1. PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO
a) O Título Pai
Vários trechos
testificam que o Eterno é Pai (Gl 1.1,3,4). Mas como se
dá a paternidade do Eterno?
·
Fisicamente:
por ser Ele o Criador de todas as coisas (Ml 2.10; Hb 12.9; Ef 4.6).
·
Espiritualmente,
Ele é Pai unicamente do homem que Ele criou para Nele habitar (Jo 3.16). Contudo, no que entregamos nossa vida para Ele
fazer o que quiser dela, somos adotados por Ele (Rm 8.14-16). Daí o Eterno, em carne, enfatizá-Lo como Pai (Mt
5.16,45,48; 6.9).
b) O Título Espírito Santo
Creio que já
ficou claro que o Eterno é espírito (Jo 4.24) e o único que verdadeiramente é santo em Si mesmo (Lv 11.44;
1Pe 1.16). E como há um só Deus (1Co
12.11; Ef 4.4), logo o Espírito Santo é o próprio
Eterno.
Isto pode ser
comprovado, por exemplo, fazendo a seguinte comparação :
DEUS
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ESPÍRITO SANTO
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“Guardando-a
não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste
este desígnio em teu coração? Não mentiste
aos homens, mas a Deus.” (At 5.4).
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“Disse então Pedro: Ananias,
por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo,
e retivesses parte do preço da herdade?” (At 5.3).
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“Não
sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita
em vós?” (1Co 3.16).
|
“Ou
não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita
em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1Co
6.19).
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“Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo
3.16);
“E
Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho
também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não
só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai,
fazendo-se igual a Deus.” (Jo 5.17,18).
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“Ora,
o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com
José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo.
Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou
deixá-la secretamente. E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu
um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria,
tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo;” (Mt
1.18-20);
“E,
respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a
virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo,
que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.” (Lc
1.35).
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“E
há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos
filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos
jovens terão visões.E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias
derramarei o meu Espírito.” (Jl 2.28,29).
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“De
sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa
do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.” (At
2.33).
Pedro
atribui ao Espírito Santo a profecia de Joel
|
“Ao
qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era
possível que fosse retido por ela;” (At 2.24).
“Para
que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em
seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação; tendo iluminados os
olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua
vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos; e qual a
sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a
operação da força do seu poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-o
dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus.” (Ef
1.17-20).
“(Como
está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual
creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são
como se já fossem.” (Rm 4.17).
“Mando-te
diante de Deus, que todas as coisas vivifica, e de Cristo Jesus, que diante
de Pôncio Pilatos deu o testemunho de boa confissão,” (1Tm
6.13).
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“Porque
também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para
levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo
Espírito;” (1Pe 3.18).
“O
espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu
vos disse são espírito e vida.” (Jo 6.63)
“E,
se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós,
aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos
corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.” (Rm
8.11).
“O
qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da
letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica.” (1Co
3.6).
O
Espírito Santo é o Deus que ressuscitou Jesus e que também nos ressuscita.
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Uma vez que o Espírito Santo nos adota, então Ele é Pai.
|
Porque
não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor,
mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.” (Rm
8.15,16)
|
“Por
causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome, para que,
segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com
poder pelo seu Espírito no homem interior;” (Ef
3.14-16).
O
Pai que preenche corações é o Espírito Santo.
|
“O
Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o
conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.”
(Jo 14.17).
“E,
tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios
do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus.” (At
4.31).
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“Bendito
seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus
de toda a consolação” (2Co 1.3).
O Deus que consola é o Espírito Santo.
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“Mas
aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome,
esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos
tenho dito.” (Jo 14.26).
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“Judas,
servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados, santificados em
Deus Pai, e conservados por Jesus Cristo:” (Jd
1).
O Deus que santifica é o Espírito Santo.
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“Eleitos
segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a
obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam
multiplicadas.” (1Pe 1.2)
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Toda
a Escritura divinamente inspirada é também útil para ensinar, para
repreender, para corrigir e para instruir na justiça (2Tm
3.16 – TB1917).
O Deus que inspira é o Espírito Santo.
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“Porque
a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens
santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2Pe
1.21).
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“Porque
não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em
vós.” (Mt 10.20).
O Pai que fala através de nós é o Espírito Santo.
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“Quando,
pois, vos conduzirem e vos entregarem, não estejais solícitos de antemão pelo
que haveis de dizer, nem premediteis; mas, o que vos for dado naquela hora,
isso falai, porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo.” (Mc
13.11)
|
Além disto, o
Eterno, em carne, fez questão de enfatizar que seria enviado por Ele dos céus
como um representante Seu no espírito de cada um (Jo 14.26). Isto mostra que não precisamos de representação
humana para chegarmos ao Eterno e o conhecermos. O Espírito Santo é Ele próprio
representando a Si enquanto estamos neste mundo a fim de garantir que somos
Dele (2Co 1.22; 5.5; Ef 1.14).
c) Mas afinal, quem é o Espírito Santo?
Uma vez entendido que Espírito Santo é o espírito
do Eterno trabalhando o coração de cada um, logo, ao analisar os versículos que
tratam do Espírito Santo, veremos o que o Eterno pretende fazer da vida de cada
um.
1 - O Espírito Santo está no Criador, sendo algo particularmente Dele
- “Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo.” (Salmos 51.11);
- “Mas eles foram rebeldes, e contristaram o seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo, e ele mesmo pelejou contra eles. Todavia se lembrou dos dias da antiguidade, de Moisés, e do seu povo, dizendo: Onde está agora o que os fez subir do mar com os pastores do seu rebanho? Onde está o que pôs no meio deles o seu Espírito Santo?” (Isaías 63.10,11).
O Espírito Santo não é uma energia, uma força, etc.
Antes é o próprio Eterno separando coração das pessoas a fim de que tenham
condições de serem usadas exclusivamente por Ele.
2 - O ministério do Espírito Santo é gerar vida com Ele
- “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo.” (Mateus 1.18);
- “E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo;” (Mateus 1.20);
- “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.” (Lucas 1.35).
O Eterno gerou o corpo que Ele iria usar para falar
com o ser humano de igual para igual. A razão de mencionar Espírito Santo é
porque se trata de algo que Ele operou internamente no corpo de Maria.
Este acontecimento é também parabólico, apontando
para o novo nascimento que Ele iria operar em nós a fim de que pudessem entrar
no Seu reino (Jo 3.3,5) e fazer parte
do Seu corpo (1Co 12.13).
3 - É com Espírito Santo que somos batizados
- “E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo.” (Mateus 3.11)
- “Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo.” (Marcos 1.8);
- “Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.” (Lucas 3.16)
- “E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo.” (João 1.33);
- “Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.” (Atos 1.5);
- “E lembrei-me do dito do Senhor, quando disse: João certamente batizou com água; mas vós sereis batizados com o Espírito Santo.” (Atos 11.16).
·
Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer
livres, e todos temos bebido de um Espírito.
É o Eterno, em Sua humanidade, que nos batiza com
o Espírito Santo e no Espírito Santo. Vem a questão: o que significa
isto?
Com o intuito de formar um corpo para Si, o Eterno
gerou Jesus e, por meio deste corpo, deu Seu sangue a fim de que todos que
quisessem, pudessem viver o estilo de vida que jamais sucumbe ante o pecado e,
portanto, não faz mal ao próximo.
Para tanto, as pessoas precisavam ser introduzidas
no Eterno. Afinal, o objetivo não era simplesmente formar um exército de
pessoas fiéis ou um contingente de pessoas convertidas espalhadas pelo mundo.
Antes, a ideia era formar um ÚNICO corpo espiritual, por meio do qual todos pudessem
vê-Lo agir neste mundo em todos os tempos e lugares, não apenas em espírito (como Pai), mas como ser humano (como
Jesus).
Entenda: ao olhar para Jesus, o indivíduo via
apenas um ser na sua frente, embora dentro Deste estivessem todos os centros de
consciência que há no Eterno. De igual modo, ao olhar para a Igreja, as pessoas
devem ver apenas ao Eterno, tal como quando Ele esteve aqui em carne, embora
dentro desta estejam todos aqueles que se consagraram a Ele
Mas o que é ser introduzido (batizado) no Eterno? É viver 24 horas no Seu esconderijo (Sl 91.1). Ou seja, ao invés de fazer suas obras, o
indivíduo entra no descanso do Eterno (Hb 4.9-11), permanecendo onde Ele o quer e fazendo apenas o
que Ele ordena e do jeito Dele, esperando Nele para tudo (Sl 37.7).
Para isto, a pessoa deve estar disposta assumir
dentro de si o compromisso de ser somente do Eterno. No Antigo Testamento o
sumo-sacerdote era separado para uso exclusivo Dele por meio do óleo da unção
que era derramado sobre si (Lv 21.10-12). Agora o
indivíduo é santificado sendo revestida do Eterno, de modo que, ao olharem para
ele, só conseguem vê-Lo em conexão com a Igreja, ou seja, só enxergam tudo que
Ele foi quando se fez homem (Rm 13.14), bem como o
resultado de tudo aquilo que Ele faz no coração do homem (Gl 5.22).
Ao contrário do óleo da unção que só permanecia na
pele por alguns momentos, o Eterno permanece constantemente (habita) na vida de quem crê.
Enfim:
·
ser batizado
no Espírito Santo é ser introduzido no Eterno, de modo a permanecer em Sua
companhia 24 horas ouvindo-O e servindo-O a fim de prová-Lo em seu interior;
·
ser batizado
com o Espírito Santo é a consequência de ser batizado no Eterno, ou seja, é ser
revestido com Sua presença, de modo que todos, ao olharem, veem apenas o Eterno
(ver Jo 3.30).
4 - Falar contra o Espírito Santo é blasfêmia imperdoável
·
“E, se qualquer disser alguma palavra
contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o
Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro.” (Mateus 12.32);
·
“Qualquer, porém, que blasfemar
contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo”
(Marcos 3.29);
- “E a todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem ser-lhe-á perdoada, mas ao que blasfemar contra o Espírito Santo não lhe será perdoado.” (Lucas 12.10).
Quem fala contra o Eterno em Sua humanidade
ser-lhe-á perdoado, já que Ele veio para ser entregue nas mãos dos pecadores a
fim de que todos pudessem:
·
enxergar como
a maldade humana pode privá-los do que realmente é bom;
·
ter um estilo
de vida perfeito que pudessem confirmar, de modo que não houvesse dúvidas de
que somente com o Eterno vivendo Sua vida humana em nós é que podemos ser
livres do pecado.
Dizendo de outro modo, a razão de sermos um só
corpo deve-se ao fato de que cada um que é introduzido no Eterno e revestido
Dele, se torna uma confirmação de tudo que Ele viveu e de Sua vitória sobre o
mundo (ver 1Jo 5.3).
Contudo, quem fala contra o Eterno vendo Sua ação
no interior do ser humano não tem como ser perdoado. Afinal, quem tem audácia
de atribuir um ato de bondade ao príncipe dos demônios, mesmo sabendo que é o
Eterno quem está a trabalhar (como era o caso dos fariseus - Jo 3.1,2) é porque não tem prazer na bondade do Eterno.
Considerando que é esta que conduz o indivíduo ao arrependimento (Rm 2.4), quem não tem prazer de ver as pessoas sendo
abençoadas pelo Eterno, está indo contra Ele (contra tudo que Ele é) e, obviamente, não é capaz de viver em Sua
presença (que é o que caracteriza a vida eterna – Jo 17.3).
5 - O batismo é em nome do Pai, Filho e Espírito Santo
- “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;” (Mateus 28.19).
Todos devem fazer discípulos, independente da
realidade vivida pelo indivíduo a quem se vai evangelizar. Mas, o que é fazer
discípulo? Trata-se de promover a reconciliação entre o Eterno e o indivíduo (2Co
5.18-20), de modo que ele seja introduzido Nele e venha a
ser parte do Seu corpo (1Co 12.13). Todavia,
isto só tem valor se for feito de modo a ser um exímio representante do Eterno,
ou seja, como se fosse Ele, em carne, que tivesse fazendo Sua obra como:
·
Pai -> confirmando,
no lugar e circunstância que estamos, tudo que Ele fez e faz a fim de tocar
corações;
·
Filho -> testificando
o estilo de vida vitorioso que permite Ele entrar nos corações;
·
Espírito Santo
-> manifestando tudo que Ele é na vida de cada pessoa que se aproxima de
nós, de modo a regenerar e renovar corações (Tt 3.4-6).
Considere que:
·
o Espírito
Santo vem em nome de Jesus (Jo 14.26);
·
Jesus veio em
nome do pai (João 5:43; Hebreus 1:4 – recebeu o privilégio de
ser chamado Filho do Eterno);
·
o Eterno, na
carne de Jesus, que veio para nos salvar dos pecados.
·
Jesus é o
filho de Deus (Mt 8.29; 14.33; 26.63; 27.54; Mc 1.1).
Logo, o nome
que representa Pai, Filho e Espírito Santo é Jesus (Mt 28.19). Daí os irmãos de Atos terem batizado em nome de
Jesus (Atos 2:38;8:16;10:48;19:5; 22:16; 1 Corintios
1:13).
Seria estranho
Jesus dizer que toda autoridade lhe foi dada (Mt 28.18) e, em seguida, mandar batizar em nome de três
pessoas (Mt 28.19). Se assim
fosse, Ele (e Seu nome) não teria
toda autoridade. Tanto que, ao citar a grande comissão, é o nome do Eterno, em
carne, o único a ser usado (Marcos 16:17; Lucas 24:47).
Inclusive, é
dito que o Eterno iria fazer conhecido o Seu nome (Isaías
52:6), sendo tão somente um nome (e não
três ou mais - Zacarias 14:9).
Além disto,
durante o período neo-testamentário, enquanto ainda se batizava com água,
Mateus (o escritor de Mt 28.18) estava junto a Pedro testemunhando tudo (a começar
por At 2.14-38). Se houvesse
algo errado, ele argumentaria, já que todos estavam cheios do Espírito Santo (incluindo
ele). Nesta época, tal batismo era considerado para
remir pecados (At 2.38). Considerando
que é no nome de Jesus que a pessoa é salva (Lc 24.47; At 4.12), logo o nome a ser usado ao batizar era o de Jesus
(o Eterno em carne).
6 - O Espírito Santo move a pessoa
·
“O próprio Davi disse pelo Espírito
Santo: O Senhor disse ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita Até que eu
ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.” (Marcos 12.36);
·
“E JESUS, cheio do Espírito Santo,
voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto;” (Lucas 4.1);
·
“Até ao dia em que foi recebido em cima,
depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que
escolhera;” (Atos 1.2);
·
“Portanto, vos quero fazer compreender
que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode
dizer que Jesus é o SENHOR, senão pelo Espírito Santo.” (I Coríntios 12.3).
O Eterno
trabalha o interior da pessoa, de modo que ela possa levada a proclamar a
vontade Dele onde Ele deseja.
7 - O Espírito Santo fala
- “Quando, pois, vos conduzirem e vos entregarem, não estejais solícitos de antemão pelo que haveis de dizer, nem premediteis; mas, o que vos for dado naquela hora, isso falai, porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo.” (Marcos 13.11);
- “Porque na mesma hora vos ensinará o Espírito Santo o que vos convenha falar.” (Lucas 12.12);
- “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.” (Atos 13.2);
- “E, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o homem de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios.” (Atos 21.11);
- “E, como ficaram entre si discordes, despediram-se, dizendo Paulo esta palavra: Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías,” (Atos 28.25);
- “Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz,” (Hebreus 3.7).
O Eterno
deseja falar conosco, seja diretamente em nosso espírito, seja por meio das
pessoas que Ele move para falar ao nosso coração. É tão imprescindível ouvir a
voz do Eterno que, por doze vezes, Ele diz em Sua carne humana: quem tem
ouvidos para ouvir, ouça (Mt 11.15; 13.9,43; Mc 4.23; Lc 14.35; Ap
2.7,11,17,29; 3.6,13,22). Sem contar
que Dt 28.1,2 mostra a bênção vindo sobre o indivíduo e seguindo-o quando ouve
a voz do Eterno.
8 - Devemos ser cheios do Espírito Santo
·
“Porque será grande diante do Senhor, e
não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já
desde o ventre de sua mãe.” (Lucas
1.15);
·
“E aconteceu que, ao ouvir Isabel a
saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do
Espírito Santo.” (Lucas
1.41);
·
“E Zacarias, seu pai, foi cheio do
Espírito Santo, e profetizou, dizendo:” (Lucas 1.67);
·
“E todos foram cheios do Espírito
Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes
concedia que falassem.” (Atos 2.4);
·
“Então Pedro, cheio do Espírito Santo,
lhes disse: Principais do povo, e vós, anciãos de Israel,” (Atos 4.8);
·
“E, tendo orado, moveu-se o lugar em que
estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam
com ousadia a palavra de Deus.” (Atos 4.31);
·
“Escolhei, pois, irmãos, dentre vós,
sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria,
aos quais constituamos sobre este importante negócio.” (Atos 6.3);
·
“E este parecer contentou a toda a multidão,
e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e
Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;” (Atos 6.5);
·
“Mas ele, estando cheio do Espírito
Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à
direita de Deus;” (Atos 7.55);
·
“E Ananias foi, e entrou na casa e,
impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o SENHOR Jesus, que te apareceu no
caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do
Espírito Santo.” (Atos 9.17);
·
“Porque era homem de bem e cheio do
Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor.” (Atos 11.24);
·
“Todavia Saulo, que também se chama
Paulo, cheio do Espírito Santo, e fixando os olhos nele,” (Atos 13.9);
·
“E os discípulos estavam cheios de
alegria e do Espírito Santo.” (Atos 13.52).
·
“E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos
do Espírito; falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais;
cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração; dando sempre graças por tudo
a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo; sujeitando-vos uns
aos outros no temor de Deus.” (Ef 5.18-21).
Mas o que
significa ser cheio do Espírito Santo? Será que o Espírito Santo é uma energia
que alguém pode ter a mais ou a menos? Se o Eterno não se entrega a ninguém por
medida (Jo 3.34), então como é
possível alguém ter mais Espírito Santo do que outra pessoa (ainda
mais quando se crê ser Ele uma pessoa)? O que era a
porção dobrada do espírito de Elias (2Rs 2.9)?
Entenda: sendo
o Espírito Santo o Eterno agindo no coração de alguém, como é possível alguém
possuí-Lo em partes? Pense da seguinte forma: se alguém te convidar para jantar
em sua casa, você irá arrancar um braço ou perna, etc. para entrar? Ou a pessoa
tem o Eterno habitando em Si, ou não. Não há meio termo.
Mas então o
que significa a expressão? Significa ter os pensamos e sentimos completamente
ocupados pelo Eterno. Tal como uma noiva apaixonada fica o tempo todo pensando
no noivo e desejando fazer de tudo para estar perto dele e agradá-lo, assim é
com quem é cheio do Eterno: Sua presença o agrada de tal modo que Ele fica
sendo o único desejo de seu coração (Sl 37.4). Vendo de outro modo, Ele fica sendo a satisfação
de cada desejo do coração dele.
Quanto à
porção dobrada, o que Eliseu estava pedindo para Elias era o privilégio de ser
considerado seu filho espiritual primogênito (note como Eliseu chamava Elias
de pai – 2Rs 2.12). Ou seja,
embora Elias tivesse muitos discípulos (2Rs 2.3,5,7), Eliseu não queria ser simplesmente um grande
profeta. Seu amor por Elias era tal que ele queria ser considerado como filho,
e não como um qualquer, mas como o principal a dar continuidade a tudo que ele
foi enquanto esteve aqui (vale lembrar o primogênito herdava o dobro dos
demais irmãos – Dt 21.17).
9 - O Espírito Santo pode permanecer sobre alguém
·
“Havia em Jerusalém um homem cujo nome
era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de
Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele.” (Lucas 2.25).
No que Simeão
deu lugar para a justiça e temor do Eterno em Sua vida, ele ganhou o direito de
ser conduzido pelo Eterno, ainda que externamente. Afinal, como o Eterno, em
Jesus, não havia ainda sido morto e ressurreto, logo Ele ainda não podia operar
internamente no coração de quem cresse (Jo 7.37-39).
Mas, por que
não? Porque ainda não havia o ser humano perfeito em cujo espírito o Eterno
poderia dar entendimento das coisas celestiais (ver Jó 32.8; 1Co 2.16) e, assim, encher sua alma com anseio por aquilo
que é espiritual (Cl 3.1,2).
10 - O Espírito Santo revela
·
“E fora-lhe revelado, pelo Espírito
Santo, que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor.” (Lucas 2.26);
·
“Homens irmãos, convinha que se
cumprisse a Escritura que o Espírito Santo predisse pela boca de Davi,
acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a Jesus;” (Atos 1.16);
·
“Senão o que o Espírito Santo de
cidade em cidade me revela, dizendo que me esperam prisões e
tribulações.” (Atos
20.23).
O Eterno
revela aquilo que é necessário para que o espírito do indivíduo seja santo.
11 - O Espírito Santo desce sobre alguém
·
“E o Espírito Santo desceu sobre
ele em forma corpórea, como pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és
o meu Filho amado, em ti me comprazo.” (Lucas 3.22);
O Eterno desceu naquele ser humano que ninguém dava
nada por Ele (por ser de Nazaré (Jo 1.46; 8.52) e não ter beleza nem formosura
(Is 53.3)) a fim de confirmar a quem quisesse
enxergar que era Ele quem estava ali a se comunicar com o ser humano.
Em Atos 2 o Espírito Santo “desceu” porque o Eterno
desejou testificar a todos os judeus que Lhe é agradável aquele que, em
qualquer nação, o teme e faz o que é justo (At 10.35). Afinal, embora os que foram batizados fossem
judeus, nasceram em outras nações (At 2.8-11). Aliás, o
fato de todos os judeus que estavam no cenáculo falarem em outras línguas
deveria ser um sinal para todo o Israel do amor do Eterno pelos gentios (1Co
14.21). Infelizmente esta lição, até hoje, ainda não foi
assimilada.
E para piorar as coisas, as instituições religiosas
evangélicas ainda não enxergaram que o dom de línguas mencionado em 1Co 14 era
a capacidade dada pelo eterno aos Seus para que pudessem se comunicar com quem
Ele quisesse, independente da língua (daí a exortação de 1Co 13.1-3).
12 - O Espírito Santo caiu sobre alguém
·
“E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu
o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra.” (Atos 10.44);
·
“E, quando comecei a falar, caiu
sobre eles o Espírito Santo, como também sobre nós ao princípio.” (Atos 11.15);
Como os judeus jamais podiam imaginar que o Eterno
pudesse recebê-los (At 11.18), Ele então “caiu”
sobre os gentios a fim de pegar os judeus de surpresa (At
10.45,46).
Mas, afinal, o que significa “caiu o Espírito
Santo”, já que o Eterno está em toda parte? Esta era a impressão das pessoas
que estavam fora da comunhão com o Eterno tinham: que Ele estava lá longe de
céu e, agora, resolveu descer (cair).
Talvez você questione: mas a Igreja em Atos não era
cheia do Eterno (At 4.31)? Isto não
quer dizer que se aplique a todos. As pessoas que confrontaram Pedro, por
exemplo, discriminavam os gentios.
13 - O Espírito Santo veio sobre alguém
·
“E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio
sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam.” (Atos 19.6).
Quando alguém
tem compromisso com o Eterno, ele não O vê caindo sobre alguém, mas vindo sobre
ele, já que, desde Atos 2, Espírito Santo nunca mais “voltou”. Ou seja, o
Eterno não mudou de ideia de manter, neste mundo, o corpo de Cristo através da
vida daqueles que confiaram Nele sem reservas (sendo este o real significado
de Igreja).
14 - Temos que nos alegrar apenas no Espírito Santo
·
“Naquela mesma hora se alegrou Jesus
no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às
criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve.” (Lucas 10.21).
·
“Porque o reino de Deus não é comida nem
bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.” (Romanos 14.17).
·
“E vós fostes feitos nossos imitadores,
e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do
Espírito Santo.” (I Tessalonicenses 1.6).
Só temos direito de nos alegrarmos se estivermos
dentro do Eterno, ou seja, fazendo de onde Ele nos quer a nossa moradia. Se
alegrar em algo que nada tem haver com o Eterno é se alegrar do nada (Am 6.13), é ter prazer (se folgar) na injustiça (1Co 13.7), na vergonha do próximo (Sl 15.3;
Hc 2.15, tal como se dá, por exemplo, quando o time de futebol vence).
É isto que caracteriza o Reino do Eterno, a saber:
ao invés de buscar se alegrar, receber a alegria que vem Dele ou, se preferir,
fazer Dele e da Sua vontade a nossa alegria.
15 - O Espírito Santo é dado pelo Eterno
·
“Pois se vós, sendo maus, sabeis dar
boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito
Santo àqueles que lho pedirem?” (Lucas 11.13);
·
“E isto disse ele do Espírito que haviam
de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado,
por ainda Jesus não ter sido glorificado.” (João 7.39)
·
“De sorte que, exaltado pela destra de
Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto
que vós agora vedes e ouvis.” (Atos 2.33);
·
“Portanto, quem despreza isto não
despreza ao homem, mas sim a Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo.”
(I Tessalonicenses 4.8);
Quem iria batizar com o Espírito Santo? Jesus ou o
Pai? Acima (Lc 11.13) diz que é o
Pai quem dá. No entanto, é Jesus quem fez isto.
·
“E, havendo dito isto, assoprou sobre
eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” (João 20.22).
Para ser mais exato, o Deus que Se entrega a todos
quantos querem recebê-Lo (Jo 1.12) é o Eterno, o
qual nos trata como filhos (daí Ele ser Pai).
Mas, o que é necessário para receber o Eterno
dentro de Si (o Espírito Santo)?
Ele é um dom (presente). Basta arrependimento para termos condições de recebê-Lo
·
“E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um
de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis
o dom do Espírito Santo;” (Atos 2.38);
A presença contínua do Eterno em nosso espírito não
é um prêmio a ser conquistado (isto nos
ensina que não se luta para conquistar uma pessoa (Ct 8.6,7). Tanto é assim que é esposa prudente é um presente do Eterno para
aqueles que são Dele (Pv 19.14)). É um presente para todos que estão
cansados da vida que estão vivendo (Mt 11.28), tristes (arrependidos) por serem uma maldição ambulante (Rm
3.9-18; 7.13-21) por causa do
pecado (Tg 4.8,9).
A prova disto é que, mesmo Cornélio e os da sua
casa nada tendo feito para merecerem o Eterno dentro de Si, eles O receberam
quando ninguém estava esperando isto:
·
“E os fiéis que eram da circuncisão,
todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do
Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Respondeu, então,
Pedro: Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados
estes, que também receberam como nós o Espírito Santo?” (Atos 10.45,47);
·
“E Deus, que conhece os corações, lhes
deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós; e não fez diferença alguma
entre eles e nós, purificando os seus corações pela fé.” (Atos 15.8,9);
Contudo, para participar de tudo que o Eterno faz e
é (Hb 6.4), é necessário
crer corretamente no evangelho:
·
“Porque
é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom
celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo,” (Hebreus 6.4);
·
“Disse-lhes: Recebestes vós já o
Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos
que haja Espírito Santo. Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados então? E eles
disseram: No batismo de João. Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o
batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de
vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do
Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo;
e falavam línguas, e profetizavam.” (Atos 19.2-6).
Como se pode ver, de nada adiantava crer em Jesus
do modo errado. Estes doze seguidores do Eterno (At 19.7), apesar de se manterem fiéis a Ele, não O
receberam em seus corações, mas apenas O seguiam de modo religioso.
Vem a questão: “mas então, por que o pessoal de
Éfeso e Samaria receberam o Eterno dentro de Si apenas com imposição de mãos de
apóstolos?
·
“Os quais, tendo descido, oraram por
eles para que recebessem o Espírito Santo”; (porque
sobre nenhum deles tinha ainda descido; mas somente eram batizados em nome do
Senhor Jesus). Então
lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo. E Simão, vendo que
pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes
ofereceu dinheiro, dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele
sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo.” (Atos 8.15-19).
Embora a Escritura Sagrada não entre em pormenores
acerca de Filipe, não é segredo que os judeus não aceitavam os samaritanos como
povo do Eterno (Jo 4.9). O Eterno, em
carne, ressalta que eles eram considerados estrangeiros (Lc
17.17,18).
Como as chaves que abriam as porta do Reino dos
Céus foram entregues a Pedro (Mt 16.19), era
necessário a presença dele e de João (dois dos três que eram
considerados como coluna da Igreja no tempo neo-testamentário – Gl 2.9) para que não houvesse dúvidas de que eles também
eram aceitos pelo Eterno.
Infelizmente, desde a era apostólica, as pessoas
insistiam em se apoiarem no ser humano, ao invés de buscarem diretamente no Eterno
a direção correta a ser seguida.
Não é à toa que a presença de Paulo foi necessária
em Éfeso para as pessoas receberem o Espírito Santo. Como a Escritura Sagrada
não estava toda escrita e não havia ninguém que realmente conhecesse ao Eterno
em Éfeso (se tivesse, eles não teriam ficado até aquele
momento seguido o Eterno apenas externamente), foi então necessária a imposição de mãos a fim de que os efésios
tivessem a confirmação de que ele realmente era um apóstolo do Eterno.
Ainda mais considerando que ele era uma das pessoas
mais menosprezadas pelo corpo de Cristo em virtude de ter perseguido a Igreja (1Tm
1.15,16).
Contudo, note como em nenhum momento mais da
Escritura Sagrada menciona-se o fato de a pessoa receber o Eterno dentro de si
pela imposição de mãos de algum outro apóstolo.
Hoje não há motivo mais para seguirmos homens, pois
a Escritura Sagrada está completa, não há mais nenhum impedimento para que o
Eterno possa habitar no coração de alguém e não existe mais ninguém que tenha
andado cerca de três anos lado a lado com o Eterno em Sua forma humana. Embora
muitos se considerem apóstolos como Paulo (que não andou com Jesus, mas
recebeu revelação direta Dele – Gl 1.11,12), o caráter de
tais pessoas comprava a presunção dos mesmos.
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