31 - O Espírito Santo regenera e renova
·
“Não pelas obras de justiça que
houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem
da regeneração e da renovação do Espírito Santo,” (Tito 3.5).
Regeneração significa gerar de novo aquilo que
havia morrido.
Renovação significa tornar novo aquilo que tinha
envelhecido.
Com base neste versículo, pode-se concluir que a
sujeira da alma traz duas coisas: envelhecimento e morte. Quem não está sujeito
à lavagem do Eterno (Seu mover de dentro para fora – Jo 4.13,14;
7.37-39) verá os conceitos e valores na sua vida se
envelhecerem até morrerem de vez (ver Mt 25.28,29).
Mas como isto é possível. Os conceitos e visão do
Reino dos Céus só têm valor quando são vividos pelo Eterno na nossa vida. Do
contrário, os mesmos vão ficando como um sólido gesso a imobilizar-nos para
tudo que é bom.
Embora a lei do Eterno nunca mude, ela envelhece se
não for colocada em prática na nossa vida por Ele (Rm 7.6). Em outras palavras, é preciso que o multiforme
Favor e sabedoria do Eterno sejam ministrados em nós. Afinal, a grande
importância da lei não está na capacidade dos outros de cumpri-las, mas sim na
oportunidade que se dá para que o Favor do Eterno mostre Sua riqueza em nós,
conduzindo-nos a fortalecer o relacionamento apesar das falhas das pessoas (Rm 5.20;
9.22,23). Ou seja, a verdadeira importância da lei está no
prazer que se tem de perdoar, ou seja, de se unir ao pecador para ajudá-lo a
superar suas limitações e deficiências.
32 - O Espírito Santo nos conduz à comunhão (perfeita unidade – Jo 17.11,21-23), a qual caracteriza o evangelho
·
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o
amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém.” (II Coríntios 13.13).
O alvo do Eterno é conduzir os Seus à perfeita
comunhão. Contudo, a forma de alcançá-la é através do exercício do Favor do
Eterno, ou seja, cada um considerando dentro de si a hipótese de dedicar sua
vida a se ligar ao pecador a fim de que o mesmo tenha a oportunidade de ser
trabalhado pelo Eterno dentro de si.
Por isto é que Paulo diz:
·
“Porque o nosso evangelho
não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito
Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor
de vós.” (I
Tessalonicenses 1.5);
O evangelho não é caracterizado só pelo poder do
Eterno em nos manter a salvo do pecado. Aliás, qual é a melhor maneira de ser
guardado do pecado? Não é tendo dentro de si o prazer nas fraquezas, nas
injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo?
Afinal, enquanto a maioria das pessoas sucumbe na fé por causa do pecado dos
homens, quem pertence ao Eterno enxerga nisto a oportunidade de ver o poder
Dele se aperfeiçoando na sua vida (2Co 12.9,10).
Enfim, a verdadeira Boa Notícia é a possibilidade
de receber o pecador dentro de Si (2Co 3.1-3) a fim de que
o mesmo venha a nascer de novo (Gl 4.19).
33 - O Espírito Santo inspira
·
“Porque a profecia nunca foi produzida
por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados
pelo Espírito Santo.” (II Pedro
1.21).
Ninguém tem o direito de falar pelo Eterno (ver Jr
23.28-32). Por mais corretas que sejam as palavras,
Ele não tem compromisso com as mesmas. Por outro lado, Ele vela pela Palavra
Dele (Jr 1.11,12), de modo que
esta nunca volta vazia (Is 55.10,11).
Além disto, o que faz diferença não são apenas Seus
ensinamentos. O principal é a presença Dele ensinando. Note que, em momento
algum o Eterno instrui alguém a se filiar a uma instituição religiosa para
aprender sobre Ele. Antes, Sua instrução é ir a Ele (Mt
11.28-30; Jo 14.6) a fim de
aprender diretamente Dele (Jo 6.44,45; Ef 4.20,21). Apenas aquele que aprende do jeito Dele é que
permanece Nele (1Jo 2.27).
Ainda mais considerando que as coisas do Eterno são
loucura para o homem natural (1Co 2.14). Sem receber
no espírito a inspiração Dele (Jó 32.8), jamais
poderemos entender as coisas do modo correto.
34 - Nosso lugar de orar é no Espírito Santo
·
“Mas vós, amados, edificando-vos a vós
mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo,” (Judas 1.20).
·
“Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito,
e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,” (Ef
6.18).
Considerando que nosso campo de batalha não é a
terra (Ef 6.12), mas sim a
mente das pessoas (2Co 10.3-6), a saber, o
lugar a ser ocupado por aquilo que é celestial, temos que orar no Eterno.
Como assim? A forma de ajudarmos as pessoas não é
concedendo a elas aquilo que desejam. Antes, é buscando no Eterno sermos
introduzido no tabernáculo eterno dela (Lc 16.9 – seu coração) a fim de podermos ali interceder por ela.
Sei que parece esquisito. No entanto, veja o que
Paulo diz:
·
“Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades
dos santos, mas também é abundante em muitas graças, que se dão a Deus.
Visto como, na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão, que
confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons
para com eles, e para com todos; E pela sua oração por vós, tendo de
vós saudades, por causa da excelente graça de Deus que em vós há.” (2Co
9.12-14).
Veja a forma de orarmos no Eterno. Quando compartilhamos
os dons do Eterno com aqueles que Ele traz até nós, isto produz no coração dos
fiéis abundante gratidão e saudade, o que as move a orar a Deus por nós. Quando
os indivíduos passam a ter um coração grato ao Eterno em virtude do que Ele fez
por eles através de nós, passamos a ser o motivo de oração deles.
Para ser mais exato: no que eles se lembram de nós
para orar, é sinal que estamos vivendo neles e, como eles são lugar celestial
onde o Eterno reside (1Co 3.16; 6.19; 2Co 6.16 – ou pelo menos deseja
residir, já que o Eterno, embora seja Dono de tudo, só entra se for convidado), logo, no que os indivíduos intercedem por nós em
virtude do imenso Favor do Eterno que por Ele foi depositado em nós, no fundo,
somos nós que estamos, no espírito deste indivíduo, orando ao Eterno.
35 - O Espírito Santo fortalece nosso espírito para vencermos o pecado, o diabo e o mundo
·
“E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas;
porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito
intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que examina os
corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede
pelos santos.” (Romanos 8.26,27).
Mas afinal: quem intercede é o Espírito Santo ou
Jesus (Hebreus 7: 25; Romanos 8:34 – nestes trechos Jesus
é quem aparece intercedendo)?
Uma vez que não sabemos pedir o que é bom (Tg 4.2,3), o Eterno acaba ajudando as nossas fraquezas (mesmo
porque o poder do Eterno se aperfeiçoa na nossa fraqueza – 2Co 12.9,10). Contudo, se por um lado Ele ajuda as nossas
fraquezas, Ele também intercede por nós quando a dor nossa é tão grande que não
conseguimos sequer orar (exprimir nada), mas apenas
gemer.
Para ser mais exato: quando, em virtude da imensa
dor, não conseguimos fazer outra coisa senão gemer, na verdade, estes gemidos
que ninguém é capaz de exprimir com palavras, é o Eterno intercedendo por nós
junto a Ele.
Sei que isto parece insano: como o Eterno pode
interceder por alguém diante Dele mesmo? Isto é para nos “tirar da jogada”, ou
seja, para não presumirmos em nós mesmos que somos capazes de fazer algo bom.
Apenas o Eterno é capaz de fazer a oração perfeita em favor de alguém, dar-nos
o necessário para auxiliar aquele por quem estamos a interceder e, através
disto, operar na vida deste o necessário para que venha a ser mais que vencedor
(Rm 8.37; ver Rm 11.36).
Tanto é assim que veja o que nos é ordenado acerca
da batalha espiritual:
·
“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força
do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar
firmes contra as astutas ciladas do diabo.” (Ef 6.10-11).
Note que é para cada um fazer do Eterno sua força e
revestir da armadura Dele, a saber (Ef 6.14-17):
·
Sua verdade (e não
aquilo que queremos que seja verdade);
·
Sua justiça (e não a
justiça do sistema que rege este mundo);
·
Seu modo de
preparar o evangelho da paz (ao invés dos rituais promovidos pelo sistema
religioso);
·
Sua fé (Ef 2.8,9;
Gl 2.20) (ao invés de crermos em Jesus de modo carnal – 2Co
5.16);
·
Sua salvação (Sl 70.4) (ao invés de tentamos forçar o Reino dos Céus na
nossa vida – ver Zc 4.6; Mt 11.12). O paraíso
não se conquista forçando os outros a se renderem a nós, mas sim nos sujeitando
uns aos outros no temor do Eterno (Ef 5.21);
·
Sua espada, ou
seja, aquilo que Ele deseja nos falar (e não aquilo que queremos
ouvir). Não se trata da Escritura Sagrada, mas daquilo
que sai AO VIVO da boca do Eterno (Dt 8.3; Mt 4.4; Lc 4.4).
E não é para menos: considerando que o Eterno (Aquele
que examina os corações) é o único que
realmente sabe qual é a Sua intenção (só quem tem Sua mente pode
compreendê-Lo – 1Co 2.14-16), só Ele é
capaz de ensinar a orar até o indivíduo ter o prazer de dizer como os
discípulos: “ensina-nos a orar” (Lc 11.1 - ou seja, ser Ele orando através do
indivíduo). É este tipo de ajuda que o Eterno
busca (como em Ez 22.30; Is 59.16; 63.5).
Afinal, apenas o Eterno conhece as coisas que são
Dele (1Co 2.10,11) e a razão de
Ele sondar as Suas próprias profundezas é porque Ele nunca faz nada para o ser humano
sem antes experimentar isto em Sua própria carne.
Além disto,
como o único que consegue entender o Eterno é Ele próprio, a única forma de
podermos conhecê-Lo é Ele sendo um com nosso espírito (1Co 6.17) a fim de sondar junto conosco Suas próprias profundezas
(o que condiz com Mt 11.27 e Jo 6.44,45).
Afinal, assim
como o espírito do homem é o único capaz de entender o que se passa em sua alma
(que ninguém vê – 1Co 2.9), apenas o
Eterno é capaz de saber aquilo que há em Seu interior e que Ele pretende nos
dar.
Não é algo
deste mundo que pode ser visto pelo espírito do mundo, mas sim o próprio Eterno
nos dando de Sua glória para suprir todas as nossas necessidades (1Co 2.9;
Fp 4.19).
d) O que significam as expressões “Espírito de Deus”, “Espírito do Senhor”, “O Senhor Deus”, “Deus e Seu Espírito”, etc.?
Uma vez que há
um só Espírito Santo (Ef 4.4), então porque
tais diferenciações?
·
“Espírito
de Deus” -> é encontrada em (Gn 1.2;
41.38; Êx 31.3; 35.31; Nm 24.2; 1Sm 10.10; 11.6; 19.20,23; 2Cr 15.1; 2Cr 24.20;
Jó 33.4; Ez 11.24; Mt 3.16; 12.28; Rm 8.9,14; 15.19; 1Cr 2.11,14; 3.16; 7.40;
12.3; 1Jo 4.2). SENHOR (com todas
as letras maiúsculas) se refere ao
tetragrama “YHWH”. Isto significa que não se trata do espírito de um homem
qualquer, mas do espírito do próprio Eterno.
·
“Espírito
do SENHOR” -> é encontrada
em (Jz 3.10; 6.34; 11.29; 13.25; 14.6,19; 15.14; 1Sm 10.6; 16.13,14; 2Sm
23.2; 1Rs 18.12; 22.24; 2Rs 2.16; 2Cr 18.23; 20.14; Is 11.2; 40.7,13; 59.19;
61.1; 63.14; Ez 11.5; 37.1; Mq 2.7; 3.8). Tal como no
caso anterior, está contrastando o espírito do Eterno com o de um homem;
·
“Espírito
do Senhor” -> é encontrada
em (Lc 4.18; At 5.19; 8.39; 2Cr 3.17,18). Por At 5.19
podemos ver que está se referindo ao espírito do Eterno, já que Ele é nosso
dono;
·
“O
SENHOR Deus” -> é encontrada
em (por exemplo, em Gn 2.4,5,7-9,15,16,18,19,21,22. Esta expressão aparece
em 518 vezes na versão ACF). Tal
expressão é uma ênfase à divindade do Eterno, bem como uma testificação de que
é Ele, e não outro, aquele que é Deus;
·
“O
Senhor Deus” -> é
encontrada em (Sl 86.12; Dn 9.3; Lc 1.32,68; 20.37; Ap 4.8;
11.17; 15.3; 18.8; 19.6; 21.22; 22.5). Tal
expressão está enfatizando que não se trata de senhores humanos, mas sim do
próprio Eterno. Ao invés de se vender a homens (1Co 7.23), o indivíduo decidiu se entregar apenas ao Eterno.
·
“Espírito
Santo” -> A razão
do nome Espírito Santo é para diferenciá-Lo:
o Dos demais espíritos, já que apenas Ele é santo;
o Dos demais santos (lavados e remidos pelo Seu
sangue), visto que apenas Ele é espírito (os santos
que morreram não conta, já que eles não têm mais contato com este mundo).
·
“O
Espírito do Pai” (Mateus
10:20) -> Não é
qualquer espírito, mas o espírito Daquele que recebe a todos quantos creem como
filhos;
·
“Deus
e Seu Espírito” -> é encontrada
em (Is 34.16; 48.16);
Analisemos
duas destas passagens:
·
“Chegai-vos a mim, ouvi isto: Não falei em segredo desde o
princípio; desde o tempo em que aquilo se fez eu estava ali, e agora o Senhor
DEUS me enviou a mim, e o seu Espírito.” (Is 48.16);
Isto aqui indica
que o Eterno não enviou Isaías sozinho. Ele se uniu ao espírito Dele para o
enviar. Para ser mais exato, ao enviar Isaías para uma determinada tarefa, o
Eterno não confiou nele, mas enviou Seu espírito junto para garantir o sucesso
da Sua palavra, para vigiar seu espírito (Rm 8.26,27). Não é que o Eterno desconfie de nós (Ele não
desconfia, Ele tem certeza de que sem Ele não damos conta). Então o Eterno se une ao espírito do fiel (1Co 6.17) e fica checando Seu próprio trabalho, constituindo
assim uma dupla garantia (como em Gn 41.32; Hb 6.16-18).
·
“Mas eles foram rebeldes, e contristaram o seu Espírito Santo;
por isso se lhes tornou em inimigo, e ele mesmo pelejou contra eles. Todavia se
lembrou dos dias da antiguidade, de Moisés, e do seu povo, dizendo: Onde está
agora o que os fez subir do mar com os pastores do seu rebanho? Onde está o que
pôs no meio deles o seu Espírito Santo?” (Is
63.10,11). “Como o
animal que desce ao vale, o Espírito do SENHOR lhes deu descanso; assim
guiaste ao teu povo, para te fazeres um nome glorioso.” (Is
63.14)
Embora seja um trecho do Antigo Testamento, é uma
referência ao livro de Êxodo, antes que o povo pedisse a Moisés para buscar ao
Eterno por eles (Êx 20.18-20). Ou seja,
trata-se de uma referência ao momento em que o Eterno queria habitar no
espírito deles e fazer deles reis e sacerdotes (Êx 19.6). Note como mais uma vez confirma que “Espírito do Senhor”
e “Espírito Santo” são o mesmo ser, ou seja, o espírito do Eterno conduzindo o
espírito dos que Ele chama em santificação.
a) Analisemos algumas passagens que mostram o espírito do Eterno como “Espírito de Deus” atuando externamente como Pai
·
“E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do
abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.” (Gênesis
1.2) – o Eterno aqui estava recriando céu e terra que
haviam sido criados em Gn 1.1;
·
“E, levantando Balaão os seus olhos, e vendo a Israel, que estava
acampado segundo as suas tribos, veio sobre ele o Espírito de Deus.” (Números
24.2) – O Eterno vem sobre Balaão para transformar o
desejo de maldição que instaurou dentro de si em bênção, como que ilustrando o
que Ele haveria de fazer por todos os que nele cressem na Nova Aliança;
·
“E, chegando eles ao outeiro, eis que um grupo de profetas lhes
saiu ao encontro; e o Espírito de Deus se apoderou dele, e profetizou no
meio deles” (I Samuel 10.10) – o Eterno se
apoderou de Saul em busca de operar uma mudança em seu coração;
·
“Então o Espírito de Deus se apoderou de Saul, ouvindo estas
palavras; e acendeu-se em grande maneira a sua ira.” (I
Samuel 11.6) – o Eterno se apodera de Saul para
que ele conduzisse Israel a uma atitude de solidariedade para com Jabes-Gileade;
·
“Então enviou Saul mensageiros para trazerem a Davi, os quais viram
uma congregação de profetas profetizando, onde estava Samuel que presidia sobre
eles; e o Espírito de Deus veio sobre os mensageiros de Saul, e também
eles profetizaram.” (I Samuel 19.20);
“Então foi para Naiote, em
Ramá; e o mesmo Espírito de Deus veio sobre ele, e ia profetizando, até
chegar a Naiote, em Ramá.” (I Samuel 19.23) – o Eterno vem sobre Saul e seus mensageiros a fim
de que eles, ao profetizarem, se arrependessem de prender Davi;
·
“Então veio o Espírito de Deus sobre Azarias, filho de
Odede.” (II Crônicas 15.1) – O Eterno veio sobre Odede a fim de usá-lo para encorajar Asa e todo o
Judá a continuar confiando Nele;
·
“E o Espírito de Deus revestiu a Zacarias, filho do
sacerdote Joiada, o qual se pôs em pé acima do povo, e lhes disse: Assim diz
Deus: Por que transgredis os mandamentos do SENHOR, de modo que não possais
prosperar? Porque deixastes ao SENHOR, também ele vos deixará.” (II
Crônicas 24.20) – o Eterno
reveste a Zacarias a fim de comunicar o destino de Israel caso não se
arrependesse;
·
“O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso
me deu vida.” (Jó 33.4) – Eliú confirma que nenhum espírito humano pode
criar nada, muito menos dar vida (embora, arrogantemente, a ciência tente).
·
“Depois o Espírito me levantou, e me levou à Caldéia, para os do
cativeiro, em visão, pelo Espírito de Deus; e subiu de sobre mim a visão
que eu tinha tido.” (Ezequiel 11.24) – O Eterno levou Ezequiel em visão aos do
cativeiro em prol Dele mesmo, e não pela vontade de algum homem.
·
“E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe
abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo
sobre ele.” (Mateus 3.16) – o Eterno celestial se materializa como pomba a
fim de confirmar a João Batista que era este o Cordeiro Dele que tira o pecado
do mundo e mergulha as pessoas em si mesmo;
·
“Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo
é chegado a vós o reino de Deus.” (Mateus 12.28) – O Eterno, em Sua humanidade, expulsava os
demônios, não com base na sua sabedoria física, muito menos barganhando com o
demônio ou expulsando-o pela força, mas pelo amor contido nas Suas ações (dedo de
Deus);
b) Passagens que mostram o espírito do Eterno como “Espírito de Deus” atuando internamente como Espírito Santo.
·
“E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um homem como este em quem
haja o espírito de Deus?” (Gênesis 41.38);
·
“E o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, e de
entendimento, e de ciência, em todo o lavor,” (Êxodo
31.3);
·
“E o Espírito de Deus o encheu de sabedoria, entendimento,
ciência e em todo o lavor,” (Êxodo 35.31);
·
“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o
Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de
Cristo, esse tal não é dele.” (Romanos 8.9);
·
“Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus,
esses são filhos de Deus.” (Romanos 8.14);
·
“Pelo poder dos sinais e prodígios, na virtude do Espírito de
Deus; de maneira que desde Jerusalém, e arredores, até ao Ilírico, tenho
pregado o evangelho de Jesus Cristo.” (Romanos 15.19);
·
“Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito
do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão
o Espírito de Deus.” (I Coríntios 2.11) – só é possível saber o que o Eterno tem para nós
se Seu espírito estiver em comunhão íntima com nosso espírito;
·
“Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de
Deus habita em vós?” (I Coríntios 3.16);
·
“Será, porém, mais bem-aventurada se ficar assim, segundo o meu
parecer, e também eu cuido que tenho o Espírito de Deus.” (I
Coríntios 7.40);
·
“Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo
Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o
SENHOR, senão pelo Espírito Santo.” (I Coríntios 12.3);
c) Espírito de Deus com outro uso
·
“Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de
Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se
discernem espiritualmente.” (I Coríntios 2.14).
Ao contrário
do que muitos pensam, não se trata do Espírito Santo. Afinal o Eterno só assume
este papel na vida de pessoas convertidas.
Aqui trata-se
do espírito do Eterno atuando como Pai.
·
“Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa
que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;” (I João 4.2).
Embora esteja
escrito com letra maiúscula, não se trata do Eterno (é bom
lembrar que na língua original não existe distinção entre maiúscula e
minúscula). Logo, espírito de Deus é o espírito
de um ser humano que pertence ao Eterno e está a falar em Seu nome.
e) O Título Filho
·
“Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu
evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que
desde tempos eternos esteve oculto, mas que se manifestou agora, e se
notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a
todas as nações para obediência da fé; ao único Deus, sábio, seja dada glória
por Jesus Cristo para todo o sempre. Amém.” (Rm 16.25-27).
O mistério do Eterno é Ele habitando em carne. O
mistério da iniquidade (2Ts 2.7-12) é Ha-Satan
possuindo pessoas. Sabemos que há apenas um só Pai (Ml 2.10;
Ef 4.6). Como o Eterno, em carne, é Pai (Is 9.6), então logo Jesus é o Pai.
Mas em que
sentido o Eterno, na pessoa de Jesus, era Pai. Pelo fato de Ele ter gerado
filhos na fé. No que Ele se sacrificou pela humanidade, esta passou a ter o
privilégio de ser guiada direta e internamente por Ele. A partir de então o
pecado não é mais um tropeço para podermos ser realmente aquilo para o quê o
Eterno nos criou: Sua imagem e semelhança.
Jesus veio
como representante do Pai (Jo 5.43), ou seja, o
Eterno não veio em carne (como se Ele fosse outro que veio para estabelecer
uma nova ordem a fim de consertar a primeira) para revogar Sua própria palavra, mas para confirmá-la (Mt 5.17). E no que o Eterno, em carne, venceu, Ele herdou
um nome mais excelente do que o que Ele já tinha (Hb 1.4).
Afinal, na
carne chamada Cristo, o Eterno confirmou que, não só é o mais sábio e perfeito
para estabelecer leis, mas também para cumpri-las e para nos capacitar para
cumpri-las (por meio do título de Espírito Santo).
Por isto Jesus
disse que tinha manifestado o nome do Pai: por ter confirmado, mesmo em carne
fraca e corruptível, a excelência de Sua pureza e santidade, bem como a
perfeição de Sua Palavra (Jo 17.6). Inclusive,
note o que o Eterno, em carne, disse a Ele em espírito:
·
“Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me
deste a fazer.” (Jo 17.4);
·
“Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste;
eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra.” (Jo
17.6);
·
“E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer
mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja.” (Jo
17.26).
Como era
possível que Jesus fizesse o nome do Eterno mais conhecido do que já era? Como
manifestar ainda mais o nome do Pai se Jesus veio no nome do Pai e, em Seu
nome, estava contido o nome do Pai?
Ou seja,
quando o Eterno, em carne, disse que declararia o nome pelo qual as pessoas do
Antigo Testamento O conhecia (Sl 22.22; Hb 2.12), Ele estava dizendo que iria mostrar-lhes a verdadeira finalidade da
lei: o juízo, a misericórdia e a fé (Mt 23.23).
Por isto o
Eterno, em carne, disse:
·
“E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam
santificados na verdade.” (Jo 17.19).
Ou seja, para
beneficiar Seus discípulos, Ele iria se santificar ainda mais. Como, se Ele já
é 100% santo? Antes de o Eterno vir em carne, Ele era santo apenas por
natureza, por ter criado tudo. No entanto, a cada vez que o Eterno, como Jesus,
vencia, mais ia sendo confirmada Sua santidade aos olhos de todos, de modo a
servir de estímulo para que os demais desejassem ser santificados na verdade.
Quanto mais o
Eterno confirmava a Si mesmo vivendo Sua palavra através de Seu corpo, mais
ficava evidente o Seu amor para com o ser humano, não sendo meramente paparicar
para tentar satisfazer os desejos de alguém (como o mundo acredita), mas sim o privilégio de poder viver os Seus
mandamentos (1Jo 5.1) para a glória
Dele se manifestar (1Jo 4.9).
Enfim para que
o amor do Eterno estivesse em Seus discípulos, Ele em carne precisava cada vez
mais se esforçar para Sua identidade (nome) fosse melhor conhecida. E quanto mais o Eterno
assim procedia, mais Ele ia entrando no coração dos Seus.
Jesus era 100%
homem e 100% Deus. A prova disto está abaixo:
|
Por ser homem, Jesus
|
Versículo
|
Por ser Deus, Jesus
|
Versículo
|
1
|
Nasceu, foi bebê
|
Lc 2.7
|
Sempre existiu
|
Mq 5.2; Jo 1.1,2; 1Jo 1.1
|
2
|
Cresceu
|
Lc 2.52
|
É perfeito, completo
|
Cl 2.3,10; Hb 13.8
|
3
|
Foi tentado por Ha-Satan
|
Lc 4.2
|
Expulsou demônios
|
Mt 8.31; 12.38
|
4
|
Era servo
|
Fp 2.5-8
|
É Rei dos reis
|
Ap 19.16
|
5
|
Teve sede
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Jo 19.28
|
É a Água Viva
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Jo 4.13,14; 7.37-39
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6
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Cansou-se
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Jo 4.6
|
Deu descanso
|
Mt 11.28,29
|
7
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Dormiu durante tempestade
|
Mc 4.38
|
Acalmou a tempestade
|
Mc 4.39-41
|
8
|
Orou
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Lc 22.41
|
Responde às orações
|
Jo 14.14
|
9
|
Foi açoitado e batido
|
Jo 19.1-3
|
Curou os enfermos
|
Mt 8.16,17; 1Pe 2.24
|
10
|
Morreu
|
Mc 15.37
|
Ressuscitou Seu corpo
|
Jo 2.19-21; 20.9
|
11
|
Foi o sacrifício dos pecados
|
Hb 10.10-12
|
Perdoou pecados
|
Mc 2.5-7
|
12
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Não sabia de tudo
|
Mc 13.32
|
É onisciente
|
Jo 21.17
|
13
|
Não tinha autoridade
|
Jo 5.30; Lc 12.14
|
Tem toda autoridade
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Mt 28.18; Cl 2.10
|
14
|
Era inferior ao Pai
|
Jo 14.28
|
É Deus
|
Jo 5.18; 20.28
|
15
|
Teve fome
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Mt 4.2
|
É o Pão da Vida e alimentou multidões
|
Mt 15.32-38; Mc 6.38-44,52; Jo 6.35
|
Com base
nisto, há algumas perguntas a serem feitas:
1 - Há divergência entre a humanidade do Eterno e Sua divindade?
Jesus tinha
espírito humano:
·
"E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos
entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou.” (Lucas
23:46);
·
“E, suspirando profundamente em seu espírito, disse: Por que
pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo que a esta geração não se dará
sinal algum.” (Mc 8.12);
·
“E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de
sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.” (Lc
2.40);
·
“Jesus pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que
com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se.” (Jo
11.33);
·
“Tendo Jesus dito isto, turbou-se em espírito, e afirmou,
dizendo: Na verdade, na verdade vos digo que um de vós me há de trair.” (Jo
13.21).
Jesus tinha
alma humana:
·
“Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a
morte; ficai aqui, e velai comigo.” (Mt 26.38);
·
“E disse-lhes: A minha alma está profundamente triste até a
morte; ficai aqui, e vigiai” (Mc 14.34);
·
“Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai,
salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora.” (Jo
12.27)
Isto quer
dizer que a vontade de Jesus era diferente da do Pai? Não! Como, então,
explicar os versículos que, aparentemente, dão a entender isto?
·
“Eu não posso de mim mesmo
fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não
busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou.” (Jo
5.30);
·
“Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a
vontade daquele que me enviou.” (Jo 6.38);
·
“Clamava, pois, Jesus no templo, ensinando, e dizendo: Vós
conheceis-me, e sabeis de onde sou; e eu não vim de mim mesmo, mas
aquele que me enviou é verdadeiro, o qual vós não conheceis.” (Jo
7.28);
·
“Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me
amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele
me enviou.” (Jo 8.42);
·
“Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As
palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está
em mim, é quem faz as obras.” (Jo 14.10);
·
“O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e
lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto
ao que temia. Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que
padeceu.” (Hb 5.7,8).
Embora o
Eterno, em carne, tivesse alma e espírito humanos, nem por isto Ele permitiu
que algo voltado para Si mesmo brotasse em Seu interior. Quando a Escritura
Sagrada diz que Ele teve que aprender a obediência ou crescer em estatura e no
Favor de Deus (Lc 2.52), em momento
algum está dizendo que Ele não fosse obediente ou que não soubesse todas as
coisas.
O que acontece
é que, como todo homem, Ele tinha que preencher cada segundo da Sua vida com
aquilo que agradava ao Eterno celestial. Como qualquer ser humano, quanto mais
o Eterno vivia Sua Palavra, mais seu espírito ficava exercitado, mais Sua
obediência ficava manifesta perante todos. Para ser mais exato: em Sua carne, o
Eterno vivenciou o que significa obedecer Sua Palavra.
Como, então,
explicar o episódio do Getsêmani:
·
“E separou-se deles cerca de um tiro de pedra e, ajoelhando-se,
orou, dizendo: Pai, se é do teu agrado, afasta de mim este cálice; contudo não
se faça a minha vontade, mas sim a tua.” (Lc 22.41,42);
A vontade do
Eterno sempre foi uma: a de que todos fossem felizes ao lado Dele. Ele jamais
tem prazer no sofrimento de ninguém (Lm 3.39; Mq 7.18). Não pense que, quando Deus permite que você sofra
algo, Ele se regozija com isto. Ele sofre por ter que permitir certas coisas
para te disciplinar (Sl 86.15; 145.8).
No entanto,
para que o espírito de cada um permaneça em Sua presença por toda a eternidade (1Co
5.3-5), Ele, muitas vezes, deixa de fazer Sua vontade
absoluta para fazer Sua vontade permissiva. Ou seja, embora a sofrimento do
Eterno no Calvário fora a primeira coisa que Ele projetou, só o fez porque não
havia outra forma de Seu nome ser exaltado. Assim, para que nenhum ser humano
tivesse dúvidas de que não há outro modo de alguém ser redimido do cativeiro do
pecado, o Eterno, em carne, orou deste modo: para que todos vissem que, se
houvesse outro modo de toda a criação ser redimida do cativeiro da corrupção
para a liberdade da glória dos filhos de Deus (Rm 8.19-22), Ele teria feito.
Enfim, o
Eterno negava a Si mesmo (permitindo o sofrimento na vida dos que Ele ama) quando era necessário que a beleza de Sua pureza,
santidade, justiça e salvação fosse manifestada a todos.
2 - É certo a expressão Deus Filho?
Esta expressão
só seria correta se o Filho, como homem, fosse eterno. Isto é verdade?
·
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo
3.16) – quer dizer que Ele foi gerado;
·
“Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido
de mulher, nascido sob a lei,” (Gl 4.4) – Ele nasceu apenas da plenitude dos tempos;
·
“E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito
Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o
Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.” (Lc
1.35) – Isto confirma que o Eterno é o Pai de Seu corpo
humano.
·
“Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te
gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, E ele me será por Filho?” (Hb
1.5).
Note como o
papel de Filiação do Filho teve um início. Na época do Antigo Testamento, se
você fosse vivo e o Eterno te levasse ao céu, não veria o corpo humano chamado
Jesus. Pois este só passou a existir após Ele fazer um corpo para Si no ventre
de Maria.
Filho de Deus
se refere ao papel que o Eterno adotou temporariamente a fim de que a
verdadeira redenção pudesse acontecer e ser aceita por todos como a única que é
eficaz.
Por que a
pessoa é redimida através do Eterno, em carne? Pelo fato de o Eterno ter
vencido o pecado e a morte, no que principados e potestades nos céus veem
alguém entregando Sua vida a Jesus (ver Ef 3.8-10), não têm
dúvidas de que vai dar tudo certo, pois a vida do Eterno, como homem, provou
ser mais que vencedora (Rm 8.37) em todas as
áreas (Hb 4.14,15).
Mas isto não é
tudo! O papel do Eterno, como Filho, também terá fim!
·
“Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio diz: Disse o
SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que ponha os teus
inimigos por escabelo de teus pés.” (At 2.34,35) – note como o Eterno, como homem, só teria todo
poder e autoridade até o inferno e a morte serem vencidos (1Co
15.25,26). Quando esta vitória for
incontestável, o Eterno deixará de lado Seu papel de filho, pois já terá
confirmado toda Sua Palavra por meio de carne humana frágil, ficando comprovada
a eficácia dela em toda e qualquer circunstância, por mais limitada e falha que
seja a criatura.
·
“Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai,
e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força. E,
quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o mesmo Filho se
sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo
em todos.” (1Co 15.24,28).
Após o
milênio, quando ficar confirmado que, mesmo com o Eterno reinando em carne
fisicamente sobre o povo, a sociedade jamais poderá ser perfeita, a menos que
cada um permita que Ele habite no seu coração eternamente, finalmente o Eterno,
como homem, entregará o reino ao Eterno celestial e deixará de ocupar Seu corpo
humano.
A partir de
então, ao invés de o Eterno ficar sentado em um trono físico reinando, Seu
trono será o coração da Noiva. Ele será acessível a todos ao mesmo tempo. Daí o
Eterno, como homem, dizer que Ele, nos céus, era maior (Jo 14.28): enquanto Ele, como homem, só era acessível a uns
poucos, em espírito Ele pode ter intimidade com todos ao mesmo tempo.
Sendo assim,
como fica então o versículo abaixo?
·
“Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a
igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a apresentar a si mesmo igreja
gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e
irrepreensível.” (Ef 5.25,27).
O Eterno, em
carne, irá apresentar a Igreja a Ele mesmo, em espírito, de modo que ela possa
ter acesso íntimo a tudo que Ele é, a toda a Sua grandeza celestial.
Mas se o Filho
não é eterno, então como explicar:
“Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos
séculos; Cetro de eqüidade é o cetro do teu reino.” (Hb
1.8).
A carne do
Eterno e Seu papel não serão eternos. A corpo dele era 100% homem, e não Deus.
Contudo, o ser que estava neste corpo era e é o Deus Todo-Poderoso.
3 - Em que consiste o papel do Eterno como Filho?
Por que era
necessário o Eterno vir em carne humana para resgatar a humanidade? A obra da
salvação, embora feita pelo Eterno, necessita de vários papéis que apenas um
ser humano perfeito pode cumprir:
·
Sacrifício
-> Sem derramamento de sangue não há remissão (Hb 9.22). Sangue de animal não serve porque não se
identifica com o homem (Hb 10.4); de outro
homem também não, pois todos pecaram (Rm 3.23) e herdaram a morte (Rm 6.23). Anjos e o próprio Eterno não têm pecado, mas
também não têm sangue. Logo, era necessário o Eterno criar um corpo (Hb 10.5), viver uma vida perfeita, a fim de ter um sangue
puro para oferecer.
·
sumo sacerdote
-> Com o corpo de Jesus, o Eterno pôde se apresentar diante de Sua santidade
a fim de fazer o que nenhum outro homem pôde: oferecer Sua vida para que as
pessoas que lhe cercam fossem libertas de si mesmas.
·
reconciliador
-> o Eterno estava em Cristo reconciliando as pessoas que nos machucam
Consigo (2Co 5.18-20);
o O qual por nossos pecados foi
entregue, e ressuscitou para nossa justificação.” (Rm
4.25);
o Porque se nós, sendo inimigos,
fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já
reconciliados, seremos salvos pela sua vida.” (Rm
5.10).
O Eterno entregou-Se a fim de que quem quisesse
pudesse ser reconciliado com Ele e, assim, ser livre da condenação do pecado (descrita
em Rm 7.13-21) e ressuscitou para que, através de
Sua vida, aquele que crê pudesse ser usado para resgatar os perdidos e, assim,
ser considerado justo, a começar aos olhos deles.
·
mediador ->
Entendendo que mediador é o que se coloca como elo de ligação, nada mais
indicado que alguém que reconciliasse as duas natureza (Deus –
Homem) em Si mesmo. Por ser 100% homem e 100% Deus, o
Eterno, em carne, conciliava em Si as duas naturezas, sendo o elo de ligação
entre Ele e a humanidade caída (1Tm 2.5). A partir
daí, ninguém mais está autorizado para ser representante do Eterno, para se
elevar entre os demais alegando que pode obter favores Dele.
·
Propiciação (Rm 3.25;
1Jo 2.2; 4.10) -> Método pelo qual a justiça do
Eterno é satisfeita, de modo a possibilitar (propiciar) ser novamente ligado a Ele e, assim, ser livre de
experimentar a ira de Deus através de Seus vasos (Rm 9.22,23);
·
Substituto
-> Em virtude da alma de cada um estar enferma, repleta de dores, a
consequência imediata é o pecado. Isto dá lugar à ira de Deus através da vida
das pessoas que a cerca. Revoltadas com as injustiças sofridas, tais pessoas
querem vingança. Vêm ferimentos no corpo e na alma (fora as
doenças). Nestas condições, a única coisa que podia livrar
temporariamente a alma dos atormentadores (Mt 18.34,35) é a morte destes.
Como o pecado, infelizmente, habita
na carne, jamais a paz seria plena, pois sempre teria alguém para atormentar.
Mesmo que todo mundo morresse não resolveria, pois a insatisfação habita em
cada coração. Por isto é que, ao invés de destruir os atormentadores, o Eterno
preferiu morrer no lugar deles. Pela lógica, isto parece não fazer sentido.
Afinal, como a morte de um inocente pode impedir que sejamos afligidos pelo
perverso que continua vivo? Não é o perverso que tira a paz de alguém, mas sim
a ideia da perda. No que o Eterno, em carne, morreu, ficou manifesto que a
verdadeira paz está em dar a vida para que ímpios possam ser salvos, pois é
dando esmolas que o coração fica limpo (Lc 11.41; 12.33). Sem contar que é a morte do justo que é preciosa
aos olhos do Eterno (Sl 116.15).
Enfim, o Eterno veio em Jesus a fim de substituir o
perverso que está a afligir. Em outras palavras, ao invés de ficar recalcitrando
contra os aguilhões deste (At 9.5; 26.14), o correto é
aceitar o perdão de Jesus e desfrutar do privilégio de ver o Eterno salvando
pessoas através daquilo que sofremos por amor do Seu nome (ver Fp
1.29; Cl 1.24). Para ser mais exato: ao invés de
enxergar a pessoa com seu mal, que enxerguemos apenas Jesus nela;
·
parente-resgatador
-> No Antigo Testamento, quando alguém se endividava a ponto de ter que
vender sua propriedade e, até mesmo, a si como escravo, o parente mais próximo
poderia comprar de volta a propriedade e até mesmo, a liberdade perdida (Lv
25.25,47,49). No que o Eterno veio em carne, se
tornou nosso irmão (Hb 2.11,12), podendo
assim efetuar o resgate dos que nos machucaram (Rm 3.24; 1Co 6.20; Ap 5.9). Deste modo, eles poderão ter novamente intimidade
com o Eterno e, assim, ter condições de restituir o que nos tomou.
·
advogado ->
Quando alguém peca por ignorância ou involuntariamente, não está condenado a
ficar pelo resto dos dias separado do Eterno e semeando a morte por onde passa (Dt
28.16,19). O Eterno, como Jesus, revela os
recursos que ele tem disponível Nele (1Jo 2.1) a fim de ficar livre da maldição da morte, ou
seja, de viver fazendo e sofrendo o mal por causa do pecado (Rm 6.23). Se a pessoa optar pelo dom gratuito do Eterno ao
invés de insistir que o ímpio pague pelo seu pecado (deixando-a
a presa nele – Jo 20.22,23), ela poderá
enxergar dons que sequer imaginava existir.
·
segundo Adão ->
O primeiro Adão era tão somente alma vivente (deseja a rede dos maus – Pv
12.12). O último Adão, o Eterno, é espírito vivificante,
ou seja, que gera vida onde só havia morte (Ez 47.8-10). Ele veio para que aqueles que nos ofenderam
tenham a opção de continuar vivendo como descendente da desobediência ou passar
a ser herdeiro Daquele que vive para resgatar as pessoas do pecado.
·
exemplo ->
No que Jesus foi 100% homem, Ele pôde ser o exemplo do que todo homem tem
condição de ser quando se entrega nas mãos do Eterno. Sua vida deve ser a nossa
(ver 1Pe 2.21-24).
Mais ainda: o fato de ter vindo em carne faz do
Eterno o melhor exemplo do que é ser:
·
Apóstolo (Hb 3.1) -> Tanto que somos enviados do mesmo jeito que
o Eterno enviou a Si mesmo para habitar no corpo de Jesus (Jo
13.24,25; 20.21,22);
·
Profeta (Mt 21.11) -> Daí o escritor de Hebreus dizer que, em
nossos dias, o Eterno fala através de Seu corpo humano (Hb 1.1). Sendo Ele, em carne, a essência de Sua Palavra,
isto significa que tudo que o Eterno pensa e sente Ele materializou na pessoa
de Jesus. Ou seja, Jesus nada mais é do que o Eterno se revelando ao ser humano
dentro da realidade deste;
·
Revelador da
natureza do Eterno (Jo 1.18; 2Co 4.3,4; Hb 1.3). Ele é a única testemunha fiel e verdadeira (Ap 3.14)
·
Rei (Jo 18.37), a saber, que domina sobre os Seus súditos através
do serviço (Mt 20.25-28). Quanto mais
o Eterno serve a alguém e lhe dá de Si mesmo, mais a pessoa vai ficando depende
Dele e de tudo que Ele é (as obras do Eterno rendem favores a Ele – Sl
145.10);
·
Juiz (Mt
25.31,32; 2Tm 4.1) – não julga
segundo a vista, mas conforme a reta justiça do Eterno (Jo 7.24) que Dele ouve (Is 11.3; Jo 5.30; 8.16).
Note como o
Eterno é, ao mesmo tempo, início, meio (caminho) e fim:
·
Juridicamente: o Eterno é Advogado (início – 1Jo 2.1), a Palavra
da lei (Jo 1.1) (meio) e Juiz (fim);
·
No ramo
sacerdotal: o Eterno é o Sumo-Sacerdote
(início), o sacrifício (meio) e aquele que recebe o sacrifício (fim);
·
Na confissão: o Eterno é Aquele que nos confessa nos céus (Mt
10.32) (início), a nossa confissão (Hb 3.1, já que é por confessarmos Ele que
somos salvos – Rm 10.8,9) (meio), e Aquele diante de quem devemos ser
confessados (fim);
·
Na intercessão: o Eterno é Aquele que ora (intercede – Rm 8.26)
por nós, o motivo da nossa oração (oramos para tê-lo conduzindo nosso espírito
– Lc 11.13), e Aquele que recebe a nossa oração.
O fato de o
Eterno ser mediador diante Dele mesmo, advogado para nos defender diante Dele,
entrar em Sua presença para nos remir do pecado, etc. mostra que o Eterno não
se deixa persuadir por ninguém (nem mesmo por nossos esforços). Antes, tudo que
Ele faz, assim procede por Ele mesmo.
Enfim, o
título Filho de Deus significa alguém que é da mesma natureza que Ele. Assim
como uma gata gera gatinhos, uma pata gera patinhos, ser filho do Eterno
implica em ser também Deus. Daí os judeus ficarem tão indignados quando Jesus
se intitulava “Filho de Deus”. Afinal, isto queria dizer que Ele estava se
fazendo igual a Deus (João 5:18; 10:33).
Para confirmar
isto ainda mais, em outra ocasião, quando o Eterno, em carne, curou alguém no
sábado, veja o que aconteceu:
·
“E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu
trabalho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo,
porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu
próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.” (Jo 5.17,18).
Sem contar que
quando o Eterno, em carne, dizia “Eu e meu Pai somos um” ou “ o Pai está em mim
e eu nele” (Jo 10.38,39), os judeus buscavam matá-Lo por crer que, com
isto, Ele estava afirmando ser Deus (João 10:30-33).
Inclusive,
João escreveu Seu evangelho para que acreditássemos que Jesus era o Filho de
Deus, Ele estava querendo provar que Jesus é Deus:
·
“Jesus, pois, operou também em presença de seus discípulos muitos
outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos
para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo,
tenhais vida em seu nome.” (Jo 20.30,31).
Outra razão
para a filiação é o cumprimento das promessas do Antigo Testamento (feitas a
Abraão, Isaque, Jacó, Davi, etc.) que ainda não
se cumpriram (em particular, as que se referem ao reino milenar
do Eterno, em carne).
Por exemplo,
temos a promessa de Gênesis 3:15:
·
“E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a
sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gn
3.15).
A filiação
confere ao Eterno o direito pleno de julgar o homem. Antes de vir em carne, o
Eterno tinha direito de julgar simplesmente por ser Ele o Criador. Agora, ao
viver Sua Palavra, Ele passou a ser o julgamento vivo (ver Jo
12.48).
Ele não se conformou
em ser juiz apenas legalmente. Antes, preferiu primeiro experimentar todas as
tentações e problemas da natureza humana e demonstrar que é possível viver
justamente na carne, bastando para isto ser guiado por Ele em pessoa
trabalhando o espírito de cada um.
Por isto é que
o Pai (Eterno celestial) preferiu não julgar ninguém, deixando o julgamento nas mãos do Filho (Ele em
carne – Jo 5.22,27; Rm 2.16).
4 - O que significa dizer que Jesus é o Verbo de Deus?
O fato de o
Eterno, em Jesus, ser intitulado como verbo do Eterno celestial implica que Seu
corpo era algo certo na mente Dele. Embora tal fato iria acontecer num futuro
distante aos nossos olhos, para Deus que chama as coisas que não são como se já
fossem (Rm 4.17), a encarnação
era algo certo e, portanto, trazia consigo uma realidade intrínseca a ela.
Enquanto o
homem apenas faz planos que sabe-se lá se vai se cumprir (Pv 16.1), aquilo que o Eterno planeja é algo já consumado (veja Sl
139.13-16). Daí dizer que o Verbo estava no
princípio com o Eterno. Embora o corpo de Jesus existisse no princípio apenas
na mente do Eterno, Ele já vivia tudo na pele de Jesus como se já tivesse de
posse deste corpo.
Daí ser dito:
·
“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas
maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo
Filho a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.” (Hb
1.1,2);
·
“E demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que
desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus
Cristo” (Ef 3.9)
·
“O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a
criação; porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na
terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam
principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é
antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.” (Cl
1.15-17).
Aliás, tudo
que o Eterno criou, Ele não o fez somente como espírito. Antes, Ele o fez
vivenciando tudo no corpo de Jesus (embora o mesmo só viesse a existir a cerca de
2.000 anos atrás) e sempre
tendo em vista o que Ele tinha que fazer no Gólgota por causa da dureza do
coração nosso, bem como dos anjos caídos. Daí dizer que tudo que o Eterno
criou, o fez com a participação do corpo de Jesus (Jo 1.1,2):
·
“Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi
feito se fez.” (Jo 1.3).
·
“Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram
criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.” (Hb
11.3).
É bom lembrar
que o Eterno não está preso ao tempo (daí Ele ser conhecido como “o
Eterno”). Daí Ele, em carne, orar: “e agora glorifica-me
tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o
mundo existisse” (Jo 17.5).
Ora, mas se o
corpo “Jesus” só fora criado há 2000 anos atrás, como ter glória com o Eterno
antes que o mundo existisse? Como o sangue de Cristo poderia ser conhecido
antes da fundação do mundo (Jo 17.5)? É porque o
Eterno vive o futuro como se o mesmo já fosse uma realidade (Rm 4.17)
Contudo, há
uma diferença entre Verbo e Filho: o Verbo tinha pré-existência, já que era a
própria Palavra de Deus, enquanto que o Filho, para existir, depende da
existência de um corpo humano.
5 - O quê significa a primogenitura do Eterno em carne?
1º - Ele é o
primogênito dos mortos, ou seja, Ele foi o primeiro a morrer no plano do Eterno
celestial (1Pe 1.20):
·
“E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito
dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em
seu sangue nos lavou dos nossos pecados,” (Ap 1.5).
·
“E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito
dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.” (Cl
1.18).
2º - Ele é o
primogênito de entre muitos irmãos, ou seja, Ele é o primeiro a vencer o pecado
e a morte, e a ressuscitar e a constituir a família da fé:
·
“Porque os que dantes
conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a
fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” (Rm
8.29).
·
“Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são
de Cristo, na sua vinda.” (1Co 15.29).
Aliás,
considerando que a Igreja verdadeira é constituída dos primogênitos que estão
inscritos nos céus (Hebreus 12:23), isto indica
que Deus não deseja convertido que copia outros, nem que vai por inércia após
outros, mas é constituída daqueles que ousam crer e seguir o Eterno,
independente de onde Ele vá (Jr 2.2). Tais pessoas
são líderes (reis e sacerdotes – Ap 1.6; 5.10) e vencedores (1Co 9.24-27), ou seja, que conduzem os outros à humildade.
Enfim, dos primogênitos, o Eterno, em Sua humanidade, é o primeiro.
3º - É o
primogênito de toda a criação pelo fato de Seu corpo humano ter sido a primeira
criatura a ser projetada:
·
“O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a
criação.” (Cl 1.15).
4º - Ele é o
primogênito por ter sido o único e primeiro gerado diretamente pelo Eterno no
ventre de uma mulher sem intervenção do ser humano.
Tal como o
filho primogênito, na Antiga Aliança, tinha o dobro da herança (Dt 21.17) e dominava sobre os demais irmãos, Jesus é a
cabeça da Igreja.
Eis um breve
resumo do papel do Eterno como Pai, Filho e Espírito Santo:
PAI
|
FILHO
|
ESPÍRITO
SANTO
|
Estabelece
as leis
|
Cumpre as
leis
|
Nos capacita
para cumprir
|
Nos criou
|
Nos redimiu
|
Nos guia
|
Relacionamento
externo
|
Relacionamento
face a face
|
Relacionamento
interno
|
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