sexta-feira, 5 de setembro de 2014

70 - CONHECENDO MELHOR A DEUS - Parte 10



c) Qual a relação entre cada título do Eterno e a situação em que Ele se revelou desta forma?

Que o nome do Eterno está relacionado com Seu caráter, basta pensar na conexão que o Eterno estabeleceu entre Seu nome e Seu poder:

·         Mas, deveras, para isto te mantive, para mostrar meu poder em ti, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra.” (Êxodo 9:16).

Uma vez entendido a importância de se saber o nome do Eterno, analisemos os principais títulos usados por Ele.

1 -  YHWH

O primeiro nome a ser analisado é “YWHW” (muitas vezes traduzido por SENHOR ou DEUS). YWHW é o nome redentor do Eterno no Antigo Testamento (Êxodo 6:3-8), e o nome sem igual pelo qual Ele se distinguiu dos falsos deuses (Isaias 42:8). Seu significado mais profundo é "Aquele que é por si mesmo”, ou “Eterno”. Esse conceito também aparece nas expressões "EU SOU O QUE SOU" e "Eu SOU", usadas pelo Eterno em referência a Si próprio (Êx 3.14).
Meditando no trecho acima (Êx 6.4-8), o contexto trata da libertação de Israel do cativeiro egípcio a fim de fazer deles Seu povo e dar-lhes o que realmente pertence a eles. Ou seja, ao invés de se vestirem dos recursos deste mundo e se firmarem na sua capacidade, o correto é ser vestido pelo Eterno com a verdadeira justiça (ver Gn 3.7,21).

2 -  YHWH-Yireh – O Senhor da provisão

·         “E chamou Abraão o nome daquele lugar: O SENHOR PROVERÁ; donde se diz até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá.” (Gn 22.14);

Através desta passagem fica manifesto que, nem mesmo quando o indivíduo faz exatamente o que o Eterno ordena com a intenção de agradá-Lo, ainda assim não poderá fazê-lo. Só o próprio Eterno pode prover para Si o sacrifício (obra) que Lhe agrade.
Daí Ele ter provido um corpo para Si:

·         “Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados; mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus,” (Hb 10.10-12).

Só deste modo seria possível um ser humano oferecer ao Eterno algo que satisfizesse Sua justiça.

3 -  YHWH-Rapha – O Senhor da cura

·         “E ele clamou ao SENHOR, e o SENHOR mostrou-lhe uma árvore, que lançou nas águas, e as águas se tornaram doces. Ali lhes deu estatutos e uma ordenança, e ali os provou. E disse: Se ouvires atento a voz do SENHOR teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o SENHOR que te sara.” (Êx 15.25,26).

Neste momento, havia 3 dias que eles estavam andando no deserto e não achavam água. Quando finalmente eles encontraram, estas eram amargas, como o coração de todos eles (haja visto que imediatamente o povo começou a murmurar).
            É quando Deus se revela como sendo YHWH-Rapha, ou seja, Aquele que, não só tem poder para curar qualquer enfermidade, mas é capaz de tirar toda a amargura do coração e transformar tal pessoa em manancial de águas vivas.
Note a relação entre a cura das águas de Mara com a cura das enfermidades. A árvore era o símbolo do madeiro no qual Jesus foi pregado. Assim como a árvore, de si mesma, não tinha influência sobre a situação daquelas águas, a cruz em si não vale nada. Quantas pessoas, incluindo evangélicas, adotam este símbolo para si ou para suas instituições religiosas (ignorando a verdade de que a cruz é símbolo do catolicismo romano).
Contudo, o valor da cruz está no fato de o Eterno ter sido nela pregado e ali derramado Seu sangue. Apenas quando ouvimos a voz do Eterno celestial e permitimos que a vida que Ele viveu em carne seja a nossa é que a amargura existente no nosso coração será sarada, bem como todo mal estar físico.
Hoje o Eterno, em Sua humanidade, é Aquele que nos sara:

·         Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” (Tg 5.14-16).

Repare como o objetivo da oração da fé não é curar o doente, mas sim salvá-lo. Além disto a cura está relacionada com confessar as culpas uns aos outros, o que prova que a origem da doença é de ordem espiritual (Is 33.24).

4 -  YHWH-Nissi – O Senhor da vitória (bandeira)

·         “E Moisés edificou um altar, ao qual chamou: O SENHOR É MINHA BANDEIRA.” (Êx 17.15).

Uma bandeira simboliza a vitória decorrente da união ou comunhão de ideais, interesses. Neste momento da história, o Eterno tinha dado a Israel uma tremenda vitória sobre o exército de Amaleque. Através de intercessão de Moisés, Arão e Hur (Êx 17.11,12), o exército de Israel, sob a liderança de Josué, logrou êxito.
Aqui podemos aprender, não só a importância da comunhão (seja entre os fiéis e o Eterno e entre eles uns com os outros), mas sobretudo de estar cada um no lugar certo. Em outras palavras, o Senhor da vitória concede a mesma quando os irmãos vivem em união (Sl 133.1), cada um no lugar que Ele o estabeleceu em Seu corpo.
Hoje o Eterno nos dá a vitória sobre o pecado que nos corrói por dentro (Rm 7.13-25) por amor a Cristo, ou seja, para que tudo que Ele foi em carne se cumpra em nós.

·         “Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso SENHOR Jesus Cristo.” (1Co 15.57).

Em outras palavras, o Eterno, em Sua humanidade, é o que nos confere uma identidade, em torno da qual podemos experimentar o verdadeiro sentido do amor, o qual nos faz vitoriosos contra o pecado (Ef 4.17-19).

5 -  YHWH-M'kaddesh – O Senhor da santificação

·         “Tu, pois, fala aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis meus sábados; porquanto isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o SENHOR, que vos santifica.” (Êx 31.13).

Note o modo usado pelo Eterno para santificar Seu povo no Antigo Testamento: “os sábados” (plural), ou seja, os dias que o Eterno proveu para que o indivíduo pudesse ficar livre do trabalho de suas mãos (Êx 20.9; Hb 4.10) e da maldição que dele advém (ver Gn 3.17,18) para, então, ter o privilégio de ser livre para servi-Lo e se alimentar do que Ele provê.
Em outras palavras, não tem como haver santificação sem entrar no descanso do Eterno (Hb 3.18,19; 4.1,9-11). Mas, como alcançar esta santificação?

·         “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,” (Ef 5.25,26).

Através de Sua Palavra, o Eterno, em Sua humanidade, limpa o nosso interior de todos os planos e desejos, de modo que nossa alma ache descanso (Mt 11.28-30) em Seu estilo de vida simples e sábio (Mt 10.16; Rm 12.16; 16.19).

6 -  YHWH-Shalom – O Senhor da paz

·         “Então viu Gideão que era o anjo do SENHOR e disse: Ah, Senhor DEUS, pois vi o anjo do SENHOR face a face. Porém o SENHOR lhe disse: Paz seja contigo; não temas; não morrerás. Então Gideão edificou ali um altar ao SENHOR, e chamou-lhe: O SENHOR É PAZ; e ainda até o dia de hoje está em Ofra dos abiezritas.” (Jz 6.22-24).

A paz que o Eterno oferece é a de podermos ter comunhão com Ele sem sermos consumidos pela Sua presença:

·         “E dissestes: Eis aqui o SENHOR nosso Deus nos fez ver a sua glória e a sua grandeza, e ouvimos a sua voz do meio do fogo; hoje vimos que Deus fala com o homem, e que este permanece vivo. Agora, pois, por que morreríamos? Pois este grande fogo nos consumiria; se ainda mais ouvíssemos a voz do SENHOR nosso Deus morreríamos. Porque, quem há de toda a carne, que ouviu a voz do Deus vivente falando do meio do fogo, como nós, e ficou vivo?” (Dt 5.24-26).
·         Porquanto o SENHOR tinha dito a Moisés: Dize aos filhos de Israel: És povo de dura cerviz; se por um momento subir no meio de ti, te consumirei; porém agora tira os teus atavios, para que eu saiba o que te hei de fazer.” (Êx 33.5).

Hoje esta paz se cumpre dentro do corpo que Ele fez para habitar entre nós:

·         Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (Jo 14.27).
·         “Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio,” (Ef 2.13,14).
·         “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;” (Rm 5.1).

Ou seja, a verdadeira paz (a qual o ímpio não pode ter – Is 48.22; 57.19-21) consiste em receber o Eterno no coração a fim de ser levado para os lugares celestiais (Ef 1.3; 2.6). Mas isto só é possível aceitando que o Eterno continue a viver Sua vida neste mundo através de nós (Gl 2.20; 1Jo 4.9).

7 -  YHWH-Sabaoth – O Senhor dos Exércitos

·         “Subia, pois, este homem, da sua cidade, de ano em ano, a adorar e a sacrificar ao SENHOR dos Exércitos em Siló; e estavam ali os sacerdotes do SENHOR, Hofni e Finéias, os dois filhos de Eli.” (1Sm 1.3).

Em (1Sm 1:11) se vê Ana clamando ao Eterno. Ela se referiu a Ele como o Senhor dos Exércitos, o que nos mostra que, não importa qual seja o adversário, o Eterno é Senhor sobre ele. Muitas vezes pensamos que Senhor dos Exércitos indica que o Eterno é Senhor apenas do exército Dele. Porém, Ele é Senhor sobre todos os exércitos, até mesmo de Ha-Satan e seus demônios.
            Veja, por exemplo (Jl 2:19,20,25 e Ml 3:10,11). Isso confirma o que foi dito por Jó e Paulo:

·         “Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido” (Jó 42:2);
·         “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28).

Logo, não importa quem seja, tudo o que tem fôlego de vida, inclusive, bactérias, vírus e até as células do nosso corpo estão sujeitas ao Eterno. Daí Ana se referir ao Eterno como o Senhor dos Exércitos, pois ela sabia que só Ele poderia dar ordens às células do seu sistema reprodutor para que passassem a funcionar de forma devida (Sl 139.13-16).
Este título é um dos mais utilizados no Antigo Testamento para o Eterno (aparece 235 vezes). Infelizmente tudo nesta vida se resolve na base da violência. Daí invocarem o Eterno como Senhor de todos os exércitos (seja exército de animais, de coisas inanimadas, das hostes do inferno, dos anjos, etc.).
Até o clamor dos trabalhadores entrou nos ouvidos do Eterno com este título:

·         “Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos.” (Tg 5.4-7).

Mesmo em momentos que não se fala de guerra, ainda assim é enfatizado o título Senhor dos Exércitos:

·         Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.” (Ml 3.10).

Aqui, como é bem sabido, os sacerdotes (que, no Antigo Testamento, equivalem aos pastores e líderes religiosos de hoje) estavam roubando os dízimos que pertenciam aos levitas. O Eterno, na qualidade de Senhor dos Exércitos, está mandando aos sacerdotes trazerem (note que não diz levar, mas trazer) de volta o que eles roubaram Dele.
E não é para menos: Assim como não são os filhos que devem entesourar para os pais, não são as ovelhas que devem prover o alimento para o pastor, mas sim este que deve conduzir as ovelhas aos pastos verdejantes (Sl 23.1,2).

·         “Eis aqui estou pronto para pela terceira vez ir ter convosco, e não vos serei pesado, pois que não busco o que é vosso, mas sim a vós: porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais para os filhos.” (2Co 12.14).

Em outras palavras, todas as vezes que alguém está sendo vítima de exploração, o Eterno, como Senhor de todos os exércitos, entra em guerra contra os opressores (Is 25.4; 49.26). Ou seja, o título Senhor dos Exércitos tem haver com exploração dos mais fracos pelos mais fortes.

8 -  YHWH-Elyon – Senhor altíssimo

·         “E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.” (Gn 14.19,20).

Após voltar da matança dos reis, Melquisedeque foi ao encontro de Abrão se apresentando como rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo (El-Elyon). Ora, nessa época Abraão ainda se chamava Abrão, que significa “pai das alturas”.
            Não é em vão que o Eterno se apresenta como Deus Altíssimo. Ele estava ensinando a Abrão que não há ninguém mais alto que Ele e que seu sucesso se deve à força do Seu braço e não da capacidade dele.
            Além disso, o Eterno também ensina que, não importa quão poderoso e gigante possa ser o inimigo: Ele é maior que tudo, está acima até mesmo das barreiras que nos separam daqueles que amamos. Mesmo que o problema pareça não ter solução, Ele pode resgatar os entes queridos que foram aprisionados (2Cr 30.9), restaurar tudo o que eles perderam e ainda usar isso para levá-los a crescer na fé e como testemunho para libertar a muitos que se encontram na mesma situação que estavam (daí sermos mais que vencedores – Rm 8.37).
            O Eterno, na qualidade de Altíssimo, não está sob nenhuma pressão. Não há nada que Ele não veja, nada que escape do Seu controle ou que o faça mudar de caráter (Ml 3.6; Hb 13.8).
O Eterno é altíssimo porque possui tudo (Sl 24.1), ou seja, Ele tem domínio sobre o reino dos homens (Dn 4.17,32) e entrega aqueles que Ele deseja nas mãos de quem melhor lhe convém.
Hoje, o Eterno, em carne, é o altíssimo:

·         “Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai;” (Lc 1.32);
·         “E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, Porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos;” (Lc 1.76);
·         “Pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, Com que o oriente do alto nos visitou;” (Lc 1.78);
·         “Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.” (Jo 17.2).
·         “Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; e sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.” (Ef 1.21-23).

Considerando que nós é que somos o corpo do Eterno, logo não precisamos temer pessoas e circunstâncias, pois, já que nenhum dos planos do Eterno podem ser frustrados (Jó 42.2) e tudo coopera para o bem daqueles que O amam (Rm 8.28), logo quem pertence a Ele nunca tem prejuízo. Mesmo se os inimigos não quiserem ter paz conosco (Pv 16.7), Ele transforma toda maldição em bênção (Dt 23.5).

9 -  YHWH-Raah – Nosso único pastor

·         “Tu, que és pastor de Israel, dá ouvidos; tu, que guias a José como a um rebanho; tu, que te assentas entre os querubins, resplandece.” (Salmos 80.1);
·         “As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos, bem fixados pelos mestres das assembléias, que nos foram dadas pelo único Pastor.” (Eclesiastes 12.11).

Como pastor, o Eterno nos guia e sara com Sua Palavra (Sl 105.19; 107.20; 147.15,18,19), de modo que não andemos mais vagueando (Is 53.6; 2Pe 2.24,25), mas fiquemos firmemente pregados em lugar firme (Is 22.23,24).
Hoje, o Eterno, em carne, é o nosso único pastor e mediador (1Tm 2.5).

·         “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” (Jo 10.11).
·         “Porque éreis como ovelhas desgarradas; mas agora tendes voltado ao Pastor e Bispo das vossas almas.” (1Pe 2.25);
·         “E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória.” (1Pe 5.4).

Não precisamos de ninguém para nos ensinar a Escritura Sagrada, nem nos conduzir ao Eterno. Ele pessoalmente faz isto em nosso espírito (daí nos ordenar para irmos a Ele – Mt 11.28; Ef 4.20,21; 1Jo 2.27).
Ou seja, a vida que Ele teve como homem é a nossa referência de como ser vitorioso sobre este mundo, ou seja, como fazer para não andar errante, sem qualquer ocupação para o bem (Jr 4.1; Os 9.17) e o pior: ferindo a alma nossa e a de todos que nos rodeiam (daí 2Pe 2.24,25), condenados a ser uma maldição ambulante (Dt 28.16,19).

10 -  YHWH-Hoseenu – Senhor que nos fez

·         “Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR que nos criou.” (Sl 95.6).

Esta questão de adorar o Eterno como Criador é um dos principais marcos no apocalipse:

·         “Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” (Ap 14.7).

Sem contar no destaque que João dá ao Eterno, em Sua humanidade, como Criador:

·         “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.” (Jo 1.3).

Mas por que este destaque? Entre tantos papéis executados pelo Eterno, porque ressaltar o de Criador? Sendo Ele o Criador, isto significa que, ao invés de tentarmos fazer as coisas funcionarem por nós mesmos, devemos consultá-Lo. Afinal, tudo que existe foi feito por meio da Sua Palavra (2Pe 3.5), se mantém através dela (Hb 1.3), além de ter sido firmado no Eterno, em Sua humanidade (Rm 11.36). Logo, nada mais indicado do que amarmos Ele ardentemente, ou seja, permanecermos ligados no Seu amor (Jo 15.9), sem jamais nos desconectarmos. Só assim faremos uso correto dos dons e talentos que Ele nos deu.

11 -  YHWH-Tsidkenu – Senhor da justiça

·         “Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com o qual Deus o chamará: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA.” (Jeremias 23.5,6);
·         “Naqueles dias e naquele tempo farei brotar a Davi um Renovo de justiça, e ele fará juízo e justiça na terra. Naqueles dias Judá será salvo e Jerusalém habitará seguramente; e este é o nome com o qual Deus a chamará: O SENHOR é a nossa justiça.” (Jr 33.15,16).
·         “Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria.” (Mq 4.2);
·         “Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção;” (1Co 1.30).

O Eterno, em Sua divindade, fez do ser humano que Ele criou para Nele habitar, a nossa justiça. Ou seja, ser justo implica em ser guiado pelo Eterno no mesmo tipo de vida que Ele viveu aqui e com o mesmo objetivo. É inútil querer ser guiado pelo Eterno tendo em vista desejos egoístas ou insistindo em viver a própria vida (Gl 2.20; 6.14), ainda que seja para honra e glória do Eterno.
Nada que possamos fazer, por mais perfeito que seja, é considerado como justo aos olhos do Eterno (Is 64.6).
Mas afinal: em que consiste a justiça do Eterno? Veja os versículos que antecedem Jr 23.5,6; 33.15,16.

·         “Assim diz o SENHOR: Neste lugar de que vós dizeis que está desolado, e sem homem, sem animal nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém, que estão assoladas, sem homem, sem morador, sem animal, ainda se ouvirá:” (Jr 33.10).

Aqui o Eterno está prometendo restaurar os lugares desolados.

·         Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o SENHOR. Portanto assim diz o SENHOR Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o SENHOR. E eu mesmo recolherei o restante das minhas ovelhas, de todas as terras para onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão, e se multiplicarão.” (Jr 23.1-3).

Aqui o Eterno se compromete a apascentar Suas ovelhas que foram dispersas pelos líderes religiosos (pastores). Isto lembra o que Ele fez através do Seu corpo chamado Jesus: embora fora o ser humano que pecara e que, portanto, deveria pagar por sua dívida (dentro do regime legal do Antigo Testamento), por amor a nós e ao Seu nome, Ele fez questão de criar um corpo para Si e experimentar todo tipo de sofrimento só para ter o privilégio de pagar o preço para que fôssemos salvos da condenação de viver em ódio (Tt 3.3), enganação (2Tm 3.13), roubo e mentira (Is 33.1).

12 -  YHWH-Shammah – O Senhor está sempre conosco    

·         “Dezoito mil canas por medida terá ao redor; e o nome da cidade desde aquele dia será: O SENHOR ESTÁ ALI.” (Ez 48.35).

Sempre foi da vontade do Eterno habitar no meio daqueles que Ele criou. Contudo, em toda a história do ser humano, tem havido um esforço no sentido de deter a Verdade (Rm 1.18). Apesar disto, por amor aos escolhidos, Ele sempre procurou um jeito de se manter perto daqueles que O amam.
Foi justamente com base nisto que Ele resolveu criar um corpo para Si, do qual pode fazer parte qualquer pessoa, contanto que confie Nele, dependendo Dele para tudo. Por isto o Eterno seria conhecido como Emanuel e a Igreja, como Nova Jerusalém (que nada mais é do que o tabernáculo do Eterno):

·         “Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco.” (Mt 1.23);
·         “Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” (Mt 28.20);
·         “E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.” (Ap 21.3).

Contudo, para desfrutar deste privilégio é imprescindível dispor a vida para servir de ensino, de modo que todos se sintam estimulados a guardar tudo que Jesus disse e a se deixar consolar pelo Eterno (2Co 1.3-6; Ap 21.4) ao invés de vingar-se a si mesmo.

13 -  YHWH-El Gmolan – O Senhor da recompensa

·         “Porque o destruidor vem sobre ela, sobre Babilônia, e os seus poderosos serão presos, já estão quebrados os seus arcos; porque o SENHOR, Deus das recompensas, certamente lhe retribuirá.” (Jr 51.56).
·         “Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.” (Hb 10.30).

O Eterno recompensa cada um conforme as Suas obras (Rm 2.6). A ênfase disto é para o fato de que o Eterno jamais deixará impune aqueles que vivem na maldade. Assim, ao invés de querermos vingar toda desobediência, devemos confiar isto ao Eterno (ver 2Co 10.3-6).
Aliás, toda desobediência já foi vingada em Cristo:

·         “Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras.” (Mt 16.27);
·         “Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.” (Tiago 1.12);
·         “E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória.” (I Pedro 5.4).

Ou seja, a morte de Jesus na cruz pelos pecados da humanidade é a expressão viva do maior castigo que existe: o de ficar separado do Eterno para sempre. Jesus está morto para quem pecou, ou seja, para quem decidiu viver para si mesmo. Só quem enxergou a tristeza de ter que viver para si (ao invés de ter alguém para o amar e a quem amar) para tentar prover sua satisfação (se arrependeu) é que poderá ter novamente o privilégio de ter intimidade com o Eterno.
Não há como castigarmos mais os que nos ofenderam. Por mais cruel que seja a tortura que possamos conceber para alguém que nos machucou, não existe castigo pior do que ficar separado da verdadeira paz (Ef 2.14), felicidade (Ne 8.10) e amor (1Jo 4.8,16), a saber, do Eterno e Seu corpo. A única coisa que a vingança fará por nós é nos introduzir no tormento no qual a pessoa está.
Enfim, considerando que o Eterno não faz acepção de pessoas (Rm 2.5-8), logo, ao invés de fazer agravo e receber a recompensa do mesmo (Cl 3.25), é muito mais sábio agir de modo a ter os olhos do Eterno sobre nós (1Pe 3.8-12).

14 -  El Roi – Senhor da visão

·         E ela chamou o nome do SENHOR, que com ela falava: Tu és Deus que me vê; porque disse: Não olhei eu também para aquele que me vê?” (Gn 16.13).
·         “Porque eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão sete olhos; eis que eu esculpirei a sua escultura, diz o SENHOR dos Exércitos, e tirarei a iniqüidade desta terra num só dia.” (Zacarias 3.9)
·         “Porque, quem despreza o dia das coisas pequenas? Pois esses sete se alegrarão, vendo o prumo na mão de Zorobabel; esses são os sete olhos do SENHOR, que percorrem por toda a terra.” (Zacarias 4.10)

Repare como, no Cordeiro, que é a Pedra eterna (Rm 9.33; 1Co 10.4), também havia sete olhos:

·         “E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra.” (Apocalipse 5.6).

Ou seja, o Eterno é Aquele que percorre por toda a terra em busca de alguém para ajudar, fortalecer (2Cr 16.9). Não por força, nem por violência (Zc 4.6), mas pela Sua presença agindo no coração do indivíduo (Os 1.7).
O Eterno esquadrinha os corações (Sl 44.21; Jr 17.10; Sf 1.12) em busca de um coração tão inocente e dependente quanto o de uma criança (Mc 10.14,15), onde Seu poder possa ser aperfeiçoado (2Co 12.9,10). Nada Lhe escapa.
Você pode se perguntar: que importância tem isto? Aquele que permanece no corpo do Eterno, como cordeiros Dele (ver Mt 10.16), consegue enxergar muito mais coisas do que os maiores sábios que se levantaram no mundo (1Co 2.8).

15 -  YHWH-Nakeo – O Senhor que fere o mal

·         “Agora depressa derramarei o meu furor sobre ti, e cumprirei a minha ira contra ti, e te julgarei conforme os teus caminhos, e porei sobre ti todas as tuas abominações. E não te poupará o meu olho, nem terei piedade de ti; conforme os teus caminhos, assim te punirei, e as tuas abominações estarão no meio de ti; e sabereis que eu, o SENHOR, é que firo.” (Ez 7.9).

Uma das formas do Eterno punir o perverso é fazendo com que ele prospere em seu mau caminho (ver Ec 2.26). Neste caso, ele se sentirá estimulado a permanecer em suas abominações (isto é ilustrado quando Ha-Satan levou Jesus para o ponto mais alto do templo e o incitou a se lançar dali – Mt 4.5,6), ficando com a mente cada vez mais cauterizada (ver 2Co 11.3; 1Tm 4.2) e incapaz de atinar com as veredas da vida (Pv 2.19).
Outra é fazendo da Verdade Seu instrumento de tropeço e ferida na vida do pecador:

·         “Semelhantemente, quando o justo se desviar da sua justiça, e cometer a iniqüidade, e eu puser diante dele um tropeço, ele morrerá: porque tu não o avisaste, no seu pecado morrerá; e suas justiças, que tiver praticado, não serão lembradas, mas o seu sangue, da tua mão o requererei.” (Ez 3.20).
·         “Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, A pedra que os edificadores reprovaram, Essa foi a principal da esquina, e uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados.” (1Pe 2.6-8).

Não é triste como o Eterno, o único que realmente nos ama, se torna o tropeço de alguém (ver Mt 11.6)? Quando Sua Verdade, a única que liberta (Jo 8.32) é a causa da destruição dele?
           
·         “Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca.” (Apocalipse 2.16)
·         “E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes.” (Apocalipse 19.21).

Enfim, o Eterno faz que a própria maldade da pessoa caia na cabeça dela (Ez 17.19; 22.31; Jó 5.13; 1Co 3.19), a saber, toda expressão de maldade de seu coração que se recusa a se arrepender (Rm 2.5).

16 -  El Shadai – Senhor do poder

·         “Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito.” (Gn 17.1).

Note que o Eterno ordena Abraão andar em Sua presença e ser perfeito após deixar claro que Ele tem todo poder. Em outras palavras, ninguém ter desculpa para não ser perfeito (Mt 5.48) e santo (1Pe 1.16), pois é Ele com Seu poder que opera em nós tanto o querer como o efetuar segundo a Sua boa vontade (Fp 2.13).
Podemos e devemos ir por todas as nações batizando (mergulhando) as pessoas nos ensinamentos do Eterno através de nossa vida, ou seja, deixando que elas façam parte de toda a vida que Ele quer que tenhamos (Mt 28.18-20). Ir todo mundo pregando o evangelho não é sair pelos países afora falando de Jesus financiado pelos indoutos e incautos na fé. Antes, é ser anúncio do evangelho a quem quer que cruzar o nosso caminho, independente de quem seja, de modo que este seja pregado (fixado) no coração dele.
Aliás, é para isto que Jesus (o corpo que o Eterno fez para habitar) foi feito poderoso:

·         “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.” (Apocalipse 1.8).
·         “E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir.” (Apocalipse 4.8).
·         “Dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder, e reinaste.” (Apocalipse 11.17).

Note como o título Todo-Poderoso, no que se refere ao Eterno em carne, está ligado à Sua segunda vinda. Isto é para nos ensinar a permanecer na equidade (Fp 4.5) e na sabedoria moderada do Eterno (Tg 3.17), ao invés de ficarmos falando mal dos indivíduos (o que implica também em falar mal da Palavra do Eterno e julgá-la – Tg 4.11,12). Devemos crer que nada pode se separar do Eterno. Já que Ele é o Alfa e o Ômega, o Princípio e o fim, nada acontece conosco que não tenha tido início Nele e que não termine Nele. Ou seja, ao invés de ficarmos revoltados com Ele, com as pessoas ou com as injustiças que nos cercam, devemos crer que tudo está debaixo do Seu controle (Jó 42.8) e que ninguém pode impedir Seu agir (Is 43.13).
Ainda que, muitas vezes, as coisas pareçam não estar sujeitas a Ele (Hb 2.8), tudo contribui para o bem daqueles que amam O Eterno (Rm 8.28). É esta certeza, de que já somos mais que vencedores por meio Dele que nos amou (Rm 8.37) e que Ele virá a nós no momento certo, que nos serve de conforto.

17 -  El Olam – Senhor da eternidade

·         “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento.” (Is 40.28).

Jamais devemos pensar que é inútil servir ao Eterno (Is 40.27; Ml 3.14,15). Se Ele ainda não nos recompensou, não é porque Ele se cansa e dorme. Antes, é porque, muitas vezes, o que é bom para nós é ruim para muitos.
Já parou para pensar no motivo pelo qual o Eterno, ao vir em carne, teve que nascer, ser menino, etc.?

·         “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” (Is 9.6).

Entre outras coisas, é para que possamos aprender que, embora o Eterno seja tudo, muito além do que pedimos ou pensamos (Ef 3.20), ainda assim Ele, em Sua humanidade, se submeteu a seres humanos para que Ele pudesse ser o cumprimento de toda a vontade do Eterno celestial.
Enfim, o fato de ser chamado de Eterno mostra que Ele não tem limite e que nada nem ninguém pode impedi-Lo de nos favorecer. Tempo não problema para o Eterno. Apenas nossa rebeldia pode impedi-Lo de se revelar a nós, seja na forma de um menino (como se deu com Simeão (Lc 2.34-35) e Ana (Lc 2.36-38)) ou de alguém rejeitado pela sociedade (Mt 25.34-46). Em outras palavras, a eternidade do Eterno mostra que, muitas vezes, Ele se manifesta a nós na forma de alguém a ser ajudado por Ele através de nós.
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Muitos outros títulos o Eterno usou para manifestar ao Seu povo. A cada título, uma nova característica e informação a respeito do Eterno era revelada ao homem.
            Quando, porém, chegou a plenitude dos tempos (Gl 4.4), o Eterno se revelou ao homem da forma mais perfeita, visível e completa como JHWH-Salvador (JESUS). Ele se revelou por meio de um nome que está acima de todos os outros títulos (e que sintetiza todos eles) que Ele outrora se manifestara. Embora todos fossem títulos Dele, porém, revelavam apenas parte do caráter, do poder e do Seu amor.
            Ainda que eram e são nomes santos, porém nenhum nome expressa com tanta perfeição toda a essência do Eterno que Jesus.
            Eis uma tabela mostrando como alguns dos nomes do Eterno no Antigo Testamento foram traduzidos para o português:


Nomes de Deus
Como ficou traduzido no português
Passagem
1
Elohim
Deus
Gênesis 1:1
2
El
Deus
Gênesis 14:18
3
Eloah
Deus
Neemias 9:17
4
Elah (forma aramaica)
Deus
Daniel 2:18
5
YHWH (Yahweh)
DEUS
Gênesis 15:2
6
YHWH ou YH
SENHOR
Gênesis 2:4
7
YHWH
JEOVÁ
Êxodo 6:3
8
YH (Yah)
JAH
Salmo 68:4
9
Adon
Deus
Joshua 3:11
10
Adonai
Deus
Gênesis 15:2
11
Asher de Eheyeh Eheyeh
EU SOU QUE EU SOU
Êxodo 3:14
12
Eheyeh
EU SOU
Êxodo 3:14
13
El-Elyon
Deus Altíssimo
Gênesis 14:18
14
El-Roiy
O Deus de visão
Gênesis 16:13
15
El-Shaddai
Deus todo-poderoso
Gênesis 17:1
16
El-Olam
Deus perpétuo
Gênesis 21:33

d) O que caracteriza o nome de alguém?

Em primeiro lugar, pensemos no significado do nome de alguma peça. Por exemplo, no fio de um aparelho eletrodoméstico. Se alguém resolvesse dar um nome único para ele (tipo “Fio XYZ”, por exemplo), isto faz dele um fio especial? Com certeza não, visto existirem no mercado milhares de fios iguais a este, podendo vir a ser substituído sem maiores problemas.
Por outro lado, se este fio fosse único, isto significa que o aparelho eletrodoméstico não poderia funcionar sem ele e nem ele teria utilidade fora do eletrodoméstico. Ao mencionar o fio, automaticamente seria feita a ligação dele com o aparelho. Nem precisaria de um nome especial. Enfim, o eletrodoméstico definiria o fio.
E no caso do ser humano, o que o identifica? Será que o fato de ter um nome único resolveria o problema? Se fosse assim, então bastava o número do CPF, RG, carteira de motorista, etc. No entanto, o que adianta saber o nome de uma dada pessoa quando a mesma nenhuma faz diferença no meio onde vive, sendo mais um “robô orgânico” em meio a tantos?
Pense: o que identifica um ser humano? Apenas suas características físicas? Seu caráter? É bem verdade que uma pessoa será considerada especial se for honesta, justa, íntegra, etc., já que é muito difícil encontrar alguém com alguma destas características. Mas, ainda assim a pessoa não será única.
Só existe um modo de alguém tornar-se único: entregando sua vida ao Eterno, em carne (não só ao Eterno celestial, pois sem Jesus não existe uma referência da vida certa a ser vivida, mas tão somente um conjunto de regras a ser vivido). Você pode questionar: “mas não existe outras pessoas que receberam o Eterno em seus corações?”. Sim! No entanto, no que o Eterno celestial nos introduz no Eterno em carne (1Co 12.13), passamos a ser únicos em Seu corpo. Ou seja, é a presença do Eterno dentro de nós que nos faz singulares.
Mas, e quanto ao próprio Eterno? O que o faz único? Que não existe nada igual ou comparável a Ele, isto é inquestionável. No entanto, há muitas teorias ou ideias erradas acerca Dele. Daí os diversos nomes que Lhe deram nas mais diversas culturas: Baal, Milcom, Quemós, Dagom, Astarote, Jeová, Iavé, Yaohuh, Alá, Khrisna, Buda, Yeshua, Yehoshua, Yaohushua, etc.
Entretanto, o problema está apenas no nome? Com certeza não! Infelizmente o caráter do Eterno em cada uma destas culturas foi completamente deformado e a Sua presença confinada aos céus. Isto para justificar o comportamento dos líderes religiosos em querer controlar o povo em nome Dele. Mesmo que descobríssemos o nome correto do Eterno e de Sua manifestação em carne, que diferença isto faria se cada um continuasse servindo a Ele do jeito que melhor lhe convém, se ninguém se dispõe a conhecer Seu caráter vontade, etc.?
Inclusive, antes de alguém decidir servir a um deus, ele deveria perguntar a si mesmo: “o que realmente eu desejo? Será que este deus irá atender os meus desejos? E quanto (ou o quê) isto irá me custar?”.
Isto pode parecer absurdo. Mas o próprio Jesus disse para os que intentavam segui-Lo que deveriam assentar para verificar os gastos (Lc 14.26-33), ou seja, até que ponto realmente estavam dispostos a serem Seus discípulos.
Infelizmente o sistema religioso deturpa o conceito de “graça”, alegando que a salvação é “de graça”, quando, na verdade, ela é “pela graça”, ou seja, pelo Favor do Eterno agindo em nós. Tudo na vida tem um preço. Para seguir a Cristo, o preço é a renúncia total (Lc 9.23), algo que só pode ser assimilado por quem já está cansado desta vida (Mt 11.28) e entendeu o quão maravilhosa é a pureza e santidade do Eterno (Sl 29.2; 96.9).
Independente do nome que alguém dê ao Eterno. Se o deus que a pessoa crê preenche todos os atributos que foram descritos neste artigo, veio em carne, viveu uma vida perfeita e deu Sua vida por nós no Gólgota a fim de poder conduzir diretamente nosso espírito, de modo que fôssemos livres das influências deste mundo pecaminoso e, consequentemente, livres para amar o próximo como a nós mesmos (Mc 12.31), com certeza ela está adorando o Deus verdadeiro, só que com o nome errado.
Aliás, a importância de se crer que o Eterno veio em carne para nos salvar é fator determinante para distingui-Lo dos falsos deuses (1Jo 4.2,3). Tanto é assim que, em nenhuma religião, soube-se de alguém que se intitulasse Deus a não ser Jesus. Cada religião tem seus grandes vultos, mas em nenhuma o próprio deus deles se manifestou, seja de modo sobrenatural, muito menos em forma humana. Trata-se apenas da imaginação de homens astutos.
Em toda religião, é o homem que tem que fazer algo pelo seu deus. Apenas o Eterno é que se manifesta para fazer pelo ser humano aquilo que nem ele está disposto a fazer para si mesmo.
Logo, se buscássemos amar uns aos outros como Ele nos amou, seríamos reconhecidos como Seus discípulos (Jo 13.34,35). Neste caso, mesmo que as pessoas não soubessem o nome certo, ao vir o amor do Eterno unindo os fiéis, como se eles fossem um só corpo, com certeza as pessoas iriam identificar:

·         O Deus que servimos com Aquele que criou todas as coisas e enviou Seu Filho para nos livrar do cativeiro do pecado, a fim de que pudéssemos experimentar em nós a verdadeira vida (Jo 3.16);
·         O Filho do Eterno com aquele que nasceu de uma virgem em Belém de Judá, viveu uma vida pura, morreu na cruz por nós, ressuscitou e está à destra do Eterno nos céus e no coração de todo que Nele crê.

Além disto, se o nome de alguém é para identificá-lo, então a melhor forma de o Eterno ser identificado em nossa vida é através de Sua presença em nosso interior. Se deixarmos Ele se revelar a todos através de nós, todos O conhecerão plenamente.
Resumindo: melhor do que o nome do Eterno é Ele em pessoa, pois a melhor forma de Ele ser nomeado aonde estamos é através de Seu poder agindo em nós a todo instante.

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