sexta-feira, 5 de setembro de 2014

70 - CONHECENDO MELHOR A DEUS - Parte 4



31 -  O Espírito Santo regenera e renova

·         “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo,” (Tito 3.5).

Regeneração significa gerar de novo aquilo que havia morrido.
Renovação significa tornar novo aquilo que tinha envelhecido.
Com base neste versículo, pode-se concluir que a sujeira da alma traz duas coisas: envelhecimento e morte. Quem não está sujeito à lavagem do Eterno (Seu mover de dentro para fora – Jo 4.13,14; 7.37-39) verá os conceitos e valores na sua vida se envelhecerem até morrerem de vez (ver Mt 25.28,29).
Mas como isto é possível. Os conceitos e visão do Reino dos Céus só têm valor quando são vividos pelo Eterno na nossa vida. Do contrário, os mesmos vão ficando como um sólido gesso a imobilizar-nos para tudo que é bom.
Embora a lei do Eterno nunca mude, ela envelhece se não for colocada em prática na nossa vida por Ele (Rm 7.6). Em outras palavras, é preciso que o multiforme Favor e sabedoria do Eterno sejam ministrados em nós. Afinal, a grande importância da lei não está na capacidade dos outros de cumpri-las, mas sim na oportunidade que se dá para que o Favor do Eterno mostre Sua riqueza em nós, conduzindo-nos a fortalecer o relacionamento apesar das falhas das pessoas (Rm 5.20; 9.22,23). Ou seja, a verdadeira importância da lei está no prazer que se tem de perdoar, ou seja, de se unir ao pecador para ajudá-lo a superar suas limitações e deficiências.

32 -  O Espírito Santo nos conduz à comunhão (perfeita unidade – Jo 17.11,21-23), a qual caracteriza o evangelho

·         “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém.” (II Coríntios 13.13).

O alvo do Eterno é conduzir os Seus à perfeita comunhão. Contudo, a forma de alcançá-la é através do exercício do Favor do Eterno, ou seja, cada um considerando dentro de si a hipótese de dedicar sua vida a se ligar ao pecador a fim de que o mesmo tenha a oportunidade de ser trabalhado pelo Eterno dentro de si.
Por isto é que Paulo diz:

·         “Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós.” (I Tessalonicenses 1.5);

O evangelho não é caracterizado só pelo poder do Eterno em nos manter a salvo do pecado. Aliás, qual é a melhor maneira de ser guardado do pecado? Não é tendo dentro de si o prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo? Afinal, enquanto a maioria das pessoas sucumbe na fé por causa do pecado dos homens, quem pertence ao Eterno enxerga nisto a oportunidade de ver o poder Dele se aperfeiçoando na sua vida (2Co 12.9,10).
Enfim, a verdadeira Boa Notícia é a possibilidade de receber o pecador dentro de Si (2Co 3.1-3) a fim de que o mesmo venha a nascer de novo (Gl 4.19).

33 -  O Espírito Santo inspira

·         “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (II Pedro 1.21).

Ninguém tem o direito de falar pelo Eterno (ver Jr 23.28-32). Por mais corretas que sejam as palavras, Ele não tem compromisso com as mesmas. Por outro lado, Ele vela pela Palavra Dele (Jr 1.11,12), de modo que esta nunca volta vazia (Is 55.10,11).
Além disto, o que faz diferença não são apenas Seus ensinamentos. O principal é a presença Dele ensinando. Note que, em momento algum o Eterno instrui alguém a se filiar a uma instituição religiosa para aprender sobre Ele. Antes, Sua instrução é ir a Ele (Mt 11.28-30; Jo 14.6) a fim de aprender diretamente Dele (Jo 6.44,45; Ef 4.20,21). Apenas aquele que aprende do jeito Dele é que permanece Nele (1Jo 2.27).
Ainda mais considerando que as coisas do Eterno são loucura para o homem natural (1Co 2.14). Sem receber no espírito a inspiração Dele (Jó 32.8), jamais poderemos entender as coisas do modo correto.

34 -  Nosso lugar de orar é no Espírito Santo

·         “Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo,” (Judas 1.20).
·         “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,” (Ef 6.18).

Considerando que nosso campo de batalha não é a terra (Ef 6.12), mas sim a mente das pessoas (2Co 10.3-6), a saber, o lugar a ser ocupado por aquilo que é celestial, temos que orar no Eterno.
Como assim? A forma de ajudarmos as pessoas não é concedendo a elas aquilo que desejam. Antes, é buscando no Eterno sermos introduzido no tabernáculo eterno dela (Lc 16.9 – seu coração) a fim de podermos ali interceder por ela.
Sei que parece esquisito. No entanto, veja o que Paulo diz:

·         “Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também é abundante em muitas graças, que se dão a Deus. Visto como, na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão, que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com eles, e para com todos; E pela sua oração por vós, tendo de vós saudades, por causa da excelente graça de Deus que em vós há.” (2Co 9.12-14).

Veja a forma de orarmos no Eterno. Quando compartilhamos os dons do Eterno com aqueles que Ele traz até nós, isto produz no coração dos fiéis abundante gratidão e saudade, o que as move a orar a Deus por nós. Quando os indivíduos passam a ter um coração grato ao Eterno em virtude do que Ele fez por eles através de nós, passamos a ser o motivo de oração deles.
Para ser mais exato: no que eles se lembram de nós para orar, é sinal que estamos vivendo neles e, como eles são lugar celestial onde o Eterno reside (1Co 3.16; 6.19; 2Co 6.16 – ou pelo menos deseja residir, já que o Eterno, embora seja Dono de tudo, só entra se for convidado), logo, no que os indivíduos intercedem por nós em virtude do imenso Favor do Eterno que por Ele foi depositado em nós, no fundo, somos nós que estamos, no espírito deste indivíduo, orando ao Eterno.

35 -  O Espírito Santo fortalece nosso espírito para vencermos o pecado, o diabo e o mundo

·         “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos.” (Romanos 8.26,27).

Mas afinal: quem intercede é o Espírito Santo ou Jesus (Hebreus 7: 25; Romanos 8:34 – nestes trechos Jesus é quem aparece intercedendo)?
Uma vez que não sabemos pedir o que é bom (Tg 4.2,3), o Eterno acaba ajudando as nossas fraquezas (mesmo porque o poder do Eterno se aperfeiçoa na nossa fraqueza – 2Co 12.9,10). Contudo, se por um lado Ele ajuda as nossas fraquezas, Ele também intercede por nós quando a dor nossa é tão grande que não conseguimos sequer orar (exprimir nada), mas apenas gemer.
Para ser mais exato: quando, em virtude da imensa dor, não conseguimos fazer outra coisa senão gemer, na verdade, estes gemidos que ninguém é capaz de exprimir com palavras, é o Eterno intercedendo por nós junto a Ele.
Sei que isto parece insano: como o Eterno pode interceder por alguém diante Dele mesmo? Isto é para nos “tirar da jogada”, ou seja, para não presumirmos em nós mesmos que somos capazes de fazer algo bom. Apenas o Eterno é capaz de fazer a oração perfeita em favor de alguém, dar-nos o necessário para auxiliar aquele por quem estamos a interceder e, através disto, operar na vida deste o necessário para que venha a ser mais que vencedor (Rm 8.37; ver Rm 11.36).
Tanto é assim que veja o que nos é ordenado acerca da batalha espiritual:

·         “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.” (Ef 6.10-11).

Note que é para cada um fazer do Eterno sua força e revestir da armadura Dele, a saber (Ef 6.14-17):

·         Sua verdade (e não aquilo que queremos que seja verdade);
·         Sua justiça (e não a justiça do sistema que rege este mundo);
·         Seu modo de preparar o evangelho da paz (ao invés dos rituais promovidos pelo sistema religioso);
·         Sua fé (Ef 2.8,9; Gl 2.20) (ao invés de crermos em Jesus de modo carnal – 2Co 5.16);
·         Sua salvação (Sl 70.4) (ao invés de tentamos forçar o Reino dos Céus na nossa vida – ver Zc 4.6; Mt 11.12). O paraíso não se conquista forçando os outros a se renderem a nós, mas sim nos sujeitando uns aos outros no temor do Eterno (Ef 5.21);
·         Sua espada, ou seja, aquilo que Ele deseja nos falar (e não aquilo que queremos ouvir). Não se trata da Escritura Sagrada, mas daquilo que sai AO VIVO da boca do Eterno (Dt 8.3; Mt 4.4; Lc 4.4).

E não é para menos: considerando que o Eterno (Aquele que examina os corações) é o único que realmente sabe qual é a Sua intenção (só quem tem Sua mente pode compreendê-Lo – 1Co 2.14-16), só Ele é capaz de ensinar a orar até o indivíduo ter o prazer de dizer como os discípulos: “ensina-nos a orar” (Lc 11.1 - ou seja, ser Ele orando através do indivíduo). É este tipo de ajuda que o Eterno busca (como em Ez 22.30; Is 59.16; 63.5).
Afinal, apenas o Eterno conhece as coisas que são Dele (1Co 2.10,11) e a razão de Ele sondar as Suas próprias profundezas é porque Ele nunca faz nada para o ser humano sem antes experimentar isto em Sua própria carne.
Além disto, como o único que consegue entender o Eterno é Ele próprio, a única forma de podermos conhecê-Lo é Ele sendo um com nosso espírito (1Co 6.17) a fim de sondar junto conosco Suas próprias profundezas (o que condiz com Mt 11.27 e Jo 6.44,45).
Afinal, assim como o espírito do homem é o único capaz de entender o que se passa em sua alma (que ninguém vê – 1Co 2.9), apenas o Eterno é capaz de saber aquilo que há em Seu interior e que Ele pretende nos dar.
Não é algo deste mundo que pode ser visto pelo espírito do mundo, mas sim o próprio Eterno nos dando de Sua glória para suprir todas as nossas necessidades (1Co 2.9; Fp 4.19).

d) O que significam as expressões “Espírito de Deus”, “Espírito do Senhor”, “O Senhor Deus”, “Deus e Seu Espírito”, etc.?

Uma vez que há um só Espírito Santo (Ef 4.4), então porque tais diferenciações?

·         “Espírito de Deus” -> é encontrada em (Gn 1.2; 41.38; Êx 31.3; 35.31; Nm 24.2; 1Sm 10.10; 11.6; 19.20,23; 2Cr 15.1; 2Cr 24.20; Jó 33.4; Ez 11.24; Mt 3.16; 12.28; Rm 8.9,14; 15.19; 1Cr 2.11,14; 3.16; 7.40; 12.3; 1Jo 4.2). SENHOR (com todas as letras maiúsculas) se refere ao tetragrama “YHWH”. Isto significa que não se trata do espírito de um homem qualquer, mas do espírito do próprio Eterno.
·         “Espírito do SENHOR” -> é encontrada em (Jz 3.10; 6.34; 11.29; 13.25; 14.6,19; 15.14; 1Sm 10.6; 16.13,14; 2Sm 23.2; 1Rs 18.12; 22.24; 2Rs 2.16; 2Cr 18.23; 20.14; Is 11.2; 40.7,13; 59.19; 61.1; 63.14; Ez 11.5; 37.1; Mq 2.7; 3.8). Tal como no caso anterior, está contrastando o espírito do Eterno com o de um homem; 
·         “Espírito do Senhor” -> é encontrada em (Lc 4.18; At 5.19; 8.39; 2Cr 3.17,18). Por At 5.19 podemos ver que está se referindo ao espírito do Eterno, já que Ele é nosso dono;
·         “O SENHOR Deus” -> é encontrada em (por exemplo, em Gn 2.4,5,7-9,15,16,18,19,21,22. Esta expressão aparece em 518 vezes na versão ACF). Tal expressão é uma ênfase à divindade do Eterno, bem como uma testificação de que é Ele, e não outro, aquele que é Deus;
·         “O Senhor Deus” -> é encontrada em (Sl 86.12; Dn 9.3; Lc 1.32,68; 20.37; Ap 4.8; 11.17; 15.3; 18.8; 19.6; 21.22; 22.5). Tal expressão está enfatizando que não se trata de senhores humanos, mas sim do próprio Eterno. Ao invés de se vender a homens (1Co 7.23), o indivíduo decidiu se entregar apenas ao Eterno.
·         “Espírito Santo” -> A razão do nome Espírito Santo é para diferenciá-Lo:
o   Dos demais espíritos, já que apenas Ele é santo;
o   Dos demais santos (lavados e remidos pelo Seu sangue), visto que apenas Ele é espírito (os santos que morreram não conta, já que eles não têm mais contato com este mundo).
·         “O Espírito do Pai” (Mateus 10:20) -> Não é qualquer espírito, mas o espírito Daquele que recebe a todos quantos creem como filhos;
·         “Deus e Seu Espírito” -> é encontrada em (Is 34.16; 48.16);

Analisemos duas destas passagens:

·         “Chegai-vos a mim, ouvi isto: Não falei em segredo desde o princípio; desde o tempo em que aquilo se fez eu estava ali, e agora o Senhor DEUS me enviou a mim, e o seu Espírito.” (Is 48.16);

Isto aqui indica que o Eterno não enviou Isaías sozinho. Ele se uniu ao espírito Dele para o enviar. Para ser mais exato, ao enviar Isaías para uma determinada tarefa, o Eterno não confiou nele, mas enviou Seu espírito junto para garantir o sucesso da Sua palavra, para vigiar seu espírito (Rm 8.26,27). Não é que o Eterno desconfie de nós (Ele não desconfia, Ele tem certeza de que sem Ele não damos conta). Então o Eterno se une ao espírito do fiel (1Co 6.17) e fica checando Seu próprio trabalho, constituindo assim uma dupla garantia (como em Gn 41.32; Hb 6.16-18).

·         “Mas eles foram rebeldes, e contristaram o seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo, e ele mesmo pelejou contra eles. Todavia se lembrou dos dias da antiguidade, de Moisés, e do seu povo, dizendo: Onde está agora o que os fez subir do mar com os pastores do seu rebanho? Onde está o que pôs no meio deles o seu Espírito Santo?” (Is 63.10,11). “Como o animal que desce ao vale, o Espírito do SENHOR lhes deu descanso; assim guiaste ao teu povo, para te fazeres um nome glorioso.” (Is 63.14)

Embora seja um trecho do Antigo Testamento, é uma referência ao livro de Êxodo, antes que o povo pedisse a Moisés para buscar ao Eterno por eles (Êx 20.18-20). Ou seja, trata-se de uma referência ao momento em que o Eterno queria habitar no espírito deles e fazer deles reis e sacerdotes (Êx 19.6). Note como mais uma vez confirma que “Espírito do Senhor” e “Espírito Santo” são o mesmo ser, ou seja, o espírito do Eterno conduzindo o espírito dos que Ele chama em santificação.

a)          Analisemos algumas passagens que mostram o espírito do Eterno como “Espírito de Deus” atuando externamente como Pai

·         “E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.” (Gênesis 1.2) – o Eterno aqui estava recriando céu e terra que haviam sido criados em Gn 1.1;
·         “E, levantando Balaão os seus olhos, e vendo a Israel, que estava acampado segundo as suas tribos, veio sobre ele o Espírito de Deus.” (Números 24.2) – O Eterno vem sobre Balaão para transformar o desejo de maldição que instaurou dentro de si em bênção, como que ilustrando o que Ele haveria de fazer por todos os que nele cressem na Nova Aliança;
·         “E, chegando eles ao outeiro, eis que um grupo de profetas lhes saiu ao encontro; e o Espírito de Deus se apoderou dele, e profetizou no meio deles” (I Samuel 10.10) – o Eterno se apoderou de Saul em busca de operar uma mudança em seu coração;
·         “Então o Espírito de Deus se apoderou de Saul, ouvindo estas palavras; e acendeu-se em grande maneira a sua ira.” (I Samuel 11.6) – o Eterno se apodera de Saul para que ele conduzisse Israel a uma atitude de solidariedade para com Jabes-Gileade;
·         “Então enviou Saul mensageiros para trazerem a Davi, os quais viram uma congregação de profetas profetizando, onde estava Samuel que presidia sobre eles; e o Espírito de Deus veio sobre os mensageiros de Saul, e também eles profetizaram.” (I Samuel 19.20);
“Então foi para Naiote, em Ramá; e o mesmo Espírito de Deus veio sobre ele, e ia profetizando, até chegar a Naiote, em Ramá.” (I Samuel 19.23) – o Eterno vem sobre Saul e seus mensageiros a fim de que eles, ao profetizarem, se arrependessem de prender Davi;
·         “Então veio o Espírito de Deus sobre Azarias, filho de Odede.” (II Crônicas 15.1) – O Eterno veio sobre Odede a fim de usá-lo para encorajar Asa e todo o Judá a continuar confiando Nele;
·         “E o Espírito de Deus revestiu a Zacarias, filho do sacerdote Joiada, o qual se pôs em pé acima do povo, e lhes disse: Assim diz Deus: Por que transgredis os mandamentos do SENHOR, de modo que não possais prosperar? Porque deixastes ao SENHOR, também ele vos deixará.” (II Crônicas 24.20) – o Eterno reveste a Zacarias a fim de comunicar o destino de Israel caso não se arrependesse;
·         “O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida.” (Jó 33.4) – Eliú confirma que nenhum espírito humano pode criar nada, muito menos dar vida (embora, arrogantemente, a ciência tente).
·         “Depois o Espírito me levantou, e me levou à Caldéia, para os do cativeiro, em visão, pelo Espírito de Deus; e subiu de sobre mim a visão que eu tinha tido.” (Ezequiel 11.24) – O Eterno levou Ezequiel em visão aos do cativeiro em prol Dele mesmo, e não pela vontade de algum homem.
·         “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.” (Mateus 3.16) – o Eterno celestial se materializa como pomba a fim de confirmar a João Batista que era este o Cordeiro Dele que tira o pecado do mundo e mergulha as pessoas em si mesmo;
·         “Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus.” (Mateus 12.28) – O Eterno, em Sua humanidade, expulsava os demônios, não com base na sua sabedoria física, muito menos barganhando com o demônio ou expulsando-o pela força, mas pelo amor contido nas Suas ações (dedo de Deus);

b)          Passagens que mostram o espírito do Eterno como “Espírito de Deus” atuando internamente como Espírito Santo.

·         “E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um homem como este em quem haja o espírito de Deus?” (Gênesis 41.38);
·         “E o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência, em todo o lavor,” (Êxodo 31.3);
·         “E o Espírito de Deus o encheu de sabedoria, entendimento, ciência e em todo o lavor,” (Êxodo 35.31);
·         “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” (Romanos 8.9);
·         “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.” (Romanos 8.14);
·         “Pelo poder dos sinais e prodígios, na virtude do Espírito de Deus; de maneira que desde Jerusalém, e arredores, até ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo.” (Romanos 15.19);
·         “Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.” (I Coríntios 2.11) – só é possível saber o que o Eterno tem para nós se Seu espírito estiver em comunhão íntima com nosso espírito;
·         “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (I Coríntios 3.16);
·         “Será, porém, mais bem-aventurada se ficar assim, segundo o meu parecer, e também eu cuido que tenho o Espírito de Deus.” (I Coríntios 7.40);
·         “Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o SENHOR, senão pelo Espírito Santo.” (I Coríntios 12.3);

c)   Espírito de Deus com outro uso

·         “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” (I Coríntios 2.14).

Ao contrário do que muitos pensam, não se trata do Espírito Santo. Afinal o Eterno só assume este papel na vida de pessoas convertidas.
Aqui trata-se do espírito do Eterno atuando como Pai.

·         “Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;” (I João 4.2).

Embora esteja escrito com letra maiúscula, não se trata do Eterno (é bom lembrar que na língua original não existe distinção entre maiúscula e minúscula). Logo, espírito de Deus é o espírito de um ser humano que pertence ao Eterno e está a falar em Seu nome.

e) O Título Filho

·         “Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto, mas que se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé; ao único Deus, sábio, seja dada glória por Jesus Cristo para todo o sempre. Amém.” (Rm 16.25-27).

O mistério do Eterno é Ele habitando em carne. O mistério da iniquidade (2Ts 2.7-12) é Ha-Satan possuindo pessoas. Sabemos que há apenas um só Pai (Ml 2.10; Ef 4.6). Como o Eterno, em carne, é Pai (Is 9.6), então logo Jesus é o Pai.
Mas em que sentido o Eterno, na pessoa de Jesus, era Pai. Pelo fato de Ele ter gerado filhos na fé. No que Ele se sacrificou pela humanidade, esta passou a ter o privilégio de ser guiada direta e internamente por Ele. A partir de então o pecado não é mais um tropeço para podermos ser realmente aquilo para o quê o Eterno nos criou: Sua imagem e semelhança.
Jesus veio como representante do Pai (Jo 5.43), ou seja, o Eterno não veio em carne (como se Ele fosse outro que veio para estabelecer uma nova ordem a fim de consertar a primeira) para revogar Sua própria palavra, mas para confirmá-la (Mt 5.17). E no que o Eterno, em carne, venceu, Ele herdou um nome mais excelente do que o que Ele já tinha (Hb 1.4).
Afinal, na carne chamada Cristo, o Eterno confirmou que, não só é o mais sábio e perfeito para estabelecer leis, mas também para cumpri-las e para nos capacitar para cumpri-las (por meio do título de Espírito Santo).
Por isto Jesus disse que tinha manifestado o nome do Pai: por ter confirmado, mesmo em carne fraca e corruptível, a excelência de Sua pureza e santidade, bem como a perfeição de Sua Palavra (Jo 17.6). Inclusive, note o que o Eterno, em carne, disse a Ele em espírito:

·         Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer.” (Jo 17.4);
·         Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra.” (Jo 17.6);
·         “E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja.” (Jo 17.26).

Como era possível que Jesus fizesse o nome do Eterno mais conhecido do que já era? Como manifestar ainda mais o nome do Pai se Jesus veio no nome do Pai e, em Seu nome, estava contido o nome do Pai?
Ou seja, quando o Eterno, em carne, disse que declararia o nome pelo qual as pessoas do Antigo Testamento O conhecia (Sl 22.22; Hb 2.12), Ele estava dizendo que iria mostrar-lhes a verdadeira finalidade da lei: o juízo, a misericórdia e a fé (Mt 23.23).
Por isto o Eterno, em carne, disse:

·         “E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.” (Jo 17.19).

Ou seja, para beneficiar Seus discípulos, Ele iria se santificar ainda mais. Como, se Ele já é 100% santo? Antes de o Eterno vir em carne, Ele era santo apenas por natureza, por ter criado tudo. No entanto, a cada vez que o Eterno, como Jesus, vencia, mais ia sendo confirmada Sua santidade aos olhos de todos, de modo a servir de estímulo para que os demais desejassem ser santificados na verdade.
Quanto mais o Eterno confirmava a Si mesmo vivendo Sua palavra através de Seu corpo, mais ficava evidente o Seu amor para com o ser humano, não sendo meramente paparicar para tentar satisfazer os desejos de alguém (como o mundo acredita), mas sim o privilégio de poder viver os Seus mandamentos (1Jo 5.1) para a glória Dele se manifestar (1Jo 4.9).
Enfim para que o amor do Eterno estivesse em Seus discípulos, Ele em carne precisava cada vez mais se esforçar para Sua identidade (nome) fosse melhor conhecida. E quanto mais o Eterno assim procedia, mais Ele ia entrando no coração dos Seus.
Jesus era 100% homem e 100% Deus. A prova disto está abaixo:


Por ser homem, Jesus
Versículo
Por ser Deus, Jesus
Versículo
1
Nasceu, foi bebê
Lc 2.7
Sempre existiu
Mq 5.2; Jo 1.1,2; 1Jo 1.1
2
Cresceu
Lc 2.52
É perfeito, completo
Cl 2.3,10; Hb 13.8
3
Foi tentado por Ha-Satan
Lc 4.2
Expulsou demônios
Mt 8.31; 12.38
4
Era servo
Fp 2.5-8
É Rei dos reis
Ap 19.16
5
Teve sede
Jo 19.28
É a Água Viva
Jo 4.13,14; 7.37-39
6
Cansou-se
Jo 4.6
Deu descanso
Mt 11.28,29
7
Dormiu durante tempestade
Mc 4.38
Acalmou a tempestade
Mc 4.39-41
8
Orou
Lc 22.41
Responde às orações
Jo 14.14
9
Foi açoitado e batido
Jo 19.1-3
Curou os enfermos
Mt 8.16,17; 1Pe 2.24
10
Morreu
Mc 15.37
Ressuscitou Seu corpo
Jo 2.19-21; 20.9
11
Foi o sacrifício dos pecados
Hb 10.10-12
Perdoou pecados
Mc 2.5-7
12
Não sabia de tudo
Mc 13.32
É onisciente
Jo 21.17
13
Não tinha autoridade
Jo 5.30; Lc 12.14
Tem toda autoridade
Mt 28.18; Cl 2.10
14
Era inferior ao Pai
Jo 14.28
É Deus
Jo 5.18; 20.28
15
Teve fome
Mt 4.2
É o Pão da Vida e alimentou multidões
Mt 15.32-38; Mc 6.38-44,52; Jo 6.35

Com base nisto, há algumas perguntas a serem feitas:

1 -  Há divergência entre a humanidade do Eterno e Sua divindade?

Jesus tinha espírito humano:

·         "E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou.” (Lucas 23:46);
·         “E, suspirando profundamente em seu espírito, disse: Por que pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo que a esta geração não se dará sinal algum.” (Mc 8.12);
·         “E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.” (Lc 2.40);
·         “Jesus pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se.” (Jo 11.33);
·         “Tendo Jesus dito isto, turbou-se em espírito, e afirmou, dizendo: Na verdade, na verdade vos digo que um de vós me há de trair.” (Jo 13.21).

Jesus tinha alma humana:

·         “Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo.” (Mt 26.38);
·         “E disse-lhes: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui, e vigiai” (Mc 14.34);
·         “Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora.” (Jo 12.27)

Isto quer dizer que a vontade de Jesus era diferente da do Pai? Não! Como, então, explicar os versículos que, aparentemente, dão a entender isto?

·          “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou.” (Jo 5.30);
·         “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.” (Jo 6.38);
·         “Clamava, pois, Jesus no templo, ensinando, e dizendo: Vós conheceis-me, e sabeis de onde sou; e eu não vim de mim mesmo, mas aquele que me enviou é verdadeiro, o qual vós não conheceis.” (Jo 7.28);
·         “Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.” (Jo 8.42);
·         “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.” (Jo 14.10);
·         “O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia. Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu.” (Hb 5.7,8).

Embora o Eterno, em carne, tivesse alma e espírito humanos, nem por isto Ele permitiu que algo voltado para Si mesmo brotasse em Seu interior. Quando a Escritura Sagrada diz que Ele teve que aprender a obediência ou crescer em estatura e no Favor de Deus (Lc 2.52), em momento algum está dizendo que Ele não fosse obediente ou que não soubesse todas as coisas.
O que acontece é que, como todo homem, Ele tinha que preencher cada segundo da Sua vida com aquilo que agradava ao Eterno celestial. Como qualquer ser humano, quanto mais o Eterno vivia Sua Palavra, mais seu espírito ficava exercitado, mais Sua obediência ficava manifesta perante todos. Para ser mais exato: em Sua carne, o Eterno vivenciou o que significa obedecer Sua Palavra.
Como, então, explicar o episódio do Getsêmani:

·         “E separou-se deles cerca de um tiro de pedra e, ajoelhando-se, orou, dizendo: Pai, se é do teu agrado, afasta de mim este cálice; contudo não se faça a minha vontade, mas sim a tua.” (Lc 22.41,42);

A vontade do Eterno sempre foi uma: a de que todos fossem felizes ao lado Dele. Ele jamais tem prazer no sofrimento de ninguém (Lm 3.39; Mq 7.18). Não pense que, quando Deus permite que você sofra algo, Ele se regozija com isto. Ele sofre por ter que permitir certas coisas para te disciplinar (Sl 86.15; 145.8).
No entanto, para que o espírito de cada um permaneça em Sua presença por toda a eternidade (1Co 5.3-5), Ele, muitas vezes, deixa de fazer Sua vontade absoluta para fazer Sua vontade permissiva. Ou seja, embora a sofrimento do Eterno no Calvário fora a primeira coisa que Ele projetou, só o fez porque não havia outra forma de Seu nome ser exaltado. Assim, para que nenhum ser humano tivesse dúvidas de que não há outro modo de alguém ser redimido do cativeiro do pecado, o Eterno, em carne, orou deste modo: para que todos vissem que, se houvesse outro modo de toda a criação ser redimida do cativeiro da corrupção para a liberdade da glória dos filhos de Deus (Rm 8.19-22), Ele teria feito.
Enfim, o Eterno negava a Si mesmo (permitindo o sofrimento na vida dos que Ele ama) quando era necessário que a beleza de Sua pureza, santidade, justiça e salvação fosse manifestada a todos.

2 -  É certo a expressão Deus Filho?

Esta expressão só seria correta se o Filho, como homem, fosse eterno. Isto é verdade?

·         “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3.16) – quer dizer que Ele foi gerado;
·         “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,” (Gl 4.4) – Ele nasceu apenas da plenitude dos tempos;
·         “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.” (Lc 1.35) – Isto confirma que o Eterno é o Pai de Seu corpo humano.
·         “Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, E ele me será por Filho?” (Hb 1.5).

Note como o papel de Filiação do Filho teve um início. Na época do Antigo Testamento, se você fosse vivo e o Eterno te levasse ao céu, não veria o corpo humano chamado Jesus. Pois este só passou a existir após Ele fazer um corpo para Si no ventre de Maria.
Filho de Deus se refere ao papel que o Eterno adotou temporariamente a fim de que a verdadeira redenção pudesse acontecer e ser aceita por todos como a única que é eficaz.
Por que a pessoa é redimida através do Eterno, em carne? Pelo fato de o Eterno ter vencido o pecado e a morte, no que principados e potestades nos céus veem alguém entregando Sua vida a Jesus (ver Ef 3.8-10), não têm dúvidas de que vai dar tudo certo, pois a vida do Eterno, como homem, provou ser mais que vencedora (Rm 8.37) em todas as áreas (Hb 4.14,15).
Mas isto não é tudo! O papel do Eterno, como Filho, também terá fim!

·         “Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio diz: Disse o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés.” (At 2.34,35) – note como o Eterno, como homem, só teria todo poder e autoridade até o inferno e a morte serem vencidos (1Co 15.25,26). Quando esta vitória for incontestável, o Eterno deixará de lado Seu papel de filho, pois já terá confirmado toda Sua Palavra por meio de carne humana frágil, ficando comprovada a eficácia dela em toda e qualquer circunstância, por mais limitada e falha que seja a criatura.
·         “Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força. E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.(1Co 15.24,28).

Após o milênio, quando ficar confirmado que, mesmo com o Eterno reinando em carne fisicamente sobre o povo, a sociedade jamais poderá ser perfeita, a menos que cada um permita que Ele habite no seu coração eternamente, finalmente o Eterno, como homem, entregará o reino ao Eterno celestial e deixará de ocupar Seu corpo humano.
A partir de então, ao invés de o Eterno ficar sentado em um trono físico reinando, Seu trono será o coração da Noiva. Ele será acessível a todos ao mesmo tempo. Daí o Eterno, como homem, dizer que Ele, nos céus, era maior (Jo 14.28): enquanto Ele, como homem, só era acessível a uns poucos, em espírito Ele pode ter intimidade com todos ao mesmo tempo.
Sendo assim, como fica então o versículo abaixo?

·         “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.” (Ef 5.25,27).

O Eterno, em carne, irá apresentar a Igreja a Ele mesmo, em espírito, de modo que ela possa ter acesso íntimo a tudo que Ele é, a toda a Sua grandeza celestial.
Mas se o Filho não é eterno, então como explicar:

“Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de eqüidade é o cetro do teu reino.” (Hb 1.8).

A carne do Eterno e Seu papel não serão eternos. A corpo dele era 100% homem, e não Deus. Contudo, o ser que estava neste corpo era e é o Deus Todo-Poderoso.

3 -  Em que consiste o papel do Eterno como Filho?

Por que era necessário o Eterno vir em carne humana para resgatar a humanidade? A obra da salvação, embora feita pelo Eterno, necessita de vários papéis que apenas um ser humano perfeito pode cumprir:

·         Sacrifício -> Sem derramamento de sangue não há remissão (Hb 9.22). Sangue de animal não serve porque não se identifica com o homem (Hb 10.4); de outro homem também não, pois todos pecaram (Rm 3.23) e herdaram a morte (Rm 6.23). Anjos e o próprio Eterno não têm pecado, mas também não têm sangue. Logo, era necessário o Eterno criar um corpo (Hb 10.5), viver uma vida perfeita, a fim de ter um sangue puro para oferecer.
·         sumo sacerdote -> Com o corpo de Jesus, o Eterno pôde se apresentar diante de Sua santidade a fim de fazer o que nenhum outro homem pôde: oferecer Sua vida para que as pessoas que lhe cercam fossem libertas de si mesmas.
·         reconciliador -> o Eterno estava em Cristo reconciliando as pessoas que nos machucam Consigo (2Co 5.18-20);
o   O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação.” (Rm 4.25);
o   Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.” (Rm 5.10).
O Eterno entregou-Se a fim de que quem quisesse pudesse ser reconciliado com Ele e, assim, ser livre da condenação do pecado (descrita em Rm 7.13-21) e ressuscitou para que, através de Sua vida, aquele que crê pudesse ser usado para resgatar os perdidos e, assim, ser considerado justo, a começar aos olhos deles.
·         mediador -> Entendendo que mediador é o que se coloca como elo de ligação, nada mais indicado que alguém que reconciliasse as duas natureza (Deus – Homem) em Si mesmo. Por ser 100% homem e 100% Deus, o Eterno, em carne, conciliava em Si as duas naturezas, sendo o elo de ligação entre Ele e a humanidade caída (1Tm 2.5). A partir daí, ninguém mais está autorizado para ser representante do Eterno, para se elevar entre os demais alegando que pode obter favores Dele.
·         Propiciação (Rm 3.25; 1Jo 2.2; 4.10) -> Método pelo qual a justiça do Eterno é satisfeita, de modo a possibilitar (propiciar) ser novamente ligado a Ele e, assim, ser livre de experimentar a ira de Deus através de Seus vasos (Rm 9.22,23);
·         Substituto -> Em virtude da alma de cada um estar enferma, repleta de dores, a consequência imediata é o pecado. Isto dá lugar à ira de Deus através da vida das pessoas que a cerca. Revoltadas com as injustiças sofridas, tais pessoas querem vingança. Vêm ferimentos no corpo e na alma (fora as doenças). Nestas condições, a única coisa que podia livrar temporariamente a alma dos atormentadores (Mt 18.34,35) é a morte destes.
Como o pecado, infelizmente, habita na carne, jamais a paz seria plena, pois sempre teria alguém para atormentar. Mesmo que todo mundo morresse não resolveria, pois a insatisfação habita em cada coração. Por isto é que, ao invés de destruir os atormentadores, o Eterno preferiu morrer no lugar deles. Pela lógica, isto parece não fazer sentido. Afinal, como a morte de um inocente pode impedir que sejamos afligidos pelo perverso que continua vivo? Não é o perverso que tira a paz de alguém, mas sim a ideia da perda. No que o Eterno, em carne, morreu, ficou manifesto que a verdadeira paz está em dar a vida para que ímpios possam ser salvos, pois é dando esmolas que o coração fica limpo (Lc 11.41; 12.33). Sem contar que é a morte do justo que é preciosa aos olhos do Eterno (Sl 116.15).
Enfim, o Eterno veio em Jesus a fim de substituir o perverso que está a afligir. Em outras palavras, ao invés de ficar recalcitrando contra os aguilhões deste (At 9.5; 26.14), o correto é aceitar o perdão de Jesus e desfrutar do privilégio de ver o Eterno salvando pessoas através daquilo que sofremos por amor do Seu nome (ver Fp 1.29; Cl 1.24). Para ser mais exato: ao invés de enxergar a pessoa com seu mal, que enxerguemos apenas Jesus nela;
·         parente-resgatador -> No Antigo Testamento, quando alguém se endividava a ponto de ter que vender sua propriedade e, até mesmo, a si como escravo, o parente mais próximo poderia comprar de volta a propriedade e até mesmo, a liberdade perdida (Lv 25.25,47,49). No que o Eterno veio em carne, se tornou nosso irmão (Hb 2.11,12), podendo assim efetuar o resgate dos que nos machucaram (Rm 3.24; 1Co 6.20; Ap 5.9). Deste modo, eles poderão ter novamente intimidade com o Eterno e, assim, ter condições de restituir o que nos tomou.
·         advogado -> Quando alguém peca por ignorância ou involuntariamente, não está condenado a ficar pelo resto dos dias separado do Eterno e semeando a morte por onde passa (Dt 28.16,19). O Eterno, como Jesus, revela os recursos que ele tem disponível Nele (1Jo 2.1) a fim de ficar livre da maldição da morte, ou seja, de viver fazendo e sofrendo o mal por causa do pecado (Rm 6.23). Se a pessoa optar pelo dom gratuito do Eterno ao invés de insistir que o ímpio pague pelo seu pecado (deixando-a a presa nele – Jo 20.22,23), ela poderá enxergar dons que sequer imaginava existir.
·         segundo Adão -> O primeiro Adão era tão somente alma vivente (deseja a rede dos maus – Pv 12.12). O último Adão, o Eterno, é espírito vivificante, ou seja, que gera vida onde só havia morte (Ez 47.8-10). Ele veio para que aqueles que nos ofenderam tenham a opção de continuar vivendo como descendente da desobediência ou passar a ser herdeiro Daquele que vive para resgatar as pessoas do pecado.
·         exemplo -> No que Jesus foi 100% homem, Ele pôde ser o exemplo do que todo homem tem condição de ser quando se entrega nas mãos do Eterno. Sua vida deve ser a nossa (ver 1Pe 2.21-24).

Mais ainda: o fato de ter vindo em carne faz do Eterno o melhor exemplo do que é ser:

·         Apóstolo (Hb 3.1) -> Tanto que somos enviados do mesmo jeito que o Eterno enviou a Si mesmo para habitar no corpo de Jesus (Jo 13.24,25; 20.21,22);
·         Profeta (Mt 21.11) -> Daí o escritor de Hebreus dizer que, em nossos dias, o Eterno fala através de Seu corpo humano (Hb 1.1). Sendo Ele, em carne, a essência de Sua Palavra, isto significa que tudo que o Eterno pensa e sente Ele materializou na pessoa de Jesus. Ou seja, Jesus nada mais é do que o Eterno se revelando ao ser humano dentro da realidade deste;
·         Revelador da natureza do Eterno (Jo 1.18; 2Co 4.3,4; Hb 1.3). Ele é a única testemunha fiel e verdadeira (Ap 3.14)
·         Rei (Jo 18.37), a saber, que domina sobre os Seus súditos através do serviço (Mt 20.25-28). Quanto mais o Eterno serve a alguém e lhe dá de Si mesmo, mais a pessoa vai ficando depende Dele e de tudo que Ele é (as obras do Eterno rendem favores a Ele – Sl 145.10);
·         Juiz (Mt 25.31,32; 2Tm 4.1) – não julga segundo a vista, mas conforme a reta justiça do Eterno (Jo 7.24) que Dele ouve (Is 11.3; Jo 5.30; 8.16).

Note como o Eterno é, ao mesmo tempo, início, meio (caminho) e fim:

·         Juridicamente: o Eterno é Advogado (início – 1Jo 2.1), a Palavra da lei (Jo 1.1) (meio) e Juiz (fim);
·         No ramo sacerdotal: o Eterno é o Sumo-Sacerdote (início), o sacrifício (meio) e aquele que recebe o sacrifício (fim);
·         Na confissão: o Eterno é Aquele que nos confessa nos céus (Mt 10.32) (início), a nossa confissão (Hb 3.1, já que é por confessarmos Ele que somos salvos – Rm 10.8,9) (meio), e Aquele diante de quem devemos ser confessados (fim);
·         Na intercessão: o Eterno é Aquele que ora (intercede – Rm 8.26) por nós, o motivo da nossa oração (oramos para tê-lo conduzindo nosso espírito – Lc 11.13), e Aquele que recebe a nossa oração.

O fato de o Eterno ser mediador diante Dele mesmo, advogado para nos defender diante Dele, entrar em Sua presença para nos remir do pecado, etc. mostra que o Eterno não se deixa persuadir por ninguém (nem mesmo por nossos esforços). Antes, tudo que Ele faz, assim procede por Ele mesmo.
Enfim, o título Filho de Deus significa alguém que é da mesma natureza que Ele. Assim como uma gata gera gatinhos, uma pata gera patinhos, ser filho do Eterno implica em ser também Deus. Daí os judeus ficarem tão indignados quando Jesus se intitulava “Filho de Deus”. Afinal, isto queria dizer que Ele estava se fazendo igual a Deus (João 5:18; 10:33).
Para confirmar isto ainda mais, em outra ocasião, quando o Eterno, em carne, curou alguém no sábado, veja o que aconteceu:

·         “E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.” (Jo 5.17,18).

Sem contar que quando o Eterno, em carne, dizia “Eu e meu Pai somos um” ou “ o Pai está em mim e eu nele” (Jo 10.38,39),  os judeus buscavam matá-Lo por crer que, com isto, Ele estava afirmando ser Deus (João 10:30-33).
Inclusive, João escreveu Seu evangelho para que acreditássemos que Jesus era o Filho de Deus, Ele estava querendo provar que Jesus é Deus:

·         “Jesus, pois, operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.” (Jo 20.30,31).

Outra razão para a filiação é o cumprimento das promessas do Antigo Testamento (feitas a Abraão, Isaque, Jacó, Davi, etc.) que ainda não se cumpriram (em particular, as que se referem ao reino milenar do Eterno, em carne).
Por exemplo, temos a promessa de Gênesis 3:15:

·         “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gn 3.15).

A filiação confere ao Eterno o direito pleno de julgar o homem. Antes de vir em carne, o Eterno tinha direito de julgar simplesmente por ser Ele o Criador. Agora, ao viver Sua Palavra, Ele passou a ser o julgamento vivo (ver Jo 12.48).
Ele não se conformou em ser juiz apenas legalmente. Antes, preferiu primeiro experimentar todas as tentações e problemas da natureza humana e demonstrar que é possível viver justamente na carne, bastando para isto ser guiado por Ele em pessoa trabalhando o espírito de cada um.
Por isto é que o Pai (Eterno celestial) preferiu não julgar ninguém, deixando o julgamento nas mãos do Filho (Ele em carne – Jo 5.22,27; Rm 2.16).

4 -  O que significa dizer que Jesus é o Verbo de Deus?

O fato de o Eterno, em Jesus, ser intitulado como verbo do Eterno celestial implica que Seu corpo era algo certo na mente Dele. Embora tal fato iria acontecer num futuro distante aos nossos olhos, para Deus que chama as coisas que não são como se já fossem (Rm 4.17), a encarnação era algo certo e, portanto, trazia consigo uma realidade intrínseca a ela.
Enquanto o homem apenas faz planos que sabe-se lá se vai se cumprir (Pv 16.1), aquilo que o Eterno planeja é algo já consumado (veja Sl 139.13-16). Daí dizer que o Verbo estava no princípio com o Eterno. Embora o corpo de Jesus existisse no princípio apenas na mente do Eterno, Ele já vivia tudo na pele de Jesus como se já tivesse de posse deste corpo.
Daí ser dito:

·         “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.” (Hb 1.1,2);
·         “E demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo(Ef 3.9)
·         “O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.” (Cl 1.15-17).

Aliás, tudo que o Eterno criou, Ele não o fez somente como espírito. Antes, Ele o fez vivenciando tudo no corpo de Jesus (embora o mesmo só viesse a existir a cerca de 2.000 anos atrás) e sempre tendo em vista o que Ele tinha que fazer no Gólgota por causa da dureza do coração nosso, bem como dos anjos caídos. Daí dizer que tudo que o Eterno criou, o fez com a participação do corpo de Jesus (Jo 1.1,2):

·         “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.” (Jo 1.3).
·         “Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.” (Hb 11.3).

É bom lembrar que o Eterno não está preso ao tempo (daí Ele ser conhecido como “o Eterno”). Daí Ele, em carne, orar: “e agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo 17.5).
Ora, mas se o corpo “Jesus” só fora criado há 2000 anos atrás, como ter glória com o Eterno antes que o mundo existisse? Como o sangue de Cristo poderia ser conhecido antes da fundação do mundo (Jo 17.5)? É porque o Eterno vive o futuro como se o mesmo já fosse uma realidade (Rm 4.17)
Contudo, há uma diferença entre Verbo e Filho: o Verbo tinha pré-existência, já que era a própria Palavra de Deus, enquanto que o Filho, para existir, depende da existência de um corpo humano.

5 -  O quê significa a primogenitura do Eterno em carne?

1º - Ele é o primogênito dos mortos, ou seja, Ele foi o primeiro a morrer no plano do Eterno celestial (1Pe 1.20):

·         “E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,” (Ap 1.5).
·         “E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.” (Cl 1.18).

2º - Ele é o primogênito de entre muitos irmãos, ou seja, Ele é o primeiro a vencer o pecado e a morte, e a ressuscitar e a constituir a família da fé:

·          “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” (Rm 8.29).
·         “Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.” (1Co 15.29).

Aliás, considerando que a Igreja verdadeira é constituída dos primogênitos que estão inscritos nos céus (Hebreus 12:23), isto indica que Deus não deseja convertido que copia outros, nem que vai por inércia após outros, mas é constituída daqueles que ousam crer e seguir o Eterno, independente de onde Ele vá (Jr 2.2). Tais pessoas são líderes (reis e sacerdotes – Ap 1.6; 5.10) e vencedores (1Co 9.24-27), ou seja, que conduzem os outros à humildade. Enfim, dos primogênitos, o Eterno, em Sua humanidade, é o primeiro.

3º - É o primogênito de toda a criação pelo fato de Seu corpo humano ter sido a primeira criatura a ser projetada:

·         “O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação.” (Cl 1.15).

4º - Ele é o primogênito por ter sido o único e primeiro gerado diretamente pelo Eterno no ventre de uma mulher sem intervenção do ser humano.

Tal como o filho primogênito, na Antiga Aliança, tinha o dobro da herança (Dt 21.17) e dominava sobre os demais irmãos, Jesus é a cabeça da Igreja.
Eis um breve resumo do papel do Eterno como Pai, Filho e Espírito Santo:
                                                                                                                                                                                
PAI
FILHO
ESPÍRITO SANTO
Estabelece as leis
Cumpre as leis
Nos capacita para cumprir
Nos criou
Nos redimiu
Nos guia
Relacionamento externo
Relacionamento face a face
Relacionamento interno

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