CASAMENTO:
FAZENDO DA NOSSA VIDA UMA SATISFAÇÃO PARA OS OUTROS, AO INVÉS DE MODIFICAR-NOS
PARA DEIXAR OS INDIVÍDUOS AINDA MAIS FORA DE SI
Quando um indivíduo
mundano parte para namorar, ele tenta retirar o outro do bem que ele possui,
prometendo substituir tudo que ele tem para melhor. O correto, porém, é o homem
esperar pela mulher que Eterno colocou dentro de si, a qual se encaixa
perfeitamente no projeto para o qual Ele lhe designou desde o nascimento.
A maioria encara o casamento
como uma mudança de vida, de mundo, de realidade, mas não é! Para muitos é
conveniente crer nisto, pois tiveram uma infância difícil ou vivem num lar
muito conturbado. Contudo, começar tudo de novo é algo muito trabalhoso e
desgastante. Além de isto implica em ir para longe da vontade do Eterno.
O Eterno não nos
deu os pais simplesmente para nos dar crescimento apenas no físico.
Infelizmente, com o advento da escola, o crescimento mental e sentimental foi
entregue aos professores (isto quando há crescimento sentimental) e o
crescimento espiritual, aos professores de escola dominical, catecismo, etc.
Contudo, o
propósito do Eterno para os filhos já começa no lar que Eterno lhes colocou. Quando
o casamento se dá dentro da vontade do Eterno, rapaz e moça, mesmo que jamais
tenham se conhecido antes, ainda assim ficam envolvidos no mesmo projeto. E o
fato de terem que deixar pai e mãe (Gn 2.24; Sl 45.10) não significa abandonar a eles e a tudo que são,
mas sim ajuntar o projeto de ambos os pais, desenvolvê-lo em outro lugar e,
então, quando o mesmo tiver frutificado e multiplicado na forma de netos, estes
voltem para acrescentar, na vida dos pais, uma nova dimensão a tudo que os pais
de ambos foram e fizeram (Pv 17.6).
Quando o rapaz
tenta se encaixar no projeto do Eterno para a moça ou vice-versa, ele está
tentando desempenhar um papel, como um ator (hipócrita), que nada tem haver com
o que Eterno colocou dentro de si. Se, por outro lado, cada indivíduo deixasse Eterno
trabalhar seu interior, ele não teria que se preocupar em querer ser o modelo
de perfeição que o mundo exige, mas poderia ser autêntico e, ao mostrar quem
realmente é, encontraria os indivíduos exatos que iriam ser usados por Eterno
para tratar suas falhas (este é o real significado de confessar os pecados ao Eterno
– 1Jo 1.9) e ajudá-lo a crescer.
Este é o problema
de todo ser humano: não poder receber, dentro de si, a verdade (Jo 14.6) que liberta (Jo 8.32)
pelo fato de o mundo se recusar a aceitar quem realmente somos. Antes, como
forma de se resguardar, o sistema que rege este mundo institui a escola cujo
objetivo é colocar cada um no molde que lhe convém (Rm
12.2), dificultando ao indivíduo a possibilidade de superar suas deficiências por
meio do amor e da Palavra de Jesus.
A cada um é imposto
um rigor para consigo mesmo, sob pena de ser excluído da sociedade. Isto leva cada
qual a uma busca incessante da grandeza deste mundo a fim de tentar mascarar,
encobrir ou até obrigar os indivíduos a se conformarem com sua mediocridade
(por motivos interesseiros, a elite global tenta tornar virtuoso aquilo que é
mau, cruel, imundo).
Isto acaba passando
para o casamento, onde um tenta conquistar o outro. Não percebem que isto
implica em escravidão e em trocar o amor pela lei, cuja raiz é má. Neste caso,
o relacionamento é construído, não no amor, mas sim na desconfiança mútua. A
lei é o instrumento que o indivíduo usa para construir o seu mundo, o espaço
onde ele controla tudo e todos. Perde-se a real motivação do casamento, que é
ser conquistado pela presença do Eterno na vida do outro (daí termos que negar
a nós mesmos – Mt 16.24) e buscar ter o coração
tratado pelo amor de Jesus.
Um dos erros que a indivíduo
comete é o de tentar remover de seu interior o que Eterno colocou (por exemplo,
o bem e o mal). Mesmo se tratando de desvios de caráter, o que deve ser feito é
buscar no Eterno o preenchimento do coração com o amor verdadeiro, o qual
complementa o bem e o mal, de modo a acabar com este duelo entre ambos e dar ao
indivíduo compreensão mais acurada de quem é o Eterno por meio da Sua vontade.
Para ser mais
exato: sem Jesus, bem e mal ficam a lutar eternamente, ferindo a todos que
estão por perto. Com Jesus e Seu amor, o plano do Eterno se faz manifesto na
vida do indivíduo e ele enxerga que tudo foi bom e contribuiu para seu
verdadeiro bem (Gn 45.5-8; Is
38.17; Rm 8.28).
Para exemplificar
isto, pense: quando a maioria perde um ente querido, na maioria das vezes perde
a noção de quem realmente é. Daí a razão do velório e do desespero que muitas
vezes se vê nele. Tais indivíduos nunca descobriram sua identidade, mas a
fizeram firmado no outro indivíduo.
Ninguém pensa: o
que é ser homem? O que é ser mulher? Para que ambos foram criados?
Cada qual deve reconhecer
sua origem e propósito:
·
Quem
sabe quem é, mas desconhece o motivo de ter sido criado certamente virá a ser
usado por indivíduos inescrupulosos;
·
Quem
conhece o motivo de ter sido criado, mas sabe quem é, pode até fazer a coisa
certa, mas o fará do modo errado;
·
Quem
não sabe quem é e nem para que foi criado (o que corresponde à maioria das indivíduos)
fica andando errante por este mundo (Os 9.17).
Quando foi que a
mulher foi criada? Ela foi criada junto com o homem, como parte integrante de
seu ser (Gn 1.26,27). No entanto, ela só foi tirada
de dentro do homem após este dar nome aos animais (Gn
2.22,23), com vistas a auxiliá-lo em todos os momentos de sua vida (Gn 2.18).
Ou seja, o
verdadeiro amor não surge do nada, nem é conquistado por esforço ou comprado
com favores ou bens. Antes, ele já está dentro de cada um. Por isto Jesus chama
a atenção de cada um para si (Mt 22.39). O próximo de
cada um é, na verdade, aquele que Eterno colocou dentro de si (como algum de
seus membros – Rm 12.5). Quer forma de estar mais
próximo do que assim?
É inútil estar no
lugar onde precisamos nos esforçar para agradar os outros. É mais inteligente
buscar do Eterno o lugar onde aquilo que fazemos pelo próximo tem haver com nós
mesmos. Quem não faz algo para si, nunca fará algo que é bom para os outros. Ao
invés de procurar agradar os outros, se preocupe em satisfazer a ti mesmo, pois
só assim a tua companhia será uma satisfação a outros e você terá à tua volta os
indivíduos certos.
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