sexta-feira, 5 de setembro de 2014

69 - COMO LIVRAR O CASAMENTO DA MALDIÇÃO DO ADULTÉRIO?



COMO LIVRAR O CASAMENTO DA MALDIÇÃO DO ADULTÉRIO?

1) Introdução

Que casal não teme o mal do divórcio? Ainda mais considerando que o amor se esfriará de quase todos (Mt 24.12). Mas, como se prevenir para não mais uma das inúmeras vítimas a ver o lar desfeito principalmente pela traição conjugal? Como escolher o indivíduo ideal? Até que ponto os rituais mundanos e religiosos (casamento civil e religioso, bem como o uso de aliança) contribuem para fortalecer a união matrimonial? Será o lar aquilo que o Eterno proveu para o casal a fim de isolá-lo do mundo? Neste caso, o ciúme seria o remédio mais indicado.
Enfim, qual a melhor receita para um lar bem sucedido? Que Jesus use este artigo para ajudá-lo a responder a estas dúvidas.

2) Conceito de adultério

Vamos do princípio. O que é adultério? Muitos acham que é sinônimo de traição. No entanto, no dicionário, adulterar é introduzir alteração em alguma coisa, corromper ou falsificar algo. Ou seja, a partir do momento que o casal corrompe o plano de Deus para seu lar, o adultério já ocorreu.
Considerando que, por terem absorvidos a doutrina semeada pela mídia, são poucos que sabem o real propósito do casamento, na verdade é raríssimo um lar que ainda não fora adulterado.
Além disto, é bom pensar que o pecado é fruto; e todo fruto tem, antes de tudo, uma raiz. Ou seja, quando um dos cônjuges, na verdade, chega a ponto de trair seu companheiro, na verdade, isto é consequência do adultério que teve início a partir do momento que o casal se distanciou do plano do Criador.
E, embora o homem seja mais fraco em matéria de fidelidade, quem dá ocasião a esta é a mulher, tal como foi Eva quem seduziu Adão (e não o contrário -  1Tm 2.14). No que a mulher desvirtua a relação sexual (Rm 1.26,27), a tendência é a mulher passar a ser considerada como mero objeto de satisfação sexual.
A força da mulher é tal que ela, sozinha, é capaz de desencaminhar homens (Rm 1.26,27), edificar ou derrubar o lar (Pv 14.1). Logo, a fraqueza da mulher (1Pe 3.7) é a força dela.
E mesmo nos lares em que a traição ou o divórcio não ocorreram, já não existe mais o sabor que havia por ocasião do namoro, mas apenas se acostumaram um ao outro. Não que exista real amor entre os namorados. A maior prova disto é que eles necessitam de estarem fazendo uma atividade extra para terem prazer (jantar, passeio turístico, cinema, etc.). A satisfação deles não é somente a presença um do outro. É não é para menos: um não tem capacidade de suprir o outro plenamente. É preciso algo que sirva como desculpa para mantê-los juntos.
Eis o motivo pelo qual os indivíduos enfatizam o cerimonial civil e religioso.

3) O motivo que leva os indivíduos aos votos matrimoniais

Infelizmente ninguém sabe a verdade que está oculta por traz destes costumes.
O voto do casamento não é para apenas para prender um cônjuge ao outro. Antes, é para obrigar ambos a serem bons. Ora, já parou para pensar que nada há que seja mais contrário ao ser humano que a lei? Esta lhe é contrária duas vezes:

1º -       Porque ele obriga o indivíduo a fazer o bem que não está disposto a fazer ou a não fazer o mal que tanto deseja (1Tm 1.6,7; ver Rm 7.13-21). No entanto, a salvação vem pelo Favor do Eterno (Ef 2.8,9) justamente para que, ao invés de ficar preso a pecados (tanto seu como dos outros), cada um se deixe tomar pelo amor do Eterno e, deste modo, fique livre de qualquer coisa que possa prejudicar o próximo e o impeça de ser aquilo que o Criador deseja ser na vida deste;
2º -       Porque ela induz o indivíduo a achar que tem o direito de exigir algo dos outros.

Quando digo lei, não estou me referindo apenas às leis de Deus ou do país, mas, antes de tudo, as que criamos para nós mesmos. Por exemplo, quando alguém paga em troca de algum serviço, se sente no direito de exigir que o indivíduo trabalhe com eficiência.
E quando o indivíduo não corresponde a isto, vai diante dos poderosos deste mundo para exigir justiça (1Co 6.5,6), quando o correto é ir a juízo diante do Eterno (Is 59.4), mas não para pedir a destruição do mesmo, mas, antes, com o objetivo de obter, Dele, a verdade acerca das próprias convicções (ver Is 59.4), de modo a lutar:

? Contra si próprio, buscando no Criador enxergar os próprios erros, bem como obter o arrependimento e conversão necessários para a salvação;
? Contra o ego corrompido do indivíduo, de modo que ele venha a ser convencido da verdade (Mt 18.15-17) e lhe seja dado oportunidade de arrependimento (2Tm 2.25,26).

Independente se a causa é justa ou não, o fato é que, a menos que se vá ao Juiz com o propósito de conduzir a si mesmo e ao indivíduo com quem está a pleitear para mais perto da Verdade, com certeza o coração será tomado de maldade (não só o do próprio indivíduo e do réu, mas de todos envolvidos ou que tomarem parte no julgamento). Mesmo se o indivíduo merecer, isto não muda o fato de que esta lei está servindo para contaminar corações, o que irá interferir no jeito do indivíduo falar (Mt 12.34,35), fazer (Tg 3.2), ver (Tt 1.15) e, obviamente, naquilo que irá colher (Gl 6.7-9).
A lei nunca aperfeiçoou coisa alguma. Antes, é feita para os injustos (1Tm 1.8-10); o justo é movido pelo favor do Eterno. Pense: qual é o limite para a injustiça de alguém? E como definir o que é injustiça e o que não é? Durante toda a história da humanidade, todo o esforço foi feito para estabelecer leis perfeitas. Contudo, indivíduos mal intencionados, sempre tentam encontrar, na lei, motivo para tirar vantagem ou fazer sofrer aqueles que odeia (Sl 94.20; Is 29.21).
Quando, todavia, o amor reina, como o amor não faz mal ao próximo (Rm 13.10), o indivíduo é capaz de abrir mão dos seus direitos só para que a outra seja bem sucedida.
Portanto, rasgue o este escrito de dívida que é contra você mais do que é contra quem estás a pleitear (Cl 2.14) e deixe o Favor de Deus te usar para salvar os indivíduos (Ef 2.8,9), já que é para isto que Jesus veio (Mt 9.12,13) até ti (1Pe 3.8-12)!
Não prives a ti mesmo da graça de Deus permitindo que alguma raiz de amargura brote e, além de te perturbar, contamine os indivíduos que estão por perto de ti. Lembre-se que, quanto maior o pecado, maior é a graça que o Eterno quer derramar sobre ti (Rm 5.20) e maior o amor que o indivíduo terá por ti quando vier ao arrependimento (Mt 7.47).
Além disto, já parou para analisar, com calma, o motivo de o Eterno nos abençoar?

E “E isto afirmo: aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra, como está escrito: distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre. Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça, enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade, a qual faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas graças a Deus.” (2Co 9.6-11).

Note que é para que possamos ofertar com alegria, superabundar em toda boa obra. Em outras palavras, para que a sementeira seja multiplicada em nossa vida. Lembre-se: a felicidade de quem crê não está apenas na colheita, mas sobretudo na semeadura, na possibilidade de ser usado para manifestar a justiça e generosidade de Deus (Lc 20.35).
A colheita vem tão somente como consequência (Gl 6.7-9) e, ainda assim, para que possamos ajuntar ainda mais tesouros no céu (Mt 6.19-21), a saber, granjear amigos (Lc 16.9) para, com isto, conservar nosso coração nas coisas do alto (Cl 3.1,2).

4) O que é o casamento aos olhos do mundo?

Infelizmente, a maioria dos indivíduos gosta de ficar presa na sua miséria. Daí buscarem em Cristo apenas nas coisas deste mundo (1Co 15.19): por não desejarem enxergar a verdadeira riqueza.
O casamento, por exemplo, que deveria ser a maior manifestação de amor, acabou se transformando na maior expressão de egoísmo, com a esposa querendo que o marido conquiste tudo só para ela e seus filhos e o marido querendo que ela faça tudo só por ele.
Infelizmente se deixaram influenciar pelas mentiras dos filmes e novelas de romance, os quais tentam incutir nos indivíduos a ideia de que estão incompletos enquanto não encontrarem o grande amor carnal de suas vidas para serem felizes para sempre, como se a vida de um indivíduo fosse suficiente para lhe preencher por completo por dentro.
Isto deturpa todo o sentido de casamento, principalmente na vida das mulheres. Ainda mais considerando a influência do movimento feminista e o fato de que a mulher é mais romântica do que o homem (tanto que é mais difícil convencer uma mulher virgem a ter relação sexual do que uma que já teve tal experiência).
Isto leva o marido a querer se isolar das mulheres e a esposa dos homens e o pior: a exigir o outro só para si.  

5) Não isole teu cônjuge, pois o mal vem dentro, e não de fora

Isto é condenar o casamento ao fracasso, pois, como em nosso coração há muitas moradas (Jo 14.1,2), no que um tenta afastar ou manter à distância os demais indivíduos do seu cônjuge, ambos acabam ficando com o coração vazio, o que os induz a buscarem conhecimento (intimidade) em coisas estranhas a eles (como em Gn 3.5). O pecado, incluindo o adultério, começa com uma insatisfação interior.
O ciúme entre casais é considerado algo muito comum. Ainda mais considerando o 7º mandamento da lei mosaica: “não adulterarás” (Êx 20.14).  
Mas, no que cada cônjuge exige do outro total fidelidade, aí que ele está complicando seu matrimônio. Ora, de que adianta a existência de uma lei proibindo o adultério, quando não existe amor entre o casal?
Como você se sentiria se soubesse que teu cônjuge só está com você por obrigação porque existe uma lei que o obrigue a ficar junto? Tem sentido você obrigar um indivíduo a ficar junto de você quando nada há de ti dentro dela?
Desde Adão e Eva que os indivíduos tentam transferir a culpa para os outros, como se a ameaça do casamento fosse a presença de uma mulher sedutora ou um homem conquistador. No entanto, o que Jesus disse?

*      “E dizia: O que sai do homem isso contamina o homem. Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem.” (Mc 7.20-23).

Infelizmente o ser humano não está levando a Escritura Sagrada a sério. Veja o que Jesus disse:

*      “E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.” (Mt 19.5,6).

Você pode me questionar: “mas o casal tem que ter prudência para não despertar ciúme um no outro, não dar brecha para um cogitar o mal contra o outro”.
É lógico que os problemas virão (Jo 16.33). Note que, na parábola dos dois fundamentos, a tempestade combateu contra as duas casas (Mt 7.24-27). Contudo, não foi uma tempestade ocasional, mas algo enviado por Eterno para combater, para provar a todos qual era obra Sua. Ou seja, não é Ha-Satan, mas sim o próprio Eterno que abala tudo que é abalável (Hb 12.25-27).
Entenda: apenas a obra do Eterno é para permanecer para sempre (Ec 3.14; Hc 3.6).
Assim, se teu casamento for como um castelo de areia ou de cartas que, ao menor abalo, se desmorona, pode estar certo de que Ele vai ruir, pois o próprio Eterno vai colocar abaixo. Toda planta que o Pai celestial não plantou com certeza será arrancada (Mt 15.13). Nunca o Eterno projetou que teu casamento estivesse firmado na tua fidelidade, dedicação ou esforço (muito menos na teu do cônjuge). A verdadeira paz só é dada quando é Eterno quem faz em nós todas as Suas obras (Is 26.12).
Além disto, pense:

6) Como impedir que o adultério atinja o casamento?

*      Será que uma simples lei é suficiente para impedir o adultério?
*      Será um papel assinado no cartório perante testemunhas?
*      Ou um pedaço de metal no dedo anular esquerdo?
*      Muitos ciumentos não suportam ver o cônjuge em contato com indivíduos do sexo oposto. Em virtude disto,
*      Muitos tentam impedir que indivíduos que outro sexo chegue até si, sob o pretexto de que não querem dar motivo para o cônjuge ter ciúmes.

É curioso como o ser humano gosta de olhar para o mal. Como se o fato de fixar os olhos no mesmo e lutar para mantê-lo afastado fosse impedi-lo de lhe alcançar.
Você já parou para pensar no motivo pelo qual Pedro afundou enquanto caminhava sobre as águas (Mt 14.29,30)? Não foi a força do vento que o empurrou para baixo. Tampouco foi um tsunami. Antes, foi tão somente o fato de ele ter deixado de olhar para Jesus. O mal que ele temia, acabou lhe sobrevindo, como se deu com Jó (Jó 3.25,26). Se ele tivesse permanecido olhando para Jesus, ainda que um tsumani o engolisse, ele passaria por estas águas sem se afogar (Is 43.1-2). Lembre-se que a obra do Eterno é feita no descanso (e não na nossa força ou atividade).

7) Quando o casal se coloca dentro do plano de Eterno, ninguém pode fazer este casamento dar errado

Mt 19.5,6 não é uma simples ordem a ser cumprida pelo homem, mas uma declaração do que o Eterno está disposto a fazer. A verdade é que todo casamento legítimo (aquele que é estabelecido na primeira relação sexual do indivíduo – 1Co 6.15,16) jamais pode ser desfeito.
Você pode questionar: “mas o que é um casamento legítimo?”. Aquele que foi estabelecido pelo Eterno por ocasião da primeira relação sexual. Após isto, os dois já se tornaram uma só carne (1Co 6.15,16) e nada há que possa mudar isto (tal como o acordo de Israel com os gibeonitas, uma vez, feito, não podia ser revogado – ver Js 9.15-20; 2Sm 21.1). A união já foi celebrada pelo Eterno (daí Gn 2.24; Mt 19.3-6), o que torna o casamento algo impossível de dar errado, exceto em um caso: quando pelo menos um dos cônjuges desiste de lutar pelo outro e decide romper com os laços de amor com que o Eterno os atraiu, antes de tudo, a Ele (Os 11.4).
Nem mesmo a morte pode separar o casal (Ct 8.6,7).
Inclusive, abrindo um parêntesis aqui, quando um rapaz ou moça pensarem em ter relação sexual com alguém, nunca devem esquecer de pedir a orientação do Eterno, esperar por Sua resposta e estar disposto a acatá-la, pois, uma vez tomada a decisão, nada mais há que seja feito. Tal indivíduo estará casado, independente se o pretendente disse ou não a verdade, e terá que lhe ser fiel ele todos os dias de sua vida.
Uma vez perdida a virgindade, não há como recuperá-la. Assim sendo, jamais as ações devem ser baseadas na palavra de um ser humano (Jr 17.5), mas sim naquilo que o Eterno diz para fazer.
E a prova de que o Eterno vela pelo casamento é o caso de Abraão: mesmo mentindo, ainda assim o Eterno não permitiu que faraó (Gn 12.12-20), nem Abimeleque (Gn 20.2-7), possuíssem Sara. Se, apesar da mentira de Abraão, o Eterno não permitiu que ninguém separasse Abraão de Sara, imagine quando o casal está em total retidão diante de Eterno.
Assim como a porta que Eterno abre ninguém fecha e a que Ele fecha ninguém abre (Ap 3.7), o que o Eterno ajunta ninguém tem poder para separar. Por causa da natureza Adâmica, o ser humano sempre tenta jogar a culpa para cima do próximo (Gn 3.12,13).
Mas a verdade é que só existe um indivíduo que pode acabar com o teu casamento: VOCÊ! Nem o inferno todinho, nem toda humanidade, tem poder para acabar com teu casamento.
Enfim, se você estiver nos eixos com Eterno, não tem com o quê se preocupar. Dificilmente o inimigo conseguirá entrar. E, mesmo se conseguir, tudo irá contribuir para o bem de você que ama a Eterno (Rm 8.28) (lembre-se de como o próprio Ha-Satan contribuiu para com sua derrota (Jo 13.27), bem como o modo como os inimigos de Esdras foram obrigados a ajudá-lo quando Ele dispôs seu coração para agradar ao Eterno (Ed 5.3,4,9,10; 6.6-10; 7.21-24)). No final, ele acabará contribuindo para fortalecer teu casamento. Por exemplo, aquela mulher bela e sedutora que parecia ter influência sobre o marido, acabará servindo para que ele enxergue as verdadeiras riquezas que se acham escondidas na alma de sua esposa.
Se hoje a maioria dos relacionamentos termina em divórcio é porque, na verdade, nunca foram casados, mas apenas se convenceram disto.
“Mas, como assim?” Você pode estar se perguntando. “Como alguém pode não ser casado se a relação sexual nada mais é do que o Eterno unindo homem e mulher?” (Gn 2.24; 1Co 6.15,16).
Embora seja Ele quem celebra a união física do casal, nunca receberam esta união dentro de si (tal como se deu com a samaritana que, após o 5º marido, não tinha conseguido, interiormente, qualquer ligação com ele – Jo 4.17,18). Tudo que fizeram foi para conseguirem prazer e facilidades, e isto pela própria força e desejo. Jamais intencionaram ter o Eterno com Seu poder e palavra os mantendo unidos.

8) Não tente consertar o teu casamento.

O importante é o que o Criador uniu, e não o que o homem tenta manter unido. Ou seja, o que o homem deve buscar não é a mera união de corpos, mas sim o que o Eterno uniu. Considerando que Ele reuniu todas as coisas em Cristo (Ef 1.10), logo o que o Eterno uniu foram pensamentos e sentimentos com base na Sua Palavra.
Para ser mais exato: ao invés de buscar consertar o casamento, busque consertar o que está de errado na tua relação com o Eterno. Se o casamento não está se mantendo é porque o Altíssimo não tem feito a força Dele, o que é sintoma de que Sua Palavra não tem sido guardada.
Para exemplificar isto, se o cônjuge está insatisfeito, é sinal que:

1º -       Algo entre ele e Jesus não vai bem;
2º -       Marido e mulher não estão cumprindo com exatidão seu papel no casamento.

Neste caso, ao invés de tentar fazer uma série de promessas que não poderá cumprir (o que aumentará ainda mais o descrédito diante do cônjuge), o indivíduo deve:

              1º -         verificar se realmente “está de pé” ou se andou caindo na fé (1Co 10.13).  É preciso estar reto aos olhos de Eterno, cumprindo seu papel no casamento diante Dele.
              2º -         interceder pelo seu cônjuge, ou seja, buscar do Eterno os recursos espirituais que Ele deseja usar para recuperá-lo.

Já que o Eterno é poderoso para nos guardar da tentação e confirmar em nós Sua Palavra e boa obra (Rm 8.3,4; Fp 1.6; 1Ts 2.17; 2Pe 2.9; Jd 24), ao invés de tentarmos cumprir os mandamentos, devemos nos perguntar: mas afinal, por que Sua Palavra (lei + promessas) não está se cumprindo na minha vida?
Ou seja, a forma de corrigir isto é reconciliando com o Criador.
Mas, para isto, é preciso, antes de tudo, acreditar que...

9) O cônjuge é o indivíduo certo.

Muitos indivíduos questionam: “mas como eu vou saber se o indivíduo que está se aproximando é bom ou mal?”. Não é necessário ter esta dúvida! Com certeza o indivíduo é mau! Uma vez que só o Eterno é bom (Mt 19.17; Mc 10.18; Lc 18.19), pode estar certo de que ninguém irá aproximar de você com boas intenções.
Mesmo que isto não fosse verdade eu te pergunto: que critério você iria usar para saber se o indivíduo é bom ou ruim? Para início de conversa, você não tem o direito de julgar ninguém (Mt 7.1; Lc 6.37), muito menos fazer acepção de indivíduos (Dt 10.17; 16.19; 2Cr 19.7; Jó 13.10; 32.21; Ml 2.9; At 10.34; Rm 2.11; Ef 6.9; Cl 3.25; Tg 2.1,9; 1Pe 1.17).
Além disto, o coração do ser humano é enganoso (Jr 17.5,9; Pv 14.12). Logo, com certeza, acabaria escolhendo o que não presta, já que apenas Eterno sabe o que se passa nos corações (1Cr 28.9; Jr 17.10), enquanto nossa tendência é julgar segundo a vista dos olhos e ouvir dos ouvidos (o contrário do que Eterno deseja – Is 11.3; Jo 7.24).
Mas então, como fazer?
Por nós mesmos não há solução:

*      se tentamos ser amigo de todos, acabaremos sendo explorados e irritando alguns (normalmente aqueles que mais nos amam);
*      se desprezarmos todos, nos sentiremos solitários;
*      se tentarmos criar a nossa “panelinha”, nossa alma permanecerá insatisfeita pois apenas algumas das moradas do nosso coração (Jo 14.1,2) serão preenchidas, e ainda assim por amizades superficiais, já que, sem Jesus, cada o indivíduo está voltado apenas para si.

Por outro lado, se aceitarmos de bom grado que Jesus faça de nós o Seu reino (Ap 21.22-23), poderemos manter as portas do nosso coração abertas 24 horas para todos, pois, com certeza, não irá entrar nada contaminado, imundo, nem que cometa abominação ou mentira (Ap 21.24-27). Ou seja, aqueles que não querem compromisso com Jesus não suportarão ficar perto de nós, já que luz não combina com trevas (2Co 6.14-16). Quanto aos demais, o Eterno fará Sua obra na vida deles através de nós (1Co 7.12-14; 2Co 3.18).
Todavia, que fique claro! Isto não virá “de graça” na nossa vida. Primeiro, porque não existe nada de bom para você que, antes de tudo, não venha a sair do teu interior (veja Gn 2.21,22; Jo 4.14; 7.37-39).
Além disto, o que você espera receber de bom neste mundo, visto que o mundo jaz no maligno (Jo 14.30; Ef 2.1,2; 1Jo 5.19) e todo ser humano é mau já desde o ventre (Gn 8.21; Sl 51.5; 58.3)?

Primeira grande verdade: o casamento é uma luta constante

Não é em vão que Eterno nos chamou como soldados (2Tm 2.3-5), a saber: para lutar espiritualmente. Como assim? É o Espírito Santo quem convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8), mas o instrumento para isto somos nós. A felicidade não consiste em achar alguém perfeito, a partir de quem podemos receber o amor perfeito, mas sim do privilégio de ser usado pelo Eterno para trabalhar Sua perfeição e santidade no coração deste. Lembre-se que mais bem-aventurada coisa é dar do que receber (At 20.35).
Sei que parece esquisito. Mas pense: quanto mais você ensina a verdade, mais você se torna sábio; quanto mais ama, mais fica sendo capaz de tocar os corações dos indivíduos. A felicidade está em ser usado pelo Eterno para amar os indivíduos, operar sinais, prodígios e maravilhas na vida deles e o melhor: ver o Eterno operando Sua lavagem da regeneração e renovação (Tt 3.4-6).
Em particular, no que se refere ao casamento, um dos grandes erros é o indivíduo, após casar, achar que agora não precisa mais lutar para conquistar o cônjuge, mas está livre para fazer o que quiser e exigir seus direitos.
Na verdade, sempre há um espaço novo no coração do cônjuge a ser descoberto, explorado e conquistado (analise Js 1.6-9). Não há nada pior em um relacionamento do que a acomodação e a contabilidade. Com base em versículos como 1Co 7.3,4, um começa a exigir do outro reconhecimento e fidelidade.
Chega de comer desta Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal (certo ou errado – Gn 2.17)! Independente de quem está certo ou errado, lembre-se que Jesus não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate (Mt 20.28) dos pecadores que aceitarem Seu chamado para o arrependimento (Mt 9.12,13). Logo, esteja sempre pronto para amar teu cônjuge e cumprir teu papel.

10) Já pensou no motivo pelo qual o Eterno proíbe casar mais de uma vez?

Um homem não pode casar com mais de uma mulher (e vice-versa), a saber, divorciando e casando de novo, antes de tudo, porque, de outro modo, ele não seria capaz de enfrentar desafios, mas sempre ir em direção àquela que lhe fosse mais favorável no momento. Ao invés de buscar um amor para si, receba o amor que o Eterno quer lhe dar.
Infelizmente, temos dificuldade de enxergar longe, ou seja, enxergarmos bênção, não para nós, mas para nossos filhos (2Co 12.14; Hb 11.13). Não podemos pensar apenas em bênçãos imediatas. Devemos ter em vista aquilo que Eterno tem para operar no futuro a partir do que estamos vivendo.
Lembre-se da parábola dos dois fundamentos. Quem fundamentou sua vida nas coisas transitórias (que não têm respaldo na Escritura Sagrada – 2Co 4.18), foi vítima de grande ruína (Mt 7.24-27). E não pense que foi Ha-Satan quem combateu contra esta casa. Foi o próprio Criador que abalou tudo que é abalável para que apenas o inabalável permaneça (Hb 12.25-27).
É preciso crer que nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra poderes e autoridades (Ef 6.12). Vem a questão: e quando discordamos de uma autoridade, o que devemos fazer?
Entendendo que toda casa dividida contra si mesma não subsistirá (Mt 12.25), o correto é batalhar pela unidade da fé (Jd 3), visto que o verdadeiro objetivo ao se fazer algo não é simplesmente a execução de uma tarefa ou produto.
Pense, por exemplo, na ilustração que o Eterno, como homem, fez de Si mesmo em Jo 6.51-57. Essa ilustração mostra que não devemos simplesmente crer em Jesus, mas abraçá-Lo de tal modo que tudo que provenha Dele faça parte de nós.
Certa vez foi ordenado a João pegar o livro contendo a palavra de Eterno que estava na mão do anjo e o comer (Ap 10:8:10), ou seja, se alimentar da vida de Cristo. E por que isto? Porque uma palavra só tem poder quando o indivíduo que a profere tem autoridade (Hc 1.13; Mt 8.9), ou seja, quando tal indivíduo a tem como sua autoridade.
Daí o motivo de Jesus comparar Sua palavra com alimento (Mt 4.4), a Si mesmo como pão e a Sua carne como verdadeiro alimento.
O uso da ilustração do ato de comer e beber são feitas em virtude da maravilhosa transformação que ocorre no nosso corpo quando assim fazemos. Na digestão, o alimento é quebrado em partes cada vez menores, até que seja capaz de ser absorvido pelo organismo. Quando o alimento está dividido em partículas, é absorvido pelas células, passando a fazer parte destas. Após digerido, o alimento passa a fazer parte de nosso organismo, sendo depois impossível separar o indivíduo daquilo que ele comeu. A água, por sua vez, serve para recompor nossas células, facilitar na regeneração delas, levar-lhes o alimento e conduzir para fora do corpo o que nele há de toxinas.
Agora pense: qual a melhor maneira para guardar a palavra de Eterno? Não é digerindo a palavra Dele, ou seja, se aprofundando nos detalhes de cada versículo até que os mesmos sejam assimilados pela mente e coração? Devemos procurar destrinchar a Escritura Sagrada em partes cada vez mais simples e fáceis de entender, até que possamos ter a compreensão total de tudo.
Assim como comemos o alimento todo, devemos ler a palavra de Eterno como um todo e não como versículos isolados do contexto. Em seguida, devemos parar, meditar nos versículos e buscar no Criador a compreensão dos mesmos em outras partes da Escritura Sagrada.
Concomitantemente, assim como a célula expulsa do seu interior todo lixo tóxico para poder receber o alimento (do contrário ela explode), assim devemos também nos humilhar, abrir mão da nossa vontade (concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba da vida (1Jo 2.16)) para podermos receber tudo que Eterno tem para nós. Do contrário, acabaremos mais sobrecarregados do que antes de aceitar a Jesus.
Mas cuidado! Assim como, após comer, não é indicado fazer exercício físico, pois há o risco de dar congestão cerebral, não devemos ler a palavra de Eterno apressadamente como que para cumprir uma obrigação. Acabaremos loucos, entendendo tudo errado e fazendo toda sorte de coisas que não agrada a Eterno (Mc 12.24,27). E o pior: achando que estamos glorificando-O.
Também dizem que não é indicado dormir de barriga cheia. Não sei se isso é verdade, contudo, a nível espiritual, com certeza o é. Ler a palavra de Eterno e continuar como “morto” espiritual, alheio (dormindo) a tudo que está acontecendo em nosso meio, acomodado ao pecado, é completamente reprovado pelo Eterno.
A Escritura Sagrada diz:

·         “... Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará” (Ef 5:24).
·         “Entretanto aquele que atenta bem para a lei perfeita, a da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas executor da obra, este será bem-aventurado no que fizer” (Tg 1:25).
·         “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente, que edificou a casa sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia” (Mt 7:24,26).
·         “Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.” (2Pe 2.20-22).

Enfim, casamento implica em lutar para que o cônjuge cresça em caráter.

11) Casamento não é para divertimento, mas para preparar-nos para a Vida Eterna

Não estamos aqui para desfrutarmos dos prazeres do mundo. Este mundo está condenado à destruição (2Pe 3.10-12), indo de roubo em roubo (Is 33.1), de enganação em enganação (2Tm 3.13), de aborrecimentos em aborrecimentos (Tt 3.3). O Eterno não nos enviou aqui para entrarmos neste ciclo e sermos envolvidos por ele. Antes, é para alertar os outros acerca deste e conceder aos que desejarem a possibilidade de saírem do mesmo para a liberdade da glória dos filhos de Eterno (Rm 8.19-22).
Como nossa estada aqui é passageira, o Criador permite que homem e mulher que estão a agradá-Lo (1Co 7.32-35) se unam, quando estão prontos, para gerarem filhos e lhes mostrar como  Ele manifesta Seu amor e poder (1Co 2.4,5; 4.19,20), de modo a darem continuidade à obra que teve início com seus pais (Dt 25.5-9).
Vem:

12) Como deve ser o casamento, para que o mesmo cumpra o propósito do Eterno?

Casamento precisa de dois indivíduos para existir. Isto pode parecer óbvio, mas na prática quase todos que desejam casar tentam firmar o relacionamento:

·         em si mesmo, ou seja, querendo manter o cônjuge debaixo da sua tutela;
·         no outro,  ou seja, jogando toda a responsabilidade nas costas do cônjuge; ou
·         tentando intercambiar as duas anteriores, tal como tenta fazer um indivíduo que manca de ambas as pernas: ora joga o peso em uma, ora joga o peso na outra.

Todas as três alternativas estão erradas. O correto é serem um só corpo o tempo todo, de modo a carregarem juntos o peso o tempo todo. O peso é para ser único, bem como a motivação em levá-lo. Contudo, são poucos os que levam isto a sério. E o pior é que acham que estão efetivamente casados, a ponto de temerem o divórcio. Todavia, não há porque temer a destruição deste, visto que não se pode destruir algo que não existe.
Para exemplificar isto: uma vez que Eterno disse que marido e mulher serão uma só carne (Gn 2.24), logo, jamais o casal deve permitir que algum homem os separe, independente de qual seja o motivo (Mt 19.6). É bem verdade que todos necessitam trabalhar para obterem do Eterno o sustento para a família. No entanto, jamais os pais devem abandonar os filhos na creche, tampouco marido e mulher devem trabalhar fora separados um do outro.
Cada qual deve buscar do Eterno o próprio negócio, onde poderá trabalhar com sua esposa e filhos, de modo a crescerem em todas as áreas (1Ts 4.11,12):

·         Fisicamente, de modo a poder repartir melhor com o que tiver necessidade (Ef 4.28)
·         Mente, buscando conhecer melhor a vontade de Eterno na vida uns dos outros;
·         Sentimento, através do amor e compreensão mútuos;
·         Espírito, conduzindo o negócio de modo que Eterno possa manifestar Sua glória transformadora a cada instante (2Co 3.18).

Muitos se desculpam dizendo que isto é difícil. Tudo que é bom na vida exige esforço (Mt 7.13,14). Além disto, na hora de abrir um negócio, o indivíduo precisa buscar do Eterno qual a necessidade do local e como ela se encaixa dentro desta necessidade.
Com mansidão e temor (2Tm 2.25; 1Pe 3.15), marido, mulher e filhos devem buscar em Cristo pensarem e sentirem a mesma coisa (At 4.32; Rm 12.16; 1Co 1.10; Fp 4.2). Mesmo que, a princípio, pareça não haver acordo, o Eterno tem o caminho Dele na tormenta e tempestade (Na 1.3), e sempre com a tentação Ele provê o escape (1Co 10.13). Logo, sempre é possível a concordância Nele. Basta a buscarmos, e experimentaremos o poder do Criador nos conduzindo rumo à unidade da fé a à estatura da plenitude de Cristo (Ef 4.11-14).
É para isto que a Igreja (Noiva) se entrega a Jesus: para que Ele faça com ela o que bem desejar, de modo que todos vejam nela quem é o Criador e, assim, toda divergência caia por terra. Para ser mais exato: não somos nós que fazemos a obra do Eterno; antes, nós a carregamos conosco quando damos espaço para o Eterno fazer de nós o que deseja (Sl 145.10; Is 64.8).
De igual modo, a mulher ideal é aquela que deixa o marido usá-la para fazer tudo o que o Eterno colocou em seu coração. Lembre-se que ela é auxiliadora idônea do marido (Gn 2.18), ou seja, para ajudá-lo em todas as áreas da vida.
A função da mulher é ajudar o marido a frutificar, multiplicar, encher a terra e sujeitá-la (Gn 1.28). Multiplicar significa produzir cópias daquilo que está a ser multiplicado. Por exemplo:

·         70 x 7 é ajuntar o número sete, setenta vezes;
·         7 x 70 é ajuntar o número setenta, sete vezes.

Note que há diferença de significado entre as duas contas, embora o resultado final seja o mesmo. Logo, dizer que devemos perdoar o irmão 490 vezes é distorcer a Escritura Sagrada (Mt 18.22).
Enfim, a mulher deve multiplicar a semente do marido, ou seja, gerar filhos que irão dar continuidade a tudo que ele é (Dt 25.6-9). É lógico que, para isto, é necessário que ela conheça bem o marido dela. Do contrário, como ela poderá conduzir os filhos, de modo que eles possam ter o caráter do Eterno que havia no pai e dar continuidade à obra que Ele começou a fazer no pai?
Logo, no que o marido vai trabalhar num lugar e a esposa em outro (ou mesmo fica em casa), já estão separados. Neste caso, a mulher não está auxiliando o marido, individualmente, naquilo que ele está fazendo. Em outras palavras, eles estão se comportando como amantes na vida um do outro.
Está passando de hora de você decidir:

13) O que é mais importante para você: o conforto ou o amor do cônjuge e filhos?

Antigamente muitos líderes vendiam os prisioneiros de guerra com sua prostituição (Na 3.4). Para poderem se prostituir, usavam os indivíduos como pagamento. Hoje, governantes vendem seu país e líderes religiosos suas ovelhas em troca de poder, status, riqueza, etc.
E o pior é que isto também acontece no casamento. Quantos, por não saberem (ou não quererem) perdoar (Mt 7.1-5), entregam seus entes queridos aos porcos (Mt 7.6). Outros, por medo do futuro ou por ganância, trocam contato familiar pelos míseros trocados que conseguem tirar fazendo hora extra ou trabalhando em dois empregos.
É a maldade de um indivíduo se misturando com a da outra. É o ego corrompido de um vindo a fazer parte do outro.
Infelizmente, muitos casamentos têm se mantido dentro destes moldes, sendo que a ideia do casamento é a santificação (1Ts 4.3-8). Ou seja, não é para um acrescentar mais maldade à já existente, mas sim permitir ser usado por Eterno para livrar o cônjuge da mesma e vice-versa.
Quando Eterno disse para marido e mulher serem uma só carne, Ele não estava brincando (Gn 2.24). Ora, pense: como alguém pode se identificar um com o outro? Deixando que tudo que ele é e acredita venha a fazer parte do seu caráter e, sobretudo, participando diretamente da vida deste indivíduo, permanecendo junto a ele continuamente (Ez 19.5,6).
Quando marido e mulher não trabalham juntos e na mesma coisa (1Ts 4.11,12), não precisam ficar com medo do casamento acabar. Ninguém pode destruir algo que nunca existiu. Ainda que possam estar casados fisicamente (no cartório e no sistema religioso) e, talvez, na alma (por um ter se acostumado ao outro) não estão casados em espírito. O Eterno os uniu, mas eles não receberam o verdadeiro conceito do casamento dentro de si (ver Mt 19.11).
Um dos grandes erros que alguém pode cometer é o de confiar no cônjuge, certo de que o uso de uma aliança o livrará de indivíduos mal intencionados. Ora, você acredita realmente nisto? A aliança só afasta os indivíduos justos. Os pilantras não se deixam intimidar por isto. Pelo contrário: muitos até gostam, pois lhes seduz a ideia de uma conquista mais difícil.
A aliança induz o indivíduo a pensar que é possível manter a fidelidade, mesmo ficando por horas longe do cônjuge, como se casamento fosse um mero contrato comercial e, quando muito, sentimental (para não ficar sozinho e ter um pouco de prazer sexual).
Nestas condições:

·         tal indivíduo, está se colocando debaixo de maldição (Jr 17.5) e, obviamente, se condenando a morar nos lugares secos do deserto da frustração, já que o cônjuge jamais poderá lhe satisfazer do jeito que espera.
·         considerando que, aquele que pensa que está de pé, deve ter cuidado para não cair (1Co 10.13), no que alguém confia no seu cônjuge, deixando-o livre, está dando espaço para ele cair.
·         quem vai em direção a alguém, esperando obter o necessário para cultuar os ídolos que levantou no seu coração, acabará enganado e levando o outro indivíduo também a cair e ser destruído (Ez 14.7-10). Quem confia em outrem, traz maldição para si e para o outro indivíduo.

Neste caso, a brecha já está instalada (1Co 7.5) e, por maior que seja o cuidado em manter os indivíduos distantes, tanto de si, como do cônjuge, o máximo que conseguirão é permanecerem juntos até o fim da vida como meros colegas ou estranhos que tão somente se acostumaram um ao outro. O que deveria ser algo extremamente prazeroso, virou tão somente uma rotina sem vida.
Enfim, a única forma de permanecer verdadeiramente casado (ao invés de passar os dias na ilusão de que é casado ou em busca de amantes, tal como a samaritana de Jo 4.17,18,39) é cada um buscando individualmente o Eterno na vida um do outro, sem jamais se separarem, mas cada um cumprindo na vida do outro o propósito para o qual o Eterno os ajuntou (Ef 5.22-33).
Mesmo porque, se foi Eterno quem ajuntou (Mt 19.5,6), logo, só há sentido falar em casamento quando o casal recebe todo o propósito de Eterno para seu lar.
Isto pode parecer um exagero. Contudo, pense: qual a melhor forma de impedir que alguém tome o lugar que deve ser teu no coração do teu cônjuge? Concorda que é preenchendo-o contigo? Se o coração dele estiver vazio e ornamentado, pode estar certo de que Ha-Satan conseguirá achar alguém para se alojar ali (ver Mt 12.43-45). Contudo, se o Espírito Santo puder usar tua vida para preencher cada canto do coração dele, como alguém conseguirá entrar ali?
Que fique claro! O único indivíduo responsável pelo sucesso do teu casamento é VOCÊ! Nem mesmo teu cônjuge é responsável. Afinal:

[ Se você é mulher, note que toda mulher sábia edifica sua casa (Pv 14.1) e ganha seu marido sem palavra alguma (1Pe 3.1);
[ Se você é homem, lembre-se que a cabeça conduz o corpo, de modo que o desejo da tua mulher só não será para ti (Gn 3.16) se recusares a mente de Cristo (1Co 2.16).

Se fores cheio do Espírito Santo, tornar-te-ás um indivíduo agradável (veja o que o Espírito Santo produz em nosso interior) e jamais serás trocado por outrem. Em outras palavras, teu cônjuge encontrará motivo para se prender (ou se deixar prender) a ti.
Lembre-se: o sucesso do teu casamento não está na capacidade do teu cônjuge de te amar (nem de você amá-lo), mas na possibilidade de o Eterno amá-lo através de você e te amar através dele.
Mas, para isto, é preciso assumir de vez a postura de alguém casado, pois:

14) Quem tenta viver o papel amante do cônjuge, acaba sendo trocado por um de verdade

E o pior é que acham que uma simples aliança no dedo esquerdo serve para manter os conquistadores distantes. Mas o adultério brota do interior do coração do indivíduo em virtude da sua insatisfação. A única coisa que Ha-Satan faz é usar seus servos para fornecer o prato dele ao cônjuge faminto de desejos não satisfeitos. Contudo, a decisão de prová-lo é inteiramente do indivíduo.
Note que ninguém é capaz de sujar nosso coração. Antes, somos nós mesmos que o sujamos com nossas ações (Mc 7.20). Quando o coração de alguém está insatisfeito, ele mesmo procura sujá-lo na tentativa de saciá-lo. De uma forma ou de outra, ele irá atrás de algo.
Neste caso, não adianta tentar impedir que os indivíduos cheguem até ele (exigindo, do cônjuge, total isolamento para evitar possíveis amantes). Primeiro, porque tal atitude, além de contrariar o 2º mandamento de Jesus (Lc 10.27), pode impedir também o acesso de indivíduos valiosos para o casal. Lembre-se que Jesus vem do jeito que menos O esperamos (Mt 10.42; 25.34-40). No que você despreza o teu próximo, ainda que com a desculpa de evitar que o cônjuge arda em ciúmes, você está negando o próprio Jesus (quem ama a outrem mais do que a Jesus não pode ser discípulo Dele - Lc 14.26).
No entanto, se marido e mulher estiverem juntos e cheios do Espírito Santo, não terão com o quê se preocuparem (Ec 4.12), já que, mesmo se o indivíduo vier mal intencionado, ou ele terá que se afastar (já que luz não combina com trevas – ver 2Co 6.14-18) ou será transformado (ver 1Co 7.12-14). Além disto, Jesus não deixa que entre nada contaminado, falso ou imundo dentro da Sua Igreja (Ap 21.27). Ninguém pode arrebatar a nós ou ao cônjuge quando estamos nas mãos de Eterno (Jo 10.28,29).
Além disto, fechar o lar para o próximo é sucatear o verdadeiro conceito de casamento, reduzindo-o a um conjunto de direitos e deveres (algo meramente comercial. Note que o casamento civil foi constituído tão somente para promover garantias e benefícios materiais), e a uns poucos momentos de prazer. Ao invés de se preocupar com a força do inimigo e tentar impedir a aproximação do mesmo, invista no fortalecimento dos laços do teu casamento.
Pense: o que existe de tão especial dentro de nós que justifique o indivíduo negar a si mesmo para se apegar a nós? Se em nós há tanta coisa boa, então porque não conseguimos encontrar a satisfação dentro de nós mesmos?
O indivíduo, no fundo, não gosta do outro, nem de si mesmo. Antes, busca apenas prazeres superficiais (que não necessitam de algo mais profundo para se fazer sentir) e momentâneos. Para tanto, busca firmar o relacionamento naquilo que sente pelo outro indivíduo. Vem a questão: e quando a situação não lhe for favorável? Sem dúvida virão as queixas, cobranças e brigas.
Não é à toa que a (0) amante (o verdadeiro) sempre parece ser mais agradável do que a esposa (o -   ainda que vivendo como amante). Quando se perde de vista o verdadeiro sentido do casamento (estimular um a buscar, no outro, oportunidade de ser usado por Jesus, proporcionando riquezas na alma de ambos), a (o) amante parece mais conveniente. Afinal, esta (e) não faz cobranças, mas está sempre apoiando. Em compensação, a (o) amante também não faz nada por ele (a). Todavia, a ira pela cobrança é maior do que a gratidão por todos os benefícios feitos a seu favor.  Os benefícios diários passam a ser considerados como insignificantes, a começar pelas próprias mulheres que não têm mais conseguido enxergar o valor dos serviços que elas prestam no lar (Veja este princípio em (Rm 1.26)).
Resultado:

15) O papel da mulher no lar vai sendo desvalorizado, o que conduz às frequentes brigas com aqueles que mais deveriam amar

No que as mulheres começaram a não valorizar o serviço no lar (valorizando apenas o serviço dos homens, a ponto de querer ingressar neles), os homens também deixaram de valorizar tudo isto, achando que casamento, agora, é só para prazer e conforto. Até os eletrodomésticos contribuíram para considerar o trabalho no lar algo meramente mecânico (realizado por máquinas, robôs humanos (empregadas). Embora algumas esposas ainda o façam, as considera como tarefa enfadonha, o que faz com que as mesmas não tenham destaque na sociedade), ao invés de uma obra de arte do Amor.
Enfim, valoriza-se apenas aquilo que a sociedade considera valoroso (beleza fútil, prazer fácil, etc.), de modo que o indivíduo acaba fazendo mais mal àqueles que mais bem lhes faz. Mas ela não consegue enxergar mais isto em virtude de, desde bebê, ter sido doutrinada pela mídia a não enxergar a real beleza nas pequenas (mas indispensáveis) tarefas diárias.
O serviço de casa não é para ser uma rotina. O indivíduo deve saber transmitir, por meio do serviço, algo que vá de encontro àquele a quem está a servir. Por exemplo, uma mulher sábia (Pv 14.1) pode, através do ato de cozinhar, expressar, através da comida:

·         Calma, quando seu filho está nervoso;
·         Felicidade, quando seu filho está triste;
·         Moderação quando seu filho está muito eufórico.

Todo serviço pode e deve ser uma obra de arte. O indivíduo deve expressar algo de si em conformidade com aquilo que o outro necessita ouvir ou saber; buscar, no Eterno, conhecer o interior do outro, de modo a ser aquilo que Eterno deseja ministrar da Sua Palavra na vida dele.
Enfim, todo serviço pode e deve levar ao crescimento. Basta que haja contato direto e contínuo com o indivíduo para quem estamos a trabalhar. Use o trabalho no lar para aproximar você do teu marido e filhos, transformando o trabalho numa verdadeira obra de arte.
A mulher deveria ter prazer em gerar uma nova vida (1Tm 2.15) e levá-la a frutificar (Gn 1.28). Como isto só é possível através do casamento, seu prazer em casar deveria ser o de poder receber o amor de Eterno através do homem e, com isto, poder ter o privilégio de experimentar, dentro de si, a capacidade de amar um novo ser.
De igual modo, o prazer de quem é do Criador deveria ser o de receber, dentro de si, o amor de Jesus para, com isto, ser capaz de experimentar novas vidas sendo geradas nos cômodos do seu coração.
Mas...

16) Infelizmente a mídia tem programado o ser humano para sentir o amor de uma forma estranha àquilo retratado na Escritura Sagrada

Isto faz lembrar o que acontece quando o indivíduo se esquece de quem é, em virtude da imposição da sociedade que a força a se encaixar numa forma (Rm12.2). Perdem a espontaneidade das crianças e vivem o que nunca deveriam viver e deixar de ser aquilo para o quê Eterno a fez.
Quando uma criança pequena esquece quem é o pai, automaticamente perde sua identidade. E o pior é que tal indivíduo tenta criar para si uma nova identidade, fazendo a mesma às custas dos outros, não sendo mais ela própria, mas quem os outros desejam que ela seja. E ainda acham que são livres para escolherem quem, de fato, desejam ser, mal se dando conta de que, desde bebês, foram programadas pela mídia para pensarem e sentirem do jeito que eles desejam.
Infelizmente a mídia corporativa ensina que amar é dar sem esperar receber. Contudo, o que o sistema quer é convencer a todos que ninguém presta e que, se alguém quiser ter acesso aos bens deste mundo, precisará se adaptar ao sistema.
Se você acha que não, pense: por que o sistema babilônico prega que, se um indivíduo guarda mágoa ou não quer mudar, deve ser desprezado? Para que venha a sofrer bastante a ponto de se render aos desejos nossos e do sistema (contrariando 2Co 2.7,8).  A ideia é induzir o indivíduo a crer que precisa se voltar para o sistema, ao invés de esperar que o Eterno lhe traga o que é bom para si e para os que estão à sua volta.
Todavia, ao invés de nos ligarmos a uma instituição humana para que, através da coalisão com os demais membros, possamos obter auxílio e força, devemos sair do sistema a fim de que, livre de todos, possamos alcançar a todos (1Co 9.19).
Acredite: o Sistema Babilônico não está do teu lado! Embora ele diga que é para teu bem, tudo não passa de uma manipulação de Ha-Satan e sua elite global para que você dedique seu tempo, força e energia a eles ao invés de entregar-se exclusivamente ao Eterno (como em Gl 4.17).
Eles sabem que é muito mais fácil para cada um obrigar os indivíduos a mudarem de comportamento do que investir individualmente na vida deles. Por isto o Sistema Babilônico oferece este serviço terceirizado (conhecido como poder judiciário), criado especialmente para este fim (veja 1Sm 8.19,20). A prova de tudo isto está no sucesso dos filmes de super-heróis, cuja finalidade é incentivar os indivíduos ao comodismo, levando todos a pensarem que podem viver à sombra de uns poucos (como na época de Israel – 1Sm 8.19,20). Querem alguém que resolva os problemas criados por eles mesmos.
No entanto, embora não devamos paparicar os indivíduos quando em pecado (tal como fez Safira ao apoiar Ananias – At 5.1-10), também não devemos desprezá-los, pois com certeza isto interferirá em nossas bênçãos (Mt 18.15-20). O correto é buscarmos no Espírito Santo que ele seja convencido do pecado, da justiça e do juízo até que ser recuperado (Jo 16.8). Ao invés de ficarmos esperando nos outros a nossa bondade, devemos buscar no Espírito Santo vivê-la na vida uns dos outros. A bem-aventurança consiste em dar, e não simplesmente em receber (At 20.35).
Assim sendo:

17) Jamais se case com alguém por amor a ele

Uma das maiores causas de fracasso em relacionamentos é tentar firmá-lo com base nas qualidades um do outro. Isto só serve para gerar e alimentar traumas e frustrações. No dia que os indivíduos perceberem que devem unir a alguém pensando em ajudá-lo a superar seus defeitos, muita coisa irá mudar.
Neste caso, além de o indivíduo não ficar decepcionado (pois já sabia da falha do outro e tem consciência de ter sido colocada na vida deste justamente para ajudá-lo a superar a mesma), ele poderá experimentar o aumento do Favor de Eterno em sua vida (Rm 5.20), já que o poder de Eterno se aperfeiçoa na nossa fraqueza (2Co 12.9,10). Sem contar que a maior expressão de amor vem justamente daqueles a quem mais perdoamos (Lc 7.47).
O casamento não veio para completar o homem, mais para deixá-lo incompleto. Note que ele ficou com uma costela a menos para poder receber, dentro de si, a mulher. Mas isto é para que ele pudesse sentir, dentro de si, que não é mais possível ser bem sucedido sem tê-la ao seu lado (ou seja, isto implica em abrir mão da independência). Mais ainda: para que uma nova dimensão da bondade de Eterno pudesse se manifestar na vida de ambos.
Isto também nos ensina que um dos propósitos do casamento é revelar na vida do cônjuge uma falha que, quando solteiro, parecia não existir. Isto porque a presença de mais alguém na vida de outrem traz consigo novas exigências e privações.
Logo, no que o marido casa com a esposa porque a ama (e vice-versa), um grave problema surge: este “tipo de amor” se apoia naquilo que o outro indivíduo é ou tem para oferecer. Isto é um peso na vida do outro, já que ele se vê obrigado a manter aquilo que estimulou a aproximação.
Quando, por exemplo, o marido não consegue manter a qualidade que agradava a esposa, esta fica frustrada. Mesmo que peça perdão e se esforce para não cometer o mesmo erro, a esposa, agora, já não consegue confiar plenamente no marido.
Por outro lado, imagine se a mulher (e igualmente o marido) fizesse como o Eterno, que tudo faz por amor Dele mesmo (Is 37.35; 43.25; 48.11; Dn 9.19) e de Seu santo nome (Is 48.9; Jr 14.7,21; Ez 20.9,14,22,44; 36.21). Louvado seja o Eterno que não é por amor de nós que Ele nos favorece (Ez 36.32). Do contrário, como somos falhos, só receberíamos maldição.
Neste caso, a esposa não iria se decepcionar com as falhas do marido, pois o amor dela estaria firmado em tudo aquilo que o Eterno é nela, no amor que Ele tem pelo seu marido, naquilo que Ele deseja ministrar na vida do marido através dela.
Mas, como fica Jo 3.16? A questão é: como o Eterno amou o mundo? De tal maneira, ou seja, firmado em Si mesmo (2Rs 19.34; 20.6; Is 37.35; 43.25; 48.11), ou seja, no privilégio de amar o próximo através de nós.

18) Conclusão

Considerando que casar é se ligar ao cônjuge (e não simplesmente estar junto dele), a melhor maneira de conservar o casamento é não adulterando o projeto do Eterno, a saber, o de serem vinte e quatro horas uma só carne a fim de que todo o plano que o Eterno começou a executar na vida do marido possa ser continuado de geração em geração, até que toda Sua obra neste mundo esteja consumada (ver Hc 2.14; Is 11.9; Ml 2.13-16).


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