segunda-feira, 8 de setembro de 2014

73 - Quem criou o mal? O Eterno ou Ha-Satan?

FOI O ETERNO QUEM CRIOU O MAL

Isto, a princípio, parece uma afirmação esquisita. No entanto, se não é o Eterno quem criou o mal, então quem foi que o criou? Ha-Satan? Se assim for, então ele é Deus, pois apenas o Eterno tem poder para criar. Pense nisto:

 

·        Quem plantou a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal no jardim do Éden (veja Gn 3.9)?

·        Quem cria todas as coisas para o seu determinado fim, até mesmo o perverso para o dia da calamidade (Pv 16.4)?

·        Quem cria o assolador para destruir (Is 54.16)?

·        Quem é que cria as trevas e o mal (Is 45.7)?

·        Quem é que engana o profeta que aceitou consultar a Eterno em favor de alguém que encheu seu coração de ídolos, vindo a se contaminar com suas transgressões (Ez 14.7-11)?

·        Quem é que cria um vaso para honra e um para desonra (Rm 9.21)?

·        Quem é que cria os vasos de ira preparados para a perdição (Rm 9.22)?

·        Quem é que envia a operação do erro para a fim de que aqueles que têm prazer na iniquidade sejam enganados (2Ts 2.9-12)?

·        Quem é que incitou Davi a realizar o censo a fim de que Israel fosse disciplinado (2Sm 24.1)?

·        Qual a procedência do espírito imundo que atormentou Saul (1Sm 16.14)?

·        Quem buscou o melhor meio de enganar Acabe a fim de que ele morresse na batalha por Ramote-Gileade (1Rs 22.23)?

·        Sucederá algum mal na cidade, sem que o SENHOR o tenha feito? (Am 3.6)?

·        Quem constituiu sobre o povo todos estes líderes políticos e religiosos e ordenou que nos sujeitássemos a eles (Rm 13.1,2)?

 

Vem a questão: por que Eterno faria tudo isto? Simples: por que o povo queria conhecer o mal (Gn 3.5,6)? O Eterno tinha colocado o ser humano num mundo onde só havia o bem. No que o ser humano, enganado por Ha-Satan, quis conhecer o mal, achando que Eterno estava sendo injusto e mesquinho de guardar algo só para si, Ele teve que criar o mal para atender à cobiça do homem.

No Eterno só existe luz (Tg 1.16,17; 1Jo 1.7). Contudo, no que Ha-Satan induziu o ser humano a acreditar que o Eterno era conhecedor do bem e do mal (Gn 3.5), ele obstinadamente resolveu comer da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal para sua ruína. O que Adão não sabia é que tal conhecimento, no caso do Eterno, era apenas superficial (Ele sabia por ser onisciente), enquanto que, no caso do ser humano, tal conhecimento penetrou em suas entranhas, de modo que passou a dominá-lo.

Mas por que, afinal, o Eterno tinha que proibir comer desta árvore? O problema não estava na proibição, mas sim na natureza daquela árvore. A proibição foi tão somente um alerta para que o ser humano não provasse algo. Mesmo se Eterno não proibisse, isto não mudaria o fato de que a essência da árvore era má.

Muitos questionam: “Mas por que o Eterno tinha que colocar esta árvore no jardim?”. O problema não estava na árvore, mas no ser humano. Mesmo antes do pecado entrar no mundo, o ser humano era negligente (não obedeceu prontamente a Gn 1.28) e interessado nas coisas encobertas que pertencem apenas ao Eterno (Dt 29.29).

Mesmo se não houvesse a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, isto não muda o fato de que havia uma insatisfação no coração do homem e que ele não mediria esforços para suprir isto. Mesmo sem esta árvore, ele iria tentar arrumar um jeito separado do Eterno para se satisfazer ao invés de simplesmente fazer o que Ele mandou.

Enfim, a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal foi apenas o meio provido pelo Eterno para que todos pudessem enxergar o mal que está presente no ser humano. Para você entender princípio, veja:

 

·        “Semelhantemente, quando o justo se desviar da sua justiça, e cometer a iniqüidade, e eu puser diante dele um tropeço, ele morrerá: porque tu não o avisaste, no seu pecado morrerá; e suas justiças, que tiver praticado, não serão lembradas, mas o seu sangue, da tua mão o requererei.” (Ez 3.20).

 

 

Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal foi colocada porque o Eterno sabia que Adão se desviaria da reta justiça (não obedeceu Gn 1.28). Do  contrário, mesmo que tal árvore existisse, ela não faria diferença alguma.

Pense da seguinte forma: se, no lugar da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, fosse colocado um monte de estrume, será que Adão e Eva ficariam o tempo todo pensando nisto? Dificilmente ele chegaria perto e, mesmo se precisasse por estar isto no meio do caminho, simplesmente ignoraria tal coisa. Em outras palavras, o problema é que Adão e Eva gostavam da árvore (e da proposta intrínseca a ela – ver Gn 3.6).

Infelizmente, eles não conseguiram enxergar a verdadeira beleza.

Entenda: o problema não está no pecado, mas na forma de o indivíduo enxergá-lo. O mesmo acontece porque o indivíduo, ao invés de fazer o que o Eterno instruiu e esperar Nele aquilo que Ele deseja operar, prefere adotar métodos que julga ser mais eficazes.

A maioria considera o perdão algo injusto (pois são pouquíssimos que estão dispostos a lutarem pelo próximo). Acham a vingança mais condizente (Ez 18.25-29). Resumindo: consideram o caminho do Eterno injusto.

Enfim, a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal visa mostrar:

 

·        Que é um erro ficar julgando entre bem e mal (certo e errado);

·        A tendência do ser humano em querer ir além do que o Eterno lhe revelou e praticar sua própria justiça.

 

É bom lembrar que, entendendo que tudo foi criado pelo Eterno, logo tudo é certo. Alguém só está errado quando está tentando desempenhar um papel que nada tem haver consigo. No entanto, entendendo que foi Eterno quem criou todas as coisas com um fim específico, como dizer que algo está errado?

Você pode me questionar?

 

·        Mas foi o Eterno quem criou a prostituta? Sim! Seu papel é destruir os lares daquelas pessoas que não levam a sério Gn 2.24. Ou seja, se o marido não quer ser uma só carne com sua esposa e vice-versa, se é para ter uma união hipócrita e superficial, então que se separe de uma vez ao invés de ficarem enganando um ao outro e a todos, incluindo à Igreja (basta pensar que uma das ordenanças para o episcopado e diaconato e governar bem a própria casa – 1Tm 3.4,5,11,12);

·        Mas foi o Eterno quem criou o ladrão? Sim! Seu papel é roubar aqueles que amam o lucro exagerado (Ez 18.8), exploram os empregados (Ml 3.5; Tg 5.4), aproveitam-se da fraqueza e ingenuidade das pessoas para ganhar às custas deles (Is 33.14,15), defraudam o seu próximo (tt 2.10);

·        Mas foi o Eterno quem criou as religiões pagãs? Sim! Para que sejam enganados todos os que, por prazer nas suas maldades (Jo 3.19-21), usam indevidamente o nome de Jesus, envergonhando-O. Buscam-O, não porque amam a Ele e a tudo que Ele é e faz, mas sim porque esperam atender à sua cobiça;

·        Mas foi o Eterno quem criou o governo corrupto? Sim! Para fazer o povo sofrer nas suas devassidões e libertinagens e percebam que devem abandonar práticas como carnaval, semana santa, futebol, etc., e, com isto, sair do mundo e se preparar para a vinda de Cristo.

 

Isto soa absurdo? Ora, pense: quem foi que criou estes bandidos? Quem é que lhes dá o fôlego de vida (Jo 11.25)? Quem lhes dá ar para respirar, água para beber, comida para comer (Mt 5.44,45)? O homem não pode receber nada se do céu não lhe for dado (Jo 3.27; 19.11).

Uma vez que Eterno tem todo poder e autoridade nas mãos, por que, então, Ele não acaba com toda esta maldade de uma vez? É porque todas estas pessoas são o instrumento Dele para abalar aquilo que Ele não colocou na Sua Igreja (Hb 12.25-27). Para abalar tudo aquilo que é abalável e, portanto, fica inquietando a vida do seguidor de Jesus, distraindo-a e roubando-lhe o tempo e energia que deveriam ser gastos para amar o próximo. Ele usa os bandidos para eliminar tudo isto da vida delas.

Se o Eterno fosse acabar de vez com a maldade, ele também teria que acabar de vez com a Igreja, visto que esta assimilou a maldade que há no mundo (ver 2Co 10.6).

 Enfim, mas que importância tem tudo isto? Isto quer dizer que jamais você deve perder tempo lutando contra o mal:

 

·        Primeiro, porque este mundo não tem conserto. Já está condenado (2Pe 3.10-12);

·        Segundo, porque Jesus disse para não julgarmos as pessoas (Mt 7.1), já que todos hão de comparecer no tribunal de Cristo para serem julgados por suas obras (Rm 14.10; 2Co 5.10);

·        Terceiro, porque o mundo e o sistema que o rege não têm conserto (Jr 51.9). Foram entregues a Ha-Satan (Lc 4.6).

·        Quarto, porque, quando julgamos alguém por causa de algum pecado, somos condenados juntamente com aqueles que estamos condenando, visto que tal atitude é a mesma cometida pelo iníquo. Em outras palavras, ao julgarmos alguém pelo mal, estamos praticando o mesmo mal que este e, portanto, nos tornando passíveis da mesma condenação.

 

Ao invés disto, saia do mundo, vá para Cristo e sirva como instrumento para que as pessoas reconheçam quem realmente são, o que é o pecado que as domina (Rm 7.13-21) e a real natureza deste mundo em que vivem e, assim, desejem ardentemente se arrepender, converter, sair do mundo e estar pronto para quando Cristo vier.

Entenda: as pessoas que estão no aprisco do mundo ou da religião não estão erradas de estarem nestes lugares, nem de fazer todas as atrocidades possíveis. Elas estão fazendo o papel delas (matar, roubar e destruir – Jo 10.10) como vaso de ira para disciplinar a Igreja e ser possível, através dela, que todos vejam o quão superior à maldade de Ha-Satan é a bondade e amor do Eterno (Rm 9.23).

O que não pode acontecer é você, que deseja ser vaso de honra para glória do nome Dele, se envolva com algumas destas coisas. Sai da Grande Babilônia (Ap 18.4) e incentive a quantos puder a te seguir nesta decisão. No que você luta para destruí-la ou mudá-la, você acaba se tornando igual a ela.

 

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