sexta-feira, 5 de setembro de 2014

70 - CONHECENDO MELHOR A DEUS - Parte 13



41) O Senhor e o Seu Ungido

·         “Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o SENHOR e contra o seu ungido, dizendo:” (Sl 2.2)

Os reis da terra e seus capachos (governos) não aceitam o Eterno (Suas leis, caráter e vontade), nem mesmo se Ele vier para cumprir o que Ele mesmo estabeleceu. Ou seja, a questão não é simplesmente considerar pesados os mandamentos do Eterno (1Jo 5.3). O problema é que as pessoas não querem, em hipótese nenhuma, nem o Eterno, nem nada que Lhe diz respeito, pois o amor não é lucrativo e rompe com qualquer controle que alguém intente contra o próximo (Lc 19.14; At 16.20,21). Tanto é assim que muitos eram inimigos da cruz que o Eterno suportou na Sua carne (Fp 3.18).

42) Deus unge Deus

·         “O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de eqüidade. Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.” (Sl 45.6,7).

Este trecho está se referindo ao Filho:

·         “Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros. E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, E os céus são obra de tuas mãos.” (Hb 1.8-10).

Aqui é bem claro: o Filho é Deus simplesmente porque Ele é o Eterno, O que no princípio fundou a terra e fez os céus.
Embora o Eterno só tenha adquirido o título de Filho de Deus quando veio em Jesus, desde a eternidade estava estabelecido que Ele viria em carne, morreria, ressuscitaria, depois voltaria de novo para reinar 1.000 anos aqui e, após o juízo final, entregar o reinado ao Eterno, em Seu papel de Deus, a fim de que Ele reine por toda a eternidade sendo tudo em todos (1Co 15.28).
Como, todavia, o Eterno podia ser o Deus de Jesus, sendo que Jesus é o próprio Eterno? Isto mais uma vez confirma o que disse Jesus (Mt 11.27; Jo 6.44,45). Em outras palavras, o relacionamento do Eterno é sempre com Ele mesmo. Ele nos criou para que pudéssemos experimentar Seu amor e sabedoria (dentro de nós) por Ele mesmo na vida de cada pessoa que Ele criou.
Tudo começa Nele, continua por meio Dele e termina Nele (Rm 11.36; Jo 14.6; Ap 1.8,11; 21.6; 22.13). Só quem está em Jesus, ou seja, na vida que Eterno viveu quando em carne, seguindo-O (Mt 16.24) é que pode desfrutar das promessas dadas aos que creem.

43) Qual o nome do Pai e do Filho? Quem subiu ao céu para trazer o Messias para a terra?

·         Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos? Quem amarrou as águas numa roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o seu nome? E qual é o nome de seu filho, se é que o sabes?” (Pv 30.4);
·         “Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do Homem, que está no céu.” (Jo 3.13);
·         “Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, a trazer do alto a Cristo.)(Rm 10.6).
·         “E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em sua testa tinham escrito o nome dele e o de seu Pai.” (Ap 14.1).

Já que o Pai é o Eterno em Sua divindade e Filho, o Eterno em Sua humanidade, que importância há em saber o nome dos dois (e o nome do Espírito Santo não é importante saber)? Nome significa identidade. É imprescindível identificar corretamente quem é o Pai e o Filho, já que é o conhecimento de ambos que caracteriza a eternidade (Jo 17.3):

·         O Pai é o único ser espiritual a ser buscado, o único que deve estar acima de nós;
·         O Filho representa o tipo de vida a ser recebido por todo aquele que realmente quer ser filho do Eterno;
·         O Espírito Santo é o Eterno operando todas as Suas maravilhas dentro de nós a fim de vivermos como Ele, em carne, viveu.

O único que subiu ao céu foi o Eterno, o qual desceu e se fez carne. Mas como o Eterno subiu, se Ele é o Altíssimo? Assim como o Eterno, não tendo ninguém superior por quem jurar, jurou por Si mesmo (Hb 6.13), não tendo nada nem ninguém que seja acima Dele, logo Ele fica subindo acima de Si mesmo (Se reafirmando, de modo que ninguém duvide que nada existe acima Dele), lembrando o que se dá com as correntes de ar, onde o ar mais frio desce para dar lugar ao mais quente até ficar mais aquecido e poder subir.
O único humano capaz de subir ao céu levando nossas misérias é o Eterno, a fim de buscar do Eterno, em Seu papel como Deus, nova unção, revelação. Aliás, era assim que o Eterno, em carne, crescia em estatura e graça (Lc 2.52). Ele, como homem, não era imutável, mas tinha que amadurecer como qualquer homem, de fé em fé (Rm 1.17), de Favor em Favor (Jo 1.16), de glória em glória (2Co 3.18).
Ele, como homem “subia” ao céu em oração, dando espaço para Ele, como Deus, “descesse” em Seu corpo, ficando neste ciclo de renovação. A cada momento Seu corpo humano era renovado pela Glória Dele, a qual ia de encontro ao que cada um estava sofrendo naquele momento.
É assim que as misericórdias do Eterno se renovam a cada dia na nossa vida (Lm 3.22,23). Mas entenda: para a unção descer, primeiro é necessário que orações subam pelo Eterno operando em nosso espírito (é o princípio do orvalho - Gn 2.6).

44) O Filho de Deus já existia antes da fundação do mundo?

Se pensarmos que, quem estava ocupando o corpo de Jesus, era o próprio Eterno, é lógico que Ele sempre existiu. Contudo, Ele só se tornou (ou executou o papel) o que realmente significa ser Filho de Deus quando veio em carne.
Logo, o título Filho só existiu a partir de Jesus. Antes, o Filho não existia, a não ser na mente do Eterno como algo que Ele viria a cumprir há cerca de 2.000 anos atrás.
Sendo assim, como fica então os versículos abaixo?

·         “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.” (Is 7.14)
·         “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” (Is 9.6).

A impressão, a princípio, é que a profecia de Is 7.14 se cumpriu em Is 9.6 (note o termo “nasceu”, passado), ou seja, na época de Isaías. No entanto, quando se analisa Is 9.1, vê-se que trata-se de um evento futuro, mas que Isaías estava vivenciando o mesmo (e não apenas vendo e ouvindo).
E como chamaria o Filho que iria nascer em Israel:

·         Maravilhoso -> o mesmo nome e característica do anjo que se apresentou a Manoá (Jz 13.18,19). Em tal passagem, o Eterno usa o anjo para falar com Manoá e sua mulher. Como ambos não podiam compreender nem suportar a revelação do nome que expressa tudo que Ele é (ver Jo 16.12), o anjo se absteve de revelar-lhe o tal;
·         Conselheiro -> ou seja, o único que pode aconselhar o Eterno (Rm 11.34), a totalidade do Seu conselho (Jr 23.19,22);
·         Deus Forte -> não é um Deus distante, mas sempre presente operando Seu querer e efetuar na vida de quem crê (2Cr 16.9; Fp 2.12,13);
·         Pai da Eternidade -> não apenas é eterno, mas é aquele que caracteriza a eternidade (Jo 17.3). Ou seja, é Ele quem dá origem a toda a eternidade. Em outras palavras, eternidade não é uma medida de tempo separada do Eterno, mas é a Sua presença que a define.
·         Príncipe da Paz -> ele não apenas dá a paz, mas faz com que ela seja decisiva no nosso coração (Cl 3.15). É Ele quem faz da paz o caminho a ser seguido (ver Is 59.7,8).

45) O Renovo do Senhor: Aquele que vem para renovar a justiça

·         “Naquele dia o renovo do SENHOR será cheio de beleza e de glória; e o fruto da terra excelente e formoso para os que escaparem de Israel.” (Is 4.2).
·         Eis aqui o meu servo, a quem sustenho, o meu eleito, em quem se apraz a minha alma; pus o meu espírito sobre ele; ele trará justiça aos gentios. Assim diz Deus, o SENHOR, que criou os céus, e os estendeu, e espraiou a terra, e a tudo quanto produz; que dá a respiração ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela. Eu, o SENHOR, te chamei em justiça, e te tomarei pela mão, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, e para luz dos gentios.” (Is 42.1,5,6).
·         “Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com o qual Deus o chamará: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA.” (Jr 23.5,6)
·         “Naqueles dias e naquele tempo farei brotar a Davi um Renovo de justiça, e ele fará juízo e justiça na terra. Naqueles dias Judá será salvo e Jerusalém habitará seguramente; e este é o nome com o qual Deus a chamará: O SENHOR é a nossa justiça.” (Jr 33.15,16).
·         “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” (Mq 5.2)
·         “E fala-lhe, dizendo: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é RENOVO; ele brotará do seu lugar, e edificará o templo do SENHOR. Ele mesmo edificará o templo do SENHOR, e ele levará a glória; assentar-se-á no seu trono e dominará, e será sacerdote no seu trono, e conselho de paz haverá entre ambos os ofícios.” (Zc 6.12,13).

O Eterno faz brotar o Renovo, ou seja, Ele, em pessoa, manifestado em carne. Considerando que a capacidade de regenerar e renovar é do Espírito Santo, logo vê-se o Eterno como Aquele que veio em carne para tornar novo em nosso espírito aquilo que havia envelhecido por ter sido ignorado (a saber, o verdadeiro propósito (amor) por traz das leis do Antigo Testamento).
As más intepretações das leis do Antigo Testamento levaram o povo de Israel a ignorar o significado das mesmas, de modo que, por fim, tudo que restou foi um mero formalismo religioso externo. Agora, Ele viria em carne para manifestar a verdadeira justiça do Reino dos Céus (Mt 6.33). Muitos pensam que Seu reinado é somente físico no milênio. No entanto, o cetro de ferro com que o Eterno pretende usar para dominar em carne glorificada no milênio é a Sua justiça, a saber, a capacidade dada ao que crê de “pagar o preço” pelo pecador a fim de que este volte a ter a capacidade de se ligar ao amor e ao bem.
Como assim? A justiça do Renovo não espera que as pessoas se consertem. Antes, ela capacita os fiéis a serem o que os pecadores precisam para se consertarem.

46) Jesus é o Verbo de Deus

·         “Enviou a sua palavra, e os sarou; e os livrou da sua destruição.” (Sl 107.20);
·         “Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei.” (Is 55.10,11);
·         “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (Jo 1.1).

Jesus é considerado como a Palavra do Eterno, ou seja, não como alguém diferente na divindade (tal como não é possível separar alguém da Sua Palavra). Aliás, a palavra de alguém faz parte daquilo que a define. No caso do Eterno, como Ele não muda (Ml 3.6; Hb 13.8) e não mente (Nm 23.19), Sua Palavra é uma expressão exata de quem Ele é.
Em outras palavras, Jesus é uma descrição exata de quem é o Eterno. Quer melhor forma de mostrar o Eterno do que deixando Ele usá-lo para se mostrar aos outros? Nada que fizermos ou falarmos terá o mesmo efeito.
Pense: quando Filipe pediu para Jesus mostrar o Pai, Ele não apresentou alguém diferente Dele. Antes, o que foi que Ele sempre disse?

·         “E quem me vê a mim vê aquele que me enviou" (João 12:45);
·         “Se vós me tivessem conhecido, conheceríeis também a meu Pai. E desde agora o conheceis e o tendes visto” (João 14:7);
·         “Há tanto tempo estou convosco e não me mendes conhecido Filipe? Quem me vê a mim, vê o Pai; e como dizes tu então, mostra-nos o Pai? Tu não crês que eu estou no Pai, e o Pai em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai que permanece em mim, é quem faz as obras. Crede-me que eu estou no Pai e o Pai em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras” (João 14:9-11).
·         “O Pai está em mim, e eu nele" (João 10:38).

A única forma de Jesus ser a perfeita imagem (descrição) do Pai é sendo Ele em pessoa. Não havia ninguém diferente a ser apresentado.

47) A sabedoria do Eterno é uma pessoa distinta Dele (Pv 1.20-33; 8.1-36; 9)?

O Eterno usou Sua sabedoria para fazer céus e terra (Sl 136.5; Pv 3.19; Jr 10.12). Sabedoria é algo inerente a uma pessoa, e não um ser existente nela. No caso do Eterno, a razão de Ele personificar Sua sabedoria se deve em virtude de a mesma não ser apenas mera filosofia, mas algo que faz diferença neste mundo e que por si mesma opera coisas (não dependo do esforço do homem para se manter viva e íntegra – daí Sl 117.2).
Embora exista um esforço deliberado para deter a mesma (Rm 1.18), ainda assim a sabedoria de Deus só pode ser impedida de chegar a alguém se tal pessoa não a quiser em sua vida.
O auge desta personificação da sabedoria e poder do Eterno se dá no ser humano chamado Cristo (1Co 1.24). Ao suportar tamanha oposição dos pecadores, o Eterno manifesta:

·         A grande força que há no Seu amor, capaz de suportar horrores até o fim só para que Ele pudesse desfrutar da alegria de ter com quem compartilhar Seus tesouros (caráter, sabedoria, amor, etc.);
·         A imensa sabedoria Sua, a qual corta o mal pela raiz (o ego corrompido de cada um) ao invés de apenas amenizar a dor que há no coração. Parecia loucura: como um morto poderia salvar uma nação? Contudo, o grão de trigo só dá fruto se morrer (Jo 12.24).

Lembre-se de que nunca falou a respeito de Si mesmo, mas apenas acerca do Pai:

·         “Porque eu não tenho falado de mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, ele me deu mandamento sobre o que hei de dizer e sobre o que hei de falar.” (Jo 12.49);
·         “Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo.” (Jo 7.17)

Mas então, como explicar os versículos abaixo?

·         “Respondeu Jesus, e disse-lhes: Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde vou.” (Jo 8.14);
·         Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me enviou.” (João 8.18).

A única explicação é que, testificar de Si era testificar do Pai. Ou seja, Jesus não é uma personalidade diferente existente do Eterno, mas quem Ele sempre foi, mas que as pessoas entenderam (e entendem até hoje) errado por não compreenderem a diferença entre Antigo e Novo Testamento (a saber, que o novo, embora mais antigo que o velho, era novo por ser renovado pela presença do Eterno ao invés de permanecer como uma letra morta – 2Co 3.6).

48) Santo, santo, santo

·         “E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.” (Is 6.3)
·         “E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir.” (Ap 4.8).

Isto lembra o que fora profetizado pro Jeremias:

·         “Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do SENHOR.” (Jr 22.29)

Aqui não havia três terras. Antes, o que estava sendo profetizado é que, seja no passado, no presente ou no futuro, toda a terra deveria se preocupar em ouvir a palavra do Eterno.
Repare a ligação do “santo, santo, santo” com o fato de a terra ter se enchido da glória do Eterno. Mas como a terra haveria de se encher da glória do Eterno como as águas cobrem o mar (Is 9.11; Hc 2.14)? Simples: por que Ele sempre haveria de enviar Sua palavra, seja no passado (o que era), presente (o que é) e futuro (o que há de vir), de modo que Sua santidade estivesse disponível a todos quantos estivessem dispostos a enxergar Sua beleza (Sl 29.2; 96.9).
E assim como o fato de repetir a palavra “santo” três vezes não implica que há três deuses ou três pessoas na divindade, o fato de aparecer a palavra Senhor ou Deus duas ou três vezes nos versículos abaixo também não:

·         “O SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.” (Nm 6.24-26) -> aqui estava sendo enfatizado o nome do Eterno em conexão com aquilo que Ele deseja fazer em cada um:
o   abençoar e guardar – o Eterno assim faz a fim de que os fiéis sejam guardados do pecado pelo Seu Favor para com as pessoas (Jd 21);
o   resplandecer Seu rosto sobre o indivíduo e ter misericórdia dele – o Eterno resplandece Seu rosto a fim de salvá-lo da mágoa, de modo que ele possa sempre ser usado para o perdão dos perdidos que lhe machucaram (Sl 20.5; 35.9; 40.16; 70.4).
o   levantar Seu rosto sobre a pessoa e dar-lhe a paz – quando alguém caía sobre o seu rosto, estava reverenciando seu senhor. Contudo, melhor do que preceder assim para com o Eterno é buscar que o rosto Dele seja exaltado sobre a nossa vida. Nada adianta renunciarmos nossa vontade se a Dele não for evidenciada na nossa vida. É para tomarmos o jugo dele para nós (Mt 11.28-30).
·         “Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR.” (Dt 6.4) -> aqui é dito a Israel que o nome do Eterno é único, ou seja, não poderia ser atribuído a nenhum ser humano. Também jamais Seu caráter deveria ser confundido. Ou seja, jamais devemos pensar que encontraremos alguém com o caráter do Eterno. O que é possível de encontrarmos é alguém usado pelo Eterno. Neste caso, encontrarmos alguém que manifesta Seu caráter (Gl 5.22). Todavia, não é porque a pessoa se tornou boa, mas sim porque Ele deu espaço apenas para a vontade de Deus na sua vida.
·         “Agora, pois, ó Deus nosso, ouve a oração do teu servo, e as suas súplicas, e sobre o teu santuário assolado faze resplandecer o teu rosto, por amor do Senhor.” (Dn 9.17) -> O Eterno ouve a oração por amor a Ele, e não a nós (2Rs 19.34; 20.6; Is 37.35; 43.25; 48.9,11; 66.5; Ez 20.9,14,22,44; 36.21). Louvado seja Ele por isso, pois se Seu amor e fidelidade a nós dependesse de nós, estávamos todos perdidos. De igual modo, nosso amor pelo próximo deve estar firmado naquilo que o Eterno é em nós e deseja ser na vida da pessoa.

49) O homem que é meu companheiro

·         “Ó espada, desperta-te contra o meu pastor, e contra o homem que é o meu companheiro, diz o SENHOR dos Exércitos. Fere ao pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão sobre os pequenos.” (Zc 13.7).

O Eterno, em sua divindade, chama a espada contra Si próprio em carne humana, confirmando aquilo que Ele mesmo disse:

·         “Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.” (Jo 10.17,18).

O Eterno, em carne, era o único homem capaz de ser Seu pastor e companheiro, ainda mais num momento crítico como este. Enquanto que o ser humano que serve ao Eterno questiona quando é vítima de injustiça, apenas o próprio Eterno, em carne, é capaz de permanecer firme até o fim em dar Sua vida pelas ovelhas (Jo 10.11).
O verdadeiro desafio é ir aonde quer que o Eterno vá (Jr 2.2), mesmo quando tudo parece estar contra mão.

50) Jesus se alegrou no Espírito Santo e orou ao Pai

·         “Naquela mesma hora se alegrou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve.” (Lc 10.21);

O Eterno, em Seu papel divino, manifesta Sua alegria no ser humano que Ele proveu para Si. Em resposta, Este se dirige a Ele, demonstrando mais uma vez um perfeito diálogo e intimidade entre os centros de consciência que há Nele, bem como a perfeita comunhão entre a humanidade e a divindade do Eterno em Cristo. Em outras palavras, o que alegra um centro de consciência, alegra os demais. E jamais eles se alegram isoladamente.

b) Teofania

Uma das coisas que as pessoas usam para tentar justificar a questão da trindade são as teofanias, ou seja, a aparição, revelação ou manifestação do Eterno em forma visível. O sistema religioso alega que, nestas teofanias, era Jesus quem estava a aparecer (principalmente quando o Eterno se manifestava em forma humana, como se deu com Abraão, por exemplo. O Eterno apareceu em uma visão como homem (Gênesis 18:1-33). O Eterno e dois anjos apareceram na forma de três homens (Gn 18:2) e ambos comeram daquilo que Abraão proveu. Os dois anjos partiram para Sodoma enquanto o Eterno permaneceu falando com Abraão (Gênesis 18:22; 19:1).
Contudo, não se trata da manifestação de uma pessoa separada da trindade. Antes, é o Eterno mesmo que está a se manifestar. Sendo Ele Deus, não existe dificuldade alguma para Ele se manifestar em forma de pomba, ser humano, planta, elementos da natureza, etc. ao mesmo tempo. Muito menos de se revelar por meio de algum sinal, como mostrado abaixo:

·         Através de sonho - “E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela; e eis que o SENHOR estava em cima dela, e disse: Eu sou o SENHOR Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra, em que estás deitado, darei a ti e à tua descendência; e a tua descendência será como o pó da terra, e estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra; e eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; porque não te deixarei, até que haja cumprido o que te tenho falado. Acordando, pois, Jacó do seu sono, disse: Na verdade o SENHOR está neste lugar; e eu não o sabia.” (Gn 28.12-16);
·         Manifestando Sua glória em forma de fogo consumidor – “Então disse o SENHOR a Moisés: Sobe a mim ao monte, e fica lá; e dar-te-ei as tábuas de pedra e a lei, e os mandamentos que tenho escrito, para os ensinar. E levantou-se Moisés com Josué seu servidor; e subiu Moisés ao monte de Deus. E disse aos anciãos: Esperai-nos aqui, até que tornemos a vós; e eis que Arão e Hur ficam convosco; quem tiver algum negócio, se chegará a eles. E, subindo Moisés ao monte, a nuvem cobriu o monte. E a glória do SENHOR repousou sobre o monte Sinai, e a nuvem o cobriu por seis dias; e ao sétimo dia chamou a Moisés do meio da nuvem. E o parecer da glória do SENHOR era como um fogo consumidor no cume do monte, aos olhos dos filhos de Israel.” (Êx 24.12-17);
·         Manifestou Sua glória – “Mas toda a congregação disse que os apedrejassem; porém a glória do SENHOR apareceu na tenda da congregação a todos os filhos de Israel. E disse o SENHOR a Moisés: Até quando me provocará este povo? E até quando não crerá em mim, apesar de todos os sinais que fiz no meio dele?” (Nm 14.10,11);
·         Deus se manifestou à vista de todo o Israel em meio a trovão, raios, nuvem, e som de bozina, fumaça, fogo - “E aconteceu que, ao terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial. E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus; e puseram-se ao pé do monte. E todo o monte Sinai fumegava, porque o SENHOR descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subiu como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente. E o sonido da buzina ia crescendo cada vez mais; Moisés falava, e Deus lhe respondia em voz alta. E, descendo o SENHOR sobre o monte Sinai, sobre o cume do monte, chamou o SENHOR a Moisés ao cume do monte; e Moisés subiu.” (Êx 19.16-20);
“Face a face o SENHOR falou conosco no monte, do meio do fogo(Dt 5.4);
·         Como homem - “E sucedeu que, estando Josué perto de Jericó, levantou os seus olhos e olhou; e eis que se pôs em pé diante dele um homem que tinha na mão uma espada nua; e chegou-se Josué a ele, e disse-lhe: És tu dos nossos, ou dos nossos inimigos? E disse ele: Não, mas venho agora como príncipe do exército do SENHOR. Então Josué se prostrou com o seu rosto em terra e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu servo? Então disse o príncipe do exército do SENHOR a Josué: descalça os sapatos de teus pés, porque o lugar em que estás é santo. E fez Josué assim.” (Jz 5.13-15) - O título “príncipe do exército do SENHOR” e o fato de que ele não repreender Josué por adorá-Lo sugerem que esta foi realmente uma manifestação de Deus. Josué não poderia ter adorado ao Eterno por causa do aparecimento do príncipe, já que isto contradiz Apocalipse (Ap 19:9-10; 22:8-10);
·         O Eterno se manifestou em meio a um redemoinho - “Depois disto o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo:” (Jó 38.1);
“Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos.” (Jó 42.5);
·         O Eterno manifesta Sua glória e envia fogo - “Então entraram Moisés e Arão na tenda da congregação; depois saíram, e abençoaram ao povo; e a glória do SENHOR apareceu a todo o povo. Porque o fogo saiu de diante do SENHOR, e consumiu o holocausto e a gordura, sobre o altar; o que vendo todo o povo, jubilaram e caíram sobre as suas faces.” (Leviticos 9:23-24);
·         O Eterno envia fogo para consumir os dois religiosos - “E OS filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário e puseram neles fogo, e colocaram incenso sobre ele, e ofereceram fogo estranho perante o SENHOR, o que não lhes ordenara. Então saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR.” (Leviticos 10:1-2);
·         O Eterno aparece sentado no trono – “No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor “assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo.” (Is 6.1);
·         O Eterno manifesta Sua glória e em fogo - “Sucedeu, pois, no sexto ano, no sexto mês, no quinto dia do mês, estando eu assentado na minha casa, e os anciãos de Judá assentados diante de mim, que ali a mão do Senhor DEUS caiu sobre mim. E olhei, e eis uma semelhança como o aspecto de fogo; desde o aspecto dos seus lombos, e daí para baixo, era fogo; e dos seus lombos e daí para cima como o aspecto de um resplendor como a cor de âmbar. E estendeu a forma de uma mão, e tomou-me pelos cabelos da minha cabeça; e o Espírito me levantou entre a terra e o céu, e levou-me a Jerusalém em visões de Deus, até à entrada da porta do pátio de dentro, que olha para o norte, onde estava o assento da imagem do ciúmes, que provoca ciúmes. E eis que a glória do Deus de Israel estava ali, conforme o aspecto que eu tinha visto no vale.” (Ez 8.1-4).
·         Como um ancião de Dias - “Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a pura lã; e seu trono era de chamas de fogo, e as suas rodas de fogo ardente.” (Dn 7.9)
·         “Vi o Senhor, que estava em pé sobre o altar; e me disse: Fere o capitel, e estremeçam os umbrais, e faze tudo em pedaços sobre a cabeça de todos eles; e eu matarei à espada até ao último deles; nenhum deles conseguirá fugir, nenhum deles escapará.” (Am 9.1).
·         “E continuou o SENHOR a aparecer em Siló; porquanto o SENHOR se manifestava a Samuel em Siló pela palavra do SENHOR.” (I Samuel 3:21);
·         “E apareceu Deus outra vez a Jacó, vindo de Padã-Arã, e abençoou-o. E disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó; não te chamarás mais Jacó, mas Israel será o teu nome. E chamou-lhe Israel.” (Gn 35.9,10);
·         “E apareceu-lhe o SENHOR, e disse: Não desças ao Egito; habita na terra que eu te disser;” (Gn 26.2).
·         “E apareceu-lhe o SENHOR naquela mesma noite, e disse: Eu sou o Deus de Abraão teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua descendência por amor de Abraão meu servo.” (Gn 26.24).
·         “E apareceu o SENHOR a Abrão, e disse: À tua descendência darei esta terra. E edificou ali um altar ao SENHOR, que lhe aparecera.” (Gn 12.7)
·         “SENDO, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito.” (Gn 17.1);
·         Numa coluna de nuvem - “E logo o SENHOR disse a Moisés, a Arão e a Miriã: Vós três saí à tenda da congregação. E saíram eles três. Então o SENHOR desceu na coluna de nuvem, e se pôs à porta da tenda; depois chamou a Arão e a Miriã e ambos saíram.” (Nm 12.4,5);
·         “Então o SENHOR pôs a palavra na boca de Balaão, e disse: Torna-te para Balaque, e assim falarás.” (Nm 23.5);
·         “E, encontrando-se o SENHOR com Balaão, pôs uma palavra na sua boca, e disse: Torna para Balaque, e assim falarás.” (Nm 23.16);
·         “E o SENHOR desceu numa nuvem e se pôs ali junto a ele; e ele proclamou o nome do SENHOR.” (Êx 34.5)
·         “E subiram Moisés e Arão, Nadabe e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel. E viram o Deus de Israel, e debaixo de seus pés havia como que uma pavimentação de pedra de safira, que se parecia com o céu na sua claridade. Porém não estendeu a sua mão sobre os escolhidos dos filhos de Israel, mas viram a Deus, e comeram e beberam.” (Êxodo 24:9-11).

Tudo isto, todavia, não é indício de distintas pessoas ou seres na divindade, mas sim de que Ele tem poder e onipresença, a ponto de poder se manifestar na forma que melhor lhe convier e em vários lugares ao mesmo tempo.

c) O anjo do SENHOR: Trata-se de teofania ou um anjo como os outros?

Em certos lugares tudo leva a crer se tratar de uma teofania, a saber, o Eterno se tornando visível ao ser humano. Será que isto é verdade? Eis alguns exemplos:

·         “E o anjo do SENHOR a achou junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur. E ela chamou o nome do SENHOR, que com ela falava: Tu és Deus que me vê; porque disse: Não olhei eu também para aquele que me vê?” (Gn 16.7,13) – com certeza era com um anjo que Hagar conversou. Todavia, entendendo que não era o anjo, mas sim o Eterno que a favoreceu, ela, acertadamente, identificou o Eterno (e não ao anjo) na Sua vida por um nome;
·         “E apareceu-lhe o anjo do SENHOR em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.” (Êx 3.2) – quem apareceu a Moisés foi um anjo, mas era o Eterno quem estava a falar (At 7.30-38) por ele (como em Mt 10.19,20);
·         “E o SENHOR ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite.” (Êx 13.21) – Conforme Êxodo 14:19, trata-se de um anjo que o Eterno estava usando para guiar Seu povo.
·         “Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste. E Jacó lhe perguntou, e disse: Dá-me, peço-te, a saber o teu nome. E disse: Por que perguntas pelo meu nome? E abençoou-o ali. E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva.” (Gn 28.28-30) - Conforme Oséias 12.4, trata-se de um anjo que o Eterno estava usando para lutar contra Jacó (tanto que Jacó dizer que viu Deus face a face). Daí ser dito que Ele estava lutando com Deus (Os 12.3). Note que não é dito que era o anjo do SENHOR. Logo era um anjo lutando com tal fidelidade que Jacó enxergou a mão do Eterno ali;
·         “E subiu o anjo do SENHOR de Gilgal a Boquim, e disse: Do Egito vos fiz subir, e vos trouxe à terra que a vossos pais tinha jurado e disse: Nunca invalidarei a minha aliança convosco.” (Jz 2.1) – Novamente era um anjo proferindo a mensagem do Eterno. O que acontece é que, quando alguém se porta como um perfeito porta-voz de uma autoridade, é como se fosse esta mesma quem estivesse a falar, já que o indivíduo não fala de si mesmo, da sua vontade, mas expressando exatamente aquilo que a autoridade queria falar se estivesse presente;
·         “Então o anjo do SENHOR lhe apareceu, e lhe disse: O SENHOR é contigo, homem valoroso.” (Jz 6.12) – o Eterno estava usando o anjo (Jz 6.20,21) para olhar para Gideão (Jz 6.14) e falar com Ele (Jz 6.16,23).
·         “E o anjo do SENHOR apareceu a esta mulher, e disse-lhe: Eis que agora és estéril, e nunca tens concebido; porém conceberás, e terás um filho.” (Jz 13.3) – Não há dúvidas de que era uma anjo, já que ele não aceitou holocaustos (Jz 13.16). Contudo, o fato de o Eterno tê-lo usado para falar com Manoá e sua esposa os levou a crer que era o próprio Eterno que eles estavam vendo (Jz 13.22).
·         “Mas o anjo do SENHOR lhe bradou desde os céus, e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. Então disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho.” (Gn 22.11,12) – Não há dúvidas que era o próprio Eterno falando (Gn 22.16-18) pela boca do anjo (Gn 22.15).
·         “E a ira de Deus acendeu-se, porque ele se ia; e o anjo do SENHOR pôs-se-lhe no caminho por adversário; e ele ia caminhando, montado na sua jumenta, e dois de seus servos com ele.” (Nm 22.22). - Por diversas vezes é afirmado que se trata de um anjo (Nm 22.23-27,31,32,34,35). Se Balaão se prostrou diante do anjo não foi para adorá-lo, mas sim por medo (Nm 22.31).
·         “E começou Salomão a edificar a casa do SENHOR em Jerusalém, no monte Moriá, onde o SENHOR aparecera a Davi seu pai, no lugar que Davi tinha preparado na eira de Ornã, o jebuseu.”;
“Estendendo, pois, o anjo a sua mão sobre Jerusalém, para a destruir, o SENHOR se arrependeu daquele mal; e disse ao anjo que fazia a destruição entre o povo: Basta, agora retira a tua mão. E o anjo do SENHOR estava junto à eira de Araúna, o jebuseu. E, vendo Davi ao anjo que feria o povo, falou ao SENHOR, dizendo: Eis que eu sou o que pequei, e eu que iniquamente procedi; porém estas ovelhas que fizeram? Seja, pois, a tua mão contra mim, e contra a casa de meu pai.” (2Sm 24.16,17) – somente uma vez neste versículo diz se tratar do anjo do SENHOR. Note, todavia, que nas demais vezes só é dito anjo (2Sm 24.17). Trata-se de o Eterno usando o anjo para mandar a peste sobre Israel (2Sm 24.15; 1Cr 21.15,16). Por isto é dito que o Senhor aparecera a Davi (2Cr 3.1).
·         “Olhei de noite, e vi um homem montado num cavalo vermelho; e ele estava parado entre as murtas que estavam na baixada; e atrás dele estavam cavalos vermelhos, malhados e brancos. E eles responderam ao anjo do SENHOR, que estava entre as murtas, e disseram: Nós já percorremos a terra, e eis que toda a terra está tranqüila e quieta.” (Zc 1.8,11) – Um anjo será usado pelo Eterno para tirar a paz dos pagãos (Zc 1.12) que não se afligem com a ruína do povo do Eterno (ver Zc 1.14,15; Am 6.1,3-6).
·         “E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo;” (Mt 1.20).
“E, tendo eles se retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te diga; porque Herodes há de procurar o menino para o matar.” (Mt 2.13) – Embora pouco seja dito acerca deste anjo, não há motivo para duvidar que é o Eterno falando a José por meio dele;
·         “E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra da porta, e sentou-se sobre ela.” (Mt 28.2) – Dois anjos apareceram a estas mulheres (Lc 24.4; Jo 20.12). Um foi chamado anjo do Senhor por ter sido usado pelo Eterno para falar-lhes (Mc 16.5);
·         “E o anjo do SENHOR falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o lado do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta.” (At 8.26) - Repare como era o Eterno falando por meio deste anjo a Filipe (At 8.29).
·         “Mas o anjo do Senhor disse a Satanás: Que o Senhor te repreenda, ó Satanás; sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreenda! Não é este um tição tirado do fogo?” (Zc 3.7 – AR1967).
Jeová disse a Satanás: Que Jeová te repreenda, ó Satanás; sim, repreenda-te Jeová que escolheu a Jerusalém: acaso não é este um tição tirado do fogo?” (Zc 3.2 – TB1917).

Pense: como que o Eterno poderia dizer: “que o Eterno te repreenda, ó Ha-Satan”? Se fosse Ele, o mais correto seria: “Eu te repreendo, ó Ha-Satan”. Logo, o mais correto de pensar é que é o anjo do Senhor, aqui, não é o Eterno, mas um simples anjo sendo usado pelo Eterno como porta-voz para repreender Ha-Satan (ver Mt 10.19,20).
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Vem a questão: por que não se vê teofania na época de Jesus e dos apóstolos. Enquanto o Eterno estava presente em carne, não precisava de mais nenhum outro tipo de manifestação, mesmo porque era este corpo chamado Jesus que deveria ser exaltado. E depois da morte do Eterno, em carne, não havia mais necessidade, pois Seu Espírito passou a falar diretamente com todo que Nele crê, de modo que cada um passou a ser “anjo do SENHOR”.
A diferença entre o “anjo do SENHOR” e os demais anjos é que, enquanto estes ouviam a mensagem do Eterno e a transmitia, aquele era usado como instrumento pelo Eterno falar ou fazer diretamente aquilo que era da Sua vontade. Trata-se de uma manifestação tão intensa do Eterno que via-se apenas a Ele.

d) Qual é o problema em se crer na trindade?

1º - Limita-se Deus a três centros de consciência;
2º - A pessoa afirma que a manifestação de Deus em Cristo não foi plena;
3º - Conduz as pessoas a separarem Deus, como se Ele se dividisse para realizar tarefas.
4º - Induz as pessoas a enxergarem cada centro de consciência de um determinado modo.

e) Por que o Eterno permitiu que houvesse muitos versículos que dessem margem a confusão?

Em primeiro lugar, o Eterno não tem culpa de as pessoas tentarem interpretar Sua Escritura Sagrada com conceito e visão errados;
Segundo, o Eterno nunca pretendeu que a Escritura Sagrada o substituísse. Ou a Escritura Sagrada aproxima o indivíduo do Eterno, ou acaba por afastá-lo de vez Dele. Para quem não O quer em sua vida, nem têm prazer em amar o próximo, a Escritura Sagrada é instrumento para instalar confusão.

·         “Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, E, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, E ouviram de mau grado com seus ouvidos, E fecharam seus olhos; Para que não vejam com os olhos, E ouçam com os ouvidos, E compreendam com o coração, E se convertam, E eu os cure. Mas, bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.” (Mt 16.13-16).

Resumindo: para quem ama a Verdade a ponto de querer guardá-la, ensiná-la, vivê-la, o Eterno faz questão que a pessoa não seja confundida (Rm 10.11). Para quem tem prazer em suas más obras, Ele próprio envia a enganação:

·         “E se o profeta for enganado, e falar alguma coisa, eu, o SENHOR, terei enganado esse profeta; e estenderei a minha mão contra ele, e destruí-lo-ei do meio do meu povo Israel. E levarão sobre si o castigo da sua iniqüidade; o castigo do profeta será como o castigo de quem o consultar. Para que a casa de Israel não se desvie mais de mim, nem mais se contamine com todas as suas transgressões; então eles serão o meu povo, e eu lhes serei o seu Deus, diz o Senhor DEUS.” (Ez 14.9-11).
·         “A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.”. (2Ts 2.9-12).

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