segunda-feira, 8 de setembro de 2014

76 - CASAMENTO: FAZENDO DA NOSSA VIDA UMA SATISFAÇÃO PARA OS OUTROS, AO INVÉS DE MODIFICAR-NOS PARA DEIXAR OS INDIVÍDUOS AINDA MAIS FORA DE SI

CASAMENTO: FAZENDO DA NOSSA VIDA UMA SATISFAÇÃO PARA OS OUTROS, AO INVÉS DE MODIFICAR-NOS PARA DEIXAR OS INDIVÍDUOS AINDA MAIS FORA DE SI

 

Quando um indivíduo mundano parte para namorar, ele tenta retirar o outro do bem que ele possui, prometendo substituir tudo que ele tem para melhor. O correto, porém, é o homem esperar pela mulher que Eterno colocou dentro de si, a qual se encaixa perfeitamente no projeto para o qual Ele lhe designou desde o nascimento.

A maioria encara o casamento como uma mudança de vida, de mundo, de realidade, mas não é! Para muitos é conveniente crer nisto, pois tiveram uma infância difícil ou vivem num lar muito conturbado. Contudo, começar tudo de novo é algo muito trabalhoso e desgastante. Além de isto implica em ir para longe da vontade do Eterno.

O Eterno não nos deu os pais simplesmente para nos dar crescimento apenas no físico. Infelizmente, com o advento da escola, o crescimento mental e sentimental foi entregue aos professores (isto quando há crescimento sentimental) e o crescimento espiritual, aos professores de escola dominical, catecismo, etc.

Contudo, o propósito do Eterno para os filhos já começa no lar que Eterno lhes colocou. Quando o casamento se dá dentro da vontade do Eterno, rapaz e moça, mesmo que jamais tenham se conhecido antes, ainda assim ficam envolvidos no mesmo projeto. E o fato de terem que deixar pai e mãe (Gn 2.24; Sl 45.10) não significa abandonar a eles e a tudo que são, mas sim ajuntar o projeto de ambos os pais, desenvolvê-lo em outro lugar e, então, quando o mesmo tiver frutificado e multiplicado na forma de netos, estes voltem para acrescentar, na vida dos pais, uma nova dimensão a tudo que os pais de ambos foram e fizeram (Pv 17.6).

Quando o rapaz tenta se encaixar no projeto do Eterno para a moça ou vice-versa, ele está tentando desempenhar um papel, como um ator (hipócrita), que nada tem haver com o que Eterno colocou dentro de si. Se, por outro lado, cada indivíduo deixasse Eterno trabalhar seu interior, ele não teria que se preocupar em querer ser o modelo de perfeição que o mundo exige, mas poderia ser autêntico e, ao mostrar quem realmente é, encontraria os indivíduos exatos que iriam ser usados por Eterno para tratar suas falhas (este é o real significado de confessar os pecados ao Eterno – 1Jo 1.9) e ajudá-lo a crescer.

Este é o problema de todo ser humano: não poder receber, dentro de si, a verdade (Jo 14.6) que liberta (Jo 8.32) pelo fato de o mundo se recusar a aceitar quem realmente somos. Antes, como forma de se resguardar, o sistema que rege este mundo institui a escola cujo objetivo é colocar cada um no molde que lhe convém (Rm 12.2), dificultando ao indivíduo a possibilidade de superar suas deficiências por meio do amor e da Palavra de Jesus.

A cada um é imposto um rigor para consigo mesmo, sob pena de ser excluído da sociedade. Isto leva cada qual a uma busca incessante da grandeza deste mundo a fim de tentar mascarar, encobrir ou até obrigar os indivíduos a se conformarem com sua mediocridade (por motivos interesseiros, a elite global tenta tornar virtuoso aquilo que é mau, cruel, imundo).

Isto acaba passando para o casamento, onde um tenta conquistar o outro. Não percebem que isto implica em escravidão e em trocar o amor pela lei, cuja raiz é má. Neste caso, o relacionamento é construído, não no amor, mas sim na desconfiança mútua. A lei é o instrumento que o indivíduo usa para construir o seu mundo, o espaço onde ele controla tudo e todos. Perde-se a real motivação do casamento, que é ser conquistado pela presença do Eterno na vida do outro (daí termos que negar a nós mesmos – Mt 16.24) e buscar ter o coração tratado pelo amor de Jesus.

Um dos erros que a indivíduo comete é o de tentar remover de seu interior o que Eterno colocou (por exemplo, o bem e o mal). Mesmo se tratando de desvios de caráter, o que deve ser feito é buscar no Eterno o preenchimento do coração com o amor verdadeiro, o qual complementa o bem e o mal, de modo a acabar com este duelo entre ambos e dar ao indivíduo compreensão mais acurada de quem é o Eterno por meio da Sua vontade.

Para ser mais exato: sem Jesus, bem e mal ficam a lutar eternamente, ferindo a todos que estão por perto. Com Jesus e Seu amor, o plano do Eterno se faz manifesto na vida do indivíduo e ele enxerga que tudo foi bom e contribuiu para seu verdadeiro bem (Gn 45.5-8; Is 38.17; Rm 8.28).

Para exemplificar isto, pense: quando a maioria perde um ente querido, na maioria das vezes perde a noção de quem realmente é. Daí a razão do velório e do desespero que muitas vezes se vê nele. Tais indivíduos nunca descobriram sua identidade, mas a fizeram firmado no outro indivíduo.

Ninguém pensa: o que é ser homem? O que é ser mulher? Para que ambos foram criados?

Cada qual deve reconhecer sua origem e propósito:

 

·         Quem sabe quem é, mas desconhece o motivo de ter sido criado certamente virá a ser usado por indivíduos inescrupulosos;

·         Quem conhece o motivo de ter sido criado, mas sabe quem é, pode até fazer a coisa certa, mas o fará do modo errado;

·         Quem não sabe quem é e nem para que foi criado (o que corresponde à maioria das indivíduos) fica andando errante por este mundo (Os 9.17).

 

Quando foi que a mulher foi criada? Ela foi criada junto com o homem, como parte integrante de seu ser (Gn 1.26,27). No entanto, ela só foi tirada de dentro do homem após este dar nome aos animais (Gn 2.22,23), com vistas a auxiliá-lo em todos os momentos de sua vida (Gn 2.18).

Ou seja, o verdadeiro amor não surge do nada, nem é conquistado por esforço ou comprado com favores ou bens. Antes, ele já está dentro de cada um. Por isto Jesus chama a atenção de cada um para si (Mt 22.39). O próximo de cada um é, na verdade, aquele que Eterno colocou dentro de si (como algum de seus membros – Rm 12.5). Quer forma de estar mais próximo do que assim?

É inútil estar no lugar onde precisamos nos esforçar para agradar os outros. É mais inteligente buscar do Eterno o lugar onde aquilo que fazemos pelo próximo tem haver com nós mesmos. Quem não faz algo para si, nunca fará algo que é bom para os outros. Ao invés de procurar agradar os outros, se preocupe em satisfazer a ti mesmo, pois só assim a tua companhia será uma satisfação a outros e você terá à tua volta os indivíduos certos.

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