indivíduos é que eles acham que o grande problema são as
lutas e tribulações. Todavia, e antes das mesmas os alcançarem? Como estava a
situação deles? De que adianta ser livre de todos os problemas, mas não
conseguir alcançar a felicidade, a paz e o amor? Tudo continua sem sentido, o
que acabará induzindo o indivíduo a arrumar problemas maiores.
Por outro
lado, se o indivíduo estiver em Cristo sendo preenchido pela graça Dele, o tal
será tomado pela felicidade e paz sobrenaturais (Jo 14.27).
·
“Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas,
onde o pecado abundou, superabundou a graça;” (Rm 5.20).
E quanto
maior é o problema, maior a graça que nos é concedida para vencer. Isto pode
ser visto em Atos 5.40,41. Embora Pedro e os demais apóstolos estivessem
sentindo a dor dos açoites, a felicidade no coração deles era tão grande que
eles saíram regozijando-se por terem sido considerados dignos de padecer
afrontas pelo nome de Jesus.
Paulo e
Silas, embora acusados injustamente, estavam louvando ao Eterno em plena
meia-noite mesmo estando cheio de vergões e com os pés amarrados no tronco (At 16.22-25).
Estêvão, de
modo semelhante, foi tomado de tal paz e amor ao ver Jesus à direita do Pai, ou
seja, ao experimentar todo o amor de Jesus pelas pessoas que o estavam
apedrejando que ele não queria a condenação delas, vindo a pedir a Jesus que
não lhes tirasse a salvação por aquilo que estava sendo feito com ele (Atos 7.60).
Daí a
Escritura Sagrada dizer:
·
“Porque a tua benignidade é melhor do que a vida, os meus
lábios te louvarão.” (Sl 63.3)
Quer coisa
melhor do que ver Jesus manifestar Seu Favor a toda a humanidade? Tanto é assim
que Jesus, em Sua humanidade, sentia aquele desejo ardente de ver cumprido em
Si o perfeito sacrifício do Eterno em prol de salvar os Seus escolhidos do
poder do pecado (Lucas 12.50). Daí Paulo gloriar-se nas suas fraquezas (2Co 12.9,10):
·
“Em tudo somos atribulados, mas não
angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados;
abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre por toda a parte a mortificação
do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também
nos nossos corpos; e assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte
por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne
mortal.” (2Co 4.8-11).
·
“Por isso não desfalecemos; mas,
ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de
dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso
eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas
nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem
são eternas.” (2Co 4.16-18).
Além disto,
se o próprio Jesus, que foi perfeito, sofreu, o que nos faz pensar que teremos
condições de sermos isentos do sofrimento (Mt 10.24,25;
João 15.19,20)? Aliás, quanto
mais fiel é o servo do Eterno, mais ele sofre e mais também ele é agraciado com
a felicidade de Cristo.
Veja o caso
de Jesus, por exemplo. Foi o único ser humano perfeito e foi justamente o que
mais sofreu, mas também aquele que mais foi agraciado com o óleo de alegria do
Eterno (Hb 1.9).
Muitas
vezes pensamos que sofrimento é coisa para perversos (isto é assim no que se refere à tristeza segundo o mundo – 2Co
7.9,10). Todavia, é bom
lembrar que todos os animais que eram sacrificados como aroma suave de cheiro
agradável ao Eterno eram sem defeito (medite em Fp
1.29).
Não é em
vão que o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis: como nós
não sabemos pedir o que convém, Ele ajuda as nossas fraquezas a fim de se unir
em coro com o nosso espírito enquanto ele está a gemer aguardando a adoção, a
saber, a redenção do corpo (Rm 8.23,26).
Ele se une
a nós para gemer de um modo impossível de se expressar (que muitas vezes parece lábios gaguejantes que lembram alguém
que está bêbado – ver 1Sm 1.13,14; At 2.13-15) para quem tem mente carnal (1Co 2.14) a fim de
que possamos ansiar pela salvação de Cristo, mesmo não sendo a mesma agradável
à nossa carne.
As lutas
com Cristo visam nos livrar dos nossos caminhos de morte (Pv 14.12; da destruição que causamos a nós mesmos e a quem está
perto – Pv 11.17) a fim de
que possamos ser feitos filhos do Eterno (João 1.12). Sem os desafios do Eterno, Sua virtude não é
desenvolvida em nós (ver 2Pe 1.3-8). Nos acostumamos ao estado de agitação do mundo (Ap 3.15,16) e sujeitos
a pecar como Davi (ver 2Sm 11.1), visto que, se a fé não for alimentada pelas
obras de Cristo em nós (Tg 2.17), ela morrerá.
É
necessário a provação a fim de que os fiéis sejam libertos do medo e, deste
modo, se tornem capazes de serem aperfeiçoados no amor (1Jo 4.18), bem como
de assumir a postura de Eliseu (2Rs 5.7,8): mostrar a todos que o Eterno é real (ver Jd 3) a fim de
que todos os que acomodaram à morte que tomou conta deste mundo possam ver a
luz (Is 9.1,2; Mt 4.15,16).
Tudo o que
acontece e vem à nossa mão é nosso (1Co 3.18-23), ou seja, é para nosso tratamento e edificação, para
que nossa vitória (1Co 9.24-27) seja coroada (vista) diante de todos (1Pe 5.4).
Isto pode
parecer loucura. Todavia, raciocine: o mundo não conseguiu identificar Jesus
através da Sua sabedoria (1Co 1.17-23). Pelo senso de justiça deste mundo, cada um é
levado a ir gradativamente para mais longe de Jesus e do próximo, visto que na
sabedoria do mundo cada um deve buscar para si, enquanto que na sabedoria do
Eterno nós recebemos Dele o que precisamos para trabalharmos em prol do próximo
(não trabalhamos para obter coisas, mas porque já as
obtivemos – Ef 4.28).
Mas quem é
este diabo que iria meter alguns na prisão para serem provados e atribulados
por dez dias? Diabo significa acusador. Em conexão com o vs 9, o diabo aqui é o
sistema religioso representado pelos membros da sinagoga de Ha-Satan.
Quanto à
tribulação por dez dias, veja alguns exemplos envolvendo o período de dez dias:
·
Daniel, Ananias, Misael e Azarias foram experimentado por dez dias sem
provar das iguarias do rei:
Ø
“Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, e que se
nos dêem legumes a comer, e água a beber. E, ao fim dos dez dias,
apareceram os seus semblantes melhores, e eles estavam mais gordos de carne do
que todos os jovens que comiam das iguarias do rei.” (Dn 1.12,15).
·
Os quatro amados citados acima com frequência e intensamente foram
considerados dez vezes mais doutos que os demais:
Ø
“E em toda a matéria de sabedoria e de discernimento,
sobre o que o rei lhes perguntou, os achou dez vezes mais doutos do que
todos os magos astrólogos que havia em todo o seu reino.” (Dn 1.20)
·
Labão mudou o salário de Jacó dez vezes:
Ø
“Mas vosso pai me enganou e mudou o salário dez
vezes; porém Deus não lhe permitiu que me fizesse mal.” (Gn 31.7);
Ø
“Tenho estado agora vinte anos na tua casa; catorze anos
te servi por tuas duas filhas, e seis anos por teu rebanho; mas o meu salário
tens mudado dez vezes.” (Gn 31.37).
·
O povo que saiu do Egito tentou o Eterno dez vezes (ou seja, com frequência e gravemente):
Ø
“E que todos os homens que viram a minha glória e os meus
sinais, que fiz no Egito e no deserto, e me tentaram estas dez vezes, e
não obedeceram à minha voz,” (Nm 14.22).
·
Frequentemente e de modo intensamente amedrontador, os judeus que
habitavam no meio dos inimigos tentavam alertar o povo que estava edificando o
muro acerca do plano de invasão dos inimigos dez vezes:
Ø
E sucedeu que, vindo os judeus que habitavam entre eles, dez
vezes nos disseram: De todos os lugares, tornarão contra nós.” (Ne 4.12).
·
Os amigos de Jó o acusaram frequentemente de modo grave dez vezes:
Ø
“Até quando afligireis a minha alma, e me quebrantareis
com palavras? Já dez vezes me vituperastes; não tendes vergonha de
injuriar-me.” (Jó 19.2,3)
·
O período de provação é curto, mas a felicidade é para sempre:
Ø
“Então disseram seu irmão e sua mãe: Fique a donzela
conosco alguns dias, ou pelo menos dez dias, depois irá.” (Gn 24.55).
Embora o
período de dez dias possa parecer pequeno, quando em meio a um sofrimento intenso,
este período pode parecer uma eternidade.
Dez também
lembra a união dos poderes deste mundo, cujo príncipe é Ha-Satan (Jo 14.30), contra a
Igreja. Enquanto o Eterno peneira a Igreja para eliminar dela a palha, Ha-Satan
a peneira para eliminar todo o trigo (ver Lc
22.31,32).
Qual a recompensa aos vencedores?
·
O vencedor nada sofrerá da segunda morte. (Ap 2.11).
Há duas
peculiaridades acerca da promessa feita a esta oholyao: esta é a única promessa
negativa e nela não há menção direta de Jesus (por exemplo:
“dar-lhe-ei a comer da árvore da vida”).
Esta
recompensa, diferentemente da anterior (coroa da
vida), se dará depois
do juízo final.
Ao dizer
que o vencedor não sofrerá o dano da segunda morte, está dizendo que a teoria
do aniquilacionismo (que a alma do pecador será
aniquilada para sempre no Juízo Final) está errada. Afinal, os perversos vão sofrer o dano da separação
eterna. Se houvesse uma destruição total, não haveria dano, mas apenas o fim de
tudo.
Mas, qual é
a segunda morte? A primeira é esta que todo mundo nasce nela. Ou seja, implica
em estar separado fisicamente do Eterno por causa de pecado. A pessoa começa
morta espiritualmente e termina morta fisicamente. A morte se desenvolve na
vida da pessoa, até se consumar quando ela deixa este mundo. A primeira morte é
uma criança que nasce, cresce, reproduz e morre.
A segunda
morte vem após o Juízo Final, quando o indivíduo, embora esteja continuamente
diante dos santos anjos e do Cordeiro (2Ts 1.9; Ap
14.10,11), não consegue
usufruir disto em seu ser. Antes, é este o fogo que os queima por toda a
eternidade sem jamais se apagar (tal como se deu no episódio da
sarça ardente – Êx 3.2), pois o
amor é um tormento para quem se apega à iniquidade.
Identidade
Esmirna
representa os convertidos que, embora não possuam nenhuma falha externa visível
aos olhos dos indivíduos, internamente estão com medo das perseguições por amor
do nome Dele em virtude de um sentimento incontrolável de auto-defesa. Nenhuma
instituição religiosa se enquadra neste perfil.
Resumo
O inferno é
a incapacidade de o indivíduo de receber dentro de si a graça e o amor do
Eterno.
Assim
sendo, é necessário recebermos em nós o tratamento do Eterno para sermos livres
de tudo aquilo que nos aprisiona e impede de amar o próximo (medo, amargura, etc.).
Aqui, Jesus
promete expor os irmãos de Esmirna a uma tribulação maior do que a que eles já
estavam sofrendo. Tal sofrimento muitas vezes é comparado a dores de parto:
contínua e que vai aumentando gradativamente até Cristo estar formado no
indivíduo (Gl 4.19). As mesmas são constituídas de um complô dos poderes do mundo contra
os fiéis.
E isto
justamente para que os fiéis, ao verem o livramento do Jesus, possam perder de
vez o medo e serem coroados com um estilo de vida que glorifica a Cristo (que confirma que Seu modo de viver é o único capaz de dar a
cada um de nós verdadeiros relacionamentos).
Afinal, a
felicidade não consiste em sermos livres dos problemas, mas em recebermos em
nós a presença viva de Cristo preenchendo nosso coração, nos dando o que
precisamos e nos livrando do todo pensamento, sentimento, plano ou desejo que
nos separa de Cristo e daqueles que são Seus na nossa vida.
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